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ALGUMAS REFLEXÕES

SOBRE A ECONOMIA

Professora Doutora Sara Sousa


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Algumas reflexões sobre a Economia

Economia: é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir
bens com valor e como os distribuem entre pessoas diferentes.
 

Na base desta definição estão duas ideias-chave em economia:


 
- que os bens são escassos e
- que a sociedade deve usar os seus recursos de forma eficiente.
 

Dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma economia faça o melhor uso
dos seus recursos limitados. E isso leva-nos à noção fundamental de eficiência.

 
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Eficiência: utilização mais efectiva/racional dos recursos de uma sociedade na satisfação
dos desejos e das necessidades da população.
 
A ciência económica diz que uma economia está a produzir eficientemente quando não
pode aumentar o bem-estar económico de um indivíduo sem prejudicar o de um outro
indivíduo qualquer.

A essência da ciência económica é compreender a realidade da escassez e, de seguida,


prescrever como deve a sociedade organizar-se de um modo que corresponda ao uso mais
eficiente dos recursos

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Microeconomia e Macroeconomia
 
Microeconomia: ramo da economia que estuda o comportamento de entidades individuais
como os mercados, as empresas e as famílias.
 
Macroeconomia: ramo da economia que estuda o desempenho global da economia.
 
Os dois ramos – microeconomia e macroeconomia – convergem para formar o cerne da
moderna ciência económica.

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Objectivo da ciência económica : compreender a complexidade da vida económica
 
O objectivo final da ciência económica é compreender a complexidade da vida económica. Para tal,
os economistas usam uma abordagem científica. 
Contudo, dada a complexidade das relações económicas, cometem-se alguns erros… Vejamos
as falácias mais comuns do raciocínio económico:

1) A falácia do post hoc: quando, pelo facto de um acontecimento ocorrer antes de outro,
admitimos que o primeiro acontecimento é a causa do segundo.
2) Falha em manter o resto constante: esquecimento de manter o resto constante quando se pensa
numa questão.
3) A falácia da agregação: admitir que o que é verdade para uma parte é também verdade para o
todo.
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Objectivo da ciência económica: melhorar as condições de vida da sociedade
 
O objectivo final da ciência económica é melhorar as condições de vida da sociedade.

. rendimentos mais elevados significam melhores condições de vida.


. países com rendimentos mais elevados têm maiores capacidades para investir em diferentes
áreas e assegurar melhores condições de vida.
 . com o crescimento económico, geram-se recursos libertando o indivíduo para outras actividades
como as de lazer.
. a distribuição do rendimento deve ser socialmente aceitável, o que nem sempre acontece, mesmo
num mercado livre e eficiente.
. os programas sociais dos governos são muito importantes, mas devem ser geridos com cuidado
(ex., o governo deve apoiar quem fica desempregado, mas se o subsídio for atribuído a muitos e
durante muito tempo, as pessoas deixam de procurar emprego). 6
 Os três problemas da organização económica: O quê? Como? Para quem?
 
1) Quais os bens a produzir e em que quantidades? (O QUÊ)

Uma sociedade tem de determinar quais os bens e serviços a produzir, em que quantidades e
quando deverão ser produzidos.  

Levantam-se questões como:

“Hoje deveremos produzir pizzas ou camisas?”;


“Iremos utilizar os recursos escassos para produzir muitos bens de consumo?
Ou iremos produzir menos bens de consumo e mais bens de investimento que permitirão
ampliar a produção e o consumo no futuro?”.
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 Os três problemas da organização económica: O quê? Como? Para quem?
 

2) Como são os bens produzidos? (COMO)


 
Qualquer sociedade tem de determinar quem irá produzir, com que recursos e de que forma.
 
Levantam-se questões como:

“Quem cultiva a terra e quem ensina?”,


“A electricidade será obtida a partir do petróleo ou da energia solar?”.

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 Os três problemas da organização económica: O quê? Como? Para quem?
 

3) Para quem são os bens produzidos? (PARA QUEM)

 A sociedade deve preocupar-se com a distribuição do rendimento e da riqueza.

