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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
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Vedada a transmissão e reprodução deste material (art. 184 CP).
Aluno ANGELO ALBUQUERQUE DOS REIS
DIREITO TRIBUTÁRIO CPF - 01662946244
PROFs. GUILHERME ADOLFO DOS SANTOS MENDES e DIMAS MONTEIRO DE BARROS
ou seja, não é dotada de personalidade jurídica própria. É, portanto, a própria União que exerce tais
funções através de seu órgão especializado.
O § 1° do artigo 7° do CTN ainda preceitua que a atribuição de arrecadar e fiscalizar
compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito
público que a conferir.
Tais garantias e privilégios serão vistos em tópico próprio, mas para adiantar alguns exemplos
temos a presunção de certeza e liquidez da dívida ativa regularmente inscrita, a preferência do
crédito tributário em relação a qualquer outro e a não necessidade de concurso de credores ou de
habilitação em falência para sua cobrança judicial.
Como estabelece o § 2°, artigo 7°, a atribuição das funções de arrecadar e fiscalizar “pode ser
revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha
conferido”. E o § 3° prevê ainda que “não constitui delegação de competência o cometimento, a
pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos”. É com base neste
dispositivo que os bancos privados recebem o pagamento de tributos.
Competência tributária extraordinária: é a conferida a uma Pessoa Política, mas que só pode
ser exercida em situações excepcionais e expressamente previstas. Temos como único exemplo, os
impostos de guerra da competência da União.
Registre, contudo, que há críticas doutrinárias acerca desta classificação. A rigor, não faria
sentido falar em competência comum para as taxas e privativas para impostos, uma vez que ambas
as espécies podem ser instituídas por qualquer um dos Entes Políticos, respeitadas as respectivas
competências. Há também os que afirmam não haver competência privativa dos Estados, Distrito
Federal e Municípios relativamente a impostos, posto que a União, em caso de guerra externa,
pode alcançar os mesmos fatos discriminados àqueles Entes.
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DA UNIÃO
A União detém a competência comum com os Estados, Distrito Federal e os Municípios para
instituir taxas e contribuições de melhoria. Tal competência, evidentemente, deve ser exercida
dentro de sua órbita de competência administrativa.
Na competência privativa da União, temos os empréstimos compulsórios, a grande maioria
das contribuições especiais e os sete impostos previstos no artigo 153 da Constituição Federal. Esta
competência será minuciosamente tratada ao longo deste trabalho.
Só a União possui competência residual para instituir impostos outros além daqueles de sua
competência privativa. É o artigo 154, inciso I, da Carta Constitucional que a prevê:
Art. 154 – A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam
não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
Vale destacar que os impostos, pelo exercício desta competência, devem ser instituídos por
meio de lei complementar e não por lei ordinária. Não podem ser cumulativos, ou seja, de
“tributação em cascata”. E não podem apresentar fato gerador ou base de cálculo dos outros
impostos já expressamente discriminados, isto para evitar que a União invada a competência
privativa das outras Pessoas Políticas. Ressalte-se que a competência residual diz respeito a
impostos, e não a tributos em geral.
É da competência residual também o poder conferido à União de criar outras contribuições
para a seguridade social além daquelas previstas expressamente no art. 195 da Constituição
Federal. É o que determina o parágrafo 4° deste artigo. Veremos, no capítulo próprio, maiores
detalhes sobre o assunto.
À semelhança da competência residual, só a União dispõe de competência extraordinária
prevista no inciso II do mesmo artigo 154:
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Aos Estados e ao Distrito Federal, a Constituição confere competência privativa para instituir
os três impostos discriminados no artigo 155 da CF. Aos Municípios também são atribuídos
privativamente outros três impostos previstos no artigo 156 da CF.
Além de o Distrito Federal possuir a mesma competência dos Estados, como não é dividido
em Municípios, a Constituição (artigo 147 da CF) a este Ente também atribui a competência para
instituir os impostos municipais.
Desde a nova Constituição, não há no Brasil nenhum Território Federal, o que não significa a
impossibilidade de que um dia possam existir. Por isso, há esse expresso dispositivo constitucional
que atribui à União, nos Territórios Federais, a competência tributária dos impostos estaduais.
Nada mais natural. Os Territórios não são Entes da Federação, não possuem Poder Legislativo
e, assim, não há como exercerem competência tributária mediante a edição de lei.
Se o Território for dividido em Municípios, estes possuirão sua competência tributária própria
como aqueles localizados nos Estados. Do contrário, em Territórios que não possuem Municípios, a
competência dos impostos municipais também será da União.
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