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1 - IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA (ISS)

De acordo com o doutrinador Ricardo Alexandre, o ISS é um imposto com função


predominantemente fiscal o qual se sujeita aos princípios da legalidade, anterioridade e
o da noventena.

Conforme exposto na Constituição Federal, no seu art. 156, III, compete aos Municípios
instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza, salvo serviços de comunicação e
transporte interestadual e intermunicipal que são campo de incidência do ICMS. Esses
serviços que incidem o ISS tem que ser definido em lei complementar.

Segundo o código civil de 2002 a prestação de serviços é a obrigação de fazer.

Incidência

Segundo Roque Carrazza, o ISS é devido ao município em que o "serviço é


positivamente prestado, ainda que o estabelecimento prestador esteja situado em outro
município". No entanto, cabe ressaltar que a Primeira Seção do STJ pacificou o
entendimento de que, para fins de incidência do ISS, importa o local onde foi
concretizado o fato gerador, como critério de fixação de competência e exigibilidade do
crédito tributário, ainda que se releve o teor do art. 12, alínea "a", do Decreto-Lei nº
406/68.

"O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis" (Súmula 138
do STJ).

"O ISS incide sobre o valor dos serviços de assistência médica, incluindo-se neles as
refeições, os medicamentos e as diárias hospitalares" (Súmula 274 do STJ).

Incide, por exemplo, sobre: limpeza de imóveis, segurança, construção civil,


fornecimento de mão de obra; no entanto, não incide sobre locação de bens móveis, e
nem sobre as exportações de serviços no exterior.

Regime de Alíquotas e Concessão de Benefícios do ISS

A Constituição Federal, a partir da Emenda Constitucional 37/2002, estipulou regras


que permitem ao Congresso Nacional restringir a autonomia municipal no exercício da
competência relativa ao tributo no intuito de evitar a guerra fiscal.

Na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 156, § 3°, I e III, dispõe:

“ (...) § 3°. Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à
lei complementar:

I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;


(...)

III – regular a forma com as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados”.

A lei complementar 116/2003, em seu art.8°, II, estipulou que a alíquota máxima é de
cinco pontos percentuais (5%). Já referente à fixação das alíquotas mínimas não trouxe
nenhuma regra. Dessa forma é aplicável a previsão constante no art. 88 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) que traz o seguinte texto: “O ISS terá
alíquota mínima de dois por cento, exceto para os serviços relativos a engenharia,
arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio
ambiente, saneamento e congêneres (“item 7” da atual lista de serviços, anexa à LC
116/2003).

“A lei complementar nacional diretamente estipula a forma e condição necessárias à


concessão e revogação dos benefícios”.

O art. 88 do ADCT impede a concessão de isenções, incentivos e benefícios fiscais que


resulte, direta ou indiretamente, na redução da alíquota mínima de dois pontos
percentuais, já que a lei complementar a esse respeito silenciou.

Ricardo Alexandre (2014, p. 645) afirma que a fixação das alíquotas máximas não
servia para acabar com as guerras ficais, mas para impor limites à sede arrecadatória,
que, poderia levar o Município a ultrapassar o razoável no exercício de sua
competência. Ao que se refere à fixação das alíquotas mínimas, elas tem como
primordial característica uma espécie de “pacificação fiscal”, trazendo a estipulação do
seu percentual de 2%, exceto para os itens 32, 33, 34 descritos na Lista de Serviços
anexada ao Decreto-Lei 406, de 31 de dezembro de 1968:

“32. Execução por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil,


de obras hidráulicas e outras obras semelhantes e respectiva engenharia consultiva,
inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica
sujeito ao ICM);

33. Demolição;

34. Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e


congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICM);”
Isenção Heterônoma nas Exportações

A exceção ao princípio que impede a União de conceder isenção de tributos que não
sejam de sua competência, é o que chamamos de "Isenção Heterônoma". Segundo o art.
156, §3º, II da CF/88, "cabe à lei complementar excluir da incidência do ISS
exportações de serviços para o exterior". Ou seja, a isenção heterônoma é aplicada
quando um ente federativo concede a isenção do tributo, sendo que tal ato é de
competência de outro ente federativo.

