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Direito processual penal 2

1. Flagrante próprio / perfeito / real / verdadeiro (art. 302, I e II,


CPP):

O agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando


acaba de cometê-la. A expressão “acaba de cometê-la” deve ser
interpretada de forma restritiva, no sentido de sentido de absoluta
imediatidade (sem qualquer intervalo de tempo).

Em outras palavras, o agente é encontrado imediatamente após


cometer a infração penal, sem que tenha conseguido se afastar da
vítima e do lugar do delito.

2. Flagrante impróprio / irreal / quase-flagrante (art. 302, III,


CPP):

Ocorre quando o agente é perseguido logo após cometer a infração


penal, em situação que faça presumir ser ele o autor do ilícito.

Exige o flagrante impróprio a conjugação de 03 fatores:

a) perseguição (requisito de atividade);


b) logo após o cometimento da infração penal (requisito temporal);
c) situação que faça presumir a autoria (requisito circunstancial).

3. Flagrante presumido / ficto / assimilado (art. 302, IV, CPP):

Ocorre quando o agente é encontrado, logo depois, com


instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração.

A lei não exige que haja perseguição, bastando que o suspeito seja
encontrado logo depois da prática do crime, com coisas que
traduzam um veemente indício de autoria ou participação.

Parte da doutrina defende que a expressão “logo depois” deve ser


interpretada de modo um pouco mais amplo que a expressão “logo
após”. No entanto, tratam de coisas sinônimas: relação de
imediatidade entre o início da perseguição (flagrante impróprio) e o
encontro do suspeito (flagrante presumido).
A única diferença entre ambos é que no flagrante impróprio há
perseguição, ao passo que no flagrante presumido há o encontro do
suspeito com objetos que façam presumir ser o ele o autor da
infração penal.

REsp 147.839, STJ: Agentes encontrados algumas horas depois


do crime em circunstâncias suspeitas, aptas a autorizar a
presunção de serem os autores do delito, por estarem na posse do
automóvel e dos objetos da vítima, além do fato de tentarem ao
fugir ao perceberem a viatura policial.

4. Flagrante preparado / provocado / crime de ensaio / delito


putativo por obra do agente provocador (jurisprudência):

Aqui a autoridade instiga o infrator a cometer o crime, valendo-se de


um agente provocador, criando a situação para que ele cometa o
delito e seja preso em flagrante. Não é válida, pois quem efetuou a
prisão criou uma situação que torna impossível a consumação do
delito, tratando-se, portanto, de crime impossível.

Súmula nº 145, STF: Não há crime, quando a preparação do


flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

STF admite se a provocação for sobre um crime, e a prisão sobre


outro.

Ex.: Lei de drogas, verbos “vender” e “ter em depósito”.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar


quando o agente for:

I - Maior de 80 (oitenta) anos;

II - Extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência;

IV – Gestante;
V - Mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho


de até 12 (doze) anos de idade incompletos.

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea


dos requisitos estabelecidos neste artigo.

Art. 185 do Código de Processo Penal: O acusado que comparecer


perante a autoridade judiciária, no curso do processo penal, será
qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído
ou nomeado.

Art. 185, § 1º do Código de Processo Penal: O interrogatório do réu


preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que
estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do
juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a
presença do defensor e a publicidade do ato.

Art. 185, §3º do Código de Processo Penal: Da decisão que


determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as
partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência.

Art. 186 do Código de Processo Penal: Depois de devidamente


qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado
será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu
direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe
forem formuladas.

Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do


vestígio nas seguintes etapas:

I - Reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de


potencial interesse para a produção da prova pericial;

II - Isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas,


devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e
relacionado aos vestígios e local de crime;

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra


no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de
exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui,
sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido
pelo perito responsável pelo atendimento;

IV - Coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise


pericial, respeitando suas características e natureza;

V - Acondicionamento: procedimento por meio do qual cada


vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo
com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem
realizou a coleta e o acondicionamento;

VI - Transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro,


utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos,
temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de
suas características originais, bem como o controle de sua
posse;

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio,


que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes
ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária
relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio,
código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio,
protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu;

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio


de acordo com a metodologia adequada às suas características
biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado
desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por
perito;

Em questões relacionadas ao impedimento e suspensão dos


magistrados, as bancas misturam os artigos, por isso a leitura seca
é primordial. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá
ser recusado por qualquer das partes se ele tiver aconselhado
qualquer das partes, ou seja, trata-se de causa de suspeição (art.
254, IV, CPP) e não de impedimento (previsto no art. 252, CPP).

O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver


funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato
ou de direito, sobre a questão. Ou seja, trata-se de causa de
impedimento (art. 252, III, CPP) e não de suspeição (prevista no art.
254, CPP).

Em questões relacionadas ao impedimento e suspensão dos


magistrados, as bancas sempre misturam os artigos, por isso a
leitura seca é primordial, logo o juiz dar-se-á por suspeito, e, se
não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se for
sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no
processo. Ou seja, trata-se de causa de suspeição (art. 254, VI,
CPP) e não de impedimento (previsto no art. 252, CPP).

Ao juiz compete prover a regularidade do processo, mantendo a


ordem de seus atos inclusive mediante requisição de força pública,
se eventualmente necessário. Ocorre que existem determinadas
situações em que o juiz não pode exercer a jurisdição, seja por
impedimento, suspeição ou incompatibilidade, destaca-se que há
apenas uma hipótese de incompatibilidade, prevista no Código de
Processo Penal, segundo o qual, nos juízos coletivos, não poderão
servir no mesmo processo os juízes que forem entre si parentes
consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro
grau, inclusive (art. 253, CPP).

A determinação de um rito processual em ordinário, sumário ou


sumaríssimo passa pela pena máxima cominada ao delito e, no
caso do procedimento comum, essa previsão está expressa pelo
art. 394, §1º, I, do CPP.

Como informado pelo art. 394, §1º, do CPP, o procedimento comum


é uma modalidade que pode se dividir nas espécies ordinária,
sumária ou sumaríssima. O erro da alternativa está na falta de
indicação do procedimento sumaríssimo.

Ao contrário do informado, o procedimento comum determina


que primeiro seja ouvida a vítima, e, ao fim do procedimento,
seja realizado o interrogatório do acusado, após ouvidas as
testemunhas, é o que se extrai do art. 400, do CPP.

O procedimento sumário é, de fato, procedimento comum, mas sua


atuação se restringe aos crimes cuja pena máxima cominada seja
inferior a 4 anos, conforme art. 394, §1º, II, do CPP. Assim, o fato
de ter citado a possibilidade de pena igual a 4 anos torna a
alternativa errada.
cabe apelação se for a sentença do juiz-presidente contrária à lei
expressa ou à decisão dos jurados (art. 593, III, b, do CPP). Nesse
caso, o tribunal fará a retificação (art. 593, § 1º, do CPP).

Se a decisão dos jurados for manifestamente contrária à prova dos


autos, cabe apelação (art. 593, III, d).

Cabe apelação das decisões do Tribunal do Júri se ocorrer


nulidade posterior à pronúncia (art. 593, III, a).

É o caso de haver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena


ou da medida de segurança (art. 593, III, c), em que o tribunal fará
a retificação (art. 593, § 2º).

Alternativa A – incorreta.
Mesmo em se tratando de contravenção penal não será iniciada a
ação penal com o oferecimento da queixa-crime pelo ofendido,
tendo em vista que o nosso ordenamento jurídico pátrio adotou o
sistema acusatório, sendo atribuída, de forma expressa ao
Ministério Público a titularidade da ação penal pública.

