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AGENTE DE INVESTIGAÇÃO
Noções de Direito Administrativo
Conteúdo
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Administração Pública e Atividade Administrativa
Conceito, Natureza e Fins da Administração Pública
Conceito
É o conjunto de atividades desempenhadas ou dirigidas pelas autoridades e órgãos do Estado, a fim de
promover o bem comum da coletividade.
Natureza
É a de um "múnus público" para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e
aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
Fins
A administração pode ser:
Portanto, a finalidade da administração pública é a gestão dos bens e interesses da coletividade nos âmbitos
Federal, Estadual e Municipal. Uma outra finalidade da administração é promover a defesa do interesse público.
a) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular - O princípio pode ser flagrado nas
posições de privilégio e supremacia do órgão público. Daí resulta a exigibilidade dos atos administrativos e, em
certos casos, a executoriedade. Outra típica manifestação está na autotutela (possibilidade de revogar ou
anular seus atos por manifestação unilateral).
Não se perca de vista que a supremacia do interesse público não é um valor em si. A supremacia, como
componente da função administrativa, é instrumento para a realização de finalidades legais, segundo os
critérios e procedimentos consagrados na ordem jurídica.
b) Princípio da Legalidade - Reza este princípio, que a administração pública, em toda sua atividade funcional,
está presa aos mandamentos da lei, deles não podendo se afastar, sob pena de invalidade do ato e
responsabilidade de seu autor. Ainda, segundo este princípio, a administração pública só pode fazer o que a
lei autoriza, quando e como autoriza. Isto significa, que se a lei nada dispuser, a administração pública não
pode agir, a não ser em situações excepcionais, (guerra, grave perturbação da ordem).
c) Princípio da Finalidade - Impõe que o administrador só pratique o ato para obter o fim legal. O administrador
deve perseguir o interesse público (primário) contido na lei. O favorecimento ou prejuízo de alguém não pode
ser o fim do ato administrativo, e sim, decorrência da obtenção do objetivo previsto na norma legal. O
afastamento do administrador da finalidade de interesse público, conforme previsão legal, caracteriza o vício
de desvio de finalidade.
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favorecimento, pois qualquer ato deve ser de interesse público e nos estritos termos da lei, caso contrário,
estará sujeito a invalidação por desvio de finalidade, por meio da ação popular.
Portanto, a atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, dirigida aos cidadãos em
geral, sem a determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza.
O princípio da impessoalidade nada mais é que o princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador
público que só pratique o ato para o seu fim legal, sendo que o fim legal é aquele que a norma de direito indica,
expressa ou virtualmente, como objetivo do ato, de forma impessoal. Este princípio é um desdobramento do
artigo 5o da CF (caput).
Com o advento da Constituição Federal de 1988, o princípio da moralidade passou a ser pressuposto de
validade de todo ato administrativo.
Segundo a doutrina, a moralidade administrativa deve ser entendida como sendo o conjunto de regras tiradas
da disciplina interior da administração. A moralidade administrativa é ao lado da legalidade e da finalidade um
dos pressupostos de validade do ato administrativo. A moralidade administrativa está ligada ao conceito de
"bom administrador".
f) Princípio da Publicidade - É a divulgação oficial de atos (Leis, Decretos, Contratos Administrativos, etc.),
para conhecimento público em geral e início da produção de seus efeitos externos.
O princípio da publicidade é justificado pelo fato de que, todo ato administrativo deve ser público, uma vez que,
a administração que o realiza é pública, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações
policiais ou interesse superior da administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso
nos termos do Decreto Federal nº 79099, de 06 de janeiro de 1977.
A publicidade como princípio da administração pública (CF, artigo 37), abrange toda a atuação estatal: A
administração direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, não só no que se refere a publicação de seus atos, como, também, a propiciação de conhecimentos
da conduta interna dos seus agentes. Assim, essa publicidade alcança os atos concluídos e informação, os
processos em andamento, os pareceres de órgãos técnicos e jurídicos, os despachos intermediários e finais,
as atas de julgamento das licitações e os contratos com quaisquer interessados, bem como os comprovantes
de despesas e as prestações de contas submetidas aos órgãos competentes.
Todos esses papéis ou documentos públicos podem ser examinados por qualquer interessado e dele pode
obter certidão ou fotocópia autenticada para fins constitucionais.
A publicidade se faz no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município conforme a competência, ou, em
jornais contratados para essas publicações oficiais. Também poderão ser feitas por meio de editais afixados
em lugares próprios para a divulgação dos referidos atos com a finalidade da coletividade em geral tomar
conhecimento dessas decisões.
Estes atos exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes, terceiros e ao povo
em geral, proporcionando ainda aos administradores o conhecimento e o controle dos atos praticados pela
administração, através dos instrumentos constitucionais: Mandado de segurança, direito de petição, ação
popular, habeas data, fornecimento de certidões e improbidade administrativa (artigo 37º § 4º).
g) Princípio da Eficiência - O administrador não deve, tão somente, perseguir as finalidades previstas ou
consagradas em lei. Não deve alcançá-las de qualquer forma ou a qualquer custo. Impõe-se a obtenção do
melhor resultado, o resultado ótimo. Devem ser observados os atributos de rapidez, perfeição e rendimento. O
princípio foi positivado na Constituição (art. 37, caput) pela Emenda nº 19, de 1998.
i) Princípio da Motivação - Trata-se do dever de justificar os atos praticados. Devem ser apontados os
fundamentos de fato e de direito e a correlação lógica entre as situações observadas e as providências
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tomadas. A motivação pode ser prévia ou contemporânea à prática do ato. A motivação pode não constar do
ato, se presente no processo administrativo subjacente. Subsiste uma discussão acerca da motivação ser
obrigatória somente para os atos vinculados ou para todos os atos (discricionários e vinculados). Observar o
art. 50 da Lei nº 9.784, de 1999.
j) Princípio da Continuidade - Por esse princípio a atividade da administração não pode parar, deve ser
ininterrupta. Assim, não é admitida a paralisação dos serviços de saúde, de transporte, de segurança pública,
de distribuição de justiça, de extinção de incêndios e dos serviços funerários.
k) Princípio da Indisponibilidade - Conforme este princípio, os bens, direitos, interesses e serviços públicos
não se acham à livre disposição dos órgãos públicos, cabendo a esses apenas a responsabilidade de preservá-
los e aprimorá-los para as atividades as quais se destinam.
O detentor dessa possibilidade é o Estado. Por esse motivo, há necessidade de lei para alienar bens para
outorgar concessão de serviço público, e para muitas outras atividades a cargo de órgãos públicos e agentes
da administração pública.
l) Princípio da Autotutela - A administração pública está obrigada a policiar os atos administrativos que
pratica para evitar a ilegalidade, de qualquer ato, cabendo-lhe assim, retirar do ordenamento jurídico, os atos
inconvenientes e os ilegítimos. Os inconvenientes através da revogação e os ilegítimos através da anulação.
n) Princípio da Segurança Jurídica - Está relacionado com a previsibilidade do Direito e a estabilidade das
relações jurídicas. A proibição da interpretação nova retroativa é um dos exemplos da efetivação do princípio
(art. 2o., §2o., inciso XIII da Lei no. 9.784, de 1999).
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Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização
de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. A administração não pratica atos do
governo; pratica, tão somente, atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a
competência do órgão e de seus agentes. São os chamados atos administrativos, que por sua variedade e
importância, merecem estudo em capítulo especial.
Complementa dizendo que governo é atividade política e discricionária, enquanto que a administração
é atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica; ou ainda, que governo é conduta
independente; administração é conduta hierarquizada.
Em suma, a Administração Pública, em Direito Administrativo, tanto serve para designar as pessoas ou
agentes e órgãos governamentais, como a atividade administrativa em si. No primeiro caso, designando órgãos
e pessoas, deve ser escrita com letras maiúsculas, e no segundo, designando, a atividade, com minúsculas.
Na Administração Pública Direta como o próprio nome diz, a atividade administrativa é exercida pelo próprio
governo que "atua diretamente por meio dos seus Órgãos, isto é, das unidades que são simples repartições
interiores de sua pessoa e que por isto dele não se distinguem". Celso Antônio Bandeira de Mello (2004:130)
Estes órgãos são despersonalizados, ou seja, não possuem personalidade jurídica própria, portanto, não são
capazes de contrair direitos e obrigações por si próprios. Os Órgãos não passam de simples repartições
internas de retribuições, e necessitam de um representante legal (agente público) para constituir a vontade de
cada um deles. Trata-se da desconcentração do poder na Administração Pública. Onde há desconcentração
administrativa vai haver hierarquia, entre aquele Órgão que está desconcentrando e aquele que recebe a
atribuição (exemplo: Delegacias Regionais da Polícia Federal, Varas Judiciais, Comissão de Constituição e
Justiça).
Os Órgãos atuam nos quadros vinculados a cada uma das Esferas de Governo. A exemplo temos os
Ministérios, Órgãos federais ligados à União; as Secretarias Estaduais, Órgãos estaduais ligados ao estado
membro; e as Secretarias Municipais, Órgãos municipais ligados à esfera municipal de poder.
Na Administração Pública Direta o Estado é ao mesmo tempo o titular e o executor do serviço público.
Administração Indireta - Apenas com a Administração Pública Direta, o Estado não seria capaz de
administrar todo o território nacional, tanto pela sua extensão quanto pela complexidade e volume das relações
sociais existentes entre o administrado (particular) e o Governo. Por isso, houve-se por bem outorgar poderes
para outras estruturas (Entidades).
A Administração Pública Indireta ou Descentralizada é a atuação estatal de forma indireta na prestação dos
serviços públicos que se dá por meio de outras pessoas jurídicas, distintas da própria entidade política. Estas
estruturas recebem poderes de gerir áreas da Administração Pública por meio de outorga.
A outorga ocorre quando o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere, por lei, determinado
serviço público ou de utilidade pública.
Nesta descentralização de poderes não há vinculo hierárquico entre a Administração Central e as Entidades
que recebem a titularidade e a execução destes poderes, portanto, as entidades não são subordinadas ao
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Estado. O que existe na relação entre ambas é um poder chamado de Controle com atribuições de fiscalização.
O Controle é "o poder que a Administração Central tem de influir sobre a pessoa descentralizada”. Assim,
enquanto os poderes do hierarca são presumidos, os do controlador só existem quando previstos em lei e se
manifestam apenas em relação aos atos nela indicados". Celso Antônio Bandeira de Mello (2004:141)
Estas Entidades são personalizadas, portanto, possuem vontade e capacidade de exercer direitos e contrair
obrigações por si próprios.
São elas: Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Públicas.
II - Empresas Públicas - Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas
para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas que contam com capital
exclusivamente público e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se a empresa pública é
prestadora de serviços públicos, estará submetida a regime jurídico público. Se a empresa pública é
exploradora de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada.
" BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): embora receba o nome de banco, não
trabalha como tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza social. É uma empresa pública
prestadora de serviços públicos.
" EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): é prestadora de serviço público (art. 21, X, da
CF/88).
" Caixa Econômica Federal: atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os outros
bancos. É empresa pública exploradora de atividade econômica.
" RadioBrás: empresa pública responsável pela "Voz do Brasil". É prestadora de serviço público.
Características
As empresas públicas, independentemente da personalidade jurídica, têm as seguintes características:
" liberdade financeira: têm verbas próprias, mas também são contempladas com verbas orçamentárias;
" liberdade administrativa: têm liberdade para contratar e demitir pessoas, devendo seguir as regras da
CF/88. Para contratar, deverão abrir concurso público; para demitir, deverá haver motivação. Poderão adquirir
bens, mas deverá haver uma licitação;
" dirigentes próprios;
" patrimônio próprio.
Controle
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Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas públicas e a Administração Direta,
independentemente de sua função. Poderá a Administração Direta fazer controle de legalidade e finalidade
dos atos das empresas públicas, visto que estas estão vinculadas àquela. Só é possível, portanto, controle de
legalidade finalístico.
Criação
A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas públicas, ou seja, independentemente da atividade
que desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das empresas públicas, não conferindo a elas
personalidade jurídica.
A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade econômica. A CF/88
somente admite a empresa pública para exploração de atividade econômica em duas situações (art. 173 da
CF/88):
" fazer frente a uma situação de segurança nacional;
" fazer frente a uma situação de relevante interesse coletivo.
A empresa pública deve obedecer aos princípios da ordem econômica, visto que concorre com a iniciativa
privada. Quando o Estado explora, portanto, atividade econômica por intermédio de uma empresa pública, não
poderão ser conferidas a ela vantagens e prerrogativas diversas das da iniciativa privada (princípio da livre
concorrência).
Privilégios
Quanto aos privilégios, são concedidos conforme a atividade desenvolvida:
" empresas públicas exploradoras de atividade econômica: não são dotadas dos mesmos privilégios da
Administração Direta, observado o princípio da livre concorrência, ou seja, não se pode conferir a elas nenhum
privilégio diverso daqueles conferidos às empresas privadas. O art. 173, § 1º, II, da CF/88 dispõe que as
empresas públicas que exploram atividade econômica terão as mesmas obrigações civis, trabalhistas,
tributárias e comerciais das empresas privadas. Ainda o art. 173, § 2º, dispõe que as empresas públicas não
terão imunidade do art. 150, § 2º, quando estiverem exercendo atividade econômica;
" empresas públicas prestadoras de serviço público: não existe livre concorrência. Na área tributária, ainda
que a CF/88 não tenha mencionado, elas possuem os mesmos privilégios da Administração Direta, visto não
estarem em regime de livre concorrência. Na área processual, entretanto, não têm privilégios.
Responsabilidade
Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos que:
" empresas públicas exploradoras de atividade econômica: a responsabilidade do Estado não existe, pois,
se essas empresas públicas contassem com alguém que respondesse por suas obrigações, elas estariam em
vantagem sobre as empresas privadas. Só respondem na forma do § 6º do art. 37 da CF/88 as empresas
privadas prestadoras de serviço público, logo, se a empresa pública exerce atividade econômica, será ela a
responsável pelos prejuízos causados a terceiros (art. 15 do CC);
" empresas públicas prestadoras de serviço público: como o regime não é o da livre concorrência, elas
respondem pelas suas obrigações e a Administração Direta responde de forma subsidiária. A responsabilidade
será objetiva, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88.
Falência
" Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: submetem-se a regime falimentar,
fundamentando-se no princípio da livre concorrência.
" Empresas públicas prestadoras de serviço público: não se submetem a regime falimentar, visto não
estarem em regime de concorrência.
III - Sociedades de Economia Mista - São empresas onde existe colaboração entre o Estado e
particulares, ambos reunindo recursos para a realização de uma finalidade sempre de ordem econômica.
A razão de ser das sociedades de economia mista, é que nem sempre o Estado dispõe de recursos suficientes
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para investir em determinado empreendimento, que de maneira direta ou indireta, visa o interesse da
sociedade.
O Estado então, associasse a particulares objetivando a atender essas necessidades sociais, e os particulares
visando alcançar os objetivos pretendidos motivados pelo lucro. A sociedade de economia mista, será sempre
uma sociedade anônima (S/A), sendo, portanto, uma pessoa jurídica de direito privado, ou seja, uma sociedade
comercial, não gozando por esta razão de privilégios tributários ou processuais. O Banco do Brasil é um
exemplo de sociedade de economia mista.
Fundação Privada - É aquela que desempenha funções que não são características do Estado.
Exemplo: IBGE.
Entidades Paraestatais
Entidades paraestatais é nome dado àqueles entes que, não obstante possuam personalidade jurídica própria
e estejam disciplinados por algumas normas de direito público, não se enquadram nos moldes legais previstos
para que pertençam ao quadro de entes da Administração Pública Direita ou Indireta.
Esses entes, também chamados de “Entes com situação peculiar” ou “Terceiro Setor”, exercem as mais
diversas funções em regime de colaboração, fomento e contribuição com Estado, sem, no entanto, se confundir
com ele. Estão incluídos, portanto, na categoria de Terceiro Setor justamente porque não fazem parte do
Primeiro Setor, ou seja, o Estado, e nem do Segundo Setor, o mercado, sendo caracterizadas pela prestação
de atividade de interesse público, não exclusiva do Estado, autorizada em lei e sem fins lucrativos, sob o regime
de Direito Privado.
Diversas leis atribuíram personalidade jurídica as Ordens profissionais, sem, no entanto, especificar se
possuem natureza pública ou privada. Visando sanar essa dúvida objetiva, foi editada a Lei 9649/98(3), que
estabeleceu que os conselhos possuem natureza jurídica de regime privado. No entanto, na ADIN 1.1717-6
julgada em 07.11.2002, declarou-se a inconstitucionalidade do art. 58, parágrafos 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º,
sendo desde então considerados tais entes como autarquias especiais, vez que não fazem parte da
Administração Pública e nem se sujeitam à tutela ministerial.
- Entidades de apoio
Essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundação, mas também podem assumir a forma de
associação ou cooperativa.
Entidades de Apoio são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores
públicos, em regime de direito privado, mediante convênio com a Administração Pública que geralmente
destinam-se a colaborar com instituições de ensino e pesquisa. Não fazem parte da Administração Pública
nem das Universidades ou Instituições que prestam auxílio, mas são instituídas pelo Poder Público,
representado na pessoa dos servidores públicos e mediante aplicação de recursos desses, que também serão
os prestadores de serviço, utilizando-se da sede, instrumentos e equipamentos públicos.
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Essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundação, mas também podem assumir a forma de
associação ou cooperativa.
Não possuem legislação específica que as regulamente, a não ser a Lei 8.958 de 20.12.1994, que dispõe
especificamente a respeito da relação celebrada entre instituições federais de ensino superior e de pesquisa
científica e tecnológica e fundações de apoio.
O exemplo mais comum desse tipo de entidade ocorre quando a Administração adquire o controle acionário
de uma empresa privada: não obstante essa empresa não seja pública, por força de estar sob o controle
acionário da Administração Pública deverá se sujeitar a algumas normas de direito público. Assim, deverão
respeitar a Lei 8666/93, no que tange a celebração de contratos, que necessariamente deveram ser precedidos
de licitação e submeter-se ao controle externo exercido pela Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de
Contas, por expressa disposição constitucional.
Em virtude do serviço, o qual possui natureza eminentemente pública se sujeita, derrogativamente, a certas
normas de direito público como a exigência de teste seletivo para a contratação de seu quadro de pessoal e a
submissão ao controle exercido pelo Tribunal de Contas (somente quando receber recursos públicos),
conforme disposto no artigo 70, parágrafo único da Constituição Federal.
- Organizações sociais
São pessoas jurídicas de Direito Privado que mediante contrato de gestão com a Administração Pública
prestam serviços sociais sem fins lucrativos, dirigidos ao ensino, pesquisa científica, desenvolvimento
tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente e à saúde.
Esses entes foram regulamentados formalmente pela Lei 9.637 de 15.05.1998 que estabeleceu quais
requisitos deverão ser atendidos para que uma pessoa jurídica de direito privado seja qualificada como
organização social e assim possa receber recursos públicos. Os principais requisitos exigidos para que a
pessoa jurídica de direito privado adquira o status de entidade de utilidade pública é possuir um órgão de
deliberação superior, o chamado “Conselho de Administração”, formado por representantes do Poder Público
e de membros da comunidade de notória capacidade profissional e idoneidade moral e a habilitação perante a
Administração Pública, visando receber a declaração de organização social.
Uma vez cumpridos os requisitos exigidos, a entidade passará a receber recursos estatais de forma a promover
o fomento e incentivo de suas atividades, através da celebração de um contrato de gestão entre a
Administração Pública e a entidade privada. O status de organização social, no entanto, poderá ser revogado
a qualquer tempo, desde que não cumpridas as normas estabelecidas no contrato de gestão.
As organizações sociais vêm sendo alvo de crítica por parte da doutrina devido ao seu flagrante caráter de
mascarar uma situação que deveria sujeitar-se as regras atinentes à Administração Pública, mas que está a
margem de tais normas por não fazer parte da Administração Pública, vez que é um ente paraestatal. Segundo
Maria Silvia Zanella de Pietro essa camuflagem é evidente já que “o fato de organização social absorver
atividade exercida por ente estatal e utilizar o patrimônio público e os servidores públicos entes a serviço desse
mesmo ente, que resulta extinto, não deixa dúvidas de que sob todos os aspectos estaria sujeita ao direito
público”.
Além disso, não devemos nos esquecer de princípios indisponíveis que regem a administração pública, quais
sejam o da preocupação com a preservação do patrimônio público, e com a gratuidade e universalidade dos
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serviços públicos nas áreas acima indicadas. Tais princípios inegavelmente não estão sendo obedecidos, vez
que, com a concessão indiscriminada de habilitação a pessoas jurídicas de direito privado como organização
social, o serviço público que deveria ser gratuito e universal, passa a ser, na maioria das vezes oneroso e
restrito, pois não se exigem dos entes paraestatais respeito todas as limitações e princípios a que se sujeitam
demais órgãos públicos.
No entanto, apresentam um importante diferencial relacionado com o objetivo estatal almejado ao instituir tais
entidades: enquanto as organizações sociais são claramente instituídas com a finalidade de extinguir a
atividade estatal da área onde atuam as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são instituídas
pelo Estado com a intenção de realmente promover fomento ou incentivo a determinada atividade.
Além desse diferencial marcante podemos constatar que por se tratar de atividade de real fomento estatal, a
sociedade civil de interesse público se sujeita a requisitos bem mais rígidos para obtenção de sua qualificação,
se comparada com a organização social. Entre eles podemos destacar a necessidade da entidade atuar em
uma das atividades elencadas no art. 3º da Lei 9790 de 23.03.1999(7) e sua habilitação perante o Ministério
da Justiça.
Além disso, o art. 4º da mesma lei exige: a inscrição no estatuto das pessoas jurídicas interessadas princípios
como o da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência; a adoção de
práticas de gestão que dificultem de forma pessoal ou coletiva a obtenção de vantagens pessoais decorrentes
da participação no respectivo processo decisório e a prestação de contas, quando se utilizar de bens ou
recursos públicos, conforme determina o art. 70 da CF.
Agências Executivas e Reguladoras
Entre as recentes alterações na organização administrativa do Estado, registramos a criação de autarquias
especiais, denominadas de agências reguladoras, e a qualificação de autarquias e fundações como agências
executivas.
Agência reguladora, segundo Di Pietro, é, no direito brasileiro, qualquer órgão da Administração Direta ou
entidade da Administração Indireta com função de regular matérias que lhe estão afetas. O objetivo institucional
da agência reguladora é o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob a
forma de concessão ou permissão.
São atribuições das agências reguladoras: regulamentar os serviços que constituem objeto da delegação;
realizar o procedimento licitatório para escolha dos concessionários; celebrar o contrato de concessão; definir
o valor da tarifa; controlar a execução dos serviços; aplicar sanções; exercer o papel de ouvidor de denúncias
e reclamações dos usuários, etc.
Exemplos:
Agências Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), criada pela Lei 9.472/96;
Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), criada pela Lei 9.47297
Agência Nacional do Petróleo (ANP), criada pela Lei 9.478/97.
Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato com o órgão da
Administração Direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos.
Em regra, segundo Di Pietro, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva.
Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os
requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos
mesmos requisitos.
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Centralização: é a prestação de serviços diretamente pela pessoa política prevista
constitucionalmente, sem delegação a outras pessoas. Diz-se que a atividade do Estado é centralizada
quando ele atua diretamente, por meio de seus órgãos.
Obs.: Órgãos são simples repartições interiores da pessoa do Estado, e, por isso, dele não se distinguem.
São meros feixes de atribuições - não têm responsabilidade jurídica própria – toda a sua atuação é imputada
às pessoas a que pertencem. São divisões da Pessoa Jurídica.
Se os serviços estão sendo prestados pelas Pessoas Políticas constitucionalmente competentes, estará
havendo centralização.
Vantagens da Centralização:
as decisões são tornadas por administradores que tem urna visão global da empresa;
tomadores de decisão situados no topo e geralmente melhor treinados e preparados do que os que estão
nos níveis mais baixos;
eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais;
certas funções – como compras – quando centralizadas, provocam maior especialização e aumento de
habilidades;
decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais.
Desvantagens da centralização:
1. as decisões não são tomadas por administradores que estão próximos dos fatos
2. tomadores de decisão situados no topo raramente tem contato com os trabalhadores e com as situações
envolvidas;
3. as linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas;
4. administradores nos níveis mais baixos são frustrados porque estão fora do processo decisorial;
5. pelo envolvimento de muitas pessoas nas comunicações, há mais possibilidades de um erro e de distorções
pessoais.
Vantagens da descentralização:
1. decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores
2. tomadores de decisão são os que têm mais informação sobre a situação
3. maior envolvimento na tornada de decisões cria maior moral e motivação entre os administradores médios
4. proporciona bom treinamento para os administradores médios
Desvantagens da descentralização:
1. pode ocorrer a falta de informação e coordenação entre departamentos
2. maior custo por administrador devido ao melhor treinamento, melhor salário dos administradores nos
níveis mais baixos
3. administradores tendem a ter uma visão estreita e podem defender mais o sucesso de seus departamentos
em detrimento da empresa como um todo
4. políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos
Desconcentração
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Ocorre a chamada desconcentração quando a entidade da Administração, encarregada de executar um ou
mais serviços, distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente
a prestação dos serviços.
