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Dir.

PENAL
Os delitos de Roubo e Extorsão. Vejamos os artigos 157, “caput”, e 158, “caput”, ambos do
Código Penal:
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
Observe que no delito de extorsão a colaboração da vítima é imprescindível, o que é o caso
em concreto apresentado.
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:

“Falsa identidade. Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade


para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a
outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não
constitui elemento de crime mais grave.” A doutrina traz a seguinte lição: “A falsa
atribuição pode ser tanto verbal quanto por escrito, devendo, entretanto, ter a
idoneidade para ludibriar . [...]” 

STJ: “IX – A jurisprudência desta Corte é assente no sentido de que a utilização de arma
desmuniciada, como forma de intimidar a vítima do delito de roubo, caracteriza o emprego
de violência, porém não permite o reconhecimento da majorante de pena, uma vez que
está vinculada ao potencial lesivo do instrumento, dada a sua ineficácia para a realização de
disparos. Todavia, "se o acusado sustentar a ausência de potencial lesivo da arma
empregada para intimidar a vítima, será dele o ônus de produzir tal prova, nos termos do
art. 156 do Código de Processo Penal." HC 467877/SP, julgado em 21/06/2018. 

Quando essas questões tiverem sido decididas no juízo criminal, não será possível o
questionamento sobre a existência ou a autoria do fato nas esferas cível e administrativa,
nos termos do art. 7º da nova lei de abuso.

Apesar de o autor conhecer a condição de Policial Civil da vítima, o homicídio não se deu
no exercício da função ou em decorrência dela, o que exclui tal qualificadora. Vide artigo
121, § 2º, inciso VII.

De acordo com a doutrina, a conduta do funcionário público que, embora não tendo a
posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em
proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário, configura o delito de peculato impróprio. De fato, a conduta prevista no artigo
312, § 1º, do CP, foi denominada pela doutrina como peculato impróprio ou peculato furto.
O STF reconheceu o princípio da insignificância ao crime de porte de uma munição como
pingente.

Para que se configure o esbulho possessório, não basta invadir terreno alheio, deve o
agente atuar com violência ou grave ameaça, ou mediante concurso de pelo menos 3
pessoas. Vide art. 161, inciso II, do CP. 

Conforme artigo 7º, II, “b”, do Código Penal, aplica-se a lei penal brasileira ao crime
cometido no estrangeiro quando praticado por brasileiro. Trata-se de aplicação do
princípio da nacionalidade ativa ou personalidade ativa.

Raquel deverá ser responsabilizada pelo furto qualificado em razão do concurso de


pessoas, e a ela não se aplica a imunidade relativa prevista no art. 182, III, do CP, em razão
do disposto no art. 183, II, do CP.

 Lei 13.869/19. Vejamos:


Art. 4º  São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1
(um) a 5 (cinco) anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

Como não houve dolo (prejudicar alguém, beneficiar a si mesmo ou a terceiro ou por mero
capricho ou satisfação pessoal), não há que se falar em crime de abuso de autoridade.

A teoria pluralista ou também chamada teoria da cumplicidade-delito distinto não foi


adotada, em regra, pelo Código Penal, mas, excepcionalmente, em alguns delitos. A teoria
monista é que foi adotada, em regra, de forma mitigada.

É inaplicável o princípio da insignificância em relação aos crimes contra a administração


pública. É o teor da Súmula 599 do STJ.

STF, o Prefeito que sancionar projeto de lei diferente do texto aprovado pela Câmara
Municipal, fazendo inserir novas informações, praticará o crime de falsificação de
documento público.

STJ, “a prostituta maior de idade e não vulnerável que, considerando estar exercendo
pretensão legítima, arranca cordão do pescoço de seu cliente pelo fato de ele não ter pago
pelo serviço sexual combinado e praticado consensualmente, pratica o crime de exercício
arbitrário das próprias razões (art. 345 do CP) e não roubo (art. 157 do CP). STJ. 6ª Turma.
HC 211888-TO, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 17/5/2016 (Info 584)”.
Art. 37 da Lei n.11.343/2006, consubstanciada no ato de colaborar, como informante, com
grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos
nos arts. 33, caput  e § 1º, e 34 da Lei de Drogas.
Nesse sentido, o entendimento que prevalece é que a referida conduta não constitui crime
hediondo, diferentemente do que ocorre com o art. 33, caput, do mesmo diploma legal.

Utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento


configura o delito do art. 176 do CP – outras fraudes.

No tocante ao TEMPO do crime, o Brasil adotou a teoria da ATIVIDADE.  Vejamos o art. 4º


do Código Penal:
Tempo do crime
        Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.
A teoria da UBIQUIDADE, HÍBRIDA ou MISTA é adotada no Brasil em relação
ao LUGAR do crime. Vejamos o art. 6º do Código Penal:
Lugar do crime
        Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
DICA: "LUTA" (Lugar - Ubiquidade / Tempo - Atividade)

Antônio Macedo, servidor público, valendo-se de seu cargo, patrocinou interesse privado
legítimo junto à Administração Pública. Rebeka Solimões, servidora pública, deixou de
praticar ato de ofício, cedendo a pedido de seu amigo. Antônio Macedo praticou o crime
de advocacia administrativa, previsto no art. 321 do CP. Esta conduta será crime, ainda que
o interesse privado patrocinado seja legítimo. Mas, atenção: se o interesse for ilegítimo,
configura a advocacia administrativa qualificada prevista no art. 321, parágrafo único, CP.

O delito de lavagem de dinheiro depende da prática de uma infração penal antecedente,


podendo tal infração penal consistir em crime ou em contravenção penal. Exatamente! O
art. 1º da Lei n. 9.613/1998 se refere à infração penal (gênero), o que pode envolver crime
ou contravenção penal (espécies).

situação de constrangimento caracterizando o abuso de autoridade . Vejamos o que


dispõe a Lei 4.898/65:
"Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:(...)
b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não
autorizado em lei;"

Conforme art. 6º do Código Penal, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou a omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.

Comete abuso de autoridade o Magistrado que, por mero capricho, decreta a condução
coercitiva de testemunha ou investigado sem realizar prévia intimação de comparecimento
ao juízo. É necessária a prévia intimação que oportunize o comparecimento voluntário.

Súmula 611 do Supremo Tribunal Federal:


“Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao JUÍZO DAS
EXECUÇÕES (e não ao juízo sentenciante) a aplicação de lei mais benigna”.
O princípio da individualização da pena é exercido pelo Poder Legislativo.
Quando o legislador atribui a pena abstrata de cada delito ele já está individualizando a
pena para a conduta, de acordo com a gravidade desta para a sociedade.

Súmula 711 do STF, a lei penal mais grave será aplicada ao crime continuado ou
permanente se sua vigência for anterior à cessação da continuidade ou permanência. Caso
a lei vigente no momento da cessação da continuidade ou permanência seja mais branda,
ela será aplicada. Com isso, a lei aplicada será a vigente no momento da cessação da
continuidade ou permanência.

Incumbe ao Conselho Penitenciário emitir parecer sobre indulto e comutação de


pena, excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no estado de saúde do
preso.

Carla incorre no crime de concussão: Exigir, para si ou para outrem, direta ou


indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida. O crime de consuma no momento da exigência, independente da
obtenção da vantagem. 

Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e efetuar espontaneamente
o pagamento integral dos valores devidos, prestando as devidas informações ao órgão da
previdência social, a punibilidade de sua conduta poderá ser extinta. Segundo o CP:
Art. 168-A, §2º, CP: "É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente,
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou
valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma devida em
lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal".
 Ensina Hugo Goes (Manual de Direito Previdenciário):
O § 2º do art. 168-A do CP, com o objetivo de estimular o pagamento da
contribuição, traz caso de extinção da punibilidade. Assim, para ocorrer a
extinção da punibilidade  é necessário que o agente, espontaneamente, declare,
confesse e efetue o pagamento das contribuições, e preste as informações devidas
à Previdência Social, na forma definida em lei ou regulamento,  antes do
início  da ação fiscal.

