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DIREITO ADMINISTRATIVO
POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Imperioso concluir esse tema com as palavras de Raquel direitos e deveres não se estendem aos particulares,
de Carvalho que elucida o seguinte: salvo quando lhe for delegado a execução de algum
serviço público, através de concessão ou permissão, por
“um Estado, para ser Democrático de Direito, deve
exemplo.
encarar a tarefa de tutelar a primazia do bem comum,
tanto na mediação das relações privadas, quanto no Quando mencionamos que a Administração Pública
exercício das competências públicas. Os efeitos danosos promove o bem-estar coletivo, queremos enfatizar que
do individualismo característico do mundo ela tem o dever de buscar o interesse público. Vale
contemporâneo alastram-se nas relações privadas e até ressaltar que este interesse é pertencente ao povo,
mesmo no cumprimento dos deveres estatais. É grave o sendo, desse modo, indisponível. Assim cabe a
resultado da falta de consciência de que existe um Administração Pública buscar a primazia do bem
interesse social que, em determinadas realidades, pode comum, sem, no entanto, transferir a terceiros a
transcender o particular e que deve sobre o último administração desse interesse público, pois faz parte da
prevalecer. Se o século XXI nasceu sob o signo do função administrativa protegê-lo.
individualismo egoísta, cumpre ao jurista estruturar o
Pois bem. Dado o conceito de regime jurídico
sistema normativo de modo a combater as
administrativo, cabe salientar que, em regra, os
conseqüências desastrosas de tal vício quando atinge as
doutrinadores enumeram, os princípios da legalidade,
instituições públicas. O regime jurídico administrativo
igualdade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
deve necessariamente reconhecer que:
eficiência, supremacia do interesse público,
a) a supremacia do interesse público primário razoabilidade, proporcionalidade, motivação e controle
(pertinente a toda sociedade) é princípio integrante do da Administração como integrantes do regime jurídico
regime jurídico administrativo; administrativo. Vale destacar que a doutrina clássica
adota a posição que a legalidade, a supremacia e a
b) é possível que haja, em dadas situações,
indisponibilidade do interesse público são princípios
convergência entre interesses privados e interesse
fundantes do regime mencionado.
público ou atividade particular protetora do bem
comum, sem qualquer tensão que torne necessário Diante do que foi exposto, para fins deste trabalho
falar-se na primazia do interesse público; monográfico, é fundamental discorrer sobre os
princípios previstos no artigo 37 da Constituição Federal
c) na hipótese de conflito entre interesse publico e
de 1988 e sobre os princípios da supremacia e
interesses privados, a proteção constitucional à
indisponibilidade do interesse público. Portanto, mãos à
dignidade da pessoa humana e aos direitos
obra.
fundamentais não embasa a negativa de predomínio do
bem comum, sendo este o interesse geral a ser tutelado
pela Administração, o que não significa arbítrio ou
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS
autoritarismo, mas efetividade do Estado Democrático
de Direito; Estão previstos no artigo 37, caput, da Constituição da
República de 1988. A seguir passamos a descrever os
d) não conduz à negação da primazia do interesse
princípios constitucionais expressos fundamentais, os
público primário o fato deste não ser sempre único,
quais são aplicáveis a todos os institutos do Direito
claramente identificável e incidente, de modo exclusivo,
Administrativo.
em uma dada realidade; o caráter dinâmico e a
multiplicidade de interesses públicos inerentes ao São, portanto, 5 (cinco) os princípios constitucionais da
mundo contemporâneo apenas torna cabível a técnica Administração Pública. Para facilitar a sua
da ponderação entre os diversos interesses, em face de memorização, utilize a palavra mnemônica:
cada situação específica, à luz da proporcionalidade”. "L I M P E":
Concluímos que, o regime jurídico administrativo trava L egalidade;
no sentido de estabelecer, entre o administrador
público e seus administrativos, um tratamento próprio e I mpressoalidade;
peculiar diferente daquele travado entre os M oralidade;
particulares. Surge da relação entre administrador
público e particulares um conjunto de direitos P ublicidade e;
(prerrogativas) e deveres (limitação) que a lei confere à E ficiência.
Administração Pública, tendo em vista que ela atua em
busca do bem-estar coletivo. Ressalta-se que esses
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Além destes, expressamente enumerados, há outros protetora que os particulares têm em relação à
que emergem do Texto Constitucional: Administração. É de se notar que a Administração atua
em nossas vidas com poderes muito grandes, e se não
- Princípio da Licitação Pública;
houvesse o princípio da legalidade, a máquina
- Princípio da prescritibilidade dos ilícitos administrativa poderia ser utilizada sem qualquer
administrativos; controle e sem a devida atenção que o interesse público
- Princípio da responsabilidade civil da Administração; merece. Assim esse princípio representa um escudo
para que a Administração não abuse dos seus poderes.
- Princípio da razoabilidade (ou proporcionalidade) e;
Como aplicação ao princípio da legalidade, foram
- Princípio da supremacia do interesse público. editadas as seguintes súmulas, ambas do Supremo
Cumpre registrar que há, ainda, princípio do controle Tribunal Federal:
judicial dos atos administrativos e o princípio da Súmula 346: “A administração pública pode declarar a
motivação. nulidade de seus próprios atos”.
Súmula 473: “A administração pode anular seus
Vamos tratar aqui dos princípios básicos da próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
Administração Pública, entendidos como tais aqueles 5 ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
(cinco) enumerados no "caput" do art. 37 da Lei revogá-los, por motivo de conveniência ou
Magna. oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
1 – Legalidade: também chamado de princípio da
juridicidade, exige adequação de toda e qualquer 2 – Impessoalidade: princípio da isonomia no Direito
conduta administrativa a todo o ordenamento jurídico, Administrativo. Não significa dar o mesmo tratamento a
nele estando incluídos todas as normas e todos os todos, mas sim, um tratamento igual para os iguais e
princípios. Enquanto o particular é livre para fazer tudo para os desiguais, um tratamento desigual, na medida
o que não seja proibido, a Administração só pode agir se em que se desigualam, como ensinava Pontes de
a lei ordenar, nos termos que a lei traz, no Miranda. Desse modo, é possível um tratamento
condicionamento da lei e no tempo que a lei determina. privilegiado desde que ele venha expressamente
Se a lei não traz qualquer comando, a Administração previsto em lei e esteja em conformidade com o
não pode agir. interesse da sociedade.
Para Di Pietro, “este princípio, juntamente com o de A título de exemplo, o Estatuto do Idoso prevê
controle da Administração pelo Poder Judiciário, nasceu privilégios para quem é considerado idoso. Isso,
com o Estado de Direito e constitui uma das principais contudo, não fere o princípio da impessoalidade, tendo
garantias de respeito aos direitos individuais. Isto em vista que a sociedade brasileira prevê tal
porque a lei, ao mesmo tempo em que os define, tratamento como decorrente do princípio da dignidade
estabelece também os limites da atuação administrativa da pessoa humana. É o que também ocorre com o
que tenha por objeto a restrição ao exercício de tais tratamento especial dispensado às micro empresas e
direitos em benefício da coletividade. É aqui que melhor empresas de pequeno porte, uma vez que, como
se enquadra aquela idéia de que, na relação atende aos interesses da sociedade porque gera
administrativa, a vontade da Administração Pública é a empregos e promove a circulação de renda, o
que decorre da lei”. tratamento é isonômico.
Segundo José dos Santos “o princípio da legalidade é Na feliz síntese de José dos Santos Carvalho Filho “o
certamente a diretriz básica da conduta dos agentes da princípio objetiva a igualdade de tratamento que a
Administração. Significa que toda e qualquer atividade Administração deve dispensar aos administrados que se
administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, encontrem em idêntica situação jurídica. Nesse ponto,
a atividade é lícita. Tal postulado, consagrado após representa uma faceta do princípio da isonomia. Por
séculos de evolução política, tem por origem mais outro lado, para que haja verdadeira impessoalidade,
próxima a criação do Estado de Direito, ou seja, do deve a Administração voltar-se exclusivamente para o
Estado que deve respeitar as próprias leis que edita”. interesse público, e não para o privado, vedando-se, em
conseqüência, sejam favorecidos alguns indivíduos em
O princípio da legalidade é considerado pelo Direito detrimento de outros e prejudicados alguns para
Constitucional como uma das maiores conquistas do favorecimento de outros”.
povo, porque a legalidade é, na verdade, uma barreira
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Celso Antônio Bandeira de Mello ensina que “no texto mesmo tempo, contempla os instrumentos processuais
constitucional há, ainda, algumas referências a adequados à proteção dos cofres públicos, admitindo,
aplicações concretas deste princípio, como ocorre no entre outras, ações de natureza cautelar de seqüestro e
art. 37, II, ao exigir que o ingresso em cargo, função ou arresto de bens e o bloqueio de contas bancárias e
emprego público depende de concurso público, aplicações financeiras, sem contar, logicamente, a ação
exatamente para que todos possam disputar-lhes o principal de perdimento de bens, ajuizada pelo
acesso em plena igualdade. Idem, no art. 37, XXI, ao Ministério Público ou pela pessoa de direito público
estabelecer que os contratos com a Administração interessada na reconstituição de seu patrimônio lesado.
direta e indireta dependerão de licitação pública que Outro instrumento relevante de tutela jurisdicional é a
assegure igualdade de todos os concorrentes. O mesmo ação popular, contemplada no art. 5º, LXXIII, da vigente
bem jurídico também está especificamente resguardado Constituição. Pela ação popular, regulamentada pela Lei
na exigência de licitação para permissões e concessões nº 4.717, de 29/6/65, qualquer cidadão pode deduzir a
de serviço público (art. 175)”. pretensão de anular atos do Poder Público
contaminados de imoralidade administrativa. Por fim,
Isto quer dizer que, o particular tem autonomia para
não se pode esquecer de também citar a ação civil
contratar quem quiser para a sua empresa. Já a
pública, prevista no art. 129, III, da CF, como uma das
Administração tem que observar o princípio da
funções institucionais do Ministério Público, e
impessoalidade devendo contratar, destarte, através de
regulamentada pela Lei nº 7.347, de 24/7/85, como
concurso público. O empresário pode contratar
outro dos instrumentos de proteção à moralidade
qualquer serviço e pelo valor que estiver de acordo. Por
administrativa”.
outro lado a Administração não tem autonomia de
vontade para isso, sendo necessário, portanto, a 4 – Publicidade: como a Administração não é titular do
realização de licitação para realizar contrato com aquele interesse público, o qual pertence ao povo, tudo aquilo
licitante que ofereceu a melhor proposta. que acontece na esfera administrativa deve ser
publicizado. É o dever de clareza e de transparência que
a Administração deve ter em relação aos titulares do
3 – Moralidade: obrigação de honestidade e de interesse público. A publicidade é também condição de
probidade. Ser honesto quer dizer ser fiel ao interesse validade dos atos administrativos, ou seja, apenas
público definido na lei. É exigido da Administração como quando se tornam claros, eles estão em conformidade
um todo, de cada agente público e também dos com a ordem jurídica.
particulares que se relacionam com a Administração.
