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Sumário: Contrato de sociedade

CONTRATO DE SOCIEDADE
Existem várias posições sobre qual a natureza do contrato de sociedade, a teoria aceite
é a DA INSTITUIÇÃO, em que a sociedade não é um contrato, mas sim uma instituição,
pois nela os direitos e interesses dos sócios são subordinados à prossecução da
finalidade social, a qual perdura para além da própria vinculação dos sócios à
sociedade.
Defende-se que o ato gerador da sociedade é um contrato associativo que visa um fim
comum e gera uma organização, sendo que esta organização tem natureza
institucional, na medida em que constitui um conjunto duradouro e coerente de
fatores produtivos, reunidos e interligados para a prática daquela sucessão de atos que
constitui a atividade ou atividades visadas pelos sócios.

O contrato de sociedade está sujeito à disciplina geral dos contratos, com as


particularidades decorrentes da sua natureza de contrato de fim comum e
institucional.
Esta sua natureza jurídica implica uma execução prolongada no tempo, uma sequência
de comportamentos das partes através dos quais se dá concretização ao vínculo
contratual: é, pois um contrato de execução continuada.

PRESSUPOSTOS DO CONTRATO DE SOCIEDADE:


1. A capacidade dos contraentes;
2. A legitimidade negocial;
3. O consentimento das partes;
4. Objeto;
5. Forma;
6. Causa.

1. CAPACIDADE

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Como qualquer contrato, também o da sociedade resulta de um conjunto de
declarações de vontade, cuja validade depende de quem as emita e possua capacidade
de gozo e de exercício.
Menores, artigo 1889.º CC.

2. LEGITIMIDADE
A legitimidade consiste na exigência de uma certa posição de contraente quanto a
outras pessoas ou a bens objeto do contrato.
Assim, quanto às pessoas físicas em geral, embora em regra possa um mesmo
indivíduo ser sócio de múltiplas sociedades, existem exceções:
• Por um lado, pode essa liberdade ser restringida por via convencional;
• E, por outro lado as pessoas que forem sócios de responsabilidade ilimitada de
uma sociedade comercial estão sujeitas à proibição de concorrência não autorizada à
sociedade (art. 180º e 474º CSC), daí resultando restrições à sua legitimidade para se
associarem em outras sociedades;
• Quanto às pessoas casadas, cada cônjuge pode, sem autorização do outro
cônjuge, participar isoladamente em sociedades de responsabilidade limitada, desde
que as entradas se façam com bens móveis dos quais tenha a administração e que não
sejam utilizados na vida do lar ou como instrumentos comuns de trabalho (arts. 1690º,
1682º/2 e 3 CC).

3. CONSENTIMENTO
Este elemento reconduz-se ao acordo de vontades, o qual tem de ser manifestado por
todos os sócios de forma expressa
e visando a constituição da sociedade através de documento escrito, artigo 7.º , n.º 1.
Não é admissível constituição de sociedades por vontade tácita.

4. OBJETO
Objeto jurídico do contrato de sociedade é o complexo dos efeitos jurídicos que o contrato
visa produzir, o seu conteúdo.

Tais efeitos são os queridos pelos sócios ou determinados pela lei em conformidade com a
vontade daqueles, e variam de caso para caso, manifestando-se através de regras pelas quais
eles conformam o ente social: os seus estatutos ou pacto social, que formam a lei interna da

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sociedade, na qual são disciplinados e caracterizados, na medida entendida como necessária,
os assuntos dos sócios, aos seus órgãos e respetivo funcionamento, ao início, duração e termo
da instituição social.

