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01.

Delegado de Polícia que submete a vítima de infração penal ou a


testemunha de crimes violentos a procedimentos desnecessários,
repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita necessidade,
situação de violência, responde pelo crime de:

a) Violência institucional
b) Abuso de autoridade
c) Peculato
d) Prevaricação

02. A Lei nº 13.869, de 05 de setembro de 2019, define os crimes de


abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que,
no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder
que lhe tenha sido atribuído. Assinale a alternativa correta, nos termos
da lei citada.

a) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente


público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo e
se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles
equiparadas; II - membros do Poder Legislativo; III - membros do
Poder Executivo; IV - membros do Poder Judiciário; V - membros do
Ministério Público; VI - membros dos tribunais ou conselhos de
contas
b) Os efeitos da condenação referente a tornar certa a obrigação de
indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os
prejuízos por ele sofridos; e, os efeitos da condenação referente a
perda do cargo, do mandato ou da função pública são
condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de
autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados
motivadamente na sentença
c) As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de
liberdade previstas na lei nº 13.869/2019 são: I - prestação de
serviços à comunidade ou a entidades públicas; II - suspensão do
exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um)
a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.
Essas penas restritivas de direito devem ser aplicadas
cumulativamente, sendo vedada sua aplicação autônoma.
d) As penas previstas na lei nº 13.869/2019 serão aplicadas
independentemente das sanções de natureza civil ou
administrativa cabíveis.

03. Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).


De acordo com o parágrafo único do artigo 1º, da Lei nº 8.072/1990,
consideram-se também hediondos, tentados ou consumados, as
infrações penais abaixo elencadas:
( ) a posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no
artigo 16, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento).
( ) a associação criminosa, quando direcionada à prática de crime
hediondo ou equiparado.
( ) o genocídio, previsto nos artigos 1º, 2º e 3º, da Lei nº 2.889/1956 (que
define e pune o crime de genocídio).

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para


baixo:

a) V-F-V
b) V-F-F
c) F-V-V
d) F-F-V

04. De acordo com a Lei n. 8.072/1990, considera-se hediondo o crime de:

a) Estupro de vulnerável;
b) Furto de coisa comum;
c) Extorsão indireta;
d) Dano qualificado;
e) Estelionato.

05. Thalita, policial militar, é uma mãe extremamente rígida com seus
filhos e acredita que a venda e o consumo de álcool também deveriam
ser criminalizados, tal qual ocorre com entorpecentes como a maconha e
a cocaína.
Imagine que, hipoteticamente, ela lê no jornal que uma nova lei está para
ser aprovada nas semanas seguintes, tornando o consumo e a venda de
bebidas alcóolicas um crime. No mesmo dia, mesmo sem qualquer lei
nesse sentido ter sido aprovada, Thalita depara com um rapaz vendendo
bebida alcoólica para outro, e efetua a sua prisão em flagrante. Após a
prisão, deixa injustificadamente de comunicá-la à autoridade judiciária
no prazo legal.
Nesse caso, com base no Código Penal, na Constituição da República e
na Lei nº 13.869/19 (Abuso de Autoridade), Thalita

a) Não poderia ter efetuado a prisão em flagrante, na medida em que


não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal, tendo cometido, ainda, crime previsto na Lei de
Abuso de Autoridade por não comunicar, injustificadamente, a
prisão à autoridade judiciária no prazo legal.
b) Não responderia por abuso de autoridade, pois efetuou a prisão em
flagrante por satisfação pessoal, de forma a excluir a incidência da
Lei 13.869/19.
c) Não poderia ter efetuado a prisão em flagrante, na medida em que
não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal; contudo, não terá cometido qualquer crime em
razão da ausência de comunicação da prisão no prazo legal, desde
que a faça em algum momento.
d) Agiu corretamente, pois se antecipou à lei que viria a tornar crime
este tipo de comportamento, justificando a manutenção da prisão
até que ela viesse a ser promulgada.
e) Agiu corretamente na medida em que se antecipou à lei que viria a
tornar crime este tipo de comportamento, e que não tem o dever
legal de comunicar a prisão em flagrante à autoridade judiciária
competente.

06. Considere hipoteticamente que uma mulher tenha sido presa em


flagrante pela prática de crime de homicídio qualificado, com o emprego
de arma de fogo contra o seu ex-companheiro. Ao final do processo, ela
foi condenada, em caráter definitivo, à pena privativa de liberdade de 14
anos de reclusão, estabelecido o regime inicial fechado. Com base
somente nos fatos narrados e na legislação vigente, assinale a
alternativa correta.

a) O crime praticado pela mulher não é considerado hediondo


segundo a legislação brasileira, pois apenas o homicídio praticado
em atividade típica de grupo de extermínio está previsto na Lei nº
8.072/1990, mas não o homicídio qualificado.
b) O crime praticado pela mulher é insuscetível de fiança, mas
permite a concessão de anistia, graça e indulto.
c) A prisão temporária da mulher, caso decretada, teria prazo máximo
de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e
comprovada necessidade.
d) Essa mulher jamais poderá ser beneficiada com a concessão de
livramento condicional no curso do cumprimento da sua pena,
ainda que primária e de bons antecedentes, e mesmo após o
cumprimento de mais de dois terços da sua reprimenda.
e) Caso o ex-companheiro tenha sobrevivido, o crime praticado pela
mulher deixará de ser considerado hediondo, uma vez que a Lei nº
8.072/1990 apenas prevê em seu rol, crimes consumados, jamais
tentados.

