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Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
Revisão Turbo TJ-SP
Direito Processual Penal
Sumário
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Direito Processual Penal
Nota-se que não importa onde ocorreu a prisão do agente, mas, sim, o local em que se
consumou a infração ou, no caso de tentativa, onde foi praticado o último ato executório. Adota-
se aqui a teoria do resultado.
Em caso de homicídio (ou em caso de crimes plurilocais, de uma forma geral), em
que a ação ocorre em um local e o resultado em outro, há uma exceção ao disposto no
art. 70 do CPP. Nesses casos, prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a
competência territorial deve ser determinada pelo local em que a conduta foi praticada.
Se o crime é iniciado no território nacional e se consuma fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução (art.
70, § 1º, CPP). Se ocorrer o contrário, ou seja, quando o último ato de execução for praticado
fora do território nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente,
tenha produzido ou devia produzir seu resultado (art. 70, § 2º, CPP).
Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta
a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção (art. 70, § 3º, CPP).
Atentar para a novidade trazida pela Lei 14.155/21, a qual incluiu o § 4º no art. 70 do
CPP: Nos crimes previstos no art. 171 do Código Penal (estelionato), quando praticados
mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder
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2. Citação
2.1. Introdução
Fundamental ato, uma vez que citação é o ato pelo qual se dá ciência ao acusado acerca
da acusação que é feita contra ele, para que ele possa se defender. Geralmente a citação
ocorre após o recebimento da denúncia, como ocorre no procedimento ordinário e sumário
(art. 396 do CPP (artigo que consta do edital): Nos procedimentos ordinário e sumário,
oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a
citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias).
Abro um parêntese para citar outro dispositivo que é conteúdo que pode ser cobrado na
prova:
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que
interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas
pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário.
§ 1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10
(dez) dias.
Com a citação o réu é cientificado da existência de uma ação para que possa exercer
o contraditório e ampla defesa. Com a citação fica angularizada a relação processual (juiz,
acusador e acusado). Nesse sentido o art. 363, caput, do CPP.
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do
acusado.
Este ato é tão importante que a sua ausência leva a uma nulidade absoluta (art. 564, III,
“e”, do CPP).
O réu será citado apenas uma vez. Após ele será intimado/notificado para os demais atos
do processo.
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b) Citação por carta precatória. Ocorrerá quando o acusado estiver no território nacional,
em local certo e sabido, mas fora do âmbito da jurisdição do juiz que ordenar a citação (art.
353 do CPP). O art. 354 do CPP indica o que a precatória deve conter. Uma vez recebida a
precatória pelo juízo deprecado, o magistrado deprecado determinará a expedição de mandado
de citação, para o que deverão ser cumpridos os requisitos dos arts. 352 e 357 do CPP. Caso o
Oficial de Justiça verifique que o réu está em território de outra comarca, deverá o magistrado
deprecado encaminhar a precatória para o magistrado competente para o território em que o réu
se encontra (precatória itinerante – art. 355, § 1º, do CPP).
Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, será
citado mediante precatória.
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Cuidado com o art. 355, § 2º, do CPP uma vez que ele faz menção ao art. 362 do CPP, o
qual prevê a citação por edital. Com efeito, atualmente, após a reforma de 2008 (Lei
11.719/2008), se o réu se oculta para não ser citado, a sua citação será feita por hora certa, e
não por edital.
c) Citação por requisição (citação do militar da ativa): a sua citação far-se-á por meio
do chefe do respectivo serviço, a fim de preservar a hierarquia e a disciplina. Ou seja, o Oficial
de Justiça não ingressará nas dependências militares atrás do acusado, mas, sim, do seu chefe,
entregando-lhe ofício que será repassado ao acusado (art. 358 do CPP).
Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
• Citação de funcionário público: ele deverá ser citado pessoalmente, por mandado
ou por carta precatória. Mas, em caso de necessidade de comparecimento em
juízo, o chefe de sua repartição será comunicado, como forma de não prejudicar o
andamento do serviço público.
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado,
será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
• Citação do réu preso: Caso o imputado esteja preso, sua citação será pessoal, por
mandado ou precatória (art. 360 do CPP). Quando houver a necessidade de o preso
comparecer em juízo, como no caso de uma audiência, além da intimação pessoal, o
juízo encaminhará à casa prisional uma requisição para que leve o acusado (art. 399,
§ 1º).
