Lei de Abuso de Autoridade

Lei 13.869/2019
Material de Apoio

Prof. Vinicius Almeida

1) No tocante a lei 13.869/19, está correto;
a) Somente agentes públicos no exercício da
função podem praticar condutas descritas
como crime pela lei 13.869/19.
b) basta que o agente público impeça o
advogado de entrevistar-se com seu cliente
para que seja considerado conduta criminosa,
independentemente de finalidade específica
de sua conduta.
c) As condutas descritas na lei 13.869/19
constituem crime de abuso de autoridade
quando praticadas pelo agente com a
finalidade especifica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda,
por mero capricho ou satisfação pessoal.
d) A divergência na interpretação da lei ou na
avaliação de fatos e provas configura abuso
de autoridade.
2) Segundo dispõe a Lei de Abuso de
Autoridade, a natureza da ação penal do
processo e julgamento dos crimes de
abuso de autoridade são:
A) Ação penal pública incondicionada.
B) Ação penal pública condicionada à
representação da vítima.
C) Ação penal pública de iniciativa privada
D) Ação penal pública de iniciativa privada
subsidiária da pública
3) Conforme a lei de abuso de autoridade:
a) caso o Ministério Público permaneça inerte
não é possível ser utilizada ação penal privada
subsidiária da pública.
b) Se o Ministério Público solicitar o
arquivamento do inquérito policial é cabível a
ação penal privada subsidiária da pública.
c) somente se a ação penal pública não for
intentada no prazo legal é que será admitida a
ação penal privada subsidiária da pública,
cabendo o Ministério Público aditar a queixa,
repudiá-la, oferecer queixa substitutiva e
intervir em todos os termos do processo.
d) o prazo para exercício da ação penal
privada é de 12 meses a contar da data do
termino do prazo para oferecimento da
denúncia.
4) É sujeito ativo de acordo com a lei de
abuso de autoridade, exceto:
a) Policial Militar
b) Prefeito
c) Vereador
d) Guarda Municipal
e) Aquele que trabalha para em empresa
prestadora de serviço público.
5) João, servidor público, lotado na
secretaria de saúde do município de
Cariacica, está férias do cargo que ocupa
na administração pública, desse modo:
a) não pode cometer nenhum dos crimes
descritos na lei de abuso de autoridade, por
estar de férias do serviço público, logo não
exercendo a função.
b) não pode ser considerado agente público
para a lei 13.869/19.
c) não pode ser punido pela lei de abuso de
autoridade, por se encontrar de férias, uma
vez que somente as condutas cometidas no
exercício da função podem ser punidas com
base na lei de abuso de autoridade.
d) É considerado servidor público, uma vez
que está funcionalmente ligado a órgão
público da administração direta, mas ainda
que fosse servidor público da administração
indireta, seria considerado servidor público,
de acordo com a lei 13.869/19.
6) De acordo com a nova lei de abuso de
autoridade:
a) Somente agentes públicos podem cometer
os crimes descritos nessa lei, excluída está,
portanto, a possibilidade de particular,
atuando em concurso com o agente público
ser punido com base na lei de abuso de
autoridade.
b) A natureza da ação de processo e
julgamento dos crimes descritos na lei de
abuso de autoridade é privada.
c) Não é cabível em nenhuma hipótese ação
penal privada subsidiária da pública.
d) Particular ciente da condição de seu
concorrente no crime ser agente público e
mesmo assim decidir agir e cometer crime
descrito na lei de abuso de autoridade poderá
ser punido com base na lei 13.869/19.
7) São efeitos da condenação previstos na
lei de abuso de autoridade, exceto:
A) obrigação de indenizar o dano.
b) inabilitação para o exercício do cargo,
mandato ou função por período de 1 a 5 anos.
c) perda do cargo, do mandato ou da função
pública.
d) suspensão do exercício do cargo, mandato
ou da função pelo prazo de 1 a 6 meses.
8) São efeitos penais obrigatórios:
a) Obrigação de indenizar o dano causado
pelo crime.
b) Inabilitação do cargo, mandato ou da
função por um período de 1 a 5 anos.
C) perda do cargo, mandato ou da função por
um período de 1 a 5 anos.
d) suspensão do cargo, mandato ou função
por um período de 1 a 6 meses.
9) Sobre as penas restritivas de direitos
previstas na lei de abuso de autoridade.
I- São penas restritivas de direitos a
