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NOVAS REGRAS

MICRO E MINI
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA

G E R A Ç Ã O
T I L H A D A
COMPAR
Conteúdo ENERGÊS

Produzido com imenso carinho e


dedicação para você Energista!!
10/2022

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termos da Lei nº 9610/98
NOVAS POSSIBILIDADES DE
GERAÇÃO COMPARTILHADA

A Geração Compartilhada, também conhecida como


“Fazenda Solar”, é uma das modalidades de
compensação prevista pela Lei 14.300/22.

Essa modalidade foi criada em 2015 (REN 687/2015),


introduzindo na REN 482/2012 a possibilidade de
compartilhamento de energia de micro ou
minigeração distribuída, através da reunião de dois ou
mais consumidores, desde que estes estejam na
mesma área de concessão da distribuidora.

Na REN 482 existiam apenas duas possibilidades de


Geração Compartilhada: Consórcio e Cooperativas.

Assim, a novidade trazida pela Lei 14.300/22 foi a


instituição de novas possibilidades de geração
compartilhada.

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O que é Geração Compartilhada?

A modalidade de Geração Compartilhada é uma


modalidade de compensação caracterizada pela
reunião de consumidores, que pode ser tanto de
pessoas físicas (CPFs) quanto pessoas jurídicas
(CNPJs), desde que todas as unidades consumidoras
envolvidas sejam abrangidas pela mesma
distribuidora de energia elétrica, sendo que a
unidade geradora fica em local diferentes das UCs
beneficiárias (consumidoras).

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A novidade trazida pela Lei 14.300/22 foi
o acréscimo de novos modelos para a
reunião dos consumidores.

Agora temos as seguintes possibilidades:

Vamos entender cada uma


dessas modalidades de
geração compartilhada

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Consórcio
A REN 482 apenas citava a possibilidade de utilizar o
instituto do consórcio para a geração compartilhada.
Então, surgiu a controvérsia se seria o consórcio da Lei
da SA ou o consórcio da Lei 11.795/08.

Atualmente, no ordenamento jurídico brasileiro,


existem duas modalidades de consórcio:
1) Consórcio regido pela Lei das Sociedades Anônimas
(Lei 6.404/76) em que admite apenas pessoas jurídicas
para a sua constituição por contrato social a ser registrado
na Junta Comercial;

2) Consórcio regido pela Lei 11.795/08 em que admite


tanto pessoas físicas como jurídicas e se destina a
promover o acesso ao consumo de bens e serviços.

Em 2021, a ANEEL emitiu o Parecer


nº100/2021/PFANEEL/PGF/AGU firmando o entendimento
de que para fins de formação de consórcios para geração
compartilhada, de acordo com a REN 482/12, não seria
possível o consórcio previsto pela Lei 11.795/08. Assim,
seria necessário observar as regras constantes na Lei das
Sociedades Anônimas, em que se admite apenas pessoas
jurídicas.

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Como é o consórcio para
Geração Compartilhada?

Consórcio, portanto, é regido pela Lei das Sociedades


Anônimas (Lei 6.404/76): é a reunião de ao menos duas
Pessoas Jurídicas para participar da modalidade de Geração
Compartilhada.
As empresas participantes do Consórcio firmam o acordo por
meio de um Contrato Social que deve ser registrado na Junta
Comercial no estado em que estão localizadas.

A administração do consórcio pode ser atribuída à


consorciada líder ou a uma direção autônoma. A entrada e
saída de consorciados deve ser registrada na Junta Comercial.

Assim, conforme o acordo firmado entre as


empresas, cada uma delas receberá uma parcela
percentual da energia do projeto GD para
compensar o seu consumo, estabelecido através
da lista de percentual de compensação.

Dessa forma, o consórcio permite que empresas que


desejam aderir ao sistema de geração distribuída
compartilhem os custos de implementação de um sistema
de Geração Distribuída.

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Consórcio de
Consumidores de
Energia Elétrica
(NOVIDADE)

A Lei 14.300/22 trouxe a figura chamada de


consórcio de consumidores de energia elétrica,
conforme inciso III do seu art. 1º:

Isso fez surgir a controvérsia na qual se discute se a lei teria


criado um novo tipo de consórcio, permitindo também a
reunião de pessoas físicas para a constituição do instituto.

Diante dessa questão, deve-se aguardar a


manifestação e regulação do instituto
pelo Departamento Nacional de Registro
Empresarial e Integração (DREI) sobre a
figura do consórcio de consumidores de
energia elétrica.

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Cooperativa

A Cooperativa é regida pela Lei nº 5.764/71


(Lei das Cooperativas) e é composta, por, no
mínimo, 20 pessoas, prioritariamente,
pessoas físicas e, eventualmente pessoas
jurídicas.

É um instituto que não possui fins lucrativos. É constituído por


deliberação constante na Ata de Assembleia Geral de Constituição ou
Instrumento Público de Constituição e, de acordo com a Lei das
Cooperativas, deve ser registrada na Junta Comercial.

A entrada de seus integrantes é mais simples e ocorre por meio de


termo de adesão. Já a saída do cooperado pode acontecer de três
maneiras: eliminação, exclusão e demissão.