O Código das Sociedades Comerciais define aspetos que devem ser focados no contrato de
sociedade (art. 9º CSC):

 Os nomes ou firmas de todos os sócios fundadores e outros dados de identificação


destes;
 O tipo da sociedade (art. 1º/2 CSC);
 A firma da sociedade (devendo observar-se os requisitos dos arts. 10º, 177º, 200º,
275º, 467º CSC);
 O objeto da sociedade, entendido no sentido do escopo social, isto é, das “atividades
que os sócios propõem que a sociedade venha a exercer” (art. 11º CSC);
 A sede da sociedade (art. 12º CSC);
 O capital social, salvo nas sociedades em nome coletivo em que todos os sócios
contribuem apenas com indústria (art. 14º CSC);
 A quota de capital e a natureza da entrada de cada sócio, bem como os pagamentos
efetuados por conta da quota;
 Consistindo a entrada em bens diferentes de dinheiro, a descrição destes e
especificação dos respetivos valores.

A par do objeto jurídico, cabe destacar o objeto material do contrato, isto é, o bem ou bens
sobre os quais incidem as prestações das partes.

No caso do contrato de sociedade, tal objeto consiste nos bens com que os sócios entram para
a sociedade, isto é, com os quais eles dão cumprimento à obrigação de entrada.

No entanto este elenco é meramente exemplificativo, os sócios com a sua liberdade


contratual podem introduzir no contrato outras normas e indicações.
Existem também elementos especiais para os vários tipos de sociedade, artigos 176.º,
199.º, 272.º e 466º.

5. CAUSA:
Pode-se distinguir entre fim imediato ou causa-função, que define a função
económico-social do contrato e modela as suas estipulações;
e o fim mediato ou causa-motivo, a finalidade ou motivação última que move os
contraentes.
Quanto à causa-função ela consiste, no contrato de sociedade, na constituição em si
por disposição legal, a causa-função do contrato constitutivo das sociedades
comerciais apenas poderá diversificar-se entre os vários tipos de sociedade

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consagrados na lei; a constituição de uma sociedade não enquadrável num desses
tipos vicia a sociedade quanto à forma.
No que respeita à causa-motivo, não se trata propriamente do fim particular de cada
sócio, mas sim da finalidade derradeira comum a todos os sócios: a consecução de
lucros.

6. FORMA
As sociedades civis não dependem de forma especial quanto à sua constituição (art.
981º CC).
Mas as sociedades comerciais estão sujeitas a apertadas regras formais que se
reconduzem no Código das Sociedades Comerciais a três:

1) A celebração do contrato por escritura pública (art. 7º/1 CSC; art. 89º-e CNot);
O contrato deve ser celebrado por documento escrito e assinado pelos
outorgantes, devendo as assinaturas serem reconhecidas presencialmente.
O contrato também deve mencionar a data do certificado de admissibilidade da firma
adotada, emitida pelo RNPC.

2) O registo do contrato (arts. 5º e 18º CSC; arts. 3º-a; 35º CRCom); o registo
atribui eficácia constitutiva das sociedades.
O artigo 18.º permite o registo provisório da sociedade.

Outro dos efeitos do registo, para além do efeito constitutivo, traduz-se no âmbito da
assunção de direitos e obrigações resultantes de negócios celebrados antes da
sociedade adquirir personalidade jurídica= artigo 19.º

3) E a publicação do contrato de sociedade (art. 167º CSC; arts. 3º-a; 70º/1-a/2 e


72 CRCom).

Hoje é possível “a empresa na hora”: DL. n.º 111/2005 de 8/07;


O DL n.º 125/2006, introduziu a empresa online, apresentação de documentos online,
bem como assinatura eletrónica.

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O processo de constituição
Em regra as sociedades comerciais constituem-se por mera vontade dos associados,
sem necessidade de qualquer autorização administrativa, podendo-se, por isso,
afirmar que se consagrou um sistema livre de constituição. Contudo, o processo de
constituição de uma sociedade comercial encontra-se, em parte subtraído à liberdade
contratual porque o legislador predeterminou as etapas que devem ser cumpridas.

O ato constitutivo inicial:


Ergue o “esqueleto” da sociedade comercial.