Levantam-se questões como:

“Quem usufruirá do fruto da actividade económica?”,


“É a distribuição do rendimento e da riqueza justa e equitativa?”,
“Como é repartido o produto nacional entre as diferentes famílias?”.

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  Economia Positiva versus Economia Normativa
 

. A economia positiva: Descreve os factos de uma economia.


Ex. “Em 2020, a taxa de desemprego em Portugal era de 6,8%”
 

. A economia normativa: Envolve juízos de valor, princípios éticos, valores e normas de equidade.
Ex. “Em 2020, a taxa de desemprego em Portugal era demasiado alta”.

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  Economias de Mercado, Economias Dirigidas e Economias Mistas
 
Economia de mercado: os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões mais importantes
sobre a produção, distribuição e consumo.
 
A resposta às questões O QUÊ, COMO e PARA QUEM é dada através do sistema de preços, do
funcionamento dos mercados, e dos resultados das empresas (lucros ou prejuízos).
 
As empresas produzem as mercadorias que geram os maiores lucros (O QUÊ), com técnicas de
produção que são as menos dispendiosas (COMO). O consumo é determinado pelas decisões
individuais sobre como aplicar os salários e os lucros gerados pelo trabalho e pela posse de
património (PARA QUEM).
 
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  Economias de Mercado, Economias Dirigidas e Economias Mistas
 

Economia dirigida: o governo toma as decisões importantes acerca da produção e da distribuição.


 
O Estado possui a maior parte dos meios de produção (terra e capital), dirige a maior parte das
empresas dos principais ramos de actividade, é o empregador da maioria dos trabalhadores e
decide como a produção deve ser dividida pelos diversos bens e serviços.
 
O governo dá a resposta às principais questões económicas (O QUÊ, COMO e PARA QUEM)
através da posse dos recursos e do seu poder de impor as decisões.

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  Economias de Mercado, Economias Dirigidas e Economias Mistas
 
Actualmente, a maior parte das sociedades funciona numa economia mista.
 
Economias mistas: possuem elementos das economias dirigidas e das economias de mercado.
 
Nas economias actuais, a maioria das decisões ocorre nos mercados, mas com o Estado a
desempenhar um papel fundamental na supervisão do funcionamento do mercado.
 
Exemplos da intervenção do Estado nestas economias: publicação de leis que regulam a actividade
económica; promoção e regulação da saúde, educação, defesa, segurança pública e controlo da
poluição, …

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 Possibilidades Tecnológicas de Produção
 
Factores de Produção e Produções
 

Os factores de produção (inputs): bens ou serviços utilizados para produzir bens e serviços.
 
Uma economia usa a tecnologia disponível na combinação dos factores de produção para gerar as
produções.
 
As produções (outputs): são os bens ou serviços que resultam do processo de produção e que ou são
consumidos (bens de consumo) ou utilizados numa produção posterior (bens de investimento).
 
Os factores de produção podem ser classificados em três grandes categorias:

1) A terra
2) O trabalho
3) O capital  
 
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 Possibilidades Tecnológicas de Produção
 
 A Fronteira das Possibilidades de Produção (f.p.p.): representa as combinações de produção máximas
possíveis de dois bens, partindo do princípio de que todos os factores de produção e tecnologias da
economia estão a ser utilizados e de forma eficiente.

A f.p.p. pode ser representada num gráfico em que:

-cada um dos eixos representa a quantidade de cada um dos bens produzidos na economia (por
simplificação, considera-se que a economia produz apenas dois bens);

-o conjunto de todas as combinações máximas de produção dos dois bens estão reprentados na linha da
fronteira de possibilidades de produção;

-os pontos exteriores, acima da f.p.p., são inatingíveis dada a tecnologia e os factores de produção
disponíveis;

-os pontos interiores, abaixo da f.p.p., representam ineficiência produtiva, ou seja, quantidades que estão
abaixo das possibilidades máximas de produção economia.
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A Fronteira das Possibilidades de Produção (f.p.p.)

