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2º Frequência
A cooperativa (CRL \ CRI) Consórcio – contrato pelo qual duas ou mais
pessoas singulares ou coletivas que exercem uma
o Está prevista no código cooperativo, aprovado atividade económica se obrigam entre si, de forma
pela Lei n.º 119/2015, de 31 de agosto (OU o concertada, a realizar certa atividade ou efetuar
certa contribuição com o fim de prosseguir os
que não lá estiver regem se pelo CSC –
sociedades anonimas) objetos referidos no art. 2.º (ex, realização de uma
obra como uma ponte, uma estrada, uma escola ou
Art. 9.º - direito subsidiário ao Código um hospital. Enquanto durar a realização da obra
Cooperativo é o CSC nomeadamente cada empresa contribui com os conhecimentos e
os preceitos aplicáveis às Sociedades experiência [arquitetura, engenharia, construção…])
Anónimas
o Discute-se se a cooperativa tem ou não Agrupamento complementar de
finalidade lucrativa
empresas (ACE)
O que são?
Lei n.º 4/73, de 4 de junho
Art. 2.º - as cooperativas são pessoas coletivas
autónomas, de livre constituição, de capital e o As pessoas singulares ou coletivas e as
composição variáveis que, através da cooperação e sociedades podem agrupar-se, sem prejuízo
entreajuda dos seus membros, com obediência aos da personalidade jurídica, a fim de melhorar
princípios cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a as condições de exercício ou de resultado
satisfação das necessidades e aspirações das suas atividades económicas.
económicas, sociais ou culturais daqueles. o Não podem ter como fim principal a
o Ramos do setor cooperativo – consumo, obtenção e repartição de lucros.
comercialização, agrícola, crédito, habitação e o Constituem-se com ou sem capital próprio.
construção, produção operária, artesanato,
pescas, cultura, serviços, ensino e Sociedades aparentes
solidariedade social.
Art 36 \ 40 CSC
o Firma deve ter o vocábulo Cooperativa e
terminar em CRL ou CRI, consoante seja O que são?
cooperativa de responsabilidade limitada ou
de responsabilidade ilimitada Pode ocorrer que duas ou mais pessoas
tendo em vista obter determinado tipo de
Figuras afins das SC vantagens criem junto de terceiros a
convicção de que integram uma sociedade
o Diversas formas de colaboração empresarial comercial que, em boa verdade, não
pretendem constituir.
Associação em Participação – 21.º do DL 231/81, de
28 de julho, associação de uma pessoa a uma Quanto a DIVIDAS que contraiam, aplica-se
atividade económica exercida por outra, ficando a o art. 36.º CSC no sentido de que os
primeira a participar nos lucros ou nos lucros e nas prevaricadores respondem solidária e
perdas que desse exercício resultarem para a ilimitadamente pelas obrigações que neste
segunda. contexto contraiam.
EJAE
2º Frequência
A cooperativa (CRL \ CRI) Consórcio – contrato pelo qual duas ou mais
pessoas singulares ou coletivas que exercem uma
o Está prevista no código cooperativo, aprovado atividade económica se obrigam entre si, de forma
pela Lei n.º 119/2015, de 31 de agosto (OU o concertada, a realizar certa atividade ou efetuar
certa contribuição com o fim de prosseguir os
que não lá estiver regem se pelo CSC –
sociedades anonimas) objetos referidos no art. 2.º (ex, realização de uma
obra como uma ponte, uma estrada, uma escola ou
Art. 9.º - direito subsidiário ao Código um hospital. Enquanto durar a realização da obra
Cooperativo é o CSC nomeadamente cada empresa contribui com os conhecimentos e
os preceitos aplicáveis às Sociedades
i
experiência [arquitetura, engenharia, construção…])
Anónimas
o Discute-se se a cooperativa tem ou não Agrupamento complementar de
finalidade lucrativa
empresas (ACE)
O que são?
Lei n.º 4/73, de 4 de junho
Art. 2.º - as cooperativas são pessoas coletivas
autónomas, de livre constituição, de capital e o As pessoas singulares ou coletivas e as
composição variáveis que, através da cooperação e sociedades podem agrupar-se, sem prejuízo
entreajuda dos seus membros, com obediência aos da personalidade jurídica, a fim de melhorar
princípios cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a as condições de exercício ou de resultado
satisfação das necessidades e aspirações das suas atividades económicas.
económicas, sociais ou culturais daqueles. o Não podem ter como fim principal a
o Ramos do setor cooperativo – consumo, obtenção e repartição de lucros.
comercialização, agrícola, crédito, habitação e o Constituem-se com ou sem capital próprio.
construção, produção operária, artesanato,
pescas, cultura, serviços, ensino e Sociedades aparentes
solidariedade social.
Art 36 \ 40 CSC
o Firma deve ter o vocábulo Cooperativa e
terminar em CRL ou CRI, consoante seja O que são?
cooperativa de responsabilidade limitada ou
de responsabilidade ilimitada Pode ocorrer que duas ou mais pessoas
tendo em vista obter determinado tipo de
Figuras afins das SC vantagens criem junto de terceiros a
convicção de que integram uma sociedade
o Diversas formas de colaboração empresarial comercial que, em boa verdade, não
pretendem constituir.