Obs.: tanto a concentração como a desconcentração poderá ocorrer na estrutura administrativa centralizada
ou descentralizada.
- A complexidade das funções do Estado, quer quanto à soma de atividades que exerce, quer quanto à sua
variedade, trouxe como consequência imediata a sobrecarga de seus serviços, pela incapacidade de adaptar
a sua máquina administrativa à multiplicidade de serviços a seu cargo.
- Movido por tais motivações o Estado acaba por transferir seguidamente, a outras pessoas jurídicas, a
execução de muitos serviços públicos objetivando basicamente a celeridade e eficiência destes. Estas pessoas
jurídicas que irão titularizar interesses coletivos das mais variadas ordens, podem regular-se por princípios de
Direito privado ou público, podendo ou não ter prerrogativas especiais. Tudo isto a depender da necessidade
pública do serviço que irão desempenhar.
Como se vê, a desconcentração, mera técnica administrativa de distribuição interna de funções, ocorre, tanto
na prestação de serviços pela Administração Direta, quanto pela Indireta. É muito mais comum falar-se em
desconcentração na Administração Direta pelo simples fato de as pessoas que constituem as Administrações
Diretas (União, estados, Distrito Federal e municípios) possuírem um conjunto de competências mais amplo e
uma estrutura sobremaneira mais complexa do que os de qualquer entidade das Administrações Indiretas. De
qualquer forma, temos desconcentração tanto em um município que se divide internamente em órgãos, cada
qual com atribuições definidas, como em uma sociedade de economia mista de um estado, um banco estadual,
por exemplo, que organiza sua estrutura interna em superintendências, departamentos ou seções, com
atribuições próprias e distintas, a fim de melhor desempenhar suas funções institucionais.
A prestação concentrada de um serviço ocorreria em uma pessoa jurídica que não apresentasse divisões
em sua estrutura interna. É conceito praticamente teórico.
Qualquer pessoa jurídica minimamente organizada divide-se em departamentos, seções etc., cada qual com
atribuições determinadas. Na Administração Pública é provável que não exista nenhuma pessoa jurídica que
não apresente qualquer divisão interna. Talvez algum município muito pequeno possa prestar todos os serviços
sob sua competência sem estar dividido em órgãos, concentrando todas as suas atribuições na mesma unidade
administrativa, que se confundiria com a totalidade da pessoa jurídica não subdividida em sua estrutura
interna...
A par da pouco provável hipótese acima, podemos falar em concentração quando determinada pessoa jurídica
extingue órgãos ou unidades integrantes de sua estrutura, absorvendo nos órgãos ou unidades restantes, os
serviços que eram de competência dos que foram extintos. Nesse caso, terá ocorrido concentração
administrativa em relação à situação anteriormente existente. É, por isso, uma concentração relativa: a pessoa
jurídica concentrou em um menor número de órgãos ou unidades o desempenho de suas atribuições.
Entretanto, enquanto existirem pelo menos dois órgãos ou unidades distintas, com atribuições específicas, no
âmbito da mesma pessoa jurídica, diremos que ela presta seus serviços desconcentradamente.
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Por último, cabe registrar que Hely Lopes Meirelles entende que um órgão não subdividido em sua estrutura,
portanto um órgão simples (em oposição a órgão composto), exerce suas atribuições concentradamente. Deve-
se tomar cuidado aqui, pois a existência de órgãos significa que a pessoa jurídica a que eles pertencem exerce
suas atribuições desconcentradamente. Cada órgão composto dessa pessoa jurídica também exerce
desconcentradamente suas atribuições, por meio dos órgãos que o compõem. Quando chegamos, mediante
essas subdivisões sucessivas, a um órgão que não mais se subdivide, teremos, então, um órgão simples. Esse
órgão, segundo o autor, exerce suas atribuições de forma concentrada (mas, repita-se, a pessoa jurídica que
ele integra pratica a desconcentração administrativa, presta seus serviços desconcentradamente).
Resumindo...
Órgãos Públicos
São centros de competência criados para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes,
cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São unidades de ação com atribuições específicas
na organização estatal. Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem
necessariamente funções, cargos e agentes. Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas
jurídicas.
Como parte das entidades que integram, os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas
jurídicas, previamente ordenados para o desempenho das funções que lhes forem atribuídas pelas normas de
sua Constituição e funcionamento. Para eficiente realização de suas funções, cada órgão é investido de
determinada competência, redistribuída entre seus cargos, com a correspondente parcela de poder necessária
ao exercício funcional de seus agentes.
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autônomos,
superiores e
subalternos.
III- Órgãos Superiores - São aqueles que possuem o poder de direção, controle, decisão e comando
nos assuntos de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico
de uma chefia mais elevada. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira, que são atributos dos
órgãos independentes e dos autônomos a que pertencem. Sua liberdade funcional está restrita ao
planejamento e soluções técnicas, dentro de sua área de competência, com responsabilidade pela execução,
geralmente a cargo de seus órgãos subalternos. Nessa categoria estão incluídas Secretarias Gerais,
Inspetorias Gerais, Gabinetes, Procuradorias Administrativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e
Divisões.
IV - Órgãos Subalternos - São todos os órgãos que se acham subordinados a órgãos mais elevados,
com reduzido poder de decisão e com predominância de atribuições de execução. Destinam-se à execução de
serviços de rotina, cumprimento de decisões superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais como
os que, nas repartições públicas, executam as atividades-meios e atendem ao público, prestando-lhe
informações e encaminhando seus requerimentos, como são as Portarias e Seções de Expediente.
I - Órgãos Simples ou Unitários - São os constituídos por um único centro de competência, como as
Portarias com diversos cargos e agentes.
II - Órgãos Compostos - São aqueles que reúnem na sua estrutura vários outros órgãos menores, como
a Secretaria de Educação, órgão composto que tem na sua estrutura diversas unidades escolares.
I - Órgãos Singulares - Também denominados de unipessoais. São aqueles que atuam e decidem
através de um único agente, que é seu chefe e representante. Esses órgãos podem ter muitos outros agentes
auxiliares, mas o que caracteriza sua singularidade é o desempenho de sua função precípua por um só agente
investido como seu titular.
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São exemplos de órgãos singulares, a Presidência da República, as Governadorias dos Estados, e as
Prefeituras Municipais. A Presidência da República tem um único agente que é o Presidente; o Estado de São
Paulo, o Governador; o Município, o Prefeito.
II - Órgãos Colegiados - Também chamados de pluripessoais. São os órgãos que atuam e decidem por
meio da manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados não
prevalece a vontade individual de seu chefe ou presidente, nem a de seus integrantes de maneira isolada. O
que vale juridicamente é a decisão da maioria. É órgão colegiado por exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.
Agentes Públicos
Agentes Públicos - A lei 8.429/92 no seu art. 2º define os agentes públicos, todas as pessoas físicas
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. Os agentes normalmente
desempenham funções do órgão, distribuídas entre os cargos de que são titulares, mas, excepcionalmente
podem exercer funções sem cargo.
Terceirizados não são Agentes Públicos! Somente podem exercer atividades meio (por exemplo, de limpeza,
vigilância, informática etc.)
O Código Penal considera que os terceirizados são “funcionários públicos” para fins de penalização em crimes
específicos na área da administração pública. Também se inclui nesta categoria as concessionárias.
Em qualquer hipótese, entretanto, o cargo ou a função pertence ao Estado, e não ao agente que o exerce,
razão pela qual o Estado pode suprimir ou alterar cargos e funções sem nenhuma ofensa aos direitos de seus
titulares, como podem desaparecer os titulares sem extinção dos cargos e funções.
agentes políticos,
agentes administrativos,
agentes honoríficos e
agentes delegados, que, por sua vez se subdividem em subcategorias.
Agentes Políticos - São os componentes do governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para exercício de
atribuições constitucionais. Esses agentes, não são servidores públicos nem se sujeitam ao Regime Jurídico
Único estabelecido pela Constituição de 1988. Os agentes políticos, possuem normas específicas para sua
escolha, investidura, conduta e processo por crimes funcionais e de responsabilidade que lhes são privativos.
São agentes políticos: os chefes de executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos e seus
auxiliares imediatos) (Ministros e Secretários de Estado e de Município) ; os membros das corporações
legislativas (Senadores, Deputados e Vereadores); os membros do Poder Judiciário (Magistrados em geral);
os membros do Ministério Público (Procuradores da República e da Justiça, Promotores e Curadores Públicos);
os membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros); os representantes diplomáticos e demais
autoridades que atuem com independência funcional no desempenho de atribuições governamentais e
judiciais.
Agentes Administrativos - São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades
autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos a hierarquia funcional e ao Regime Jurídico
Único da entidade estatal a que servem. São investidos a título de emprego e com retribuição financeira, em
regra por nomeação e excepcionalmente, por contrato de trabalho ou credenciamento.
Os agentes administrativos não são membros de poder de Estado; são apenas servidores públicos, com maior
ou menor hierarquia, em cargos e responsabilidades profissionais dentro do órgão ou da entidade a que
servem, conforme o cargo ou a função em que estejam investidos.
Os agentes administrativos estão subordinados ao regime da entidade a que servem e às normas específicas
do órgão em que trabalham.
São agentes administrativos, a grande maioria dos prestadores de serviços à administração direta e indireta
do Estado nas seguintes modalidades aceitas pela Constituição Federal de 1988: servidores públicos
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concursados, servidores públicos que exercem cargos em comissão ou função de confiança, sem concurso,
preferencialmente escolhidos, "servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional" e os
servidores temporários, contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de
excepcional interesse público. A categoria dos agentes administrativos espécie do gênero agente público são
também denominados de servidores públicos.
São agentes honoríficos, aqueles que exercem a função de jurado, de mesário eleitoral, de comissário de
menores, de presidente ou membro de comissão de estudo ou de julgamento entre outros. Os agentes
honoríficos não são funcionários públicos, entretanto, momentaneamente exercem uma função pública e,
enquanto a desempenho, sujeitam-se a hierarquia e disciplina do órgão a que estão servindo.
Agentes Delegados - São particulares que recebem encargos referentes a execução de determinada
atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas, conforme as
normas do Estado e sob permanente fiscalização do delegante. Constitui uma categoria à parte de
colaboradores do Poder Público. São os concessionários e permissionários de obras e serviços públicos os
serventuários de ofícios ou cartórios não estatizados, os leiloeiros, os tradutores e intérpretes públicos, e as
demais pessoas que recebem delegação para a prática de atividade estatal ou serviço de interesse público.
Cargos Públicos
Na organização do serviço público a Administração cria cargos e funções, institui classes e carreiras, faz
provimentos e lotações, estabelece vencimentos e vantagens e delimita os deveres e direitos de seus
servidores.
Cargo público é o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e
responsabilidades específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma
estabelecida em lei. Função é a atribuição ou o conjunto de atribuições que a Administração confere a cada
categoria profissional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços
eventuais.
Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções
autônomas são, por índole, provisórias, dada a transitoriedade do serviço que visam a atender. Daí por que as
funções permanentes da Administração devem ser desempenhadas pelos titulares de cargos, e as transitórias,
por servidores designados, admitidos ou contratados precariamente. Os servidores podem estabilizar-se nos
cargos, mas não nas funções. Não obstante a validade deste princípio, muitas leis vinham dando estabilidade
a servidores exercentes de funções, que, por natureza, são transitórias.
Para liquidar de vez com essa aberração administrativa foi que o constituinte, desde 1967, passou a vincular
a estabilidade à prévia aprovação em concurso público, requisito essencial para o preenchimento dos cargos
de provimento efetivo.
Não há como se confundir cargo com função pública. A ideia de função pública está relacionada com atividade,
atribuição. Cargo, por sua vez, no seu sentido etimológico, pode ser traduzido como incumbência.
Sob o aspecto material representa o lugar onde o servidor desempenha sua atividade específica.
Cargo público é, portanto, o lugar instituído na organização do funcionalismo, com denominação própria,
atribuições específicas, e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por seu titular, na forma
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estabelecida em lei. Exemplo: Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN), Técnico do Tesouro Nacional
(TTN), Fiscal de Mercadorias em Trânsito, Agente Administrativo, Procurador do Estado, etc.
Função pública é, a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria
profissional ou individualmente a determinados servidores de serviços eventuais.
Os cargos são distribuídos em classes (agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas
atribuições, responsabilidades e vencimentos) e carreira (agrupamento de classes da mesma profissão ou
atividade, escalonadas segundo a hierarquia do serviço). O conjunto de carreiras e cargos isolados constitui o
quadro permanente do serviço dos diversos órgãos da Administração.
Assim, cargo de carreira é escalonado em classes, para acesso privativo de seus titulares, até a mais alta
hierarquia profissional. Já o cargo de chefia é o que se destina à direção dos serviços.
Um quadro administrativo, portanto, é composto de cargos de carreira e cargos isolados, considerados aqueles
como de caráter dinâmico que possibilitam ascensão do funcionário na escala hierárquica. Contrario sensu os
cargos isolados não oferecem condições de promoção.
O magistério superior, por exemplo, é uma carreira, porque resulta do agrupamento das classes seguintes:
professores assistentes, adjuntos e titulares.
A administração, por isto mesmo, pode alterar os cargos públicos ou os serviços, independentemente da
aquiescência de seu titular, visto que este não tem direito adquirido à imutabilidade de suas atribuições. Hely
Meirelles doutrina:
O funcionário tem direito adquirido à permanência no funcionalismo, mas nunca adquirirá direito ao exercício
da mesma função, no mesmo lugar e nas mesmas condições, salvo os vitalícios, que constituem uma exceção
constitucional à regra estatutária.
Enquanto subsistir o cargo, como foi provido, o seu titular terá direito ao exercício nas condições estabelecidas
pelo Estatuto, mas se se modificar a estrutura, as atribuições, os requisitos para o seu desempenho, lícita é a
exoneração, a disponibilidade, a remoção ou a transferência de seu ocupante, para que outro o desempenhe
na forma da lei. O que não se admite é o afastamento arbitrário ou abusivo do titular, por ato do Executivo, sem
lei que o autorize.
Temos, a título de exemplo, na carreira de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional uma mudança de nomenclatura
de cargos e atribuições, onde os cargos de Fiscais de Tributos Federais e Controladores de Arrecadação,
foram extintos em 1985 e transformados no atual AFTN, consoante Decreto-lei n° 2.225/85, sem que isto tenha
causado qualquer furor nos tribunais.
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Celso Antônio Bandeira de Mello refere-se que essa duplicidade de vínculos laborais, existente entre o
servidor público e a Administração, determina que a Constituição Brasileira, em diversas passagens, menciona
cargos ou empregos públicos. Com isso, o jurista especificou doutrinariamente a diferença entre cargo público
e emprego público nos seguintes termos:
Cargo público – cargos são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas
por um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de
direito público e criados por lei.
Os servidores titulares de cargos públicos submetem-se a um regime especificamente concebido para
reger esta categoria de agentes. Tal regime é estatutário ou institucional; logo, de índole não-contratual.
Emprego Público – Empregos púbicos são núcleos de encargos de trabalho a serem preenchidos por
ocupantes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista.
Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que, embora sofra algumas inevitáveis influências advindas da
natureza governamental da entidade contratante, basicamente, é a que se aplica aos contratos trabalhistas em
geral; portanto, a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho".
Desta forma, a relação de trabalho estabelecida com a administração pode ser pela unilateralização do
vínculo, havendo o cargo público. É por este motivo, que somente são considerados como servidores públicos
os que titularizam um "cargo público". Ao passo que a relação de trabalho que resulta do vínculo
administração e empregado, caracteriza-se pelo regime contratual, portanto, bilateral, onde o que prevalece
para regrar essa relação são as leis trabalhistas, enquanto aos servidores o que prevalece é o estatuto local.
No tocante aos servidores da administração, a Constituição Federal de 1988 denominou, em seu cap. VII,
seção II, de servidores públicos civis todos os que prestam serviços à Administração em geral e instituiu o
"regime jurídico único e plano de carreira" para a Administração direta, autárquica e fundacional (art. 39-CF),
mais tarde regulamentados pela Lei nº 8.112/90, no plano da administração federal.
A Emenda Constitucional nº 19, publicada no DOU de 5 de junho de 1998, modifica o regime e dispõe sobre
os princípios da administração. Em seus 34 artigos promove setenta e sete alterações no corpo das disposições
permanentes da Constituição da República, além de criar onze normas de caráter transitório para implementá-
las.
Esse conjunto de conteúdo administrativo impor-se-á, mercê do princípio do paralelismo inerente ao nosso
sistema federativo, à observância pela União, pelos estados-membros, Distrito Federal e municípios.
Até o advento da Constituição Federal de 1988, vigoravam no setor público, dois regimes jurídicos de trabalho,
o regime estatutário e o celetista. O primeiro, para regular as relações de trabalho dos servidores concursados
e o segundo, para os servidores contratados sem a vantagem da estabilidade atribuída ao primeiro. A Nova
Carta Constitucional introduziu, em seu Capítulo VII, seção II, a terminologia servidores públicos civis para
referir-se a todos os que prestam serviço à Administração e instituiu em seu art. 39, o "regime jurídico único e
planos de carreira" para a Administração direta, autárquica e fundacional, significando dizer que não mais será
possível a diversidade de contratações na Administração Pública.
Apesar da objetividade da norma em instituir um único regime jurídico para a Administração, não restou clara
a exigência de ser de direito público sua natureza.
Doutrinariamente, a questão da natureza jurídica do regime único foi objeto de estudo de vários autores, alguns
se inclinando, como Hely Lopes Meireles pela natureza pública do regime e outros em minoria, mas fincados
em indiscutível e sólida argumentação, vêm defendendo que a Constituição Federal não determinou
previamente o regime único a ser adotado, cabendo a essas pessoas jurídicas de direito público a escolha.
É indiscutível a evolução das relações de trabalho do servidor público com o Estado, com absorção por elas,
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cada vez mais, de elementos contratuais. A própria Constituição Federal, que determinou a instituição de um
regime único, estabeleceu que fosse aplicada aos servidores públicos uma série de direitos próprios do
empregado privado. Além disto, outorgou a esses o direito de sindicalização e greve.
É preciso, no entanto, reconhecer que a opção por um regime único se foi fundamental no sentido de unificar
as reivindicações dos servidores públicos, também serviu para freá-las.
Tecnicamente o regime estatutário é o regime que estabelece relações jurídicas entre o Estado e o servidor
público, com base nos princípios constitucionais e preceitos legais da entidade estatal a que pertence. As
regras são estabelecidas unilateralmente pela Administração Pública, elevando retoricamente a supremacia
do "interesse público". A relação entre Poder público e servidor não se dá por instrumento contratual, mas por
regras preestabelecidas, consagrando um verdadeiro contrato de adesão.
Os defensores deste regime jurídico apontam ser o que melhor atende aos princípios constitucionais,
consagrados no art. 37 da CF/88, além de atender ao princípio da autonomia administrativa, na medida que
cada esfera da Federação organizaria o seu funcionalismo sem a interferência da legislação federal.
Confessamos que o servidor público perdeu com a instituição do regime estatuário, pois a CLT impõe o respeito
às disposições legais de proteção ao trabalhador e aos contratos coletivos que venham a ser estabelecidos
(art.444-CLT), assegurando a inalterabilidade contratual de trabalho por ato unilateral e em prejuízo do
empregado (art. 468-CLT). O princípio protetor não convive com a visão administrativa.
A reforma administrativa que, realizou profundas modificações, produzindo alterações que vão além do âmbito
remuneratório; atingem as condições de seu vínculo jurídico com o Estado, mas sem romper com o principal:
o autoritarismo.
Acabou com a exigência do regime jurídico único, abrindo a possibilidade de ser instituída a duplicidade de
regime jurídico-institucional e celetista; revisou as condições de obtenção e manutenção da estabilidade,
autorizando a demissão por desempenho insuficiente e por necessidade da administração (aprova a demissão
destes para que os gastos com pessoal não ultrapassem 60% da receita).
A Carta de 1988 remete no art. 39 § 2º ao art. 7º para conferir vários direitos trabalhistas, especificamente os
incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX, que estabelecem, a par de
outros direitos, garantia de vencimento nunca inferior ao mínimo e irredutibilidade salarial. Direitos estes
abraçados pela Lei nº 8. 112/90 que instituiu o regime jurídico único no âmbito federal.
A Constituição Federal também estabeleceu, como regra, o ingresso por concurso público independentemente
do regime a ser adotado, embora também tenha previsto a contratação por tempo determinado para atender
às necessidades temporárias de excepcional interesse público, ambos também recepcionados pela Lei
8.112/90. Não obstante por razões diversas, alguns administradores públicos têm admitido trabalhadores,
através de contratação expressa ou tácita, sem obediência às condições estabelecidas constitucionalmente.
As principais mudanças para os servidores públicos, com a reforma constitucional, foram no tocante a
investidura em cargo público, política salarial, estágio probatório, estabilidade, disponibilidade, isonomia e o
regime jurídico, conforme veremos mais especificamente a seguir.
No caput do art. 37 foi acrescentado o termo eficiência, passando a vigorar com a seguinte redação:
"A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também ao seguinte".
No inciso I do art. 37, foi acrescido o direito a cargo e emprego público aos estrangeiros, antes acessível
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apenas a brasileiros, todavia precisa ser regulamentado por lei complementar.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei.
Ao inciso II do mesmo artigo foi acrescentado que a investidura através de concurso público, de provas e títulos
será conforme a natureza e complexidade do cargo ou emprego.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas
e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas
as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
O inciso V sofreu modificação substancial, a princípio com a ideia de impedir o nepotismo, quando substitui a
palavra preferencialmente por exclusivamente para o exercício de cargo de confiança ou comissão. Todavia,
ao utilizar a locução a serem preenchidos, quando se reporta aos cargos comissionados, sem embargo,
consagrou o nepotismo com a manutenção dos cargos existentes.
Também observamos no referido texto, que, ao limitar a proibição aos cargos de chefia, direção e
assessoramento, deu outra "brecha legal" ao nepotismo, pois inúmeros são os cargos comissionados sem
essas especificações. No Judiciário, por exemplo, temos as funções comissionadas, denominadas de FC
(1,2,3,4,5) que tanto podem ser para cargos de chefias como quaisquer outros, como, por exemplo, datilógrafo
de audiência, porteiro, assistente de diretor.
A modificação concernente ao direito de greve dos servidores substitui no inciso VII a regulamentação em lei
complementar para lei específica.
Teto salarial - Nenhum servidor poderá receber, somando proventos, adicionais, prêmios, aposentadorias e
até vencimentos decorrentes da acumulação de cargos públicos (nos casos permitidos) etc., mais que os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, como também não será permitido o acúmulo de aposentadoria com
salário acima do teto. Este teto deverá ser definido por lei proposta pelos representantes dos três Poderes,
conforme disposição no inciso XI e seguinte do texto constitucional emendado.
Regime jurídico - Acabou o regime jurídico único. A política de administração e remuneração de pessoal agora
é definida por conselhos criados pela União, Estados e Municípios. Com isso haverá na Administração tanto
servidores estatutários como celetistas. Porém, todos deverão ser submetidos a concurso público para
investidura no cargo ou emprego. E os aumentos salariais definidos por lei proposta pelos três Poderes.
Vejamos:
Estabilidade/estágio probatório - Este foi ampliado de dois para três anos. A reforma acabou a estabilidade
do servidor público ao permitir-se no art. 41, inciso III a demissão por insuficiência de desempenho, como já
vimos antes.
Isonomia - Acaba a isonomia de vencimentos entre os servidores dos três Poderes. Os servidores com a
mesma função podem receber salários diferenciados.
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A reforma assegura revisão anual de salários dos servidores, mas cada Poder definirá o índice.
As normas examinadas são autoaplicáveis, ou de eficiência imediata, alcançando tanto os contratos em curso,
quanto as situações ainda discutidas em processo de conhecimento, sem incidência, portanto, da prescrição
e da coisa julgada.
RESUMO
Regime Estatutário estabelecido por lei em cada esfera de governo (natureza legal)
A rescisão do contrato de trabalho por tempo indeterminado NÃO PODERÁ ser realizada
livremente pela Administração. Será imprescindível que se caracterizem as hipóteses
previstas no art. 3º da mencionada lei:
falta grave;
acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
necessidade de redução do quadro de pessoal, por excesso de despesa; e
insuficiência de desempenho.
No caso do servidor público não existe contrato, existe um Estatuto ao qual se submete - que é o
Regime Jurídico Estatutário o qual se ajusta ao interesse público. As modificações são unilaterais porque são
ditadas pelo interesse público, daí porque preservam a sua supremacia.
Importante é a exigência do Concurso Público, que não se limitou ao ingresso na Administração Direta, mas
também na Indireta, inclusive nas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
Regime Trabalhista regido pela CLT, mas submete-se às normas constitucionais (natureza
contratual)
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O servidor celetista é ocupante de emprego público.
Não adquirirá estabilidade. No entanto, a sua dispensa terá de fundamentar-se em um dos motivos
legais.
Os empregados em geral regidos pela CLT possuem um regime contratual o que significa dizer que em
princípio ajustam as condições de trabalho e assim ajustadas não podem ser modificadas
unilateralmente.