Exemplo:
Tendo em conta os recursos e a tecnologia existentes numa dada economia, considere que são produzidos
dois bens: A e B.
Bem A
Amax
A1 fpp
A2

A3

0 B1 B2 B3 Bmax Bem B

Amax: Todos os recursos são afectos à produção do bem A


Bmax: Todos os recursos são afectos à produção do bem B
Exemplos de combinações possíveis dos bens A e B: (A1 ;B1), (A2 ;B2), (A3 ;B3)
A Fronteira das Possibilidades de Produção (f.p.p)
abaixo da
Significado de combinações sobre a f.p.p.
acima de

Amax fpp

.L
.K
.J

0 Bmax B

Combinação J: Esta combinação de produção dos bens A e B é possível, mas não eficiente.
Combinação K: Esta combinação de produção dos bens A e B é possível e eficiente.
Combinação L: Esta combinação de produção dos bens A e B é impossível de alcançar.
Deslocações da Fronteira das Possibilidades de Produção

O acréscimo dos recursos disponíveis ou uma melhoria da tecnologia utilizada na produção de


ambos os bens aumenta a capacidade produtiva de ambos os bens.

Bem A
A` max
A fpp desloca-se para fora e direita
A max
de igual forma para os dois eixos

0 B max B` max
Bem B
Deslocações da Fronteira das Possibilidades de Produção

O acréscimo dos recursos disponíveis ou uma melhoria da tecnologia utilizada na produção de


apenas do bem B aumenta a capacidade produtiva do bem B.

Bem A

A fpp desloca-se para fora e direita


A max
mas apenas no eixo do bem B.

0 B max B` max
Bem B
Deslocações da Fronteira das Possibilidades de Produção

O acréscimo dos recursos disponíveis ou uma melhoria da tecnologia utilizada na produção de


apenas do bem A aumenta a capacidade produtiva do bem A.

Bem A

A` max
A fpp desloca-se para fora e direita
A max
mas apenas no eixo do bem A.

0 B max
Bem B
A Fronteira das Possibilidades de Produção e o Custo de Oportunidade

Considerando dois quaisquer bens, por exemplo os bens A e B, o Custo de Oportunidade (CO) do bem
A é a quantidade do bem B que tenho de sacrificar/abdicar para obter mais do bem A.

Ou seja:
COA – unidades de B que abdico para obter mais unidades de A

COB – unidades de A que abdico para obter mais unidades de B

Princípio/Lei dos custos (de oportunidade) crescentes: princípio/lei que decorre da lei dos
rendimentos decrescentes e que diz:

“À medida que aumentamos a produção de um dos bens, temos de sacrificar/abdicar de


quantidades cada vez maiores (crescentes) de produção do outro bem”

Como consequência deste princípio, a f.p.p. é uma curva e não uma recta.
A Fronteira das Possibilidades de Produção e o custo de oportunidade crescente

À medida que aumentamos a produção do bem B, temos de sacrificar a produção de quantidades


crescentes do bem A

Logo, a configuração da f.p.p. é uma curva


A
Amax
A1 fpp
A2

A3

0 B1 B2 B3 B
Bmax
A Fronteira das Possibilidades de Produção - Exercício 1

No gráfico que se segue, apresentamos as f.p.p. de dois países em relação à produção de bens de
luxo e de bens essenciais. O país A encontra-se no ponto X da sua fronteira, enquanto que o país B
se encontra no ponto Y da sua fronteira.

Bens de
luxo

X Fpp (país B)
Fpp (país A)
Y

0 Bens essenciais
a) Caracterize os países A e B, quanto aos seus recursos disponíveis.

b) b) O que pensa sobre o grau de desenvolvimento em cada um dos países?


A Fronteira das Possibilidades de Produção – Exercício 2

No gráfico que se segue, temos dois países distintos, mas com a mesma f.p.p. em relação à
produção
de bens de investimento e de bens de consumo. Note-se, contudo, os países encontram-se em
pontos
distintos da f.p.p..
Bens de
investimento

país A

país B

0 Bens de consumo
a) Caracterize os países A e B, quanto aos seus recursos disponíveis;
b) Na sua opinião, qual dos dois países é mais desenvolvido?
c) Represente as hipotéticas fpp de cada país no futuro
A Fronteira das Possibilidades de Produção – Exercício 3

Comente, de uma forma clara e completa, a situação representada no seguinte gráfico .