Cumpre salientar que esse princípio traz duas únicas
Em Direito Administrativo a violação grave do dever de
exceções previstas no art. 5º, LX, quais sejam, restrição
moralidade é chamada de improbidade administrativa e
à publicidade determinada em lei para a proteção da
está prevista no artigo 37, parágrafo 4º, da CF/88 e na
intimidade (do particular ou do agente público) e o
lei nº 8.429/92.
interesse social.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, de acordo
O dever de motivação que a Administração Brasileira
com o princípio da moralidade “a Administração e seus
tem, ou seja, dever de expor por escrito as razões de
agentes tem de atuar na conformidade de princípios
fato e de direito que justificam a prática de qualquer
éticos. Violá-los implicará violação ao próprio Direito,
uma de suas condutas decorre do princípio da
configurando ilicitude que assujeita a conduta viciada a
publicidade.
invalidação, porquanto tal princípio assumiu foros de
pauta jurídica, na conformidade do art. 37 da Expõe José dos Santos Carvalho Filho que o princípio da
Constituição”. publicidade pode ser reclamado através de dois
instrumentos básicos: a) o direito de petição, pelo qual
José dos Santos Carvalho Filho, por sua vez, adverte que
os indivíduos podem dirigir-se aos órgãos
“a falta de moralidade administrativa pode afetar vários
administrativos para formular qualquer tipo de
aspectos da atividade da Administração. Quando a
postulação (art. 5º, XXXIV, ‘a’, CF); b) as certidões que,
imoralidade consiste em atos de improbidade, que,
expedidas por tais órgãos, registram a verdade de fatos
como regra, causam prejuízos ao erário público, o
administrativos, cuja publicidade permite aos
diploma regulador é a Lei nº 8.429, de 2/6/1992, que
administrados a defesa de seus direitos ou o
prevê as hipóteses configuradoras da falta de probidade
esclarecimento de certas situações (art. 5º, XXXIV, ‘b’,
na Administração, bem como estabelece as sanções
CF). Negado o exercício de tais direitos, ou ainda não
aplicáveis a agentes públicos e a terceiros, quando
veiculada a informação, ou veiculada incorretamente,
responsáveis por esse tipo ilegítimo de conduta. Ao
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Isonomia: A Administração não pode conceder 03. (2015 - CESPE - STJ - Técnico Judiciário -
privilégio a quem quer que seja, senão quando Administrativa) Julgue o seguinte item, referente a
determinado por lei. licitações, pregão e sistema de registro de preços.
Motivação: Todos os atos da Administração devem ser A impessoalidade é princípio que norteia a
motivados, isto é, o agente público deve expor os administração e está intimamente afeta às licitações
motivos que o levaram a tomar uma ou outra decisão. públicas.
Razoabilidade e Proporcionalidade: A Administração Certo - Errado
Pública deverá obedecer a critérios racionais em sua
atuação e os atos administrativos só serão válidos se 04. (2015 - CESPE - TCU - Auditor Federal de Controle
exercidos na extensão e intensidade proporcionais ao Externo - Conhecimentos Gerais) No que se refere a
atendimento do interesse público. ato administrativo, agente público e princípios da
Segurança jurídica: Não pode haver surpresas passíveis administração pública, julgue o próximo item.
de desestabilizar as relações sociais. A atividade da O princípio da eficiência, considerado um dos
Administração deve estar fundamentada em leis e não princípios inerentes à administração pública, não
em probabilidades. consta expressamente na CF.
Supremacia do interesse público: Fundamenta-se no Certo - Errado
fato de que nas relações jurídicas os interesses da
coletividade prevalecem sobre os interesses
particulares. Assim, a Administração Pública está em 05. (2015 - CESPE - TCU - Técnico Federal de Controle
uma posição hierarquicamente superior quando Externo - Conhecimentos Básicos) No que se refere aos
comparada com o particular. princípios e conceitos da administração pública e aos
servidores públicos, julgue o próximo item.
Ofenderá o princípio da impessoalidade a atuação
administrativa que contrariar, além da lei, a moral,
QUESTÕES SOBRE PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
os bons costumes, a honestidade ou os deveres de
PÚBLICA E REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO. boa administração.
Certo - Errado
01. (2015 - CESPE - FUB - Assistente em Administração) 06. (2015 - CESPE - FUB - Assistente em Administração)
A administração pública é regida por princípios A administração pública é regida por princípios
fundamentais que atingem todos os entes da fundamentais que atingem todos os entes da
Federação: União, estados, municípios e o Distrito Federação: União, estados, municípios e o Distrito
Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item
subsecutivo. subsecutivo.
Apesar de o princípio da moralidade exigir que os O princípio da legalidade limita a atuação do Estado
atos da administração pública sejam de ampla à legislação existente.
divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem Certo - Errado
a vida privada do cidadão.
Certo - Errado
07. (2015 - CESPE - FUB - Assistente em Administração)
A administração pública é regida por princípios
02. (2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista fundamentais que atingem todos os entes da
Legislativo) A respeito do regime jurídico Federação: União, estados, municípios e o Distrito
administrativo, julgue o item a seguir. Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item
subsecutivo.
O princípio da indisponibilidade do interesse público
não impede a administração pública de realizar De acordo com o princípio da moralidade, os agentes
acordos e transações. públicos devem atuar de forma neutra, sendo
proibida a atuação pautada pela promoção pessoal.
Certo - Errado
Certo - Errado
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08. (2015 - CESPE - FUB - Assistente em Administração) 12. (2014 - CESPE - ANTAQ - Conhecimentos Básicos -
A administração pública é regida por princípios Cargos 5 e 6) Com relação à administração pública e
fundamentais que atingem todos os entes da seus princípios fundamentais, julgue os próximos
Federação: União, estados, municípios e o Distrito itens.
Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item
O princípio da publicidade está relacionado à
subsecutivo.
exigência de ampla divulgação dos atos
Na hierarquia dos princípios da administração administrativos e de transparência da administração
pública, o mais importante é o princípio da pública, condições asseguradas, sem exceção, ao
legalidade, o primeiro a ser citado na CF. cidadão.
Certo - Errado Certo - Errado
11. (2015 - CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área 02. C 07. E 12. C
Administrativa) No que se refere ao regime jurídico- 03. C 08. E
administrativo brasileiro e aos princípios regentes da
04. E 09. C
administração pública, julgue o próximo item.
O princípio da eficiência está previsto no texto 05. E 10. C
constitucional de forma explícita.
Certo - Errado
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Empresas públicas
Conforme o art. 5º., inciso II do Decreto-Lei n. 200, de
1967, empresa pública é “a entidade dotada de
personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de
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AGENTES PÚBLICOS
Teoria Mista ou Eclética
Não devemos confundir os órgãos públicos com os
Os órgãos, de acordo com esta corrente, são formados
agentes públicos, pois estes são todas as pessoas físicas
por dois elementos: o agente e o complexo de
que exercem, mesmo transitoriamente, funções
atribuições. Como ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro,
públicas, abrangendo tanto o Presidente da República,
essa teoria incide na mesma falha que a subjetiva, pois
os Governadores, Prefeitos, Ministros, Secretários de
desaparecendo o agente desaparecerá o órgão.
Estado e de Município, Senadores, Deputados,
Vereadores, como os funcionários públicos, os
contratados pelo Poder Público para servirem-no sob
Teoria do Mandato ou da Representação
regime trabalhista, os servidores de autarquia, de
empresas e fundações públicas, os concessionários e O agente público é mandatário do Estado, é falha esta
permissionários, entre outros. teoria já que o Estado por não ter vontade própria não
poderia outorgar procuração.
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Órgãos Subalternos
Esta classificação apresenta-se em todas as pessoas
políticas, assim, no quadro abaixo, mostramos São os que se acham subordinados hierarquicamente a
exemplos. órgãos de decisão, exercendo principalmente funções
de execução.
Exemplo: Seções de Expediente e de Pessoal.
Órgãos Centrais Órgãos Locais
Pessoas Políticas
(Exemplos) (Exemplos)
Quanto à Estrutura:
Delegacia
Regional da
União Ministérios
Receita Órgãos Simples ou Unitários
Federal
São os constituídos por um único centro de atribuições,
Secretarias de Delegacias de sem subdivisões
Estados
Estado Polícia
Exemplo: Conselho de Defesa Nacional
Secretarias Regiões
Municípios
Municipais Administrativas
Órgãos compostos
Quanto à Posição Estatal: São os constituídos por vários outros órgãos.
Exemplo: Ministério, Secretaria e Congresso Nacional.
Órgãos Independentes
São os originários da Constituição e representativos dos
três Poderes do Estado, sem qualquer subordinação Quanto à Composição:
hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos
controles constitucionais de um sobre o outro.
Exemplo: a Chefia do Executivo (Presidência da Órgãos Singulares ou Unipessoais
República), as Casas Legislativas (Câmara dos São os integrados por um único agente.
Deputados, Senado Federal e Assembléia Legislativa) e
os Tribunais. Exemplo: Presidência da República
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Órgãos Coletivos, Colegiados ou Pluripessoais 02. (2015 - CESPE - TCE-RN - Inspetor - Administração,
Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) No que
São os constituídos por vários agentes. Exemplo:
tange às organizações sociais e aos serviços sociais
Tribunais e Congresso Nacional
autônomos, julgue o item seguinte.
Quanto às Funções
A qualificação de uma entidade como organização
social resulta de critério discricionário do ministério
Órgãos Ativos competente para supervisionar ou regular a área de
atividade correspondente ao objeto social.