Poderes Administrativos
Poder vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar, regulamentar, de polícia e uso e abuso do
poder
Para o adequado cumprimento de suas funções, a administração pública dispõe dos seguintes poderes:
Discricionário,
vinculado,
hierárquico,
regulamentar,
disciplinar e
poder de polícia.
Poder Discricionário - É o direito que concede à administração pública de maneira explícita ou implícita
liberdade para praticar atos administrativos, conforme a escolha de sua conveniência, oportunidade e
conteúdo, para que diante do caso concreto, encontre a melhor solução.
É importante ser salientado, que poder discricionário não se confunde com poder arbitrário.
Poder Vinculado - É aquele direito que a lei confere a administração pública para a prática de ato de sua
competência, determinando os elementos e os requisitos necessários à sua formalização, não concedendo ao
administrador, qualquer margem de liberdade para considerações subjetivas.
Exemplo: Alguém deseja construir um prédio. Depois de satisfeitos os requisitos exigidos por lei, posse do
terreno, planta assinada por profissional habilitado, inexistência de dívidas tributárias, etc., a única providência
que cabe ao administrador, é conceder a licença requerida.
O princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente todos os requisitos expressos na lei,
como o da essência do ato vinculado.
Poder Hierárquico - É aquele de que dispõe o poder executivo para distribuir e escalonar funções de seus
órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal. A finalidade do poder hierárquico é ordenar, comandar, controlar e corrigir
as atividades administrativas no âmbito interno da administração pública.
Poder Disciplinar - É a faculdade de aplicar internamente punições às infrações funcionais cometidas pelos
servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da administração.
O poder disciplinar da administração é distinto do poder de punição do Estado que é realizado por meio da
justiça penal.
Poder Regulamentar - É o poder exercido pelos chefes do executivo nas esferas: Federal, Estadual e
Municipal (Presidente da República, Governadores Prefeitos), para editar decretos autônomos sobre matéria
de sua competência ainda não disciplinada por lei.
Poder de Polícia - Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado,
ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.
Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o
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gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.
Poder de polícia originário - É aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado (U.E.DF.M), alcançando
os atos administrativos provenientes de tais pessoas.
Poder de polícia delegado - É aquele executado pelas pessoas administrativas do Estado, integrantes da
chamada Administração Indireta.
Outorga do poder de polícia para o particular - A doutrina não admite a outorga do poder de polícia a
pessoas da iniciativa privada, ainda que prestadores de serviço ao Estado.
Licença - É o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual a Administração reconhece que o particular
detentor de um direito subjetivo preenche as condições para seu gozo. Não pode ser negada quando o
requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.
Autorização - É o ato administrativo discricionário em que predomina o interesse do particular.
Limites - A atuação da polícia administrativa só será legítima se realizada nos estritos termos jurídicos,
respeitados os direitos do cidadão, as prerrogativas individuais e as liberdades públicas asseguradas na CF e
nas leis.
A discricionariedade no exercício do poder de polícia significa que a Administração, quanto aos atos e ele
relacionados, regra geral, dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e
conveniência de sua prática, estabelecendo o motivo e escolher, dentro dos limites legais, seu conteúdo.
A auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam imediata e direta
execução pela própria administração, independentemente de ordem judicial.
A coercibilidade possibilita que as medidas adotadas pela Administração podem ser impostas coativamente
ao administrado, isto é, sua observância é obrigatória para o particular.
Limitações administrativas: Quando o Estado, no exercício do poder de polícia, por meio da lei, limita o direito
de propriedade de forma a proporcionar uma utilidade social.
Exemplo: restrição do número de andares de um prédio próximo ao aeroporto
Servidão Administrativa: Quando através de lei ou ato administrativo, o poder restringe de forma específica
a propriedade.
Exemplo: passagem de fios de alta tensão sobre determinado terreno.
Regulamento Autorizado - Regulamento autorizado (ou delegado) é aquele que complementa disposições
da lei em razão de expressa determinação, nela contida, para que o Poder Executivo assim o faça.
O regulamento autorizado inova o Direito nas matérias em que a lei lhe confere essa atribuição.
A jurisprudência no Brasil não admite o regulamento autorizado para a disciplina de matérias reservadas à lei.
Se uma lei autorizar o Poder Executivo a disciplinar tais matérias será inconstitucional por afrontar o princípio
da separação dos poderes. No entanto, quando a autorização do legislador diz respeito a matérias não
reservadas à lei, nossa doutrina, e o próprio Poder Judiciário têm admitido a utilização do regulamento
autorizado quando a lei, estabelecendo as condições, os limites e os contornos da matéria a ser
regulamentada, deixa ao Poder Executivo a fixação de normas técnicas, como por exemplo:
- regras relativas a registro de operações no mercado de capitais;
- estabelecimento de modelos de notas fiscais e outros documentos;
- elaboração de lista com medicamentos sujeitos à retenção de receita;
- modelo de receituário especial;
- etc.
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Uso e Abuso de Poder
O poder administrativo concedido à autoridade pública tem limites certos e forma legal de utilização. Não é
carta branca para arbítrios, violências, perseguições ou favoritismos governamentais. Qualquer ato de
autoridade, para ser irrepreensível, deve conformar-se com a lei, com a moral da instituição e com o interesse
público. Sem esses requisitos o ato administrativo expõe-se a nulidade.
O uso do poder é prerrogativa do administrador público para ser usado em benefício da coletividade
administrada, mas usado nos justos limites que o bem-estar social exigir. Portanto o poder há que ser usado
normalmente, sem abuso. Usar normalmente do poder é empregá-lo segundo as normas legais, a moral da
instituição, a finalidade do ato e as exigências do interesse público.
O abuso do poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites
de suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas. Tanto pode revestir a forma comissiva como
a omissiva, porque ambas são capazes de afrontar a lei e causar lesão a direito individual do administrado. O
uso ilegal pode advir da incompetência do agente, do distanciamento da finalidade do ato ou, ainda, da sua
execução equivocada. Dele seriam espécies:
a) o excesso de poder: é quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do
permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. Excede, portanto, sua competência legal e,
com isso, invalida o ato, porque ninguém pode agir em nome da Administração fora do que a lei lhe permite. O
excesso de poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo. Colocando o Administrador na ilegalidade e até mesmo
sendo enquadrado no crime de abuso de autoridade quando incide nas previsões penais da Lei 4.898, de
9.12.65, que visa a melhor preservar as liberdades individuais já asseguradas na Constituição (art. 5º).
b) o desvio de finalidade ou de poder: há quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua
competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse
público, por exemplo, se a desapropriação é decretada não porque o bem imóvel do particular possui alguma
utilidade social, mas para satisfazer ao desejo de seu proprietário (a lei fixa a finalidade, mas o ato dela se
divorcia). Neste caso, os atos são ilegais necessariamente.
O ato praticado com desvio de finalidade - como todo ato ilícito ou imoral - ou é consumado às escondidas ou
se apresenta disfarçado sob o capuz da legalidade e do interesse público. Diante disto, há que ser surpreendido
e identificado por indícios e circunstâncias que revelem a distorção do fim legal, substituído habilidosamente
por um fim ilegal ou imoral não desejado pelo legislador.
c) o abuso por irregular execução do ato: é quando o agente, embora competente, atua com abuso de
autoridade. O ato jurídico não será necessariamente nulo, mas seu executor (que o fez de forma abusiva)
responderá pela atuação ilegal (responsabilidade: civil, criminal e administrativa); e
d) o silêncio administrativo: o silêncio administrativo (que retrata uma omissão indevida) também pode
gerar a indevida violação de direitos e retratar, por fim, uma das espécies possíveis de abuso. O silêncio não
é ato administrativo; é conduta omissiva da Administração que, quando ofende direito individual do
administrado ou de seus servidores, se sujeita à correção judicial e a reparação decorrente de sua inércia.
O mandado de segurança (CF, art. 5º, LXIX, e Lei nº 1.533/51), a ação popular (CF, art. 5º, LXXIII, e Lei nº
4.711/65) e a ação civil pública (Lei nº 7.347/85) podem questionar, judicialmente, os atos praticados com
desvio e com abuso de poder.
Remédios Constitucionais
Para o excesso de poder, temos, de acordo com o inc. LXIX do art. 5° da CF, o Mandado de Segurança,
que é um remédio heroico contra atos ilegais praticados por autoridade pública ou assemelhados, envoltos de
abuso de poder, o qual é regulado pela LF 1533/51.
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Para o desvio de finalidade, temos a Ação Popular, prevista no inc. LIII do art. 5° da CF e regrada pela LF
4717/65, que pode ser impetrada por qualquer cidadão, contra atos lesivos praticados contra o patrimônio
público ou entidade em que o Estado participe, relacionados à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural.
A Ação Popular faz com que o ato lesivo praticado seja anulado, ficando os infratores e seus beneficiários
obrigados a devolverem o dinheiro aos cofres públicos.
Atos Administrativos
Conceito; elementos; atributos; classificação; espécies; extinção do ato, controle do ato
administrativo: invalidação; anulação e revogação.
A função típica do Poder Executivo é administrar, a do Legislativo elaborar as leis e a do Judiciário julgar.
A prática da administração, cabe ao órgão executivo, mas tanto o Poder Legislativo, quanto o Judiciário
também praticam a função administrativa, de maneira típica, ou seja, excepcionalmente.
A prática de atos administrativos cabe, normalmente ao órgão executivo, mas, as autoridades judiciárias e
legislativas também os praticam, embora, de maneira restrita, quando por exemplo, ordenam seus próprios
serviços ou, quando dispõem sobre seus servidores ou expedem instruções sobre matéria de sua exclusiva
competência.
Pode-se afirmar em sentido lato, que todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato da
administração.
A expressão "ato da administração" tem sentido mais amplo do que a expressão "Ato Administrativo", que
abrange somente determinadas categorias de atos praticados no exercício da função administrativa.
O artigo 81 do CC prescreve que ato jurídico "é todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar ou extinguir direitos".
Não existe uma definição legal de ato administrativo, razão pela qual é conceituado doutrinariamente.
Para Hely Lopes Meirelles "ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração
pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir
e declarar direitos, ou impor obrigações, aos administrados ou a si próprio".
a) Competência - É a condição principal para sua validade, pois, nenhum ato, discricionário ou vinculado,
pode ser realizado validamente, sem que o agente disponha de poder para praticá-lo.
Competência Administrativa - É o poder atribuído pela lei, ao agente da administração para o desempenho
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de uma função.
Todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além do limite de que dispõe a autoridade incumbida
de sua prática, é inválido.
b) Finalidade - É o requisito que impõe, que o ato administrativo seja praticado unicamente para um fim de
interesse público, isto é, do interesse da coletividade.
A finalidade, tem que ser indicada na lei, pois não é qualquer finalidade pública que satisfaz ou torna legítimo
o ato administrativo. A prática de qualquer ato sem um fim público é nula por desvio de finalidade. Além disso,
o agente público não pode praticar um ato visando um fim inerente a outro, mesmo que ambos sejam de sua
competência e sejam referentes a um interesse público. Assim, é nulo, o ato de remoção de um funcionário
com o objetivo de puni-lo, uma vez que o ato de remoção não tenha finalidade de punir, e se a punição é o fim
que se deseja, deve-se utilizar o ato administrativo correspondente.
c) Forma - É o revestimento do ato administrativo. É o aspecto que revela sua existência. A forma é necessária
para que o ato seja válido, pois a inexistência da forma, consequentemente leva a inexistência do ato.
A forma mais utilizada é a forma escrita, como por exemplo, o despacho em processo administrativo que pune
servidor que agiu irregularmente. Há também atos orais, como ordens expedidas a um servidor, atos pictóricos,
como as placas de sinalização de trânsito, etc.
d) Motivo ou Causa- É a circunstância de fato ou de direito que autoriza ou impõe ao agente público a
prática do ato administrativo. São ações ou omissões dos agentes públicos ou dos administrados ou, ainda,
necessidades do Poder Público que impulsionam a administração pública à expedição do ato administrativo.
Exemplo: a necessidade de um veículo para determinado serviço público, pode gerar a oportunidade para a
edição do ato administrativo que determina a abertura da licitação. Neste caso, a necessidade do veículo, foi
o motivo que levou a administração pública a praticar o referido ato.
e) Objeto - É também chamado de conteúdo. É todo ato administrativo que tem por finalidade a criação,
modificação ou comprovação de situações jurídicas relativas as pessoas, coisas, ou atividades sujeitas à ação
do Poder Público.
Objeto ou conteúdo é o que o ato administrativo prescreve, ou dispõe. É a razão de ser do ato.
Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello o objeto do conteúdo é "o que o ato decide, enuncia, certifica, opina
ou modifica na ordem jurídica"
1) Presunção de Legitimidade
Todo o ato administrativo, qualquer que seja sua categoria ou espécie, nasce com a presunção de legitimidade,
independentemente da norma legal que a estabeleça, em virtude do princípio da legalidade da Administração.
Por esta presunção juris tantum, a execução dos atos administrativos fica imediatamente autorizada, mesmo
havendo vício ou defeito que os levem à invalidade. O ato administrativo pressupõe sempre um ato válido e,
se acabado, perfeito.
O ato administrativo é perfeito quando completa o ciclo necessário à sua formação, ou seja, após esgotadas
todas as fases necessárias a sua produção. É válido quando expedido em conformidade com as exigências ao
sistema normativo, isto é, quando atendido todos os requisitos estabelecidos pela ordem jurídica.
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Assim, todo o ato é eficaz quando os efeitos que lhes são próprios não dependem de qualquer evento posterior,
como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade.
Observa-se então que o Ato Administrativo deve ser perfeito, válido e eficaz. Do que resulta poder ser:
a) perfeito, válido e eficaz = quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-se plenamente ajustado às
exigências legais e está disponível para produzir seus efeitos;
b) perfeito, invalido e eficaz = quando, concluído seu ciclo de formação e, apesar de não se achar de acordo
com as exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhes são próprios;
c) perfeito, válido e ineficaz = quando, concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos requisitos
de legitimidade, ainda não se encontra disponível para produzir seus efeitos típicos.
2) Imperatividade
É o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade (= imposição, a obrigatoriedade) para o seu
cumprimento ou execução, estando ele presente em todos os atos. Decorre da própria existência do ato
administrativo, sem depender da sua validade ou não, visto que as manifestações de vontade do Poder Público
trazem em si a presunção de legitimidade.
Assim, o ato administrativo, dada sua imperatividade, deve ser sempre cumprido, sob pena de sujeitar-se à
execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. Lembre-se, no entanto que, nem todos os atos
administrativos possuem tal característica, veja por exemplo os Atos Anunciativos.
3) Auto executoriedade
Consiste na possibilidade presente que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela
própria Administração, independentemente de ordem judicial. De fato, a Administração não poderia bem
desempenhar sua missão de autodefesa dos interesses sociais se, a todo momento, ao encontrar resistência
natural do particular, tivesse que recorrer ao Judiciário para remover a oposição contra a atuação pública.
Assim, as prestações típicas como as decorrentes do poder de polícia, em atos de fiscalização, por exemplo,
podem ser exigidas e executadas imediata e diretamente pela Administração, sem mandado judicial. Contudo,
o reconhecimento da autoexecutoriedade tomou-se mais restrito em face do art. 5°, LV, da Constituição Federal
de 1988 (CF/88), que assegura o contraditório e ampla defesa inclusive contra os procedimentos
administrativos. Mesmo assim, parece-nos, deve ser ela reconhecida sempre.
Atos Normativos
Os atos administrativos normativos são aqueles que contém um comando geral do Executivo, visando a correta
aplicação da lei, tendo como objetivo direto o de explicitar a norma legal a ser observada pela Administração
e pelos administrados. São eles:
Decretos - Em sentido próprio e restrito são atos administrativos da competência exclusiva dos Chefes do
Poder Executivo (federal, estadual e municipal), destinados a prover situações gerais ou individuais,
abstratamente previstas pela legislação, de modo expresso, implícito ou explícito. De modo geral, o decreto é
normativo e geral, podendo ser específico ou individual, e é sempre hierarquicamente inferior à lei, por isso
não podendo contrariá-la. Admite-se duas modalidades:
a) Decreto Independente ou Autônomo: é o que dispõe sobre matéria ainda não regulada especificamente
em lei. A doutrina aceita esses provimentos administrativos "praeter legem" (ato a que completa ou
complementa a lei) para suprir a omissão do legislador, desde que não invadam as reservas, da lei; é, as
matérias que somente a lei pode regular.
b) Decreto Regulamentar ou de Execução: o que visa a explicar a lei e facilitar-lhe a execução, tomando
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claro seus mandamentos e orientando sua explicação. É o tipo de decreto que aprova, em texto à parte, o
regulamento a que se refere.
Regulamentos - São atos administrativos postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos
da lei, ou prover situações ainda não disciplinadas por lei.
Logo, embora o regulamento não possa modificar a lei, por subordinar-se a ela, tem a missão de explicá-la e
prover sobre os detalhes não abrangidos pela lei editada pelo Legislativo. Se contrariar a lei, toma-se írrito
(sem efeito) e nulo.
Regimentos - São atos administrativos normativos de atuação interna, destinados a reger o funcionamento de
órgãos colegiados e de corporações legislativas. Como ato regulamentar interno, o regimento só se dirige aos
que devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimentada, sem obrigar aos particulares em
geral. Distinguem-se dos regulamentos independentes e de execução que disciplinam situações gerais entre
a Administração e os administrados, estabelecendo relações jurídicas. Os regimentos destinam-se, a prover o
funcionamento dos órgãos da Administração; atingindo o pessoal interno a eles vinculados.
Resoluções - São atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo (Ministros,
Secretários de Estado, etc.), ou pelos presidentes de tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos,
para disciplinar matéria de sua competência específica e determinar a conduta de seus agentes. Por exceção,
admitem-se resoluções individuais. As resoluções, normativas ou individuais, são sempre atos inferiores ao
regulamento e ao regimento, não podendo inová-los ou contrariá-los, mas tão somente complementá-los e
explicá-los. Têm efeitos internos e externos, conforme o campo de atuação. Emanam do Poder hierárquico.
Deliberações - São atos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. Quando normativas são
atos gerais; quando decisórias são atos individuais. As gerais são sempre superiores às individuais. As
deliberações devem sempre obediência ao regulamento e ao regimento que houver para a organização e
funcionamento do colegiado. Quando expedidos em conformidade com as normas superiores são vinculantes
para a administração e podem gerar direitos subjetivos para seus beneficiários.
Atos Ordinatórios
São todos aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus
agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a
fim de orientá-los no desempenho de suas atribuições. Emanam do poder hierárquico e podem ser expedidos
por qualquer chefe de serviço aos seus subordinados, nos limites de sua competência. São inferiores aos atos
normativos, porque não criam direitos nem obrigações. Constituem-se em:
Instruções - São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço
público, expedidas pelo superior hierárquico visando orientar os subalternos no desempenho de suas
atribuições, assegurando a unidade de ação no organismo, objetivando a execução das leis, decretos e
regulamentos (CF/88, art. 87, § único, II). Obviamente, não podem contrariar tais espécies normativas. São
de âmbito interno.
Circulares - São ordens escritas de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes
administrativos incumbidos de certos serviços ou atribuições, e de menor generalidade que as instruções.
Avisos - São atos emanados dos Ministros de Estado sobre assuntos afetos a seus ministérios. Foram
largamente usados no tempo do Império, mas hoje restringem-se com mais frequência aos ministérios militares,
ordenando serviços.
Portarias - São atos administrativos internos, pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços,
expedem determinações gerais ou especiais aos seus subordinados, ou designam servidores para funções e
cargos secundários. Também é por portarias que se iniciam sindicâncias e processos administrativos,
assemelhando-se, nesse caso, à denúncia no processo penal.
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Ordens de Serviços - São determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos
autorizando o seu início, ou então, contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações técnicas
sobre o modo e a forma de sua realização.
Ofícios - Segundo Hely: São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre
subalternos e superiores, e entre Administração e particulares, em caráter oficial.
À luz desse conceito, deduzimos que:
Somente autoridades (de órgãos oficiais) produzem ofícios, e isso para tratar de assuntos oficiais.
O oficio pode ser dirigido a: outras autoridades; particulares em geral (pessoas, firmas ou outro tipo de
entidade).
Entidades particulares (clubes, associações, partidos, congregações, etc.) não devem usar esse tipo de
correspondência.
No universo administrativo, o oficio tem sentido horizontal vertical ascendente, isto é, vai de um órgão
público a outro, de uma autoridade a outra, mas, dentro de um mesmo órgão, não deve ser usado pelo escalão
superior para se comunicar com o escalão inferior (sentido vertical descendente).
Não se confundem com requerimentos e petições.
Atos Negociais
São aqueles que visam a concretização de negócios jurídicos públicos, de interesse da Administração e do
próprio administrado, regidos pelo direito privado (civil e comercial), ou seja, são declarações de vontade da
autoridade administrativa, destinadas a produzir efeitos específicos e individuais para o particular interessado,
mas não se confundem com contratos administrativos. Classificam-se em:
Licença - É ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado
atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos
materiais antes vedados ao particular, como p. ex., exercício de uma profissão, construção de um edifício em
terreno próprio, etc.
Autorização - É o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao
pretendente a realização de certa atividade, serviço, ou a utilização de determinados bens particulares ou
públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona aquiescência prévia da
Administração, tais como o uso especial de bem público, o porte de arma, o trânsito por determinados locais,
etc.
Permissão - É o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta ao
particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou uso especial de bens públicos, a título gratuito ou
remunerado, nas condições estabelecidas pela Administração. Não se confunde com concessão nem com
autorização, a concessão é contrato administrativo bilateral; a autorização é ato unilateral. Pela concessão
contrata-se um serviço de utilidade pública; pela autorização, consente-se uma atividade ou situação de
interesse exclusivo ou predominante do particular. Pela permissão, faculta-se a realização de uma atividade
de interesse concorrente do permitente, do permissionário e do público (permissão para explorar o transporte
coletivo). É permissível a permissão condicionada, ou seja, a dada sob condições, limitando o próprio Poder
Público na faculdade de, discricionariamente, revogá-la a qualquer tempo, fixando a norma legal, o prazo de
sua vigência e/ou assegurando outras vantagens ao permissionário, como incentivo para a execução do
serviço.
Aprovação - É o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de outro ato, ou
de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares,
dependentes de seu controle, e consente na sua execução ou manutenção. Pode ser prévia ou subsequente,
vinculada ou discricionária, consoante os termos em que é instituída, pois em certos casos limita-se a
confrontar os requisitos da lei.
Admissão - É o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de todos os
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requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante
interesse, como ocorre no ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação
(vestibular). O direito à admissão, desde que reunidas todas as condições legais, nasce do atendimento dos
pressupostos legais, que são vinculantes para o próprio poder que os estabelece.
Visto - É o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração
ou do administrado, aferindo a sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade. Não se confunde com
espécies afins, como autorização, homologação, etc., porque nestas há exame de mérito, e no visto incide
sempre sobre um ato anterior e não alcança o seu conteúdo.
Homologação - É o ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a
conveniência de ato anterior da própria Administração, de outra entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia.
Dispensa - É o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então
exigida por lei, como p. ex., a prestação de serviço militar. É normalmente discricionário.
Renúncia - É o ato administrativo pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito
próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração. Tem caráter abdicativo, por isso
não admite condição e, uma vez consumada, é irreversível.
Protocolo Administrativo - É o ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de
determinado empreendimento ou atividade, ou abstenção de certa conduta no interesse recíproco da
Administração e do administrado que assinou o instrumento protocolar. Este ato é vinculante para todos os
que o subscrevem. Inclui-se aí o protocolo de intenção.
Atos Enunciativos
São aqueles que, mesmo não contendo norma de atuação ou ordem de serviço ou qualquer relação negocial
entre o Poder Público e o particular, enunciam uma situação existente, sem qualquer manifestação de vontade
da Administração. São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou
emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado. Entre os atos mais comuns
desta espécie destacam-se:
Certidões - São cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou
documento que se encontre nas repartições públicas. Podem ser de inteiro teor ou resumidas, desde que
retratem fielmente o que expressa o original. As certidões administrativas, desde que autenticadas têm o
mesmo valor probante do original, como documentos públicos que são, conforme dispõe o Código Civil, art.
136, II; e Cód. Processo Civil, arts. 364 e 365, III, e seu fornecimento independe do pagamento de taxas
(CF/88, art. 5°, inciso XXXIV, b), constituindo-se num dever constitucional.
Atestados - São atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha
conhecimento por seus órgãos competentes. A certidão refere-se a atos ou fatos permanentes, deferindo do
atestado, que se refere a ato ou fato transitório, não constante de livros, papéis ou documentos.
Pareceres - Os pareceres administrativos são manifestações unilaterais emitidas por órgãos técnicos,
denominados consultivos, quando solicitados, jamais ex officio, sobre assuntos submetidos à sua
consideração, e tem caráter meramente opinativo, não vinculando a Administração ou os particulares à sua
motivação ou conclusões, salvo se aprovado por ato subsequente, pois o que subsiste como ato administrativo
não é o parecer em si, mas o ato de sua aprovação, que poderá vir revestido de modalidade normativa,
ordinatória, negocial ou punitiva.
b) Concepção Genérica: Opinião escrita ou verbal emitida por pessoa sobre determinado assunto, analisando
as razões justas e injustas que foram arguidas no pedido, ou apresentadas para apreciação, com conclusão
própria do parecerista.
c) Concepção restritiva (jurídica): opinião emitida por um jurisconsulto sobre uma questão de ordem jurídica,
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com bases legais, doutrinária e jurisprudencial, concluindo por uma solução que deve ser adotada. Sempre é
emitida à vista de controvérsias.