Bens capital-
intensivos
fpp país A

fpp país B

0 Bens trabalho-intensivo
A Fronteira das Possibilidades de Produção – Exercício 4

Utilizando o conceito de f.p.p., construa o gráfico com as f.p.p. dos países abaixo descritos, sem
esquecer de assinalar os pontos representativos das realidades produtivas de cada um dos países.

País 1:

País com elevada capacidade de produção quer de bens tecnológicos quer de bens alimentares.
País subdesenvolvido, caracterizado por uma produção muito reduzida de bens tecnológicos e por
uma produção considerável de bens alimentares essenciais;

País 2:

País com fraca capacidade de produção quer de bens tecnológicos quer de bens alimentares. País
desenvolvido, caracterizado por uma especialização na produção de bens tecnológicos e por numa
produção bastante reduzida de bens alimentares essenciais.
A Fronteira das Possibilidades de Produção – Exercício 5

Comente o seguinte gráfico:

Bens
capital -
intensivos

f.p.p. país B

país B

f.p.p. país A
país A

0
Bens trabalho-intensivos
Mercados e Estado

:
Mercado: é o mecanismo pelo qual compradores e vendedores interagem para determinar os preços e
trocar bens ou serviços.
 

Num sistema de mercado, tudo tem um preço que é o valor desse bem em termos monetários.
 

Os preços coordenam as decisões dos produtores e dos consumidores num mercado:

- Preços mais elevados tendem a reduzir as compras dos consumidores e a estimular a produção.
- Preços mais baixos estimulam o consumo e retraem a produção.
 

O mercado estabelece o preço de equilíbrio que satisfaz simultaneamente os desejos dos vendedores e dos
compradores. Os preços aos quais os compradores desejam adquirir exactamente a quantidade que os
vendedores desejam vender proporcionam um equilíbrio entre a oferta e a procura.
Mercados e Estado: A Mão Invisível e a Concorrência Perfeita

 
Concorrência Perfeita: refere-se a um mercado em que nenhuma empresa ou consumidor é
suficientemente forte para afectar o preço de mercado.
 
Mão invisível: Adam Smith concluiu que, em concorrência perfeita e não existindo falhas de mercado,
cada indivíduo na prossecução do seu próprio interesse, é levado por uma mão invisível a promover a
eficiência do mercado (a economia está na F.P.P.), não sendo necessária a intervenção do Estado.
 
Contudo: quando as falhas de mercado se tornam preponderantes, as propriedades notáveis de
eficiência da mão invisível podem ser destruídas, tornando-se necessária a intervenção do Estado.
 
 
Mercados e Estado: As Principais Falhas de Mercado

1) Concorrência Imperfeita: quando um comprador ou vendedor pode influenciar o preço de mercado de um bem
(ex. monopólio, oligopólio, etc...) . 
os governos actuam, regulando os mercados, aplicando leis anti-trust,...

2) Externalidades: quando a ação de empresas impõe custos (externalidades negativas) ou benefícios (externalidades
positivas) a terceiros.
os governos preocupam-se essencialmente com as externalidades negativas como a poluição gerada pelas
fábricas, intervindo quer com legislação, multas...

3) Bens Públicos: bens que podem ser usufruídos por qualquer indivíduo, sem que ninguém possa ser excluído do seu
consumo (ex. a defesa nacional, a iluminação pública, saúde, educação, etc…).
  dado que o fornecimento privado de bens públicos é em geral deficiente, o governo tem de actuar e garantir a
produção destes bens, financiando a sua produção com as receitas que obtém dos impostos.
Mercados e Estado: As Principais Funções Económicas do Estado

 1) Promover a Eficiência:

O governo aumenta a eficiência ao corrigir as falhas de mercado, ou seja, ao promover a


concorrência, ao combater externalidades negativas e ao fornecer os bens públicos.
 
2) Promover a Equidade (Redistribuição do Rendimento):
O governo actua de forma a diminuir as desigualdades da repartição do rendimento que surgem
do livre funcionamento de mercado, aplicando medidas como impostos progressivos sobre o
rendimento e riqueza,...
 