A cooperativa deve ser devidamente registrada na Organização das


Cooperativas Brasileiras (OCB) do seu estado, atendendo todos os
princípios do cooperativismo.

Lembrando que o documento firmado entre os participantes da


cooperativa deve ser apresentado à distribuidora juntamente com a
Solicitação de Orçamento de Conexão.

Por fim, vale ressaltar que há possibilidade de Pessoas Jurídicas


participarem de uma Cooperativa, com duas condições: devem ser
Pessoas Jurídicas com atividade de pessoa física e devem ser sem fins
lucrativos.

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Condomínio
Civil Voluntário
(NOVIDADE)

O Condomínio Civil Voluntário é formado quando mais de


uma pessoa tem o exercício da propriedade sobre
determinado bem (copropriedade). O integrante tem o
exercício integral do seu direito de propriedade na relação
com terceiros, mas na relação com os demais
condôminos, o exercício é autolimitado à sua quota.

Trata-se de instituto regido pelo Código Civil (Lei


10.406/02) como sendo formado pela vontade das partes,
que concordam em compartilhar a propriedade de um
certo bem, como, por exemplo, a aquisição voluntária de
um terreno por mais de uma pessoa.

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É constituído por um contrato e pode ser composto tanto
por pessoas físicas quanto pessoas jurídicas. A sua
administração é feita por meio da escolha da maioria
absoluta, podendo ser escolhido um dos condôminos ou
um terceiro estranho ao condomínio, que poderá ser
pessoa física ou jurídica – que age com mandato legal,
representando todos os condôminos nos seus interesses.

Outro ponto, é que o condomínio civil não é perpétuo,


sendo a sua duração dependente da vontade dos
condôminos. No entanto, o prazo máximo que as partes
podem pactuar a indivisão do bem é de 5 (cinco) anos.
Contudo, esse prazo pode ser estendido (sem limite), por
meio de acordo entre as partes envolvidas.

A inclusão de novos integrantes pode ser feita por meio de


um Termo Aditivo Contratual.

Esse modelo se encaixa bem


quando investidores desejam se
reunir para compra de uma usina
fotovoltaica, por exemplo.

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Condomínio Edilício
(NOVIDADE)

O condomínio edilício é um edifício formado pela área


exclusiva/autônoma e pela área comum.

É constituído pela Convenção de Condomínio que deve ser


registrada no Cartório de Registro de Imóveis e pode ser
composto tanto por pessoas físicas quanto pessoas jurídicas.

A sua administração ocorre por meio da eleição de um síndico. É


prevista a realização anual de assembleia geral ordinária, ato de
instituição, convenção condominial, eleição de administrador,
prestação de contas etc.

A adesão de novos proprietários ao condomínio é automática

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Associação Civil
(NOVIDADE)

A Associação Civil é regida pelo Código Civil (Lei


10.406/02) e consiste na união de pessoas que se
organizam para fins não econômicos.

Admite tanto pessoa física como pessoa jurídica para


a sua constituição, devendo existir, no mínimo, duas
pessoas.

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Para a sua composição, é necessária a realização da
Assembleia de Constituição em que será escolhido o
nome da associação, indicada a localização da sede e
aprovado o seu Estatuto Social. O seu registro deve
ocorrer no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas.

Trata-se de um instituto que confere maior flexibilidade


ao modelo de negócio, uma vez que não há, entre os
associados, direitos e obrigações recíprocas.

A entrada se dá por meio de Termo de Adesão e a saída


por meio de Termo de Saída.

Dentre todos os modelos a


associação é o mais flexível,
constituição mais simples e
também permite tanto CPF e CNPJ.

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O que a NT n° 41 da ANEEL
fala sobre assunto ?

A NT 41, no item “III.2. Formas de associação para


geração compartilhada (inciso X do art. 1º da Lei n°
14300/2022)” estabelece que as formas associativas da Lei
n° 14.300/22 devem respeitar a proibição a qualquer
mecanismo de comercialização de energia entre seus
usuários. Com isso, sugere a inclusão dessa vedação de
forma expressa na norma.

Ademais, a Nota destacou ainda que a associação


participante da modalidade de geração compartilhada
deve possuir, necessariamente, um CNPJ, de acordo com
os critérios previstos nas legislações vigentes.

Leia o QR Code para acessar


a nota técnica completa
ou acesse o link abaixo:
https://drive.google.com/drive/folders/1xsz3F-
iUQzC-WCenGxEZ9Bh5A2i7u5uR?usp=sharing

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RESUMO DAS RESUMO MODALIDADES
DE GERAÇÃO COMPARTILHADA
Possibilidade de Geração Compartilhada pela Lei 14.300/22
por meio dos seguintes modelos:

- Cooperativa
mínimo 20 PFs
- Consórcio
apenas PJ
- Consórcio de consumidores
aguarda regulação
- Condomínio civil voluntário ou edilício
PF e/ou PJ
- Qualquer forma de associação civil
PF e/ou PJ

O documento firmado entre os participantes de qualquer um


desses institutos deve ser apresentado à distribuidora
juntamente com a Solicitação de Orçamento de Conexão.

16
Acompanhe os outros
materiais da série.

VAMOS PASSAR MAIS TEMPOS JUNTOS?

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