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Direito Administrativo

É o ramo do direito público, onde prevalece o interesse público em sua essência, buscando o
bem estar, segurança e saúde. Compete ao direito administrativo buscar formas de melhorar a
vida dos brasileiros e atender todas as suas exigências e necessidades.
As competências correspondem ao conjunto dos poderes atribuídos pela lei a cada um dos
órgãos administrativos. O exercício das competências dos órgãos administrativos destina-se a
prosseguir as atribuições das pessoas coletivas públicas em que se integram (são, portanto,
poderes funcionais).

Direito Administrativo possui como fonte principal a legislação e a constituição. No entanto,


muito do que é estudado nessa área do Direito advém da doutrina, sobretudo diante da
importância da discussão sobre os impactos dos princípios e dos poderes administrativos. Isto
porque são muitos vezes abordados de maneira abrangente nas normas vigentes no
ordenamento jurídico, o que, de um lado, permite maior amplitude interpretativa, mas, de
outro, diminui o aspecto formal/concreto das proposições.
Nesse sentido, também, a jurisprudência ganha cada vez mais força. Embora o Poder
Legislativo exerça poder administrativo atipicamente – ou seja, em casos excepcionais – e os
poderes mantenham independência entre si, como coloca a Constituição, é impossível excluir
do ordenamento a influência de um sobre o outro.
Não se pode ignorar, por exemplo, que o Poder Legislativo é quem produz as normas a que se
submete também o Poder Administrativo (executando-as) ou que as interpretações do Poder
Judiciário sobre essas normas tenham impactos na sua execução. Por essa razão, deve-se
respeitar, dessa maneira, as competências particulares de cada um em busca da harmonia na
tripartição.

Os 5 princípios do Direito Administrativo

O princípio de tudo são os princípios. Isso mesmo! Eles são o início de todas as coisas,
proposições anteriores e superiores as normas, que traçam condutores direcionais para os
atos do legislador, do administrador e do aplicador da lei ao caso concreto. Eles formam o
fundamento, alicerce de um sistema, garantindo-lhe validade.
Lembrando que não existe hierarquia entre os princípios. Cada um tem importância e um não
prevalece sobre o outro. Porém, um princípio que não seja usado num determinado caso pode
ser o mais importante em outro. O ideal é analisar o conjunto deles no caso observado.
Sabendo disso, vamos descrever de forma sucinta os 5 princípios expressados na Constituição
Federal. Vale ressaltar que a doutrina jurídica entende que existem vários outros que se
aplicam ao Direito Administrativo cada um dos princípios do Direito Administrativo,
acompanhe:
PRINCÍPIO DE LEGALIDADE:
Como o próprio nome nos sugere, o princípio da legalidade diz respeito à obediência à lei. Em
nossa Constituição encontramos algumas variantes, entretanto, o mais importante é o dito
princípio genérico, que vale para todos, que é encontrado no inciso II, do artigo 5° da CF/88,
que diz: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei”. Em outras palavras, no popular, poderá fazer tudo que não seja proibido pela lei.
No Direito Administrativo, esse princípio determina que, em qualquer atividade, a
Administração Pública está estritamente vinculada à lei. Então, se não houver previsão legal,
nada pode ser feito.
Note que no princípio genérico as pessoas podem fazer de tudo, exceto o que a lei proíbe, já
no Direito Administrativo, a Administração Pública só pode fazer o que a lei autoriza. Seus atos
tem que estar sempre pautados na legislação.
PRINCÍPIO DE IMPESSOALIDADE
Seja qual for o agente público, sendo ele eleito, concursado ou indicado, ele está ocupando a
posição de servir aos interesses do povo. Isto é, seus atos obrigatoriamente deverão ter como
finalidade o interesse público, e não o próprio, ou de um conjunto de pessoas amigas, ou seja,
o interesse deve ser impessoal.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Anos atrás os romanos já diziam que “non omne quod licet honestum est” (nem tudo que é
legal é honesto). Obedecendo a esse princípio, o administrador deve, além de seguir o que a
lei determina, pautar sua conduta na moral comum, fazendo o que for melhor e mais útil ao
interesse público, separando o bem do mal, legal do ilegal, justo do injusto, conveniente do
inconveniente e honesto do desonesto.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Este é mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar publicidade,
ou seja, de levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos
como um todo. Fazendo isso, dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa
questionar a atividade administrativa que, destaco novamente, deve representar o interesse
público. A publicidade surte os efeitos previstos também se feita através de órgão oficial, que
é o jornal, sendo ele público ou não.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Este princípio foi o último a ser introduzido na CF/88. Ele revela dois aspectos distintos, um em
relação à atuação do agente público, outro em relação à organização, estrutura e disciplina da
Administração Pública.
Resumidamente, os agentes públicos devem agir com rapidez, perfeição e rendimento. Já a
Administração Pública, deve estar atenta às suas estruturas e organizações, evitando a
manutenção de órgão/entidade utilizados, ou que não atendam às necessidades da população.
Em suma, os órgãos competentes poderão exercer sua autoridade de forma mais eficaz,
utilizando seus princípios administrativos com excelência

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