De acordo com o CTN, a eliminação do crédito tributário é o impedimento do seu


lançamento, mesmo que ainda houver obrigação tributária, tal exclusão é aplica por
lei. Existe fato gerador na exclusão do crédito tributário, sendo assim, também existe a
obrigação tributária, porém a lei não permite a sua cobrança, eliminando-o antes mesmo
de ser lançado.

Em respeito ao principio da simetria, deve-se exigir a mesma vedação a todos os entes


federativos, sendo assim, se a competência tributária para o lançamento de determinado
tributo é do Estado ou Município, a União não tem o direito de intervir, pois não lhe
compete tal exercício; e o mesmo vale para os outros entes, é totalmente proibido que
um ente interfira nas competências tributárias do outro. Pois, quando a Carta Magna
outorgou tal poder aos entes federativos, já veio de maneira bem clara a competência
tributária de cada um deles, pois bem, ir de contra a este principio, é ir de contra ao
pacto federativo do nosso país, é ir de contra a constituição.

"EMENTA: A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição - que
proíbe a concessão de isenções tributárias heterônomas - é inoponível ao Estado
Federal brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo,
unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se estabelecem entre
as pessoas políticas de direito público interno. Doutrina. Precedentes. - Nada impede,
portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem
cláusulas de exoneração tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.),
pois a República Federativa do Brasil, ao exercer o seu “treaty-making power”, estará
praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa
jurídica de direito internacional público, que detém - em face das unidades meramente
federadas - o monopólio da soberania e da personalidade internacional. -
Considerações em torno da natureza político-jurídica do Estado Federal.
Complexidade estrutural do modelo federativo. Coexistência, nele, de comunidades
jurídicas parciais rigorosamente parificadas e coordenadas entre si, porém
subordinadas, constitucionalmente, a uma ordem jurídica total. Doutrina". (RE 543943
AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 30/11/2010).

Mas existe uma exceção à regra, a isenção heterônoma nas exportações de serviços para o
exterior.
Segundo o Professor Claudio Carneiro, a isenção heterônoma “... permite que a lei
complementar federal possa excluir a incidência do ISS nos serviços destinados ao
exterior.”.

Vale ressaltar que o entendimento do Professor Ricardo Lobo Torres, que afirma que
"essa não incidência do ISS sobre as exportações feita pela LC nº 116/03 trata-se de
uma verdadeira imunidade, pois fundamenta-se no direito fundamental dos
contribuintes: a liberdade de comércio com as nações estrangeiras".

Fato Gerador

O fato gerador do ISS vai ser a prestação dos serviços que se encontram na Lista de
Serviços, mesmo que de algum modo, englobe o fornecimento de mercadorias. O
decreto-lei 406/68 traz a definição do Imposto sobre Serviço (ISS) no artigo 8º, tendo
ele sido substituído pela Lei Complementar nº 116/03, porém, do primeiro ainda se
conservaram algumas normas como o artigo 1º:

“Art. 1.° O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos


Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade
preponderante do prestador.

§ 1.° O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do país ou cuja
prestação se tenha iniciado no exterior do país.

§ 2.° Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela mencionados


não ficam sujeitos ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação-
ICMS, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 3.° O imposto de que trata esta LC incide ainda sobre os serviços prestados mediante
a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente mediante
autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio
pelo usuário final do serviço.

§ 4.° A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.”

Base de Cálculo

O art. 7.° da LC 116/2003 traz como base de cálculo do ISS o preço do serviço.
Entende-se que esta deve ser sempre uma grandeza que quantifique a riqueza tributada
pelo imposto, segundo o Decreto-Lei nº 406/68, art. 9º. O Preço do serviço é a receita
bruta que lhe corresponde, sem qualquer dedução, exceto os descontos dados
independente da condição. Nos casos de serviços prestados por profissionais autônomos
ou sociedades uniprofissionais, a base de cálculo não é o preço do serviço, mas sim um
valor fixo anual. O preço é tudo o que for cobrado em virtude da prestação do serviço,
em dinheiro, serviços ou direitos, seja na conta ou não, inclusive a título de reembolso,
reajustamento ou dispêndio de qualquer natureza.

