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DIREITO PENAL

PROF. GIOVANNY DIAS


DIREITO PENAL
01. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
No que se refere aos crimes contra a paz pública, caracteriza o crime de constituição de milícia
privada a conduta de
A) associarem-se quatro pessoas para o fim específico de cometer crimes.
B) associarem-se três pessoas para o fim específico de cometer crimes com a participação de
criança ou adolescente.
C) policial integrar grupo criminoso juntamente com mais três pessoas visando à prática de crimes.
D) integrar organização paramilitar com a finalidade de praticar crimes exclusivamente previstos no
Código Penal.
E) custear organização paramilitar com a finalidade de praticar crimes de qualquer espécie, inclusive
aqueles previstos em legislação penal especial.
DIREITO PENAL
Constituição de milícia privada

Art. 288-A, CP - Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste
Código:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.


DIREITO PENAL
Diferenças:

a) Associação Criminosa – Art. 288 do CP:

a. Associarem-se três ou mais pessoas;

b. Dispensa estrutura ordenada e divisão de tarefas;

c. A busca da vantagem para o grupo e o mais comum, porém é dispensável;

d. Para o fim específico de cometer crimes (dolosos, não importando o tipo ou sua pena. Contravenção
Penal não).
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b) Organização Criminosa – Art. 2° da Lei 12.850/2013:

a. Associação de quatro ou mais pessoas;

b. Pressupões estrutura ordenada e divisão de tarefas, ainda que informalmente;

c. Com o objetivo de obter vantagem de qualquer natureza (financeira; sexual...)

d. Mediante a prática de infrações penais (crime + contravenção) cujas penas máximas


sejam superiores a quatro anos ou sejam de caráter transnacional.
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c) Constituição de Milícia – Art. 288-A:

a. Constituir organização paramilitar, milícia particular ou grupo de extermínio;

b. Apesar de dispensar, em regra, apresenta divisão de tarefas;

c. Busca de vantagem é dispensável;

d. Com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CÓDIGO PENAL.


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02. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
Carlos, policial militar, em policiamento ostensivo, deu ordem legal de parada ao veículo dirigido por
Marcos, que tinha acabado de praticar um roubo. Mesmo recebendo a ordem de parada do policial,
Marcos saiu em fuga, tendo sido capturado posteriormente.
Na situação hipotética apresentada, conforme o entendimento do STJ, Marcos praticou
A) roubo, apenas.
B) roubo em concurso com o crime de desacato.
C) roubo em concurso com o crime de resistência.
D) roubo em concurso com o crime de desobediência.
E) roubo em concurso com o crime de evasão mediante violência contra a pessoa.
DIREITO PENAL
STJ: A desobediência à ordem legal de parada, por agentes públicos em contexto de policiamento
ostensivo, para a prevenção e repressão de crimes, constitui conduta penalmente típica, prevista no
art. 330 do CP.

STJ, 3 seção, info 732

STJ: A desobediência a ordem de parada dada pela autoridade de trânsito ou por seus agentes
públicos no exercício de atividades relacionadas ao trânsito, NÃO constitui crime de desobediência,
pois há previsão de sanção administrativa específica no art. 195 do CTB, o qual não estabelece a
possibilidade de cumulação de punição penal.