Divide-se em:
Parecer Normativo que é aquele que, ao ser aprovado pela autoridade competente, é convertido em
norma de procedimento interno, tomando-se impositivo e vinculante para todos os órgãos hierarquizados à
autoridade que o aprovou. É ato individual e concreto, para o caso que o propiciou (exigência de parecer antes
de determinada aprovação).
Parecer Técnico é aquele proveniente de órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser
contrariado por leigo ou mesmo por superior hierárquico. Nesta modalidade de parecer não prevalece a
hierarquia administrativa pois no campo da técnica não há subordinação.
Facultativos: São os solicitados à vista da ausência de norma legislativa ou regulamentar que obrigue ou
proíba.
Obrigatórios: São os que exigidos por normas jurídicas, em determinados casos, e não existe
disciplinamento.
Vinculantes: São os obrigatórios que vinculam a sua eficácia e cumprimento para casos semelhantes ou
assemelhados.
Apostilas - São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Ao apostilar um
título a Administração não cria um direito, uma vez que apenas reconhece a existência de um direito criado por
lei. Equivale a uma averbação.
Atos Punitivos
São aqueles que contém uma sanção imposta pela Administração a todos os que infringem normas ou
disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos. Visam punir ou reprimir as
infrações administrativas ou a conduta irregular dos particulares ou mesmo dos servidores, perante a
Administração. São eles:
Multa Administrativa - A multa administrativa é toda a imposição ou penalidade pecuniária a que se sujeita o
administrado a título de compensação do dano presumido da infração. Nesta categoria entram, inclusive, as
multas fiscais, modalidades do Direito Tributário.
Interdição de Atividade - É o ato pelo qual a Administração proíbe alguém a praticar atos sujeitos ao seu
controle ou que incidam sobre seus bens. Naturalmente, não se confunde com a interdição judicial de pessoas
ou de direitos. A interdição administrativa baseia-se no poder de polícia administrativa ou no poder disciplinar
da Administração sobre seus servidores e funda-se em processo regular com ampla defesa ao interessado.
Destruição de Coisas - É o ato sumário da administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias,
objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. É típico de polícia
administrativa e, via de regra, urgente, dispensando processo prévio, ainda que exija sempre auto de
apreensão e de destruição em forma regular.
Atos de Atuação Interna - Referem-se aos outros atos praticados pela Administração visando a disciplinar
seus servidores, segundo o regime estatutário a que estão sujeitos. Aqui o Poder age com larga margem
discricionária, tanto na apuração das infrações, como na graduação da pena.
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A extinção pode ser definida como o desaparecimento ou supressão do ato administrativo. As causas de
extinção dos atos administrativos são:
a) Cumprimento de seus Efeitos - O ato se extingue, deixando de existir, após cumpridos seus efeitos.
Exemplo: o ato de nomeação deixa de existir com a investidura do titular no cargo.
b) Desaparecimento do Sujeito da Relação Jurídica - Neste caso o ato deixa de existir, pois, a extinção é
automática.
Exemplo: com a morte de um permissionário de uso de uma cadeira de rodas, o ato deixa de existir.
c) Desaparecimento do Objeto da Relação Jurídica - A extinção do ato neste caso também é automática.
Exemplo: com a invasão dos terrenos dados em permissão de uso pela água, que aí se manterá
definitivamente, extingue-se o ato de outorga pelo desaparecimento do terreno.
d) Retirada - É a edição de um ato administrativo, com o objetivo de retirar outro do ordenamento jurídico,
impondo a este, sua extinção. A retirada pode dar-se por:
revogação,
invalidação,
cassação e
caducidade.
III - Cassação - É a retirada do ato, fundamentada no descumprimento de condições que deveriam ser
respeitadas pelo beneficiário para continuar usufruindo dos benefícios.
Exemplo: extinção da licença de funcionamento da indústria que se tornou poluente.
IV - Caducidade - Quando a retirada funda-se no surgimento de uma nova legislação que impede a
permanência da situação anteriormente permitida.
Exemplo: extinção de alvará de construção por não estar em conformidade com a nova legislação.
Em suma, reconhecendo que praticou um ato contrário ao Direito vigente, cabe à Administração anulá-lo
imediatamente, para restabelecer a legalidade administrativa.
É importante salientar que o conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, para fins de anulação de ato
administrativo, não se restringe somente à violação frontal da lei, mas abrange, igualmente, o abuso, por
excesso ou desvio de poder, ou por relegação dos princípios gerais de direito, eis que aí padece de vício de
ilegitimidade, tomando-se inválido pela própria Administração, ou mesmo pelo Judiciário, via anulação.
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Os efeitos da anulação dos atos administrativos retroagem às suas origens, são ex tunc invalidando as
consequências passadas, presente e futuras do ato anulado, porque o ato é nulo ou inexistente, não gerando
direitos ou obrigações para as partes, reconhecida e declarada a nulidade do ato, pela administração ou pelo
judiciário, o pronunciamento de invalidade que não admite convalidação. Desfaz todos os vínculos entre as
partes, recompondo as coisas ao seu estado natural.
No Direito Privado: são nulos aqueles atos que atingem interesses de ordem pública; são anuláveis aqueles
atos que atingem interesses privados.
Hely Lopes Meirelles, não admitia esta distinção entre atos nulos e anuláveis no Direito Administrativo, dizendo
que o vício, no ato administrativo, sempre atinge interesse público.
Celso Antônio Bandeira de Melo admite a distinção, dizendo que essa distinção vem atender interesses de
ordem prática. Ele faz uma diferença entre atos inexistentes, nulos e anuláveis.
Atos inexistentes: são os que contém um comando criminoso (Exemplo: alguém que mandasse torturar
um preso).
Atos nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei (Exemplo: prática de um ato por uma pessoa
jurídica incompetente).
Ato anulável: representa uma violação mais branda à norma (Exemplo: um ato que era de competência
do Ministro e foi praticado por Secretário Geral. Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro
do mesmo órgão).
Essa distinção vai permitir que os atos anuláveis possa vir a ser convalidados.
Alguns autores entendem que, verificado que um determinado ato é anulável, a convalidação será
discricionária, ou seja, a Administração convalidará ou não o ato de acordo com a conveniência. Outros
autores, tendo por base o princípio da estabilidade das relações jurídicas, entendem que a convalidação deverá
ser obrigatória, visto que, se houver como sanar o vício de um ato, ele deverá ser sanado. É possível,
entretanto, que existam obstáculos ao dever de convalidar, não havendo outra alternativa senão anular o ato.
Não se deve confundir a convalidação com a conversão do ato administrativo. Alguns autores, ao se referirem
à conversão, utilizam a expressão sanatória. Conversão é o ato administrativo que, com efeitos retroativos,
sana vício de ato antecedente, transformando-o em ato distinto, de diferente categoria tipológica, desde o seu
nascimento. Há um ato viciado e, para regularizar a situação, ele é transformado em outro, de diferente tipologia
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(p. ex: concessão de uso sem prévia autorização legislativa; a concessão é transformada em permissão de
uso, que não precisa de autorização legislativa, para que seja um ato válido – conversão).
O ato nulo, embora não possa ser convalidado, poderá ser convertido, transformando-se em ato válido.
Conversão
Aproveita-se, com um outro conteúdo, o ato que inicialmente foi considerado nulo.
Exemplo: Nomeação de alguém para cargo público sem aprovação em concurso, mas poderá haver a
nomeação para cargo comissionado.
A conversão dá ao ato a conotação que deveria ter tido no momento da sua criação. Produz efeito ex tunc.
Assim, se um servidor com 15 anos de trabalho público ingressar na magistratura e, somente 6 anos após esse
ingresso ele se lembrar de solicitar os 3 adicionais de 5% a que tem direito, pela regra das ações
personalíssimas, a prescrição teria ocorrido (5 anos).
Entretanto, por ter tratamento especial, ele só perderá o que for retroativo aos 5 anos anteriores à data do seu
ingresso.
A Administração Pública também está sujeita à prescrição quando, por ex., precisa receber os seus créditos.
O Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) disciplina, respectivamente, através do seus arts. 173 e 174, o
prazo de 5 anos para a decadência e de 5 anos para a prescrição. Assim, se o contribuinte não fizer o
pagamento do ICMS, a partir do momento do seu fato gerador começará a fluir um prazo para o Poder Público
cobrar esse tributo (a Fazenda Pública tem um prazo prescricional de 5 anos para apurar o quanto lhe é devido).
Supondo que essa cobrança tenha sido feita dentro do prazo e o contribuinte não pagou, a partir da expedição
de uma certidão da dívida ativa, o Poder Público terá um prazo decadencial de 5 anos para ingressar com uma
ação judicial para cobrança do crédito. Antes do Código Tributário Nacional, havia uma legislação sobre a
Previdência, de 1960. Esta, sem cogitar as legislações anteriores, consignava uma prescrição de 30 anos para
os créditos previdenciários.
Mas, com o aparecimento do C. Tributário, apareceu uma discussão: seriam esses créditos de natureza
tributária ou previdenciária? O que prevaleceu foi que os créditos previdenciários estão disciplinados pelo C.
Tributário, não valendo a regra anterior. Recentemente, entretanto, a Lei Federal 6.830/80 voltou a falar em
prescrição de 30 anos para esses créditos previdenciários. Como a jurisprudência está vacilante, os resultados
sobre cada caso concreto estão na dependência dos tribunais;
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2- Prescrição Administrativa - significa término do prazo para recorrer de decisão administrativa, apreciar
direitos e obrigações dos particulares frente ao Poder Público e aplicar penalidades administrativas.
Existe uma enormidade de leis municipais oriundas de cerca de 5500 Municípios brasileiros, onde não há uma
regra geral, havendo somente uma legislação que disciplina vários assuntos em cada um deles, ou seja, os
prazos são estabelecidos pelo próprio Município.
Torna-se importante ressaltar que a prescrição administrativa não interfere na prescrição judicial. Se houve a
prescrição administrativa, a Administração não pode mais aplicar a sanção. Como não há um Código, é uma
situação trabalhosa para o advogado, pois cada Município tem as suas regras administrativas próprias.
Os prazos de prescrição administrativa são sempre menores que os da prescrição judicial.
Na maioria das vezes ocorre a prescrição administrativa sem ocorrer a prescrição judicial. Assim, os prazos
administrativos não obstaculizam as ações judiciais, desde que nestas não tenha ocorrido a prescrição.
Em resumo, a prescrição administrativa nada mais é do que o término dos prazos para se:
1- recorrer de decisão administrativa;
2- apreciar direitos e obrigações dos particulares frente ao Poder Público;
3- aplicar penalidades administrativas.
Tudo isso pode ser resumido nas seguintes hipóteses:
a) o perecimento do direito de pleitear do servidor e do particular;
b) o perecimento do direito de punir da Administração Pública.
Assim, quando o servidor faz o pedido de algum direito para a Administração e, tenha havido prescrição deste
direito, ela benevolentemente poderá atendê-lo. Isto pode ser visto, por exemplo, no caso do inspetor de
alunos que esqueceu de requerer férias dentro do prazo ou do funcionário público que perdeu o prazo requerer
o pagamento do salário família.
Exercícios Pertinentes
Respostas: No final dos exercícios
01) São entidades da Administração Pública Indireta:
A) autarquias e fundações públicas, apenas.
B) autarquias, fundações, empresas públicas e Municípios.
C) autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos
de direito público.
D) Estados-membros, União Federal, Distrito Federal e Municípios.
E) União Federal e suas autarquias, Estados e suas autarquias, Distrito Federal e suas autarquias e Municípios
e suas autarquias.
02) O princípio segundo o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se:
A) finalidade.
B) controle.
C) autotutela.
D) supremacia do interesse público.
E) legalidade.
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04) Assinale a resposta incorreta. Os atos ordinários, espécie dos atos administrativos, são os que:
A) visam a regular o funcionamento da Administração.
B) visam a orientar o servidor público no exercício de suas atribuições.
C) visam a orientar o administrativo em suas relações com a Administração.
D) incluem as ''instruções'' como uma de suas espécies.
05) A autarquia é:
I - pessoa jurídica de direito público;
II - criada para realizar atividades típicas da Administração;
III - criada por lei, gozando de imunidade tributária;
IV- submetida a um regime de responsabilidade civil subjetiva. Responda:
A) Todas as assertivas estão corretas.
B) Somente a assertiva IV está incorreta.
C) Somente a assertiva I está correta.
D) As assertivas I e III estão corretas e as assertivas II e IV estão incorretas.
E) Todas as assertivas estão incorretas.
07) Sobre a Administração Pública é INCORRETO afirmar que integra a Administração Pública indireta
as:
A) fundações de direito privado criadas em virtude de lei autorizativa.
B) empresas públicas.
C) empresas privadas prestadoras de serviços públicos.
D) agências executivas.
08) A Lei que criou a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL - estabeleceu, dentre outros
requisitos, que ela teria independência administrativa, autonomia financeira e seria vinculada ao
Ministério das Comunicações. Isso significa que a ANATEL é:
A) uma empresa pública independente.
B) uma autarquia.
C) um ente da Administração Direta.
D) um ente da Administração Indireta subordinada ao Poder Executivo (Ministério das Comunicações).
09) O princípio segundo o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se:
A) finalidade.
B) controle.
C) autotutela.
D) supremacia do interesse público.
E) legalidade.
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11) Sociedade de Economia Mista está sujeita à falência, desde que:
A) por ela o Estado responda subsidiariamente perante terceiros.
B) preste serviço público (art. 175 CF).
C) explore atividade econômica (art. 173 CF).
D) não tenha sido criada por lei.
12) Sobre a Administração Pública é INCORRETO afirmar que integra a Administração Pública indireta
as:
A) fundações de direito privado criadas em virtude de lei autorizativa.
B) empresas públicas.
C) empresas privadas prestadoras de serviços públicos.
D) agências executivas.
14) Um perito judicial que receba um bem imóvel para elaborar laudo que favoreça uma das partes em
juízo, pode ser enquadrado no conceito de improbidade administrativa?
A) Não, porque a improbidade administrativa não se aplica à função judicial.
B) Sim, por se tratar de desvio ético de conduta de agente público no desempenho de função pública.
C) Sim, desde que o perito seja funcionário público.
D) Não, porque seu enriquecimento ilícito não acarretou danos à Administração.
17) O regime jurídico administrativo, posto em relação com o direito privado, acarreta a assertiva de
que:
A) os poderes administrativos são insusceptíveis de controle judicial
B) o interesse particular sobrepõe-se ao da administração pública
C) o poder de polícia não interfere nos direitos e nas liberdades individuais
D) só lei pode desconstituir o ato jurídico perfeito e acabado
E) o interesse público sobrepõe-se ao dos particulares
18) É considerado requisito para a qualificação de autarquia ou fundação como agência executiva
A) ter celebrado contrato de prestação de serviços por, no mínimo, um ano com o respectivo Ministério
Supervisor.
B) ter celebrado contrato de permissão e/ou concessão com o respectivo Ministério Supervisor.
C) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional concluído há, no mínimo, seis
meses.
D) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério Superior.
E) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional concluído há, no mínimo, um ano.
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19) A personalidade jurídica pública é inerente a:
A) fundações instituídas pelo Poder Público se as leis que as criarem assim dispuserem.
B) todas as empresas multinacionais.
C) todos os partidos políticos.
D) todas as empresas públicas.
E) todas as sociedades de economia mista.
21) Assinale a alternativa referente a órgãos ou entidades que NÃO integram a Administração Indireta:
A) Ministérios; Secretarias de Estado; e Secretarias Municipais.
B) sociedades de economia mista; empresas públicas; e autarquias.
C) fundações instituídas pelo Poder Público; autarquias; e sociedade de economia mista.
D) autarquias; sociedades de economia mista; e consórcios públicos.
E) sociedades de economia mista; consórcios públicos; e empresa pública.
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26) Os empregados públicos estão submetidos a qual regime?
A) Estão sujeitos ao regime estatutário e ocupam emprego público.
B) São contratados e submetidos ao regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupam emprego público.
C) São contratados por tempo determinado, em caráter excepcional, para atender eventual necessidade
(urgência) de interesse público.
D) Não estão vinculados a nenhum regime.
28) Considere a seguinte afirmação: "São contratados por tempo determinado para atender à
necessidade temporária de excepcional interesse público". Qual das alternativas representa melhor
essa definição?
A) Os servidores estatutários.
B) Os servidores determinados excepcionalmente.
C) Os servidores temporários.
D) Nenhuma alternativa está correta.
30) Em relação aos militares, analise as afirmações abaixo e assinale a mais completa.
I - Tem vínculo estatutário.
II - São sujeitos a regime jurídico próprio.
III - A remuneração é feita pelo Estado.
IV - Não cabe Habeas Corpus nas prisões disciplinares militares
A) Apenas a II e III estão corretas.
B) Apenas a III e IV estão corretas.
C) Apenas a I e IV estão incorretas.
D) Todas estão corretas.
31) Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, porém sem vínculo empregatício, com ou sem
remuneração, são chamadas de:
A) particulares em colaboração com o Poder Público.
B) prestadores de serviços autônomos.
C) servidores temporários.
D) servidores por tempo determinado.
32) Os particulares em colaboração com o Poder Público podem prestar serviços sob títulos diversos.
A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
A) Por delegação do Poder Público.
B) Por requisição, nomeação ou designação.
C) Todas estão incorretas.
D) Por gestores de negócios.
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33) Os gestores de negócios são:
A) fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes.
B) os que assumem, espontaneamente, determinada função pública em um momento emergencial, como
enchentes, epidemia, desastre natural etc.
C) os que exercem serviços notariais e de registro.
D) nenhuma das alternativas.
34) Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, dadas por requisição, nomeação ou designação
são:
A) os que assumem, espontaneamente, determinada função pública em um momento emergencial, como
enchentes, epidemia, desastre natural etc.
B) os que exercem serviços notariais e de registro.
C) fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes.
D) nenhuma das alternativas.
35) A delegação do Poder Público, é uma das formas de colaboração dos particulares com o Poder
Público. Qual das alternativas se enquadra nessa categoria?
A) São pessoas físicas que exercem função pública em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém
sob fiscalização do Poder Público.
B) São pessoas físicas que exercem funções públicas relevantes.
C) São pessoas jurídicas nomeadas pela Administração Pública para exercerem funções típicas do Estado,
independentemente de fiscalização.
D) Nenhuma das alternativas.
36) Cargo, emprego e função. Uma dessas designações é subdividida em dois tipos. Quais das
alternativas corresponde a essa afirmação?
A) Emprego: emprego público e emprego em comissão.
B) Cargo: cargos públicos e cargos temporários.
C) Função: função temporária e função de confiança.
D) Todas as alternativas estão incorretas.
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B) os empregos em comissão são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja,
independentemente de concurso público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e,
principalmente, de atribuições de direção, chefia e assessoramento
C) os servidores em comissão são aqueles contratados por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público
D) nenhuma das alternativas está correta.
41) Dentre os particulares em colaboração com o Poder Público, é certo que os mesários eleitorais
integram a categoria dos:
A) servidores públicos temporários contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária
de interesse público.
B) agentes delegados que exercem função pública, em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém
sob fiscalização do Poder Público.
C) agentes políticos e prestam atividades típicas de governo segundo normas constitucionais.
D) empregados públicos estatutários convocados para prestar, transitoriamente, determinado serviço público
junto aos órgãos eleitorais.
E) agentes honoríficos e, em que pese não serem servidores públicos, desempenham uma função pública.
43) De acordo com a classificação dos agentes públicos em razão das suas atribuições e
responsabilidades, os servidores públicos são considerados agentes:
A) honoríficos;
B) políticos;
C) credenciados;
D) administrativos;
E) delegados.
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D) I, II e III;
E) nenhuma.
46) A proibição de excesso que, em última análise, objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e
os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública,
com lesões aos direitos fundamentais, refere-se ao princípio da:
A) razoabilidade
B) legalidade.
C) moralidade.
D) eficiência.
E) finalidade.
47) São princípios da Administração Pública, expressamente previstos na Constituição Federal, dentre
outros:
A) publicidade e a pessoalidade.
B) improbidade e o sigilo.
C) eficiência e a pessoalidade.
D) legalidade e a improbidade.
E) impessoalidade e a eficiência
48) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e função pública, é correto afirmar:
A) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou não, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e distingue-se do cargo público pelo tipo
de vínculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário.
C) A função exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situações de
excepcional interesse público exige, necessariamente, concurso público.
D) As várias competências previstas na Constituição para os entes federativos são distribuídas entre os
respectivos órgãos, os quais dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere
denominação própria, atribuições e o padrão de vencimento ou remuneração.
E) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de
função, ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse público e
as ocupadas para o exercício de funções de confiança.
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51) Em relação à disciplina dos atos administrativos, assinale a opção incorreta.
A) Os regimentos dos tribunais são atos normativos e equiparam-se às leis para efeito de controle judicial.
B) A presunção de legitimidade é um atributo que gera a transferência do ônus da prova para quem arguir a
respectiva nulidade.
C) A licença distingue-se da autorização, pois aquela é ato vinculado e esta é ato discricionário.
D) O ato discricionário está imune à revisão do Poder Judiciário, porque nele se aloja o mérito administrativo,
que se traduz em razões de conveniência e oportunidade só valoradas pelo administrador.
E) A autoexecutoriedade é um atributo que permite à administração utilizar o seu poder de polícia para executar
medidas tipicamente administrativas, sem mandado judicial, como, por exemplo, a demolição de uma obra sem
licença.
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Indireta, não se aplicam a elas as regras e preceitos de direito administrativo, devendo ser consideradas para
todos os efeitos como se entidades privadas fossem.
D) Autarquias são entidades da Administração Pública que envolvem a associação do capital público e privado,
destacando-se que a participação pública deverá ser sempre majoritária, sob pena de desconfigurar a natureza
da instituição.
62) A titulação genérica de Administração Pública, usada pelo legislador constituinte de 1988, ao tratar
da Organização do Estado, para efeito de sujeição dos seus atos à obediência de determinados
princípios fundamentais e à observância de outras exigências, restrições ou limitações ali declinadas,
abrange e alcança:
A) os órgãos públicos, exceto os dos Poderes Legislativo e Judiciário.
B) os órgãos públicos federais, estaduais e municipais, exceto dos Poderes Legislativo e Judiciário.
C) os órgãos dos Três Poderes, quer os da União, dos Estados, do Distrito Federal como os dos Municípios.
D) os órgãos dos Três Poderes e as entidades descentralizadas, exceto dos Estados e Municípios.
E) as autarquias, excetuando as empresas públicas e sociedades de economia mista.
63) O regime jurídico administrativo, posto em relação com o direito privado, acarreta a assertiva de
que:
A) os poderes administrativos são insusceptíveis de controle judicial
B) o interesse particular sobrepõe-se ao da administração pública
C) o poder de polícia não interfere nos direitos e nas liberdades individuais
D) só lei pode desconstituir o ato jurídico perfeito e acabado
E) o interesse público sobrepõe-se ao dos particulares
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64) Marque a opção CORRETA. As Organizações Sociais são entidades de direito:
A) privado prestadoras de serviço público mediante contrato de concessão.
B) privado integrantes da Administração Indireta federal.
C) público integrantes da Administração Indireta federal.
D) privado colaboradoras com a Administração Pública mediante contrato de gestão.
65) Considerando a disciplina jurídica sobre a organização administrativa, é CORRETO afirmar que:
A) os cargos públicos são unidades de competências sujeitas a regime contratual.
B) os cargos públicos no âmbito do Poder Executivo são criados por lei e podem ser extintos por decreto, se
vagos.
C) os empregos públicos são unidades de trabalho sob vínculo unilateral.
D) as funções públicas, na condição de postos funcionais constitucionalmente previstos, devem ser providas
por concurso público.
66) Quais as entidades da administração indireta que são sempre constituídas sem a obrigatoriedade
de fins lucrativos?
A) Empresas concessionárias
B) Empresas públicas
C) Sociedades de economia mista
D) Empresas permissionárias
E) Fundações autárquicas
68) Pedido de anulação ou modificação do ato administrativo, dirigido à autoridade superior dentro do
mesmo órgão em que foi praticado o ato, constitui:
A) pedido de reconsideração.
B) representação.
C) recurso hierárquico impróprio.
D) recurso hierárquico próprio.
E) N. D. A.
71) Segundo a teoria do risco administrativo, a administração pode excluir ou atenuar sua
responsabilidade, provando:
I. que não houve nexo de causalidade vinculando seu comportamento ao dano;
II. que não houve mau funcionamento ou retardamento do serviço;
III. que o dano ocorreu por culpa exclusiva ou parcial da vítima.
Pode-se afirmar que apenas:
A) os itens I e III estão corretos.
B) o item I está correto.
C) o item II está correto.
D) o item III está correto.
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72) De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundações públicas, na área federal, são:
A) equiparadas às empresas públicas.
