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Administração Pública

Conceito
Função administrativa
Princípios constitucionais
Pressupostos do Direito
Administrativo

1) Desigualdade jurídica das partes


 Princípio inverso ao liberalismo jurídico (autonomia da
vontade) presente no Direito Privado. Classicamente
reconhece-se, portanto, uma supremacia dos
interesses coletivos sobre os individuais. Quando
houver conflito entre o interesse público e o interesse
do particular, compreende-se que a Administração
Pública deve defender o interesse da coletividade.
Pressupostos do Direito
Administrativo

Desigualdade jurídica das partes


Daí deriva o princípio da supremacia do interesse público
sobre o particular, princípio basilar para todo o Direito Público, do
qual decorre, inclusive, a indisponibilidade do interesse público.
Ao aplicar a lei, o intérprete deve cotejar prerrogativas estatais e
direitos fundamentais, buscando equilibrá-los sem descuidar deste
princípio geral. Contemporaneamente, entende-se que esta
desigualdade jurídica das partes só pode ser aceita quando
vinculada à ideia de que a Administração Pública tutela os direitos
fundamentais e tem deveres a cumprir para que os direitos
fundamentais sejam garantidos. (JUSTEN FILHO, 2013)
Pressupostos do Direito
Administrativo

2) Presunção de legitimidade dos atos


administrativos

 Como tutela os direitos fundamentais, ou o “interesse


público”, a Administração pública goza de uma presunção de
legitimidade de seus atos, reputados, a princípio, como
legítimos e legais.
 Esta é uma presunção juris tantum, ou seja, admite
prova em contrário. Cabe ao particular ou ao Ministério
Público provar que a Administração obrou em dissonância
com o interesse da coletividade. Trata-se de uma das
prerrogativas da Administração Pública em Juízo.
Pressupostos do Direito
Administrativo
3) Limitação do poder discricionário da
Administração
A utilização do poder discricionário da Administração Pública encontra limite na
lei, nos direitos fundamentais e nos princípios constitucionais, com ênfase
no princípio da proporcionalidade.
Assim, na interpretação da atividade administrativa, o poder discricionário só é
legítimo quando exercido em consonância com o interesse público ligado ao
dever da Administração de tutelar os direito fundamentais. Extravasando
esse limite, a ordem jurídica administrativa nega validade ao exercício do poder
discricionário, por abuso de poder.
Sendo a discricionariedade um ambiente de escolhas, ela torna-se um espaço de
ponderação, no qual os limites estabelecidos pelos princípios constitucionais e
direitos fundamentais deverão atuar de modo a impedir a arbitrariedade exercida
no âmbito do poder estatal.
Aproximação do conceito de
Administração Pública
 A organização do ESTADO envolve a
organização do GOVERNO, a qual é
seguida pela organização da
ADMINISTRAÇÃO.

 Governo e Administração são conceitos


diversos, embora andem juntos.
Atividade discricionária

Governo

Administração Pública Estado

Atividade Técnica
Aproximação do conceito de
Administração Pública
 O Governo é a expressão política de
comando, de iniciativa, de fixação de
objetivos do Estado.

 "Administração Pública é o conjunto de


meios institucionais, materiais, financeiros e
humanos preordenados à execução das
decisões políticas."
José Afonso da Silva
Aproximação do conceito de
Administração Pública
 Governo – É atividade discricionária relacionada a
tomada de decisões políticas mais gerais.
 Administração é atividade burocrática, técnica,
viculada à lei e tendente a realização dos direitos
fundamentais.
 A administração é o instrumental de que dispõe
o Estado para pôr em prática as decisões de
Governo.
Aproximação do conceito de
Administração Pública
 A expressão “Administração Pública” em sentido
estrito não envolve atos de governo, mas pode ser
usada em dois sentidos:

 Sentido subjetivo: Compreende as pessoas jurídicas,


órgãos e agentes públicos que exercem função
administrativa.
 Ex: A Administração Pública estadual está endividada.
 Sentido objetivo: Compreende a atividade
administrativa desenvolvida por aqueles entes.
 Ex. A administração da saúde foi modernizada em Canoas.
Aproximação do conceito de
Administração Pública

 “Administração Pública é atividade concreta


e imediata que o Estado desenvolve, sob
regime de Direito Público, para a consecução
dos interesses coletivos.”
Maria Sylvia Zanella di Pietro
Função administrativa

 “ A função administrativa é o conjunto de


poderes jurídicos destinados a promover a
satisfação de interesses essenciais,
relacionados com a promoção de direitos
fundamentais, cujo desempenho exige uma
organização estável e permanente (...).”

