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DIA 03 DE ABRIL DE 2024

“DIA 4 – PROCESSO PENAL”

1- A natureza jurídica dessa fixação do valor mínimo de reparação consiste em efeito


extrapenal genérico da condenação. Entretanto, para que seja possível, é necessária a
presença de alguns requisitos. QUAIS SÃO ESSES REQUISITOS?REVISÃO DIA 3 DE
MAIO
Pedido expresso e formal, feito pelo Ministério Público ou pelo ofendido, possibilitando do direito
de defesa da outra parte. Caso não haja pedido expresso ou, ainda, sendo a causa cível complexa, o
magistrado deverá remeter as partes ao juízo cível;
Provas dos prejuízos sofridos pela vítima;
O requerimento tem que ser feito na peça acusatória, não sendo possível que ele seja feito
depois.

2- Caso o magistrado não disponha de elementos suficientes para a fixação do valor


mínimo, o que pode fazer o magistrado?REVISÃO DIA 17 DE ABRIL
Caso o magistrado não disponha de elementos suficientes para a fixação do valor mínimo, pode
deixar de fazê-lo.

4 -A fixação desse valor mínimo abrange que tipo de danos ? REVISÃO DIA 3 DE MAIO
É possível que a fixação desse valor mínimo abranja os danos morais sofridos pela vítima, bem
como danos morais coletivos.

5- Como ocorre esse pedido de valor de reparação no caso de violência doméstica contra
a mulher?REVISÃO DIA 3 DE MAIO
Nos casos de violência contra a mulher praticados no âmbito doméstico e familiar, é possível a
fixação de valor mínimo indenizatório a título de dano moral, desde que haja pedido expresso da acusação
ou da parte ofendida, ainda que não especificada a quantia, e independentemente de instrução
probatória.

6- Em uma eventual reconciliação entre vítima e agressor de violência doméstica, o que


ocorre?REVISÃO EM 17 DE MAIO
Posterior reconciliação entre a vítima e o agressor não é fundamento suficiente para afastar a
necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, do CPP, seja porque não há
previsão legal nesse sentido, seja porque compete à própria vítima decidir se irá promover a execução ou
não do título executivo, sendo vedado ao Poder Judiciário omitir-se na aplicação da legislação processual
penal que determina a fixação do valor mínimo em favor da ofendida.

Quando a sentença penal condenatória é rescindida por revisão criminal?REVISÃO


7-
EM 17 DE MAIO
Havendo êxito na revisão criminal, haverá também rescisão do título executivo judicial obtido pela
vítima. Isso acarretará diferentes consequências, a depender da fase em que se encontra o cumprimento da
sentença:
• se o cumprimento de sentença ainda não se iniciou: a execução não poderá ocorrer, tendo em
vista que o título foi rescindido;
• se o cumprimento de sentença estava em andamento: sua continuação fica impossibilitada, o
que pode ser arguido em impugnação ou exceção de pré- executividade;
• se o cumprimento de sentença já se findou: nesse caso, é possível que o condenado requeira a
indenização contra o Estado, pedido que, inclusive, pode constar na própria revisão criminal (art. 630 do
CPP).
8- QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS LEGAIS QUE DETERMINAM A COMPETÊNCIA NO PROCESSO
PENAL? DIA 17 DE MAIO
o lugar da infração (TEORIA DO RESULTADO);
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.

9- EM REGRA, QUAL É O CRITÉRIO DE DETERMINAÇÃO DE COMPETÊNCIA? E


EM RELAÇÃO AO CRIMES PLURILOCAIS SE ADOTA QUE TEORIA? REVISÃO EM
17 DE MAIO
A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. (TEORIA DO
RESULTADO)
Crimes plurilocais são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um determinado local, e o
resultado em lugar distinto, ambos dentro do território nacional. Isto é, a conduta é perpetrada em
determinado lugar do território brasileiro e o resultado é atingido em outro local, também do território
nacional.
Como dito, pela regra geral do art. 70, caput, do CPP, o foro competente deveria ser determinado
pelo local da consumação delitiva, isto é, para fins de determinação de competência, a princípio, não
deveria ser importante o local da conduta.
Todavia, mormente no caso de crimes contra a vida, em uma verdadeira interpretação contra legem,
a jurisprudência tem adotado a chamada teoria do esboço do resultado, que tem sido alvo de recentes
questionamentos em provas concursais.
De acordo com a teoria do esboço do resultado, no caso dos crimes plurilocais, a competência não
será determinada pelo local da consumação delitiva, mas pelo lugar em que a conduta foi perpetrada, isto
é, onde se deu a ação ou omissão.
Para os adeptos dessa teoria, que é aceita pela jurisprudência pátria tanto para o homicídio doloso
como para o culposo, o processo e o julgamento do fato perante o foro do local da conduta melhor atende à
busca da verdade real, porquanto otimiza a produção de provas, já que as "testemunhas não são obrigadas
a se deslocar a outra comarca para que sejam ouvidas". Além do mais, melhor atende ao "caráter
intimidatório geral" da pena, já que, no local da conduta, o criminoso é punido "para sinalizar à sociedade o
mal que pode advir da prática do delito"

10- Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora


dele, a competência será determinada de que forma ? REVISÃO EM 17 DE
MAIO
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.

11- Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional,
qual será o juiz competente?REVISÃO EM 17 DE MAIO
Será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou
devia produzir seu resultado.
12- Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, de quem será a competência?REVISÃO
EM 17 DE MAIO
A competência firmar-se-á pela prevenção
Infração penal do tipo continuada é verificada quando o agente, mediante mais de uma ação ou
omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, nos
termos do art. 71, caput, do CP.
Por sua vez, infração penal do tipo permanente é aquela cuja consumação se protrai no tempo,
como ocorre nos clássicos exemplos dos crimes de sequestro, cárcere privado ou extorsão mediante
sequestro. Nesses casos, enquanto a vítima estiver privada de sua liberdade ou com sua liberdade
restringida, o crime estará se consumando.

13- QUANDO A COMPETÊNCIA SE DÁ PELA DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU? REVISÃO


EM 17 DE MAIO
Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.

14- Se o réu tiver mais de uma residência?


A competência firmar-se-á pela prevenção

15 Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro?


REVISÃO EM 17 DE ABRIL
Será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.

16- NO CASO de EXCLUSIVA AÇÃO PRIVADA, O CRITÉRIO DE COMPETÊNCIA


SOFRE MODIFICAÇÃO?REVISÃO EM 17 DE MAIO
O querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando
conhecido o lugar da infração.

17- Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para


infração da competência de outro, o que acontece? REVISÃO EM 17 DE MAIO
A este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a jurisdição do primeiro, que,
em tal caso, terá sua competência prorrogada.
De acordo com o art. 74, §2º, primeira parte, do CPP, se, iniciado o processo perante um juiz,
houver desclassificação para infração da competência de outro, a este será remetido o processo. Imagine o
seguinte exemplo: João foi denunciado pelo cometimento do crime de lesão corporal de natureza grave,
cuja pena é de reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos (art. 129, §1º, do CP). Após a instrução, o juiz da 1ª Vara
Criminal de Brasília/DF verifica que não há subsídio probatório para demonstrar a ocorrência de lesão
corporal de natureza grave, desclassificando o fato para o crime de lesão corporal leve, cuja pena é de
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano (art. 129, caput, do CP). Nesse caso, deverá o juiz remeter o
processo a um dos Juizados Especiais Criminais da circunscrição judiciária de Brasília/DF, a fim de que lá seja
verificada a possibilidade de aplicação dos institutos despenalizadores da Lei nº 9.099/95 e, não sendo
possível, para que o juiz do Juizado Especial Criminal sentencie o caso, condenando ou absolvendo o réu
(AVENA, 2017, 465).
Conforme o art. 74, §2º, segunda parte, do CPP, que traz uma regra de prorrogação de
competência, se o juízo perante o qual o processo teve início for de jurisdição "mais graduada" que o juízo
ao qual o processo deveria ser remitido, não haverá o encaminhamento dos autos a esse segundo juízo,
prorrogando-se a competência do primeiro.
Atualmente, tal dispositivo legal carece de aplicabilidade, já que a competência da jurisdição "mais
graduada", isto é, dos Tribunais, é fixada de acordo com as regras do foro por prerrogativa de função e não
pela natureza da infração cometida. É dizer: atualmente, a jurisdição "mais graduada" que os juízes de
primeira instância é representada pelos Tribunais e não existe a possibilidade de determinada lei de
organização judiciária estabelecer, por exemplo, que o crime de lesão corporal grave seja julgado, de forma
originária, pelo Tribunal, e o crime de lesão corporal leve seja julgado pelo juiz de primeira instância.
A regra estatuída pelo art. 74, §2º, segunda parte, do CPP, somente fazia sentido quando havia, em
nosso ordenamento jurídico, juízes hierarquicamente inferiores aos juízes de Direito. Nesses casos, se o
processo teve início perante os juízes de Direito e, durante o seu desenrolar, houve a desclassificação para
crime de competência desses juízes hierarquicamente inferiores aos juízes de Direito, os autos não seriam a
eles remetidos, mantendo-se a competência dos juízes de Direito para julgar o fato. Esta decisão é passível
de impugnação por intermédio do recurso em sentido estrito, nos termos do art. 581, inciso II, do CPP,
porquanto se trata de decisão que concluiu pela incompetência do juízo.
Lado outro, o art. 74, §3º, segunda parte, do CPP, normatiza que, se a desclassificação for feita pelo
próprio Tribunal do Júri, isto é, pelos próprios Jurados, caberá ao Juiz Presidente do Tribunal do Júri proferir
a sentença, nos termos do art. 492, §2º, do mesmo Código. Atualmente, o art. 492, §2º, citado pelo art. 74,
§3º, deve ser lido como art. 492, §1º, do CPP.
Assim, se os Jurados entenderem que não se trata de crime doloso contra a vida, os autos não serão
remetidos ao juízo abstratamente competente. Nessa hipótese, o próprio Juiz Presidente do Tribunal do Júri
sentenciará o feito, aplicando, se for o caso, os institutos despenalizadores da Lei nº 9.099/95.

