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DIREITO SOCIETÁRIO

1) Sociedade Empresária
2) Falência
3) Recuperação Judicial

1) SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Sociedade Empresária: É o contrato celebrado entre pessoas físicas ou jurídicas ou
somente entre pessoas físicas (artigo 1039 do Código Civil), por meio do qual estas se obrigam
reciprocamente a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.

Alguns requisitos indispensáveis para a constituição da sociedade empresária:


• Contrato ou Estatuto Social;
• Agentes capazes (artigo 104 do Código Civil);
• Objeto lícito, possível, determinado ou determinável (artigo 104 do Código Civil);
• Forma prescrita ou não defesa em lei (artigo 104 do Código Civil);
• Pluralidade de sócios;

Nota: Atualmente há um novo tipo de sociedade empresária – unipessoal (Lei


13.874/2019) (Sociedade Limitada Unipessoal, ou apenas SLU).
• Capital Social;
• Affectio Societatis que é o interesse de associar-se (afeto societário, respeito,
comprometimento etc.);
• Participação dos sócios nos lucros ou prejuízos da empresa.

Contrato Social
O Contrato social é o instrumento que estabelece as normas fundamentais reguladoras da
sociedade empresarial e da sociedade simples. De acordo com o Código Civil, o contrato social é
celebrado pelas “pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para
o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados” (art. 981 do Código
Civil). No contrato social podemos distinguir elementos gerais, encontrados em todos os
contratos, e elementos específicos, que o caracterizam de modo exclusivo e singular.

Elementos gerais.
Os elementos gerais a todos os contratos, inclusive o contrato social, são: capacidade das
partes, objeto lícito e forma prescrita ou não proibida pela lei.

a) Capacidade das partes — para celebrar o contrato social, as partes devem ter
capacidade jurídica para manifestar sua vontade. Não possuem, de modo absoluto, essa
capacidade os menores de 16 anos e os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem
o necessário discernimento como também aqueles que, mesmo que por causa transitória, não
podem expressar sua vontade.

A capacidade plena é adquirida com 18 anos de idade ou com a emancipação dos maiores
de 16 anos e menores de 18, na forma do art. 5º, parágrafo único, do Código Civil.

b) Objeto lícito — a vontade dos contratantes e seus objetivos manifestados no contrato


devem ser lícitos, isto é, estar de acordo com as normas jurídicas, a moral e os bons costumes.
Seria, por exemplo, ilícita a sociedade constituída para vender ao cidadão comum armas de uso
exclusivo das Forças Armadas ou para explorar o comércio de entorpecentes (exceto droga de uso
médico, legalmente autorizada). Os contratos sociais com objeto ilícito não são arquivados pelas
Juntas Comerciais.

c) Forma prescrita ou não proibida por lei — o contrato deve obedecer à forma
estabelecida pela lei ou por esta não proibida.

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O Direito Empresarial brasileiro não exige forma solene para a constituição da
sociedade. “Apenas para a sociedade usufruir de certas vantagens concedidas pelas leis
mercantis e tributárias, exige-se que seja constituída por escrito, e levado o seu ato constitutivo
à inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.”

Elementos específicos
O contrato social deve apresentar os seguintes elementos específicos:
• O contrato social deve envolver o acordo de vontade dos seus constituintes.
• Formação do capital social — Entende-se por capital social a soma total das
contribuições em bens. O capital social pode ser constituído por contribuição em dinheiro ou
outros bens (móveis ou imóveis). O capital social constitui a soma representativa das
contribuições dos seus constituintes. Chamamos de capital nominal o valor patrimonial expresso
na soma declarada no contrato social.

• Vontade dos sócios e colaboração — Os sócios que integram a sociedade devem


expressar uma vontade comum de cooperação econômica em torno dos objetivos estabelecidos
no contrato. Em outras palavras, a sociedade deve estruturar-se com base na atitude de
colaboração entre os sócios, que unem bens ou serviços para obter resultados comuns.