  “O princípio da intervenção mínima do Estado, evitando-se o exagero da utilização


desmedida do Direito Penal como agente solucionador de conflitos e panaceia de todos os
males. Busca restringir o âmbito de atuação do Direito Penal às situações realmente
relevantes, em que a ação do Estado seja necessária e outros ramos do Direito não sejam
capazes de dar solução adequada ao conflito”. Tal assertiva relaciona-se com o Princípio
da Culpabilidade.

Dentre as hipóteses de extraterritorialidade incondicionada, tem-se o crime praticado


contra a Administração Pública por quem está a seu serviço, e não o crime praticado contra
quem está a serviço da Administração Pública.

O conceito de lei TEMPÓRARIA é aquela que tem termo certo, ou seja, período de duração
pré-determinado.
O princípio da legalidade NÃO veda a criação de crimes sem seu sentido completo na
norma penal, mesmo que o sentido e o alcance possam ser alcançados através de
complementação normativa. O princípio da legalidade não veda a criação de normas penais
em branco

Admitir o princípio da insignificância aos crimes contra a Administração Pública, não se


aplica o princípio da insignificância ao crime de descaminho. Tanto o STF quanto o STJ
admitem o princípio da insignificância no crime de descaminho, desde que o valor do
tributo não ultrapasse 20 mil reais.

O prazo penal em meses é contado da seguinte forma: reflete- -se a data do prazo aos
meses subsequentes, de acordo com a quantidade de meses e, ao final, subtrai-se um dia.
Dessa forma, o prazo de 06 meses contados a partir do dia 05 de janeiro é calculado da
seguinte forma: reflete-se os 06 meses depois (05 de julho) e subtrai-se um dia (04 de
julho).

Leis temporárias e excepcionais, mesmo mais benéficas ao acusado, não podem ser
aplicadas de forma retroativa. A regra é a lei penal retroagir quando for mais benéfica ao
acusado. No entanto, essa previsão não alcança as leis temporárias e excepcionais.
Exemplificando, a Lei n. 11.922/2009, ao trazer hipótese de abolitio criminis temporária para
a posse ilegal de arma de fogo, não poderia ser aplicada a uma situação ocorrida no ano de
2007, por ser temporária.

Denomina-se norma penal em branco ao revés aquela em que a complementação


normativa se dá em relação ao preceito secundário. Norma penal em branco ao revés se
dá quando o complemento é necessário em relação à sanção penal (preceito secundário) e
não em relação ao tipo penal (preceito primário). 

Para a teoria limitada da culpabilidade, as descriminantes putativas ora são erro de tipo
permissivo (quando o erro recair sobre pressupostos fáticos), ora são erro de proibição
indireto (quando o erro recair sobre limite ou existência de discriminante). Na teoria
extremada da culpabilidade, as descriminantes putativas são sempre tratadas como erro de
proibição indireto. Para a teoria limitada da culpabilidade, as descriminantes putativas ora
são erro de tipo permissivo (quando o erro recair sobre pressupostos fáticos), ora são erro
de proibição indireto (quando o erro recair sobre limite ou existência de discriminante). Na
teoria extremada da culpabilidade, as descriminantes putativas são sempre tratadas como
erro de proibição indireto.

As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição


deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança
máxima. § 8º As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à
disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
segurança máxima. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019).

O perdão do ofendido poderá ser aceito por procurador com poderes especiais. Código de
Processo Penal. Vejamos: Art. 55.  O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes
especiais.
O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos arts. 12, 14
e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo abstrato e de mera conduta,
sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico
tutelado, que é a incolumidade pública. STJ, Jurisprudência em Tese, Edição n. 108,Tese n.1)

No peculato culposo, se o agente repara o dano até a sentença irrecorrível, terá extinta
sua punibilidade. Entretanto, se a reparação é posterior ao trânsito em julgado da sentença
condenatória, a pena será reduzida pela metade. Teor do artigo 312, § 3º, do CP.