Marçal Justen Filho


Importância dos Princípios
 “ O princípio produz uma delimitação das condutas
compatíveis com o direito. Consagra uma moldura, no
sentido de contemplar um limite entre condutas lícitas
e as ilícitas. (...) Mas o princípio não se restringe a
fixar limites, porque também impõe a escolha da
melhor solução possível, o que significa a
necessidade da análise do caso concreto. (...) O
princípio é uma síntese axiológica: os valores
fundamentais são consagrados por meio de princípios,
que refletem as decisões fundamentais da Nação.”
Marçal Justen Filho
Princípios constitucionais da
Administração Pública
 Os "Princípios Gerais da Administração
Pública" destinam-se a orientar a ação dos
administradores na prática dos atos
administrativos e, de outro lado, garantir a
boa administração, que se consubstancia na
correta gestão dos negócios públicos e no
manejo dos recursos públicos no interesse
coletivo.
Princípios constitucionais da
Administração Pública

 A Constituição Federal, em seu artigo 37,


elenca, JÁ NO CAPUT do artigo, alguns
princípios gerais da Administração Pública,
no entanto, não esgota a matéria, já que
outros se extraem de seus incisos e
parágrafos. Há uma série de princípios da
Administração Pública implícitos na
Constituição Federal.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
 A Administração Pública deve submeter-se ao
império da LEI, base do Estado Democrático de
Direito.

 O princípio da legalidade, portanto, está ligado


ao princípio democrático.

 A lei, aqui, é entendida em sentido lato,


abrangendo a principiologia como um todo
(Juridicidade). Ver lei 9784/99 – art. 2º, I.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

 Este princípio impõe que o administrador somente


pratique o ato para seu fim legal. Para a
Administração Pública, não há “liberdade”
pessoal, pois no âmbito administrativo, só é
permitido fazer o que a lei autoriza.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
 Ver artigo 5º, inciso II da C.F.
Enquanto este inciso, para o particular significa

“Pode fazer assim” – Liberdade e autonomia da vontade

Para a Administração Pública, significa

“Deve fazer assim” – a vontade da Administração Pública


é a que decorre da lei.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

 A lei confere poderes e impõe deveres ao gestor


público, que não pode deixar de observá-los e utiliza-los
em benefício dos interesses da coletividade
(prerrogativas).

 Ao mesmo tempo, é o princípio da legalidade que


garante a liberdade dos cidadãos, pois a lei estabelece
restrições à ação do estado, que deve proteger os
direitos individuais (sujeições).
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

 A Administração deve controlar a legalidade de seus


próprios atos, podendo anular os ilegais e revogar os
inconvenientes ou inoportunos. Esse controle interno da
legalidade dos atos administrativos é chamado de
autotutela.
 Ver Súmula nº 473 do STF

 Do princípio da legalidade decorre a


“presunção de legitimidade dos atos
administrativos”.
Princípio da Moralidade

 Trata-se da moralidade jurídica. O ato administrativo


não deve ser apenas legal, deve ser também
moralmente adequado. A lei pode ser cumprida moral
ou imoralmente. Se executo a lei para,
deliberadamente, prejudicar ou favorecer alguém, o ato
administrativo pode até ser legal, mas materialmente
comprometido com a moralidade administrativa.

 A moralidade jurídica é entendida como o “conjunto de


regras de conduta tiradas da disciplina interna da
Administração”.
Princípio da Moralidade

 Trata-se do elemento ÉTICO na conduta dos agentes


públicos. O ato administrativo deve obedecer à lei jurídica e à
ética.

