Processo e procedimento:
Processo:
- Finalidade -> Assegurar ao acusado os direitos previstos na CF.
- Instrumento de efetivação das garantias constitucionais.
- Segurança P/ a pessoa.
- Assegurar a contra arbitrariedade do estado.
* Nullo poena sine judicio: A pena não pode ser aplicada S/ processo anterior.
Procedimento: Modo pelo qual o processo vai se desenvolver.
Fases procedimentais:
Pode ter o inquérito policial ou flagrante, que não é considerado uma fase
procedimental.
1) Fase postulatória: inicia na denúncia e vai até a resposta à acusação.
2) Fase instrutória: Inicia na produção de provas e termina na audiência de
instrução e julgamento.
3) Fase decisória: É a sentença.
4) Fase executória: Executar a pena (VEP: Vara de Execuções Penais).
5) Fase recursal: É o recurso.
Ex: O processo corre na 3º Vara criminal e o réu é condenado em 7 anos de
reclusão.
Formas procedimentais:
Art. 394, CPP.
Procedimento comum especial
- Procedimento comum:
1) Ordinário: Sanção máxima igual ou superior a 4 anos.
2) Sumário: Sanção máxima inferior a 4 anos.
3) Sumaríssimo: Infrações de menor potencial ofensivo.
09/02/2018
16/02/2018
Concursos de crimes – qualificadoras – causa de aumento e diminuição de pena.
(PROVA)
CUIDADO ↓
Com concurso de crimes porque a pena vai ser somada!
Qualificadoras porque vai ser causa de aumento ou diminuição de pena! Quando
o furto for tenteado haverá diminuição da pena!
As hipóteses supramencionadas podem alterar o procedimento por alterar a
pena.
Procedimento comum ordinário
- Conceito: Ato processual por meio do qual o MP se dirige ao juiz dando lhe
conhecimento da pratica de um fato delituoso e manifestando a vontade de
ser aplicado a sansão penal ao acusado.
- Princípio da obrigatoriedade:
- Princípio da indisponibilidade:
- Denúncia ↓ Narrar os fatos de uma forma pormenorizada.
→ Art. 41, CPP.
- Fatos ↓
A) Quem
B) Que coisa
C) Onde
D) Com que
E) Porquê
F) De que maneira
G) Quando
- Rol de testemunhas – Art. 401, CPP.
→ P/MP = 8 testemunhas por fato.
→ P/ defesa = 8 testemunhas por fato e /ou acusado.
20/02/2018
Rejeição da denúncia:
- Art. 395, CPP.
I – For manifestamente inepta. O juiz pode rejeitar a denúncia por ela ser
manifestamente inepta, faltando detalhes.
II – Faltar pressuposto processual ou condição p/ o exercício da ação penal.
Ex: Quando o MP processa sem ter a representação em um crime de ação
penal pública condicionada. Tem que ser pessoa legitima, maior, capaz...
III – Faltar justa causa p/ o exercício da ação penal. Ex: Atipicidade da
conduta, falta de indícios suficientes de autoria e materialidade, prescrição,
extinção da punibilidade e etc.
Coisa julgada formal e material não há possibilidade de o réu ser julgado por
esse mesmo motivo novamente. Quando há coisa julgada formal é possível
denunciar novamente enquanto não estiver extinta a punibilidade. Podendo
reformular a denúncia se atentando ao art. 395.
Citação:
- Citação é feita apenas uma vez
- Efeitos → Estabelecer a angularidade da relação processual, instalando em
um ponto a acusação no outro o juiz e por último o acusado.
23/02/2018
27/02/2018
Resposta à acusação ↓
- Art. 396-A, CPP.
- Prazo = 10 dias.
- Para defensoria pública – prazo de 20 dias – lei complementar 80/94. No prazo
de dez dias a defensoria tem que pronunciar ao menos que ela tem o prazo em
dobro para fazer a RPA, caso ela não o faça o juiz irá eleger um advogado dativo.
OBS:
- Deve ter capacidade postulatória. Peça exclusiva feita por um defensor para ter
validade.