Alternativa B – incorreta.
Na realidade o órgão do Ministério Público comunicará à vítima,
ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos
para a instância de revisão ministerial, conforme o disposto no
Código de Processo Penal, a saber:

“Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de


quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.”

Alternativa C – incorreta.
Na verdade, poderá submeter a matéria à revisão da instância
competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
orgânica, vejamos:

“Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de


quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.

§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o


arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta)
dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à
revisão da instância competente do órgão ministerial,
conforme dispuser a respectiva lei orgânica.”

Alternativa D – correta.
De acordo à íntegra do Código de Processo Penal, que assevera:

“Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes
especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do
querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser
previamente requeridas no juízo criminal.”
Alternativa A – correta.
Consoante dispõe o art. 24, do CPP, as ações penais públicas
serão promovidas por denúncia e, por vezes, serão condicionadas à
representação pelo ofendido ou seu representante legal ou, em
casos específicos, requisição do Ministro da Justiça.

Alternativa B – incorreta.
O direito de representação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão em caso de morte do ofendido ou se houver
declaração de ausência por decisão judicial, segundo o § 1º, do
art. 24, do CPP.

Ademais, o direito de oferecer queixa-crime ou prosseguir em ação


já proposta, ocorrendo a morte do ofendido ou declaração de
ausência decidida judicialmente, também restará ao mesmo rol de
indivíduos, conforme consta no art. 31, do CPP.

Alternativa C – correta.
Consoante dispõe o art. 38, do CPP, com exceção de previsão em
contrário, o ofendido, ou o seu representante legal, decairá em seu
direito de queixa ou de representação, caso não o concretizar no
prazo de 6 (seis) meses, realizando-se a contagem a partir do dia
em que vier a conhecer quem é o autor do delito.
Ressalta-se que, o prazo para a proposição da ação penal privada
subsidiária da pública terá início no dia em que se esvaziar o prazo
para o oferecimento da denúncia.

Alternativa D – correta.
A alternativa trata acerca da ação penal privada subsidiária da
pública, prevista no art. 29, CPP, e no art. 5º, inciso LIX, da CF/88,
os quais possibilitam a propositura de ação penal privada em crimes
de ação pública, caso essa não seja proposta no prazo previsto em
lei. Entretanto, ressalta-se que o Ministério Público poderá aditar a
queixa, oferecer denúncia substitutiva e, até mesmo, repudiar a
queixa, além de ter a possibilidade de intervir em todo o processo,
chegando à possibilidade de retomar a ação como parte principal.

Alternativa E – correta.
Consoante dispõe o parágrafo único do art. 38 do CPP, constatar-
se-á a decadência do direito de propor queixa ou representação,
dentro do prazo de 6 (seis) meses, contando-se do dia em que
souberem quem é o autor do crime, nos casos previstos no CPP,
em seu art. 24, parágrafo único (direito de representação em ação
penal pública condicionada à representação, em caso de morte do
ofendido ou declarado ausente) e art. 31 (oferecer queixa em ação
penal privada ou prosseguir na ação, em caso de morte do ofendido
ou declarado ausente).

Alternativa A – incorreta.
O inquérito policial é, na verdade, dispensável (prescindível), pois
é peça meramente informativa e somente acompanhará a denúncia
ou queixa quando servir de base para uma ou outra. Vejamos:

“Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa,


sempre que servir de base a uma ou outra.”

Alternativa B – incorreta.
Não há que se falar em contraditório em seara pré-processual, no
âmbito do inquérito policial, tendo em vista ser um procedimento
administrativo inquisitorial, não se falando em contraditório, nem
ampla defesa.

Alternativa C – incorreta.
Autoridade policial não arquiva inquérito, vejamos:
“Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos
de inquérito.”

Alternativa D – incorreta.
Não há que se falar em ampla defesa em seara pré-processual,
no âmbito do inquérito policial, tendo em vista ser um procedimento
administrativo inquisitorial, não se falando em contraditório, nem
ampla defesa.