B) entidades privadas fora da administração.
C) entidades da administração indireta.
D) regidas por disposições do código civil.
75) Entre as garantias dos direitos fundamentais que o Estado de Direito oferece como meios especiais
de controle judicial da Administração Pública está:
A) a ação popular, em processo de iniciativa do cidadão ou do Órgão do Ministério Público, para a invalidação
de atos administrativos lesivos ao patrimônio público, considerado como bens ou direitos de valor econômico,
artístico, estético, histórico ou turístico.
B) a ação civil pública destinada a aferir também responsabilidade de agentes públicos por danos morais e
patrimoniais causados, entre outros, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à economia
popular, a bens e direitos de valor histórico e a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.
C) o habeas data, que, como proteção ao direito à informação, é voltado contra atos lesivos de qualquer órgão
do Poder Executivo e tem prioridade em relação aos outros processos.
D) o mandado de segurança coletivo, que pode ser impetrado por partido político, sindicato, associação ou
pelo Ministério Público contra ato administrativo que contenha ilegalidade, abuso de poder ou prejuízo a direito
líquido e certo individual ou coletivo;
78) A nomeação do Procurador Geral da República depende de prévia aprovação pelo Senado, em
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conformidade com o artigo 128, parágrafo 1º, da Constituição de República. A correta classificação
deste ato, segundo a melhor doutrina, é:
A) complexo;
B) geral;
C) composto;
D) simples;
E) pendente.
79) "Atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do
interesse público".
É o conceito moderno do poder:
A) disciplinar;
B) discricionário;
C) regulamentar;
D) de polícia;
E) hierárquico.
82) Caso o agente público explicite a motivação de um ato administrativo discricionário, como por
exemplo, a destituição de servidor ocupante de cargo de confiança, os motivos:
A) passarão a ser determinantes no exame de validade e eficácia do ato pelo poder judiciário, vinculando a
administração aos motivos declarados no ato;
B) vinculam o ato somente quanto à declaração e extinção dos fundamentos de fato e de direito;
C) determinam a vinculação somente quanto aos fundamentos de direito;
D) não vinculam o ato, seja em relação aos fundamentos de fato ou de direito;
E) vinculam o ato somente quanto à exposição dos fundamentos de fato.
83) A entidade da Administração Indireta, com personalidade jurídica de direito privado, capital
exclusivamente público, criada para desempenhar atividades econômicas de interesse do Estado ou
para prestar serviços públicos, denomina-se:
A) autarquia;
B) fundação pública;
C) sociedade de economia mista;
D) empresa pública;
E) agência executiva.
84) A distribuição interna de competências administrativas entre os diversos órgãos que integram a
estrutura de um dos entes estatais denomina-se:
A) desconcentração;
B) descentralização;
C) desmembramento;
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D) desdobramento;
E) especialização.
86) Um dos tributos que podem ser cobrados no Brasil tem como fato gerador o exercício do poder de
polícia. Assinale a alternativa que indica essa modalidade tributária:
A) imposto;
B) contribuição de melhoria;
C) taxa;
D) pedágio;
E) preço público.
87) A Administração Pública pode impor ao administrado cumprimento ou execução dos atos
administrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se:
A) imperatividade;
B) presunção de legitimidade;
C) auto-executoriedade;
D) eficiência;
E) discricionariedade.
88) Os atos administrativos são agrupados em espécies, de acordo com suas características. A licença
é considerada espécie de ato administrativo:
A) negocial;
B) enunciativo;
C) normativo;
D) discricionário;
E) ordinatório.
90) A modalidade de extinção do ato administrativo que incide sobre o ato considerado válido no
momento em que foi editado, mas ilegal na sua execução, é denominada:
A) revogação;
B) encampação;
C) caducidade;
D) cassação;
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E) contraposição.
93) A organização da Administração Pública Federal distingue a Administração direta da indireta. São
exemplos de integrantes da Administração direta e da indireta, respectivamente:
A) a Presidência da República e um Ministério.
B) um Ministério e uma empresa pública.
C) uma autarquia e uma sociedade de economia mista.
D) uma autarquia e uma empresa privada concessionária de serviço público.
E) uma fundação pública e uma fundação privada.
97) A situação de direito ou de fato que determina a efetivação do ato administrativo denomina-se:
A) motivo C) finalidade E) competência
B) forma D) objeto
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II. É gênero, do qual o ato jurídico é espécie.
III. É manifestação volitiva da Administração Pública.
Está(ão) correta(s)
A) Apenas I C) Apenas III E) Apenas I E III
B) apenas II D) apenas II e III
103) No que diz respeito ao regime jurídico do servidor público civil, é legal e tecnicamente correto
afirmar que:
A) o exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
B) o salário é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
C) o funcionário público é a pessoa que ocupa cargo público criado por decreto do poder executivo.
D) a remuneração é o valor-base do cargo em exercício, não acrescido das vantagens pecuniárias.
E) as vantagens consistem em indenizações e gratificações, e sempre se incorporam ao vencimento.
106) Quando a lei deixa certa margem para atividade pessoal do administrador na escolha da
oportunidade ou da conveniência do ato, a exemplo da determinação de mão única ou mão dupla de
trânsito numa via pública, está presente o ato administrativo:
A) de gestão.
B) arbitrário.
C) vinculado.
D) discricionário.
E) atípico.
107) É considerado requisito para a qualificação de autarquia ou fundação como agência executiva
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A) ter celebrado contrato de prestação de serviços por, no mínimo, um ano com o respectivo Ministério
Supervisor.
B) ter celebrado contrato de permissão e/ou concessão com o respectivo Ministério Supervisor.
C) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional concluído há, no mínimo, seis
meses.
D) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério Superior.
E) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional concluído há, no mínimo, um ano.
111) A entidade da Administração Indireta, com personalidade jurídica de direito privado, capital
exclusivamente público, criada para desempenhar atividades econômicas de interesse do Estado ou
para prestar serviços públicos, denomina-se:
A) autarquia;
B) fundação pública;
C) sociedade de economia mista;
D) empresa pública;
E) agência executiva.
112) A distribuição interna de competências administrativas entre os diversos órgãos que integram a
estrutura de um dos entes estatais denomina-se:
A) desconcentração;
B) descentralização;
C) desmembramento;
D) desdobramento;
E) especialização.
113) O ato administrativo que supre vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em
que foi praticado, denomina-se:
A) invalidação.
B) retificação.
C) convalidação.
51
D) conversão.
52
121) Assinale a alternativa correta: O ato pelo qual é aplicada pena disciplinar ao servidor público:
A) É ato vinculado da Administração.
B) É ato discricionário e de efeitos externos da Administração.
C) Não é ato sujeito à apreciação judicial.
D) Não é ato administrativo.
E) É ato discricionário.
125) Na administração pública, os atos praticados devem atender à finalidade legal, atendendo ao
princípio da:
A) abrangência
B) disponibilidade
C) impessoalidade
D) hierarquia administrativa
E) eficiência
127) O ato administrativo que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por
parte de outro para se tornar exequível, denomina-se:
A) ato administrativo composto;
B) ato administrativo superior;
C) ato administrativo simples;
D) ato administrativo complexo.
53
II - O Poder Judiciário, quando provocado, pode revogar e anular atos administrativos praticados por qualquer
poder.
III - A anulação do ato administrativo produz efeitos ex tunc, retroagindo à data de elaboração do ato. São
verdadeiras somente as afirmativas:
A) I e II;
B) I e III;
C) II e III;
D) I, II e III;
E) nenhuma.
129) O ato administrativo que ''resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por
parte de outro, para se tornar exequível'', é denominado:
A) complexo;
B) composto;
C) constitutivo;
D) abdicativo;
E) suspensível.
131) Assinale a alternativa que NÃO indica um dos elementos do ato administrativo:
A) competência;
B) finalidade;
C) objeto;
D) capacidade;
E) forma.
132) Na divisão dos atos administrativos em espécies, a certidão administrativa é considerada um ato:
A) enunciativo;
B) negocial;
C) normativo;
D) ordinatório;
E) punitivo.
133) O desvio de poder, em matéria de atos administrativos, configura vício relativo ao elemento:
A) agente.
B) forma.
C) objeto.
D) motivo.
E) finalidade.
135) São sempre vinculados, nos atos administrativos, os requisitos, também denominados elementos:
A) motivo e sujeito;
B) objeto e forma;
C) sujeito e finalidade;
D) motivo e objeto;
E) finalidade e motivo.
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136) O desfazimento do ato administrativo, em virtude de determinação judicial, por razões de
ilegalidade, denomina-se:
A) rescisão;
B) anulação;
C) conversão;
D) revogação;
E) caducidade.
138) Considerando as noções doutrinariamente fixadas acerca dos atos administrativos em espécie,
identifique a alternativa INCORRETA:
A) autorização é ato administrativo discricionário baseado no Poder de Polícia do Estado sobre a atividade
privada;
B) aprovação é o ato unilateral e vinculado pelo qual se exerce o exame a priori ou a posteriori de um outro ato
administrativo;
C) homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de
um ato jurídico;
D) admissão é ato administrativo vinculado que confere ao indivíduo, desde que preenchidos os requisitos
legais, o direito de receber um serviço público;
E) através de um ato administrativo de permissão a Administração pode delegar a um particular, sempre
através de prévia licitação, a prestação de um serviço público.
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A) Independentemente da análise da classificação em discricionário ou vinculado, todos os atos administrativos
são passíveis de exame pelo Poder Judiciário, sem qualquer distinção e sob qualquer fundamento.
B) O sujeito, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade são elementos do ato administrativo.
C) A presunção de legitimidade e veracidade, a imperatividade, a autoexecutoriedade, e a tipicidade são
atributos que diferem os atos administrativos dos atos de direito privado.
D) São espécies de atos administrativos a autorização, a permissão, o parecer, o alvará e o decreto.
E) A revogação de um ato administrativo só poderá ser realizada pela Administração Pública e os seus efeitos
somente se produzirão a partir da data da revogação, não retroagindo.
144) O ato administrativo que cria nova situação jurídica individual para seus destinatários em relação
à Administração chama-se:
A) alienativo;
B) constitutivo;
C) modificativo;
D) declaratório;
E) extensivo.
146) O ato administrativo que não está apto para produzir os seus efeitos jurídicos, porque não
completou todas as etapas necessárias para a sua formação, denomina-se:
A) ato pendente
B) ato inválido
C) ato composto
D) ato imperfeito
E) ato consumado
148) No que concerne à competência para sua edição o ato administrativo será sempre:
A) composto;
B) informal;
C) discricionário;
D) vinculado;
E) complexo.
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C) Em razão do princípio da legalidade, apenas os agentes públicos competentes podem praticar, validamente,
atos administrativos, sendo que, devido ao mesmo princípio, a competência de um agente não pode, em
hipótese alguma, ser objeto de delegação ou avocação.
D) Enquanto o motivo indica a situação que dá ensejo à prática do ato administrativo, o móvel corresponde à
intenção do agente que o praticou.
E) A revogação do ato administrativo só pode ser total, não parcial.
Gabarito
01 - C 02 - B 03 - D 04 - C 05 - B 06 - D 07 - C 08 - B 09 - B 10 - B
11 - C 12 - C 13 - D 14 - B 15 - A 16 - D 17 - E 18 - D 19 - A 20 - D
21 - A 22 - C 23 - D 24 - A 25 - B 26 - B 27 - A 28 - C 29 - D 30 - D
31 - A 32 - C 33 - B 34 - C 35 - A 36 - C 37 - B 38 - D 39 - A 40 - C
41 - E 42 - E 43 - D 44 - C 45 - B 46 - A 47 - E 48 - D 49 - B 50 - A
51 - D 52 - B 53 - D 54 - C 55 - A 56 - A 57 - A 58 - D 59- C 60 - B
61 - C 62 - C 63 - E 64 - A 65 - D 66 - B 67 - C 68 - D 69 - C 70 - D
71 - A 72 - C 73 - B 74 - D 75 - B 76 - C 77 - E 78 - C 79 - D 80 - B
81 - E 82 - A 83 - D 84 - A 85 - D 86 - C 87 - A 88 - A 89 - E 90 - D
91 - A 92 - D 93 - B 94 - C 95 - C 96 - C 97 - A 98 - D 99 - C 100 - E
101 - A 102 - D 103 - A 104 - B 105 - E 106 - D 107 - D 108 - C 109 - B 110 - D
111 - D 112 - A 113 - C 114 - B 115 - D 116 - A 117 - E 118 - C 119 - B 120 - B
121 - A 122 - C 123 - E 124 - B 125 - C 126 - B 127 - A 128 - B 129 - B 130 - B
131 - D 132 - A 133 - D 134 - B 135 - C 136 - B 137 - D 138 - B 139 - A 140 - D
141 - E 142 - A 143 - C 144 - B 145 - B 146 - D 147 - D 148 - D 149 - D 150 - A
Servidores Públicos
Organização do serviço público; normas constitucionais pertinentes; deveres e direitos dos
servidores; responsabilidade dos servidores.
Artigo 37da CF- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:"
A introdução do princípio da eficiência na Emenda Constitucional 19/98 (Reforma Administrativa), tem por
objetivo tornar a administração pública mais eficaz proporcionando agilizar um melhor atendimento ao cidadão,
com uma escalada cada vez maior, no processo de desburocratização
Princípio da Legalidade - Este princípio, já apresentado no artigo 5º, inciso II, "ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da Lei", aplica-se a administração pública de forma rigorosa
e especial para o administrador, pois tudo deve ser realizado de acordo com Lei, sob pena de praticar um ato
que viole a norma jurídica. Portanto na administração pública só se pode fazer o que a Lei determina ou
autoriza.
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administradores, tratamento que afaste qualquer espécie de discriminação ou favorecimento, pois qualquer ato
deve ser de interesse público e nos estritos termos da Lei, caso contrário estará sujeito a invalidação por desvio
de finalidade, por meio da ação popular.
O concurso para ingresso no serviço público, é um exemplo da aplicação prática deste princípio, pois a
administração é neutra, não havendo qualquer tipo de discriminação ou favorecimento em benefício de alguém.
Princípio da Publicidade - É a divulgação de atos (Leis, Decretos, contratos administrativos, etc.), para o
conhecimento público em geral e início da produção de seus efeitos.
A publicidade se faz nos diários oficiais da União, do Estado e do Município conforme a competência ou por
meio de editais afixados em lugares próprios para a divulgação dos referidos atos, para que a coletividade em
geral, deles tome conhecimento.
Estes atos exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes, terceiros e ao povo
em geral, proporcionando ainda aos administradores o conhecimento dos atos praticados pela administração.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;"
A reforma administrativa tornou possível a um estrangeiro tornar-se funcionário público, com o objetivo
de atrair pesquisadores, técnicos especializados e professores, que possam contribuir para com o
desenvolvimento tecnológico do Brasil.
Cargos como contínuo, coletores de lixo, datilógrafos, também poderão ser ocupados por estrangeiros, pois o
texto constitucional não impõe limitações quanto a especificidade dos cargos.
A Lei que disciplinará o ingresso de estrangeiros na administração pública, ainda não foi promulgada.
A não ser que o órgão que esteja realizando o concurso público demonstre que as funções dos cargos excluem
determinadas faixas de idade.
Os concursos internos são constitucionais, desde que apenas se prestem a elevação de servidor na carreira,
por promoção ou acesso, conforme a lei.
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III - o prazo de validade do Concurso Público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
A Administração pode fixar qualquer prazo inicial para o concurso público, até dois anos, contados, da
abertura do certame, segundo Diógenes Gasparini.
Se o Edital nada disser sobre o prazo, presume-se que é fixado pelo teto.
A renovação única deverá ser no máximo pelo prazo inicialmente determinado:
- Se um ano, por outro;
- Se dois meses, por outros dois meses.
Nomeação - É o ato formal pelo qual o poder público atribui um cargo a pessoa estranha a seus quadros de
pessoal.
Exoneração - É a dispensa de um funcionário público não estável (nomeado), deliberado a juízo exclusivo da
autoridade competente.
Observação: Tanto a nomeação quanto a exoneração dos ocupantes dos cargos são livres, não havendo,
portanto, estabilidade.
Não é proibida a abertura de novos concursos dentro do prazo de validade de outros, mesmo que ainda haja
candidato aprovado. A constituição apenas proíbe que os aprovados no novo certame sejam convocados antes
dos habilitados pelo anterior, durante o prazo de validade daquele.
O inciso IV assegura o direito de convocação (direito de não ser preterido) aos aprovados no Concurso Público,
durante o prazo estabelecido no edital de convocação, que é improrrogável, podendo ser dilatado apenas uma
única vez.
Tais prazos são distintos, sendo que no primeiro período de validade não pode ser realizado outro concurso.
No segundo período de validade (prorrogação) e daí para a frente, a administração poderá realizar novo
concurso, mas estará obrigada a respeitar a prioridade dos concursados aprovados no concurso anterior, para
somente depois admitir os aprovados no novo concurso.
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outros Tribunais, que não é qualquer cargo que pode ser provido em comissão, mesmo que assim esteja
previsto em lei, sendo que somente se admite essa forma de provimento para cargos com determinadas
atribuições, as quais são, em síntese, as contidas na nova redação deste dispositivo. Ainda, é determinado
que os cargos em comissão serão ocupados por um mínimo de servidores de carreira, percentual esse que
deverá ser fixado em lei. As vagas restantes são de provimento livre.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;"
Tem-se aqui norma de eficácia limitada, segundo resultou do julgamento, pelo STF, do mandato de
injunção nº 20. Segundo o entendimento do STF, somente após o advento dessa lei complementar será lícito
ao servidor fazer greve, mas o STJ, julgando o MS 2.677, afirmou o contrário, reconhecendo o direito à greve
sem que se exija a lei complementar referida, cuja ausência será suprida pelos princípios jurídicos e pela
legislação que disciplinar a matéria.
Com o advento da Emenda à Constituição 19, esse assunto deixa de ser objeto de lei complementar, passando
a poder ser cuidado por lei ordinária específica. A sua condição de eficácia, contudo, permanece a mesma.
Desse choque de orientações jurisprudências prevalece a do Supremo Tribunal Federal, guardião da
Constituição que é, nos termos do art. 102, caput.
VIII - a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
O inciso VIII trata de outra novidade constitucional, que visa a assegurar o ingresso do deficiente físico
no funcionalismo público, reservando para estes cargos compatíveis as suas deficiências e aptidões
profissionais.
A necessidade de Lei para assegurar ao deficiente acesso ao serviço público, parece a primeira vista
dispensável. Isto porque, recusar a admissão de deficientes em cargos, funções ou empregos públicos, desde
que reúnam condições para exercê-los, seria incorrer em discriminação afrontosa a própria Lei Magna (artigo
5º "caput") dos direitos e garantias fundamentais, já mencionados diversas vezes em nosso estudo.
O estatuto do servidor público civil, Lei 8112/90 determina que sejam reservadas 20% das vagas aos
deficientes.
IX - a Lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado por necessidade temporária
de excepcional interesse público.
Deverão ser atendidos, nesses casos, os princípios da razoabilidade e da moralidade. O contratado sob
este fundamento não é beneficiado nem pode reivindicar qualquer direito à permanência no serviço público,
sendo impositivo, para isso, a submissão ao concurso público de provas ou provas e títulos.
Há períodos no serviço público que o volume de tarefas a serem realizadas, torna-se desproporcional em
relação ao número de funcionários públicos. É quando a administração adota como solução temporária, a
contratação de profissionais objetivando a atender o interesse público;
Estes funcionários contratados obedecerão ao regime da C.L.T. (Consolidação das Leis Trabalhistas), e,
portanto, sem direito a estabilidade.
O subsídio é dividido em duas partes: uma fixa que se paga mensalmente no decurso do ano e outra variável
correspondente ao comparecimento nas sessões.
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Esta remuneração por sessão é designada como cédula, mais conhecida como "jeton". É uma bonificação de
presença não recebendo-a os deputados e senadores que não comparecem as chamadas.
O subsídio difere da ajuda de custo e das contribuições devida pela presença nas sessões. A ajuda de custo
visa o ressarcimento dos gastos com transporte e instalação.
Provento - Rendimento.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Através desse inciso verificamos que a atual Constituição garante que os funcionários públicos de todos
os poderes (executivo, Legislativo, Judiciário) que exercerem atividades semelhantes terão vencimentos
equiparados.
Esses vencimentos não poderão ser superiores aos pagos pelo poder executivo.
Exemplo: Um faxineiro do poder legislativo, não poderá ganhar mais que o faxineiro do poder executivo
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;"
Os acréscimos pecuniários ao padrão de vencimentos dos servidores públicos são admitidos pela
Constituição, que proíbe, porém, seu cômputo ou acumulação para fins de acréscimos ulteriores. É a proibição
do chamado "repique" que consiste na incidência de adicionais sobre adicionais.
Vale dizer que só podem ser recebidos singelamente sem acumulações de qualquer natureza, isto é, não se
somam ao vencimento para constituição da base sobre a qual eles mesmos incidiram.
Como era
Um servidor público cujo vencimento fosse de R$ 500,00 e recebesse três quinquênios, sendo cada um dos
adicionais equivalente a 5% do salário, receberia;
1o quinquênio
R$ 500,00 + 25,00 (5% sobre o salário base que é R$ 500,00) = R$ 525,00
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2o quinquênio
R$ 525,00 + 26,25 (5% sobre a nova base que agora é R$ 525,00) = R$ 551,25
3o quinquênio
R$ 551,25 + 27,56 (5% sobre a nova base que agora é R$ 551,25) = R$ 578,81
Como é agora
1o quinquênio
R$ 500,00 + 25,00 (5% sobre o salário base de R$ 500,00) = R$ 525,00
2o quinquênio
R$ 525,00 + 25,00 (5% sobre o salário base de R$ 500,00) = R$ 550,00
3o quinquênio
R$ 550,00 + 25,00 (5% sobre o salário base de R$ 500,00) = R$ 575,00
OBS: Cargos Privativos - São cargos que só podem ser ocupados por pessoas que tenham diploma e
habilitação para o exercício de determinada profissão. Portanto, o cargo privativo de médico é aquele que só
pode ser ocupado por alguém que seja diplomado e habilitado para o exercício da medicina.
XVIII - a administração fazendária e seus serviços fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da Lei; a
Constituição assegura à Fazenda Pública e seus fiscais, prioridade sobre qualquer outro setor da
administração, significando que poderão ter acesso a todo tipo de informação, mesmo aquela que
deveria ser comunicada a outra repartição pública. Assim, os servidores públicos responsáveis pela
fiscalização, devem ter acesso a tudo que se refere ao dinheiro público, para verificar se os tributos
estão sendo pagos ou não ou adotar medidas judiciais para cobrança de tributos não recolhidos.
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Inciso que assegura privilégio interno, administrativo, aos servidores da Fazenda e aos demais que
exerçam atividades a ela ligadas.
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;"
Somente por Lei específica poderá ser criada Autarquia e autorizada a instituição de Empresa Pública,
de Sociedade de Economia Mista e de Fundação, cabendo à Lei Complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação. A reforma administrativa estabeleceu que as autarquias somente poderão ser criadas
por meio de Lei específica, isto é, especial.
Para a criação de Empresa Pública, de Sociedade de Economia Mista e de Fundação, há necessidade também
de Lei específica, autorizando o governo a criá-las, o que se dará naturalmente por Decreto.
Finalmente, a área de atuação de uma Fundação Pública deverá ser definida em Lei Complementar.
Lei Complementar - Lei elaborada pelo Presidente da República, por comissão do Congresso Nacional, ou
de qualquer de suas casas.
Decreto - determinação escrita, emanada do chefe do Estado, ou de outra autoridade superior.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens, que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Expressão da impessoalidade administrativa. Qualquer sinal indicativo, frase, palavra ou o que quer que
seja, que leve à identificação da pessoa que exerça atividade pública é inconstitucional. Note que nada se fala
quanto à possibilidade de identificação de entidade, como partido político, por exemplo, que, por isso, poderá
ser feita, a princípio.
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição de
autoridade responsável, nos termos da Lei.
O que se pune aqui é a inobservância dos princípios referentes ao concurso público. A nulidade do ato
não está condicionada a um determinado tempo, pelo que poderá ser reconhecida e declarada a qualquer
momento.
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I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o
disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na
administração pública."
Usuário é cada um daqueles que usam ou desfrutam alguma coisa coletiva, ligada a um serviço público
ou particular, exercendo seu direito de uso.
A participação do cidadão na administração pública, será prevista na Lei que regulamentará seu acesso aos
registros administrativos, bem como as informações sobre atos do governo, observado o disposto no artigo 5º,
inciso X e XXXIII, incluindo a representação contra o servidor que abusar do cargo que ocupa ou for negligente
para com seus deveres.
A Lei, preverá também o encaminhamento de reclamações relativos a prestação de serviços públicos em geral.
§ 5º - A Lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
Improbidade significa mau caráter, desonestidade, maldade. No que concerne ao assunto em pauta,
improbidade administrativa é a desonestidade praticada na administração, por qualquer agente servidor público
ou não, que será punida com a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em Lei, e ainda sofrendo o agente a ação
penal cabível.