Contribuinte

O art. 5.° da LC 116/2003 nos dar como contribuinte do ISS o prestador do serviço.
Sendo este o responsável pelo crédito tributário referente ao ISS, sem prejuízo da
responsabilidade supletiva do contribuinte, pelo cumprimento total da obrigação,
inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos.

O valor do imposto não recolhido no prazo será acrescido de juros, multa e atualização
monetária nos termos desta Lei. Os responsáveis a que são obrigados ao recolhimento
integral do ISS devido, multa e acréscimos legais, independente de ter sido efetuada sua
retenção na fonte. Os contribuintes alcançados pela retenção do ISS, assim como os
responsáveis que a efetuarem manterão controle próprio das operações e respectivos
valores sujeitos a esse regime.

Lançamento e Recolhimento

Para Ricardo Alexandre o ISS é lançado por homologação, em que o próprio sujeito
passivo calcula o montante do tributo devido, a cada fato gerador, e antecipa o
pagamento sem prévia análise da autoridade administrativa. A autoridade administrativa
cabe verificar a correção do procedimento homologando-o e ainda lançar de ofício as
diferenças por ventura devidas.

O recolhimento do ISS é feito para a Prefeitura Municipal, através de guia própria. No


caso de empresas optantes pelo Simples Nacional, o ISS próprio é recolhido na própria
guia DAS, juntamente com os demais tributos. O ISS, nas hipóteses de retenção da
fonte pagadora, tem normas específicas de recolhimento.

Cumulação de Impostos

De acordo com Ricardo Alexandre no caso de serviços prestados em conjunto com


mercadorias, é possível a cobrança conjunta de ICMS e ISS se o serviço estiver previsto
na LC 116/2003, com ressalva de cobrança do ICMS.
Repartição de Receitas Tributárias

Todos os impostos arrecadados pelos Municípios e pelo Distrito Federal não possuem
sua receita repartida. Dessa forma, como menciona Ricardo Alexandre, todo o produto
da arrecadação do ISS pertence ao Município, que é o ente com competência para a sua
instituição.

Imunidade Tributária

A Constituição Federal em seu artigo 150, IV, proíbe a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios de instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços
uns dos outros.

O §2.° do art. 150, CF/88 fala que a imunidade prevista é extensiva às autarquias e as
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Atendidos os requisitos constitucionais, são imunes do ISS também:

• Os serviços prestados por partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades


sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei (CF, artigo 150, VI, c).

• Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (CF, artigo 150,
VI, d).

OBS: A imunidade não alcança os serviços relacionados com a exploração de atividades


econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que
haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (CF, artigo 150,
§3º).

Casos Relevantes de Incidência do ISS

Segundo a Revista de Direito do CAAP o software classificado como proprietário e


não-proprietário, não deverão ser tributados por constituírem obrigação de dar e não de
fazer. No entanto, o ISS incidirá sobre os softwares desenvolvidos sob encomenda que
visam atender as necessidades específicas dos usuários. Já os softwares de prateleiras
sofrerão a incidência do ICMS apenas sobre o valor do suporte físico que deverá vir
expresso na nota fiscal. Devido à necessidade da realização do aspecto material e
espacial da hipótese de incidência do ICMS e do ISS, é impossibilitada a tributação do
software digital.

Os serviços tributáveis pelo ISS são os constantes na lista anexa a LC 116/2003. A esse
respeito o STF já se pronunciou afirmando que o ISS não incide sobre a locação de bens
móveis, devendo incidir, portanto, sobre a locação de serviços. Segundo Maria Helena
Diniz, serviço deve ser entendido como “o exercício de qualquer atividade intelectual
ou material com finalidade lucrativa ou produtiva” (Dicionário Jurídico, São Paulo,
Saraiva, 1998, p.311).

