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Um dos pontos mais importantes que dia respeito a obrigação de indenizar diz respeito a
independência das instancias. Deve-se compreender os pontos de convergência e divergência
entre as responsabilidades civil e penal.
Quando o processo for para o juiz civil analisar se vai ou não conceder a liminar, o juiz
cível não vai verificar o que está acontecendo no Inquérito Penal. O juiz vai analisar as
peças cíveis e deliberar se defere ou não defere.
Ex.: acidente de transito com morte – será instaurada uma investigação criminal a fim
de verificar se houve homicídio doloso ou culposo e perseguir a punição penal mas por
outro lado é possível haver uma ação de indenização – a regra é a independência.
Art. 935 CC – A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo
questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando
estas questões se acharem decidias no juízo criminal.
Exceções que irão acarretar prejudicialidade externa – existência do fato – o juiz penal
afirma que o fato existiu, isso interfere no cível e ele tem que reconhecer que o fato
existiu – não seria logico que o juiz dissesse que o fato existiu e o outro dissesse que o
fato não existiu, seria incoerente. O oposto também seria incoerente. A mesma coisa
para situação envolvendo autoria.
Dicas: art. 91, inciso I, CP ou seja, dialoga o artigo 91, I CP com o artigo 515, inciso VI,
CPC. E recorde que a sentença penal tem uma eficácia executiva – ela é um titulo
executivo judicial.
Art. 515 CPC – São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo
com os artigos previstos neste Título:
VI – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
Art. 386 CPP – O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça:
I – estar provada a inexistência do fato;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal.
Art. 65 CPP
Art. 65 CPP – Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato
praticado em estão de ecessidade, em legitima defesa, em estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito.
Art. 200 CC
Art. 200 CC – Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal,
não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Não corre prescrição civil quando o fato estiver sendo apurado no juízo penal e o STJ
entende que essa apuração só é encerrada com o trânsito em julgado da ação penal ou
com a ausência de inquérito penal, se não houver investigação penal a investigação
está correndo – quando houver investigação penal a prescrição civil será suspensa.