Associação em Participação – 21.º do DL 231/81, de
28 de julho, associação de uma pessoa a uma Quanto a DIVIDAS que contraiam, aplica-se
atividade económica exercida por outra, ficando a o art. 36.º CSC no sentido de que os
primeira a participar nos lucros ou nos lucros e nas prevaricadores respondem solidária e
perdas que desse exercício resultarem para a ilimitadamente pelas obrigações que neste
segunda. contexto contraiam.
Sociedades irregulares As sociedades comerciais
O que são? Art 36 nº2 \ 40 CSC estrangeiras a operar em
As sociedades irregulares são sociedades Portugal
que no processo de constituição não
cumpriram os requisitos de formação O art. 4.º, n.º 1 do CSC dispõe que a sociedade que
legalmente previstos. Existe intenção de não tenha sede efetiva em Portugal, mas que deseje
constituir uma SC, mas os requisitos formais exercer aqui a sua atividade por mais de 1 ano deve
não completamente cumpridos. instituir uma representação permanente e cumprir o
EX: a sociedade que inicia a sua atividade antes de disposto na lei sobre registo comercial.
formalizado o respetivo contrato de constituição (art.
36.º, n.º 2) ➢ Quanto à representação da sociedade
• (remete 997 n 1 cc)Quem responde pelas comercial estrangeira, o determinante é que
DIVIDAS = responde a sociedade e solidaria o representado expressa a sua vontade de
e pessoalmente os sócios que certa entidade o represente e vincule
em determinados negócios jurídicos
EX: a sociedade comercial que começa a particularmente numa área geográfica e que
desenvolver a sua atividade entre a data de o representante aceite representar
celebração do contrato e o seu registo definitivo determinada sociedade comercial.
(art. 40.º CSC). ➢ Para determinadas sociedades estrangeiras
• Neste último caso, pelos negócios realizados que atuem em Portugal a representação
em nome de uma SQ, SA ou S.C. por ações deve ser permanente (ex, criação de filiais e
respondem ilimitadamente e solidariamente sucursais) sempre que a atividade da
todos aqueles que no negócio agiram em sociedade se prolongue por mais de 1 ano.
representação da sociedade. Quanto aos - A representação permanente deve ser
demais sócios, respondem até às ao valor da registada.
sua entrada - O registo é obrigatório para a criação,
Art. 4.º do CSC alteração e o encerramento de
representações permanentes de sociedades,
1. A sociedade que não tenha a sede efetiva bem como para a prestação de contas das
em Portugal, mas deseje exercer aqui a sua sociedades com sede no estrangeiro e
atividade por mais de um ano, deve instituir representação permanente em Portugal (art.
uma representação permanente e cumprir o
10.º, 15.º CRComercial)
disposto na lei portuguesa sobre registo
comercial. + de 1 ano
2. A sociedade que não cumpra o disposto no
− Tem de ter uma representação
número anterior fica, apesar disso, obrigada
permanente
pelos atos praticados em seu nome em
Portugal e com ela respondem − Tem de ser registada na conservatória
solidariamente as pessoas que os tenham − Bem como a prestação de contas da
praticado, bem como os gerentes ou sociedade
administradores da sociedade. − SE NÃO COMPRIR COM ESTES
3. Não obstante o disposto no número anterior, REQUISITOS art nº4 N 2
o tribunal pode, a requerimento de qualquer
interessado ou do Ministério Público, ordenar
que a sociedade que não dê cumprimento ao
disposto no n.º 1 cesse a sua atividade no
País e decretar a liquidação do património
situado em Portugal.
H
Direitos e deveres dos sócios Contrato de suprimento
Art. 243.º - contrato pelo qual o sócio empresta à
Desenvolvimentos das atividades sociais: sociedade dinheiro ou outra coisa fungível ficando
Direitos e deveres gerais dos sócios aquela obrigada a restituir outro tanto do mesmo
género ou qualidade.
Para além do dever de entrada, os sócios • Não é necessário a sua previsão no pacto
podem obrigar-se a outras prestações, social, nem é necessária a deliberação dos
designadamente as prestações acessórias, as sócios. A sua celebração é da competência
prestações suplementares e os suprimentos. da gerência ou da administração.
Prestações acessórias (obrigações) • Em caso de insolvência, os suprimentos
Consistem as prestações acessórias em obrigações inserem-se na classe dos créditos
acordadas inicialmente no pacto de sociedade que subordinados. Apenas são pagos após o
podem consistir em qualquer ato ou atividade do cumprimento dos créditos das demais
sócio que vá em prol dos objetivos sociais. classes (art. 47.º, n.º 4 b) e 48.º g) do
Pode consistir : CIRE). (risco de nc mais ver o dinheiro)
− No comprometimento, por parte de um sócio,
de exercer as funções de gerente ou Aquisição e distribuição de lucros
administrador da respetiva sociedade − Um dos direitos do sócio é quinhoar nos
comercial lucros (art. 21.º).