São aqueles que desempenham uma atividade
administrativa ativa. Certo - Errado
Exemplo: Ministério
03. (2015 - CESPE - STJ - Analista Judiciário -
Administrativa) A respeito da organização
Órgãos Consultivos administrativa do Estado e do ato administrativo,
São aqueles que desempenham uma atividade julgue o item a seguir.
consultiva. O simples fato de o poder público passar a deter a
Exemplo: Conselho de Defesa Nacional maioria do capital social de uma empresa privada a
transforma em sociedade de economia mista,
independentemente de autorização legal.
Órgãos de Controle Certo - Errado
São aqueles que desempenham uma atividade de
controle sobre outros
04. (2015 - CESPE - STJ - Conhecimentos Básicos para o
Exemplo: Tribunal de Contas Cargo 17) A respeito da administração pública direta
e indireta e de atos administrativos, julgue o item a
seguir.
QUESTÕES SOBRE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
DA UNIÃO; ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a
criação de entidades da administração indireta,
como autarquias e fundações públicas.
Certo - Errado
01. (2015 - CESPE - TCE-RN - Inspetor - Administração,
Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) No que
tange às organizações sociais e aos serviços sociais 05. (2015 - CESPE - MPOG - Analista Técnico
autônomos, julgue o item seguinte. Administrativo - Cargo 2) A Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP) é uma entidade
Embora não integrem a administração pública, os
dotada de personalidade jurídica de direito privado,
serviços sociais autônomos, ou pessoas de
vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento
cooperação governamental, são pessoas jurídicas de
e Gestão (MP), órgão integrante da estrutura
direito público que produzem benefícios para grupos
administrativa da União. Considerando essas
sociais ou categorias profissionais.
informações, julgue o próximo item.
Certo - Errado
A criação de pessoa jurídica de direito privado
integrante da administração pública dá-se por meio
da inscrição de seus atos constitutivos no registro
público competente, desde que haja autorização
legal.
Certo - Errado
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06. (2015 - CESPE - FUB - Administrador) A respeito da 11. (2015 - CESPE - FUB - Auditor) No que diz respeito
administração direta e indireta, julgue o item a ao controle da administração pública, julgue o item
seguir. subsecutivo.
As fundações públicas de personalidade jurídica de Tanto na empresa pública, quanto na sociedade de
direito público, na área federal, são entidades da economia mista, há derrogação apenas parcial do
administração direta. regime de direito público pelo regime de direito
privado.
Certo - Errado
Certo - Errado
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Forma Legal ou Forma Própria Por ele a Administração manifesta seu poder e sua
vontade, ou atesta simplesmente situações
No Direito Administrativo, o aspecto formal do ato tem
preexistentes.
muito mais relevância que no Direito Privado, já que a
observância à forma e ao procedimento constitui
garantia jurídica para o administrador e para a
ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO
Administração. É pela forma que se torna possível o
controle do ato administrativo. Apenas a título de Segundo Hely Lopes Meirelles, podemos agrupar os
esclarecimento, advirta-se que, na concepção restrita atos administrativos em 5 cinco tipos:
da forma, considera-se cada ato isoladamente e, na Atos normativos: são aqueles que contém um comando
concepção ampla, considera-se o ato dentro de um geral do Executivo visando ao cumprimento de uma lei.
procedimento (sucessão de atos administrativos da Podem apresentar-se com a característica de
decisão final). A observância à forma não significa, generalidade e abstração (decreto geral que
entretanto, que a Administração esteja sujeita a formas regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção
rígidas e sacramentais. (decreto de nomeação de um servidor). Segundo
O que se exige é que a forma seja adotada como regra, Márcio Fernando Elias Rosa, são exemplos:
para que tudo seja passível de verificação. regulamento, decreto, regimento e resolução.
Normalmente, as formas são mais rigorosas quando Atos ordinatórios: são os que visam a disciplinar o
estão em jogo direito dos administrados (ex.: concursos funcionamento da Administração e a conduta funcional
públicos, licitações e processos disciplinares). Até de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é,
mesmo o silêncio significa forma de manifestação de podem ser expedidos por chefes de serviços aos seus
vontade, quando a lei o prevê. Forma é o elemento subordinados. Logo, não obrigam aos particulares.
exteriorizador do ato administrativo, o modo pelo qual
o mesmo se apresenta. Segundo Rosa, são exemplos: instruções, avisos, ofícios,
portarias, ordens de serviço ou memorandos.
Atos negociais: são todos aqueles que contêm uma
Motivo ou Causa declaração de vontade da Administração apta a
É a situação fática ou jurídica cuja ocorrência autoriza concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir
ou determina a prática do ato. Não deve ser confundido certa faculdade ao particular, nas condições impostas
com motivação do ato que é a exposição dos motivos, ou consentidas pelo Poder Público. De acordo com
isto é, a demonstração de que os pressupostos de fato Rosa, são exemplos: licença, autorização e permissão.
realmente existiram. Atos enunciativos: são todos aqueles em que a
Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, o Administração se limita a certificar ou a atestar um fato,
administrador fica vinculado aos motivos declinados ou emitir uma opinião sobre determinado assunto,
para a prática do ato, sujeitando-se à demonstração de constantes de registros, processos e arquivos públicos,
sua ocorrência, mesmo que não estivesse obrigado a sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e
explicitá-los. ao conteúdo. Segundo Rosa, são exemplos: certidões,
Quando o motivo não for exigido para a perfeição do atestados e pareceres.
ato, fica o agente com a faculdade discricionária de Atos punitivos: são aqueles que contêm uma sanção
praticá-lo sem motivação, mas se o tiver, vincula-se aos imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando
motivos expostos passando a valer o ato se todos os a punir as infrações administrativas e condutas
motivos alegados forem verdadeiros. irregulares de servidores ou de particulares perante a
Administração. Segundo Rosa, são exemplos: multa
administrativa, interdição administrativa, destruição de
Objeto ou Conteúdo
coisas e afastamento temporário de cargo ou função
É o efeito imediato que ato administrativo produz, pública.
enuncia, prescreve ou dispõe.
Assim como o ato jurídico, requer objeto lícito, possível,
certo e moral. Visa a criar, a modificar ou a comprovar
situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou
atividades sujeitas à ação do Poder Público.
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
intimamente ao exercício dos chamados direitos fé, como antes já foi dito, mas jamais que a nomeação
potestativos. Ora, o direito da administração de anular em si tornou-se inatacável pela decadência. O mesmo
atos administrativos que produzam efeitos favoráveis ocorreria com a expressa determinação de nulidade dos
aos destinatários é típico exemplo de direito atos mencionados no art. 21 da lei complementar nº
potestativo, os quais devem ter prazo fixado para o seu 1001/00.
exercício, para que não se sujeite aquele a quem o ato
Há que se distinguir, portanto, a anulação, sujeita ao
beneficie a eterna possibilidade de intervenção em sua
prazo decadencial de cinco anos, previsto no art. 54 da
esfera jurídica pela simples manifestação de vontade da
lei nº 9.784/99, da declaração de nulidade, que pode
administração.
ser feita a qualquer tempo, justamente por se tratar de
Por outro lado, o princípio da segurança jurídica impede mera declaração, que como tal, não se sujeita a prazo.
a perpetuação de controvérsias e privilegia a
sedimentação das relações jurídicas.
QUESTÕES SOBRE ATOS ADMINISTRATIVOS
Por tal razão, mesmo antes do advento da lei nº
9.784/99 já se defendia, tanto na doutrina quanto na
jurisprudência, a existência de um prazo razoável para
se proceder à anulação dos atos administrativos de que
decorressem efeitos favoráveis para os administrados,
ficando, caso a caso, sujeito ao prudente arbítrio do 01. (2015 - CESPE - FUB - Administrador) Julgue o item
julgador ou do aplicador do direito a fixação de um subsequente, no que se refere a atos
prazo tido como razoável. O mérito inegável da lei nº administrativos.
9.784/99 foi uniformizar esse prazo, estabelecendo-o
como regra imperativa e uniforme para a administração Competência, finalidade, forma, motivo e objeto são
federal. Ressalte-se que o reconhecimento da existência requisitos fundamentais do ato administrativo, sem
do subprincípio da segurança jurídica como princípio os quais este se torna nulo.
constitucional é o que torna possível a existência do Certo - Errado
próprio art. 54 da lei nº 9.784/99, pois caso contrário,
seria ele mesmo violador do princípio da legalidade.
02. (2015 - CESPE - TCE-RN - Assessor Técnico Jurídico -
Logo, tratando-se de ato anulável, deve a administração
Cargo 2) A respeito dos atos administrativos em
anulá-lo ou convalidá-lo expressamente dentro do
espécie e da intervenção do Estado na propriedade
prazo decadencial de cinco anos, sob pena de depois de
privada, julgue o item seguinte.
exaurido este prazo, o ato tornar-se convalidado
tacitamente, e, portanto, intocável, por decaído o O parecer é ato administrativo em espécie que,
direito de decretar-lhe a anulação. quando obrigatório, vincula a decisão a ser proferida
pela autoridade competente.
Já no que se refere à declaração de nulidade, não se
pode aceitar que haja prazo para fazê-lo. O que se pode Certo - Errado
considerar é que os atos administrativos viciados que
não se encontrem sob o manto do art. 54, caput, da Lei
Federal n. 9.784/99, possam ser administrativamente 03. (2015 - CESPE - TCE-RN - Inspetor - Administração,
invalidados a qualquer tempo, desde que os terceiros Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) Com
de boa-fé prejudicados tenham seus possíveis prejuízos relação aos atos administrativos, julgue o item
ressarcidos, e, especialmente, que a má-fé do subsecutivo.
beneficiário seja comprovada. Um ato administrativo praticado por pessoa que não
Como se poderia entender que a nomeação de servidor tenha competência para tal não poderá ser
público para cargo efetivo sem o atendimento a convalidado, pois, assim como os vícios de motivo e
exigência de prévia aprovação em concurso público objeto, o vício de competência é insanável.
esteja sujeita a prazo, diante de sua visceral nulidade e Certo - Errado
da expressa determinação contida no parágrafo
segundo da Constituição que expressamente o declara
nulo?
O que se pode aceitar é a convalidação dos atos
praticados por tal servidor que atinjam terceiros de boa-
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
04. (2015 - CESPE - STJ - Técnico Judiciário - 08. (2015 - CESPE - TCU - Técnico Federal de Controle
Administrativa) Julgue o item seguinte, acerca do Externo - Conhecimentos Específicos) Julgue o item
direito administrativo e da prática dos atos seguinte, relativo ao ato administrativo.
administrativos.