Alternativa E – correta.
Realmente, o indiciamento é ato privativo do delegado de polícia, e
dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do
fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
características. Inclusive, foi promulgada lei, nesse sentido, qual
seja, a Lei n° 12.830/13.
Caveiras, se houver presentes os pressupostos da prisão
preventiva, sendo ela uma “ultima ratio”, deve o magistrado (sempre
quando provocado), decretá-la por motivos de garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de
perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado (art. 312,
CPP).

No entanto, em situações excepcionais, poderá o juiz substituir a


preventiva por prisão domiciliar.

Vejamos:

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar


quando o agente for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência;

IV - gestante;

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade


incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho
de até 12 (doze) anos de idade incompletos.

A alternativa D nos aponta uma opção em total desacordo com o


CPP, haja vista que a idade limite para esse caso específico
(pessoa que necessite de cuidados imprescindíveis) é de até 6 anos
de idade.

Alternativa A - Incorreta. É pelo lugar em que se consumar a


infração, via de regra:

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em


que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar
em que for praticado o último ato de execução.

Alternativa B - Incorreta. Como norma geral, a competência por


natureza da infração regula os crimes julgados pelo Tribunal do Júri
(art. 74 e parágrafos, do CPP), Caveiras.

No caso narrado na alternativa, será competente o primeiro juiz que


tomar conhecimento do fato:

Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência


regular-se-á pelo domicílio ou residência do réu.

§ 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-


se-á pela prevenção.

§ 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu


paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.

Alternativa C - Correta. Trata-se de literalidade do CPP:

Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá


preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando
conhecido o lugar da infração.

Alternativa D - Incorreta. É caso de continência e não de conexão:

Art. 77. A competência será determinada


pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts.


51, § 1o, 53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
Alternativa A - Correta. Trata-se de literalidade do entendimento
do Superior Tribunal de Justiça:

HC 44.154/SP, STJ: A instauração de IP em circunscrição diversa


daquela em que o crime foi cometido não acarreta sua anulação.

Alternativa B - Incorreta. Caveiras, o indiciamento, privativo do


delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria,
materialidade e suas circunstâncias (art. 2º, §6º, da Lei nº
12.830/13).

Além disso, tem-se o seguinte:

HC 115015/SP, STF: O indiciamento é ato privativo da autoridade


policial, segundo sua análise técnico-jurídica do fato. O juiz não
pode determinar que o Delegado de Polícia faça o indiciamento de
alguém.

Alternativa C - Incorreta. É plenamente possível, se houver


novas provas.

Súmula nº 524, STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho


do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação
penal ser iniciada, sem novas provas.

Alternativa D - Incorreta. Somente em relação aos elementos já


documentados, ok?

Súmula Vinculante nº 14, STF : É direito do defensor, no interesse


do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício
do direito de defesa.

Pelo exposto, o gabarito é a letra A.


“Art. 158-B (…) V – acondicionamento: procedimento por meio do
qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem
realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)”

O armazenamento é a guarda, em condições adequadas, do


material a ser processado, guardado para realização de
contraperícia, descartado ou transportado, com vinculação ao
número do laudo correspondente.

“Art. 304. (...)


§2° A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em
flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos
duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à
autoridade.”
“Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de
prova.”

Art. 5º (...)

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo


penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
dia, por determinação judicial.

Ou seja, trata-se de matéria protegida por reserva de jurisdição: isto


é, somente por meio de ordem judicial poderá haver a busca e a
apreensão em domicílio.

Dica: “prescindem” é sinônimo de “dispensam”.

Caveiras, em linhas gerais, o indiciamento pode ser conceituado


como “um ato formal, de atribuição exclusiva da autoridade de
Polícia Judiciária, que ao longo da investigação forma seu livre
convencimento no sentido de que há indícios suficientes de que um
suspeito tenha praticado determinado crime. A partir desse ato, o
indiciado passa a ser o foco principal das investigações”.