STJ, juris em teses, ed. 114, Tese n. 2


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03. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, o agente que, mediante violência ou grave
ameaça pelo uso de arma fogo, subtrai coisa alheia móvel para usá-la, sem intenção de tê-la como
própria, ou seja, sem o ânimo de apossamento definitivo, configura
A) conduta atípica.
B) tentativa de roubo.
C) constrangimento ilegal.
D) furto consumado.
E) roubo consumado.
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Info 539, STJ - DIREITO PENAL. TIPICIDADE DA CONDUTA DESIGNADA COMO "ROUBO DE
USO".
É típica a conduta denominada "roubo de uso". De início, cabe esclarecer que o crime de roubo (art.
157 do CP) é um delito complexo que possui como objeto jurídico tanto o patrimônio como a
integridade física e a liberdade do indivíduo. Importa assinalar, também, que o ânimo de
apossamento - elementar do crime de roubo - não implica, tão somente, o aspecto de definitividade,
pois se apossar de algo é ato de tomar posse, de dominar ou de assenhorar-se do bem subtraído,
que pode trazer o intento de ter o bem para si, de entregar para outrem ou apenas de utilizá-lo por
determinado período. Se assim não fosse, todos os acusados de delito de roubo, após a prisão,
poderiam afirmar que não pretendiam ter a posse definitiva dos bens subtraídos para tornar a
conduta atípica. Ressalte-se, ainda, que o STF e o STJ, no que se refere à consumação do crime de
roubo, adotam a teoria da apprehensio, também denominada de amotio, segundo a qual se considera
consumado o delito no momento em que o agente obtém a posse da res furtiva, ainda que não seja
mansa e pacífica ou haja perseguição policial, sendo prescindível que o objeto do crime saia da
esfera de vigilância da vítima. Ademais, a grave ameaça ou a violência empregada para a realização
do ato criminoso não se compatibilizam com a intenção de restituição, razão pela qual não é possível
reconhecer a atipicidade do delito "roubo de uso". , Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/4/2014.
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04. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
Durante o carnaval, Alberto supôs que Bruno estaria olhando para sua namorada. Estando sob efeito
de álcool, Alberto agrediu Bruno com chutes e joelhadas na região do abdômen, o que ocasionou a
queda de Bruno, fazendo-o chocar-se contra o meio-fio da calçada, onde bateu a cabeça, vindo a
óbito. No exame pericial, constatou-se que a causa da morte foi hemorragia encefálica em razão da
ruptura de um aneurisma cerebral congênito, situação desconhecida tanto pelo autor, como pela
vítima e por seus familiares.
Nessa situação hipotética, de acordo com o entendimento do STJ, a conduta de Alberto configura
A) fato atípico.
B) lesão corporal de natureza grave.
C) lesão corporal seguida de morte.
D) homicídio qualificado pela torpeza.
E) lesão corporal simples.
DIREITO PENAL
Trata-se de caso exposto no julgamento do AgRg no REsp 1.094.758/RS: “Segundo consta dos autos, o
recorrente foi denunciado pela prática do crime de lesão corporal qualificada pelo resultado morte (art. 129,
§ 3º, do CP), porque, durante um baile de carnaval, sob efeito de álcool e por motivo de ciúmes de sua
namorada, agrediu a vítima com chutes e joelhadas na região abdominal, ocasionando sua queda contra o
meio-fio da calçada, onde bateu a cabeça, vindo à óbito. Ocorre que, segundo o laudo pericial, a causa da
morte foi hemorragia encefálica decorrente da ruptura de um aneurisma cerebral congênito, situação
clínica desconhecida pela vítima e seus familiares. A questão diz respeito a aferir a existência de nexo de
causalidade entre a conduta do recorrente e o resultado morte (art. 13 do CP). Nesse contexto, a Turma
entendeu que, nesse tipo penal, a conduta precedente que constitui o delito-base e o resultado mais grave
devem estar em uma relação de causalidade, de modo que o resultado mais grave decorra sempre da
ação precedente, e não de outras circunstâncias. Entretanto, asseverou que o tratamento da causalidade,
estabelecido no art. 13 do CP, deve ser emoldurado pelas disposições do art. 18 do mesmo codex, a
determinar que a responsabilidade somente se cristalize quando o resultado puder ser atribuível ao menos
culposamente. Ressaltou que, embora alguém que desfira golpes contra uma vítima bêbada que venha a
cair e bater a cabeça no meio-fio pudesse ter a previsibilidade objetiva do advento da morte, na hipótese, o
próprio laudo afasta a vinculação da causa mortis do choque craniano, porquanto não aponta haver liame
entre o choque da cabeça contra o meio-fio e o evento letal. In casu, a causa da morte foi hemorragia
encefálica decorrente da ruptura de um aneurisma cerebral congênito, situação clínica de que sequer a
vítima tinha conhecimento. Ademais, não houve golpes perpetrados pelo recorrente na região do crânio da
vítima. Portanto, não se mostra razoável reconhecer como típico o resultado morte, imantando-o de caráter
culposo. Dessa forma, restabeleceu-se a sentença de primeiro grau que desvinculou o resultado do
comportamento do agente, que não tinha ciência da particular, e determinante, condição fisiológica da
vítima.”
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05. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
No que se refere aos crimes contra o patrimônio previstos no CP, de acordo com a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), a restituição imediata, voluntária e integral do bem furtado
constitui, por si só, motivo suficiente para
A) conversão do fato em irrelevante penal.
B) incidência do princípio da insignificância.
C) aplicação do instituto do arrependimento eficaz.
D) aplicação do instituto do arrependimento posterior.
E) desclassificação do crime para mera contravenção penal.
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COMENTÁRIOS
A) está incorreta, vide comentário da letra D.

B) O STJ fixou a seguinte tese no REsp n. 2.062.095/AL: “Recurso especial desprovido, com a
fixação da seguinte tese: a restituição imediata e integral do bem furtado não constitui, por si só,
motivo suficiente para a incidência do princípio da insignificância.”

C) Não resta configurado o arrependimento eficaz, pois o furto já estava consumado no momento da
reparação, sendo assim, conforme previsto no artigo 15 do CP, o arrependimento eficaz pressupõe a
conclusão da fase executória, atuando o agente para impedir o resultado.

D) O art. 16 do CP dispõe que se o crime for cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa,
reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário
do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

E) está incorreta, vide comentário da letra D.


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06. Ano: 2024 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2024 -
PC-PE - Delegado de Polícia
De acordo com o que prevê o Código Penal (CP) acerca dos crimes contra a pessoa, caracteriza,
obrigatoriamente, uma qualificadora do crime de homicídio o seu cometimento
A) contra vítima menor de 14 anos, apenas quando praticado na modalidade culposa.
B) por motivo de vingança.
C) contra a mulher, apenas no caso de menosprezo ou discriminação em razão do seu gênero.
D) com emprego de arma de fogo de uso restrito.
E) contra primo de policial civil, em razão da função exercida.
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HOMICÍDIO QUALIFICADO:

Paga ou Promessa de recompensa

Motivo fútil , Motivo torpe

Emprego de→ fogo, tortura , asfixia , veneno e explosivos. MEIO

Traição e Emboscada. MODO

Contra as autoridades do art 144/CF e 142. seu cônjuge ou parente CONSANGUÍNEO até 3º grau.