 A moralidade administrativa inclui padrões éticos de


probidade, decoro, boa-fé.
Lei 9784/99 – art. 2º, IV.

 A moralidade deve ser observada pelos agentes públicos e


por todos os cidadãos que se relacionam com a
Administração Pública.
Princípio da Moralidade

 A imoralidade administrativa surge e se desenvolve


ligada à ideia de desvio de poder. A imoralidade está
na intenção do agente. (Maria Sylvia Zanella Di Pietro)

 A observância da moralidade é pressuposto de


validade de todo ato da Administração Pública.

 (Ver artigo 37, caput e artigo 5º, LXXIII)


Princípio da Probidade
administrativa
 É uma forma de moralidade administrativa que
consiste no dever do funcionário servir à Administração
com HONESTIDADE, procedendo no exercício de suas
funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades dela
decorrentes em proveito pessoal ou de outrem.

 A Constituição Federal pune o ímprobo com a


suspensão dos direitos políticos e outras sanções.
 (Ver artigo 37, § 4º e lei 8.429/92)
Princípio da Publicidade

 Não se admitem, a princípio, ações sigilosas


do Poder Público, que deve agir com a maior
TRANSPARÊNCIA possível. Tem três
implicações principais:
 Registro das atividades administrativas
 Divulgação oficial dos atos da Administração
 Propiciação de conhecimento da conduta interna
dos agentes administrativos.
(Ver artigo 37, caput e art. 5º , XXXIII)
Princípio da Supremacia do Interesse
Público sobre o particular
ou Princípio da Finalidade
 Os interesses públicos têm supremacia
sobre os interesses individuais.
 O fim último de um ato administrativo deverá
ser, sempre, o "Interesse Público", sob pena
de desvio de finalidade.
 É esse princípio que assegura a autoridade
da Administração na defesa dos interesses
coletivos da sociedade.
Princípio da Supremacia do Interesse
Público ou Princípio da Finalidade
 O princípio da supremacia do interesse público
sobre o particular se traduz em “prerrogativas”
da Administração Pública.
 O fim legal de um ato administrativo deve
coincidir com a proteção de interesses
coletivos e dos direitos fundamentais, a
finalidade deve ser PÚBLICA. No momento em
que se observa favoritismo de alguns ou
perseguição de outros, há violação do
princípio.
Princípio da Supremacia do Interesse
Público ou Princípio da Finalidade

 Decorre do princípio da Supremacia do


Interesse Público o princípio da
“indisponibilidade do interesse público”,
significando que a Administração Pública não
tem disponibilidade sobre os interesses
públicos confiados à sua guarda e
realização.
(Celso Antônio Bandeira de Mello)
Princípio da Impessoalidade

 Todos os atos só podem ser realizados para


seu fim legal, que é o interesse público.

1) O ato não pode promover pessoalmente


autoridades ou servidores públicos. Ver artigo 37,
§1º.

2) O ato não pode favorecer ou prejudicar terceiros


por favoritismo ou perseguição do administrador.

Ver Súmula vinculante nº 13 do STF


Princípio da Impessoalidade

Observação: Eventualmente o interesse público


pode até coincidir com o interesse de um particular.
A vedação diz respeito à prática de um ato de
interesse da administração pública e do particular
sem que haja INTERESSE PÚBLICO.

Ver art. 37, II e XXI da Constituição Federal.