Em regra, o propósito de constituir uma sociedade comercial assenta num acordo em


que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o
exercício em comum de certa atividade económica, que não seja de mera fruição, a fim
de repartirem os lucros resultantes dessa atividade (art. 980º CC). Tendo as partes
decidido exercer em comum uma atividade comercial, devem adotar um dos tipos
previstos no Código das Sociedades Comerciais (art. 1º/3).

a) Natureza contratual, em regra, do acto inicial de constituição:


A sociedade comercial nasce por força da iniciativa privada e o acto constitutivo inicial
é um contrato de sociedade que reúne duas ou mais pessoas.
O art. 7º/1 CSC, prescreve que o contrato de sociedade deve ser celebrado através de
escritura pública – o que patenteia o carácter formal e não consensual deste negócio –
existência que se estende, por força da remissão operada pelo art. 270º-G CSC, ao
negócio jurídico unilateral de constituição de uma sociedade unipessoal por quotas.
O art. 9º/1 CSC, refere as menções obrigatórias exigidas para qualquer contrato de
sociedade comercial. Um contrato de sociedade comercial a que falte a menção da
firma, da sede, do objeto e do capital social, bem como do valor da entrada de algum
sócio ou de prestações realizadas por conta desta, é inválido e nos termos dos arts. 42º
e 43º CSC, essa nulidade pode ser invocada depois do registo definitivo do contrato de
sociedade.

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A lei impõe que o contrato de sociedade contenha além das menções referidas no art.
9º CSC, uma série de menções específicas de cada um dos tipos sociais.

b) Regime das relações com terceiros antes da celebração da escritura pública


Pese embora o facto de o contrato de sociedade não reduzido a escritura pública ser
nulo (arts. 7º; 41º; 42º CSC e 220º CC), a realidade jurídica mostra que, por vezes, os
sócios não esperam pela formalização do contrato para iniciarem a atividade que,
segundo o seu acordo, constitui o objeto da “sociedade em formação”.
Os negócios celebrados com terceiros em nome da sociedade em formação são válidos
(art. 36º/2 CSC). Em sede das relações com terceiros entende-se que as normas do
Código Civil conferem proteção razoável aos interesses dos credores, nos termos do
art. 997º/1 CC, seja qual for o tipo societário escolhido pelos sócios.

c) Regime das relações da sociedade com terceiros no período compreendido entre a


celebração da escritura pública e o registo definitivo do contrato de sociedade
Celebrada a escritura pública, cumpriu-se mais um passo na constituição da sociedade
comercial, pois há agora um contrato social válido, gerador de direitos e obrigações
para os seus subscritores (art. 7º/1 CSC). Contudo, a entidade criada ainda não goza de
personalidade jurídica (art. 5º CSC). Este facto também não impede que os sócios
comecem ou continuem a exercer o objecto social, o que coloca novamente entre
outros, o problema da determinação das pessoas/patrimónios responsáveis pelo
cumprimento das obrigações contraídas em nome da sociedade, no período
compreendido entre a escritura pública e registo definitivo do contrato de sociedade.
Pelos negócios realizados em nome de uma sociedade em nome colectivo, com acordo
expresso ou tácito de todos os sócios, respondem ilimitada e solidariamente todos os
sócios, presumindo-se o referido consentimento. Se, eventualmente, os negócios
realizados não tiverem sido autorizados por todos os sócios, respondem pessoal e
solidariamente aqueles que os realizaram e autorizaram (art. 38º/1 e 2 CSC).

d) Regime das relações entre sócios antes do registo:


Nos termos do art. 37º/1 CSC, no período compreendido entre a celebração da
escritura pública e o registo definitivo do contrato de sociedade são aplicáveis às
relações entre os sócios, com as necessárias adaptações, as regras estabelecidas no
contrato de sociedade e no Código das Sociedades Comerciais. O art. 37º/1 in fine CSC,
determina que são inaplicáveis às relações entre os sócios “as disposições legais e
contratuais que pressuponham o contrato definitivamente registado”. Por outro lado,
seja qual for o tipo de sociedade visado pelos contraentes, a transmissão por acto

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entre vivos das participações sociais e as modificações do contrato social requerem
sempre o consentimento unânime dos sócios (art. 37º/2 CSC).