• Participação de todos os sócios nos lucros e nas perdas — O contrato social deve
assegurar a todos os sócios certa participação nos lucros e nas perdas decorrentes do exercício da
atividade empresarial. Entretanto, a distribuição dos lucros e das perdas não precisa,
necessariamente, ser feita nas mesmas proporções para todos os sócios. É permitido que haja
sócios com maior ou menor participação nos resultados da atividade societária. Em regra, cada
sócio participará dos lucros e das perdas de acordo com sua contribuição para o capital da
sociedade. Além das cláusulas estipuladas pelas partes, o Código Civil (art. 997, I a IV, e VI do
Código Civil) determina que todo contrato social deve obrigatoriamente mencionar:
• Qualificação dos sócios: Nome, nacionalidade, data de nascimento, estado civil e
residência (para o sócio pessoa física); firma ou denominação, nacionalidade e sede (sócio
pessoa jurídica).
• Objeto social: Declaração precisa da atividade econômica a ser explorada pela
sociedade.
• Nome da sociedade: declaração do nome adotado para a sociedade.
• Sede: Declaração do local onde, em regra, pode ser encontrado o representante legal da
sociedade.
• Prazo: Declaração do prazo de funcionamento da sociedade (prazo determinado ou
prazo indeterminado).
• Capital Social: determinação do capital da sociedade, expresso em dinheiro ou em bens,
suscetíveis de avaliação monetária.
• Cotas dos sócios: determinação das cotas de cada sócio no capital social, e o modo de
realizá-las.

1.1. MODALIDADES DE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS


1.1.1. Sociedades Despersonificadas
São sociedades que, apesar de se constituírem da união de pessoas que habitualmente
realizam uma atividade empresarial, não podem ser consideradas como uma pessoa jurídica
desvencilhada da figura de seus sócios, no caso, seria a sociedade irregular ou “de fato”, e a
sociedade em conta de participação.

1.1.2. Sociedades Irregulares ou “de fato”


Também são tratadas pelo Código Civil e são aquelas que, apesar de preencherem os
requisitos próprios das sociedades empresárias, existem informalmente, sem o registro adequado
nas Juntas Comerciais. Não possuem nome empresarial e podemos classificá-las em:

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a) Sociedade Irregular: Possui ato constitutivo escrito, embora não registrado.

b) Sociedade “de fato”: Não possui sequer ato constitutivo escrito. Nestas sociedades a
responsabilidade dos sócios é ilimitada, não possui responsabilidade jurídica plena da sociedade,
a qual, recai também sobre o patrimônio dos sócios, ou seja, é uma pessoa jurídica imperfeita ou
também conhecida como quase-pessoa jurídica. As pessoas podem demandar contra a empresa
ou contra os próprios sócios, uma vez que estes não possuem a proteção de seu patrimônio que
ocorre quando a sociedade é regular.

1.1.3. Sociedade em Conta de Participação


A sociedade não possui nome empresarial próprio e as negociações são realizadas em
nome próprio da firma ou denominação do sócio ostensivo. Não possuem personalidade jurídica,
uma vez que não podem ser registradas na Junta Comercial.

Nesta espécie de sociedade, encontramos 02 (dois) tipos de sócios:


a) Sócio Ostensivo, aquele que responde ilimitadamente e todo as obrigações será de sua
responsabilidade, devendo ser obrigatoriamente empresário, sendo que as negociações devem ser
realizadas por seu intermédio, e
b) Sócio Oculto, Aquele que pode ou não ser empresário e possui responsabilidade
limitada apenas à importância de dinheiro (valores) posta a disposição do sócio ostensivo para
aplicação.

Características:
• É apenas um contrato para uso interno entre sócios, não aparecendo perante terceiros.
Esse contrato entre os sócios não pode ser registrado no Registro de Comércio (Junta Comercial),
mas nada impede que o ato constitutivo seja registrado no Cartório de Títulos e Documentos, para
melhor resguardo dos interesses dos contratantes e esclarecimentos a terceiros.
• Não tem nome, capital social, nem personalidade jurídica. Não é irregular, pois a lei
admite, embora seja despersonalizada e tenha caráter de sociedade secreta.

1.2. Sociedades Personificadas


Os tipos de sociedades empresárias previstos na legislação brasileira são: Sociedade em
Nome Coletivo, Sociedade em Comandita por Ações, Sociedades de Cotas de
Responsabilidade Limitada e Sociedade por Ações. Essas sociedades preenchem todos os
requisitos necessários para a sua constituição e são regularmente registradas no Sistema Nacional
de Registro de Empresas Mercantis.