Ao delegar a prática de determinado ato
O decreto é ato administrativo que pode ser administrativo, a autoridade delegante transfere a
praticado tanto pelo chefe do Poder Executivo titularidade para sua prática.
quanto pelos presidentes dos tribunais superiores.
Certo - Errado
Certo - Errado
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
14. (2014 - CESPE - ANTAQ - Técnico Administrativo) PODERES ADMINISTRATIVOS: PODER HIERÁRQUICO;
Acerca dos atos administrativos, julgue o item a PODER DISCIPLINAR; PODER REGULAMENTAR; PODER
seguir. DE POLÍCIA; USO E ABUSO DO PODER.
A competência, um dos requisitos do ato
administrativo, é intransferível, sendo vedada a sua
delegação.
Os Poderes Administrativos são inerentes à
Certo - Errado Administração Pública e possuem caráter instrumental,
ou seja, são instrumentos de trabalho essenciais para
que a Administração possa desempenhar as suas
15. (2014 - CESPE - ANATEL - Analista Administrativo - funções atendendo o interesse público. Os poderes são
Direito) Julgue o item, a respeito de atos e processos verdadeiros poderes-deveres, pois a Administração não
administrativos. apenas pode como tem a obrigação de exercê-los.
Os atos administrativos são praticados por servidores
e empregados públicos, bem como por determinados
CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES
particulares, a exemplo dos concessionários e
permissionários de serviços públicos e oficiais de Poder Vinculado
cartórios. Poder Discricionário
Certo - Errado Poder Hierárquico
Poder Disciplinar
Poder Regulamentar
Poder de Polícia
PODER VINCULADO
É o Poder que tem a Administração Pública de praticar
certos atos "sem qualquer margem de liberdade". A lei
GABARITO encarrega-se de prescrever, com detalhes, se, quando e
como a Administração deve agir, determinando os
QUESTÕES SOBRE ATOS ADMINISTRATIVOS elementos e requisitos necessários.
Ex.: A prática de ato (portaria) de aposentadoria de
servidor público.
01. C 06. E 11. C
02. C 07. C 12. E
PODER DISCRICIONÁRIO
03. E 08. E 13. E
04. E 09. E 14. E É aquele pelo qual a Administração Pública de modo
05. C 10. C 15. C explícito ou implícito, pratica atos administrativos com
liberdade de escolha de sua conveniência,
oportunidade e conteúdo.
A discricionariedade é a liberdade de escolha dentro de
limites permitidos em lei, não se confunde com
arbitrariedade que é ação contrária ou excedente da lei.
Ex : Autorização para porte de arma; Exoneração de um
ocupante de cargo em comissão.
PODER HIERÁRQUICO
É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona
as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de
seus agentes, estabelece a relação de subordinação
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. ampla, porque o interesse público é amplo. Segundo o
No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e CTN “Interesse público é aquele concernente à
avoca-se. segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou
PODER DISCIPLINAR autorização do Poder Público, à tranquilidade pública
É aquele através do qual a lei permite a Administração ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais”
Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de (Código Tributário Nacional, art. 78 segunda parte).
seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina
dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da
LIMITES DO PODER DE POLÍCIA
punição por parte do superior hierárquico é um poder-
dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada
Administração Pública (Código Penal, art. 320). para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações
ao interesse público;
Ex.: Aplicação de pena de suspensão ao servidor
público. Proporcionalidade/razoabilidade – é a relação entre a
limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado;
Poder disciplinar não se confunde com Poder
Hierárquico. No Poder hierárquico, a administração Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o
pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e dano a interesse público. Para ser eficaz a
de seus servidores. No Poder disciplinar ela Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário
responsabiliza os seus servidores pelas faltas cometidas. para executar as sua decisões, é o que se chama de
auto-executoriedade.
PODER REGULAMENTAR
É aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executivos
(Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir
decretos e regulamentos para complementar, explicitar
QUESTÕES SOBRE PODERES ADMINISTRATIVOS:
(detalhar) a lei visando sua fiel execução. A CF/88
PODER HIERÁRQUICO; PODER DISCIPLINAR; PODER
dispõe que :
REGULAMENTAR; PODER DE POLÍCIA; USO E ABUSO
“Art. 84 - Compete privativamente ao DO PODER.
Presidente da República:
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução”; 01. (2015 - CESPE - TJ-DFT - Técnico Judiciário -
Administrativa) Julgue o item que se segue, a respeito
O direito brasileiro não admite os chamados "decretos
dos atos administrativos.
autônomos", ou seja aqueles que trazem matéria
reservada à lei. Configura-se abuso de poder por desvio de poder no
caso de vício de finalidade do ato administrativo, e
abuso de poder por excesso de poder quando o ato
PODER DE POLÍCIA administrativo é praticado por agente que exorbita a
sua competência.
“Considera-se poder de polícia a atividade da
administração pública que, limitando o disciplinando Certo - Errado
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de interesse público...”
(Código Tributário Nacional, art. 78, primeira parte)”
Em resumo: através do qual a Administração Pública
tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício
do interesse público.
Extensão do Poder de Polícia - A extensão é bastante
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
02. (2015 - CESPE - Telebras - Conhecimentos Básicos 06. (2015 - CESPE - STJ - Analista Judiciário -
para os Cargos 5, 8 a 12) Em alguns estados e Administrativa) No tocante aos poderes
municípios brasileiros foi instituída restrição administrativos, julgue o seguinte item.
periódica de trânsito de veículos automotores,
O desvio de finalidade é uma espécie de abuso de
popularmente conhecida como rodízio. Tendo como
poder em que o agente público, apesar de agir
referência os poderes da administração pública,
dentro dos limites de sua competência, pratica
julgue o item a seguir a respeito desse assunto.
determinado ato com objetivo diverso daquele
O estabelecimento da restrição de trânsito de pautado pelo interesse público.
veículos automotores deve ser feito de forma
Certo - Errado
criteriosa para evitar desvio de poder, o que ocorre
quando a limitação é feita com base, por exemplo,
exclusivamente no ano de fabricação do veículo. 07. (2015 - CESPE - STJ - Analista Judiciário -
Certo - Errado Administrativa) No tocante aos poderes
administrativos, julgue o seguinte item.
03. (2015 - CESPE - Telebras - Conhecimentos Básicos A relação entre a administração direta e as entidades
para os Cargos 5, 8 a 12) Em alguns estados e que integram a administração indireta pressupõe a
municípios brasileiros foi instituída restrição existência do poder hierárquico entre ambas.
periódica de trânsito de veículos automotores, Certo - Errado
popularmente conhecida como rodízio. Tendo como
referência os poderes da administração pública,
julgue o item a seguir a respeito desse assunto. 08. (2015 - CESPE - MPOG - Técnico de Nível Superior -
O rodízio de automóveis estabelecido pela Cargo 22) Considerando os poderes regulamentar,
administração pública configura exercício do poder disciplinar e hierárquico da administração pública,
de polícia. julgue o seguinte item.
Certo - Errado
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
11. (2015 - CESPE - FUB - Auditor) Paulo foi aprovado 16. (2015 - CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área
em concurso para analista, que exigia nível superior. Administrativa) Julgue o item que se segue,
Nomeado e empossado, Paulo passou a referentes aos poderes da administração pública.
desempenhar suas funções com aparência de
O excesso de poder, espécie de abuso de poder,
legalidade. Posteriormente, constatou-se que Paulo
ocorre quando o agente público ultrapassa os limites
jamais havia colado grau em instituição de ensino
impostos a suas atribuições.
superior, detendo, como titulação máxima, o ensino
médio. Certo - Errado
Considerando essa situação hipotética, julgue o item
seguinte. 17. (2015 - CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área
Paulo desempenhou suas funções com excesso de Administrativa) Julgue o item que se segue,
poder. referentes aos poderes da administração pública.
Certo - Errado O poder hierárquico é aquele que confere à
administração pública a capacidade de aplicar
penalidades.
12. (2015 - CESPE - FUB - Auditor) Acerca dos poderes
Certo - Errado
administrativos, julgue o item que se segue.
No Brasil, apenas excepcionalmente se admite ato
normativo primário no exercício do poder
regulamentar da administração pública.
Certo - Errado
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
O recurso hierárquico tem sempre efeito devolutivo e perda do prazo para aplicação de penalidades
pode ter efeito suspensivo, se previsto em lei. Atente-se administrativas.
que, se cabe recurso administrativo com efeito
Na ausência de lei específica estabelecendo prazo para
suspensivo e esse for interposto, é vedada a impetração
recorrer, aplica-se, na esfera federal, a Lei 9.784/99,
de mandado de segurança, conforme estabelece o art.
que disciplina o processo administrativo no âmbito da
5º, I da Lei federal 1533/51, que regula o mandado de
Administração Pública Federal. O artigo 59 estabelece
segurança, até que seja decidido.
que “salvo disposição legal específica, é de dez dias o
prazo para interposição de recurso administrativo,
contado a partir da ciência ou divulgação oficial da
O recurso hierárquico pode ser voluntário ou de ofício.
decisão recorrida”. Nada impede, porém, que a
Na decisão do recurso, o órgão ou autoridade Administração conheça de recursos extemporâneos,
competente tem amplo poder de revisão, podendo desde que constate assistir razão ao interessado.
confirmar, desfazer ou modificar o ato impugnado.
No silêncio da lei, o prazo para que a Administração
Entretanto, a reforma não pode impor ao recorrente
reveja os próprios atos, com o objetivo de corrigi-los ou
um maior gravame (reformatio in pejus).
invalidá-los, é o mesmo em que se dá a prescrição
Pedido de revisão – É o recurso utilizado pelo servidor judicial. Na esfera federal, o artigo 54 da Lei 9.784/99
público punido pela Administração, visando ao reexame prevê que “o direito da Administração de anular os atos
da decisão, no caso de surgirem fatos novos suscetíveis administrativos de que decorram efeitos favoráveis
de demonstrar a sua inocência. Pode ser interposto pelo para os destinatários decai em cinco anos, contados da
próprio interessado, por seu procurador ou por data em que foram praticados, salvo se comprovada
terceiros, conforme dispuser a lei estatutária. É má-fé.”
admissível até mesmo após o falecimento do
Com relação aos prazos para punir, são fatais para a
interessado.