- §2º, art. 396-A, CPP.
Pode ↓
1) Arguir preliminares.
2) Alegar tudo que lhe interessa. Algum tipo de nulidade.
3) Apresentar documentos. O que não for apresentado aqui pode precluir o
direito.
4) Requerer produção de provas.
5) Arrolar testemunhas. Se passar o prazo de dez dias o direito de arrolar
testemunhas irá precluir.
OBS: RPA exercida por quem não tem contato com o réu, deve se fazer um
requerimento ao juiz, pedindo que o acusado seja intimado para apresentar
exclusivamente o rol de testemunhas, analogia ao §2º do art. 186, NCPC,
decisão da 6º turma STJ, resp. 1.443.533/RS-2015.
Testemunha protelatória serve apenas para adiar o julgamento do processo ou
de alguma audiência.
Possibilidade de julgamento antecipado do processo – Absolvição sumária.
Fato típico:
- Conduta:
- Resultado:
- Nexocausal:
- Tipicidade:
Antijurídico:
- Legitima defesa:
- Estado de necessidade:
- Exercício regular do direito.
- Estrito cumprimento do dever legal
Culpável:
02/03/2018
Vai cair na prova.
Continuação absolvição sumária
I – A existência manifesta de causa de excludente de ilicitude. É quando há
um fato típico mas há uma causa de excludente de ilicitude, que não exclui
a tipicidade.
II – A existência manifesta de causa excludente de culpabilidade, SALVO
INIMPUTABILIDADE.
III – Que o fato narrado evidentemente não constitui crime.
IV – Extinta a punibilidade do agente.
CRIME
Fato típico Ilícito Culpável
-> Conduta Legitima defesa Imputabilidade (doente
mental – Art. 26 é isento de pena mas é aplicada uma medida de segurança)
-> Resultado Estrito cump. do dever legal Potencial consciência da
ilicitude ()
-> Nexo Estado de necessidade Exig. De conduta
diversa
-> Tipicidade Exercício regular de direito
(Tipicidade Formal = subsunção de um fato a norma Art. 155)
(Tipicidade material = Fala que tem que demonstrar a relevância do bem jurídico,
caso o bem seja irrelevante pode se aplicar o princípio da insignificância).
Suspensão do processo.
Art. 89, lei 9.099/95.
- Não questiona a responsabilidade criminal.
- Ao término é declarada a extinção da punibilidade.
- É um benefício
- Não é imposição de pena
- É para crimes do CP ou leis especiais.
- É incabível nos crimes de violência doméstica. Art. 41 – lei 11.340/06
Requisitos
1) Seja a denúncia recebida.
§1º - Art. 89, lei 9.099/95.
2) Pena mínima não superior a 1 ano.
3) Não esteja sendo processado por outro crime – princípio do estado de
inocência.
4) Não tenha condenação.
13/03/2018
Designação de audiência ↓
- Art. 399, CPP.
- Art. 400, CPP.
- Prazo – 60 dias.
- Art. 222 e 222 A, CPP.
- Fase da diligência ↓
- Art. 402, CPP. O juiz só autorizará diligências se for notado que seja de ... 19:57
- Não há necessidade de vista às partes.
- É na própria AIJ.
- Só pode pedir diligência de fato que tornou duvidoso durante a instrução.
- O juiz pode determinar de ofício – Art. 156, II e 404, CPP.
- Sendo o acusado interrogado por precatória, deve o juiz abrir prazo de 5 dias
para manifestação.
- Realizado as diligências, os memoriais serão escritos.
Alegações orais:
- Ato postulatório das partes que precedem a sentença.
- Regra = Oral.
- Exceção = Por memorais.
- Art. 403, CPP.
- 20 minutos + 10 para a acusação.
- 20 minutos + 10 para a defesa.
- Mais de um acusado – o tempo de cada defensor será individual – 20 + 10 -
§1º, 403, CPP.
23/03/2018
Art. 69
- Autoridade para lavrar o TC – art. 144, CF.