1.2.1. Sociedade em Nome Coletivo


Essa sociedade só usa firma ou razão social. A regra é a seguinte: pode-se adotar o nome
de todos os sócios ligados pela letra “&”. Permite-se também usar o nome de alguns dos sócios
ou, de um, seguido da expressão “e Cia”, exemplo, Bento & Cia.

Esse tipo societário é pouco utilizado, pois todos os sócios são empresários e respondem
ilimitadamente e solidariamente, independentemente de ter integralizado ou não sua quota, pela
totalidade do débito restante da sociedade. Assim, pode alcançar os bens pessoais dos sócios. A
gerência é atribuída a apenas um sócio.

1.2.2. Sociedade em Comandita Simples


Esse tipo de sociedade só usa firma ou razão social, composta pelos nomes apenas dos
sócios comanditados ou pelo menos de alguns destes, acrescido do complemento “& Cia” (ou
“companhia” por extenso), e, possui dois tipos de sócios:

• Comanditário, aquele que entra com o capital, porém ele não pode participar da gestão,
nem ser empregado ou procurador da sociedade, exceto, se for para negócio determinado e com
poderes especiais.

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• Comanditado ou “comandante”, é o sócio que contribui com trabalho, devendo ser
empresário necessariamente, responsabilizando-se pela gestão.

As responsabilidades serão diferenciadas neste tipo de sociedade, e, os sócios capitalistas


ou comanditários, são obrigados a complementar suas quotas de capital. Os sócios-gerentes ou
comanditados, são solidariamente responsáveis pelo pagamento do total das obrigações da
sociedade.

1.3. Sociedade Limitada


Pelas estatísticas do Departamento Nacional de Registro Comercial (DNRC), é o tipo
jurídico de sociedade mais utilizado. Essa sociedade adota firma/razão social ou denominação
acrescida da palavra Limitada ou Ltda, como por exemplo, Bento & Filhos Ltda, Casa ETEC Ltda
etc.
Trata-se de uma sociedade onde duas ou mais pessoas se unem em interesses comuns,
visando ao exercício comercial, possuindo responsabilidade limitada ao capital social subscrito e
integralizado na sociedade. O principal dever do sócio é o de integralizar as quotas que
subscreveu, pois, caso contrário, será remisso (remisso é o sócio que não integralizou suas
quotas).

1.3.1. Responsabilidades dos Sócios


Todos os sócios são solidariamente responsáveis, porém essa responsabilidade trem como
limite, o montante do capital social. À medida que ocorre a integralização do capital, a
responsabilidade diminui, desaparecendo ao ser totalmente integralizado.

1.3.2. Administração da Sociedade Limitada


A nomeação do administrador da sociedade limitada pode ser efetivada de 03 (três)
maneiras:
• Diretamente no contrato social no ato de sua constituição.
• Posteriormente, por meio de um aditivo ao contrato social que passa a ser a mesma
natureza da modalidade anterior, sobretudo após a consolidação do contrato social.
• Por ato separado, podendo ser, por exemplo, por meio da ata de reunião ou assembleia
dos sócios como o respectivo termo de posse (artigo 1062 do Código Civil).

1.3.3. Remuneração do Administrador


O sócio-gerente, além do direito do que lhe corresponde na parcela de lucros, tem direito
também a remuneração pelo trabalho de administrado e acordo com as condições da empresa e
deliberada pelo conselho fiscal (se houver).

1.3.4. Formas de Deliberação


As deliberações serão tomadas pela maioria de votos, podendo ser por escrito, por
unanimidade, em reunião, ou em assembleia de sócios (obrigatório para as empresas que possuam
mais de 10 sócios).

1.4. Sociedades por Ações S/A


Trata-se de uma sociedade da capital social dividida em ações. Esses tipos de sociedades
são em geral para grandes empreendimentos, grandes negócios.

Quanto ao nome comercial, elas adotam a denominação, ou seja, podem usar um nome
de fantasia seguido da expressão “S/A”. Excepcionalmente, admite-se o termo “CIA” no início.
Admite-se, também, que se utilize o nome de uma pessoa, um sócio fundador, ou homenageado
seguido das mesmas expressões, por exemplo, Lojas ETEC S/A.