Para o Supremo Tribunal Federal (STF) é constitucional a incidência de ISS sobre


operações de “leasing” financeiro, que é definido por Arnoldo Wald, como o contrato
que uma empresa que deseje utilizar determinado equipamento ou imóvel consegue que
uma instituição financeira adquira o referido bem, alugando-o ao interessado por prazo
certo.

Segundo Richard Paes Lyra Junior, os serviços acessórios prestados pelas instituições
financeiras que não têm a finalidade de gerar lucro para estas, não podem ser tributados.
Todavia, o ISS deverá incidir sobre as atividades fim – que são inerentes à instituição
financeira – visto que essas têm a finalidade de gerar lucros para tais instituições.

Segundo o entendimento do STF, a imunidade cultural não impede a incidência do ISS


sobre os serviços de composição gráfica voltada para a impressão de livros, jornais e
periódicos.

De acordo com Wanderson Ferreira Santos, a atividade de incorporação imobiliária


intermediária será tributada, pois a construção se dará em terreno alheio e posterior
entregue ao proprietário do imóvel, no entanto a incorporação imobiliária direta não
será tributada, pois a empreitada se dará pelo próprio proprietário do terreno.

A franquia não configura como prestação de serviço, porque serviço é sempre objeto de
obrigação de fazer, caracteriza-se então, como atividade ou comportamento humano
direcionado ao benefício de outrem. E sobre esta, portanto, não deverá incidir o ISS.

Segundo Richard Paes Lyra Junior, a incidência do tributo é justificada pelo simples
fato da lista de serviços, anexa à lei complementar 116/03, inserir o factoring em 2
(dois) de seus 40 (quarenta) grupos de serviços, prevalecendo, portanto, a generalidade
desta atividade para confirmar os supostos efeitos na esfera tributária.

2 - IMPOSTO SOBRE PRODUTO INDUSTRIALIZADO (IPI)

Durante muito tempo o IPI foi considerado um tributo de finalidade precipuamente


extrafiscal, porém o legislador constituinte originário optou por possibilitar ao Poder
Executivo alterar as alíquotas do deste imposto, atendidas as condições e os limites
estabelecidos em lei, sem necessidade de obediência ao princípio da anterioridade para a
cobrança, em havendo majoração.

Ao editar a EC 42/2003, o legislador constituinte derivado atendeu aos pleitos dos


contribuintes, estendendo a noventena aos tributos em geral e não excetuando o IPI.
(ALEXANDRE, Ricardo, 2014)
O IPI está previsto no artigo 153, IV da Constituição Federal e do artigo 46 ao 51 do
Código Tributário Nacional, tendo suas disposições descritas através do decreto nº
7.212/2010, que regulamenta a cobrança, fiscalização, arrecadação e administração do
IPI.

“O imposto incide sobre produtos industrializados, de origem nacional ou estrangeira,


obedecidas as especificações constantes da tabela de incidência sobre produtos
industrializados – TIPI” (art. 2° do decreto nº 7.212/2010).

Segundo o doutrinador Ricardo Alexandre, para considerar a cobrança do imposto, é


preciso entender que produto industrializado é o resultante de qualquer operação
definida no RIPI (Regulamento do IPI) como industrialização, mesmo incompleta,
parcial ou intermediária. Sendo industrialização qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou
o aperfeiçoe para consumo, tal como disposto no art. 4º do RIPI:

“I – a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na


obtenção de espécie nova (transformação);
II – a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto
(beneficiamento);
III – a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo
produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);
IV – a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da
embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem
colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou
reacondicionamento);
V – a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado
ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou
recondicionamento).”
E não é considerado produto industrializado (RIPI, art. 5º):
Operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de
produtos, peças ou partes e de que resulte.

Seletividade
No artigo 153, § 3.º, I da Constituição Federal, o IPI é necessariamente seletivo de
forma que suas alíquotas devem ser fixadas de acordo com a essencialidade do produto,
sendo menores para os gêneros considerados essenciais e maiores para os supérfluos.
(ALEXANDRE, Ricardo, 2014)
O objetivo central do princípio da seletividade é conseguir graduar a carga tributária do
imposto de acordo com a capacidade contributiva dos consumidores.
Competência e Função
Disposto no Artigo 153, IV da constituição federal e no Artigo 46, Caput do Código
Tributário Nacional, o Imposto sobre produtos industrializados é um imposto federal,
portanto de competência exclusiva da União, para a sua instituição e arrecadação.