Além disso, por meio da Lei nº 12.830/13, que trata da investigação


criminal conduzida pelo Delegado de Polícia, temos o seguinte:

Art. 2º (...)
§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por
ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que
deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

Art. 243 do Código de Processo Penal: O mandado de busca


deverá:

I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será


realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou
morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá
de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem; (ALTERNATIVA A -
Certo)

II - mencionar o motivo e os fins da diligência; (ALTERNATIVA B –


Errada)

III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o


fizer expedir. (ALTERNATIVA C- Certo)

Art. 244 do Código de Processo Penal: A busca pessoal


independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver
fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida
ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando
a medida for determinada no curso de busca
domiciliar. (ALTERNATIVA D- Certo)

Portanto, a alternativa correta é a letra B.

A) Correta. Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada


como garantia da ordem pública, da ordem econômica,
por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado
de liberdade do imputado.

Caveira, de acordo com Norberto Avena, a prisão


preventiva possui natureza cautelar, já que tem objetivo a tutela
da sociedade, da investigação criminal/processo penal e
da aplicação da pena. Como qualquer medida cautelar, a
preventiva pressupõe a existência de periculum in mora (ou
periculum libertatis) e fumus boni iuris (ou fumus comissi
delicti), o primeiro significando o risco de que a liberdade do agente
venha causar prejuízo à segurança social, à eficácia das
investigações policiais/apuração criminal e à execução de eventual
sentença condenatória, e o segundo, consubstanciado na
possibilidade de que tenha ele praticado a infração penal, em face
dos indícios de autoria e da prova da existência do crime
verificados no caso concreto.

B) Errada. Caveira, de acordo com Norberto Avena, a prisão


preventiva decretada pelo Juiz em face de representação do
delegado de polícia é aquela que tem por fim tutelar as
investigações policiais. Ora, se não há investigação policial em
andamento, desaparece, também, o interesse do delegado de
polícia. Assim, o delegado de polícia apenas pode representar pela
decretação da prisão preventiva durante a fase de investigação.

C) Errada. Caveira, não confunda: o juiz pode revogar a prisão


preventiva de ofício, o que não é permitido é o juiz decretar a
prisão preventiva de ofício. Antes do Pacote Anticrime, o juiz só
podia decretar medida cautelar de ofício em fase de processo.
Agora, o juiz está proibido de decretar a prisão preventiva de ofício,
tanto na fase do inquérito, quanto na fase do processo. Faz-se
necessária a solicitação das partes para o juiz agir.

Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar


a prisão preventiva se, no correr da investigação ou do processo,
verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como
novamente decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

D) Errada. A assertiva inverteu os conceitos, caveira.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades


policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.

E) Errada. Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será
admitida a decretação da prisão preventiva:

I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de


liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença


transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal;
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência.
Art.158-A§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou
latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e


provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução,
concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

A) Errada. Caveira, no âmbito processual penal, a doutrina costuma


classificar a ação penal a partir da legitimação ativa. Tem-se, assim,
a ação penal pública e a ação penal de iniciativa privada. A
ação penal pública (incondicionada ou condicionada à
representação) tem como titular o Ministério Púbico, enquanto
a ação penal privada tem como titular a vítima ou o seu
representante legal.

B) Errada. Caveira, de acordo com o princípio


da indisponibilidade, uma vez ajuizada a ação penal pública, dela
não pode o Ministério Público desistir.

Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a


denúncia.

C) Errada. Negativo, caveira, de acordo com Norberto Avena, sendo


morta a vítima ou judicialmente declarada a sua ausência, o direito
de queixa poderá ser exercido pelo cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão da vítima.