Recentemente, o STJ vem entendendo que os tipos penais dos arts. 12 e 16 do Estatuto
do Desarmamento, referentes às condutas de possuir arma de fogo e munições de uso
permitido e de uso restrito, tutelam bens jurídicos diversos. Por essa razão, segundo esse
recente entendimento, deve ser aplicado o concurso formal de crimes quando apreendidas
armas ou munições de uso permitido e de uso restrito no mesmo contexto fático.

A qualificadora do latrocínio, prevista no art. 157, § 3º, CP, não sofre a incidência das
majorantes do roubo, previstas nos §§ 2º, 2º-A e 2º-B.

De acordo com a Lei n. 12.850/2013, a pena do crime de “promover, constituir, financiar ou


integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa”, é aumentada de
1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços) se há concurso de funcionário público, mesmo que a
organização criminosa Se valer dessa condição para a prática de infração penal.

Se um agente de polícia participar de investigações e operações policiais, sem autorização,


ciente de que, em virtude de procedimento administrativo disciplinar, está cumprindo,
naquele período, pena de suspensão, essa conduta poderá configurar infração
administrativa, bem como o crime do art. 324, CP.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado
Art. 324, CP - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais,
ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que
foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

O delito de condescendência criminosa nada tem a ver com o fato (art. 320, CPB).
"Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato
ao conhecimento da autoridade competente:"
Oscar, na verdade, praticou falsa perícia, eis que realizou afirmação falsa em seu laudo (art.
342, CPB).
"Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial,
ou em juízo arbitral:"

Temos aqui dois crimes diferentes que se submetem a sanções penais diferentes. Vejamos
as penas daqueles que adquirem, transportam e guardam cocaína para consumo próprio e
dos que forneçam para parentes e amigos ainda que gratuitamente:
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo,para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I – advertência sobre os efeitos das drogas;
II – prestação de serviços à comunidade;
III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Art. 33, § 3º - Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de
seu relacionamento, para juntos a consumirem: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um)
ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo
das penas previstas no art. 28. 

Samuel disparou, sem querer, sua arma de fogo em via pública. Nessa situação, ainda que
o disparo tenha sido de forma acidental, culposamente, Samuel não responderá pelo crime
de disparo de arma de fogo, previsto no Estatuto do Desarmamento. Dessa forma, se o
disparo foi acidental, não podemos falar em responsabilizar o agente criminalmente, ou
seja, o fato é atípico.

A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são institutos que impedem a


responsabilização pela tentativa.

Suponha que Junior Pereira também tivesse subtraído o veículo automotor da vítima e o
tivesse vendido a Lucas Silva, dono de uma mecânica, que sabe se tratar de produto de
crime. Em relação a Junior, essa situação caracteriza mero exaurimento do crime
anteriormente praticado. Por outro lado, Lucas Silva praticou o delito de receptação
qualificada. Art. 180, § 1º, CP

Corrupção passiva
        Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.        
        § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o
pratica infringindo dever funcional.
        § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração
de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
        Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Corrupção ativa
        Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
        Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.

Funcionário público que solicita vantagem indevida com a finalidade de praticar ato de
ofício com infração de dever funcional pratica de crime de Corrupção passiva. 

Súmula 511 do STJ: é possível furto privilegiado qualificado, desde que as qualificadores
sejam objetivas e não subjetivas. Súmula 567/STJ: a simples existência de sistema de
vigilância eletrônica, por aí só, não torna o crime impossível. Na segunda parte da questão,
o que se posta é correto, conforme a Súmula 567.

Em relação ao lugar do crime, o Código Penal adota a Teoria Mista tanto para os crimes
consumados quanto para os crimes tentados.
O crime do art. 351 tem como sujeito ativo não o interno que foge, mas, sim, o terceiro que
promove a fuga de uma pessoa legalmente presa. Cuidado, pois a denominação utilizada
pelo Código Penal.
Ana Cláudia responderá pelo crime de lavagem de dinheiro, em razão de participar de
escritório de que tem como sua atividade secundária a prática de crimes de “lavagem” ou
ocultação de bens direitos e valores, mais tem conhecimento desta atividade por parte do
escritório. Lei n. 9.613/1998, art. 1º, § 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:
II – participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

Quanto ao policial penal que empregou as algemas de forma indevida, a ser comprovada
sua má conduta, deverá ser responsabilizado por uma das modalidades do crime de fuga
de pessoa presa ou submetida a medida de segurança. Vide artigo 351, § 4º, do CP.