O registo do contrato de sociedade


O registo comercial publicita certos factos respeitantes a determinados sujeitos, tendo
em conta a segurança do tráfico ou comércio jurídico. Ora, os terceiros têm todo o
interesse em conhecer os termos do contrato de sociedade e as suas alterações. O art.
18º/5 CSC, estatui que o contrato de sociedade, depois de celebrado na forma legal,
deve ser inscrito no registo comercial (art. 3º-a CRCom)
O principal efeito associado ao registo definitivo do contrato de sociedade reside na
aquisição de personalidade jurídica da sociedade comercial (art. 5º CSC).
Nos termos do art. 19º/1 CSC, o registo definitivo do contrato de sociedade determina
a assunção automática dos negócios jurídicos aí referidos. Já os negócios referenciados
no art. 19º/2 CSC só serão assumidos pela sociedade se houver uma decisão da
administração, que deve ser comunicada à contra parte no prazo de 90 dias
posteriores ao registo.
O contrato de sociedade é um facto sujeito a registo e nos termos do art. 15º/1 CRCom
é um facto sujeito a registo obrigatório. O pedido de registo definitivo do contrato de
sociedade deve ser apresentado no prazo de três meses a contar da data em que o
contrato tiver sido titulado. Se titulado o contrato de sociedade, não for solicitado o
registo definitivo do mesmo, incorre a sociedade nas sanções previstas no art. 17º/1 e
2 CRCom, sendo o conservador da área da sede da sociedade competente para
conhecer as contra-ordenações e para aplicar as coimas respectivas.
O pedido de registo de contrato de sociedade deve ser efectuado pelos representantes
ou pelas pessoas que nele tenham interesse, (art. 29º/1 CRCom) sendo
territorialmente competente a conservatória em cuja área estiver situada a sede
estatutária da sociedade (art. 25º CRCom).

Publicação do contrato de sociedade


Nos termos do art. 166º CSC, os actos relativos à sociedade estão sujeitos a registo e
publicação nos termos da lei respectiva. Esta exigência legal visa reforçar a
possibilidade de conhecimento do contrato de sociedade por parte de todos os que
entram em relação com a sociedade.

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De acordo com o art. 70º/1-a CRCom, é obrigatória a publicação dos actos “previstos
no art. 3º CRCom, quando respeitem a sociedades por quotas, anónimas ou em
comandita por acções, desde que sujeitos a registo obrigatório”.
O art. 71º CRCom, estabelece a oficiosidade da publicação, querendo-se com isto
significar que a promoção das publicações cabe ao conservador do registo comercial e
não aos interessados. Realizada a publicidade exigida por lei, considera-se concluído o
processo constitutivo das sociedades comerciais.

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Invalidades do contrato de sociedade
Os requisitos do contrato de sociedade, levam-nos necessariamente a
antever vícios.

a) Vícios do contrato de sociedade: invalidades antes do registo


De acordo com o art. 41º CSC, no período anterior ao registo definitivo, a invalidade do
contrato de sociedade, seja qual for o tipo de sociedade em causa, a invalidade do
contrato rege-se pelas disposições aplicáveis aos negócios jurídicos nulos ou anuláveis.
Os interesses em presença ficam cabalmente satisfeitos com a remissão para as
disposições do Direito Civil que preveem os vícios invocáveis e os pressupostos da sua
relevância.
O art. 41º CSC, atento aos interesses em causa, ressalvou duas exceções:
1) Em matéria de consequências jurídicas da declaração de nulidade e da anulação
remete para o art. 52º CSC (art. 41º/1 CSC);
2) A invalidade resultante de vício da vontade ou de usura só é oponível aos demais
sócios (art. 41º/2 CSC)