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1º. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente


por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.
D) Correta. Justamente, caveira, na ação penal pública
incondicionada, o Ministério Público pode instaurar o processo
criminal independentemente da manifestação de vontade de
qualquer pessoa ou até mesmo contra a expressa ou tácita da
vítima. Na ação pública condicionada à representação, o titular da
ação também é o MP, mas o oferecimento dela vincula-se à
preexistência da manifestação de vontade (representação) da
vítima ou de quem tenha qualidade para representá-la, ou, se for o
caso, de representação do Ministro da Justiça. Observe, caveira:
Norberto Avena ensina que será condicionada ação penal somente
quando a lei penal expressamente assim dispor.

Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por
denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o
exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

E) Errada. De acordo com Norberto Avena, significa que, embora o


ofendido não esteja obrigado a intentar a ação penal, se o fizer,
deverá ajuizá-la contra todas as pessoas que concorreram para a
prática do crime imputado. Portanto, a renúncia expressa ou tácita,
em ajuizar o processo criminal contra qualquer dos envolvidos a
todos se estende.

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao


processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua
indivisibilidade.
Item I (Correto). Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à
repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar,
mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço
de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais,
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso.

Item II (Correto). Isso mesmo, caveira, a finalidade do inquérito é a


colheita de elementos de informação quanto à infração penal e sua
autoria, é forçoso concluir que, desde que o titular da ação penal
(Ministério Público ou ofendido) disponha desse substrato mínimo
necessário para o oferecimento da peça acusatória, o inquérito
policial será perfeitamente dispensável.
Item III (Errado). Negativo, caveira. O inquérito policial é
um procedimento administrativo, escrito, sigiloso, mas não é
de natureza acusatória. O IP possui natureza inquisitiva, ou seja,
as atividades persecutórias ficam concentradas nas mãos de uma
única autoridade e não há garantia do contraditório e da ampla
defesa.
A) Errada. Esse princípio, que norteia o direito processual penal,
informa que devem ser realizadas as diligências necessárias e
adotadas todas as providências cabíveis para tentar descobrir como
os fatos realmente se passaram, de forma que o jus puniendi seja
exercido com efetividade em relação àquele que praticou ou
concorreu para a infração penal. Conforme ensina Norberto Avena,
o juiz deve impulsionar o processo com o objetivo de aproximar-se
ao máximo da verdade plena, apurando os fatos até onde seja
possível elucidá-los.

B) Errada. Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser


desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas
as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.

§ 1º. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas,


salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e
outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte
independente das primeiras.

Caveira, muita atenção, de acordo com Rogério Sanches,


as provas ilegais atuam como gênero, das quais são espécies a
prova obtida de forma ilegítima (que atenta contra norma
processual) e a prova obtida por meio ilícito (violando norma penal
ou princípio constitucional).

Exemplo de Prova ilícita: confissão mediante tortura.

Exemplo de Prova ilegítima: busca e apreensão de documento


sem mandado.

Outro ponto: em regra, as provas ilícitas são inadmissíveis,


todavia, caso essa prova ilícita seja a única prova que o réu possui
para provar sua inocência, ela será aceita. Veja abaixo o que diz
Aury Lopes Jr: “Nesse caso, a prova ilícita poderia ser admitida e
valorada apenas quando se revelasse a favor do réu. Trata-se da
proporcionalidade pro reo, em que a ponderação entre o direito de
liberdade de um inocente prevalece sobre um eventual direito
sacrificado na obtenção da prova (dessa inocência). Situação típica
é aquela em que o réu, injustamente acusado de um delito que não
cometeu, viola o direito à intimidade, imagem, inviolabilidade do
domicílio, das comunicações etc. de alguém para obter uma prova
de sua inocência.”

C) Correta. Caveira, a bagatela própria e imprópria são princípios


que norteiam o Direito Penal.

A bagatela própria é o princípio da insignificância, ela exclui a


tipicidade material. O fato nasce insignificante para o direito penal,
isto é, sem que haja uma relevante lesão ao bem jurídico tutelado.
Ex.: furtar uma caneta bic de uma grande rede de supermercados.
Esse princípio necessita do preenchimento de alguns requisitos,
são elas: Mínima ofensividade da conduta do agente; Ausência de
periculosidade social da ação; Reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento; Inexpressividade da lesão jurídica causada.