O parágrafo 5º assegura que a Lei estabelecerá os prazos de prescrição para os ilícitos praticados,
ressalvando-se as respectivas ações de ressarcimento. Ora, todo direito deve ser exercido dentro de um
determinado espaço de tempo, caso contrário ocorrerá a prescrição, isto é, este direito não poderá mais ser
exercitado.
Portanto, se o poder público não processar e punir o agente da infração dentro de um prazo pré-fixado em Lei,
não mais poderá fazê-lo.
Por determinação constitucional será criada uma Lei que fixará os prazos constitucionais.
A Lei 8424/92 de junho de 1992 disciplinou a responsabilidade civil daqueles servidores públicos que
cometerem atos de improbidade administrativa. Para tais atos os prazos prescricionais estão definidos no art.
23 que dispõe que "as ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta Lei podem ser propostas":
I - Até cinco (5) anos após o término do exercício do mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança.
II - Dentro do prazo prescricional previsto em Lei específica, para faltas disciplinares puníveis a bem do
serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego
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ocorrerá caso ela provar a culpa ou dolo da empresa particular.
Exemplo: Um funcionário do Banco Central que tomando ciência com antecipação que o dólar seria valorizado
em relação ao real dentro de poucos dias, comprasse, baseado nessa informação, alguns milhares de dólares
conseguindo assim um lucro significativo com esta operação.
65
A Emenda Constitucional 20 / 98 assegurou expressamente, o direito adquirido aos membros do poder e aos
inativos, servidores e militares.
O artigo 11 da Emenda 20 / 98 dispõe que "a vedação prevista no art. 37 § 10, da Constituição, não se aplica
aos membros do poder e aos inativos, servidores e militares, que até a publicação desta Emenda tenham
ingressado novamente no serviço público por concurso público em provas ou de provas de títulos, e pelas
demais formas previstas na Constituição, sendo-lhes proibida a percepção de mais de uma aposentadoria pelo
regime de previdência ao que se refere o art. 40 da Constituição, aplicando-se-lhes, em qualquer hipótese, o
limite de que trata o parágrafo 11 desse mesmo artigo.
Ora, o Inciso 11 do art. 37 refere-se ao teto salarial previsto pela Constituição e que corresponde ao do Ministro
do Supremo Tribunal Federal. Portanto é evidente que a soma dos proventos da aposentadoria mais os
vencimentos oriundos do novo cargo, jamais poderão superar ao salário do Ministro do Supremo Tribunal
Federal.
Por outro lado, o servidor aposentado e que foi nomeado após ser aprovado em um novo Concurso Público,
não poderá se aposentar no novo cargo, pois de acordo com o regime de previdência do servidor público (art.
40 / CF ficou proibida o recebimento de mais de uma aposentadoria).
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e
ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado
a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais
e Distritais e dos Vereadores." (NR)
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo
cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e
o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Cargos Públicos
Na organização do serviço público a Administração cria cargos e funções, institui classes e carreiras, faz
provimentos e lotações, estabelece vencimentos e vantagens e delimita os deveres e direitos de seus
servidores.
Cargo público é o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e
responsabilidades específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma
estabelecida em lei. Função é a atribuição ou o conjunto de atribuições que a Administração confere a cada
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categoria profissional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços
eventuais.
Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções
autônomas são, por índole, provisórias, dada a transitoriedade do serviço que visam a atender. Daí por que as
funções permanentes da Administração devem ser desempenhadas pelos titulares de cargos, e as transitórias,
por servidores designados, admitidos ou contratados precariamente. Os servidores podem estabilizar-se nos
cargos, mas não nas funções. Não obstante a validade deste princípio, muitas leis vinham dando estabilidade
a servidores exercentes de funções, que, por natureza, são transitórias.
Para liquidar de vez com essa aberração administrativa foi que o constituinte, desde 1967, passou a vincular
a estabilidade à prévia aprovação em concurso público, requisito essencial para o preenchimento dos cargos
de provimento efetivo.
Não há como se confundir cargo com função pública. A ideia de função pública está relacionada com atividade,
atribuição. Cargo, por sua vez, no seu sentido etimológico, pode ser traduzido como incumbência.
Sob o aspecto material representa o lugar onde o servidor desempenha sua atividade específica.
Função pública é,
a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria profissional ou
individualmente a determinados servidores de serviços eventuais.
Os cargos são distribuídos em classes (agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas
atribuições, responsabilidades e vencimentos) e carreira (agrupamento de classes da mesma profissão ou
atividade, escalonadas segundo a hierarquia do serviço). O conjunto de carreiras e cargos isolados constitui o
quadro permanente do serviço dos diversos órgãos da Administração.
Assim, cargo de carreira é escalonado em classes, para acesso privativo de seus titulares, até a mais alta
hierarquia profissional. Já o cargo de chefia é o que se destina à direção dos serviços.
Um quadro administrativo, portanto, é composto de cargos de carreira e cargos isolados, considerados aqueles
como de caráter dinâmico que possibilitam ascensão do funcionário na escala hierárquica. Contrario sensu os
cargos isolados não oferecem condições de promoção.
O magistério superior, por exemplo, é uma carreira, porque resulta do agrupamento das classes seguintes:
professores assistentes, adjuntos e titulares.
Entre os direitos do titular do cargo público está o da estabilidade, mas esta restringe-se ao exercício, às
prerrogativas da função, pois o cargo não é apropriável pelo servidor.
A administração, por isto mesmo, pode alterar os cargos públicos ou os serviços, independentemente da
aquiescência de seu titular, visto que este não tem direito adquirido à imutabilidade de suas atribuições. Hely
Meirelles doutrina:
O funcionário tem direito adquirido à permanência no funcionalismo, mas nunca adquirirá direito ao exercício
da mesma função, no mesmo lugar e nas mesmas condições, salvo os vitalícios, que constituem uma exceção
constitucional à regra estatutária.
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Enquanto subsistir o cargo, como foi provido, o seu titular terá direito ao exercício nas condições estabelecidas
pelo Estatuto, mas se se modificar a estrutura, as atribuições, os requisitos para o seu desempenho, lícita é a
exoneração, a disponibilidade, a remoção ou a transferência de seu ocupante, para que outro o desempenhe
na forma da lei. O que não se admite é o afastamento arbitrário ou abusivo do titular, por ato do Executivo, sem
lei que o autorize.
Temos, a título de exemplo, na carreira de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional uma mudança de nomenclatura
de cargos e atribuições, onde os cargos de Fiscais de Tributos Federais e Controladores de Arrecadação,
foram extintos em 1985 e transformados no atual AFTN, consoante Decreto-lei n° 2.225/85, sem que isto tenha
causado qualquer furor nos tribunais.
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Quando o servidor público tiver que se afastar da administração para exercer um cargo eletivo, seu tempo
de serviço será contado para fins de aposentadoria, acréscimos salariais e promoção por antiguidade.
Entretanto, o tempo em que o servidor exercer o cargo eletivo não será contado para efeito de promoção por
merecimento, porque não haveria o que avaliar, pois durante esse tempo o servidor esteve afastado do cargo.
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse
regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Este conselho de política de administração, é um órgão criado com a incumbência de opinar sobre a
política de recursos humanos da administração pública, incluindo planos de carreira, direitos e deveres, critérios
de promoção, disciplina e remuneração.
A legitimidade de representação deste conselho é traduzida pelo fato de que o mesmo é integrado por
servidores públicos.
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Esta é uma iniciativa importante para a melhoria dos serviços públicos, pois estimula o servidor a
enriquecer seus conhecimentos e consequentemente melhorar seu desempenho profissional.
§ 3º - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX,
XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir."
No que se refere aos direitos do servidor público, foram excluídos o direito a irredutibilidade do salário e
os adicionais de insalubridade e periculosidade, subsistindo, porém, alguns direitos sociais em favor do
funcionário público e que foram também previstos para o trabalhador comum.
§ 5º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, XI."
Curiosamente, a redação facultada as entidades estatais estabelecer, ou não, por lei ordinária, um padrão
de diferença entre a menor e a maior remuneração dos servidores públicos, que seria condicionante dos
trabalhos dos conselhos de política de administração e remuneração de pessoal.
§ 7º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia
e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade,
treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.
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O texto demonstra mais uma vez, a preocupação do Estado com a melhoria de seus serviços, pois prevê
que os recursos orçamentários provenientes da economia corrente de cada órgão, autarquia, fundação, etc.,
sejam empregados para o treinamento e desenvolvimento dos servidores, programas de qualidade e
produtividade, e para o reaparelhamento e racionalização do serviço público. Parte desses recursos deve ser
destinada para adicionais (acréscimos salariais) ou para prêmios de produtividade.
§ 8º - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos
do § 4º.
A EC-19 abre aqui, a possibilidade de instituição de política remuneratória que suprima, absolutamente,
o pagamento de quaisquer gratificações ou adicionais aos servidores e empregados públicos. Isso é
especialmente importante quando se constata que, hoje, praticamente todas as carreiras têm vencimentos
básicos fixados em valores modestos, os quais são expressivamente inflados pela soma de um sem-número
de gratificações, diferenças, adicionais, verbas e funções.
Artigo 40 da CF - O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos
terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de
servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
O objetivo deste novo texto constitucional, é assegurar condições para que o dinheiro arrecadado por
meios de contribuições previdenciárias, sejam utilizados de maneira criteriosa, de modo a preservar o equilíbrio
financeiro, e proporcionar os meios suficientes para custear os pagamentos das aposentadorias e pensões dos
servidores, procurando-se assim evitar a importação de recursos obtidos com o recolhimento de tributos
(impostos, taxas contribuições). De maneira idêntica as empresas de iniciativa privada, onde as pensões e
aposentadorias são custeadas pelos empregados e empregadores, o servidor público e seu empregador
(União), também passam a contribuir em conjunto para pagar suas pensões e aposentadorias.
Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas
aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por
bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desses fundos.
§ 1º - O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente
federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade,
ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 88, de 2015)
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos
de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de
contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.
§ 2º - Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o §
2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social,
observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Antigamente havia casos de aposentados que passavam a ganhar mais que aqueles que estavam na
ativa, pois existiam casos de servidores que eram promovidos com aposentadoria. Atualmente, conforme o
parágrafo em epígrafe, o servidor que se aposentar não poderá receber mais do que recebia quando estava
na ativa.
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§ 3º - As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo
ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-A. - Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente
submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º-B. - Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de
agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso
XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
§ 4º-C. - Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo
de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com
efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses
agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
A análise do parágrafo 4º nos permite verificar que não haverá mais requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadorias aos abrangidos pelo regime de que trata o art. 40 da E.C. nº 20/98.
Entretanto haverá exceções para aqueles servidores cujas atividades são exercidas exclusivamente sob
condições especiais que prejudiquem a saúde e integridade física, como as atividades insalubres e perigosas.
Importante ressaltarmos que para estes servidores, o tempo especial de contribuição só será concedido
quando trabalharem exclusivamente sob condições especiais de adversidade. Este dispositivo, contudo,
depende de Lei Complementar a ser editada, que irá definir quais são as atividades prejudiciais à saúde e à
integridade física do servidor público e quais os trabalhos em que será possível obter a aposentadoria com
menos de 35 anos (homem) e 30 (mulher) de contribuição previdenciária.
§ 5º - Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação
às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio
fixado em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
A aposentadoria integral para os professores que exercem suas funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio, gozam de direito especial, ou seja, 30 anos de contribuição e 55
anos de idade para o homem e 25 anos de contribuição e 50 anos de idade para a mulher;
O privilégio desta aposentadoria especial, refere-se apenas a aposentadoria por idade, pois enquanto os
demais trabalhadores podem se aposentar voluntariamente aos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição
se homem e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição se mulher, o professor se aposentará voluntariamente
aos 60 anos de idade e 30 anos de contribuição e a professora aos 50 anos de idade e 25 anos de contribuição.
Ao professor que já é contribuinte, deverá ser aplicada a mesma regra para professor da rede privada, com
exigência de 48 anos para a mulher e 53 anos para o homem.
Quanto ao professor universitário, este foi excluído do privilégio da aposentadoria especial, devendo cumprir
35 anos de contribuição e ter 60 anos de idade para obter a aposentadoria voluntária. Para a professora
universitária a idade mínima será de 55 anos e 30 anos de contribuição.
A aposentadoria proporcional do professor universitário do ensino superior público obedece ao seguinte
critério:
O professor passa a ter direito a este benefício se, com a bonificação, o tempo de trabalho até o dia 15 de
dezembro de 1.998 for igual ou superior a 25 anos.
Para obter a aposentadoria proporcional vale a regra de transição estabelecida para os servidores públicos.
71
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de
previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
O parágrafo em análise assegura mais de uma aposentadoria, se os cargos forem cumuláveis, ou seja,
aqueles estabelecidos no art. 37 - inciso XVI da CF, ou seja:
De dois cargos de professor
Um cargo de professor com outro técnico ou científico
De dois cargos privativos de médico: desde que haja compatibilidade de horários.
§ 7º - Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida
pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente
federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-
B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.
O § 7º do art. 40 (redação dada pela EC) limita a pensão por morte ao valor dos proventos do servidor
falecido, até o máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, tudo nos termos da lei.
Interpretando o § 7º, do art. 40 na sistemática da Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019, chega-se
à conclusão de que referida lei regulamentadora deverá ser editada por cada ente federado. Portanto, não
haverá lei complementar federal, mas sim lei ordinária em cada unidade da Federação, inclusive nos
Municípios.
Insta salientar, que o § 7º do art. 40 da Constituição Federal, com redação dada pela EC, tem aplicação,
inclusive, aos dependentes dos servidores que vierem a ingressar no serviço público depois de promulgada a
Emenda Constitucional. Haverá uma situação curiosa: os proventos de aposentaria estarão limitados
inexoravelmente a R$ 6.433,57, enquanto as pensões terão um acréscimo de 70% da parcela excedente a
este limite. Ressalvando melhor estudo do dispositivo sob enfoque, as pensões não estarão limitadas ao teto
do RGPS, mesmo que o servidor falecido tenha entrado no serviço público após a promulgação da Emenda.
Curiosamente, em que pese a clareza da redação do § 7º do art. 40, parece haver conflito com § 14 do mesmo
art. 40 da Constituição da República. Este manda limitar a pensão dos futuros pensionistas (que ingressaram
no serviço público, ao máximo pago pelo Regime Geral de Previdência Social. Dever-se-á utilizar as técnicas
de hermenêutica para superar essa aparente antinomia.
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implementaram os requisitos necessários até a data da promulgação da EC.
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente
será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
A troca aqui é reciprocidade por tempo de serviço por reciprocidade por tempo de contribuição nos
parâmetros da administração pública.
Assim, se uma mulher trabalhou como telefonista durante 14 anos na prefeitura de uma cidade e vier mediante
aprovação em concurso a ocupar o cargo de Oficiala de Justiça, o tempo que contribuiu como telefonista, será
contabilizado para sua futura aposentadoria. Por outro lado, para obter a sua aposentadoria por tempo de
contribuição, deverá trabalhar e contribuir mais 16 anos para atingir 30 anos de tempo de contribuição, além,
é claro, de atender os requisitos exigidos no que se refere a idade mínima (60 anos).
§ 10 - A Lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício.
Atenção: Este parágrafo já foi comentado no capítulo que trata dos direitos adquiridos.
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades
sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição
de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo
em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
Este parágrafo é uma confirmação do art. 37, inciso XI da Emenda Constitucional 19/98 (reforma
administrativa), estabelecendo clara e taxativamente que nenhum servidor público receberá salário superior
aos subsídios do Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Este texto é válido para todos, inclusive para o servidor público aposentado, que esteja ocupando um cargo
na empresa privada, portanto sujeito a contribuir para o regime geral da previdência. Se um agrônomo
aposentado vier a ocupar um cargo na secretaria da agricultura, ou um servidor público aposentado vier a ser
um vereador, deverão informar à fonte pagadora o que estão recebendo no exercício da outra atividade para
que seja descontado o valor que superar o teto salarial que, para o servidor aposentado corresponde ao valor
dos vencimentos do cargo que ocupava e os subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
§ 12 - Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no
que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
É uma sugestão proposta pela E.C. para que seja adotado ao regime de previdência dos servidores
públicos, titulares de cargos efetivos, requisitos e critérios fixados para o regime geral de Previdência Social.
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reajustado de forma a preservar, em caráter permanente, o seu valor real, atualizado pelos mesmos índices
aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social.
Até o montante de R$ 6.433,57 (valor vigente), o servidor receberá sua aposentadoria, levando-se em conta
as remunerações que serviram de base para o cálculo das contribuições. Acima desse patamar, somente se
contribuir para fundo de previdência complementar.
Importante salientar, essa regra apenas valerá para aqueles que ingressarem no serviço público após a
promulgação da Emenda Constitucional.
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos parágrafos 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data de publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar.
O parágrafo deixa claro que a adesão dos antigos servidores públicos ao regime da previdência
complementar é facultativo. Por facultativo podemos entender que, quem quiser não participa, não paga e
consequentemente não terá os benefícios respectivos.
Todavia é interessante levar em conta que para o servidor antigo o regime da previdência complementar será
facultativo. Para os novos servidores (novatos), o regime da previdência complementar será obrigatório se
assim determinar a Lei, que irá disciplinar tal regime.
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§ 21 - A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de
aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na
forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) (Revogado
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) (Vide Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 22 - Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal
estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social;
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;
III - fiscalização pela União e controle externo e social;
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação
a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza;
VI - mecanismos de equacionamento do déficit atuarial;
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com
governança, controle interno e transparência;
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas,
direta ou indiretamente, com a gestão do regime;
IX - condições para adesão a consórcio público;
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e
extraordinárias. (Parágrafo e Incisos, incluídos pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Direitos Adquiridos
A Reforma Previdenciária através da emenda 20/98, trouxe mudanças significativas desvinculando a
aposentadoria ao tempo de serviço e vinculando-a ao tempo de contribuição. Essas mudanças do regime
jurídico da aposentadoria e pensão por morte do servidor, entretanto, não prejudicaram os servidores públicos,
pois o artigo 3º da emenda 20/98, assegura os direitos adquiridos pelos servidores. Com efeito o artigo 3º diz:
“assegurada a concessão de aposentadoria e pensão; a qualquer tempo, aos servidores públicos e aos
segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus dependentes, que até a data da
publicação desta emenda, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base
nos critérios da legislação então vigente".
Pelo exposto no artigo 3º, poderá aposentar-se pelo tempo de serviço, sem exigência de idade mínima, o
servidor que atender as exigências da Lei, até a entrada em vigor da Emenda Constitucional. O direito
adquirido, só é válido para o tempo de serviço completado antes da mudança da legislação.
Dessa forma, o segurado que completou o tempo de serviço para a aposentadoria pelo regime anterior até 15
de novembro de 1.998, poderá entrar com pedido de benefício em qualquer época; esse segurado possui
direito adquirido, isto é, preencheu os requisitos legais antes da Lei ser alterada.
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se os proventos de sua futura aposentadoria serão definidos pelas normas atuais ou pelas normas da Lei
futura.
Em primeiro lugar vamos verificar o artigo 40, parágrafo 10 que diz "a Lei não poderá estabelecer qualquer
forma de contagem de tempo de contribuição fictícia". Isto significa que doravante não haverá mais tempo
fictício, como licença prêmio não gozada com tempo contado em dobro, cumprimento de mandato eletivo, etc.
Todavia, todo tempo empregado com licença prêmio, mandato eletivo e viagens de estudo no exterior, antes
da emenda previdenciária 20/98, será considerado como tempo de contribuição, preservando-se portanto o
direito adquirido.
Para os servidores públicos federais que ingressaram na carreira a partir de 1° de janeiro de 2004, o cálculo
do benefício será semelhante ao do Regime Geral − com 20 anos de contribuição, 60% da média de todas
as contribuições, aumentando dois pontos percentuais a cada ano a mais de contribuição (tanto homens quanto
mulheres). Já para os que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003, ficará mantida a
integralidade − o valor da aposentadoria será o do último salário, desde que atendidos os requisitos das regras
de transição.
Essa regra estabelece uma idade mínima e um pedágio de 100% do tempo que faltar para atingir o tempo
mínimo de contribuição (30 anos para elas e 35 anos para eles). Para servidoras, a idade mínima será de 57
anos e para os servidores, de 60 anos. Também será necessário comprovar 20 anos no serviço público e 5
anos no cargo em que se dará a aposentadoria. O benefício será equivalente à última remuneração, para quem
tiver ingressado na carreira até 31 de dezembro de 2003, ou a 100% da média de todos os salários desde julho
de 1994, para os que ingressaram a partir de 2004.
Aposentadoria do Professor
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A aposentadoria integral para os professores que exercem suas funções de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio, gozam de direito especial, ou seja, 25 anos de contribuição e 60
anos de idade para o homem e 25 anos de contribuição e 57 anos de idade para a mulher;
1ª Regra de Transição
No mínimo 25 anos de contribuição (em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil
e no ensino fundamental e médio), sendo mulher, devendo atingir 81 pontos no somatório da sua idade com
os anos de contribuição.
E, no caso do homem, mínimo de 30 anos de contribuição (em efetivo exercício das funções de magistério
na educação infantil e no ensino fundamental e médio), devendo atingir 91 pontos no somatório da sua
idade com os anos de contribuição.
Importante. A partir de 1º de janeiro de 2020 será acrescido 1 (um) ponto a cada ano até atingir o limite de
92 (noventa e dois) pontos, se mulher, e 100 (cem) pontos, se homem.
Exemplo:
Segurada: Ana Júlia
Idade em 2019: 50 anos
Tempo de contribuição como professora em 2019; 31 anos de contribuição
Total de pontos em 2019: 81 pontos (50 + 31)
Portanto, cumpriu o requisito de ter no mínimo 25 anos de contribuição como professora e possui os 81 pontos
no somatório do tempo e idade.
Tem, portanto, direito a se aposentar segundo essa regra de transição.
2ª Regra de Transição
Mulher- 25 anos de contribuição – 51 anos de idade.
Homem – 30 anos de contribuição – 56 anos de idade.
Importante. A partir de 1º de janeiro de 2020 serão acrescidos 6 (seis) meses a cada ano até as idades
atingirem 57 (cinquenta e sete) anos, se mulher, e 60 (sessenta) anos se homem.
3ª Regra de Transição
Idade mínima
Mulher – 52 (cinquenta e dois) anos de idade
Homem – 55 (cinquenta e cinco) anos de idade.
Pedágio (100%) = Período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data da entrada em
vigor da EC, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição.
Exemplo:
Segurado: Sergio
Idade em 2019: 55 anos (idade mínima exigida)
Tempo de contribuição como professora em 2019: 29 anos e 08 meses de contribuição
Faltava 04 meses para atingir 30 anos
Pedágio de 100% do tempo que faltava: + 4 meses
Portanto, terá que cumprir o pedágio de 100%, ou seja, + 4 meses perfazendo, então, 08 meses.
Assim, atingirá 30 anos e 04 meses de contribuição como professor, assegurando o direito de se aposentar.
E mesmo quem não estiver pensando em se aposentar, reconhecer este direito garante o reembolso das
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verbas previdenciárias (abono de permanência).
Contudo, tem várias questões que é preciso ter em mente antes de reconhecer o direito à Aposentadoria
Especial do RPPS (regime próprio de previdência social – previdência do servidor), ainda mais com as novas
regras da Reforma da Previdência.
A mais importante é que os regimes próprios de previdência (dos servidores públicos) não reconhecem seu
direito à aposentadoria especial, mas a Constituição garante.
Nunca foi feita uma lei para regulamentar a aposentadoria especial do servidor público. Mas o STF possui
posicionamento consolidado pela súmula 33:
Como nunca teve lei complementar, vale a lei do Regime Geral (do INSS).
E pelo regime geral, têm direito à aposentadoria especial o servidor que comprovar 25 anos de atividade
insalubre ou periculosa, exposto a agentes nocivos à saúde, segundo o art. 57 da Lei 8.213/91.
Se a gravidade da exposição for muito grande, como é com asbestos ou trabalhadores de minas
subterrâneas, a aposentadoria especial pode precisar de apenas 20 ou 15 anos de atividade especial.
Contudo, a Reforma veio e está em vigor desde 13/11/2019, mudando um pouco as regras… Quem não reuniu
o tempo de atividade especial até Reforma ou entrou no serviço público após ela, terá que cumprir outros
requisitos.
Quem ingressou no serviço público depois da Reforma, precisará ter, além do tempo de atividade especial:
60 anos de idade, para as atividades especiais de 25 anos
58 anos de idade, para as atividades especiais de 20 anos
55 anos de idade, para as atividades especiais de 15 anos
Caso tenha entrado no serviço público antes da Reforma, mas ainda não completou o tempo de atividade
especial, será preciso cumprir, além do tempo de atividade especial:
86 pontos (soma da idade com o tempo de atividade especial), para as atividades especiais de 25 anos
76 pontos (soma da idade com o tempo de atividade especial), para as atividades especiais de 20 anos
66 pontos (soma da idade com o tempo de atividade especial), para as atividades especiais de 15 anos
Além disso, a Reforma da Previdência agora trouxe, de forma explícita em seu texto, que os servidores públicos
federais também têm direito à Aposentadoria Especial.
Voltando ao assunto principal: são duas regras para saber se sua atividade é considerada insalubre ou
periculosa:
Com a Reforma, as profissões insalubres continuam a mesma coisa, assim como as profissões perigosas.