18- HÁ ALGUM CRITÉRIO DIFERENCIADO PARA A FIXAÇÃO DO CRIME PREVISTO NO ART.


171?REVISÃO EM 17 DE MAIO
Nos crimes previstos no art. 171 do Código Penal, quando praticados mediante depósito,
mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o
pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.

19- A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou


descaminho define-se de que forma?REVISÃO EM 03 DE MAIO
Pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens
Conforme estudado em capítulo próprio, ainda que inexistentes indícios de transnacionalidade da
conduta, compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes de contrabando e descaminho, sendo a
competência de foro determinada pelo lugar em que se der a apreensão dos bens, sendo desimportante o
local pelo qual os produtos tenham ingressado no território brasileiro.

20- A COMPETÊNCIA SERÁ DETERMINADA pela CONEXÃO EM QUE


SITUAÇÕES?REVISÃO EM 03 DE MAIO
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas,[CONEXÃO POR SIMULTANEIDADE. Não há prévio ajuste entre os agentes. EX:
Caminhão tomba em rodovia e diversas pessoas que passam pelo local iniciam o furto da carga.]
Ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, [CONEXÃO
CONCURSAL. Há prévio ajuste entre os agentes. Ex.: gangue que pratica vários delitos em determinada
cidade, porém em bairros diferentes, para dificultar o trabalho da polícia.]
Ou por várias pessoas, umas contra as outras; [CONEXÃO POR RECIPROCIDADE. Ocorre
quando duas ou mais infrações são praticadas, por diversas pessoas, umas contra as outras. EX: Dois
indivíduos rivais desferem-se tiros reciprocamente, um tentando matar o outro]

II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras
[CONEXÃO TELEOLÓGICA. Um ou mais crimes são praticados objetivando facilitar a prática de outros. Ex.:
Lesões corporais contra os pais de uma criança com o objetivo de facilitar o sequestro desta],
Ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;[CONEXÃO
CONSEQUENCIAL. Um ou mais crimes são cometidos objetivando ocultar, conseguir a impunidade ou
vantagem de outros delitos.Ex.: Ocultação de cadáver para encobrir homicídio.]

III- quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração [CONEXÃO INSTRUMENTAL. Ocorre quando a prova ou elementar de uma
infração influi na prova de outra infração. Não basta mera conveniência de processos, mas vínculo objetivo
entre os diversos fatos.Ex.: Furto e receptação. Sem que haja a prova da origem criminosa (coisa
proveniente de furto), fica inviabilizada a condenação pela receptação]

21- O QUE É CONEXÃO?REVISÃO EM 03 DE MAIO


Conexão é o vínculo, liame ou interligação entre duas ou mais infrações, que, em regra, enseja a
união entre os processos para facilitar a produção da prova e para evitar decisões distorcidas

22- QUANDO A COMPETÊNCIA SERÁ DETERMINADA pela CONTINÊNCIA?


REVISÃO EM 03 DE MAIO
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; [CONTINÊNCIA SUBJETIVA]
Como todos aqueles que concorrem para o crime devem por ele ser responsabilizados, nada mais
razoável que sejam julgados em processo único.

no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54
II -
do Código Penal.
As remissões aos arts. 51, § 1º, 53, 2ª parte, e 54 do CP, com a reforma da Parte Geral pela Lei
7.209/1984, correspondem, na atualidade, aos arts. 70, 73 e 74, 2ª parte, que se referem,
respectivamente, às hipóteses de concurso formal de crimes, de “aberratio ictus” e de “aberratio
delicti”. Em todos esses casos uma única conduta delituosa do agente produz mais de um resultado,
impondo-se, portanto, a apuração conjunta de todos eles [CONTINÊNCIA OBJETIVA]
CONCURSO FORMAL (art. 70 do CP):O agente, mediante uma só conduta (ação ou omissão),
pratica dois ou mais crimes. Ex.: dirigindo imprudente e negligentemente, o motorista de um ônibus vem a
tombar o veículo, ferindo vários passageiros e matando outros
“ABERRATIO ICTUS” COMPLEXA (art. 73, 2ª parte, do CP): Também chamada de “aberratio
ictus” com resultado duplo ou múltiplo, traduz a hipótese em que o agente, por erro na execução, atinge
não apenas a pessoa que desejava, mas, também, outra que não pretendia atingir.Ex.: desejando matar “A”, o
agente desfere-lhe um tiro, o qual, além de “A”, atinge, também, o transeunte “B”
“ABERRATIO DELICTI” (art. 74, 2ª parte, do CP):Ocorre quando o agente objetiva determinado
resultado, vindo a alcançá-lo, e, também, outro que não estava nos seus planos.Ex.: Uma pedra é desferida
contra a vidraça de uma casa, visando danificá-la (crime de dano), mas que atinge, também, uma pessoa
que, no momento, passava pelo local (crime de lesões corporais).

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