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado.
Atenção!
Súmula 351 do STF: É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.
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Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em
seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação,
intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil
imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso,
será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável
pelo recebimento de correspondência.
Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu,
executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do
mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo
ciência.
Ocorrerá quando o oficial de justiça procurar o réu por 2 vezes em seu domicílio e
verificar que ele se oculta para não ser citado, intimará qualquer pessoa da família, ou, em
sua falta, qualquer vizinho, que, no dia imediato voltará a fim de efetuar a citação na hora que
designar, independente de decisão judicial. No dia e hora designado, o oficial de justiça
comparecerá no local. Caso o réu esteja, cita-o pessoalmente. Caso não estiver, o oficial dará
por realizada, mesmo que o familiar ou vizinho esteja ausente ou que estes se recusem a assinar.
Feita a citação, o chefe de secretaria ou escrivão enviará carta, em 10 dias, dando ciência ao
réu.
O STF entendeu constitucional essa modalidade de citação no processo penal (RE
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635.145).
b) Citação por edital: ocorre quando o acusado não é encontrado (art. 361 do CPP).
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze)
dias.
Caso tenha ocorrido a situação do art. 361, o juiz determinará a citação editalícia, com
prazo de 15 dias (art. 361 do CPP). A citação, como regra, será para apresentar resposta à
acusação no prazo de 10 dias, prazo que inicia a contar com o término do prazo de 15 dias do
edital.
Caso não apresente defesa escrita e não constitua defensor, aplica-se o disposto no art.
366, suspendendo-se o processo e o curso do prazo prescricional.
Caso o réu compareça a qualquer tempo, deverá ter prosseguimento o processo
A Súmula 366 do STF dispõe que não é nula a citação por edital que indica o dispositivo
da lei penal, embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se
baseia.
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Atenção!
No Juizado Especial Criminal não há citação por edital. Assim, caso não encontrado o
acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção
do procedimento previsto em lei (art. 66, parágrafo único, da Lei 9.099/95).
c) Caso haja o descumprimento de medida cautelar diversa da prisão, o juiz pode substituir
a medida ou mesmo decretar a prisão cautelar. No entanto, o juiz não pode fazer isso de ofício:
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Art. 282, § 4º, do CPP. No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas,
o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante,
poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código.
d) Caso o juiz queria revogar a medida cautelar ou substituir por outra, aí ele pode de
ofício:
Art. 282, § 5º, do CPP. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida
cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como
voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
5. Prazos
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Sobre o tema, deve-se atentar para o art. 274 que diz que as prescrições sobre suspeição
dos juízes (art. 252 a 254 do CPP) estendem-se aos serventuários e funcionários da justiça, no
que for aplicável.
Sobre a temática, importante estar atento ao art. 112 do CPP, que também está no edital:
Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de justiça
e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver
incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a
abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido pelas partes,
seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.
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Caderno de Questões – Direito Processual Penal
Alejandro Rayo
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Caderno de Questões – Direito Processual Penal
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A) Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
B) Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição por ter sido a
infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo princípio
da extraterritorialidade.
C) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela prevenção.
D) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu,
salvo conhecido o lugar da infração
A) será declarado revel, com nomeação de defensor público para exercício de sua defesa.
B) terá nomeado defensor dativo, que velará por sua defesa.
C) será citado por carta precatória ou rogatória.
D) será citado por edital, com prazo de 15 (quinze) dias.
E) será citado por hora certa, de acordo com as regras do CPC.
A) Podem ser decretadas de ofício pelo Juiz na fase processual e a requerimento das partes ou representação da
autoridade policial na fase investigativa.
B) Em hipótese de descumprimento de qualquer medida cautelar imposta, o Juiz poderá, de ofício ou a requerimento,
substituir a medida, impor outra em cumulação ou mesmo decretar a prisão preventiva.
C) Constatada a falta de motivo para que subsista, o Juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida
cautelar decretada ou substituí-la por outra, podendo voltar a decretá-la, se sobrevier razões que a justifiquem.
D) Somente serão aplicadas a crimes que sejam apenados com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos.
E) Somente serão aplicadas a crimes dolosos que sejam apenados com pena privativa de liberdade máxima superior
a 4 anos.
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