Lei nº 13.869 de 05 de Setembro de 2019 Art. 38. Antecipar o responsável pelas


investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de
concluídas as apurações e formalizada a acusação: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa.

Com as modificações realizadas pelo pacote anticrime, NÃO serão decretadas ou proferidas
com fundamento apenas nas declarações do colaborador: medidas cautelares reais ou
pessoais, recebimento de denúncia ou queixa-crime e sentença condenatória (§ 16 do art.
4º da Lei).

Em relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou a teoria da atividade ou ação. Em


relação ao local do crime, o Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, mista ou unitária.

Segundo a Lei n. 13.869/2019, será admitida ação privada subsidiária da pública se a ação
penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. É o § 2º do art. 3º da nova
Lei de Abuso de Autoridade.

De acordo com a Lei n. 10.826 de 2003, a autorização para o porte de arma de fogo de
uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente
será concedida após autorização do Sinarm.

A violação do sigilo funcional na apuração do crime de trafico de drogas tipificava o delito


do art. 17 da lei 6.368/76, punida menos severamente (detenção de 2 a 6 meses). No
entanto, a lei 11.33/06, revogou expressamente o referido dispositivo incriminador. Assim
sendo, a violação dessa especie de segredo passará a configurar o crime do art. 325 do CP.
Alertamos, contudo, que a mudança legislativa não gerará, quanto aos fatos pretéritos,
cometidos sob a vigência da lei 6.368/76, a abolitio criminis  (art. 107, III, do CP).
Continuarão típicos, porem subsumidos ao disposto no art. 325 do CP (norma geral),
respeitando-se obviamente, a pena do art. 17 da lei 6.368/76 (mesmo que revogado), pois
mais favorável (ultra-atividade do preceito mais benéfico). Rogério Sanches, Manual de
Direito penal Volume Único. 
 Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em
segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
        Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime
mais grave.
        § 1  Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº
o

9.983, de 2000)
        I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de
senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a
sistemas de informações ou banco de dados da Administração
Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
        II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
        § 2  Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a
o

outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)


        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)

O fato de determinada conduta ser considerada crime somente se estiver como


tal expressamente prevista em lei (princípio da reserva legal), igualmente
impede, em decorrência do princípio da anterioridade, que sejam sancionadas
condutas praticadas antes da vigência de norma excepcional ou temporária que
as caracterize como crime. Os fatos praticados durante vigência das normas
excepcional ou temporária (ou seja, após a sua entrada em vigor), são por elas
regulados, ainda que sejam posteriormente revogadas, pois dotadas de
ultratividade. Todavia, fatos praticados antes da entrada em vigor de tais normais, por
força do princípio da anterioridade – que a elas também se aplica -, não são por elas
regulados.

O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem


antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade. Ainda que o fato seja
típico, se a conduta for praticada em legítima defesa, estado de necessidade, estrito
cumprimento de dever legal ou exercício regular do direito, ela passa a ser justificada e
deixa de considerada antijurídica. Não se pode admitir a punição de uma conduta que seja
justa, ainda que se enquadre literalmente no texto do tipo penal. Por outro lado, há outras
condutas que, embora típicas e antijurídicas, não são culpáveis, uma vez que seus agentes
não são reprovados num juízo de reprovabilidade, porquanto são inimputáveis (quando
inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo
com esse entendimento) ou, ainda, não se pode exigir deles, no caso concreto, uma
conduta diversa da praticada e, por fim, não ser verificada a consciência da ilicitude do ato,
ainda que potencialmente.