Arma de fogo → restrito ou proibido

Contra menor → de 14 anos

Contra Mulher

Assegurar → execução , ocultação , impunidade ou vantagem de outro crime. CRIME


SEQUENCIAL OU CRONOLÓGICO
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07. Ano: 2024 Banca: FGV Órgão: PC-SC Prova: FGV - 2024 - PC-SC - Psicólogo Policial Civil
Durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, o nadador estadunidense Ryan Lochte comunicou
à polícia civil ter sofrido um assalto após uma festa. O roubo efetivamente não aconteceu e,
posteriormente, foi verificado que o atleta realizou a comunicação a Delegacia de Atendimento ao
Turista para justificar estar chegando tarde à Vila Olímpica.
A hipótese em que alguém comunica à polícia um crime que sabe não ter acontecido é tipificado pela
lei penal brasileira como
A) comunicação falsa de crime, Art. 340 do Código Penal.
B) denunciação caluniosa, Art. 339 do Código Penal.
C) calúnia, Art. 138 do Código Penal.
D) autoacusação falsa, Art. 341 do Código Penal.
E) falso testemunho, Art. 342 do Código Penal.
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CAPÍTULO III - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Denunciação caluniosa - Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento
investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil
ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-
disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.

§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

Comunicação falsa de crime ou de contravenção - Art. 340 - Provocar a ação de autoridade,


comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.


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08. Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2023 - PC-SP - Escrivão
Dentro da temática relacionada à Criminologia “Queer”, é correto afirmar que, em 21 de agosto de
2023, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que atos ofensivos praticados
contra pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ podem ser enquadrados como
A) crime de calúnia.
B) ilícito administrativo previsto no Estatuto da Igualdade LGBTQIAPN+.
C) contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor.
D) fato atípico.
E) crime de injúria racial.
DIREITO PENAL
Conforme entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, é possível tipificar na Lei nº 7.716
os atos de Homotransfobia, isto é, condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que
envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém (grupo vulnerável
- LGBTI+), (ADO nº 26 e Mandado de Injunção nº 4733).
DIREITO PENAL
“Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas
homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à
identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua
dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários
de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08/01/1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio
doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”). A
repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade
religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes,
pastores, rabinos, mulás ou clérigos muçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras,
entre outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por
qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver
em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou
teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e respectiva liturgia,
independentemente do espaço, público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais
manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a
discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua
identidade de gênero. O discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações e manifestações que
incitem a discriminação, que estimulem a hostilidade ou que provoquem a violência (física ou moral) contra
pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero, não encontra amparo na
liberdade constitucional de expressão nem na Convenção Americana de Direitos Humanos (Artigo 13, §
5º), que expressamente o repele. (ADO 26, julgado em 13/06/2019).
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09. Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2023 - PC-SP - Delegado de
Polícia
O condenado à pena privativa de liberdade igual ou inferior a quatro anos, por disposição expressa
do CP
A) deverá se submeter a exame criminológico quando iniciar o cumprimento de pena em regime
aberto.
B) poderá iniciar o cumprimento de pena, apenas, em regime semiaberto ou aberto.
C) poderá iniciar o cumprimento de pena em regime fechado, semiaberto ou aberto.
D) deverá iniciar o cumprimento de pena em regime aberto.
E) deverá ter sua pena privativa de liberdade substituída por pena restritiva de direito,
independentemente da natureza do delito.
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Reclusão e detenção

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em
regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.

§ 1º - Considera-se:

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;

b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;

c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.


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§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o
mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência
a regime mais rigoroso:

a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;

b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8
(oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto;

c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde
o início, cumpri-la em regime aberto.

§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos


critérios previstos no art. 59 deste Código.

§ 4 O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do


cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do
ilícito praticado, com os acréscimos legais.
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10. Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2023 - PC-SP - Delegado de Polícia
No que concerne ao crime impossível, nossos tribunais, em matéria sumulada, interpretam que
A) o fato de a polícia preparar situação de flagrante, mesmo em hipótese que impeça sua consumação, não
caracteriza, obrigatoriamente, crime impossível.
B) sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou existência de segurança no interior de
estabelecimento comercial, por si só, não tornam impossível a configuração do crime de furto.
C) mesmo a falsificação grosseira, constatável a olho nu, pode configurar os crimes de moeda falsa e estelionato.
D) a maioridade da vítima no crime de estupro impede a possibilidade de reconhecimento do estupro de
vulnerável.
E) o pagamento de cheque inicialmente emitido sem provisão de fundos, até a prolação da sentença, obsta o
reconhecimento de crime patrimonial.
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Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança
no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do
crime de furto.

(Súmula n. 567, Terceira Seção, julgado em 24/2/2016, DJe de 29/2/2016.)


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