Princípio da Impessoalidade

3) Significa ainda, o princípio da impessoalidade,


que os atos e provimentos administrativos são
imputáveis não ao funcionário que os pratica
mas ao órgão ou entidade administrativa em
nome do qual o funcionário age. O funcionário é
um mero agente da Administração Pública.
Princípio da acessibilidade aos
cargos públicos

 Visa realizar o princípio do mérito. Este é


apurado mediante investidura por Concurso
Público de Provas ou de Provas e Títulos. A
exigência de aprovação em Concurso implica
a classificação dos candidatos e nomeação
na ordem prioritária dessa classificação.
Princípio da acessibilidade aos
cargos públicos

 O prazo de validade dos Concursos Públicos é de


até 2 anos, prorrogável uma vez, por igual período.
 O concurso aplica-se para os CARGOS e
EMPREGOS públicos. As funções públicas e os
cargos em comissão não dependerão de Concurso
Público.
 (Ver artigo 37, incisos I, II e III)
 A lei estabelecerá os casos de contratação por
excepcional interesse público. (Ver artigo 37, IX)
Princípio da Licitação Pública:

 LICITAÇÃO é um procedimento
administrativo destinado a provocar propostas e a
escolher proponentes de contratos de execução de
obras, serviços, compras ou alienações do Poder
Público.
 O Princípio da Licitação significa que as
contratações do Poder Público ficam sujeitas ao
procedimento de seleção de propostas mais
vantajosas para a Administração. Este
procedimento garante a moralidade administrativa e
o tratamento isonômico dos eventuais contratantes.
(Ver artigo 37, inciso XXI)
Princípio da Eficiência
Administrativa
 Não basta que o ato administrativo seja
legal. Ele deverá ser executado com a
máxima EFICIÊNCIA. Entendida como
presteza, perfeição e rendimento funcional.
Significa dizer que deverá, por um lado, ser
eficaz, ou seja, atender à sua finalidade,
atingir o seu objetivo. Por outro lado, deverá
fazer isso utilizando tão somente os recursos
públicos necessários, sem desperdício de
dinheiro público. Ver artigo 37, caput, CF.
Princípio da Eficiência
Administrativa

 Eficiência administrativa:

 Eficácia – Atinge objetivo


 Maior economia possível
 Maior qualidade técnica possível
 Maior rapidez possível
Princípio da
Segurança Jurídica

 O princípio da segurança jurídica é um dos


pilares do Estado Democrático de Direito.
Através dele, o Direito Administrativo visa dar
estabilidade às relações jurídicas. Pode-se,
inclusive, convalescer um ato administrativo
tido como nulo a fim de proteger os
particulares que vêem no ato uma
legitimidade que já não pode ser contestada.
Relaciona-se com o princípio da boa-fé.
Princípio da
Segurança Jurídica
 “ (...) no Direito Público, não constitui uma excrescência ou
uma aberração admitir-se a sanatória ou o convalescimento do nulo.
Ao contrário, em muitas hipóteses o interesse público prevalecente
estará precisamente na conservação do ato que nasceu viciado, mas
que, após, pela omissão do Poder Público em invalidá-lo, por
prolongado período de tempo, consolidou nos destinatários a crença
firme na legitimidade do ato. Alterar esse estado de coisas , sob o
pretexto de restabelecer a legalidade, causará mal maior do que
preservar o status quo. Ou seja, em tais circunstâncias, no cotejo dos
dois subprincípios do Estado de Direito, o da legalidade e da
segurança jurídica, este último prevalece sobre o outro, como
imposição da justiça material.”
COUTO E SILVA, Almiro do – “Os princípios da legalidade e da segurança jurídica
no Estado de Direito Contemporâneo”; Revista de Direito Público, 84/46.
Princípio da Motivação
 A legalidade é a pedra de toque de todo o ato
administrativo. Ver o artigo 5º, II da Constituição
Federal. Assim, para os cidadãos, deve ficar claro a
legalidade e a juridicidade do ato. Diante disto, é
necessário que os administradores fundamentem,
sempre, seus atos, explicando a motivação fática e
jurídica de seus atos (pressupostos fáticos) e
(pressupostos jurídicos). A motivação pode ser
necessária, também para garantir o princípio da
ampla defesa e do contraditório. Nestes casos, ela
será obrigatória. “Explicíta, clara e congruente”.
Princípio da motivação
LEI 9784/99:

 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
Princípio da ampla defesa e
contraditório
 Assim como nos processos judiciais, o moderno
processo administrativo (todo o procedimento
administrativo, não apenas os procesos punitivos)
admite o contraditório e o direito à ampla defesa
dos litigantes, sempre que, num procedimento
qualquer, surja um conflito de interesses. Por isso
os atos devem ser motivados, para permitir que os
particulares possam usufruir das garantias do
contraditório e da ampla defesa.
 Ver artigo 5º, inciso LV.
Princípio da ampla defesa e
contraditório

 Contraditório
 Produção de todas as
provas admitidas em
Ampla defesa Direito
 Recursos administrativos:
Pluralidade de instâncias
 Direito ao silêncio
Princípio da
Proporcionalidade
Proporcionalidade ou
razoabilidade

 O princípio da proporcionalidade, embora


admitido pela doutrina como parte dos
princípios constitucionais que garantem a
“tutela constitucional do processo”, não tem
dispositivo expresso na Constituição Federal.
Princípio da Proporcionalidade
ou Razoabilidade
 Também chamado de princípio da proibição
de excesso. Prega a observância do critério
de “adequação entre meios e fins” e veda a
“imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior ao interesse
público.” Este princípio limita a
discricionariedade. A razoabilidade, deve ser
aferida de acordo com os valores do homem
médio.
Proporcionalidade ou
razoabilidade

 No Direito Administrativo o princípio da


proporcionalidade é uma medida da legitimidade
dos atos do gestor público.
 No Direito Constitucional o princípio da
proporcionalidade orienta a interpretação da
aplicação das normas constitucionais aos casos
concretos, especialmente aqueles em que há
colisão de princípios constitucionais.
Proporcionalidade ou
razoabilidade
 Na lição de Vieira de Andrade, “haverá
colisão ou conflito sempre que se deva
entender que a Constituição protege
simultaneamente dois valores ou bens em
contradição concreta. A esfera de proteção
de um certo direito é constitucionalmente
protegida em termos de intersectar a esfera
de outro direito ou colidir com uma norma ou
princípio constitucional.” (WEINGARTNER,
2002)
Proporcionalidade ou
razoabilidade
 O conflito não pode ser resolvido com o
recurso à idéia de uma ordem hierárquica
dos valores constitucionais.
 A solução é procurar no quadro da unidade
da Constituição um processo de legitimação
das decisões que impõe a ponderação de
todos os valores constitucionais aplicáveis ao
caso.
Proporcionalidade ou
razoabilidade
Proporcionalidade ou
razoabilidade
 Tal princípio se concretiza através de um
critério de PROPORCIONALIDADE na
distribuição dos custos do conflito.

 Exige-se que o sacrifício de cada um dos


valores constitucionais seja necessário e
adequado à salvaguarda dos outros.
Proporcionalidade ou
razoabilidade
 O princípio da proporcionalidade é composto,
então, de três subprincípios:
 Idoneidade do meio empregado para o alcance do
resultado pretendido (adequação entre meios e fins).
 Necessidade desse meio (inexiste meio mais ameno,
menos interventor)
 Proporcionalidade, podendo ser expressa como um
critério pelo qual somente se sacrifica um direito
fundamental quando no caso concreto esta solução é
a menos gravosa após a ponderação de bens em
conflito (ou seja adotar outra solução seria mais
gravoso à ordem constitucional).
Princípio da Responsabilidade
Civil da Administração
 RESPONSABILIDADE CIVIL é a obrigação
de reparar os danos ou prejuízos
patrimoniais (ou morais) que uma pessoa
cause a outrem.
 A responsabilidade da Administração Pública
funda-se na Doutrina do Risco
Administrativo, ou seja, não se cogita de
culpa ou dolo do agente para caracterizar o
direito do prejudicado à composição do
prejuízo. (Ver artigo 37, § 6º).
Princípio da Responsabilidade
Civil da Administração
 A responsabilidade da Administração Pública
é objetiva.
 Só incide o § 6º do art. 37 da C.F. nos casos
em que a Administração Pública está
prestando serviço público.
 Há causas excludentes da Responsabilidade
Civil da Administração Pública:
 Força Maior
 Atos de Terceiros
 Culpa exclusiva da vítima

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