Sabendo que a lei 12.015/09 unificou os  delitos de estupro e atentado violento ao pudor
no mesmo dispositivo. Vejamos:
Art. 213.  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal
ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:          
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.        
§ 1o  Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18
(dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos
§ 2o  Se da conduta resulta morte:          
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos     

Pois ainda que a prisão tenha sido ilegal, o agente penitenciário federal não tem
competência para relaxar a prisão. Só quem pode fazê-lo é o juiz, e portanto, só ele pode
cometer abuso de autoridade nessa situação. De acordo com a Lei 4.898/65:
"Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:(...)
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada;"

A morte do agente extinguindo a punibilidade também terá o condão de impedir que a pena
de multa aplicada ao condenado seja executada em face dos seus herdeiros, visto que o art.
51 do CP, ao considerá-la como dívida de valor, não afasta a sua natureza penal, e como tal
deve ser tratada, não podendo ultrapassar à pessoa do condenado, de acordo com o princípio
da intranscendência da pena, conforme dispõe o inciso XLV do art. 5º da CF.

Súmula  491-STJ:  É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional.


Seguem comentários do Professor Márcio (Dizer o direito): 

•Importante.
• Progressão per saltum significa a possibilidade do apenado que está cumprindo pena no
regime fechado progredir diretamente para o regime aberto, ou seja, sem passar antes pelo
semiaberto. Não é admitida pelo STF e STJ. 
• Assim, se o apenado está cumprindo pena no regime fechado, ele não poderá ir diretamente
para o regime aberto, mesmo que tenha, em tese, preenchido os requisitos para tanto.

A inexigibilidade de conduta diversa exclui a culpabilidade, sendo que suas 02 hipóteses


são as de coação moral irresistível e de obediência hierárquica. Vide o Código Penal:
“Art. 22 – Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.”
*obs:
Coação FÍSICA irresistível: afasta a TIPICIDADE do crime, por ausência de conduta;
Coação MORAL irresistível: afasta a CULPABILIDADE do crime, por inexigibilidade de
conduta diversa.

O artigo 345, parágrafo único, do CP, o crime de exercício arbitrário das próprias razões é
de ação penal de iniciativa privada se não houver emprego de violência.

O crime de favorecimento pessoal (art. 348, CP) é um crime de fusão, acessório ou


parasitário, uma vez que, para a sua ocorrência, é necessário que outro crime seja praticado
anteriormente.

Não existe tal hipótese de aumento de pena no feminicídio. Verifique as hipóteses no § 7º


do art. 121.

É um crime formal, pois estará consumado, independentemente de o servidor se sentir


ofendido ou não diante da ofensa que lhe foi proferida.
Artigo 155, § 2º, do Código Penal, o furto privilegiado acorre quando o agente é primário e
é pequeno o valor da coisa (em torno de 01 salário mínimo). Diferentemente, o furto
insignificante não é crime, tendo em vista a exclusão da tipicidade material do delito.

 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:
       Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
       § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma,
aumenta-se a pena de um terço até metade.
       § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo
anterior.                    
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão,
de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte,
aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2 o e 3o, respectivamente.

A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi
negada a extradição.

Artigo 5º, § 2º, do Código Penal brasileiro: § 2º É também aplicável a lei brasileira aos
crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no
espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Entende o STJ que não se admite a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e
latrocínio.

Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso
noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir
a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426,
de 1996)
§ 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração.
(Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de
substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018).

Artigo 7º, § 2º, “e” do Código Penal, a aplicação da lei brasileira depende da seguinte
condição: “não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.”

Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Aumento de pena (circunstanciada)
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I - em depósito necessário;
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Art. 5º, XLII, da Constituição Federal, a prática do


racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
da lei.

O delito de abandono de incapaz (art. 133 do CP) pode ter como sujeito passivo qualquer
pessoa que esteja incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono.

Aplica-se a Lei n. 9.455/1997, tortura a vítima seja adolescente, a Lei n. 9.455/1997  com o
aumento de pena de 1/6 até 1/3 caso seja cometido contra :crianças, adolescentes, maior
de 60 anos ,portador de deficiencia ,mediante sequestro ou cometido por agente público.

art. 5º, XLV, da Constituição Federal:


XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Aplica-se ao caso a teoria da ubiquidade ou mista, prevista no art. 6º, do CP: “Considera-se
praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.