07. De acordo com a Lei nº 13.869/2019, que define os crimes de abuso


de autoridade, os crimes se procedem mediante:

a) Ação penal pública condicionada à representação.


b) Ação penal pública incondicionada.
c) Ação penal pública de iniciativa privada.
d) Ação penal pública de iniciativa privada subsidiária da pública.

08. Nos termos da Lei nº 13.869, de 5 de setembro de 2019 (Lei de abuso


de autoridade), é correto afirmar que

a) A legislação contempla crimes de ação penal pública condicionada


e incondicionada.
b) A perda do cargo não poderá ser aplicada como um efeito da
condenação.
c) A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e
provas não configura abuso de autoridade.
d) Submeter o preso capturado em flagrante delito a interrogatório
policial durante o período de repouso noturno é considerado crime.
e) A prestação de serviços à comunidade não é considerada uma
pena substitutiva das privativas de liberdade.

09. Não é considerado crime hediondo pela Lei nº 8.072/90 o roubo:

a) Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima.


b) Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo.
c) Circunstanciado pelo concurso de duas ou mais pessoas.
d) Qualificado pelo resultado lesão corporal grave.
e) Qualificado pelo resultado morte.

10. Considera-se hediondo o crime de

a) Fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa.


b) Roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
c) Extorsão na forma simples ou qualificada.
d) Furto qualificado pelo emprego de explosivo.
e) Aborto provocado por gestante ou terceiro.

11. Atentando-se ao previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente –


ECA (Lei nº 8.069/1990) a respeito de crimes, assinale a alternativa
CORRETA.

a) Aos crimes cometidos contra a criança e o adolescente, a


depender da pena prevista, aplica-se a Lei nº 9.099/1995.
b) Nos casos de violência doméstica e familiar contra a criança e o
adolescente, admite-se a aplicação de pena prestação pecuniária.
c) Os crimes definidos na Lei citada são de ação privada
incondicionada.
d) Não comete crime quem apenas armazena fotografia, vídeo ou
outra forma de registro que contenha cena pornográfica
envolvendo criança ou adolescente.
e) Apenas deixar o encarregado de serviço de atenção à saúde de
gestante de manter registro das atividades desenvolvidas constitui
conduta criminosa.

12. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sobre


os crimes em espécie, assinalar a alternativa CORRETA:

a) Não configura crime o mero armazenamento de vídeo ou outra


forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
b) Não configura crime simular a participação de criança ou
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica.
c) Submeter adolescente à exploração sexual é conduta atípica, se
praticada com seu consentimento.
d) Reproduzir cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo
adolescente é conduta atípica.
e) É punida com reclusão a conduta de fornecer, ainda que
gratuitamente, munição a adolescente.

13. Renildo encaminha para um grupo de amigos, através de um


aplicativo de mensagens, a foto de sua ex-namorada, uma adolescente
de 17 anos, em situação de nudez frontal completa. Renildo esclarece
que recebeu essa foto da adolescente, quando ainda namoravam, porém
decidiu compartilhá-la após o rompimento entre ambos. Rinaldo, um dos
integrantes do grupo, armazena a fotografia encaminhada por Renildo em
seu aparelho de telefonia celular, para poder admirá-la sempre que
quiser. Já Ronaldo, outro integrante do grupo, consegue na Internet a
imagem de uma atriz de filmes pornográficos em cena de sexo explícito,
adulterando-a, com a sobreposição do rosto da atriz pela face da
adolescente. Em seguida, compartilha a montagem no mesmo grupo.
Nesse contexto:

a) Apenas Renildo praticou crime previsto na Lei 8.069


b) Apenas Renildo e Rinaldo praticaram crimes previstos na Lei 8.069
c) Apenas Rinaldo e Ronaldo praticaram crimes previstos na Lei 8.069
d) Renildo, Rinaldo e Ronaldo praticaram crimes previstos na Lei
8.069

14. Nos termos da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da


Criança e do Adolescente), assinale a alternativa que contempla um
crime que possui modalidade culposa.
a) Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à
sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou
inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente.
b) Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança
ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade
judiciária competente e à família do apreendido ou à pessoa por
ele indicada.
c) Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou
vigilância a vexame ou a constrangimento.
d) Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a
imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha
conhecimento da ilegalidade da apreensão.
e) Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de
atenção à saúde de gestante de identificar corretamente o neonato
e a parturiente, por ocasião do parto.

15. Dispõe o art. 244-B do Estatuto da Criança e do Adolescente que é


crime “corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos,
com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la.” Assinale a
alternativa que apresenta o entendimento sumulado pelo STJ com
relação a esse crime.

a) A corrupção de menores é crime habitual e que, portanto, não se


configura com uma única conduta.
b) Não há crime se o menor já era corrompido, o que se pode
comprovar pela existência de antecedentes infracionais.
c) A configuração do crime independe da prova da efetiva corrupção
do menor, por se tratar de delito formal.
d) Não se configura o crime de corrupção de menores se a infração
penal da qual o menor iria participar não se consuma.
e) A mera indução à prática de infração penal não configura ilícito,
devendo o menor, ao menos, iniciar sua execução.
GABARITO: 01-A, 02-D, 03-A, 04-A, 05-A, 06-C, 07-B, 08-C, 09-C, 10-D, 11-E, 12-E, 13-E, 14-E,
15-C

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