Fase preliminar
Antecede o rito processual
03/04/2016
TRABALHO
06/04/2018
Ação penal incondicionada:
- A composição dos danos civis não impedirá a propositura da ação penal.
- Após dar início a conciliação, facilita ao MP propor transação penal.
13/04/2018
04/05/2018
2º BIMESTRE ↓
TRABALHO P/ RECUPERAÇÃO:
Todos os procedimentos + as questões da prova!
O procedimento da lei de drogas é um procedimento especial.
Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, para o oferecimento da
denúncia e o recebimento da mesma, basta o laudo de constatação
provisória, que é o teste que comprova que a maconha não é bosta de cavalo,
que a cocaína não é farinha. Podendo o delegado prender o acusado, o MP
ofertar a denúncia e o juiz recebe-la.
O procedimento da lei de drogas exige dois laudos, o provisório e o definitivo.
Seja pra condenar ou absolver.
Competência mínima do júri: Crimes dolosos contra a vida.
08/05/2018
18/05/2018
PRONUNCIA – não é uma sentença, mas sim uma decisão interlocutória mista
não terminativa por não se encerrar o procedimento realizado pelo júri. O juiz
não entra especificamente no mérito fazendo apenas uma análise superficial de
todo o conteúdo, mas sim limita-se aos indícios de autoria e materialidade.
Art. 413 CPP
Não é sentença condenatória
Decisão judicial que reconhece a admissibilidade da acusação
determinando o julgamento do réu a plenário.
Princípio do indubio pro societá
Deve ter indícios de autoria e materialidade
É uma decisão interlocutória mista não terminativa
Não entra propriamente no mérito
Analisa de forma “superficial” (hc STF 92.825)
Art. 478, I CPP
Eloquência acusatória – nulidade (excede sua mordomia sob pena de
nulidade) a simples leitura da decisão de pronuncia feita pelo ministério
público, acarreta nulidade ao processo.
IMPRONUNCIA
Art 414 CPP
Decisão interlocutória mista terminativa, pois, acarreta extinção do
processo
Não é sentença pois não analisa o mérito
Encerra a relação processual
Faz coisa julgada formal – havendo novas provas há um novo processo.
É quando o juiz julga inadmissível a acusação por não haver prova da
existência do crime ou indícios de autoria.
Infração conexa – deve ser encaminhado ao juízo competente caso não
seja ele mesmo.
Despronuncia – quando uma decisão de pronuncia é convertida em
impronuncia em virtude de recurso.
Sentença
Manifestação Lógica intelectual e formal proferida pelo Estado afim de encerrar
um conflito de interesses, mediante a aplicação da lei no caso em concreto.
Classificação
Decisões interlocutórias – são aquelas decisões que não julgam o mérito.
a) Simples – são aquelas que solucionam questões relativas a regularidade
processual, aquelas que dizem respeito ao andamento processual, sem
adentrar ao mérito exemplo: decisão de recebimento da denúncia .
b) Mista – são aquelas que tem força definitiva, encerrando uma fase do
processo ou o próprio processo.
a. Terminativa – rejeição da denuncia
b. Não terminativa – termina uma fase do procedimento (pronuncia)
c) Sentença em sentido estrito – é a decisão judicial com o julgamento do
mérito, com a Anelise do objeto, da causa.
2 Sentença em sentido estrito – é aquela que decide a causa, que põe fim a ela
a) Condenatória
b) Absolutória
a. Própria – Art. 386 CPP prevê as causas que levam a absolvição
própria. Deve ser alegado ao final do processo buscando a
absolvição do acusado. Já na RPA utiliza-se o disposto no Art. 397.
b. Impropria – é cabível no momento da aplicação da medida de
segurança quando o acusado é inimputável por doença mental
(vide Art. 26 CP).
c) Terminativa
3 Classificação quanto ao órgão prolator
a) Subjetivamente simples – o sujeito que a prolata é único (singular)
b) Subjetiva plurimas – coletivo (colegiado homogenio)
c) Subjetiva complexas – júri popular, com dois órgãos distintos proferindo
uma mesma decisão.
4 Requisitos formais da sentença
a) Relatório – a ordem cronologia de tudo que ocorreu dentro do processo.
b) Fundamentação / motivação -
c) Dispositivo / conclusão – se julga procedente ou improcedente; se
procedente (com fim de condenar o acusado) trifásico ( 1 circunstancias
2 agravantes e atenuantes 3 causas de aumento ou diminuição)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 382 CPP
Sentença
1) Princípio da correlação – ligado a situação fática, o juiz sentenciará com
base nos fatos levados a ele, essa correlação é aquela que determina que
os fatos e a sentença devem estar intimamente ligados. Obs. O acusado
não se defenda da captulação dada ao crime da denúncia, mais sim dos
fatos narrados na petição inicial.
2) Emendatio libelli Art. 383 CPP – (decorrente do princípio acima) (emenda)
o juiz, sem modificar a descrição do fato contido da denúncia ou queixa,
pode atribuir definição diversa da definição legal presente na inicial desde
que não altere os fatos por ela narrados. Cabe emendacio libelli em sede
recursal.
Conceito munirah – o juiz poderá dar aos delitos descritos na inicial
classificação jurídica que bem intender, ainda que em consequência, venha
a aplicar a pena mais grave uma vez que a defesa é exercida sobe os fatos
(obs nada impede que seja aplicada a emen. Lib. Em segundo grau.
3) Mutatio libelli (mudança) Art. 384 CPP / Sum. 453 STF – Aditamento da
denúncia – surgindo novos fatos o juiz enviará ao juiz para que adite a
denúncia. Após o aditamento e a manifestação da defesa, retorna a
petição ao juiz para análise de admissibilidade; com o aditamento poderá
ser arrolado até 3 testemunhas o mesmo se aplica ao advogado.
O que é ? a um implica no surgimento de uma prova nova que altera, modifica
os fatos descritos na petição inicial levando o processo a se readequar nos
termos do Art. 384 do CPP. Obs. Aqui exige-se a manifestação da acusação e
da defesa no prazo de 5 dias para cada sem prazos em dobro e, podendo cada
parte arrolar até 3 testemunhas. Ler. Sumula 453 Supremo – não se admite
mutação em segundo grau.
NULIDADES
1) Conceito:
São vícios que contaminam determinados atos processuais praticados sem a
observância da forma prevista em lei.
2 – Classificação
a) Nulidades absolutas – são aquelas de ordem publica, preceitos
constitucionais.
b) Nulidades relativas – são aqueles atos realizados sem observância da lei,
mais para serem consideradas nulas é necessário demonstrar o prejuízo
trazido. Deve ser arguido pela parte sob pena de preclusão, convalidando
o ato.
Devem ser arguidas no primeiro momento que a parte tem para se
manifestar no processo.
3 – Atos inexistentes – são aqueles que não existem no ordenamento jurídico
brasileiro. Exemplo (estagiário fazer a sentença e )
4 – Sistema da organização
5 – Princípios
a) “Pas de nulitté sans grief” não há nulidade sem prejuízo.
b) Princípio do interesse Art. 565 CPP – deve ser arguido pela parte que se
aproveite do arguido.
c) Não há nulidade por omissão que interesse a parte contrária.
d) Instrumentalidade das formas
e) Princípio da sequencialidade Art. 573 §1º - se os atos se iniciaram de
forma nula, todos os atos que dela resultem, nulos serão.
PROVA –
1) Procedimento do júri
2) Sentença
3) Nulidades –
Princípios
1) Prejuízos Art. 563 CPP
2) Princípio do interesse (565 CPP)
3) Instrumentalidade das formas art. 572, II CPP
4) Principio da causalidade
NULIDADES EM ESPECIE
Art. 564 CPP
Rol exemplificativo:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções
penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o
disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente.
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele
intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de
ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente,
e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, a entrega da respectiva cópia, com o rol de
testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando
a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos
termos estabelecidos pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua
incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças
e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal
para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das
suas respostas, e contradição entre estas. (Incluído pela Lei nº 263, de
23.2.1948)