− Na construção das instalações necessárias ao − Quanto a saber qual a percentagem de
desenvolvimento da atividade empresarial lucros a distribuir por cada sócio encontra-se
− No fornecimento de certos bens ou serviços vinculada, salvo convenção em sentido
ligados à anterior profissão desempenhada contrário, ao valor da participação de cada
por determinado sócio. um no capital da respetiva sociedade
! Deve-se atender ao art. 209.º (sociedades por (art. 22.º) \ Art. 217.º - SQ \ Art. 294.º - SA
quotas) e ao art. 287.º(sociedades anónimas). Perdas sociais
Estas prestações podem ser onerosas ou Trata-se da diminuição do património da sociedade
gratuitas e o seu incumprimento não determina comercial relativamente às entradas com o que o
a exclusão do sócio da sociedade. ! projeto empresarial teve início
Prestações suplementares (DINHEIRO SMP) • Podem ter consequências concreta na
Prevê-se a obrigação de prestações suplementares diminuição da distribuição dos lucros, no
menor valor das reservas, bem como, em
exclusivas das SQ (art. 210.º).
certos tipos societários, na responsabilização
No entanto, também se aplicam às SA. (n tem art, dos sócios pelo pagamento das dívidas
por isso art 210 TB se aplica aqui) geradas por tal circunstância.
− As mesmas devem constar do contrato de • As perdas de cada sócio deverão ser
sociedade e consistir em dinheiro. A calculadas por regra em função da respetiva
obrigação concreta de prestar suplementos
tem de derivar de deliberação dos sócios participação social (art. 22.º)
− Caso o sócio não corresponda, quando Património e capital social
solicitado, à prestação suplementar a que se Património social – conjunto de relações jurídicas
obrigou poderá ser excluído da sociedade com valor económico, isto é, avaliável em dinheiro de
e perder total ou parcialmente a sua que é sujeito ativo e passivo uma sociedade
comercial
quota (art. 212.º, 204.º e 205.º).
Capital social: consiste num valor ideal e abstrato
Quanto à restituição das prestações suplementares
tal só ocorre se a situação líquida não ficar inferior que representa a soma das entradas dos sócios,
à soma do capital social e o socio tenha liberado a sendo, como tal, impenhorável diversamente do que
sua quota (art. 213.º) sucede com o património.
Ao capital social compete determinar a posição As reservas
relativa dos sócios quanto a direitos (direito a Tratam-se de valores que os sócios não querem ou
dividendos, direito de participação em AG) e deveres não podem distribuir.
(dever de entrada, perdas). As reservas podem ser:
A diferença em PS e CS permite averiguar se a − Estatutárias – se previstas no próprio pacto
sociedade está a obter lucros ou prejuízos. Visa ainda social (art. 33.º, n.º 1, in fine)
proteger não apenas os sócios mas também os
credores da sociedade. − Facultativas ou livres – consistem em
lucros não distribuídos por deliberação anual
Trata-se da intangibilidade do capital social dos sócios. é obrigatório distribuir 50% dos
− Assenta na proibição de distribuir pelos lucros distribuíveis.
sócios bens da sociedade quando a sua − Contratuais – resultam de contratos
situação líquida for inferior à soma do celebrados entre a sociedade e terceiros,
capital social e reservas que a lei ou como investidores, entidades públicas ou
contrato não permitam distribuir pelos sócios bancos.
ou se tornasse inferior a esta soma em − Ocultas – resultam da subvalorização do
consequência da distribuição (art. 32.º) ativo ou de uma sobrevalorização do passivo
− Por outro lado, não podem ser distribuídos (art. 33.º, n.º 3). Estas reservas não podem
aos sócios os lucros de exercício necessários ser distribuídas pelos sócios uma vez que
para cobrir prejuízos transitados ou para não resultam do balanço.
formar ou reconstituir reservas impostas
− Legais – as que são impostas por lei. Nos
pela lei ou pelo contrato de sociedade (art.
33.º). Significa isto que não podem ser termos dos art. 295.º e 296.º (SA e aplicável
distribuídos lucros fictícios, mas apenas às SQ por força do art. 218.º), 5% dos lucros
efetivos relativamente ao património que se do exercício deverão destinar-se à
arriscou. constituição de reservas até que as mesmas
− O legislador pune as condutas contrárias ao perfaçam 20% do capital social. Nas SQ
estatuído nestes preceitos, obrigando os estipula-se que o limite mínimo da reserva
sócios a restituir à sociedade os bens que legal nunca será inferior a € 2 500,00.
dela tenham recebido com violação do Sociedades comerciais
disposto na lei (art. 34.º) Considera-se contrária ao fim da sociedade a
− Resultando das contas do exercício ou de prestação de garantias reais ou pessoais a dívidas de
contas intercalares que metade do capital outras entidades art. 6.º, n.º 3
próprio se encontra perdido ou havendo Órgãos de gestão – órgãos de administração e
fundadas razões para admitir que essa perda representação:
se verifica devem os gerentes ou SNC – gerentes em princípios todos os sócios da
administradores convocar ou requerer a
convocação de uma AG, de forma a informar sociedade (art. 191.º)
SQ – geridas e representadas por um ou mais
os sócios da situação e se tomarem as
medidas necessárias. gerentes, não sendo obrigatoriamente sócios.
SC – gerentes apenas os sócios comanditados, em
− Outra vertente de intangibilidade do capital
social reside em que tendencialmente se princípio. No entanto, prevê o art. 470.º que o
contrato de sociedade possa prever sócios
verifica a inalterabilidade do capital social. comanditários como gerentes.