Contudo, um Projeto de Lei Complementar, que está tramitando no Senado, vai dizer quais serão as profissões
periculosas consideradas como atividade especial!
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Isto é, somente os trabalhos perigosos listados nessa Lei Complementar poderão ser considerados como
atividade especial.
Se estiver fora da lista, o respectivo trabalhador não terá direito a Aposentadoria Especial.
Exemplo de qualitativos são: benzeno, arsênico, chumbo, cromo, fósforo, asbestos, agentes biológicos.
Exemplo de quantitativos são: ruído, eletricidade, trepidação, calor, frio, a maior parte dos agentes químicos.
É a Lei Complementar 51/1985, com a redação alterada pela Lei Complementar 144/2014
O policial (homem) pode se aposentar voluntariamente após:
30 anos de contribuição.
20 de exercício de cargo de natureza estritamente policial.
Cargo de natureza estritamente policial, é aquele definido pela Constituição como sendo de policial das
estruturas das polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal e civil.
Não é considerado os policiais militares e os bombeiros militares, tendo regras próprias para a aposentadoria
enquanto militares.
Quem ingressou no serviço público antes de 31/12/2003, tem a possibilidade de ter direito ao cálculo da sua
aposentadoria integral pela regra da integralidade e paridade salarial.
A integralidade garante o direito a se aposentar com proventos iguais ao seu último salário. A paridade
garante o direito a ter os mesmos reajustes de quem está na ativa.
Possibilidade de paridade e integralidade da Aposentadoria Especial do Servidor Público que ingressou até
31/12/2003
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país.
A integralidade e paridade na Aposentadoria Especial é de direito a quem ingressou no serviço público até
31/12/2003.
Isso porque em 2018 foi decidido no STF, por meio de Repercussão Geral o direito do servidor público que
exerça atividades de risco de obter aposentadoria especial com valor de benefício calculado com base na
integralidade e na paridade.
Se foi dado ao servidor público que trabalha com periculosidade essa possibilidade, podemos dizer que para
as atividades nocivas à saúde é a mesma coisa, pois as duas hipóteses dão direito à Aposentadoria Especial.
Além disso, agora com a Reforma, está na Constituição que poderão ser adotados, por lei complementar,
critérios diferenciados para a concessão de atividade especial. Isso quer dizer que pode sair uma lei que
confirme esse direito à integralidade e paridade para os servidores.
Por fim, há uma norma da Reforma da Previdência que trata da Regra de Transição da Aposentadoria Especial
para os Servidores e para os contribuintes do INSS. Essa regra garante que o valor dessa aposentadoria será
apurado na forma da lei.
Como a própria Reforma garante, em um dos seus artigos, a integralidade e paridade para os servidores
públicos que entraram no serviço público até 31/12/2003, não há dúvidas que é possível esses direitos para
os servidores públicos, ainda mais que a Aposentadoria Especial está explicitamente garantida a esses
trabalhadores no texto da Reforma.
Agora, quem ingressou no serviço público após a Reforma, ou ainda não reuniu o tempo de atividade
especial até a entrada em vigor dela, o cálculo será muito ruim…
Ela se dará do seguinte modo:
Média aritmética simples de todos os seus salários, a partir de 1994 ou de quando você começou a
contribuir
O valor será 60% dessa média +2% ao ano de contribuição acima de 20 anos de tempo de contribuição.
Viu só como é muito prejudicial para o trabalhador? Imagina que você teve uma média salarial de R$ 8.000,00
durante todo o seu tempo de serviço público (35 anos). Você receberá 60% + 30% (15 anos x 2%) = 90%
desse valor.
Ou seja, sua aposentadoria será de R$ 7.200,00.
Artigo 41 da CF - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Observação: Redação dada apela Emenda Constitucional 19/98 (Reforma Administrativa), que institui a
estabilidade para o servidor público após 3 (três) anos de efetivo exercício no cargo. Esta estabilidade refere-
se apenas aos funcionários concursados.
No sistema constitucional brasileiro, da efetividade não resulta obrigatoriamente a estabilidade, nem a
estabilidade pressupõe necessariamente a efetividade.
Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho:
a efetividade dá direito a um cargo.
a estabilidade mantém o servidor no quadro da administração.
A redação imposta a este dispositivo pela EC-19 ampliou de dois para três anos o período do estágio
probatório. Foi, também, melhorada a técnica da redação, com a previsão de estabilidade aos servidores
nomeados "para cargo de provimento efetivo" em virtude de concurso público.
80
Diferença fundamental em relação ao servidor vitalício, como juiz, membro do Ministério Público ou
Ministro de Tribunal Superior, cuja perda do cargo depende sempre de processo judicial.
Talvez uma das mais discutidas medidas da EC-19, a perda por insuficiência de desempenho, a rigor, já era
possível sob a disciplina anterior, se aplicados os dispositivos legais relativos aos deveres e as proibições dos
servidores. Não é, então, a rigor, uma novidade, mas, agora constitucionalizada, a perda do cargo por esse
fundamento certamente está mais visível e será lida com mais atenção.
§2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
A EC-19 perdeu uma excelente oportunidade de corrigir equívoco técnico que vem desde a redação
original da Constituição, em 1988. A demissão do servidor pode ser invalidada, também, administrativamente,
já que, segundo o próprio STF, a administração pública está obrigada a rever os seus atos, quando eivados
de vício ou erro. Revendo uma demissão, assim, poderia concluir que essa é ilegal, e determinar a sua
anulação. É importante observar que não há um limite de tempo para isso, uma vez que o STF deixou julgado
poder ocorrer essa revisão administrativa "a qualquer tempo". A Segunda previsão importante da alteração
imposta pela Emenda é a remuneração da disponibilidade, que passa a ser proporcional ao tempo de serviço,
e não mais integral.
§3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo.
A EC-19, coerentemente com a previsão do parágrafo anterior, também aqui impõe a disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
Artigo 42 da CF- Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado
em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica
dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado
em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 3º Aplica-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios o disposto no art. 37, inciso XVI,
com prevalência da atividade militar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 101, de 2019)
81
Os adicionais podem ser de vários tipos e constam de várias leis esparsas, normalmente relacionados ao
local ou à natureza do trabalho. A Constituição, nos direitos sociais, refere-se expressamente ao decorrente
de atividades insalubres, penosas ou perigosas, de serviço extraordinário, por trabalho noturno e ao
adicional devido nas férias.
As indenizações decorrem de despesas realizadas pelo servidor em razão do serviço. São a ajuda de custo
(em caso de mudança permanente, para trabalhar em outra sede), as diárias (gastos com deslocamento
transitório e eventual) e a indenização de transporte (quando o servidor utiliza veículo próprio para realizar
atividades externas).
Em termos de benefícios previdenciários, há também a pensão, que pode ser temporária ou vitalícia.
A pensão temporária é devida aos filhos ou enteados (até 21 anos ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez)
e aos menores sob guarda (até 21 anos).
À inexistência desses dependentes, ou seja, subsidiariamente, também são contempláveis o irmão órfão
(até 21 anos) ou inválido (enquanto durar a invalidez), bem como a pessoa designada, que vivia às expensas
do servidor falecido, até 21 anos ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.
Caso não haja cônjuge ou companheiro (o fato de haver pessoa separada etc., com direito à pensão, não
impede), ou seja, subsidiariamente, são contempláveis os pais e a pessoa designada, maior de sessenta
anos ou portadora de deficiência (em ambos os casos precisando provar a dependência econômica em
relação ao servidor falecido).
Caso haja pluralidade de dependentes, divide-se o valor da pensão em duas partes: uma para os titulares
de pensão vitalícia e outra para os de pensão temporária, subdividindo-se cada parcela "per capita".
Por exemplo: deixando o "de cujus" viúva e dois filhos menores, aquela tem direito à pensão vitalícia (50%) e
estes à pensão temporária (50% a ser rateado entre ambos, 25% para cada um). Caso o servidor deixe viúva,
companheira e dois filhos, aquelas têm direito à pensão vitalícia (50% a ser rateado entre ambas, 25% para
cada) e estes à pensão temporária (50% a ser rateado entre ambos, 25% para cada um).
- doença em pessoa da família (depende de exame médico e impede que, nesse período, o servidor
desempenhe qualquer outra atividade remunerada. As alterações na lei excluíram o parente colateral
consanguíneo ou afim e incluíram o dependente que viva às expensas do servidor e conste de sua ficha
funcional. Também exigiram como requisito a incompatibilidade de horários e reduziu o prazo de remuneração
de 90 para 30 dias, prorrogável por mais 30 dias);
- afastamento do cônjuge ou companheiro (sem remuneração. Apenas têm direito à lotação provisória em
outro órgão se o cônjuge ou companheiro for servidor público);
- atividade política (também foi diminuída com a reforma, agora vai do registro da candidatura até o décimo
dia seguinte ao pleito, anteriormente era até o décimo quinto dia após o pleito. Os vencimentos são mantidos
no período máximo de três meses, antes a lei se referia à remuneração, e permitia até quatro meses);
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- serviço militar;
- capacitação (entrou no lugar da licença-prêmio por assiduidade. Agora, a cada quinquênio de serviço, o
servidor pode se afastar por até três meses, no interesse da Administração, para fazer curso de capacitação.
Não é acumulável);
- trato de interesses particulares (esta, como é sem remuneração, foi ampliada: antes ia até dois anos, agora
vai até três anos);
- desempenho de mandato classista (foi retirada a remuneração e fixados limites para o número de
servidores em licença, a depender do porte da entidade).
Observe-se que nas licenças em geral, o tempo é contado para todos os efeitos legais. No caso de mandato
classista, o tempo não conta para fins de promoção. No caso de licença para atividade política e em face
de doença em pessoa da família, o tempo apenas é contado para disponibilidade e aposentadoria. No
caso de afastamento do cônjuge ou companheiro, ou trato de interesses particulares, o tempo não é
contado para nenhum efeito.
Sob o nome afastamento, a lei menciona apenas três hipóteses: serviço em outro órgão ou entidade,
exercício de mandato eletivo e estudo ou missão no exterior.
Há, porém, quatro hipóteses que a lei denominou "concessões": doação de sangue (1 dia), alistamento
eleitoral (2 dias), casamento (8 dias) e falecimento de pessoa da família (8 dias).
Em todas essas hipóteses, o tempo de serviço é contado para todos os fins, salvo no caso de mandato eletivo,
quando não se conta para fins de promoção.
Os direitos do servidor público estão consagrados, em grande parte, na Constituição Federal (arts. 37 a 42);
não há impedimento, no entanto, para que outros direitos sejam outorgados pelas Constituições Estaduais ou
mesmo nas leis ordinárias dos Estados e municípios.
Os direitos e deveres do servidor público estatutário constam do Estatuto do Servidor que cada unidade da
Federação tem competência para estabelecer, ou da CLT, se o regime celetista for o escolhido para reger as
relações de emprego. Em qualquer hipótese, deverão ser observadas as normas da Constituição Federal.
Os estatutos promulgados antes da atual Constituição consignam direitos e deveres do funcionário. Do mesmo
modo o faz a Lei nº 8.112/90.
A Lei nº 8.112/91 traz no art. 116 uma lista de deveres e, no art. 122 ao 126-A, suas responsabilidades.
Título IV
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos Deveres
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Desempenhar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, isto é, com eficiência, promovendo,
com toda sua energia, o andamento do serviço na sua totalidade, dando sempre o melhor de si, atendendo ao
princípio emergente da qualidade.
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior
ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para
apuração;
É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência,
porque, se não o fizer, torna-se conivente com elas, estabelecendo-se aí a condescendência criminosa e
assumindo a posição de responsável solidário, respondendo, na esfera cível, administrativa e penal, ao que
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couber
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada
pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.
A representação deve ser encaminhada pela via hierárquica, ou seja, por intermédio do chefe imediato
(ainda que a representação seja contra ele) e este a encaminhará, para apreciação, à autoridade superior
àquela contra a qual é formulada.
XIII - declarar no ato da posse os bens e valores que compõem o seu patrimônio privado (Lei nº 8.429/92).
O servidor deve declarar no ato da posse, os bens móveis, imóveis e valores monetários que compõem
o seu patrimônio pessoal, comprometendo-se a manter atualizado, anualmente, os valores respectivos (art.
13 da Lei n° 8.429/92 e Lei n° 8.730/93).
O servidor público responde administrativa, penal e civilmente pelos atos que praticar, existindo autonomia
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entre as responsabilidades, salvo os casos, por exemplo, em que a sentença penal absolver pela inexistência
do fato ou negativa de autoria.
Responsabilidade civil é a obrigação imposta a alguém de reparar um dano causado a outrem Esse dano é
chamado de ilícito civil (Cód. Civil, art. 186). No Direito, há dois tipos de responsabilidade civil: a) a
responsabilidade subjetiva; b) a responsabilidade objetiva. Na responsabilidade civil subjetiva, só haverá o
dever de indenizar se o agente tiver causado o dano por atuar com dolo ou culpa. Diferentemente, o que
caracteriza a responsabilidade civil objetiva é a desnecessidade de apreciação de dolo ou culpa do agente ao
provocar o dano.
Observe-se que a ação cível para reaver danos causados pelo servidor ao Erário é
imprescritível.
CAPÍTULO IV
Das Responsabilidades
O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros.
No que diz respeito à responsabilidade civil do servidor, ele responderá civilmente somente se causar,
com ato omissivo (omissão) ou comissitivo (ação), prejuízo ao erário ou a terceiros, tendo agido com dolo ou
culpa (Lei nº 8.112/90, art. 122, caput). Notem que ele responderá não somente por suas ações, mas também pelas
suas omissões, desde que essas causem prejuízo a outros, e tenham sido praticadas com dolo ou culpa. Ele
agirá com dolo quando tiver desejado que sua ação ou omissão causasse prejuízo. Haverá culpa quando tiver
atuado com imprudência, negligência ou imperícia na sua ação ou omissão danosa. Por exemplo, vejam o
caso de um servidor motorista que atropela um transeunte, causando-lhe dano. Se tiver tido a intenção de ferir
ou matar a vítima, terá agido com dolo. Se tiver agido sem intenção, mas tiver sido imprudente, negligente ou
imperito, terá agido com culpa. Em ambos os casos, ficará o servidor sujeito à responsabilidade civil, ou seja,
terá o dever de pagar indenização pelo dano ocorrido, por ter agido com dolo ou culpa. Percebemos então que
a responsabilidade civil que tem o servidor público é do tipo subjetiva.
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§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no
art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação
regressiva.
Quando o dano for contra o erário, a Administração irá, via de regra, recorrer ao Poder Judiciário, no âmbito
da jurisdição civil, propondo ação de indenização contra o servidor responsável (Lei nº 8.112/90, art. 122, § 1.º, parte
final).
Se o dano foi causado a terceiros, a solução para o caso se dará de forma diferente. Como vimos, esse é um
caso em que se dará a responsabilidade civil objetiva do ente público ao qual pertence o servidor. O Estado
deverá indenizar ao terceiro prejudicado, tendo havido ou não dolo ou culpa do servidor. Não havendo dolo ou
culpa do servidor, o Estado não terá o direito de regresso, que é o direito de ser ressarcido pelo servidor do
valor pago a título de indenização. Tendo havido dolo ou culpa, o ente público terá o direito de regresso contra
o servidor, podendo então propor uma ação judicial, chamada de ação regressiva ou ação de regresso, na
esfera civil, para reaver do servidor o que pagou como indenização (Lei nº 8.112/90, art. 122, § 2.º). Diz-se nesse
caso que a responsabilidade civil subjetiva do servidor é regressiva.
Para ambos os casos (prejuízo ao erário e prejuízo a terceiros) poderá haver uma solução administrativa em
vez de judicial. Se o servidor concordar, o direito que a Administração tem à indenização ou ao regresso poderá
ser cobrado administrativamente, sem a necessidade de se recorrer ao Poder Judiciário, podendo até ser
parcelado, com desconto em sua remuneração, no interesse do servidor (Lei nº 8.112/90, art. 122, § 1.º, parte inicial).
Não havendo concordância do servidor, porém, só restará à Administração recorrer ao Judiciário para obter o
ressarcimento do prejuízo. O que nunca poderá ocorrer é a Administração isentar o servidor da
responsabilidade civil quando ele tiver causado prejuízo por agir com dolo ou culpa, mesmo que ele ganhe um
baixo salário e tenha poucos bens patrimoniais, porque é dever da Administração zelar pela integridade do
patrimônio público.
§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do
valor da herança recebida.
Se o servidor falecer antes de quitar a dívida, sua responsabilidade civil (a obrigação de reparar o dano)
estende-se aos seus sucessores ou herdeiros, até o limite da herança por eles recebida (Lei nº 8.112/90, art. 122,
§ 3.º). É claro que os sucessores do servidor poderão também concordar com a solução administrativa,
parcelando o valor restante da indenização com desconto em sua pensão (Lei nº 8.112/90, art. 40, caput e § 1.º), ou,
caso não concordem com a solução administrativa, serão cobrados judicialmente.
Art. 123.. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa
qualidade.
A responsabilidade penal do servidor é a que resulta de uma conduta tipificada por lei como infração penal.
A responsabilidade penal abrange crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade (Lei nº
8.112/90, art. 123). Notem que tanto os crimes funcionais quanto as contravenções funcionais são abrangidos pela
responsabilidade penal do servidor. Esses são tipificados sempre em leis federais, visto ser competência
privativa da União legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I). Muitos dos crimes funcionais estão definidos no
Código Penal, artigos 312 a 326, como o peculato, a concussão, a corrupção passiva, a prevaricação etc.
Outros estão previstos em leis especiais federais. A responsabilidade penal do servidor é apurada em Juízo
Criminal. Se o servidor for responsabilizado penalmente, sofrerá uma sanção penal, que pode ser privativa de
liberdade (reclusão ou detenção), restritiva de direitos (prestação pecuniária, perda de bens e valores,
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação de
fim de semana) ou multa (Código Penal, art. 32).
Tema interessante por ser muitas vezes cobrado em concursos públicos é a repercussão da responsabilidade
penal nas responsabilidades administrativa e civil. Embora seja mais profundo, iremos abordar apenas a parte
do tema que é mais cobrada nos concursos.
Primeiro devemos saber que a decisão penal, apurada por causa da responsabilidade penal do servidor, só
terá reflexo na responsabilidade civil do servidor se o ilícito penal tiver ocasionado prejuízo patrimonial (ilícito
civil). A responsabilidade civil do servidor será afastada se, no processo criminal, o servidor for absolvido por
ter sido declarada a inexistência do fato ou, quando o fato realmente existiu, não tenha sido imputada sua
autoria ao servidor. Notem que, se o servidor for absolvido por falta ou insuficiência de provas, a
responsabilidade civil não será afastada.
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Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no
desempenho do cargo ou função.
Da mesma forma, será punido disciplinarmente o funcionário, sempre que, devendo agir conforme seus
deveres, omitir-se (omitir-se quer dizer: deixar de fazer o que deveria ter feito).
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
negue a existência do fato ou sua autoria.
Da mesma maneira se dará com a responsabilidade administrativa do servidor. Ela será afastada somente
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria (Lei nº 8.112/90, art. 126). Tendo
havido absolvição criminal por falta ou insuficiência de provas, não será afastada a responsabilidade
administrativa do servidor. Assim, por exemplo, se o servidor foi demitido após apurada sua responsabilidade
administrativa, não deverá ser reintegrado se o processo criminal concluir pela sua absolvição por insuficiência
de provas. No entanto, se a absolvição criminal se deu por causa da inexistência do fato ou porque o servidor
foi declarado como não sendo o autor do ilícito penal, ele deverá ser reintegrado em resultado do afastamento
da sua responsabilidade administrativa
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à
autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para
apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda
que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.
Exercícios pertinentes
Gabarito: no final da Coletânea de exercícios
01) A reforma administrativa aprovada pelo Congresso Nacional introduziu mais um princípio básico a
ser obedecido pela Administração Pública. Portanto, agora são princípios básicos da Administração
Pública:
A) a impessoalidade, a moralidade, a legalidade, a publicidade e o respeito ao cidadão.
B) a impessoalidade, a legalidade, a transparência, a moralidade e o respeito ao cidadão.
C) a legalidade, a moralidade, o respeito ao cidadão, a publicidade e a moralidade.
D) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
E) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a transparência e a eficiência.
02) Sobre o disciplinamento da administração pública na vigente Constituição Federal, assinale a única
alternativa que contém afirmação correta:
A) é permitida, no serviço público, a acumulação remunerada de um cargo de médico com um cargo de Juiz
de Direito;
B) a proibição de acumular, no serviço público, diz respeito somente aos cargos e abrange as autarquias e
fundações;
C) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
do pessoal do serviço público;
D) a criação de subsidiárias de empresas públicas e de sociedades de economia mista depende da edição de
decreto governamental, após aprovação do Ministério da Fazenda.
04) A investidura em cargo público está sujeita a alguns requisitos básicos, valendo destacar que:
A) não há exigência de nacionalidade, originária ou derivada, para se ocupar qualquer cargo público.
B) somente brasileiros natos podem ser contratados por instituições de pesquisa científica federal.
C) todos os cargos das instituições de pesquisa tecnológica devem ser ocupados por brasileiros, natos ou
naturalizados.
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D) os cargos, empregos e funções públicas da esfera federal de governo devem ser ocupados somente por
brasileiros.
E) uma universidade federal pode prover seus cargos, segundo normas específicas, com professores
estrangeiros.
05) A Constituição enumera princípios que serão observados pela Administração Pública de todos os
poderes. Um dos princípios prevê que a Administração Pública só poderá atuar quando houver
previsão legal, não sendo aplicada a regra de liberdade na atuação prevista para os particulares. Trata-
se do princípio constitucional da:
A) impessoalidade;
B) moralidade;
C) legalidade;
D) reserva legal;
E) eficiência.
06) Sobre o disciplinamento da administração pública na vigente Constituição Federal, assinale a única
alternativa que contém afirmação correta:
A) é permitida, no serviço público, a acumulação remunerada de um cargo de médico com um cargo de Juiz
de Direito;
B) a proibição de acumular, no serviço público, diz respeito somente aos cargos e abrange as autarquias e
fundações;
C) é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração
do pessoal do serviço público;
D) a criação de subsidiárias de empresas públicas e de sociedades de economia mista depende da edição de
decreto governamental, após aprovação do Ministério da Fazenda.
07) A Administração Pública deve observar certos princípios constitucionais, dentre eles, o de que:
A) a proibição de acumular vencimentos aplica-se tão somente à Administração direta e às suas autarquias.
B) o servidor público pode integrar qualquer associação, mas não pode assumir a direção das associações
sindicais.
C) a contratação de pessoal por tempo determinado pode ser feita em qualquer situação, sob critério e
responsabilidade do Administrador contratante.
D) será permitida a vinculação dos vencimentos para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.
E) a participação de uma empresa pública em empresa privada depende de autorização legislativa.
09) É certo que a Administração Pública deverá observar certos princípios constitucionais e outras
determinações, e dentre estas, que:
A) os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego que possibilite o acesso a informações
privilegiadas restringe-se a administração direta.
B) a administração fazendária e seus servidores terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição,
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
C) serão computadas, para efeito dos limites da remuneração e do subsídio dos ocupantes de cargos e
empregos da Administração pública, as parcelas de caráter indenizatório.
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D) ficam vedadas as contratações de servidores por tempo determinado, ainda que para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público face ao princípio do concurso público.
E) os atos de improbidade administrativa importarão, dentre outras cominações, em cassação dos direitos
políticos e o ressarcimento ao erário, com prejuízo da ação penal.
12) Assinale a alternativa correta. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, EXCETO,
quando houver compatibilidade de horários.
A) A de dois cargos de professor com outro cargo técnico ou científico.
B) A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
C) A de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; a de
três cargos de professor com outro técnico ou científico.
D) A de três cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas com
outro cargo técnico ou científico.
E) A de um cargo de professor com outros dois cargos técnicos ou científicos.
14) A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, devendo ser observado que:
A) somente por medida provisória poderá ser criada autarquia, cabendo à lei complementar definir as áreas de
sua atuação.
B) a resolução estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
C) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
D) os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público serão computados e acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores.
E) depende de autorização do judiciário, em cada caso, a criação de subsidiárias de fundação.
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II. O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única.
III. Medida Provisória, regulamentada por Lei Complementar, disciplinará a aplicação de recursos
orçamentários da União provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão para aplicação no
desenvolvimento de programas de qualidade do serviço público.
IV. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Distrito Federal não é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas.
Está correto o que se afirma APENAS em:
A) I e II.
B) III e IV.
C) I e III.
D) II e III.
E) II e IV.
17) NÃO é assegurado pela Constituição Federal aos servidores públicos o direito
A) de greve, desde que exercido nos termos e nos limites definidos em lei.
B) de cômputo de acréscimos pecuniários percebidos, para fins de concessão de acréscimos ulteriores.
C) de convocação do servidor aprovado em concurso público com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira.
D) à remuneração, que somente poderá ser alterada por lei específica.
E) à livre associação sindical.
18) De acordo com o artigo 41 da Constituição Federal de 1988, que dispõe sobre o regime próprio de
previdência social, assinale a alternativa correta.