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Os acionistas têm responsabilidade apenas no Capital por eles subscritos. O capital é
dividido em frações negociáveis, denominadas de “ações”. As S/As podem ser:
• Companhias abertas: São as S/As que optam por negociar suas ações em Bolsas de
Valores, devendo ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
• Companhias fechadas: São as S/As que não possuem registro na CVM e são em sua
maioria, empresas familiares, sendo o controle interno pelos sócios majoritários.

Requisitos Preliminares para constituição de uma S/A:


• Subscrição da integralidade das ações.
• Integralização (entrada) de pelos menos 10% das ações quando emitidas em dinheiro.
• O valor da entrada deve se depositado no Banco do Brasil ou em outra instituição
financeira autorizada pela CVM.

Capital Social
O Capital Social das S/As tem a peculiaridade de ser dividido por ações – frações
negociáveis que representam um título de investimento do sócio que a adquire, conferindo a ele
um rol próprio de direitos e deveres a ser fixado conforme a modalidade.

Nota: Importante destacar, os tipos de capital:


• Subscrito: represente o total adquirido pelos acionistas.
• Integralizado: a parcela do capital subscrito já quitada pelos acionistas.
• Autorizado: o montante autorizado pela assembleia geral de acionistas, até o qual o
conselho de administração ou a diretoria poderão elevar o valor do capital, sem a necessidade de
nova assembleia.

Forma de Ações
Nominativas – quando trazem o nome do titular registrados na sociedade.
Escriturais – são operações transferíveis em certificado emitido pela S/A.

Tipos de Ações
• Ordinárias – aquelas que não conferem a seus titulares a preferência sobre dividendos,
permite direito a voto e participação na administração.
• Preferenciais – são aquelas que conferem a seus titulares a preferência sobre
dividendos, limitam-se a 2/3 do capital social.
• De Fruição – decorrem da amortização das ações comuns ou preferenciais em caso de
liquidação da S/A.

Além das ações, as S/As podem emitir outros títulos visando a obtenção de capital
junto ao mercado financeiro, os quais podem ou não ser convertidos em ações.

Títulos emitidos por S/A


• Partes beneficiárias: São títulos negociáveis sem valor nominal e estranho ao capital
social. Conferem direito de crédito eventual na participação nos lucros até o limite de 10%.

• Debentures: São títulos de crédito alienáveis, emitidos pela S/A, no intuito de buscar
uma espécie de “empréstimo” junto sistema financeiro.

• Bônus: São títulos negociáveis que conferem direito de subscrever ações dentro do
limite de aumento do capital social autorizado pelo estatuto.

Tipos de Sócios ou Acionistas das S/As


• Majoritários: São os que detém o controle acionário. Possuem a maioria das ações
ordinárias nominativas, com direito a voto, administrando, portanto, a empresa. Entretanto, isso
não significa que sejam aqueles que possuem a maioria do capital, visto que podem ser subscritas
até 2/3 do capital social em ações preferenciais (sem direito a voto).

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• Minoritários: Podem ter ações ordinárias e preferenciais.

Órgãos das S/As


Assembleia Geral
• Ordinária: É obrigatória e deve ocorrer pelo menos uma vez durante o exercício (ano),
deve ser realizada durante os 04 primeiros meses e tratará dos assuntos relativos à administração
da sociedade.
• Extraordinária: É convocada sempre que necessário, por exemplo, alteração do
Estatuto.

Conselho de Administração
É obrigatório nas S/A de capital aberto. Trata da direção geral da empresa. É composto
de no mínimo, 03 (três) membros, eleitos pela assembleia geral. Os conselheiros deverão ser
acionistas da empresa e não podem ser pessoas jurídicas.

Diretoria
Eleita pelo conselho de administração ou pela assembleia geral e composta de 2 (dois)
membros, que poderão ser ou não acionistas da empresa. A gestão da diretoria é de 03 (três) anos,
permitida a reeleição. Os membros do conselho de administração, até o máximo de 1/3, poderão
fazer parte da diretoria.

Conselho Fiscal
Compõe-se de, no mínimo, três, e, no máximo cinco membros, acionistas ou não. Sua
função é fiscalizar a administração da empresa. Eleito pela assembleia geral, a sua existência é
obrigatória, mas seu funcionamento é facultativo. Por ser convocado por 1/10 dos acionistas com
direito a voto ou 5% de acionistas sem direito a voto.

Resumo:
Sociedades: São as pessoas jurídicas constituídas por meio de contrato social e com o
objetivo de partilhar lucros. O seu ato constitutivo é denominado de Estatuto ou Contrato Social.
Possui como finalidade a obtenção de Lucro. Dividem-se em:

Sociedades Empresárias
a) Sociedades limitadas (Sociedades Empresárias): É o tipo de empresa cujas
responsabilidades dos sócios para com as obrigações sociais, direitos e deveres, são "limitadas"
ao valor do capital social constante no contrato social, podendo funcionar sob o "nome" de algum
dos sócios, ou adotar uma denominação social (CASA ETEC TECIDOS LTDA). Estes tipos
de sociedades dividem-se em:

Sociedade Empresarias: São aquelas empresas que se dedicam ao comércio em geral,


podendo incluir em suas atividades a prestação de serviços. Na sociedade limitada, a
responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem
solidariamente pela integralização do capital social. O contrato mencionará, no que couber, as
indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social. O capital social divide-se em quotas, iguais
ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. Pode ser administrada por uma ou mais
pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.
O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os
necessários poderes. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do
inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico. A sociedade adquire
direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de administradores com poderes
especiais, ou, não os havendo, por intermédio de qualquer administrador. Se os bens da sociedade
não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das
perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária. Os bens particulares dos sócios não
podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.

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Nota: É empresária a Sociedade que exerce atividade típica de empresário (artigo 966 do
Código Civil) e tem seu registro na Junta Comercial. As outras sociedades (médicos, advogados,
contadores etc.), são denominadas de sociedades simples.

b) Sociedades Limitada Unipessoais:


Sociedade Limitada Unipessoal, ou apenas SLU, é uma natureza jurídica na qual não é
preciso ter sócios. O patrimônio do empreendedor fica separado do patrimônio da empresa, e não
há exigência de valor mínimo para compor o Capital Social.

Em um país classificado entre os mais burocráticos do mundo, cada novidade na lei com
o objetivo de simplificar o ato de empreender pode ser vista como uma oportunidade para que a
legislação ande no mesmo ritmo que milhares de brasileiros que querem ter seu próprio negócio.

A Sociedade Limitada Unilateral foi criada por meio da MP 881/2019. Conhecida


como “MP da Liberdade Econômica”, foi convertida na Lei 13.874/2019.

Quais são as vantagens da Sociedade Limitada Unipessoal, SLU?


As próprias características da Sociedade Limitada Unipessoal já podem ser consideradas
as suas vantagens, ou seja:
a) Não precisa de sócio para ser aberta;
b) Não exige Capital Social mínimo, reduzindo, assim, os custos com investimento
inicial;
c) Separa o patrimônio pessoal do empreendedor do patrimônio da empresa.

Somado a esses pontos, a SLU tem outra vantagem bastante interessante. Ao contrário de
outras naturezas jurídicas, é possível abrir mais de uma empresa nesse formato. Assim, caso o
empreendedor queira trabalhar com outras atividades, pode abrir outro negócio como Sociedade
Unipessoal e se beneficiar, mais uma vez, de todas essas vantagens.

Notas: Informações legislativas: A SLU foi criada pela 13.874/2019, a qual acrescentou
o Artigo 49-A ao Código Civil, (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002), conforme a seguinte
redação: “Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, associados,
instituidores ou administradores.

A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um instrumento lícito de alocação e


segregação de riscos, estabelecido pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para
a geração de empregos, tributos, renda e inovação em benefício de todos.”

Sociedades de propósito específico: São empresas que têm personalidade patrimonial, o


que torna possível a detenção de bens e seus respectivos registros nas contas de ativo. A Sociedade
de Propósito Específico (SPE) é formada para a execução de determinado empreendimento. O
contrato da SPE deve ser registrado na Junta Comercial e conter as informações de uma sociedade
mercantil em geral, além de sua duração e o empreendimento objeto de sua constituição.
Notas: Código Civil: Art. 981 e seu respectivo parágrafo único. Celebram contrato de
sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para
o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode
restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.

Sociedades Simples
Sociedades Personificadas (Sociedades Simples): São aquelas empresas que se dedicam
"exclusivamente" à prestação de serviços, com predominância as atividades de profissão
legalmente regulamentas, exemplos, clínicas médicas, dentre outras.