Excecionalmente, todavia, pode ter lugar um SA – pode existir: um conselho de administração e
aumento do capital social (art. 87.º) ou conselho fiscal; conselho de administração
redução do capital social (art. 94.º) compreendendo uma comissão de auditoria e revisor
oficial de contas; conselho de administração
executivo, conselho geral e de supervisão e ROC.
Obrigações genéricas dos gerentes e Art. 390.º
administradores O conselho de administração é composto pelo
número de administradores fixado no contrato de
➢ O art. 64.º do CSC – dever de cuidado e no sociedade.
dever de lealdade O contrato de sociedade pode dispor que a
➢ A responsabilidade civil e fiscal dos sociedade tenha um só administrador, desde que o
respetivos membros – art. 72.º, n.º 1 capital social não exceda (euro) 200000; Os
Os gerentes ou administradores respondem para administradores podem não ser acionistas, mas
com a sociedade por atos ou omissões praticadas devem ser pessoas singulares com capacidade
em violação dos deveres legais ou contratuais caso jurídica plena.
tenham resultado danos causados no património da
sociedade. Exemplos de áreas de atuação – art. 406.
Competência da gerência nas SQ − Escolha do presidente
A designação dos gerentes pode ser feita no − Cooptação de administradores
contrato de sociedade ou mediante − Pedido de convocação de assembleias gerais;
deliberação dos sócios em assembleia geral
− Relatórios e contas anuais;
Caso faltem definitivamente todos os
gerentes assumirão todos os sócios os − Aquisição, alienação e oneração de bens
poderes de gerência até que sejam imóveis;
designados novos gerentes. − Prestação de cauções e garantias pessoais
Quando a gerência seja composta por vários ou reais pela sociedade;
gerentes os respetivos poderes serão − Abertura ou encerramento do
exercidos conjuntamente. Serão válidas as
estabelecimento ou de partes importantes
deliberações que reúnam votos da maioria.
Determina o legislador a impossibilidade de desta;
concorrência com a sociedade por parte dos − Modificações importantes na organização da
respetivos gerentes. empresa;
Quanto à duração do mandato da gerência, é − Mudança de sede e aumentos de capital;
por tempo indeterminado – art. 256.º − Projetos de cisão, fusão e de transformação
Poderão os sócios a todo o tempo deliberar da sociedade;
a destituição do gerente – art. 257.º − Qualquer outro assunto sobre o qual algum
Deverão os gerentes praticar os atos que administrador requeira deliberação do
forem necessários ou convenientes para a
realização do objeto social, com respeito conselho
pelas deliberações dos sócios – art. 259.º Órgão deliberativo: assembleia geral
Competências do Administrador, do Conselho de de sócios
Administração ou da Direção nas SA Nas SA, a Assembleia geral reúne esporadicamente.
O CSC oferece três fórmulas de organização Tem como competência deliberar sobre assuntos
fundamentais da sociedade.
administrativa e fiscal – art. 278.º
Ex.: distribuição de dividendos, aumento ou redução
• Conselho de Administração e Conselho Fiscal; do capital social, alteração do pacto social ou
• Conselho de Administração, compreendendo dissolução da sociedade comercial
uma Comissão de Auditoria e ROC;
• Conselho de Administração Executivo, São convocadas pelo presidente da mesa devendo
Conselho Geral e de Supervisão e ROC a convocatória ser publicada. Nas SA entre a última
divulgação e data da reunião deve mediar pelo
Competências do Conselho de Administração: gerir menos 1 mês.
as atividades da sociedade, subordinado à vontade
dos acionistas, representando com plenos poderes a
sociedade.
A convocatória pode ter lugar por carta registada Deliberações nulas ou anuláveis
ou através do sítio do Ministério da Justiça ou ainda,
com a anuência dos destinatários, por correio Art. 56.º a 62.º
eletrónico com a antecedência de 21 dias..
A mesa da assembleia geral é constituída, pelo Deliberações nulas – ex. deliberações tomadas
menos, por um presidente e um secretário. O por sócios em AG não convocada. O legislador não
contrato de sociedade pode determinar que o considera como convocadas as AG cuja convocatória
presidente, o vice-presidente e os secretários da não esteja assinada por quem tem competência para
mesa da assembleia geral sejam eleitos por esta, por tal.
período não superior a quatro anos, de entre
acionistas ou outras pessoas. São nulas as deliberações dos sócios:
- No silêncio do contrato, na falta de pessoas eleitas 1. Tomadas em assembleia geral não
nos termos do número anterior ou no caso de não convocada, salvo se todos os sócios tiverem
comparência destas, serve de presidente da mesa estado presentes ou representados;
da assembleia geral o presidente do conselho fiscal, 2. Tomadas mediante voto escrito sem que
da comissão de auditoria ou do conselho geral e de todos os sócios com direito de voto tenham
supervisão e de secretário um acionista presente,
sido convidados a exercer esse direito, a não
escolhido por aquele.
ser que todos eles tenham dado por escrito
- Na falta ou não comparência do presidente do o seu voto;
conselho fiscal, da comissão de auditoria ou do 3. Cujo conteúdo não esteja, por natureza,
conselho geral e de supervisão, preside à assembleia sujeito a deliberação dos sócios;
geral um acionista, por ordem do número de ações 4. Cujo conteúdo, diretamente ou por atos de
de que sejam titulares caso se verifique igualdade outros órgãos que determine ou permita,
de número de ações, deve atender-se,
seja ofensivo dos bons costumes ou de
sucessivamente, à maior antiguidade como acionista
preceitos legais que não possam ser
e à idade – art. 374.º
derrogados, nem sequer por vontade
Nas SQ, a convocatória deve ser feita por meio de unânime dos sócios.