A territorialidade adotada pelo artigo 5º do Código Penal é excepcionada pela aplicação de


tratados e convenções de direito internacional. Por isso, nossa territorialidade não é
absoluta e sim mitigada, temperada ou matizada.

A lei penal possui ultratividade nos casos em que, mesmo após sua revogação por lei mais
gravosa, continua sendo válida em relação aos efeitos penais mais brandos da lei que era
vigente no momento da prática delitiva. A ultratividade é a aplicação da lei já revogada a
fatos praticados sob sua vigência, desde que mais benéficas ao réu. Tal regra também se
aplica aos crimes praticados sob a vigência de lei excepcional ou temporária.

O privilégio não se comunica a coautores e partícipes. E a qualificadora do inciso I, do art.


121, § 2º, é subjetiva, também nãose comunica, referindo-se apenas e tão somente ao
executor.

Os crimes fun- cionais estão divididos em próprios e impróprios. Nos crimes funcionais
impróprios, caso não exista a qualidade de funcionário público, o crime se torna um crime
co- mum, enquanto nos crimes funcionais próprios, caso não exista tal qualidade, a
conduta se torna atípica. Imagine que um alguém tenha a qualidade de funcionário público
e se utilize do cargo para furtar um bem público. Estaremos diante de um peculato-furto,
certo? Agora imagine que esse indivíduo não seja funcionário público. Se ele praticar
a mesma conduta, estaremos diante de um furto! Como a conduta continua sendo crime –
apenas se aplica um tipo penal diverso – dizemos que estamos diante de um crime
funcional impróprio!E essa é exatamente a classificação doutrinária do crime de peculato. 

João confessou ser usuário de drogas em audiência de instrução de processo criminal em


que se apura tráfico ilícito de drogas por ele, em tese, praticado. Nesse caso, como a
acusação é de tráfico de drogas, caso condenado, não fará jus à atenuante da confissão
espontânea, já que confessou outro fato (porte de drogas para consumo pessoal).
Sumular do STJ de n. 630, in verbis: “A incidência da atenuante da confissão espontânea no
crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo
acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio.”

Aplica-se a regra do artigo 30 do CP: “Não se comunicam as circunstâncias e as condições


de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.” O CPB adota a Teoria Monista ou
Unitária do concurso de pessoas. Logo, Marcos deverá ser responsabilizado por peculato,
em que pese não ser funcionário público.

O artigo 7º, § 3º, do Código Penal, prevê a hipótese de extraterritorialidade hiper


condicionada quando o crime for praticado por estrangeiro contra brasileiro no exterior.

Aquele que ingressa, sem autorização, com aparelho celular móvel em presídio responde
pelo crime de Favorecimento real improprio. É modalidade especial de Favorecimento
real - Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de
aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009). Pena: detenção, de 3 (três)
meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).

Fraude processual destinada a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado,
é punida de forma mais grave se comparada a fraude processual destinada a produzir
efeito em processo civil ou administrativo. vide art. 347, parágrafo único, CP.

STJ, exarado no informativo 655, não há incompatibilidade entre o dolo eventual e o


reconhecimento do meio cruel, na medida em que o dolo do agente, direto ou indireto,
não exclui a possibilidade de a prática delitiva envolver o emprego de meio mais
reprovável, como veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel
(art. 121, § 2º, III, do CP). STJ. 6ª Turma. REsp 1.829.601-PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado
em 04/02/2020 (Info 665).
Em relação ao lugar do crime, o Código Penal adota a teoria da ubiquidade tanto para os
crimes consumados quando para os crimes tentados.

Tomás, ainda que não tivesse conhecimento da origem ilícita do aparelho celular, poderá
ser responsabilizado pela receptação culposa, prevista no art. 180, § 3º, CP, uma vez que,
pela desproporção entre o valor e o preço, ele deveria presumir que o aparelho foi obtido
por meio criminoso.