O Advogado do Rio Grande do Sul, Bruno Pinto Coratto, faz uma análise sobre a
função do IPI, destacando o motivo pelo qual seria essa a principal função do Imposto:
Por possuir uma abrangência tão grande de produtos sobre os quais incide, O IPI se
mostra de função predominantemente extrafiscal e com grande potencial para ser
instrumento de intervenções em diversos setores do país. Nessas condições, a exação
pode ser usada, por exemplo, para estimular o crescimento da indústria nacional, basta o
governo aumentar as alíquotas que incidem sobre os produtos importados, causando
uma elevação nos preços para fomentar a venda de produtos nacionais. Por outro lado,
se for observada, por parte de determinado setor da indústria, uma tendência à queda na
qualidade de certos produtos do nosso país, o Estado pode diminuir as alíquotas que
incidem sobre os importados, tornando o mercado mais competitivo, forçando a
indústria brasileira a melhorar a qualidade de seus produtos, o que gera benefícios ao
consumidor. Ele cita ainda um exemplo prático dessa função extrafiscal do IPI:

“Um exemplo muito recente da utilização do caráter extrafiscal desse imposto é a


criação do Decreto n.º 7.567/2011, que diminuiu as alíquotas incidentes sobre veículos
com no mínimo 65% (sessenta e cinco por cento) de conteúdo nacional e,
consequentemente, majorou as alíquotas de IPI para carros importados, elevando de
13% para 43% o percentual aplicado a esses produtos. Essas alterações, além de
engordar o tesouro nacional, contribuíram para o crescimento da indústria
automobilística nacional, uma vez o aumento supracitado onerou muito os produtos da
indústria internacional.”

Flavio de Azambuja Berti comenta ainda sobre a interferência direta do IPI na balança
comercial do País:

“[...] imagine-se que manter um saldo positivo na balança comercial é conveniente


para o país, o que efetivamente é verdade. Ora, tal saldo só é passível de ocorrer se as
indústrias brasileiras aumentarem seus volumes de vendas ao exterior. Este objetivo
pode ser estimulado pelo fisco de algumas formas diferentes: a) mediante uma
tributação menor sobre as exportações (observe-se que há imunidade do IPI para
vendas ao exterior, conforme previsto no texto do art. 153 da CF/88); b) através de
subsídios financeiros para empresas exportadoras; c) com a abertura de linhas
especiais de financiamento para a exportação; d) através do uso de outros benefícios
fiscais para os exportadores, por exemplo, créditos presumidos para o IPI sobre a
parcela de bens não exportados e vendidos no país ou mesmo para serem usados na
compensação de outros tributos federais no caso de a indústria exportar praticamente
toda sua produção”. (BERTI, 2009, p. 73-74.).”
Alíquota

De acordo com a Constituição Federal - no art. 153, § 3º, I - o IPI deverá ser de caráter
seletivo em função da essencialidade do produto. Assim, entende-se que a alíquota deste
imposto terá valores diferentes em função da essencialidade do produto sobre o qual
incide. Segundo a doutrina de Hugo de Brito Machado, as alíquotas deverão ser
inversamente proporcionais à essencialidade do produto sobre o qual incidirá, ou seja,
quanto mais essencial for para o consumo um produto determinado produto
industrializado, menor será a alíquota que incidirá sobre este.

“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


(...)
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;”

Hugo de Brito Machado analisa que para garantir o cumprimento da determinação


constitucional, é adotada pela legislação ordinária uma tabela que tem por objetivo a
classificação dos produtos, a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
industrializados (TIPI). As alíquotas constantes nessa tabela, variam de 0 (zero) a 330
(trezentos e trinta), esta última, mais elevada incide sobre cigarros , consta também que
a maioria dos alimentos contam com uma alíquota inferior a 20%. Existem ainda as
alíquotas fixas que incidem em razão da quantidade e não do valor do produto, como no
caso de cerveja, refrigerante, água mineral, entre outros.