carta registada com a antecedência mínima de 15
dias (art. 248.º, n.º 3). Às assembleias gerais das São anuláveis as demais situações. Art. 58.º:
sociedades por quotas aplica-se o disposto sobre São anuláveis as deliberações que:
assembleias gerais das sociedades anónimas – 248.º I. Violem disposições quer da lei, quando ao
A convocatória deve conter, entre outros aspetos, caso não caiba a nulidade, nos termos do
as menções do art. 171.º: lugar, dia e hora da reunião artigo 56.º, quer do contrato de sociedade;
e ordem do dia. A preterição ou erro sobre II. Sejam apropriadas para satisfazer o
determinadas menções essenciais é causa de propósito de um dos sócios de conseguir,
nulidade das deliberações. através do exercício do direito de voto,
- No que se refere ao local da reunião da vantagens especiais para si ou para
assembleia geral, deve ser, em regra, a sede da terceiros, em prejuízo da sociedade ou de
sociedade, podendo decorrer igualmente através de outros sócios ou simplesmente de prejudicar
meios telemáticos. aquela ou estes, a menos que se prove que
as deliberações teriam sido tomadas mesmo
A convocatória das assembleias gerais compete a sem os votos abusivos;
qualquer um dos gerentes, sendo presididas pelo III. Não tenham sido precedidas do
sócio que detiver maior fração de capital ou, em fornecimento ao sócio de elementos
caso de igualdade, pelo sócio mais velho – art. 248.º, mínimos de informação.
n.º 3 e 4.
Impugnação das deliberações sociais Atas das assembleias gerais
- Se determinada deliberação carecia do
consentimento de parte de um sócio será tal Ata tem de ser assinada nas:
deliberação ineficaz relativamente a tal sócio. Ex. SQ, por todos os sócios presentes
deliberação tomada sem quórum mínimo. Art. 55.º (Art 248)
- Caso a AG tenha deliberado sem ter sido SA, apenas pelo presidente, e pelo
convocada ou devidamente convocada tais secretário da mesa
deliberações serão nulas. Ex., sem indicação de dia,
hora ou local da reunião. Deve conter:
A identificação da sociedade,
- Deverá o órgão de fiscalização dar a conhecer aos
O lugar, dia e hora da reunião
sócios a nulidade de uma deliberação a fim que
estes a renovem. Caso não o façam nem a Nome do presidente
sociedade seja citada para a ação em causa, deverá Nome dos sócios presentes e valor nominal
o órgão de fiscalização promover a declaração de da respetiva participação social
nulidade, em sede judicial. Ordem do dia
Teor das decisões tomadas,
− A anulabilidade pode ser arguida pelo órgão Resultado das votações
de fiscalização ou por qualquer sócio e a
Sentido das declarações dos sócios
respetiva ação deve ser proposta contra a
Art 251 conflito de interesses
sociedade no prazo de 30 dias.
− A não observância deste prazo determina a ! Depois de já ter sido feita a convocatória, um
caducidade do respetivo direito e a sanação socio pode incluir um tema a ordem do dia? !
da invalidade da deliberação – art. 59.º, n.º 2 − Nas SA, só o poderão fazer os sócios que
Funcionamento. Convocatória e tiverem pelo menos 5% do capital social.
− Nas SQ todos os sócios o podem fazer
presidência de trabalhos
Convocatória da AG – compete ao presidente da Órgãos de fiscalização
mesa e deve ser publicitada por carta registada ou
meios eletrónicos. • Após um exercício social os membros dos
Deve conter os seguintes elementos órgãos de gestão devem elaborar as contas
– art. 377.º, n.º 5: da sociedade para apreciação pelos sócios.
a) As menções exigidas pelo artigo 171.º; • Devem apresentar um relatório de gestão
b) O lugar, o dia e a hora da reunião; que descreva e sintetize os principais
c) A indicação da espécie, geral ou especial, da aspetos da vida societária no exercício em
assembleia; questão.
d) Os requisitos a que porventura estejam • Uma vez elaborados os documentos de
subordinados a participação e o exercício do prestação de contas devem ser apresentados
direito de voto; à AG para deliberação pelos sócios.