3) Estimular o Crescimento e a Estabilidade Económica:
Através de políticas macroeconómicas de estabilização e de crescimento económico, os governos
têm conseguido controlar os excessos mais graves da inflação e do desemprego.
Mercados e Estado: As Principais Funções Económicas do Estado

 
 
 
Pensar como um Economista: A Análise Custo - Benefício nas Decisões

A economia estuda a forma como os indivíduos fazem escolhas em condições de escassez e das
consequências dessas escolhas para a sociedade.

Embora as nossas necessidades/desejos sejam infinitos, os recursos de que dispomos são


limitados. Por isso, ter mais de um bem significa normalmente ter menos de outro.
 
Toda
  a escolha envolve um compromisso entre interesses concorrentes.
 
Os economistas resolvem os problemas de escolha recorrendo à análise custo-benefício, que se
baseia no princípio de que se deve fazer uma coisa se e só se os seus benefícios excederem os seus
custos (princípio do custo-benefício).
 
A diferença entre o benefício e o custo de uma acção é designada por excedente económico.

Logo, apenas se deve desenvolver acções quando há excedente económico positivo.


Pensar como um Economista: A Análise Custo - Benefício nas Decisões

De que forma vamos medir os benefícios e os custos de uma acção?


 
O benefício de uma acção é: preço de reserva por realizar essa acção, ou seja, o valor máximo que
estaria disposto a pagar a alguém para fazê-la.
 
 
O custo de uma acção é: valor do que é sacrificado para se poder realizar essa acção.
   
 
O princípio do custo-benefício aplica-se não só a decisões do tipo “tudo ou nada”, mas também a
decisões que envolvam a avaliação do momento a partir do qual não compensa desenvolver a acção. A
regra é desenvolver a acção enquanto o benefício marginal (BMg) for superior ao custo marginal (CMg).

BMg: acréscimo no benefício total, resultante de acrescentar mais uma unidade dessa acção;
CMg: acréscimo no custo total, resultante de acrescentar mais uma unidade dessa acção.
 
Pensar como um Economista: A Análise Custo - Benefício nas Decisões
Armadilhas /erros comuns na tomada de decisões:

- Armadilha de Ignorar Custos de Oportunidade/Implícitos: os decisores não devem ignorar os custos


das oportunidades perdidas (valores das alternativas sacrificadas para levar a efeito a acção).
  
 
- Armadilha de Não Ignorar Custos Afundados: ao decidirmos fazer uma acção devemos ignorar os
 
custos afundados (custos que não podem ser evitados mesmo que não se concretize a acção).
    

- Armadilha de Medir Custos e Benefícios em Proporção em vez de Valor Absoluto: os custos e os


benefícios devem ser expressos em valores absolutos e não em valores percentuais.
 

- Armadilha de Usar Custos e Benefícios Médios em Vez de Custos e Benefícios Marginais: os custos e
os benefícios devem ser expressos em valores marginais e não em valores médios.
 
A Análise Custo - Benefício nas Decisões: Exercício 1
O Sr António gosta de pescar em alto mar. Para tal, dispões de uma frota com vários barcos.
Apresentamos de seguida um quadro com algumas informações sobre o número de barcos, benefício
total, benefício marginal e custo marginal.

Com base nesta informação, quantos barcos deve ter a frota do Sr António?

 
  Nº barcos Benefício Benefício marginal Custo marginal
total (€) (€) (€)
  0 0 ----- -----

1 300 (300-0)/(1-0)=300 100

2 480 (480-300)/(2-1)=180 100

3 600 (600-480)/(3-2)=120 100

4 640 (640-600)/(4-3)=40 100


A Análise Custo - Benefício nas Decisões: Exercício 2

A Inês aderiu a um tarifário em que paga o valor constante de 50 cêntimos por minuto nas chamadas
telefónicas de longa distância. Neste momento, a Inês está a falar por telefone com a sua melhor amiga,
o que lhe dá uma elevada satisfação, sobretudo no início, mas, à medida que os minutos passam, essa
satifação vai diminuindo como se pode ver no gráfico que se segue.

Quando deve a Inês desligar o telefone e terminar a conversa com a sua melhor amiga?
 
Preço
  chamadas/min

0,50 € CMg

BMg
0 20 minutos

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