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Aula 1 – Direito Tributário – Prof.

Renato de Pretto - Sistema Tributário Nacional e


Competência Tributária.

 Sistema Tributario Nacional

Quando falamos em Sitema Tributario Nacional estamos utilizando a Constituição


Federal, propriamente dispositivos constantes a partir do artigo 145 da Constituição, cuja
nomenclatura também pode aparecer como Sistema Constitucional Tributário. Como que a
Constituição Federal trata quais são os temas, as matérias, os artigos, os comandos
constitucionais pertinentes aos Sistema Tributario – O Direito Tributário é regulado na
Constituição Federal no capitulo destinado ao sistema tributário – entre os artigos 145 a 162 –
e, efetivamente, qual é o conceito de Sistema Tributário Nacional na Constituição? Quando
estamos falando em Sistema Tributario Nacional nós estamos apontamos o conjunto de
princípios e regras – ou seja, o conjunto de normas – que regula a tributação de ação estatal
de exigir tributos. Essa é a principal missão da Constituição Federal quando ela se devota ao
Direito Tributário. A Constituição de 1988 não criou tributo! Constituição não cria tributo!!
Quem cria tributo no Brasil é a lei, por isso, nos temos o princípio da legalidade tributaria
instituído no art. 150, inciso I, do CF. Quem cria tributo no Brasil é LEI! Principio da legalidade
Tributária!

Se a Constituição Federal não cria tributo o que ela fez em relação ao Sistema
Tributario Nacional para a gente ter uma visão panorâmica do direito tributário na constituição
de 88 sabendo que a constituição não criou tributo, a Constituição em drelação ao direito
Tributario se voltou as cinco principais atividades:
1) A constituição discriminou competências tributarias, indicou quais ente ou quais
entes são competentes para instituir determinado tributo;
2) Classificou os tributos em espécies e subespécies tributárias;
3) Traçou a regra matriz das áreas espécies e subespécies tributarias;
4) A constituição de 1988 apontou as limitações ao poder de tributar o que a gente
chama de estatuto do contribuinte;
5) Nós temos tambpem na Constituição Federal no espaço destinado ao Sistema
Tributario Nacional a delimitação da repartição das receitas tributarias entre dos
artigo 157 a 162, logo, quando nós falamos em Sistema Tributario Nacional a
gente já sabe que a Constituição na criou tributo, aoenas se voltou a essas cinco
principais atividades em direito tributário.
 Competencia Tributaria:

O que é Competência Tributaria? Competência Tributario para a gente ficar com uma
definição breve e entender o conteúdo dessa ideia – nada mais é do que a aptidão para se
criar, em abstrato, tributos. No Brasil só os Entes Federados é que criam tributos, ou seja,
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Notem que a competência tributaria foi
outorgada apenas para os quatro entes federados. Só os entes federados possuem aptidão
para criar tributos.

E mais, como os Entes Federados criam tributos? Nos falamos a pouco que no Brasil a
constituição não cria tributo, quem cria tributo no Brasil é LEI! Princípio da legalidade
Tributária, instituído no artigo 150, inciso I CF – no Brasil a lei, que como regra, é institui
tributos é a lei ordinária! Essa dica é importante: no Brasil os Tributos são criados por meio
de lei ordinária. Lei ordinária é a espécie normativa adequada para a criação de tributos.
Porém há quatro exceções, quatro situações em que o tributo ele é criado não por lei
ordinária, mas por lei complementar! Essas 4 exceções que demandam lei complementar
para a criação de tributos SÃO EXCLUSIVAMENTE DE TRIBUTOS FEDERAIS – DE
COMPETENCIA DA UNIÃO, SÃO ELES:
1) Empréstimos Compulsórios – art. 140 da CF;
2) Imposto sobre Grandes Fortunas – art. 153, inciso VII, da CF;
3) Impostos residuais da União – art. 154, inciso I, da CF;
4) Contribuições de Seguridade Social – art. 195, parágrafo 4º, da CF.