e) A ordem do dia;
• Estes documentos devem ser apresentados
f) Se o voto por correspondência não for
no prazo de três meses a partir do final do
proibido pelos estatutos, descrição do modo
exercício
como o mesmo se processa, incluindo o
endereço, físico ou eletrónico, as condições Extinção da sociedade comercial
de segurança, o prazo para a receção das
declarações de voto e a data do cômputo Dois momentos:
das mesmas. 1. Dissolução da sociedade
2. Liquidação do seu património
A dissolução Artigo 143.º
− O contrato pode prever causas de dissolução Causas de dissolução oficiosa
da sociedade. Ex: estipulação de um prazo O serviço de registo competente deve instaurar
para a duração da sociedade. oficiosamente o procedimento administrativo de
− Por outro lado, é permitido aos sócios a dissolução, caso não tenha sido ainda iniciado pelos
qualquer momento determinar a dissolução interessados, quando:
da sociedade (art. 194.º, 270.º, 383.º, n.º 2, a) Durante dois anos consecutivos, a sociedade
não tenha procedido ao depósito dos
386.º, n.º 3 e 473.º) documentos de prestação de contas e a
− O objeto social inicialmente lícito pode administração tributária tenha comunicado
tornar-se ilícito por decisão legal posterior – ao serviço de registo competente a omissão
art. 141.º de entrega da declaração fiscal de
rendimentos pelo mesmo período;
Artigo 142.º b) A administração tributária tenha comunicado
Causas de dissolução administrativa ou por ao serviço de registo competente a ausência
deliberação dos sócios de atividade efetiva da sociedade, verificada
1 - Pode ser requerida a dissolução administrativa da nos termos previstos na legislação tributária;
sociedade com fundamento em facto previsto na lei c) A administração tributária tenha comunicado
ou no contrato e quando: ao serviço de registo competente a
a) Por período superior a um ano, o número de declaração oficiosa da cessação de atividade
sócios for inferior ao mínimo exigido por lei, da sociedade, nos termos previstos na
exceto se um dos sócios for uma pessoa legislação tributária.
coletiva pública ou entidade a ela equiparada Particularidades (parte II)
por lei para esse efeito;
b) A atividade que constitui o objeto contratual Na SA se o sócio não realizar a sua entrada
se torne de facto impossível; no prazo fixado, o que poderá a Sociedade
c) A sociedade não tenha exercido qualquer fazer?
atividade durante dois anos consecutivos; MECANISMO 1: Pela via judicial, até porque, muitas
d) A sociedade exerça de facto uma atividade vezes, é feita a entrada através de um título ou de
não compreendida no objeto contratual. uma livrança e, assim sendo, a sociedade já tem um
Liquidação do património título executivo para intentar a ação.
MECANISMO 2: nos termos do art. 285º/2, sendo
- Consiste no apuramento do ativo, pagamento do regra geral tanto para as Sociedades Anónimas
passivo e partilha de eventual saldo. como para as Sociedades por Quotas (art. 204º), o
- A firma da sociedade que se encontre em sócio só entra em mora quando a sociedade o
liquidação deve passar a conter a expressão interpela para o cumprimento da obrigação. Esta
“sociedade em liquidação” ou “em liquidação”. interpelação tem de ser feita através de um anúncio
Duração da liquidação: no máximo de dois anos em que a sociedade fixa um prazo entre 30 a 60
após a dissolução podendo ser prorrogada por dias para o cumprimento, sendo que a partir do qual
deliberação dos sócios por período não superior a 1 o sócio, se não tiver realizado a sua prestação, entra
ano. em mora tendo consequências no seu estatuto na
- Os liquidatários que são normalmente os membros sociedade: não poderá receber os lucros da
da administração da sociedade têm a obrigação de sociedade nos termos do art. 27º/4. A sociedade
ultimar os negócios pendentes, cumprir as concede ao sócio em mora um novo prazo para que
obrigações, cobrar créditos da sociedade, propor a este efetue o pagamento da entrada acrescida dos
partilha de saldo. juros, sob pena de perder as suas ações para a
- A extinção ocorre pelo registo do encerramento da sociedade (interpelação admonitória). Aqui, passa a
liquidação. ser considerado um sócio remisso, ou seja, ou paga
ou fica sujeito a ser excluído. Passado o prazo sem
cumprir a sociedade delibera a sua exclusão
Contudo, continuando a entrada por realizar o que é Votos na SQ
que a sociedade poderá fazer para recuperar a
parte do capital social que ainda não foi realizada? Artigo 250.º (Votos)
Existe uma responsabilidade solidária Conta-se um voto por cada cêntimo do valor nominal
daqueles sócios que antecederam aquele na da quota.
titularidade das ações, pois não há Artigo 251.º (Impedimento de voto)
responsabilidade solidária dos sócios nas 1 - O sócio não pode votar nem por si, nem por
Sociedades Anónimas. representante, nem em representação de outrem,
Se os antecessores não tiverem património quando, relativamente à matéria da deliberação, se
suficiente ou se não existirem antecessores encontre em situação de conflito de interesses com
procede-se à venda das ações o que a sociedade. Entende-se que a referida situação de
consubstancia um mecanismo extrajudicial conflito de interesses se verifica designadamente
Síntese: quando se tratar de deliberação que recaia sobre:
Não comprido com a obrigação da entrada, em 1º a) Liberação de uma obrigação ou
temos a via judicial, o socio faltoso tem de cumprir responsabilidade própria do sócio, quer nessa
no prazo de 30 a 60 dias uma interpelação. Ele não qualidade quer como gerente ou membro do
cumpre faz-se uma nova interpelação sobre pena órgão de fiscalização;
que se ele não cumprir essa nova interpelação, será b) Litígio sobre pretensão da sociedade contra
excluído da sociedade. Mas mesmo assim ele não o sócio ou deste contra aquela, em qualquer
cumpre, é excluído e não cumpre. Então processa a
das qualidades referidas na alínea anterior,
venda extrajudicial das ações Art 285
tanto antes como depois do recurso a
Alteração do contrato de sociedade tribunal;
Por deliberação dos sócios é possível modificar ou c) Perda pelo sócio de parte da sua quota, na
suprimir alguma das cláusulas do contrato de hipótese prevista no artigo 204.º, n.º 2;
sociedade ou introduzir uma cláusula nova – art. 85.º d) Exclusão do sócio;
CSC e) Consentimento previsto no artigo 254.º, n.º 1;
• SNC – a decisão tem de ser tomada por f) Destituição, por justa causa, da gerência que
unanimidade (art. 194.º) estiver exercendo ou de membro do órgão
Restantes tipos societários: maioria qualificada de fiscalização;
• SQ: maioria de ¾ dos votos g) Qualquer relação, estabelecida ou a
estabelecer, entre a sociedade e o sócio
correspondentes ao capital social ou por n.º
estranha ao contrato de sociedade.