Administração. Na esfera federal, prescreve em 180
dias a pena de advertência, em dois anos a de
Coisa julgada administrativa suspensão e em cinco anos as de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
Quando inexiste, no âmbito administrativo, em comissão (art. 142 da Lei 8.112/90).
possibilidade de reforma da decisão oferecida pela
Administração Pública, está-se diante da coisa julgada Quando se trata de punição decorrente do exercício do
administrativa. Esta não tem o alcance da coisa julgada poder de polícia, a Lei 9.873/99 estabelece prazo de
judicial, porque o ato jurisdicional da Administração prescrição de cinco anos, contados da data da prática
Pública é tão-só um ato administrativo decisório, do ato ou, no caso de infração permanente ou
destituído do poder de dizer do direito em caráter continuada, do dia em que tiver cessado.
definitivo. Tal prerrogativa, no Brasil, é só do Judiciário. Em caso de paralisação do procedimento administrativo
A imodificabilidade da decisão da Administração Pública de apuração de infração, por período superior a três
só encontra consistência na esfera administrativa. anos, também incide a prescrição, sem prejuízo da
Perante o Judiciário, qualquer decisão administrativa apuração da responsabilidade funcional decorrente da
pode ser modificada, salvo se também essa via estiver paralisação. Se o fato objeto da ação punitiva da
prescrita. Administração for crime, a prescrição reger-se-á pelo
prazo previsto na ação penal.
Portanto, a expressão “coisa julgada”, no Direito
Administrativo, não tem o mesmo sentido que no
Direito Judiciário. Ela significa apenas que a decisão se O silêncio da Administração Pública
tornou irretratável pela própria Administração.
Quando a Administração deixa de se pronunciar sobre
um pedido que lhe é apresentado pelo administrado na
Prescrição administrativa defesa de seus interesses, tem-se o silêncio
administrativo, que é um fato jurídico.
Por um lado, a prescrição administrativa designa a
perda do prazo para recorrer de decisão administrativa; A falta de pronunciamento dentro do prazo fixado pode
por outro, significa a perda do prazo para que a significar deferimento ou indeferimento do pedido e
Administração reveja os próprios atos. Indica também a concordância ou oposição ao ato controlado.
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Se não existir prazo para a manifestação da República, que deverão responder no prazo de 30 dias,
Administração e o silêncio persistir, o interessado deve sob pena de crime de responsabilidade (art. 50, § 2º);
buscar a satisfação de seu direito perante o Judiciário.
4. a apuração de irregularidades pelas Comissões
Este decidirá em favor do interessado se entender que
Parlamentares de Inquérito (art. 58, § 3º);
entre o seu pedido e a data da invocação da tutela
judicial decorreu um prazo razoável, isto é, um período 5. a competência do Senado Federal para processar e
de tempo suficiente para que a Administração se julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos
pronunciasse sobre o pedido. crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de
Estado e os Comandantes das Forças Armadas, nos
A omissão da Administração deve acarretar a
crimes da mesma natureza conexos com aqueles; a
responsabilização do servidor negligente, bem como a
competência para processar e julgar os Ministros do
responsabilização da Administração, nos termos do
STF, o Procurador-Geral da República e o Advogado
artigo 37, § 6º da CF, quando causar dano ao
Geral da União, nos crimes de responsabilidade (art, 52,
administrado.
I e II);
CONTROLE LEGISLATIVO
6. a competência do Senado para fixar, por proposta do
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a Presidente da República, limites globais para o
Administração Pública limita-se às hipóteses previstas montante da dívida consolidada da União, dos Estados,
na Constituição Federal. Alcança os órgãos do Poder do DF e dos Municípios; para dispor sobre limites
Executivo, as entidades da Administração Indireta e o globais e condições para as operações de crédito
próprio Poder Judiciário, quando executa função externo e interno da União, dos Estados, do DF e dos
administrativa. Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo Poder Público Federal; para dispor
sobre limites e condições para a concessão de garantia
Controle político da União em operações de crédito externo e interno
O controle abrange aspectos ora de legalidade, ora de (art. 52, VI, VII e VIII);
mérito, já que permite a apreciação das decisões 7. a competência do Congresso Nacional para sustar os
administrativas sob o aspecto inclusive da atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
discricionariedade, ou seja, da oportunidade e poder regulamentar ou dos limites de delegação
conveniência diante do interesse público. legislativa (art. 49, V);
São hipóteses de controle político:
1. a competência exclusiva do Congresso Nacional e do CONTROLE FINANCEIRO
Senado para apreciar a priori ou a posteriori os atos do
A Constituição disciplina, nos artigos 70 a 75, a
Poder Executivo (art. 49, I, II, III, IV, XII, XIV, XVI e XVII, e
fiscalização contábil, financeira e orçamentária,
art. 52, II, IV, V e XI); a decisão, nesses casos, expressa-
determinando que essas normas se aplicam, no que
se por meio de autorização ou aprovação contida em
couber, à organização, composição e fiscalização dos
decreto legislativo ou resolução;
Tribunais de Contas dos Estados e do DF, bem como dos
2. a convocação de Ministro de Estado ou quaisquer Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
titulares de órgãos diretamente subordinados à
Quanto à atividade controlada, a fiscalização abrange a
Presidência da República, pela Câmara dos Deputados
contábil, a financeira, a orçamentária, a operacional e a
ou pelo Senado, bem como por qualquer de suas
patrimonial.
comissões, para prestar, pessoalmente, informações
sobre assunto previamente determinado, importando Quanto aos aspectos controlados, compreende:
crime de responsabilidade a ausência sem justificação
1. controle de legalidade dos atos de que resultem a
(art. 50);
arrecadação da receita ou a realização da despesa, o
3. o encaminhamento de pedidos escritos de nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
informação, pelas Mesas da Câmara e do Senado,
2. controle de legitimidade, que a Constituição tem
dirigidos aos Ministros ou a quaisquer titulares de
como diverso da legalidade, admitindo, assim, exame
órgãos diretamente subordinados à Presidência da
de mérito (ex; verificar se determinada despesa,
30
POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
embora legal, atendeu a ordem de prioridade 6. corretivas, quando assina prazo para que o órgão ou
estabelecida no plano plurianual) entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; e quando
3. controle de economicidade, que envolve também
susta, se não atendido, a execução do ato impugnado,
questão de mérito, para verificar se o órgão procedeu,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao
na aplicação da despesa pública, de modo mais
Senado;
econômico (relação custo-benefício)
7. de ouvidor, quando recebe denúncias de
4. controle de fidelidade funcional dos agentes da
irregularidades ou ilegalidades, feita pelos responsáveis
administração responsáveis por bens e valores públicos;
pelo controle interno ou por qualquer cidadão, partido
5. controle de resultados de cumprimento de político, associação ou sindicato, nos termos do artigo
programas de trabalho e de metas, expresso em termos 74, §§ 1º e 2º.
monetários e em termos de realização de obras e
No âmbito municipal, o artigo 31 da Constituição prevê
prestação de serviços.
o controle externo da Câmara Municipal, com o auxílio
Quanto às pessoas controladas, abrange União, Estados, dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município,
Municípios, DF e entidades da Administração Direta e onde houver. Pelo § 2º, o parecer prévio emitido pelo
Indireta, bem como qualquer pessoa física ou entidade órgão competente sobre as contas anuais do Prefeito só
pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos membros
administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos da Câmara Municipal. E o § 3º determina que as contas
quais a União responda, ou que, em nome desta, dos Municípios ficarão, durante 60 dias, anualmente, à
assuma obrigações de natureza pecuniária. disposição de qualquer contribuinte, para exame e
O controle externo compreende as funções de: apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei. É mais uma hipótese de
1. fiscalização financeira propriamente dita, quando faz participação popular no controle da Administração.
inquéritos, inspeções e auditorias; quando fiscaliza a
aplicação de quaisquer recursos repassados pela União,
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros CONTROLE PELO TRIBUNAL DE CONTAS
instrumentos congêneres, a Estado, ao DF ou a
Município; O Tribunal de Contas é dotado de autonomia, estrutura
e competências equivalentes aos Poderes do Judiciário.
2. de consulta, quando emite parecer prévio sobre as Sua função é exatamente fiscalizar os atos da
contas prestadas anualmente pelo Presidente da administração pública. Com poderes únicos e diferentes
República; dos de outras instituições.
3. de informação, quando as presta ao Congresso A fiscalização movida pelo Tribunal de Contas que atua
Nacional, sobre a fiscalização contábil, financeira, auxiliando o legislativo é a de fiscalizar a contabilidade,
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre as movimentações financeiras, orçamentárias,
resultados de auditorias e inspeções realizadas; patrimoniais e operacionais da administração pública. O
4. de julgamento, quando “julga” as contas dos Tribunal de Contas é integrado por nove membros, que
administradores e demais responsáveis por dinheiros, devem ter mais de 35 e menos de 65 anos. Os ministros
bens e valores públicos e as contas daqueles que derem formadores do Tribunal de Contas devem ser cerceados
causa à perda, extravio ou outra irregularidade de que por idoneidade moral e reputação adequada, além de
resulte prejuízo ao erário; embora o dispositivo fale em contarem com um vasto conhecimento jurídico, tais
“julgar” (art. 71, II), não se trata de função jurisdicional, ministros recebem as mesmas garantias, prerrogativas e
porque o Tribunal de Contas apenas examina as contas, impedimentos dos ministros do superior tribunal de
tecnicamente, e não aprecia a responsabilidade do justiça. Um terço deles são nomeados pelo Presidente
agente público, o que é de competência exclusiva do da República e os dois terços restantes são nomeados
Poder Judiciário; pelo congresso nacional. Cabe ao Tribunal de Contas
um parecer prévio sobre as contas do Presidente da
5. sancionatórias, quando aplica aos responsáveis, nos República e o julgamento das contas dos
casos de ilegalidade de despesa ou irregularidade de administradores públicos.
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao dano Controle Judicial
causado ao erário; O controle judiciário (ou judicial) é o exercido pelos
órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos
31
POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
praticados pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo seja qual for o artifício que a encubra; não é permitido
ou pelo próprio Poder Judiciário, quando realiza pronunciar-se sobre o mérito administrativo.
atividades administrativas. É sempre a posteriori,
somente relativo à legalidade dos atos administrativos.
