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a) Princípio da Legalidade
Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência à lei. 1 No Direito
Administrativo, determina que em qualquer actividade a Administração Pública deve
estar estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser
executado administrativamente, pois os interesses públicos de que a administração se
ocupa são definidos por lei e a administração tem obrigatoriamente que os prosseguir.
A legislação tem na vida do Estado um papel importante, pois ela aparece como um juiz
que deve conduzir um processo ou proferir uma sentença. Importa aqui referi que, tudo
tem que está normalizado, e cada um dos agentes públicos estará adstrito ao que a lei
determina. Então, é expressão do princípio da legalidade a permissão para a prática de
actos administrativos que sejam expressamente autorizados pela lei, ainda que mediante
simples atribuições de competência, pois esta também advém da lei.
b) Princípio da Impessoalidade
Impessoalidade implica que os administrados que preenchem os requisitos previstos no
ordenamento possuem o direito público subjetivo de exigir igual tratamento perante o
Estado. Do ponto de vista da Administração, a atuação do agente público deve ser feita
de forma a evitar promoção pessoal, sendo que os seus atos são imputados ao órgão,
pela teoria do órgão.
Tratar todos de forma igualitária, impessoal, obedecendo ao princípio da igualdade a
fim de atingir a finalidade pública e o interesse da coletividade. A responsabilidade
recai à entidade como um todo e não a pessoa física do agente. É vedada a utilização de
nomes, símbolos ou imagens para promoção em publicidade e campanhas dos órgãos
públicos.
c) Princípio da Publicidade
É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar
publicidade, levar ao conhecimento de todos os seus atos, contratos ou instrumentos
jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer
pessoa questionar e controlar toda a atividade administrativa que, repito, deve
representar o interesse público, por isso não se justificam de regra, o sigilo.
publicidade surte os efeitos previstos somente se feita através de órgão oficial, que é o
jornal, público ou não, que se destina à publicação dos atos estatais. Dessa forma, não
basta a mera notícia veiculada na imprensa.
Com a publicação, presume-se o conhecimento dos interessados em relação aos atos
praticados e inicia-se o prazo para interposição de recurso, e também os prazos de
decadência e prescrição.
d) Princípio da Eficiência
Os agentes públicos devem agir com rapidez, perfeição e rendimento. Importante
também é o aspecto econômico, que deve pautar as decisões, levando-se em conta
sempre a relação custo-benefício. Construir uma linha de distribuição elétrica em rua
desabitada pode ser legal, seguir a Lei de Licitações, mas não será um investimento
eficiente para a sociedade, que arca com os custos e não obtém o benefício
correspondente.
A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e organizações, evitando a
manutenção de órgão/entidade subutilizados, ou que não atendam às necessidades da
população.
Por sua vez o Título XI Capítulo I, da Constituição da República consagra os
princípios fundamentais da Administração Pública, nomeadamente:
Princípio do Respeito pelos Direitos e Liberdades Fundamentais dos Cidadãos;
Princípio da Legalidade Administrativa;
Princípio da Igualdade;
Princípio da Imparcialidade;
Princípio da Ética;
Princípio da Justiça;
Princípio da Descentralização e Desconcentração;
Princípio da Fundamentação dos Actos Administrativos.