mais elevado exigido pelo contrato – art.
NÃO PODE VOTAR (CONFLITO DE INTERESSES)
265.º SE VOTAR O VOTO É ANULAEL
• SA: Presença de acionistas que detenham
pelo menos ações correspondentes a 1/3 do TRESPASSE ART 1112 CC
capital (art. 383.º, n.º 2). A alteração deverá
ser deliberada por 2/3 dos votos emitidos. Consiste na transmissão definitiva entre vivos de um
estabelecimento comercial. Normalmente configura
Estabelecimento Comercial uma compra e venda mas também pode configurar
uma entrada para uma sociedade comercial
- Noção: acervo heterogéneo de bens com o qual o - Para que ocorra o trespasse poderão não seguir
empresário desenvolve a atividade profissional. para o trespassário todos os elementos do
- Elementos que compõem: ativo e passivo estabelecimento comercial. De facto, para que se
- Ativo: as coisas corpóreas, incorpóreas e a clientela. possa falar de trespasse é necessária somente a
~ Coisas corpóreas: ex. imóvel onde se situam as transmissão dos elementos essenciais do
instalações da empresa, mercadorias, máquinas, estabelecimento comercial – o âmbito necessário ou
mobília das instalações mínimo que lhe dá identidade.
~ Coisas incorpóreas: ex., obras literárias ou artísticas, - Forma de celebração: deve ser realizado por
patentes de invenção e as marcas, direito à firma.
- Passivo: dividas da atividade comercial escrito e comunicado ao senhorio art 1112.n.º 3 do CC
Regime do trespasse quanto ao imóvel Regime do trespasse quanto aos
ARRENDADO CONTRATOS DE TRABALHO
− Prevê-se a transmissão da posição do O que sucede aos respetivos trabalhadores do
arrendatário sem necessidade de autorização
estabelecimento comercial?
do senhorio – art. 1112.º, n.º 1 do CC
− Deverá o trespassante comunicar o facto ao Nos termos do art. 285.º do CTrabalho, os
trabalhadores são transmitidos juntamente
senhorio no prazo de 15 dias após a sua com o estabelecimento comercial para o
verificação – art. 1038.º, al. G) do CC trespassário. Naturalmente poderá o
− É permitido ao senhorio denunciar o adquirente do estabelecimento comercial
contrato de arrendamento mediante chegar a acordo com um ou mais
comunicação ao arrendatário com trabalhadores quanto à revogação do seu
antecedência não inferior a 2 anos sobre a contrato de trabalho, nos termos do art.
data em que se pretenda a cessação – art. 349.º do CT. Nestas situações é natural
1101.º, a. C) do CC propor-se ao trabalhador uma compensação
baseada na sua antiguidade ao serviço do
− O senhorio tem direito de preferência na empregador que poderá ser aceite ou não
aquisição do estabelecimento comercial – pelo trabalhador.
art. 1112.º, n.º 4 do CC Por outro lado, transmite-se igualmente com
− Assim, nos termos do art. 416.º do CC o a empresa a responsabilidade pelo
obrigado deve comunicar ao titular do direito pagamento de coimas aplicadas pela prática
de contraordenação laboral.
o projeto de venda e as cláusulas do
Por fim, responderá o trespassante,
respetivo contrato, de entre as quais se solidariamente, com o trespassário pelas
destaca o preço da alienação. Uma vez dívidas aos trabalhadores vencidas à data da
recebida a comunicação, deve o titular transmissão do estabelecimento comercial,
exercer o seu direito de preferência dentro durante o ano subsequente a esta
do prazo de oito dias. Regime do trespasse quanto às dívidas
Não há um verdadeiro trespasse – art. 1112.º, As dívidas não se transmitem necessariamente com
o estabelecimento comercial, podendo, no entanto,
n.º 2 do CC
existir autorização do credor.
- Quando a transmissão não seja Regime do trespasse quanto à obrigação implícita
acompanhada de transferência, em conjunto, de não concorrência
das instalações, utensílios, mercadorias ou O não cumprimento de abstenção de
outros elementos que integram o âmbito concorrência viola o princípio da boa fé no
mínimo do estabelecimento; cumprimento das obrigações – art. 762.º, n.º 2
- Quando a transmissão vise o exercício no do CC
prédio de outro ramo de comércio ou - Ficam igualmente sujeitos a esta obrigação o
indústria ou, de um modo geral, a sua cônjuge do comerciante, os filhos que tenham
afetação a um outro destino. colaborado nos negócios e todos os que, de algum
O art. 1112.º, n.º 5 do C.C refere que quando, modo, se relacionavam aos olhos da clientela com
após a transmissão do estabelecimento o estabelecimento comercial.
comercial seja dado outro destino ao prédio ou Esta obrigação está limitada no espaço, isto é, a
o transmissário não continue o exercício da área geográfica de ação do estabelecimento
mesma profissão, o senhorio pode resolver o comercial. Está também limitada no tempo, isto é,
contrato. no que for razoável para que o adquirente possa ter
como consolidada a sua clientela. Torna-se
aconselhável que se estabeleçam contratualmente
os limites espaciais e temporais desta obrigação. Por
exemplo, um ano.