A criação de tributos que demandam lei complementar são apenas tributos de


competência da União – quais sejam: empréstimos compulsórios, IGF, impostos residuais da
União, Contribuições de Seguridade Social residuais da União – note que quando vocês
eventualmente se depararem na prova de direito tributário com a expressão residual – a
competência é só da União e a espécie normativa adequada é a Lei complementar seja por
imposto residual, seja para contribuição de Seguridade Social residual porque o artigo 154, I CF
ele é repisado pelo artigo 95 , parágrafo 4º, CF.
A competência para legislar sobre tributos no Brasil é concorrente da União, dos
Esatados e do Distrito – os Municipios ficam de fora da competência concorrente! A
competência concorrente instituída no art. 24, inciso I do texto Constitucional.
Qual é a diferença entre competência tributária e aptidão para se criar tributos e
competência para legislar sobre direito tributário? Competencia para legislar sobre direito
tributário de acordo com a doutrina seria a competência para legislar sobre tributos a instituir,
nessa situação do artigo 24, inciso I da CF:

Art. 24 CF - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:
inc. I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

A competência tributária instituída na constituição para os entes federados em relação


a impostos, então, em relação a impostos a constituição estabeleceu de forma especifica quais
são os impostos de cada um dos entes federados.

O objetivo em direito tributário é gabaritar! Nesse contexto, em relação a competência


tributaria para impostos, o professor dá uma dica: a gente começa com o estudo das três
hipóteses pertinentes aos impostos estaduais, depois 3 impostos de competência dos
municípios e depois, 9 impostos são de competência da União.

É o seguinte: nos temos o artigo 155 da CF como impostos de competência dos Estado e do
Distrito Federal – Em primeiro lugar o ITCMD – imposto sobre transmissão causa mortis e
doações, em segundo lugar o ICMS – imposto sobre circulação de mercadorias e serviços e o
IPVA – imposto sobre a propriedade de veículos automotores;

Impostos de competência dos Municípios e do Distrito Federal – O Distrito Federal tem a


denominada competência tributária cumulativa ou múltipla. O que é competência tributária
cumulativa ou múltipla? O Distrito Federal tem a competência tributária dos Estados – art. 155
da CF - e dos Municípios – artigo 147 CF. Então é o seguinte: três impostos de competência dos
Municípios e do Distrito Federal – O IPTU – imposto sobre a propriedade predial e territorial
urbana, O ITBI – imposto sobre a transmissão de bens imóveis e o ISS – imposto sobre serviço.

E, por último, o que não se enquadra nos três impostos o que não se enquadra nas hipóteses
estaduais, municipais... o resto é de competencia da União nos termos dos artigo 153 e 154 da
Constituição – Imposto de importação, imposto de exportação, imposto sobre a renda,
imposto sobre produtos industrializados, o IOF - imposto sobre importações financeiras,
imposto sobre operações de credito cambio seguro, títulos ou valores imobiliários, ITR –
imposto sobre a propriedade territorial e o IGF – imposto sobre grandes fortunas, além dos
impostos residuais da União e os impostos lançados por motivo de guerra.
Questões – Direito – Aula 2.2

1) Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

a) Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos – artigo 155,


inciso I CF.
2) No que diz respeito ao STN, assinale a opção correta.

a) Sempre que for possível, os impostos terão caráter pessoal, facultado À


administração tributária identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.

Princípio da Capacidade Contributiva – Art. 145, parágrafo 1ºCF.


Art. 153, paragrafo 3ºCF
Art. 146, III , d CF
Art. 149, paragrafo 2º III, a e b
3) O Estado de Goias possui competência para instituir ICMS, IPVA, ITCMD, Contribuições
do Regime Próprio do Servidor Publico e taxas de serviço publico e poder de polícia.
Considerando-se essa afirmação, contata-se que

e) O ICMS é o imposto indireto na medida em que, presente o fenômeno da


repercussão financeira do tributo, incorre com o seu ônus econômico o consumidor, que não
integra a relação jurídica tributária.

Art. 151, inciso III


O STF reconheceu como legitima a progressividade do ITCMD sem haver explicita
previsão Constitucional. Progressivdade fiscal significa quanto maior a base de cálculo, maior a
alíquota – quanto maior a quantidade de bens, mais valiosos os bens a serem transmitidos.
Impossibilidade de sujeição de tributo, no caso da taxa – art. 5º, XXXIV CF.
Art. 145, inc.II.

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