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1. O que é citação?
De acordo com o art. 353 do CPP, o acusado será citado por precatória quando
estiver fora do território da jurisdição do juiz processante.
Conforme o art. 354 do CPP, a citação deverá indicar o juiz deprecado e o juiz
deprecante, a localidade da competência de ambos, a finalidade da citação, incluindo todos
os detalhes específicos e o tribunal do local, a data e o horário em que o réu deverá
comparecer.
Os artigos 355 e 356 do Código de Processo Penal, trataram a respeito dos demais
procedimentos a respeito da citação por carta precatória.
De acordo com Capez (2022, p. 1141), as citações por carta de ordem são citações
determinadas pelos tribunais nos processos de sua competência originária, são aquelas em
que o tribunal ordena ao magistrado de primeira instância que cite o acusado residente em
sua comarca e que goze de prerrogativa de foro.
Na citação do militar, o agente judicial não se dirigirá à base militar em busca do réu.
O juiz, respeitando a inviolabilidade da área militar, não emitirá um mandado, mas sim um
documento diretamente ao superior hierárquico do acusado, assim como estabelece o art.
358 do CPP, no qual o superior enviará ao destinatário, informando-o sobre todos os
detalhes do ato de citação. Para isso, o documento enviado deve incluir todos os elementos
do mandado, evitando, desse modo, qualquer dano à defesa.
Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por mandado. Mas
exige a lei que o chefe da repartição onde o citando exerce suas funções
seja devidamente notificado de que, em tal dia, hora e lugar, aquele
funcionário deverá comparecer para ser interrogado. Essa exigência é
necessária e se justifica a fim de que o chefe da repartição disponha de
tempo para substituir, naquele dia, àquela hora, o funcionário cuja presença
é reclamada pelo juiz. Não há necessidade, portanto, dessa comunicação
se o funcionário estiver afastado do serviço (licença, férias etc.).
Tratando-se de magistrado, a comunicação deve ser feita ao presidente do
tribunal, que deverá autorizar a licença para que possa afastar-se dos
serviços e de sua comarca. Quanto ao membro do Ministério Público, a
comunicação deve ser feita ao procurador-geral. Se o funcionário exercer
suas funções fora da comarca do juiz processante, expedir-se-á precatória,
cabendo ao juiz deprecado tomar as providências apontadas neste artigo.
O art. 360 do CPP diz que caso o réu esteja preso, será pessoalmente citado. Logo,
o oficial de justiça deverá dirigir-se à instituição prisional onde o réu está custodiado
e realizar a citação de forma pessoal, seguindo as exigências do art. 357 do CPP,
sob pena de nulidade.
A revelia é uma situação em que o réu não comparece ao processo criminal, mesmo
após ter sido devidamente citado e notificado para participar. Quando ocorre a revelia, o réu
é considerado ausente e não exerce sua defesa de maneira regular.
Caso o réu seja devidamente notificado ou citado para comparecer em juízo, mas
deixe de fazê-lo sem motivo justificado, o processo seguirá à revelia, dispensando a
necessidade de intimações posteriores para qualquer ato processual, exceto para a
sentença. A mesma situação ocorrerá se o réu, após a citação, mudar de residência ou se
ausentar por mais de oito dias sem informar às autoridades processantes o novo endereço
onde possa ser encontrado. No entanto, se o acusado comparecer posteriormente, a revelia
será revogada. É importante observar que, no processo penal, a revelia não implica em
confissão ficta, em virtude dos princípios do direito ao silêncio, do devido processo legal e
da presunção de inocência.
Conforme o art. 366 do CPP, caso o acusado seja citado e não comparecer e nem
constituir defesa, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, ficando a
critério do juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes, e, se
for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
De acordo com a Súmula 415 do STF a suspensão do prazo prescricional é
regulado pelo máximo da pena cominada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPEZ, F. Curso de processo penal. 29. ed. São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.