Como sanções para a violação desta obrigação de
DEFESA DA CONCORRÊNCIA
não concorrência, pode mencionar-se o
Distingue-se a defesa da concorrência
encerramento do estabelecimento indevidamente propriamente dita das práticas individuais
aberto. restritivas do comércio.
LOCAÇÃO (arrendamento) DO Práticas individuais restritivas do
ESTABELECIMENTO COMERCIAL comércio
ART 1109 CC Decreto-lei n.º 166/2013, de 27 de dezembro, abrange
uma série de situações:
− Transmissão temporária e onerosa do
proibição de aplicação de preços ou de
estabelecimento comercial. Designado em
condições discriminatórias;
tempos anteriores como concessão de
a transparência nas políticas de preços e
exploração e cessão de exploração.
condições de venda
− Necessidade de transferência dos elementos a proibição do dumping ou venda com prejuízo,
essenciais do estabelecimento e obrigação isto é, por valor inferior ao preço da compra
de não dar um destino diferente ao efetivo.
estabelecimento daquele que vinha sendo
prosseguido – art. 1109.º, n.º 1 e 1112.º, n.º 2 ASAE: entidade fiscalizadora responsável pelos
do CC. processos de contraordenação (ASAE tem muita
dificuldade em colocar processos contraordenação,
− Celebração por documento escrito – art. pois existe o regime jurídico mas o que se verifica
1109.º, n.º 1 e 1112.º, n.º 3 do CC. na pratica é que, ele não é respeitado na sua
plenitude)
Regime da locação quanto ao imóvel
Defesa da concorrência propriamente
arrendado
Art. 1109.º, n.º2 CC – a transferência dita
temporária e onerosa de estabelecimento Lei n.º 19/2012, de 8 de maio
instalado em local arrendado não carece de Limita os acordos e práticas concertadas entre
autorização do senhorio, devendo ser-lhe empresas. Ex., fixação de preços e repartição
comunicada no prazo de um mês. de mercados (cartelização).
Regime da locação quanto aos contratos de Proíbe a exploração abusiva de uma posição
trabalho dominante por parte de uma empresa e proíbe
o abuso de dependência económica. Ex.
Os contratos de trabalho transferem-se relações entre grandes superfícies de
juntamente com o estabelecimento
distribuição e pequenos agricultores que lhes
Regime da locação quanto às dívidas fornecem exclusivamente bens. Proíbe-se que
O passivo não se transmite necessariamente. estas empresas de distribuição imponham
Regime da locação quanto à obrigação preços inferiores ao valor justo dos bens.
Proíbe as concentrações de empresa fruto de
implícita de não concorrência fusão de sociedades comerciais que implique a
Desvio de clientela é vedado. Deve-se distorção do mercado.
assegurar ao locatário o gozo do
estabelecimento para os fins a que se Autoridade da concorrência: entidade responsável
destina – art. 1031.º, b e 1037.º, n.º 1 do CC. pela fiscalização (também é muito difícil provar
Nem o locador deverá fazer concorrência ao estas situações, logo um regime de certa forma
locatário nem o locatário deverá fazer obsoleto)
concorrência ao locador abrindo um
estabelecimento comercial concorrente no
mesmo espaço de irradiação.
Da concorrência desleal – art. 317.º
do CPI
Para verificar-se uma situação destas é Quem é que pode ser declarado insolvente
necessário que se verifique um ato de
Sujeitos passivos da declaração de insolvência – art.
concorrência, contrário às normas e usos
honestos relativo a qualquer ramo de atividade. 2.º do CIRE
Ex. pessoas singulares, sociedades comerciais,
São suscetíveis de conformar uma situação de
concorrência desleal: sociedades civis sob a forma comercial e
cooperativas
− Atos suscetíveis de criar confusão com a
empresa, os produtos ou os serviços dos Conceito de empresa (art. 5.º do CIRE)
concorrentes; − sentido amplo: toda a organização de capital
− As falsas afirmações feitas no exercício de e trabalho destinada ao exercício de
uma atividade económica com o fim de qualquer atividade económica
desacreditar os concorrentes. Ex, quando se
diz que a empresa concorrente não paga Tribunal competente
atempadamente aos seus trabalhadores;
− Quando está em causa uma empresa ou
− Falsas indicações de créditos ou de sociedade comercial – Tribunais de Comércio
reputações próprios quanto ao capital ou ou Seções Comerciais dos Tribunais Comuns
situação financeira da empresa e à
qualidade e quantidade da clientela. Declaração da situação de insolvência
− É ilícito a divulgação ou a utilização de
Art 18, 3, 20 CIRE
segredos de negócios de um concorrente.
Legitimidade: