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Pela presente vimos por meio desta expor o regime tributário dos Consórcios para
Geração Compartilhada que não devem interferir no regime tributário de cada empresa, em
especial quando se tratar do regime tributário Simples Nacional , pelas razões expostas
abaixo, motivo pelo qual cada processo deve ser interpretado de maneira isolada, em cada
caso concreto
A figura jurídica do consórcio está prevista nos artigos 278 e 279 da Lei nº 6.404/76,
que prescrevem normas aplicáveis à constituição formal deste negócio contratual, realizado
entre quaisquer sociedades para a execução de determinado empreendimento previamente
identificado e por prazo limitado.
O referido contrato de consórcio deve então ser aprovado pelo órgão da sociedade
competente para autorizar a alienação de bens do ativo permanente e contar com os
seguintes elementos:
- A designação do consórcio (se houver);
- O empreendimento que constituir o objeto do consórcio;
- A duração, endereço e foro;
- A definição das obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das
prestações específicas;
- Normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados;
- Normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades
consorciadas e das prestações específicas;
- Forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que
cabe a cada consorciado;
- Contribuição de cada consorciado para as despesas comuns (se houver).
O arquivamento deste contrato, bem como suas alterações e extinção, deverá ser
promovido na Junta Comercial, com a apresentação dos documentos mencionados na IN
DNRC nº 74/98, quais sejam, (i) capa de processo/requerimento; (ii) contrato, alteração ou
distrato do consórcio, em três vias, no mínimo, sendo pelo menos uma original; (iii)
comprovante de pagamento do preço do serviço - recolhimento estadual; devendo a certidão
de arquivamento ser publicada.
Como não tem personalidade jurídica, o consórcio não recolhe tributos. Quem o faz
são as consorciadas, na razão de suas atividades e arrecadações, quando atuam pelo
consórcio. Os impostos recolhidos na fonte serão objeto de contabilidade posterior de cada
organização que o compuser, na forma que estiver descrito no contrato, compensando-se
posteriormente por rateio entre as consorciadas.
Dessa forma, o regime tributário a que estão sujeitas as pessoas jurídicas
consorciadas, será aplicado às receitas, custos, despesas, direitos e obrigações decorrentes
das operações relativas às atividades dos consórcios, sendo que cada pessoa jurídica
participante do consórcio deverá apropriar suas receitas, custos e despesas incorridos,
proporcionalmente à sua participação no empreendimento, conforme documento arquivado
no órgão de registro.
Rogério Ramires*