De modo geral, o princípio da seletividade não é tão observado, e para muitos produtos
industrializados a alíquota é zero, entende-se que o pouco interesse do Governo Federal
com relação a esse imposto se deve ao fato de a partilha com Estados e Municípios ser
obrigatória, mas nem sempre foi assim, visto que o IPI já foi o tributo Federal mais
significativo para a arrecadação da União.

A alíquota zero foi uma forma encontrada para se excluir o ônus do tributo sobre alguns
produtos de forma temporária, sem isenção, pois esta só pode ser devidamente
concedida por lei. A alíquota, por seu turno, pode ser alterada a qualquer momento,
independente de lei.

Fato Gerador
De acordo com a doutrina de Hugo de Brito Machado, considera-se fato gerador do
Imposto sobre produtos industrializados: O seu desembaraço aduaneiro, quando este de
procedência estrangeira, a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado
a leilão e a sua saída dos estabelecimentos industriais, ou equiparados a industriais.
Estando estes disciplinados pelo artigo 46 do CTN.
Considerando-se ocorrido o fato gerador nas situações a seguir:
I – na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por intermédio de
ambulantes;
II – na saída de armazém-geral ou outro depositário do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro
estabelecimento;
III – na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro, quanto aos
produtos que, por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros;
IV – na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma
firma ou de terceiro, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados
industrializar por encomenda;
V – na saída de bens de produção dos associados para as suas cooperativas, equiparadas,
por opção, a estabelecimento industrial;
VI – no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que
até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte;
VII – no momento em que ficar concluída a operação industrial, quando a
industrialização se der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora do
estabelecimento industrial;
VIII – no início do consumo ou da utilização do papel destinado à impressão de livros,
jornais e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade, ou na
saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras;
IX – na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial,
na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os
tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos;
X – na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial, quando da
ocorrência de qualquer das hipóteses enumeradas no RIPI.
XI – no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que
forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial;
XII – na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas,
equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial.
XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria no recinto
alfandegado, antes de aplicada a pena de perdimento, quando as mercadorias importadas
forem consideradas abandonadas pelo decurso do referido prazo.
Na hipótese de venda, exposição à venda, ou consumo no Território Nacional, de
produtos destinados ao exterior, ou na hipótese de descumprimento das condições
estabelecidas para a isenção ou a suspensão do imposto, considerar-se-á ocorrido o fato
gerador na data da saída dos produtos do estabelecimento industrial ou equiparado a
industrial.
Base de cálculo
Quanto aos produtos importados:
O valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por
ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos
encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou deste exigíveis.

A base de cálculo do IPI nas importações = valor CIF (mercadoria + seguro + frete) +
Imposto de Importação (II).
Quanto aos produtos em operações internas:
O valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial.

O preço do produto + frete + seguro

Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou


abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente.

Obs.: Se o produto industrializado não for destinado a comércio ou consumo no


processo produtivo do encomendante, o industrializador deve acrescer ao valor da
operação o valor dos insumos fornecidos pelo encomendante.

Contribuinte:
Será compreendido como contribuinte do IPI:
• O importador, ou quem a ele a lei se equiparar;
• O industrial, ou quem a ele a lei se equiparar;
• Os comerciantes de produtos que sejam sujeitos ao IPI, que os forneça aos
industriais ou a estes seja equiparado;
• O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.
Para os efeitos do Imposto sobre Produtos Industrializados, será considerado
contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de importador, industrial, comerciante
ou arrematante. (MACHADO, Hugo de Brito, 2012)
Determinações previstas de forma explícita no Código Tributário Nacional, em seu
artigo 51 e seu parágrafo único.
Para a ficção legal, cada estabelecimento deve ser considerado um contribuinte
individual, apenas por questão de praticidade, pois se sabe que existem empresas que
possuem mais de um estabelecimento, muitas vezes até mesmo com funções diversas
entre eles. Porém, a verificação de tal autonomia para os estabelecimentos só prevalece
para fins de verificação da ocorrência de fato gerador do imposto. A responsabilidade
pelo pagamento deste, todavia, é da empresa, e não de cada estabelecimento em sua
“individualidade”.
Lançamento