O controle judicial é, sobretudo, um meio de Atos sujeitos a controle especial
preservação de direitos individuais dos administrados - atos políticos: são os que, praticados por agentes do
(nisso diferindo do controle político, exercido pelo Governo, no uso de sua competência constitucional, se
Legislativo). O Poder Judiciário, no exercício de sua fundam na ampla liberdade de apreciação da
atividade jurisdicional, sempre age mediante conveniência ou oportunidade de sua realização, sem se
provocação do interessado ou do legitimado (em casos aterem a critérios jurídicos preestabelecidos.
como o da ação popular ou a ação civil pública pode não
existir interesse direto do autor relativamente ao bem - atos legislativos: a lei, propriamente dita. Não ficam
ou direito lesado). sujeitos a anulação judicial pelos meios processuais
comuns, e sim pela via especial da Ação direta de
Importante lembrarmos que não se admite a aferição Inconstitucionalidade (Lei 9868/99), tanto para a lei em
do mérito administrativo pelo poder Judiciário. Se fosse tese como para os demais atos normativos (art. 102 e
dado ao juiz decidir sobre a legitimidade da valoração 103 da CF/88).
de oportunidade e conveniência realizada pelo
administrador na prática de atos discricionários de sua - atos interna corporis: não é tudo que provém do seio
competência, estaria esse mesmo juiz substituindo o da Câmara ou de suas deliberações internas. São só
administrador no exercício dessa atividade valorativa. aquelas questões ou assuntos que entendem direta e
imediatamente com a economia interna da corporação
Não se deve, entretanto, confundir a vedação de que o legislativa, com seus privilégios e com formação
Judiciário aprecie o mérito administrativo com a ideológica da lei, que, por sua própria natureza, são
possibilidade de aferição pelo Poder Judiciário da reservados à exclusiva apreciação e deliberação do
legalidade dos atos discricionários. O que o Judiciário Plenário da Câmara. Também são vedados à revisão
não pode é invalidar, devido ao acima explicado, a judicial. Meios de Controle Jurisdicional
escolha pelo administrador (resultado de sua valoração
de oportunidade e conveniência administrativas) dos São as vias processuais de procedimento ordinário,
elementos motivo e objeto desses atos, que formam o sumário ou especial de que dispõe o titular do direito
chamado mérito administrativo, desde que feita, essa lesado ou ameaçado de lesão para obter a anulação do
escolha, dentro dos limites da lei. No ato administrativo ato ilegal em ação contra a Administração Pública.
discricionário, além desses dois, temos outros três - mandado de segurança individual: destina-se a coibir
elementos que são vinculados (competência, finalidade atos ilegais da autoridade que lesem direito subjetivo,
e forma) e, por conseguinte, podem, e devem, ser líquido e certo do impetrante, não amparado por
aferidos pelo poder Judiciário quanto à sua legalidade. habeas corpus ou habeas data. O prazo para
Vale repisar: impetração é de 120 dias do conhecimento oficial do
• ato discricionário, como qualquer outro ato ato a ser impugnado (Lei 1533/51 e 4348/64; CF, art. 5º,
administrativo, está sujeito à apreciação judicial; apenas LXIX).
em relação a dois de seus elementos – motivo e objeto - - mandado de segurança coletivo: seus pressupostos
não há, em princípio, essa possibilidade. são os mesmos do individual, inclusive quanto ao
• Atos sujeitos a controle comum São os atos direito líquido e certo, só que a tutela não é individual,
administrativos, em geral. A competência do Judiciário mas coletiva (CF, art. 5º, LXX).
para a revisão de atos restringe-se ao controle da - ação popular: é um instrumento de defesa dos
legalidade e da legitimidade do ato impugnado; por interesses da coletividade, utilizável por qualquer
legalidade entende-se a conformidade do ato com a cidadão, no gozo de seus direitos cívicos e políticos. O
norma que o rege; por legitimidade entende-se a beneficiário direto e imediato é o povo (CF, art. 5º,
conformidade do ato com a moral administrativa e o LXXIII).
interesse coletivo, indissociáveis de toda atividade
pública. É permitido perquirir todos os aspectos de - ação civil pública: ampara os direitos difusos e
legalidade e legitimidade para descobrir e pronunciar a coletivos, não se prestando para direitos individuais,
nulidade do ato administrativo onde ela se encontre, e nem se destinando à reparação de prejuízos (Lei nº
7347/85; CF art. 129, III).
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
- mandado de injunção: ampara quem se considerar c) exercido pelo Legislativo, pelo Judiciário e pela
prejudicado pela falta de norma regulamentadora que própria Administração, sem prejuízo da participação do
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 5 usuário no bom desempenho das funções
constitucionais e das prerrogativas inerentes a direitos e administrativas, o que lhes confere, inclusive, direito à
liberdades constitucionais e à nacionalidade, à informações sobre a atuação do governo.
soberania e à cidadania (CF, art. 5º. LXXI).
d) exercido pelo Judiciário, que se consubstancia em
- habeas data: assegura o conhecimento de registros verificação interna dos princípios expressos, tais como,
concernentes ao postulante e constantes de repartições legalidade, impessoalidade e supremacia do interesse
públicas ou particulares acessíveis ao público, ou para público.
retificação de seus dados pessoais (Lei 9507/97; CF, art.
e) legislativo externo, que se presta somente à
5º, LXXII).
verificação da observância dos princípios expressos e da
- ação direta de inconstitucionalidade: é usada para discricionariedade da Administração.
atacar a lei em tese ou qualquer outro ato normativo
antes mesmo de produzir efeitos concretos (CF, art.102,
I e 103).
- medida cautelar: feito pelo arguente de 02. (FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário -
inconstitucionalidade, será julgado pelo STF; exige os Área Administrativa) Considere:
pressupostos das cautelares comuns. A liminar I. Convocação de Ministro de Estado por Comissão do
suspende a execução da lei, mas não o que se Senado Federal para prestar, pessoalmente,
aperfeiçoou durante sua vigência. Produz efeitos ex informações sobre o tema da demarcação de terras
nunc. indígenas.
- ação de inconstitucionalidade por omissão: objetiva e II. Controle administrativo sobre órgãos da
expedição de ato normativo necessário para o Administração Direta.
cumprimento de preceito constitucional que, sem ele,
não poderia ser aplicado.
- ação declaratória de constitucionalidade: de lei ou ato Acerca do Controle da Administração pública, os itens I
normativo, será apreciada pelo STF, a decisão definitiva e II correspondem, respectivamente, a controle
de mérito tem efeito erga omnes.
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
interpôs recurso e o ato está sob apreciação da objeto de recurso e que tenha nele proferido decisão
autoridade hierarquicamente superior a Tales. desfavorável.
Entretanto, após a interposição do recurso, Tales decide
revogar o ato praticado. Na hipótese narrada, Tales
05. (TRF - 4ª REGIÃO - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz
Substituto) Assinale a alternativa INCORRETA.
a) ou seu superior podem revogar o ato,
a) O Supremo Tribunal Federal possui orientação no
independentemente do recurso interposto por Felipe.
sentido de que a contratação em caráter precário, para
b) poderá revogar o ato a qualquer tempo, sendo o o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual
único competente para tanto. foi promovido concurso público, implica preterição de
candidato habilitado quando ainda subsiste a plena
c) poderá revogar o ato até o momento imediatamente
vigência do referido concurso, o que viola o direito do
posterior ao julgamento do recurso.
concorrente aprovado à respectiva nomeação.
d) não poderá revogar o ato, pois já exauriu sua
b) A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
competência relativamente ao objeto do ato.
possui orientação no sentido de que não há que se falar
e) jamais poderá revogar o ato, pois atos na presença de discricionariedade no exercício do poder
administrativos discricionários não são passíveis de disciplinar pela autoridade pública, sobretudo no que
revogação. tange à imposição de sanção disciplinar, o que torna
possível o controle judicial de tais atos administrativos
de forma ampla.
04. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e
de Registros – Remoção) Com relação ao controle da c) Segundo a orientação predominante no Superior
administração pública, assinale a opção correta. Tribunal de Justiça, o Poder Judiciário não pode
substituir a banca examinadora, tampouco se imiscuir
nos critérios de correção de provas e de atribuição de
a) No exercício do controle financeiro sobre a notas, porquanto sua atuação cinge-se ao controle
administração pública, o Poder Legislativo pode, por jurisdicional da legalidade do concurso público.
meio da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, d) Segundo estabelece a Constituição Federal, ao
convocar ministro de Estado para, pessoalmente ou por Presidente da República compete privativamente
meio de representante designado, prestar informações dispor, mediante decreto, sobre organização e
a respeito de determinado assunto. funcionamento da administração federal quando não
b) Conforme entendimento do STF, preenchidos implicar aumento de despesa nem criação ou extinção
concomitantemente os seguintes requisitos, é possível o de órgãos públicos, não lhe sendo possível, todavia,
controle judicial nas políticas públicas: natureza extinguir funções ou cargos públicos, ainda que vagos.
constitucional da política pública reclamada; existência e) Invalidada por sentença judicial a demissão do
de correlação entre a política pública reclamada e os servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
direitos fundamentais; prova de omissão ou prestação ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de
deficiente e não justificada pela administração pública. origem, sem direito a indenização, aproveitado em
c) O habeas corpus, por ter caráter essencialmente outro cargo ou posto em disponibilidade com
processual penal, não é considerado meio de remuneração proporcional ao tempo de serviço.
provocação do controle judicial da administração
pública.
GABARITO
d) Controle interno consiste no controle exercido pela
administração direta sobre os atos praticados por seus 01-C 02-B 03-D 04-B 05-D
órgãos e pelas entidades da administração indireta.
e) Os recursos administrativos, meios de que podem se
valer os administrados para provocar o reexame, pela
administração pública, de ato administrativo, não
podem, conforme o STF, ser apreciados por autoridade
que tenha participado anteriormente do processo
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
causador direto do dano está instituída pelo §6º do A origem da responsabilidade estatal se deve ao fato
artigo 37, da Constituição Federal, como mandamento de que os administrados não podem evitar ou
a todas as entidades públicas e particulares minimizar os perigos de dano provenientes do Estado,
prestadoras de serviços públicos; tendo em vista de que é o próprio Poder Público quem
dita o teor e a intensidade de seu relacionamento com
7ª ⇒ O ato lesivo do agente pode revestir ao mesmo
a coletividade.
tempo aspectos civis, administrativos e criminais,
como é comum nos atropelamentos ocasionados por Maria Sylvia Zanella Di Pietro, também, conceitua a
veículos do Estado; responsabilidade extracontratual do Estado como a
“obrigação de reparar danos causados a terceiros em
8ª ⇒ Lei Federal nº 4.898 de 1965, passou a regular o
decorrência de comportamentos comissivos ou
direito de representação e o processo e
omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícitos,
responsabilidade administrativa, civil e penal, nos
imputáveis aos agentes públicos”.
casos de abuso de autoridade;
Por sua vez, Hely Lopes Meirelles define a
9ª ⇒ Os juros da mora no pagamento da condenação a
responsabilidade estatal como sendo a “imposição à
Fazenda Pública fluem desde a data que a sentença
Fazenda Pública a obrigação de compor o dano
fixar. Os juros moratórios comum, quando devidos,
causado a terceiros por agentes públicos, no
fluem desde a data do evento; respectivamente: Lei
desempenho de suas atribuições ou a pretexto de
4.414 de 1964 e artigo 962 do Código Civil;
exercê-las”.
