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INTRODUÇÃO
Os delitos previstos neste capítulo só podem ser praticados de forma
direta por funcionário público, daí serem chamados de crimes funcionais.
Dentro da classificação geral dos delitos, os crimes funcionais estão
inseridos na categoria dos crimes próprios, porque a lei exige uma
característica específica no sujeito ativo, ou seja, ser funcionário público.
Os crimes funcionais, por sua vez, admitem outras formas de classificação,
cujos nomes adotados pela doutrina parecem confundir-se com a
mencionada no parágrafo anterior. Trata-se, entretanto, de subdivisão feita
apenas entre os crimes funcionais:
a) Crimes funcionais próprios. São aqueles cuja exclusão da
qualidade de funcionário público torna o fato atípico (atipicidade absoluta).
Ex. prevaricação- provado que o sujeito ativo não é funcionário público, o
fato torna-se atípico.
b) Crimes funcionais impróprios. Excluindo-se a qualidade de
funcionário público haverá desclassificação para crime de outra
natureza(atipicidade relativa). Ex. Peculato – se provado que a pessoa não é
funcionário público, desclassifica-se para furto ou apropriação indébita.
È possível que pessoa que não seja funcionário público responda por
crime funcional? Sim, como coautora ou partícipe. Isso porque o art. 30 do
Código Penal diz que as circunstâncias de caráter pessoal, quando
elementar do crime, comunicam-se a todas as pessoas que nele se
envolvam. Ora, ser funcionário público (que é uma condição pessoal)
constitui elementar de todos os crimes funcionais e, dessa forma,
comunica-se às demais pessoas que não possuam essa qualidade, mas que
tenham cometido crime funcional juntamente com um funcionário público.
Ex. funcionário público e não funcionário público furtam bens do
Estado. Ambos responderão por Peculato.
O funcionário Público é denominado intraneus.
O não funcionário é denominado extraneus.
PECULATO-Artigo 312
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
5.ELEMENTO SUBJETIVO
7. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Se o funcionário público que concorre culposamente para o crime de
outrem vier a reparar o dano até a sentença irrecorrível, será extinta a
punibilidade, se a reparação lhe for posterior, a pena será reduzida de
metade, nos termos preconizados pelo §3° do art. 312 do Código Penal.
8. DESTAQUES.
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
O delito se consuma quando o agente, efetivamente, se apropria de
dinheiro ou utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de
outrem, ou, vale dizer, quando o agente, após receber o objeto material,
atua com animus rem sibi habendi, agindo como se fosse dono.
Tratando-se de crime plurissubsistente, será possível o raciocínio
correspondente à tentativa.
5.ELEMENTO SUBJETIVO
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
5.ELEMENTO SUBJETIVO
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
5.ELEMENTO SUBJETIVO
O dolo é o elemento subjetivo exigido pelo tipo penal que prevê o
delito de modificação ou alteração não autorizada de sistema de
informações, não havendo previsão para a modalidade de natureza culposa.
ESTUDO DIRIGIDO
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
PROF: AFONSO JR
a) prevaricação.
b) concussão.
c) peculato.
d) corrupção passiva.
e) excesso de exação.
a) extorsão qualificada.
b) concussão.
c) corrupção passiva.
d) peculato.
3) Ano: 2019 Banca: FGR Órgão: Prefeitura de Belo Horizonte -
MG Prova: FGR - 2019 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Guarda
Civil Municipal João é servidor da Guarda Civil Municipal e ao fazer
uma atividade ostensiva fez apreensão de uma quantia advinda de um
crime, mas não repassou à administração pública para os devidos fins,
vindo a apropriar-se dessa quantia, sob a alegação de que estava
precisando de referida quantia. Sobre o tipo de crime praticado pelo
servidor, marque a alternativa CORRETA.
a) Concussão.
b) Descaminho.
c) Peculato.
d) Corrupção passiva.
a) peculato.
b) modificação ou alteração não autorizada de sistema de
informações.
c) inserção de dados falsos em sistema de informações.
d) extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento.
e) condescendência criminosa.
a) de falsidade documental.
b) contra o patrimônio.
c) contra a Administração Pública.
d) contra a fé pública.
e) contra a pessoa.
a) Extinção da tipicidade.
b) Extinção da punibilidade.
c) Excludente de culpabilidade.
d) Excludente de ilicitude.
e) Excludente de responsabilidade.