O IPI constitui objeto de lançamento por homologação, nos termos do artigo 150 do
CTN:
“Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a
homologa.”
Mesmo após o devido pagamento ter sido efetuado pelo contribuinte, não haverá
lançamento até que ocorra a homologação que deve ser feita pela autoridade
administrativa. Feito o pagamento, se a autoridade administrativa não se manifesta,
decorrido o prazo de cinco anos, contando do fato gerador do imposto em questão serão
operados simultaneamente, o lançamento por homologação bem como a decadência do
direito da Fazenda Pública de fazer o lançamento de possíveis diferenças (MACHADO,
Hugo de Brito, 2012)
Também poderá ser lançado de ofício caso o contribuinte não apresente na época devida
as informações que é legalmente obrigado a fornecer. Caso apresente as informações
sejam apresentadas regularmente, mas o pagamento não seja efetuado, a autoridade
pode homologar a atividade apuratória e notificar o contribuinte a fazer o pagamento do
imposto acrescido da multa moratória e dos juros.

Não Cumulatividade

De acordo com o dispositivo constitucional:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:


(...)
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
com o montante cobrado nas anteriores;”
Segundo o dispositivo constitucional, o IPI não poderá ser cumulativo, mas poderá ser
compensado devidamente com o montante das cobranças anteriores.
Para a garantia da não cumulatividade de tal imposto, existe ainda uma previsão do
CTN:
“Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido
resulte da diferença a maior, em determinado período, entre o imposto referente aos
produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele entrados.
Parágrafo único. O saldo verificado, em determinado período, em favor do contribuinte
transfere-se para o período hou períodos seguintes.”
Explicitando de forma mais clara, pode-se compreender que no caso de um empresa
industrial, tem-se:
• O registro como crédito do valor do IPI referente às entradas de matérias-
primas, produtos de embalagens, entre outros que já tenham sofrido
incidência do imposto ao saírem do estabelecimento de onde são
originários.
• O registro como débito do valor do IPI calculado sobre os produtos que
saírem da empresa industrial em questão.
Ao final do mês será feita uma apuração, caso o débito (2) seja maior, o saldo devedor
corresponde ao valor a ser recolhido. Se o crédito (1) for maior, o saldo credor será
transferido para o mês seguinte.
De acordo com o doutrinador Hugo de Brito Machado, para que seja definida a não
cumulatividade do IPI tem-se duas metodologias, a do Crédito Financeiro e a do Crédito
Físico. A primeira define que todo e qualquer bem que tenha sido adquirido pela
empresa e que já tenha sido previamente tributado pelo IPI, será causa do crédito
correspondente a este imposto. Já para a metodologia do Crédito Físico, só será causa
do crédito do imposto a entrada de bens destinados a integrar fisicamente o produto
industrializado que será produzido por esta empresa.
Para a nossa legislação, atualmente vigora a metodologia de Crédito Físico, no entanto
existem jusrisprudências que contestem tal posicionamento, mas deve-se considerar que
tal metodologia mostra-se muito mais consistente e lógica visto que um produto que
tenha sido totalmente consumido para a produção de um determinado produto deve ser
entendido como parte deste, mesmo que não seja fisicamente notável.
O princípio da não cumulatividade existe para impedir que o ônus do imposto se vá
acumulando em cada operação. Isso porque se o IPI já incidiu sobre um determinado
insumo, não deverá reproduzir o mesmo ônus no produto final.