10ª ⇒ Se não houver verba para o cumprimento da
condenação, a autoridade competente do Poder
Executivo, ou o dirigente da autarquia, deverá 2. Teorias
providenciar imediatamente a obtenção de crédito A evolução da responsabilidade civil do Estado passou
especial para o pagamento devido, sob pena de incidir por três principais teorias: teoria da irresponsabilidade,
pessoalmente no crime de desobediência a ordem teorias civilistas (teoria dos atos de império e de
legal, sem prejuízo da providência constitucional gestão; e teoria da culpa civil ou da responsabilidade
(artigo 330 do Código Penal). subjetiva) e teorias publicistas (teoria da culpa
administrativa ou culpa do serviço público; e teoria do
risco).
RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL DO ESTADO
A teoria da irresponsabilidade se assentava na idéia de
1. Conceito
soberania do Estado. Maria Sylvia Zanella Di Pietro
Consoante Maria Sylvia Zanella Di Pietro, não se pode explica que em razão desta soberania, o Estado dispõe
falar em responsabilidade da Administração Pública, de autoridade incontestável perante o súdito,
tendo em vista que esta não tem personalidade exercendo a tutela do direito, daí os princípios de que
jurídica; a capacidade é do Estado e das pessoas “o rei não poder errar” (the king can do no wrong; le
jurídicas públicas ou privadas que o representam no roi ne peut mal faire) e o de que “aquilo que agrada ao
exercício de parcela de atribuições estatais. Esta príncipe tem força de lei” (quod principi placuit habet
responsabilidade é sempre civil, ou seja, de ordem legis vigorem).
pecuniária.
No século XIX a teoria da irresponsabilidade foi
Celso Antônio Bandeira de Mello define a superada pelas teorias civilistas. Dá-se a estas teorias o
responsabilidade patrimonial extracontratual do Estado nome de civilistas tendo em vista que se apoiavam nos
como “como a obrigação que lhe incumbe de reparar ensinamentos trazidos pelo Direito Civil, ou seja, eram
economicamente os danos lesivos à esfera baseadas na idéia de culpa do agente causador do
juridicamente garantida de outrem e que lhe sejam dano.
imputáveis em decorrência de comportamentos
Maria Sylvia Zanella Di Pietro assim distingue os atos
unilaterais, lícitos ou ilícitos, comissivos ou omissivos,
de império dos atos de gestão: "os primeiros seriam os
materiais ou jurídicos”.
praticados pela Administração com todas as
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello explica prerrogativas e privilégios de autoridade e impostos
que se fala em responsabilidade do Estado por atos unilateral e coercitivamente ao particular
lícitos nas hipóteses em que o poder deferido ao independentemente de autorização judicial, sendo
Estado e legitimamente exercido acarreta, regidos por um direito especial, exorbitante do direito
indiretamente, lesão a um direito alheio. comum, porque os particulares não podem praticar
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
atos semelhantes; os segundos seriam praticados pela conciliar os direitos do Estado com os direitos
Administração em situação de igualdade com os privados”.
particulares, para a conservação e desenvolvimento do
O professor Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt afirma
patrimônio público e para a gestão de seus serviços".
que “foi a partir do famoso arrêt Blanco que se
Entretanto, atualmente, não é possível distinguir os
estabeleceu o entendimento de que o Estado teria
atos de império dos atos de gestão da Administração
realmente o dever de reparar danos causados na
Pública por ser impossível dividir a personalidade do
esfera patrimonial de terceiros, mas com fundamento
Estado.
em princípios de Direito Público (teorias publicistas)”.
Surgiu, então, a teoria da culpa civil ou da
Existem duas teorias publicistas principais: a teoria da
responsabilidade subjetiva, ou seja, aceitava-se a
culpa do serviço público ou da culpa administrativa e a
responsabilidade do Estado desde que demonstrada a
teoria do risco.
culpa.
Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt explica que a teoria
Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello,
da culpa do serviço ou da culpa administrativa
responsabilidade subjetiva é “a obrigação de indenizar
“desvincula a responsabilidade do Estado da idéia de
que incumbe a alguém em razão de um procedimento
culpa do funcionário, passando a entender como
contrário ao Direito – culposo ou doloso – consistente
centro da responsabilidade do Estado a culpa do
em causar um dano a outrem ou em deixar de impedi-
serviço público. Esta culpa anônima do serviço público
lo quando obrigado a isto”.
compreende três formas, estabelecidas na
Esta doutrina civilista serviu de inspiração ao artigo 15 jurisprudência do Conselho de Estado francês: quando
do Código Civil de 1916 que dispunha que “as pessoas o serviço prestado não funciona (culpa in omittendo),
jurídicas de direito público são civilmente responsáveis funcionou mal (culpa in committendo) ou funcionou
por atos dos seus representantes que nessa qualidade tardiamente”.
causem danos a terceiros, procedendo de modo
A teoria do risco trouxe a responsabilidade objetiva do
contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por
Estado, sem discutir se houve dolo ou culpa. Essa
lei, salvo o direito regressivo contra os causadores do
doutrina baseia-se no princípio da igualdade dos ônus e
dano”. O artigo 43 do Código Civil de 2002
encargos sociais, ou seja, os benefícios e prejuízos
praticamente repetiu o que dizia a norma anterior: “as
devem ser repartidos igualmente entre os membros da
pessoas jurídicas de direito público interno são
sociedade.
civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado A ideia de culpa, então, é substituída pela de nexo de
direito regressivo contra os causadores do dano, se causalidade entre o funcionamento do serviço público
houver, por parte destes, culpa ou dolo”. e o prejuízo sofrido pelo administrado. Essa é a teoria
do risco, também, chamada teoria da responsabilidade
Em relação às teorias publicistas, cabe primeiramente
objetiva.
mencionar a explicação da professora Maria Sylvia
Zanella Di Pietro referente ao famoso caso Blanco, Conforme palavras de Hely Lopes Meirelles, essa teoria
ocorrido em 1873: “a menina Agnès Blanco, ao “baseia-se no risco que a atividade púbica gera para os
atravessar uma rua da cidade de Bordeaux, foi colhida administrados e na possibilidade de acarretar dano a
por uma vagonete da Cia. Nacional de Manufatura do certos membros da comunidade, impondo-lhe um ônus
Fumo; seu pai promoveu ação civil de indenização, com não suportado pelos demais. Para compensar essa
base no princípio de que o Estado é civilmente desigualdade individual, criada pela própria
responsável por prejuízos causados a terceiros, em Administração, todos os outros componentes da
decorrência de ação danosa de seus agentes. Suscitado coletividade devem concorrer para a reparação do
conflito de atribuições entre a jurisdição comum e o dano, através do erário, representado pela Fazenda
contencioso administrativo, o Tribunal de Conflitos Pública. O risco e a solidariedade social são, pois, os
decidiu que a controvérsia deveria ser solucionada pelo suportes desta doutrina, que, por sua objetividade e
tribunal administrativo, porque se tratava de apreciar a partilha dos encargos, conduz à mais perfeita justiça
responsabilidade decorrente de funcionamento do distributiva, razão pela qual tem merecido o
serviço público. Entendeu-se que a responsabilidade do acolhimento dos Estados modernos, inclusive o Brasil,
Estado não pode reger-se pelos princípios do Código que a consagrou pela primeira vez no art. 194 da CF de
Civil, porque se sujeita a regras especiais que variam 1946”.
conforme as necessidades do serviço e a imposição de
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Para Hely Lopes Meirelles, a teoria do risco jurídica contra o agente causador do dano, desde que
compreende duas modalidades: a do risco este tenha agido com dolo ou culpa.
administrativo e a do risco integral, sendo que para a
Há hipóteses excludentes e atenuantes da
primeira são admissíveis as situações excludentes de
responsabilidade do Poder Público tais como força
responsabilidade (culpa exclusiva da vítima e força
maior e culpa exclusiva da vítima.
maior); e para a segunda o Estado mantém seu dever
de reparar, não importando se houve responsabilidade Maria Sylvia Zanella Di Pietro conceitua força maior
da vítima. como “acontecimento imprevisível, inevitável e
estranho à vontade das partes, como uma tempestade,
Interessante, ainda, mencionar o conceito de
um terremoto, um raio”.
responsabilidade objetiva de Celso Antônio Bandeira de
Mello: “é a obrigação de indenizar que incumbe a O caso fortuito é dano decorrente de ato humano, de
alguém em razão de um procedimento lícito ou ilícito falha da Administração, porquanto, não se pode falar
que produziu uma lesão na esfera juridicamente em exclusão de responsabilidade.
protegida de outrem. Para configurá-la basta, pois, a Ensina Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt que “existe,
mera relação causal entre o comportamento e o dano”. entretanto, a possibilidade de responsabilizar o Estado,
mesmo na ocorrência de uma circunstância de força
maior, desde que a vítima comprove o comportamento
3. Direito Positivo
culposo da Administração Pública. Por exemplo, num
A doutrina entende que foi a partir da Constituição primeiro momento, uma enchente que causou danos a
Federal de 1946 que ficou consagrada a teoria da particulares pode ser entendida como uma hipótese de
responsabilidade objetiva do Estado. força maior e afastar a responsabilidade estatal,
contudo, se o particular comprovar que os bueiros
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º
entupidos concorreram para o incidente, o Estado
dispõe que: “as pessoas jurídicas de direito público e as
também responderá, pois a prestação do serviço de
de direito privado prestadoras de serviços públicos
limpeza pública foi deficiente”.’
responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito Quando há culpa exclusiva da vítima, o Estado não
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou responde; irá responder parcialmente, se demonstrar
culpa”. que houve culpa concorrente do prejudicado.