As sociedades de modo geral, constituem-se mediante contrato escrito particular ou


público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, mencionará:

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a) Nome, nacionalidade, estado civil, data de nascimento, profissão e residência dos
sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se
jurídicas;
b) Denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;
c) Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer
espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;
d) A quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;
e) As prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;
f) As pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e
atribuições;
g) A participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;
h) Se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

2) FALÊNCIA
Quando o empresário tem frustrada a sua atividade e as dívidas são maiores que o
patrimônio social, utilizado para a realização do seu empreendimento, está caracterizado o estado
falimentar. Assim, a falência é um processo no qual os bens da sociedade empresária são apurados
e vendidos, e, o produto arrecadado é destinado a saldar as dívidas. Assim, podemos conceituar a
falência como um processo de execução coletiva, em que todos os bens da sociedade empresária
em estado falimentar são arrecadados para uma venda judicial forçada, com a distribuição
proporcional da venda entre todos os credores. O pedido de falência pode ser requerido/pleiteado
judicialmente pelo próprio empresário, neste caso denomina-se de autofalência, ou pelos credores
da sociedade, desde que observado os seguintes:

a) Impontualidade – Ocorre quando um título de crédito não é saldado/pago pelo


empresário na data do vencimento.
b) Prática de atos de falência – Os quais se caracterizam nas seguintes situações
(exemplos):
• O empresário, ao ser executado/cobrado em processo judicial, não paga, não deposita a
importância ou não nomeia bens à penhora dentro do prazo legal.
• O empresário transfere a terceiros o seu estabelecimento sem consentimento de todos
os credores. Isto só é possível se ficar com bens suficientes para solver o seu passivo.
• O empresário, ao ausentar-se não deixa representante habilitado para administrar o
negócio, com recursos suficientes para pagar os credores. Abandona o estabelecimento, oculta-se
ou tenta ocultar-se, deixando furtivamente o seu domicílio.

No sistema brasileiro, nem todas as empresas estão sujeitas ao regime falimentar


devido à sua natureza, por exemplo, Companhias de seguros sofrem intervenção da SUSEP.
• Sociedade Empresa pública (vide artigo 2º, inciso I da Lei 11.101 de 09/02/2005: “Art.
2º Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista.”

Universalidade do Juízo
O juiz que processo a falência passar ser o único capaz de decidir questões relativas à
empresa falida. Na linguagem jurídica, diz-se que ele será o juízo universal da falência e deve
decidir as questões que envolvam a empresa falida, inclusive as de credores particulares dos
sócios solidários. Com a decretação da falência, os bens e direitos da empresa falida, são reunidos
e constituem a “Massa Falida”, que é o acervo ativo e passivo de bens e interesses da empresa
falida. É quase uma pessoa jurídica e tem capacidade processual ativa e passiva (é um ente
despersonalizado). A Massa Falida por sua vez passa a ser administrada e representada pelo
administrador judicial, o qual é nomeado pelo juiz e tem a prerrogativa de administrar o acervo
de bens da sociedade em estado falimentar.

Efeitos da declaração de falência:


• Ocorre o vencimento antecipado de todos os títulos em nome da empresa.
• Ficam suspensas todas as ações/execuções individuais.

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• O juízo da falência passa a ser o único juízo universal.
• O falido perde a administração dos seus bens, que passa ao administrador judicial.

Classificação dos Créditos


Após realizada a venda dos bens da sociedade empresária falida, procede-se ao
pagamento dos seus credores, pagando-se uma classe, depois a outra, assim sucessivamente, até
o esgotamento dos recursos. Pela ordem estabelecida na Lei. 11.101/2005, termos a seguinte
sequência:
• Encargos da massa falida: são considerados como encargos, as custas judiciais, os
seguros e as despesas com a administração da própria massa falida e o salário do administrador.
• Dívidas da massa: custas pagas pelo credor que requereu a falência e as obrigações de
atos válidos praticados pelo administrador provenientes de enriquecimento indevido da massa.
• Créditos trabalhistas: são as indenizações por acidentes de trabalhos, ações
trabalhistas e outros créditos trabalhistas (tem natureza alimentar).
• Créditos com direito real de garantia: aqueles que possuem como garantia um bem
de massa falida, tais como, hipoteca de garantia sobre bem imóvel, ou garantia sobre bens
penhorados, ou a garantia sobre o valor de aluguéis de imóveis da massa falida no caso de
anticrese (direito real sobre coisa alheia).
• Créditos fiscais e parafiscais: nesta ordem: União, Estados, DF e Municípios, além das
respectivas autarquias.
• Créditos com privilégios especiais: são decorrentes de expressa disposição legal,
citamos a aluguel do prédio e móveis do falido, honorários advocatícios.
• Créditos com privilégio geral: as debêntures e institutos ou caixa de aposentadorias.
• Créditos quirografários: não possuem nenhum privilégio. São as dívidas com
fornecedores.