Repartição tributária do IPI

A repartição das receitas adquiridas por esse imposto está prevista no artigo 159 da CF.
Em uma análise de Paulo Isaias de Amaral Menezes, auditor dos tributos estaduais de
Minas Gerais e especialista em direito tributário pela FGV/RJ, na qual ele põe as formas
de repartição do tributo previstas em lei, e analisa o porquê da repartição se posta de tal
forma, mediante a perda de valores de arrecadação pelos Entes Federativos citados
devido a não incidência do ICMS sobre determinados produtos, que por sua vez são
inclusos na cobrança do IPI:

A União deve destinar 10% do arrecadado a título do imposto sobre produtos


industrializados para os Estados e Distrito Federal.

O dispositivo constitucional presente no artigo 159 tem por finalidade ressarcir os


Estados e DF da perda que tiveram com a desoneração do ICMS incidente sobre a
exportação. A EC n° 42/2003, deu nova redação ao artigo 155, §2°, X, a da CRFB/88,
estabelecendo que o ICMS não poderá incidir sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior,
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas
operações e prestações anteriores. Desta forma, o repasse de 10% do IPI passa a ter a
finalidade de ressarcimento por esta perda.

Neste mesmo raciocínio, os Estados deverão repassar 25% do que receberem para os
seus municípios que também tiveram perdas com a desoneração do ICMS incidente na
exportação, conforme artigo 159, §3° da CRFB/88.

O IPI aparece ainda em conjunto com o IR na seguinte previsão:

48% da soma de IR e IPI, serão distribuídas da seguinte forma:

21,5% para o Fundo de Participação dos Estados e do DF;

22,5% para o Fundo de Participação dos Municípios; 3% para o Programa de


Financiamento do setor produtivo das regiões norte, nordeste e centro-oeste;

1% para o Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro


decênio do mês de dezembro de cada ano.

Obs.: o parágrafo segundo do artigo 159 da Constituição Federal determina que nenhum
Estado ou DF poderão receber a título desta modalidade de repartição percentual
superior a 20%, devendo o excedente ser repartido pelos demais entes da federação.

Imunidade

A norma brasileira, por meio do Artigo 18 do Decreto nº 7.212/2010, concede


imunidade para determinados produtos e descreve suas situações de exceção ou fim da
imunidade:

a) Imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua


Impressão: artigo 150, inciso VI, alínea “d”, da Constituição.

O IPI não incide sobre a edição e comercialização de livros, jornais e periódicos, nem
sobre o papel destinado à sua impressão. Neste caso, não se incluem os demais insumos
utilizados na fabricação de jornais, livros e periódicos, tais como máquinas rotativas e
outros equipamentos, o que constitui um equívoco do legislador, porque a imunidade
conferida aos livros, jornais, periódicos e ao papel destinado à impressão desses
produtos, visa, acima de tudo, incrementar a cultura e o conhecimento, em sentido
amplo, abrangendo as diversas manifestações literárias, tecnológicas, artísticas e
científicas. Ora, a incidência de impostos sobre os outros insumos empregados na
produção dos referidos objetos culturais constitui uma restrição considerável à aplicação
integral do benefício.
b) Imunidade sobre a Exportação de Produtos Industrializados: artigo 153, § 3°, inciso
III.

O IPI não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior. Nesse


dispositivo da Constituição, que consagra uma imunidade qualificada à incidência do
imposto, vê-se nitidamente o desempenho da função protecionista do tributo. Mediante
a adoção dessa política, o Estado abre mão de uma receita financeira, a fim de
incentivar uma atividade econômica destinada a carrear dívidas para o país.

c) Imunidade sobre o Ouro como Ativo Financeiro: artigo 153, § 5°.

O IPI não incide sobre a produção do ouro, quando definido em lei como ativo
financeiro ou instrumento cambial, tendo em vista que esse bem se sujeita,
exclusivamente, à incidência do IOF.

d) a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País: artigo 18,


inciso IV. (art. 155, § 3º CF/88)

O IPI não incide sobre a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais
do País.

Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for dado destino


diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade
cabível, como se a imunidade não existisse.
Cessará a imunidade do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos
quando este for consumido ou utilizado em finalidade diversa da prevista, ou
encontrado em poder de pessoa que não seja fabricante, importador, ou seus
estabelecimentos distribuidores, bem assim que não sejam empresas jornalísticas ou
editoras.

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