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Princípios Administrativos;
Princípios Expressos e Implícitos
De início, precisamos entender o conceito daquilo que estamos estudando. Os
princípios administrativos são os valores, as diretrizes, os mandamentos mais
gerais que orientam a elaboração das leis administrativas, direcionam a
atuação da Administração Pública e condicionam a validade de todos os atos
administrativos.
Princípios Expressos
Classificar um princípio como expresso depende da referência que
tomamos dentro das normas jurídicas. Para fins didáticos, iremos
considerar a Constituição Federal como ponto de partida para essa
classificação.
O princípio da legalidade
O princípio da legalidade apresenta dois significados distintos. O
primeiro aplica-se aos administrados, isto é, às pessoas e às
organizações em geral. Conforme dispõe o inciso II do artigo 5º da
CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei. Dessa forma, para os administrados, tudo o que
não for proibido será permitido.
Por sua vez, a Administração deve atuar somente segundo a lei. Assim,
não é possível, por exemplo, que um órgão público conceda um direito a
um servidor não previsto em lei. Diga-se, a lei não proibiu a concessão
do direito, mas também não o permitiu, logo não pode a Administração
concedê-lo.
O princípio da impessoalidade
O princípio da impessoalidade, também apresentado expressamente na
CF/88, apresenta quatro sentidos:
O princípio da moralidade
O princípio da moralidade, que também está previsto de forma expressa
no caput do art. 37 da Constituição Federal, impõe que o administrador
público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em
sua conduta. Dessa forma, além da legalidade, os atos administrativos
devem subordinar-se à moralidade administrativa.
Assim, podemos observar uma atuação administrativa legal, porém
imoral. Por exemplo, pode não existir nenhuma lei proibindo um agente
público de nomear o seu cônjuge para exercer um cargo em comissão
no órgão em que trabalha, ou seja, o ato foi legal. Contudo, tal ato
mostra-se imoral, pois a conduta ofende os bons princípios e a
honestidade.
O princípio da publicidade
O princípio da publicidade, previsto taxativamente no artigo 37 da
Constituição Federal, apresenta duplo sentido:
O princípio da eficiência
Este é o “mais jovem” princípio constitucional. Foi incluído no artigo 37
pela Emenda Constitucional 19/1998 como decorrência da reforma
gerencial, iniciada em 1995 com o Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado (PDRAE).
Princípios Implícitos
Por outro lado, os princípios implícitos não constam taxativamente em
uma norma jurídica geral, decorrendo de elaboração doutrinária e
jurisprudencial.
Não significa que eles não estão previstos em uma norma jurídica,
apenas não constam expressa ou taxativamente. Ou seja, o princípio
implícito encontra-se previsto nas normas, apenas não consta
expressamente o seu “nome”.
Por exemplo, quando a lei permite que uma prefeitura municipal faça a
desapropriação de um imóvel, isso só deve ser feito quando o interesse
geral assim o exigir. Caso a autoridade administrativa realize a
desapropriação com o objetivo de punir um inimigo político do prefeito
ou para favorecer determinado grupo empresarial, estará realizando por
questões individuais, e não gerais, desviando a finalidade da lei. Ou
seja, estaremos diante de um vício de desvio de poder ou desvio de
finalidade, tornando o ato ilegal.
Muitas vezes, esses dois princípios são tratados como sinônimos ou,
pelo menos, são aplicados de forma conjunta. No entanto, existem sutis
diferenças.
Princípio da autotutela
Não se pode esperar que os agentes públicos sempre tomem as
decisões corretas no desempenho de suas funções. Dessa forma, é
imperioso que exista uma forma de a Administração corrigir os seus
próprios atos.
Princípio da motivação
A motivação representa que o administrador deve indicar os
fundamentos de fato e de direito que o levam a adotar qualquer decisão
no âmbito da administração pública, demonstrando a correlação lógica
entre a situação ocorrida e as providências adotadas.
I - improbidade administrativa;
§ 9º Prescrevem:
Proibições.
É proibido ao funcionário/servidor (L. 10.261/68 - Art. 242; L. 500/74 - Art. 33):
1) referir-se depreciativamente às autoridades e aos atos do Governo; 2) retirar
qualquer documento ou objeto existente do setor ou órgão sem autorização; 3)
ocupar-se, durante o expediente, em conversas, leituras ou outras atividades
estranhas ao serviço; 4) não comparecer ao serviço sem causa justificada; 5)
tratar de interesses particulares no trabalho; 6) promover manifestações de
apreço ou desapreço dentro do órgão ou tornar-se solidário com elas; 7)
exercer comércio e promover ou subscrever lista de donativos dentro do órgão
onde trabalha; 8) usar material do serviço público em serviço particular. São
também proibições para os servidores aquelas constantes dos artigos 243 e
244 da Lei 10.261/68 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado: 1)
valer-se de sua qualidade de servidor para obter, direta ou indiretamente,
qualquer proveito; 2) trabalhar sob as ordens imediatas de parentes até 2º grau
(inclusive cônjuge) salvo quando se tratar de função de confiança, e livre
escolha, não podendo, nesse caso, ultrapassar o número de 2 (dois) auxiliares.
É proibido reter documentos de identidade, para ingresso em edifícios públicos
ou particulares (Lei Federal nº 5.553/68; Aditamentos das Chefias ao Parecer
PA-3 nº 233/94, da Procuradoria Administrativa, da Procuradoria Geral do
Estado, exarado no Processo PGE-768/94).
Responsabilidade.