Extinção da Falência
Terminada a liquidação, o administrador presta conta para o juízo (juiz), a que o designou
e tem sua remuneração arbitrada. O juiz, então, profere a sentença de encerramento da falência.
O credor, não satisfeito, pode pedir uma certidão da quantia em aberto para uma futura execução.

Extinção das Obrigações do Falido


A sentença de extinção das obrigações (sem crime falimentar), ocorre com:
pagamento/novação dos créditos com garantia rela, ou o rateio de mais de 40% do passivo (antes
do encerramento) sendo facultado o depósito para complementar.

3. Recuperação Judicial
É o benefício que o empresário devedor em está pré-falimentar, solicita em juízo,
apresentando um plano para a superação das dificuldades financeira, a fim de evitar perdas mais
radicais para os credores, mantendo-se a empresa economicamente viável.

Hipóteses
• Pode ser requerida diretamente: pelo empresário (artigo 48 da Lei 11.101/05).
• Ou no prazo de defesa em pedido de falência (artigo 52 da Lei 11.101/05).

Requisitos
• Atividade empresarial há mais de 02 (dois) anos.
• Requisitos dos artigos 48 e 48-A da Lei 11.101/05 e posteriores alterações:

Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido,
exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos,
cumulativamente:
I – Não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em
julgado, as responsabilidades daí decorrentes;

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II – Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III - Não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com
base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
IV – Não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa
condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge


sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.

Art. 48-A. Na recuperação judicial de companhia aberta, serão obrigatórios a


formação e o funcionamento do conselho fiscal, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, enquanto durar a fase da recuperação judicial, incluído o período de
cumprimento das obrigações assumidas pelo plano de recuperação.

Fases da Recuperação Judicial


A recuperação judicial pode ser dividia nas seguintes fases definidas na Lei:
I – Pedido.
II – Deferimento ou indeferimento.
III- Nomeação de administrador – os titulares da empresa continuam nas suas funções,
mas podem ser substituídos por gestores judiciais.
IV – Plano de recuperação.
V – Intimação do plano – prazo de 30 dias para impugnar.
VI – Prazo de 02 anos para cumprir o plano.

Vencido o prazo e cumpridas as obrigações, o juiz declarará por sentença o encerramento


da recuperação judicial.

Notas: O devedor tem 60 dias para apresentar plano de recuperação judicial, que pode
conter: o prolongamento de prazos, alienação da estrutura da empresa e qualquer outra medida
que busque sanear as finanças da empresa. Se o plano for impugnado, pode ser convocada uma
assembleia de credores para a alteração do plano.

Declaração da Falência

Durante o processamento da recuperação, a falência poderá ser declarada nos seguintes


casos:
• Por deliberação da assembleia de credores.
• Não apresentação do plano, no prazo legal.
• Rejeição do plano pela assembleia.
• Descumprimento de obrigação em 02 anos contados da concessão da recuperação.
• Prática de ato de falência.
• Desistência de ato de falência.

Fornecedores que continuam fornecendo durante a recuperação judicial, podem usufruir


de privilégios. No caso de falência, seus créditos possuirão antecedência de pagamento em relação
ao demais créditos. Já os débitos fiscais, podem ser parcelados se a Fazenda Pública concordar.

Notas: As Microempresas poderão optar pelo plano geral acima descrito ou por um plano
especial que englobará apenas os créditos quirografários.

As microempresas e as empresas de pequeno porte, conforme definidas em lei, poderão


apresentar plano especial de recuperação judicial, desde que afirmem sua intenção de fazê-lo na
petição inicial e cumpra os requisitos estabelecidos no artigo 51 da Lei 11.101/2005.