b) Vícios das declarações singulares dos contraentes e invalidade do contrato


Pode acontecer que o vício existente afete tão-só a participação de um ou mais sócios.
Em princípio, as consequências desse vício serão limitadas à participação desse ou
desses sócios.
i) Antes do registo
Determina o art. 41º CSC, que enquanto o contrato de sociedade não estiver
definitivamente registado a invalidade de uma das declarações negociais rege-se pelas
disposições aplicáveis aos negócios jurídicos nulos ou anuláveis.
Havendo a declaração de nulidade ou a anulação de uma das declarações negociais,
operar-se-á uma redução do negócio jurídico se se cumprirem os pressupostos
definidos pelo art. 292º CC.
ii) Depois do registo
O sócio que obtiver a anulação da sua declaração negocial, nos casos dos arts. 45º/2 e
46º CSC, tem direito a reaver o que prestou e não pode ser obrigado a completar a sua

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entrada, mas se a anulação se fundar em vício da vontade ou usura, não ficará liberto,
em face de terceiro, da responsabilidade que por lei lhe competir quanto às obrigações
da sociedade anteriores ao registo da acção ou da sentença (art. 47º CSC).
c) Consequências da invalidade total do contrato
Em sede de consequências da declaração de invalidade do contrato de sociedade, o
legislador afastou-se significativamente do regime do Direito Civil.
Segundo o art. 289º CC, tanto a declaração de nulidade como a anulação de um
negócio tem eficácia retroativa, devendo ser restituído tudo o que tiver sido prestado.
Diferente é a solução do art. 52º/1 CSC, porquanto “a declaração de nulidade e a
anulação do contrato de sociedade determinam a entrada da sociedade em
liquidação” (art. 165º CSC). Portanto, a declaração de nulidade ou a anulação do
contrato social leva à liquidação da sociedade, praticamente como se se tratasse de
uma sociedade efetivamente constituída. Assim, a eficácia dos negócios jurídicos
concluídos anteriormente em nome da sociedade não é afetada pela declaração de
nulidade ou anulação do contrato social (art. 52º/2 CSC), nem a “invalidade do
contrato de sociedade exime os sócios do dever de realizar ou completar as suas
entradas nem tão-pouco os exonera da responsabilidade pessoal e solidária perante
terceiros quem, segundo a lei, eventualmente lhe incumba” (art. 52º/4 CSC).

Incapacidade
No caso de um dos participantes num contrato de sociedade padecer de incapacidade
– menores, interditos, inabilitados – a consequência em face do Direito Civil, será a
anulabilidade da respetiva participação na sociedade (arts. 125º/1; 126º; 148º a 150º;
156º e 257º CC).
Esta anulabilidade pode ser arguida nas condições temporais dispostas no art. 287º/1
e 2 CC e pelas pessoas que o art. 287º/1 CC se refere.
Antes de registado o contrato, aplicam-se as regras gerais do Código Civil, sendo a
invalidade oponível pelo próprio incapaz ou pelo seu representante legal, tanto aos
outros sócios como a terceiros (art. 41º/1 e 2 CSC).
Quanto aos contratos já registados, há que distinguir consoante o tipo de sociedade
que se trate.

Ilegitimidade
Os casos de ilegitimidade não determinam sanção tipificada, pelo que cada situação
terá solução própria.

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A constituição por dois cônjuges de uma sociedade em nome colectivo terá como
consequência a nulidade do contrato, por violação do imperativo do art. 8º/1 in fine
CSC.

Vícios relativos à causa


No que toca à causa-função do contrato de sociedade, o vício que parece concebível
será, no caso de uma sociedade comercial, a não constituição da sociedade segundo
um tipo legal, que gerará nulidade, por ofensa do art. 1º/2 e 3 CSC (art. 281º CC). Mas
a não obediência à tipicidade obstará, desde logo, à celebração da escritura, o que
dará origem a outro tipo de vícios (de forma)
Quanto à causa-função se forem os desígnios dos contraentes que forem lesivos da lei,
da ordem pública ou dos bons costumes, o contrato será nulo, nos termos do art. 281º
CC, cujo comando é aplicável no domínio das sociedades comerciais mercê do disposto
nos arts. 41º/1; 42º/1-c; 43º/1 CSC.

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