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DIREITO
ADMINISTRATIVO
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO
2 DESCRIÇÃO DA DISCIPLINA
3 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
4 REFERÊNCIAS
8 SERVIÇO PÚBLICO
9 PODERES ADMINISTRATIVOS
10 AGENTES PÚBLICOS
Logo, este material deverá dar suporte ao aluno do desempenho de suas atividades
acadêmicas, bem como ajudar na relação teoria e prática profissional.
Bons estudos!
Contextualização
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo, ul. ed. São Paulo: Malheiros,
2012.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, ul. ed.
São Paulo: RT.
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
- Segurança Jurídica: pode ser entendido como princípio da não retroatividade, ou seja,
dado assunto de Direito Administrativo cujo entendimento passe a ser divergente do atual,
não volta no tempo para anular os atos já praticados sob o crivo da antiga lei. Isto ocorre em
todos os ramos do direito, visto que entendimento diverso causaria insegurança jurídica,
rompendo com os vínculos e preceitos da boa-fé, assim é possível a mutabilidade das leis,
sem que tal mudança venha a afetar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada, bem como o
direito adquirido.
1 – INTRODUÇÃO
Resumindo....
4- ATRIBUTOS
Os atos administrativos, como manifestação do Poder Público, tem atributos que lhes
conferem características peculiares. Os atributos do ato administrativo são: presunção de
legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.
Presume-se presentes quando da sua produção e, ao contrário dos
requisitos, não estão obrigatoriamente presentes em todos os atos. São atributos do
ato:
A. PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE – Essa é a característica
do ato administrativo que advém do princípio da legalidade que informa toda atividade da
Administração Pública.
- Atos Punitivos
São aqueles que têm em seu conteúdo uma pena, sanção no exercício do Poder
Disciplinar ou do Poder de Polícia. Ex.: EXTERNO - multa, interdição de atividade, destruição de
coisas. INTERNA – advertência, suspensão, destituição, demissão, cassação.
- Atos Enunciativos
É aquele que certifica, atesta ou emite opinião. Não tem conteúdo decisório. Ex:
certidões, atestados e pareceres.
- Ato Negocial
É aquele que tem coincidência de vontade entre a administração e o particular. Ex.:
licenças, autorizações, permissão, aprovação, admissão, visto, homologação, dispensa, renúncia,
protocolo administrativo. (critica!)
7- EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
a) Com o cumprimento dos seus efeitos.
b) Retirada por ato do poder público:
c) ANULAÇÃO: esta ocorre quando o ato administrativo é ilegal, podendo ocorrer
tanto pela própria Administração, quanto pelo Judiciário, seja em atos vinculados ou
discricionários, tem efeitos ex tunc, ou seja, retroagem os seus efeitos, pois do ato não
se originam direitos.
Nas palavras de Maria Sylvia Zanella DI PIETRO: Anulação, que alguns preferem
chamar de invalidação é o desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade. Como a
desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos retroativos à
data em que foi emitido (efeito ex tunc, ou seja, a partir de então).
- A Administração possui prazo para anular atos dos quais decorrem efeitos favoráveis aos
administrados? Sim. De acordo com o art. 54, da Lei nº 9.784/99, aplicável no âmbito federal, “O
direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para
os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé”.
- Atos Irrevogáveis:
1. atos consumados que já exauriram seus efeitos (férias/licença gozadas),
2. os atos vinculados (licença para exercer profissão, promoção)
3. Atos que geram dir. adquirido previsto na CF (aposentadoria de um servidor que
preencheu todos requisitos exigidos)
e) CASSAÇÃO: ocorre quando o beneficiário descumpriu as condições que deveriam ser atendidas
para a continuidade da relação jurídica. Ex: a cassação de licença de restaurante por descumprir as
regras sanitárias; cassação de uma licença para construir; cassação de um licença para o exercício
de determinada profissional.
f) CADUCIDADE: ocorre quando norma jurídica posterior torne ilegal a situação jurídica antes
autorizada. Exemplo: caducidade de permissão para construção em área que foi declarada de
preservação ambiental.
h) RENÚNCIA: ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da vantagem que tinha com o ato
administrativo.
3- Classificação
Os serviços públicos, conforme sua essencialidade, finalidade, ou seus destinatários podem ser
classificados em:
• públicos;
• de utilidade pública;
• próprios do Estado;
• impróprios do Estado;
• administrativos;
• industriais;
• gerais;
• individuais.
Públicos
São os essenciais à sobrevivência da comunidade e do próprio Estado. São privativos do Poder
Público e não podem ser delegados. Para serem prestados o Estado pode socorrer- se de suas
prerrogativas de supremacia e império, impondo-os obrigatoriamente à comunidade, inclusive com
medidas compulsórias. Exs.: serviço de polícia, de saúde pública, de segurança.
De Utilidade Pública
São os que são convenientes à comunidade, mas não essenciais, e o Poder Público pode prestá-los
diretamente ou por terceiros (delegados), mediante remuneração. Exs.: fornecimento de gás, de
energia elétrica, telefone, de transporte coletivo, etc. Estes serviços visam a facilitar a vida do
indivíduo na coletividade.
Próprios do Estado
São os que relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público. Exs.: segurança, política,
higiene e saúde pública, etc. Estes serviços são prestados pelas entidades públicas (União, Estado,
Municípios) através de seus órgãos da Administração direta. Neste caso, diz-se que os serviços são
centralizados, porque são prestados pelas próprias repartições públicas da Administração direta.
Aqui, o Estado é o titular e o prestador do serviço, que é gratuito ou com baixa remuneração. Exs.:
serviço de polícia, de saúde pública.