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Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com:
I – a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da
crise econômico-financeira;
II – As demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as
levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da
legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração de resultados acumulados;
c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção;
e) descrição das sociedades de grupo societário, de fato ou de direito;
III – A relação nominal completa dos credores, sujeitos ou não à recuperação judicial,
inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço físico e eletrônico
de cada um, a natureza, conforme estabelecido nos arts. 83 e 84 desta Lei, e o valor atualizado do
crédito, com a discriminação de sua origem, e o regime dos vencimentos;
IV – A relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários,
indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a
discriminação dos valores pendentes de pagamento;
V – Certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato
constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores;
VI – A relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do
devedor;
VII – Os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais
aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas
de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras;
VIII – Certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do
devedor e naquelas onde possui filial;
IX - A relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais e procedimentos
arbitrais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos
respectivos valores demandados;
X - O relatório detalhado do passivo fiscal; e
XI - A relação de bens e direitos integrantes do ativo não circulante, incluídos aqueles
não sujeitos à recuperação judicial, acompanhada dos negócios jurídicos celebrados com os
credores de que trata o § 3º do art. 49 desta Lei.
§ 1º Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no
suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e,
mediante autorização judicial, de qualquer interessado.
§ 2º Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as
microempresas e empresas de pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração contábil
simplificados nos termos da legislação específica.
§ 3º O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os
§§ 1º e 2º deste artigo ou de cópia destes.
§ 4º Na hipótese de o ajuizamento da recuperação judicial ocorrer antes da data final de
entrega do balanço correspondente ao exercício anterior, o devedor apresentará balanço prévio e
juntará o balanço definitivo no prazo da lei societária aplicável.
§ 5º O valor da causa corresponderá ao montante total dos créditos sujeitos à recuperação
judicial.
§ 6º Em relação ao período de que trata o § 3º do art. 48 desta Lei:
I - a exposição referida no inciso I do caput deste artigo deverá comprovar a crise de
insolvência, caracterizada pela insuficiência de recursos financeiros ou patrimoniais com liquidez
suficiente para saldar suas dívidas;
II - os requisitos do inciso II do caput deste artigo serão substituídos pelos documentos
mencionados no § 3º do art. 48 desta Lei relativos aos últimos 2 (dois) anos.

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Art. 51-A. Após a distribuição do pedido de recuperação judicial, poderá o juiz, quando
reputar necessário, nomear profissional de sua confiança, com capacidade técnica e idoneidade,
para promover a constatação exclusivamente das reais condições de funcionamento da requerente
e da regularidade e da completude da documentação apresentada com a petição inicial.
§ 1º A remuneração do profissional de que trata o caput deste artigo deverá ser arbitrada
posteriormente à apresentação do laudo e deverá considerar a complexidade do trabalho
desenvolvido.
§ 2º O juiz deverá conceder o prazo máximo de 5 (cinco) dias para que o profissional
nomeado apresente laudo de constatação das reais condições de funcionamento do devedor e da
regularidade documental.
§ 3º A constatação prévia será determinada sem que seja ouvida a outra parte e sem
apresentação de quesitos por qualquer das partes, com a possibilidade de o juiz determinar a
realização da diligência sem a prévia ciência do devedor, quando entender que esta poderá frustrar
os seus objetivos.
§ 4º O devedor será intimado do resultado da constatação prévia concomitantemente à
sua intimação da decisão que deferir ou indeferir o processamento da recuperação judicial, ou que
determinar a emenda da petição inicial, e poderá impugná-la mediante interposição do recurso
cabível.
§ 5º A constatação prévia consistirá, objetivamente, na verificação das reais condições de
funcionamento da empresa e da regularidade documental, vedado o indeferimento do
processamento da recuperação judicial baseado na análise de viabilidade econômica do devedor.
§ 6º Caso a constatação prévia detecte indícios contundentes de utilização fraudulenta da
ação de recuperação judicial, o juiz poderá indeferir a petição inicial, sem prejuízo de oficiar ao
Ministério Público para tomada das providências criminais eventualmente cabíveis.
§ 7º Caso a constatação prévia demonstre que o principal estabelecimento do devedor não
se situa na área de competência do juízo, o juiz deverá determinar a remessa dos autos, com
urgência, ao juízo competente.

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