Destarte, as entidades de direito privado prestadoras
de serviço público (fundações governamentais de
direito privado, empresas públicas, sociedades de
economia mista, empresas permissionárias e
concessionárias de serviços públicos) respondem
objetivamente por danos causados por seus agentes.
O professor Marcus Vinicius Corrêa Bittencourt alerta
que “em que pese a aplicação da teoria da
responsabilidade objetiva ser adotada pela
Constituição Federal, o Poder Judiciário, em
determinados julgamentos, utiliza a teoria da culpa
administrativa para responsabilizar o Estado em casos
de omissão. Assim, a omissão na prestação de serviço
público tem levado à aplicação da teoria da culpa do
serviço público (faute du service). A culpa decorreu da
omissão do Estado, quando este deveria ter agido. Por
exemplo, o Poder Público não conservou
adequadamente as rodovias e ocorreu um acidente
automobilístico com terceiros”.
A fim de se conseguir a reparação do dano, a vítima
deve demonstrar o nexo de causalidade entre o fato
ocorrido e o dano. Ademais, a referida legislação
constitucional garante o direito de regresso da pessoa
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
d) objetiva do Estado.
Classificação
02. (BIO-RIO - 2014 – EMGEPRON) A denominada teoria Os serviços públicos, conforme sua essencialidade,
do risco integral aplicável à Administração Pública está finalidade, ou seus destinatários podem ser
incluída na responsabilidade: classificados em:
a) objetva • públicos;
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
É o ato pelo qual o Poder Público transfere a tarifas que remuneram os serviços concedidos se faz
particulares a execução de serviços públicos, mediante por decreto.
regulamentação e controle pelo Poder Público
delegante.
Garantia do concessionário
A delegação pode ser feita por:
O concessionário tem a seguinte garantia: o equilíbrio
• concessão;
econômico-financeiro do contrato (rentabilidade
• permissão; assegurada).
• autorização.
Poderes do concedente
Concessão de Serviço Público A Administração Pública tem sobre o concessionário os
seguintes poderes:
Concessão de serviço público é o contrato através do
qual o Estado delega a alguém o exercício de um serviço • poder de inspeção e fiscalização sobre as atividades
público e este aceita prestá-lo em nome do Poder do concessionário, para verificar se este cumpre
Público sob condições fixadas e alteráveis regularmente as obrigações que assumiu;
unilateralmente pelo Estado, mas por sua conta, risco,
• poder de alteração unilateral das cláusulas
remunerando-se pela cobrança de tarifas diretamente
regulamentares, isto é, poder de impor modificações
dos usuários do serviço e tendo a garantia de um
relativas à organização do serviço, seu funcionamento,
equilíbrio econômico-financeiro.
e às tarifas e taxas cobradas do usuário;
A concessão pode ser contratual ou legal. É contratual
• poder de extinguir a concessão antes de findo o prazo
quando se concede a prestação de serviços públicos aos
inicialmente previsto.
particulares. É legal quando a concessão é feita a
entidades autárquicas e empresas estatais. A concessão é uma técnica através da qual o Poder
Público procura obter o melhor serviço possível; por
A concessão é intuitu personae, isto é, não pode o
isto, cabe-lhe retomar o serviço sempre que o interesse
concessionário transferir o contrato para terceiros.
público o aconselhar.
A concessão exige:
• autorização legislativa;
• regulamentação por decreto;
Remuneração
• concorrência pública.
É feita através de tarifas e não por taxas. Esta tarifa
O contrato de concessão tem que obedecer à lei, ao deve permitir uma justa remuneração do capital. A
regulamento e ao edital. Por este contrato não se revisão das tarifas é ato exclusivo do poder concedente
transfere a prerrogativa pública (titularidade), mas e se faz por decreto.
apenas a execução dos serviços. As condições do
contrato podem ser alteradas unilateralmente pelo
Poder concedente, que também pode retomar o Direito do concessionário
serviço, mediante indenização (lucros cessantes). Nas O concessionário tem, basicamente, dois direitos:
relações com o público, o concessionário fica sujeito ao
regulamento e ao contrato. Findo o contrato, os direitos • o de que não lhe seja exigido o desempenho de
e bens vinculados ao serviço retornam ao poder atividade diversa daquela que motivou a concessão;
concedente. O Poder Público regulamenta e controla o • o da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
concessionário. Toda concessão fica submetida a
normas de ordem regulamentar, que são a lei do Para que o equilíbrio econômico-financeiro se
serviço. Estas normas regram sua prestação e podem mantenha, o Estado, cada vez que impuser alterações
ser alteradas unilateralmente pelo Poder Público. Fica nas obrigações do concessionário, deverá alterar a sua
também submetida a normas de ordem contratual, que remuneração, para que não tenha prejuízos.
fixam as cláusulas econômicas da concessão e só podem
ser alteradas pelo acordo das partes. A alteração das
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Cessação Particularidades:
Pode dar-se a qualquer momento, sem que a a) Não é contrato. Não há partes. Há partícipes.
Administração tenha que indenizar.
b) Os interesses são coincidentes e não opostos como
no contrato.
Remuneração c) Cada um colabora conforme suas possibilidades.
Dá-se por tarifas. d) Não existe vínculo contratual.
e) Cada um pode denunciá-lo quando quiser.
Licitação f) É uma cooperação associativa.
Exige-se se for para permissão de serviços públicos (CF, g) Não adquire personalidade jurídica.
art. 175). Para a realização de atividade pelo particular
h) Não tem representante legal.
ou para a utilização de certos bens, como regra não se
exige a licitação, mas pode-se coletar seleção por outro i) É instrumento de descentralização (art. 10, § 1º, b, do
sistema. Decreto-Lei nº 200/67).
Há que se observar que os serviços autorizados não se j) Não tem forma própria.
beneficiam da prerrogativa de serviço público. l) Exige autorização legislativa e recursos financeiros
Os executores dos serviços autorizados não são agentes reservados.
públicos, não praticam atos administrativos e, portanto, m) Não tem órgão diretivo.
não há responsabilidade da Administração pelos danos
causados a terceiros.
Consórcios
Consórcios administrativos são acordos firmados entre
Tarifas entidades estatais, autarquias ou paraestatais, sempre
É o preço correspondente à remuneração dos serviços da mesma espécie, para a realização de objetivos de
delegados (concessão, permissão e autorização). interesse comum dos partícipes.
Seu preço é pago pelo usuário do serviço ao
concessionário, permissionário ou autoritário, e é
proporcional aos serviços prestados.
Não é tributo. A tarifa deve permitir a justa
remuneração do capital pelo que deve incluir em seu Diferença com o Convênio
cálculo os custos do serviço prestado mais a
Convênio – é realizado entre partícipes de espécies
remuneração do capital empregado, que vai-se
diferentes.
deteriorando e desvalorizando com o decurso do
tempo. As revisões das tarifas são de exclusiva Consórcios – é realizado entre partícipes da mesma
competência do Poder Público. espécie.
Convênios e consórcios
Convênios
Convênios administrativos são acordos firmados por
entidades públicas entre si ou com organizações
particulares, para a realização de objetivos de interesses
recíprocos.
São utilizados para a realização de grandes obras ou
serviços.
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POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÕES SOBRE SERVIÇOS PÚBLICOS 05. (2014 - CESPE - ANTAQ - Especialista em Regulação -
Econômico-Financeiro) No que diz respeito à
delegação, licitação, contrato de concessão e serviço
público adequado, julgue o item que se segue.
01. (2015 - CESPE - TCE-RN - Inspetor - Administração, Nem toda concessão de serviço público deve ser
Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3) decorrente de licitação prévia, porém toda
Relativamente aos serviços públicos e à concessão e concessão deve observar os princípios da legalidade,
permissão de serviço público, julgue o item da moralidade, da publicidade e da igualdade.
subsecutivo.
Certo - Errado
Tanto a concessão como a permissão de serviço
público têm a natureza de contrato de adesão; nesse
sentido, são formalizadas por contrato 06. (2014 - CESPE - ANATEL - Conhecimentos Básicos -
administrativo e não dispensam licitação prévia. Cargos 13, 14 e 15) Julgue o item subsecutivo,
concernentes aos serviços públicos.
Certo - Errado
O princípio da modicidade afasta a possibilidade de
adoção de serviços públicos prestados
02. (2015 - CESPE - MPU - Analista do MPU - Finanças e gratuitamente.
Controle) Julgue o item subsequente, relativos aos
Certo - Errado
tributos e às suas respectivas competências.
O valor cobrado por empresa pública concessionária
de serviço público de fornecimento de energia 07. (2014 - CESPE - ANATEL - Conhecimentos Básicos -
elétrica é considerado como preço privado. Cargos 13, 14 e 15) Julgue o item subsecutivo,
concernentes aos serviços públicos.
Certo - Errado
O inadimplemento do concessionário, que deixa de
executar total ou parcialmente serviço público
03. (2014 - CESPE - ANTAQ - Especialista em Regulação - concedido, acarreta a extinção do contrato de
Econômico-Financeiro) No que diz respeito à concessão por rescisão promovida pelo poder
delegação, licitação, contrato de concessão e serviço concedente.
público adequado, julgue o item que se segue.
Certo - Errado
Caso um serviço não seja prestado de forma
adequada, segundo critérios e indicadores de
qualidade definidos, poderá ser declarada a 08. (2014 - CESPE - ANATEL - Conhecimentos Básicos -
caducidade da concessão pelo poder concedente. Cargos 13, 14 e 15) Julgue o item subsecutivo,
concernentes aos serviços públicos.
Certo - Errado
O princípio da continuidade do serviço público não
impede a concessionária de energia elétrica de
04. (2014 - CESPE - ANTAQ - Especialista em Regulação - suspender o fornecimento de eletricidade no caso de
Econômico-Financeiro) No que diz respeito à inadimplemento do usuário.
delegação, licitação, contrato de concessão e serviço
Certo - Errado
público adequado, julgue o item que se segue.
A transferência de concessão, de uma concessionária
para outra, pode ocorrer sem prévia anuência do 09. (2014 - CESPE - ANATEL - Analista Administrativo -
poder concedente, sem implicar na caducidade da Administração) Acerca de licitações e contratos,
concessão. julgue o seguinte item.
Certo - Errado A única modalidade de licitação admitida pelo
ordenamento jurídico brasileiro para a concessão de
serviços públicos é a concorrência.
Certo - Errado
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
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