Impróprios do Estado
São os de utilidade pública, que não afetam substancialmente as necessidades da
comunidade, isto é, não são essenciais. A Administração presta-os diretamente ou por entidades
descentralizadas (Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações
Governamentais), ou os delega a terceiros por concessão, permissão ou autorização. Normalmente
são rentáveis e são prestados sem privilégios, mas sempre sob a regulamentação e controle do Poder
Público. Exs.: serviço de transporte coletivo, conservação de estradas, de fornecimento de gás, etc.
Administrativos
São os executados pela Administração para atender às suas necessidades internas. Ex.: datilografia,
etc.
Industriais
São os que produzem renda, uma vez que são prestados mediante remuneração (tarifa). Pode ser
prestado diretamente pelo Poder Público ou por suas entidades da Administração indireta ou
transferidos a terceiros, mediante concessão ou permissão. Exs.: transporte, telefonia, correios e
telégrafos.
Gerais
São os prestados à coletividade em geral, sem ter um usuário determinado. Exs.: polícia, iluminação
pública, conservação de vias públicas, etc. São geralmente mantidos por impostos.
Individuais
São os que têm usuário determinado. Sua utilização é mensurável. São remunerados por tarifa. Exs.:
telefone, água e esgotos, etc.
V- PODERES ADMINISTRATIVOS
1- INTRODUÇÃO
Uso do poder
prerrogativa, seria empregar o poder segundo as normas legais, a moral da instituição, a finalidade do ato e as exigências d
Abuso do poder:
quando uma autoridade ou agente público pratica um ato, ultrapassando os limites das suas atribuições ou competências, o
a) Excesso de poder – o agente atua fora dos limites de sua competência. Ex.:
Comandante de Batalhão que puni disciplinarmente determinada praça com exclusão a
bem da disciplina, através de um PADS. Sabe-se que de acordo com o Código de Ética e Disciplina
da PMPA, o agente competente para licenciar ou excluir praças, após o devido processo legal, é o
Comandante Geral da PMPA.
b) Desvio de finalidade – o agente público, embora dentro de sua competência,
afasta-se do interesse público (motivos ou fins diversos dos objetivados pela lei).
Pode ocorrer quando o agente público:
a) busca finalidade que contraria o interesse público;
b) busca finalidade ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato que
utilizou.
Desvio de poder –
vício na
finalidade
Abuso de poder
Excesso de poder –
vício na competência
5- PODER HIERÁRQUICO
Segundo leciona Hely Lopes Meirelles, “é o instrumento disponibilizado à
Administração para distribuir e escalonar as funções dos seus órgãos, ordenar e rever a atuação de
seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de
pessoal".
Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2005, p. 74) fala em um princípio da hierarquia: Em
consonância com o princípio da hierarquia, os órgãos da Administração Pública são estruturados de
tal forma que se cria uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com
atribuições definidas em lei.
DELEGAÇÃO AVOCAÇÃO
7- PODER REGULAMENTAR:
A Constituição Federal de 1988 estabelece a separação de poderes (funções), conferindo
ao Poder Legislativo a função típica de criar direitos e obrigações por meio de normas.
Não obstante, a Administração Pública, também, com fundamento constitucional,
possui competência atípica normativa, o que significa que a Administração Pública também poderá
editar normas, desde que não venha a usurpar a competência do Poder Legislativo.
O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder
normativo, que inclui todas as diversas categorias de atos abstratos, tais como: regimentos,
instruções, deliberações, resoluções e portarias.
- Decorrente do poder hierárquico, o poder regulamentar consiste na possibilidade de os
Chefes do Poder Executivo (Presidente, Governadores e Prefeitos) editarem atos administrativos
gerais e abstratos, ou gerais e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei.
8- PODER DE POLÍCIA
:
Polícia administrativa Polícia judiciária
1- AGENTE PÚBLICO
São todos aqueles que, a qualquer título, executam uma função pública como preposto do Estado (Carv
A expressão agente público é bem ampla e abrange diversas pessoas como, por
exemplo, o Presidente da República, um Deputado Federal, um policial militar, um Delegado
de Polícia, um servidor de um Município, um empregado público de uma sociedade de
economia mista, um ocupante de cargo em comissão, um magistrado, um servidor temporário,
um mesário, um jurado, um oficial de registro de imóveis, um concessionário de serviço
público.
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, “Agentes políticos são os titulares dos
cargos estruturais à organização política do Estado, isto é, são os ocupantes dos cargos que
compõem o arcabouço constitucional do Estado”
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “Servidor público em sentido amplo, são
as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta,
com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos”.
2.3- Militares
- Acesso ao cargo público: será via concurso público para cargos efetivos ou
não, nos casos de cargos em comissão. De qualquer forma, o cargo é próprio das pessoas de
direito público, é inerente ao regime estatutário, não sendo compatível com as pessoas
jurídicas de direito privado da Administração Pública,
1- Introdução
A responsabilidade civil do Estado é, primeiramente, uma obrigação
EXTRACONTRATUAL (existir independentemente de vínculo ou relação prévia com o Poder
Público) que tem o Estado de indenizar os danos patrimoniais ou morais que seus agentes, atuando
em seu nome, causem a particulares.
A responsabilidade civil objetiva (1947- até hoje): significa que o Estado deve se
responsabilizar pelos atos cometidos pelos seus agentes que causem danos aos particulares.
Objetiva porque não se exige demonstração de dolo/culpa do agente público.
Celso Antônio Bandeira de Melo informa que a responsabilidade civil estabelece a
“obrigação de indenizar quem incumbe a alguém em razão de um procedimento lícito ou ilícito
que produziu uma lesão na esfera juridicamente protegida de outrem”, motivo pelo qual basta
que seja comprovado o nexo de causalidade entre a conduta e o dano, não mais o
dolo ou culpa do agente.