De acordo com o § 6º do art. 3º-B, “na hipótese de não ser celebrado o acordo por
iniciativa do celebrante, esse não poderá se valer de nenhuma das informações ou provas
apresentadas pelo colaborador, de boa- -fé, para qualquer outra finalidade”. A questão
tentou te confundir com o § 10 do art. 4º: “As partes podem retratar-se da proposta, caso
em que as provas autoincriminatórias produzidas pelo colaborador não poderão ser
utilizadas exclusivamente em seu desfavor”. Veja que, no primeiro caso, o acordo nem
mesmo chegou a ser celebrado, enquanto o § 10 do art. 4º trata-se de hipótese de
retratação, por isso que as consequências são diferentes quanto à possibilidade de
utilização das provas.

Será considerada extensão do território nacional para fins de aplicação da lei brasileira as
aeronaves brasileiras públicas ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se
encontrem.

Será hipótese de extraterritorialidade incondicionada o julgamento dos crimes praticados


contra a administração pública, praticados por quem está a seu serviço.

Tendo em vista que a lei não exige que o maquinário seja de uso exclusivo para a finalidade
de produzir moeda falsa, basta que tenha destinação especial de falsificação de moeda.
Conforme artigo 291 do Código Penal, veja:
"Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar
maquinismo, aparelho, instrumento ou  qualquer objeto especialmente destinado à
falsificação de moeda: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa."

Não há qualquer limitação em relação ao sujeito passivo do delito de abandono de incapaz


(art. 133 do CP). Qualquer pessoa que tenha sido abandonada e que esteja sob cuidado,
guarda, vigilância ou autoridade de outra e que, por qualquer motivo, esteja incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono, pode ser sujeito passivo desse crime.

A calúnia, se praticada contra pessoa morta, é punível. Ademais, nesta hipótese, admite-
se a exceção da verdade. O art. 138, § 2º, afirma ser “punível a calúnia contra os mortos”.
Ademais, é cabível a oposição de exceção da verdade nesta hipótese, pois não se encontra
nas exceções do art. 138, § 3º, CP.

Conforme artigo 1º do Código Penal, não há crime sem lei anterior que o defina. Não há
pena sem prévia cominação legal.

Lei n. 13.869/2019, art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia


da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas
mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas
em lei:Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Incorre na mesma pena,
na forma prevista no caput deste artigo, quem: III – cumpre mandado de busca e apreensão
domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas).

Nico entrega o colar para seu pai, Almeida, e pede que ele o esconda em seu favor. Por
amor ao filho e buscando ajudá-lo, Almeida oculta o objeto. Nesta situação, Almeida
praticou o delito de favorecimento real (art. 349 do CP) e deverá ser criminalmente
responsabilizado.

O fato de o crime ter sido praticado por um brasileiro torna a hipótese de


extraterritorialidade condicionada e, sendo assim, tendo cumprida toda a pena no
estrangeiro, não há que se falar em aplicação da lei penal brasileira.

A avaliação do princípio da insignificância o trânsito em julgado não impede a aplicação do


princípio da insignificância, porque o fato nunca foi criminoso.

a contagem de prazos, o dia do começo se inclui no cômputo do prazo. o art. 10 do Código


Penal: “O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo.”

O emprego de chave falsa é qualificadora do crime de furto.

A receptação imprópria não admite tentativa. O entendimento doutrinário, somente a


receptação própria admite a tentativa; não a admitindo a receptação imprópria.

 Artigo 121, § 6º, do Código Penal, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se
o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio. Logo, a presença do grupo de extermínio no
homicídio é causa de aumento de pena e não qualificadora.

O matador de aluguel é chamado de sicário. Essa questão pode cair em prova ou constar
na sua redação para chamar a atenção do examinador.

No caso do genocídio, hipótese de aplicação extraterritorial incondicionada da lei brasileira,


a aplicação ocorrerá caso o agente, e não a vítima, seja brasileiro ou domiciliado no Brasil.
 

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