inabilitação e a suspensão do cargo, mandato
ou função.
II- As penas são podem ser aplicadas de
maneira cumulativa, mas não são autônomas.
III- fazem parte de um rol taxativo de penas
restritivas de direitos previstas na lei
13.869/19 a prestação de serviços a
comunidade ou a entidades públicas e a
suspensão do exercício do cargo, mandato ou
função pública pelo prazo de 1 a 6 meses.
Estão corretas:
a) I e II.
b) I, II e III.
c) III.
d) I e III.
10) Sobre as sanções de natureza civil e
administrativa, julgue a alternativa correta.
a) as penas são aplicadas com dependência
das sanções previstas de natureza civil ou
administrativa cabíveis.
b) as responsabilidades civil e administrativa
são independentes da criminal, não se
podendo mais questionar sobre a existência
ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.
c) Não faz coisa julgada no cível a sentença
que reconhecer ter sido o ato praticado em
legitima defesa.
d) A sentença que absolver o réu por falta de
provas faz coisa julgada no âmbito cível e
administrativo-disciplinar.
11) São crimes previstos na lei de abuso de
autoridade, exceto.
a) Decretar medida de privação de liberdade
fora das hipóteses legais.
b) constranger o preso ou o detento, mediante
violência ou grave ameaça a exibir-se ou ter
seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade
pública.
c) constranger o preso ou o detento, mediante
violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a submeter-se a
situação vexatória ou a constrangimento não
autorizado em lei.
d) o constrangimento causado pelo agente
público, pelo cerceamento da liberdade pela
prisão em flagrante.
12) Juninho, policial, efetuou a prisão em
flagrante de Paulo. No entanto, Juninho
deixou de identificar-se a Paulo no
momento da captura, desse modo.
a) Juninho não cometeu crime descrito na lei
de abuso de autoridade.
b) Paulo não tem direito de saber quem efetua
sua captura, por isso Juninho não cometeu
nenhum crime descrito na lei de abuso de
autoridade.
c) Paulo tem direito de saber a identificação 15) São crimes previstos na lei de Abuso
dos responsáveis por sua prisão, bem como de autoridade, exceto:
Juninho deve se identificar, sob pena de
a) constranger, sob violência ou grave
cometer crime descrito na lei de abuso de
ameaça, funcionário ou empregado de
autoridade.
instituição hospitalar pública ou privada a
d) Se Juninho tivesse se identificado admitir a para tratamento pessoa cujo óbito já
falsamente para Paulo, não teria cometido tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou
crime algum. momento de crime, prejudicando sua
apuração.
13) Sobre o Interrogatório;
b) preceder à obtenção de prova, em
a) é crime a realização de interrogatório
procedimento, de investigação ou fiscalização
durante o período de repouso noturno, não
por meio manifestamente ilícito.
havendo exceção na lei de abuso de
autoridade. c) requisitar instauração ou instaurar
procedimento investigatório de infração penal
b) Em regra, é vedado o interrogatório do
ou administrativa, em desfavor de alguém, a
preso no período noturno, salvo se este foi
falta de qualquer indicio da pratica de crime,
preso em flagrante delito ou se devidamente
de ilícito funcional ou de infração
assistido por advogada, consentir em prestar
administrativa.
declarações.
d) há crime quando se tratar de sindicância ou
c) Não nenhum óbice ao interrogatório no
de investigação preliminar sumária,
período de repouso noturno na lei de abuso de
devidamente justificada.
autoridade.
d) está vedado o interrogatório durante o a
noite pela lei 13.869/19.
14) Sobre os crimes previstos na Lei de
Abuso de Autoridade:
a) Presos de sexos distintos podem ser
mantidos na mesma cela, sendo está conduta
não criminalizada pela lei de abuso de
autoridade.
b) Impedir a entrevista pessoal e reservada do
preso com seu advogado, com justa causa é
crime previsto na lei de abuso de autoridade.
c) Invadir ou adentrar em residência alheia no
cumprimento de Mandado de busca e
apreensão, para prestar socorro ou em para
prender quem se encontra em flagrante delito,
não é crime previsto na lei de abuso de
autoridade.
d) Quem cumpre mandado de busca e
apreensão das 22h a 5h não é crime previsto
na lei de abuso de autoridade.