GABARITO
1-C
2-B
3-C
4-A
5-C
6-C
7-B
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
5.ELEMENTO SUBJETIVO
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
5.ELEMENTO SUBJETIVO
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 13.964, de 2019)
Excesso de exação
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou
deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº
8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
8.137, de 27.12.1990)
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
5.DESTAQUES.
5.1 DIFERENÇA ENTRE CONCUSSÃO E EXTORSÃO.
A concussão pode ser entendida como uma modalidade especial de
extorsão praticada por funcionário público. Uma das diferenças entre
ambas as figuras típicas reside no modo como os delitos são praticados.
Assim, na extorsão, a vítima é constrangida, mediante violência ou grave
ameaça, a entregar a indevida vantagem econômica ao agente; na
concussão, contudo, o funcionário público deve exigir a indevida vantagem
sem o uso de violência ou grave ameaça, que são elementos do tipo penal
do artigo 158 do CPB.
Outra diferença reside no modo como o delito de extorsão é praticado, de
acordo com a redação legal, a indevida vantagem deve sempre ser
econômica; ao contrário, no delito de concussão, o art. 316 do Código
Penal somente usa a expressão vantagem indevida, podendo esta ser de
qualquer natureza.
5.DESTAQUES.
5.1 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
Ao delito de corrupção passiva poderá ser aplicado o raciocínio
correspondente ao princípio da insignificância, excluindo-se da figura
típica constante do art. 317 do Código Penal aquelas “vantagens” de valor
irrisório, como ocorre com muita freqüência quando os funcionários são
presenteados com bombons, doces, canetas, algumas pequenas lembranças,
principalmente em datas comemorativas, a exemplo do que ocorre com o
Natal.
Na verdade, tais fatos poderiam ser excluídos pela ausência de dolo, pois,
nesses casos, não se poderia falar em verdadeira corrupção, mas, sim, em
“agrados”, “gentilezas”, política de bom relacionamento, mesmo que não
tão sinceras quanto pareça.
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
4.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA.
O Crime se consuma com a ajuda prestada ao contrabandista, ainda
que este não consiga ingressar ou sair do País com a mercadoria. Trata-se
de crime formal.
Tentativa. É possível na modalidade comissiva.
2. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma com a omissão, retardamento ou realização do ato. A
tentativa não é possível nas formas omissivas (omitir ou retardar), pois ou o
crime está consumado ou o fato é atípico. Na forma comissiva, a tentativa é
possível.
3. FIGURA EQUIPARADA.
4. DESTAQUES
2. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma quando o superior toma conhecimento da infração e
não promove de imediato a responsabilização do infrator ou não comunica
o fato à autoridade competente. A tentativa é inadmissível pois se trata de
crime omissivo puro.
3. ELEMENTO SUBJETIVO.
2. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma no momento em que o agente realiza o ato de
patrocinar o interesse alheio, por escrito ou oralmente, ainda que não
obtenha êxito em beneficiar o particular. A tentativa é admissível.
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU
PROLONGADO- Art. 324- DO CPB
ESTUDO DIRIGIDO
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
PROF:AFONSOJR
a) desacato.
b) prevaricação.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
e) usurpação de função pública
2) Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: TJ-RS Prova: FGV - 2020 - TJ-RS -
Oficial de Justiça Oficial de justiça que deixa de dar cumprimento integral
a mandado de penhora em razão de sentir pena do proprietário do bem
penhorado comete, em tese, o crime de:
a) concussão.
b) corrupção ativa.
c) corrupção passiva.
d) usurpação de função pública.
e) tráfico de influência.
a) corrupção passiva.
b) corrupção ativa.
c) prevaricação.
d) violação de sigilo funcional.
e) advocacia administrativa.
06) Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2019 - DPE-
AM - Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas Segundo o
Código Penal, a conduta praticada por funcionário de exigir contribuição
social ou tributo que sabe ou deveria saber indevido, constitui crime
conhecido como
a) concussão direta.
b) concussão indireta.
c) excesso de exação.
d) concussão implícita.
e) excesso de tributação.
a) corrupção passiva.
b) prevaricação.
c) advocacia administrativa.
d) condescendência criminosa.
e) concussão.
a) enriquecimento ilícito.
b) condescendência criminosa.
c) peculato.
d) roubo.
e) corrupção.
9) Ano: 2019 Banca: IF-MT Órgão: IF-MT Provas: IF-MT - 2019 - IF-MT
- Assistente Social Analise a situação hipotética: servidora pública Ana das
Flores, ocupante do cargo de fiscal de tributos, exige tributo indevido, e,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei
não autoriza. Assinale a alternativa CORRETA que corresponde ao crime
praticado por Ana das Flores.
10) Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de São Joaquim da Barra -
SP Prova: VUNESP - 2018 - Câmara de São Joaquim da Barra - SP -
Procurador Jurídico
1-C
2-E
3-D
4-B
5-D
6-C
7-B
8-E
9-C
10-B
Resistência
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
DESACATO
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA
Crime comum no que diz respeito ao sujeito ativo e próprio quanto ao
sujeito passivo; doloso; de forma livre, comissivo (podendo, no
entanto ser praticado via omissão imprópria, nos termos do artigo 13.
§2º, do Código Penal); instantâneo; monossubjetivo; unissubsistente
ou plurissubsistente ( dependendo no caso concreto, da possibilidade
ou não de funcionamento do inter criminis); transeunte.
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou
insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA
Crime comum no que diz respeito ao sujeito ativo e próprio quanto ao
sujeito passivo; doloso; de forma livre, comissivo (podendo, no
entanto ser praticado via omissão imprópria, nos termos do artigo 13.
§2º, do Código Penal); instantâneo; monossubjetivo; unissubsistente
ou plurissubsistente ( dependendo no caso concreto, da possibilidade
ou não de funcionamento do inter criminis); transeunte.
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO
6. DESTAQUE
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA
Crime comum no que diz respeito ao sujeito ativo e próprio quanto ao
sujeito passivo; doloso; de forma livre, comissivo (podendo, no
entanto ser praticado via omissão imprópria, nos termos do artigo 13.
§2º, do Código Penal); instantâneo; monossubjetivo; unissubsistente
ou plurissubsistente ( dependendo no caso concreto, da possibilidade
ou não de funcionamento do inter criminis); transeunte.
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO
O dolo é o elemento subjetivo exigido pelo tipo penal que prevê o
delito de corrupção ativa, não havendo previsão para a modalidade
culposa.
6. DESTAQUE
Entendemos que não, pois o tipo penal do art. 333 não se encontra a
previsão do núcleo dar.
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.STÉRIOÚBLICO
§ 1o Incorre na mesma pena quem:
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma,
utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial
ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe
ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de
importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício
de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência
estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada
de documentos que sabe serem falsos.
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências.
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
CONTRABANDO
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO
6.DESTAQUES
Tem-se entendido que não, uma vez que o agente, mesmo imputando
a alguém um crime que o sabia inocente, se encontrava no exercício
de seu direito de defesa.
O crime do art. 340 também costuma ser muito cobrado em provas, mas é
bem mais simples que o crime do art. 339. Na comunicação falsa de crime
ou de contravenção o sujeito se limita a comunicar falsamente a ocorrência
de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado, assim
provocando a ação de autoridade. Não há individualização do autor.
Além disso, a pena é a mesma se o fato comunicado é crime ou
contravenção (de 1 a 6 meses, crime de menor potencial ofensivo), pois, em
ambos os casos, há desperdício de tempo e esforço da autoridade pública.
1. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINARIA
Crime comum no que diz respeito ao sujeito ativo e próprio quanto ao
sujeito passivo; doloso; comissivo (podendo, no entanto ser
praticado via omissão imprópria, nos termos do artigo 13. §2º, do
Código Penal), instantâneo, de forma livre; monossubjetivo;
plurissubsistente; transeunte ou não transeunte.
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO
Autoacusação falsa
4. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
5. ELEMENTO SUBJETIVO