OBS: Esses requisitos devem ser cumulativos.

Por outro lado, a bagatela impropria é o princípio da


desnecessidade da pena. A ação penal é penalmente relevante,
mas no caso concreto o juiz pode deixar de aplicar a pena, pois a
aplicação dela se tornou desnecessária.

Ex.: o pai, que ao sair com o seu carro da garagem de sua casa,
mata o próprio filho atropelado de forma culposa. Perdão judicial.
Art. 121, § 5º.

D) Errada. O princípio do juiz natural consagra o direito de ser


processado pelo juiz competente, e a vedação constitucional à
criação de juízos ou tribunais de exceção.

Art. 5º. XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção.

E) Errada. Trata-se de uma vedação à autoincriminação. De acordo


com Norberto Avena, o denominado nemo tenetur se
detegere (ninguém pode ser constrangido a prejudicar-se) conclui-
se como o “direito de não ser obrigado a se autoincriminar”,
implicando “a proibição de qualquer ato estatal que impeça,
condicione ou perturbe a vontade do indivíduo de não contribuir
para produzir provas contra si mesmo.
Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo
juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do território
nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.

Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,


pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do ministério
público, ou à autoridade policial.

§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o


juízo competente decretará a extinção de punibilidade.

Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:


I – De ofício;
II – Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério
Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade
para representá-lo.

§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado


e enviará autos ao juiz competente.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia


da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal,
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)

Ah, não confundam os requisitos para a decretação da preventiva


com as hipóteses de cabimento:

Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a
decretação da prisão preventiva:

I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade


máxima superior a 4 (quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença


transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do
art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal;

III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a


mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com
deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de
urgência;

§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver


dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso
ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação,
salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).

Como se nota, a ausência de residência fixa não é um dos


requisitos aptos a permitir a decretação da prisão preventiva, motivo
pelo qual é o nosso gabarito.

Alternativa A - Incorreta. O latrocínio é a morte ocorrida no


contexto do roubo e está previsto no art. 157, §3º, II, do CP.

Diante disso, notamos que se trata de um crime contra o


patrimônio, não sendo processado e julgado, portanto, pelo
Tribunal do Júri (competência perante os crimes contra a vida).

Além disso, o CPP nos diz que:

Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada


pelas leis de organização judiciária, salvo a competência privativa
do Tribunal do Júri.

§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos


nos arts. 121, §§ 1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e
127 do Código Penal, consumados ou tentados.

> art. 121 - Homicídio;

> art. 122 - Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a


automutilação;

> art. 123 - Infanticídio;


> art. 124 - Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento;

> art. 125 - Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da


gestante;

> art. 126 - Aborto provocado por terceiro com o consentimento da


gestante;

> art. 127 - Aborto qualificado.

Alternativa B - Correta. Essa é a exata descrição desse instituto.

Vejamos:

1. Continência por cumulação subjetiva (art. 77, I, CPP):

Ocorre quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma


infração (concurso de pessoas).

2. Continência por cumulação objetiva (art. 77, II):

Ocorre na hipótese de concurso formal, inclusive da aberratio ictus


e aberratio criminis. Uma única conduta com dois ou mais
resultados.

Alternativa C - Incorreta. É justamente o oposto e isso é até


lógico, não é, Caveiras?

Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou


continência, serão observadas as seguintes regras:

I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da


jurisdição comum, prevalecerá a competência do júri;

Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria

a) preponderará a do lugar da infração à qual for cominada a pena


mais grave;

b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número


de infrações, se as respectivas penas forem de igual
gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros
casos;

III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará


a de maior graduação;

IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial,


prevalecerá esta.

Alternativa D - Incorreta. Trata-se de hipótese de separação


facultativa de processos:

Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as


infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de
lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e
para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo
relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

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