A) Os servidores titulares de cargos efetivos serão aposentados, compulsoriamente, aos 65 anos de idade.
B) Os proventos de aposentadoria poderão exceder a remuneração do respectivo servidor público, no cargo
em que se deu a aposentadoria.
C) A lei poderá, excepcionalmente, estabelecer formas fictícias de contagem de tempo de contribuição.
D) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração, aplica-se o regime próprio de previdência social.
E) O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria.
91
C) far-se-á, nos casos de contratação por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público, nos termos a serem definidos por lei.
D) prescinde de concurso público no caso de provimento de cargos em comissão, devendo as nomeações ser
ratificadas pelo Poder Legislativo.
E) depende de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, para o provimento de cargos
públicos, dispensada essa exigência para o provimento de empregos públicos.
21) No que diz respeito ao regime de previdência complementar dos servidores públicos, previsto no
artigo 40, parágrafo 14 da Constituição Federal, é correto afirmar que:
A) a instituição do regime de previdência complementar de servidores públicos titulares de cargo efetivo, não
poderá afetar o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência
Social.
B) após a instituição do regime de previdência complementar de servidores públicos titulares de cargo efetivo,
poderá ser fixado para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de
Previdência Social, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.
C) o regime de previdência complementar dos servidores públicos titulares de cargo efetivo será administrado
obrigatoriamente por autarquias previdenciárias.
D) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder
Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das
aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social.
24) O servidor Público Civil, homem, poderá aposentar-se, voluntariamente, com proventos integrais,
se:
A) contrair doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;
B) sofrer qualquer acidente que o torne inválido;
C) completar 30 anos de contribuição, com idade mínima de 55 anos;
D) completar 35 anos de contribuição, com idade mínima de 60 anos.
E) completar 30 anos de contribuição, com idade mínima de 55 anos.
25) Aos servidores públicos foram estendidos direitos sociais tais como:
A) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo, no mínimo, de 30 dias, nos termos da lei;
B) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
C) assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até seis anos de idade, em creches e
pré-escolas;
D) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
E) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação
coletiva.
92
A) Por motivo de doença em pessoa da família;
B) Para tratamento de saúde;
C) Para tratar de interesses particulares;
D) Para disponibilidade especial;
E) Prêmio por assiduidade.
93
E) cumulativamente, sem restrições, havendo compatibilidade de horário.
32) O servidor público que praticar ato de improbidade administrativa NÃO ficará sujeito a:
A) perda da função pública;
B) indisponibilidade dos bens;
C) ressarcir o erário;
D) suspensão dos direitos políticos;
E) prisão administrativa provisória.
36) Ocupante do cargo efetivo de Procurador do Estado que assume o cargo de prefeito municipal:
A) deve se exonerar do cargo de Procurador do Estado, ou se aposentar;
B) afasta-se do cargo de Procurador do Estado, apenas se não houver compatibilidade de horário para exercer
ambos os cargos;
C) pode optar pela remuneração de um ou de outro cargo;
D) pode acumular a remuneração de ambos os cargos, se exerce ambos, em virtude da compatibilidade de
horário.
37) As regras sobre a Administração Pública, inseridas no art. 37 a 42 da Constituição Federal referem-
se:
A) aos servidores públicos civis e militares federais, estaduais, municipais, da administração direta e indireta;
B) aos servidores públicos civis da administração direta e indireta, e aos militares estaduais, do distrito federal
e territórios;
C) aos servidores da administração direta, autárquica e fundacional da união, dos estados, do
Distrito federal e dos municípios, sejam civis, militares ou eclesiásticos;
D) aos servidores civis das empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações
públicas, bem como dos órgãos da administração direta e aos militares do governo federal, do distrito federal
e dos Territórios Federais.
38) A Constituição Federal veda a cumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, entre outras hipóteses,
A) a de um cargo de professor com dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde com profissão
regulamentada.
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B) a de dois cargos de professor com outro técnico ou científico.
C) a de um cargo de professor com dois cargos técnicos ou científicos.
D) a de um cargo ou emprego privativo de profissionais da saúde com profissão regulamentada com qualquer
outro cargo técnico ou científico.
E) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde com profissão regulamentada.
41) O art. 37, §1º, da Constituição estabelece que as obras e serviços públicos serão atribuídos aos
órgãos e entidades e não aos agentes públicos que determinaram a sua realização. Assinale a
alternativa que indica o princípio aplicável para esta hipótese:
A) publicidade;
B) impessoalidade;
C) eficiência;
D) razoabilidade;
E) motivação.
42) Diante das inovações trazidas pela Emenda Constitucional nº 19/98, no que diz respeito aos
servidores públicos estáveis, todas as afirmativas abaixo estão incorretas, EXCETO:
A) são estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de concurso público.
B) o servidor público estável somente perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
C) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
D) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada, auferindo a totalidade dos vencimentos correspondentes ao cargo antes exercido, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo.
E) os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, exclusivamente, por servidores estáveis,
ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional.
43) Em torno das regras constitucionais pertinentes à Administração Pública, assinale a opção correta
A) Enquanto não for editada lei que regule o direito de greve de servidores públicos, não são legítimos os
movimentos paredistas de servidores da Administração Pública direta.
B) O servidor que ocupa dois cargos públicos de médico, em duas jornadas distintas (matutina e vespertina),
pode também ser Professor de universidade pública, se as suas aulas forem sempre noturnas.
95
C) A indenização paga pela Administração ao particular, com fundamento na responsabilidade objetiva do
Estado, pode ser reavida do servidor que deu causa ao prejuízo apenas nos casos em que provado que o
servidor agiu dolosamente.
D) O servidor, ocupante de cargo efetivo ou de cargo em comissão declarado por lei de livre nomeação e
exoneração, ao completar setenta anos de idade, deve necessariamente ser aposentado, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço.
E) É condição necessária e suficiente, para a estabilidade no serviço público, que o servidor complete três
anos de exercício em cargo de provimento efetivo.
46) Assinale a hipótese em que se mencionam cargos e/ou empregos públicos que podem ser objeto
de cumulação remunerada por um mesmo servidor, havendo compatibilidade de horários.
A) Cargo Técnico de uma sociedade de economia mista e Médico da Administração Direta Federal.
B) Médico da Administração Pública Federal e Médico de sociedade de economia mista estadual.
C) Professor de universidade pública federal, Professor de universidade pública estadual e Médico da
Administração Pública Direta Federal.
D) Professor de instituição pública federal, cargo técnico da Administração Pública Federal e cargo científico
da Administração Pública Federal.
E) Dois cargos técnicos da Administração Pública Federal.
47) Assinale a opção em que consta caso de acumulação vedada constitucionalmente. Considere, para
a sua resposta, que as profissões de médico, dentista e de fisioterapeuta são profissões
regulamentadas por lei.
A) Dois cargos de professor de ensino médio.
B) Dois cargos de dentista na Administração Direta Federal.
C) Cargo de professor de instituição de ensino superior federal com emprego de professor em instituição
privada de ensino.
D) Vencimentos de cargo de médico com vencimento de professor de Universidade Federal com proventos de
outro cargo de médico.
E) Cargo de fisioterapeuta na Administração autárquica federal com outro emprego de fisioterapeuta em uma
sociedade de economia mista estadual.
96
C) O pensionista do servidor público somente faz jus aos reajustes gerais dos servidores públicos, não lhe
podendo ser pagas vantagens e gratificações criadas para os integrantes da carreira do instituidor da pensão
depois da morte deste.
D) Como regra geral, uma vez provada a similitude de atribuições entre duas carreiras distintas do serviço
público, o Judiciário pode estender vantagem pecuniária criada por lei para os servidores de uma delas aos
servidores da outra carreira não contemplada pelo legislador com a benesse.
E) O vencimento básico do servidor público não pode ser inferior ao salário-mínimo e deve ser complementado
até atingir esse patamar, mesmo que a sua remuneração total, obtida pela soma do vencimento básico com
outras vantagens de natureza permanente, supere o valor do salário-mínimo.
50) Assinale a opção em que um servidor público pode-se aposentar com proventos integrais:
A) Aos setenta anos de idade, independentemente de tempo de contribuição.
B) Por invalidez permanente decorrente de acidente de serviço, qualquer que seja o tempo de contribuição.
C) Por invalidez permanente, decorrente de qualquer doença grave, devidamente atestada por junta médica,
independentemente de tempo de contribuição.
D) Aos sessenta anos de idade, se o servidor é do sexo masculino e contribuiu por pelo menos 30 anos.
E) Aos cinquenta e cinco anos de idade, se se trata de servidora, que tenha contribuído por 25 anos.
52) NÃO se inclui entre os direitos dos servidores ocupantes de cargos públicos:
A) o repouso semanal remunerado
B) a garantia de salário mínimo
C) a remuneração do salário noturno superior à do diurno
D) o fundo de garantia por tempo de serviço
E) a proibição de diferença de salários por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil
53) A Constituição Federal assegura aos servidores públicos civis o gozo, dentre outros, dos seguintes
direitos comuns aos trabalhadores da iniciativa privada:
A) seguro-desemprego; fundo de garantia do tempo de serviço; jornada de seis horas para o trabalho realizado
em turnos ininterruptos de revezamento;
B) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; duração do trabalho normal não superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais; redução dos riscos inerentes ao trabalho;
C) aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; proteção em face da automação; seguro contra acidentes
de trabalho;
D) proibição de trabalho noturno a menores de dezoito anos; fundo de garantia do tempo de serviço;
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
97
E) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais; redução dos
riscos inerentes ao trabalho; piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
54) O administrador público não pode agir visando seu benefício próprio e pessoal, por força do
princípio constitucional denominado:
A) legalidade;
B) moralidade;
C) impessoalidade;
D) eficiência;
E) anterioridade.
55) Os preceitos contidos na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 estabelecem que:
A) em caso de dano contra terceiros, o servidor público há de responder civilmente, independentemente da
configuração de dolo ou culpa;
B) a lei pode determinar, em qualquer hipótese, limite de idade para admissão no serviço público;
C) é vedada a acumulação de proventos de aposentadoria à conta do regime previdenciário mencionado no
artigo 40 da Constituição, ressalvadas as aposentadorias acumuláveis, segundo norma constitucional;
D) tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, o servidor não poderá ser afastado de seu
cargo, emprego ou função.
56) De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, os servidores públicos
civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público são estáveis após:
A) dois anos de efetivo exercício;
B) três anos de efetivo exercício;
C) a aprovação no concurso público;
D) a nomeação para o cargo público
58) Os servidores nomeados para cargos de provimento efetivo em virtude de concurso público
adquirem estabilidade após o efetivo exercício de
A) dois anos, mas podem perder o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
B) dois anos, mas podem perder o cargo mediante processo administrativo em que lhes seja assegurada ampla
defesa.
C) três anos, mas só podem perder o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado.
D) três anos, mas podem perder o cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, a
critério da autoridade administrativa.
E) três anos, mas podem perder o cargo mediante processo administrativo em que lhes seja assegurada ampla
defesa.
59) Relativamente ao servidor público, tendo em vista a Constituição Federal, assinale a alternativa
incorreta:
A) são estáveis após dois anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público;
B) servidor público estável perderá o cargo mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma da lei complementar, assegurada ampla defesa;
C) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço;
98
D) extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo;
E) como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
60) Uma emenda constitucional ampliou os casos de permissão de acumulação remunerada de cargos
públicos, passando também a abranger dois empregos privativos de
A) profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
B) quaisquer carreiras definidas em lei como técnicas.
C) profissionais da segurança pública, desde que haja compatibilidade de horários.
D) carreira dedicada ao atendimento de necessidades sociais.
E) quaisquer carreiras definidas em lei como científicas.
61) Assinale a alternativa que contraria norma constitucional referente aos princípios da Administração
Pública.
A) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
B) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo.
C) A divulgação de programas e obras dos órgãos públicos é absolutamente vedada.
D) O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.
E) Em regra, é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, mas admitem-se exceções.
62) Após 10 anos de efetivo exercício no cargo de auxiliar administrativo, João Pereira aposentou-se
percebendo proventos proporcionais. Dois anos após, o cargo de auxiliar administrativo foi
transformado em auxiliar de escritório, tendo havido aumento da remuneração para os servidores que
ocupavam o cargo. Considerando essa situação, é correto dizer que os proventos da aposentadoria de
João
A) sofrerão o mesmo acréscimo concedido aos servidores em atividade.
B) deverão permanecer os mesmos, vez que João não se aposentou com proventos integrais.
C) deverão permanecer os mesmos, vez que os inativos não têm direito a perceber os aumentos concedidos
aos servidores em atividade quando decorrentes de transformação de cargo.
D) sofrerão um acréscimo de 50% em relação ao aumento concedido para os servidores em atividade.
E) deverão permanecer os mesmos, vez que João exerceu o cargo de auxiliar administrativo apenas por 10
anos.
64) O servidor do sexo masculino, que seja titular de cargo público federal de provimento efetivo, não
sendo professor nem magistrado, cuja investidura ocorreu a partir do ano de 1999, já na vigência da
Emenda Constitucional nº 20/98, tem direito à aposentadoria, com proventos integrais, desde que
A) por causa de qualquer invalidez permanente.
B) atinja a idade limite de 70 anos.
C) complete 35 anos de contribuição.
D) complete 60 anos de idade, com 35 anos de contribuição.
E) complete 65 anos de idade, com 30 anos de contribuição.
99
66) O servidor nomeado para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público adquire
estabilidade
A) após dois anos de exercício.
B) após três anos de exercício.
C) após cinco anos de exercício.
D) quando toma posse.
E) quando entra em exercício
69) Atenta a políticas de inserção social, a Constituição Federal expressamente prevê reserva, por lei,
de percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas:
A) portadoras de deficiência.
B) de raça negra.
C) com mais de 40 anos de idade.
D) do sexo feminino.
E) que tenham cursado a escola pública.
70) Quanto à idade mínima prevista na CF, para exercício de certos cargos públicos e mandatos, é
incorreto dizer que:
A) a idade mínima é de 30 (trinta) anos para Senador.
B) a idade mínima para ser Ministro do Supremo é ter mais de 35 (trinta e cinco) anos.
C) a idade mínima é de 35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice-Presidente da República.
D) a idade mínima é de mais de 21 (vinte e um) anos para Juiz de Paz.
71) A Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, promoveu uma série de modificações nos
princípios que regem a Administração Pública. Em se tratando de servidor público é correto afirmar
que:
A) são estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo
em virtude de concurso público;
B) só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado, se não for estável;
C) invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reconduzido ao cargo de origem;
D) a avaliação especial de desempenho passará a ser obrigatória após a aquisição da estabilidade, sendo
facultativa para o servidor não estável;
E) extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade com
remuneração integral.
72) Sobre os cargos e funções públicas, é possível afirmar que a Constituição Federal
A) impõe à administração pública indireta as mesmas regras proibitivas sobre a acumulação remunerada de
cargos públicos voltadas à administração pública direta.
B) veda a definição de critérios de admissão de pessoas portadoras de deficiência a cargos e empregos
públicos.
C) condiciona a nomeação em cargos em comissão à aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos.
D) restringe o exercício das funções de confiança exclusivamente aos servidores ocupantes de cargo efetivo
com atribuições de natureza gerencial, orçamentária e financeira.
E) permite a acumulação remunerada de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, ainda
que a profissão não esteja regulamentada.
100
73) Os servidores titulares de cargos efetivos dos Estados, que hoje ingressam no serviço, sujeitam-
se a regras constitucionais que disciplinam sua aposentadoria. Considere, a respeito, os itens abaixo
sobre hipóteses de aposentadoria e respectivo critério de cálculo de proventos:
I. por invalidez permanente, com proventos integrais.
II. compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.
III. voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) sessenta
anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de
contribuição, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
Está harmônico com as regras gerais constantes da Constituição o que consta APENAS em
A) II.
B) II e III.
C) I e II.
D) III.
E) I.
74) João é servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão no Tribunal Regional do Trabalho
da 9ª Região. João pretende aposentar-se do serviço público. Neste caso, aplicar-se-á
A) o regime geral de previdência social.
B) especial de previdência social, ou seja, próprio dos servidores titulares de cargos efetivos.
C) híbrido de previdência social, isto é, composto por regras do regime geral e do regime especial (próprio dos
servidores titulares de cargo efetivo).
D) exatamente igual ao aplicável aos servidores titulares de cargos efetivos das autarquias federais.
E) híbrido de previdência social, isto é, composto por regras do regime geral e do regime aplicável aos
empregados públicos.
75) Considere as seguintes afirmações em relação ao regime jurídico dos servidores públicos, à luz da
Constituição da República e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria:
I. Dentro do prazo de validade de concurso público, a Administração poderá escolher o momento no qual se
realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, estando obrigada a nomear os
aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, ressalvadas situações excepcionalíssimas que
justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público.
II. Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base
de cálculo de vantagem de servidor público, nem ser substituído por decisão judicial.
III. Até que sobrevenha lei específica para regulamentar o exercício do direito de greve pelos servidores
públicos civis, aplica-se-lhes, no que couber, a lei que disciplina o exercício do direito de greve dos
trabalhadores em geral.
Está correto o que se afirma em
A) I e II, apenas.
B) I e III, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I, II e III.
E) I, apenas.
76) Com relação aos direitos garantidos pela Constituição Federal ao servidor público, pode-se afirmar
que
A) a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e
definirá os critérios de sua admissão.
B) o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar específica.
C) é garantido ao servidor público civil e militar o direito à livre associação sindical.
D) a lei complementar estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
E) os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder Executivo.
77) Com relação às funções de confiança na Administração Pública, nos termos da Constituição
Federal, pode-se afirmar que
101
A) as funções de confiança, exercidas preferencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os
cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B) as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos
em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
C) os cargos em comissão, exercidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e as funções
de confiança, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
D) os cargos em comissão, exercidos preferencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e as
funções de confiança, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
E) a Constituição não trata da questão.
78) Sobre a Administração Pública, de acordo com a Constituição Federal (CF), analise as assertivas
abaixo.
I. A duração do processo que não se revelar razoável afronta o princípio da eficiência, ensejando a apuração
da responsabilidade do servidor que lhe deu causa.
II. Os cargos de confiança destinam- se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
III. Não é permitido ao servidor público civil associar-se a entidade sindical.
IV. O servidor público da Administração Pública direta, uma vez investido no mandato de prefeito, será afastado
da função que exerce e lhe será facultado optar pela sua remuneração.
É correto o que se afirma em
A) I, II e III, apenas.
B) I, II e IV, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) III e IV, apenas.
E) I, II, III e IV.
79) Em relação aos militares, analise as afirmações abaixo e assinale a mais completa.
I - Tem vínculo estatutário.
II - São sujeitos a regime jurídico próprio.
III - A remuneração é feita pelo Estado.
IV - Não cabe Habeas Corpus nas prisões disciplinares militares
A) Apenas a II e III estão corretas.
B) Apenas a III e IV estão corretas.
C) Apenas a I e IV estão incorretas.
D) Todas estão corretas.
80) Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens que se incorporam ao
vencimento ou provento do servidor:
I. Indenizações.
II. Gratificações.
III. Diárias.
IV. Indenização de transporte.
Está CORRETO:
A) Apenas o item I.
B) Apenas o item III.
C) Apenas o item IV.
D) Apenas o item II.
102
IV. Estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova
residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independente de vaga.
Está INCORRETO:
A) Apenas o item II.
B) Apenas o item III.
C) Apenas o item IV.
D) Apenas o item I.
82) Quanto aos direitos e vantagens do servidor público civil é certo que,
A) as vantagens pecuniárias serão, em qualquer caso, computadas ou acumuladas, para efeito de concessão
de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, ainda que sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
B) o vencimento e a remuneração do cargo efetivo, são redutíveis, não podendo, contudo, o servidor receber
menos que dois salários mínimos.
C) a remuneração e o provento poderão ser, em qualquer caso, objeto de arresto, sequestro ou penhora.
D) o servidor em débito com o erário, que for demitido, terá que quitar o débito no ato da exoneração, vedado
prazo ou parcelamento da dívida.
E) não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de
mandato eletivo.
83) Tendo em vista os direitos do servidor público federal e no que tange aos aspectos de sua
remuneração, é correto afirmar que:
A) a remuneração poderá, em qualquer caso, ser objeto arresto, desde que haja processo judicial em
andamento.
B) as faltas decorrentes de caso fortuito poderão ser compensadas, mas não serão consideradas como de
efetivo exercício.
C) o servidor em débito com o erário, que for demitido, terá o prazo de trinta dias para quitar o débito.
D) o servidor perderá a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado e, de regra, a
parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos.
E) é sempre permitida a incidência de descontos sobre a remuneração do servidor quando estiver na situação
de devedor.
84) É certo que, além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as vantagens de:
A) gratificação, adicionais e serviço militar.
B) gratificação, capacitação e atividade política.
C) adicionais, serviço eleitoral e mandato classista.
D) indenização, capacitação e atividade política.
E) indenização, gratificação e adicionais.
87) Além do vencimento e das vantagens, podem ser deferidos aos servidores públicos federais outros
direitos. Assim, analise as situações funcionais sobre:
I. insalubridade ou atividades penosas;
103
II. exercício de função de direção;
III. natal;
IV. férias;
V. periculosidade;
VI. serviço extraordinário.
Referem-se, legalmente, aos adicionais SOMENTE as situações:
A) I, II, III e V.
B) I, II, III e IV.
C) I, IV, V e VI.
D) II, IV, V e VI.
E) III, IV, V e VI.
90) No que diz respeito aos direitos e vantagens dos servidores públicos, previstos na Lei 8.112/90:
A) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
em lei.
B) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de caráter permanente, é redutível.
C) As indenizações são incorporadas ao vencimento ou provento.
D) As gratificações e os adicionais, em hipótese alguma, incorporam-se a vencimentos ou proventos.
E) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
104
A) ser assíduo e pontual.
B) residir no local onde exerce o cargo, ou onde autorizado.
C) tratar com urbanidade os companheiros de serviço e as partes.
D) proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública.
E) cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho e as partes.
96) O prazo inicial da licença concedida por motivo de doença em família que pode ser prorrogável com
remuneração é de:
A) 180 Dias C) 30 Dias
B) 90 Dias D) 60 Dias
105
101) Caracteriza-se a responsabilidade do Funcionário Público:
A) quando diminuir a arrecadação fazendária
B) pela elevação da tributação
C) por qualquer erro de cálculo ou redução contra a fazenda pública
D) n.d.a.
106) No que diz respeito aos direitos e vantagens dos servidores públicos.
A) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, sem as vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas
em lei.
B) O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens de caráter permanente, é redutível.
C) As indenizações são incorporadas ao vencimento ou provento.
D) As gratificações e os adicionais, em hipótese alguma, incorporam-se a vencimentos ou proventos.
E) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Gabarito
01 - D 02 - C 03 - D 04 - E 05 - C 06 - C 07 - E 08 - B 09 - B 10 - D
11 - E 12 - B 13 - C 14 - C 15 - A 16 - E 17 - B 18 - E 19 - C 20 - C
21 - D 22 - A 23 - B 24 - D 25 - B 26 - B 27 - E 28 - C 29 - C 30 - C
31 - A 32 - E 33 - C 34 - D 35 - C 36 - C 37 - B 38 - E 39 - B 40 - D
41 - B 42 - C 43 - A 44 - E 45 - C 46 - B 47 - D 48 - A 49 - D 50 - B
51 - D 52 - D 53 - B 54 - C 55 - C 56 - B 57 - C 58 - E 59 - A 60 - A
61 - C 62 - A 63 - C 64 - D 65 - A 66 - B 67 - A 68 - D 69 - A 70 - A
71 - A 72 - A 73 - D 74 - A 75 - D 76 - A 77 - B 78 - B 79 - D 80 - D
81 - A 82 - E 83 - D 84 - E 85 - E 86 - B 87 - C 88 - C 89 - D 90 - E
91 - A 92 - D 93 - E 94 - B 95 - B 96 - C 97 - E 98 - B 99 - D 100 - C
101 - C 102 - D 103 - D 104 - B 105 - C 106 - E
106
Dispõe sobre a Lei Orgânica e o Estatuto da Polícia Civil do Estado da Paraíba, sua organização
institucional, suas carreiras, os direitos e as obrigações dos seus integrantes e dá outras providências.
TÍTULO I
Da Organização Institucional
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 1º A Polícia Civil do Estado da Paraíba, instituição constante do Poder Público Estadual, órgão componente
da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social, fundamental ao amparo do Estado e do povo, à
qual incumbe, com exclusividade, ressalvada a competência da União, o exercício das funções de polícia
judiciária, a investigação e a apuração, no território do Estado da Paraíba, das infrações penais, exceto as
militares, cabendo-lhe, ainda, a preservação da ordem, da segurança pública, da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, bem como a execução de outras políticas de defesa social.
§ 1º A Polícia Civil do Estado da Paraíba exercerá, privativamente, através do Instituto de Polícia Científica, as
atividades de criminalística, identificação civil e criminal, medicina e odontologia legal e de laboratório forense,
cabendo-lhe o cumprimento de suas funções institucionais.
§ 2º A Polícia Civil do Estado da Paraíba, nos termos desta Lei Complementar, é dirigida pelo Delegado-Geral
de Polícia Civil, goza de autonomia operacional e administrativa e participa, de forma decisiva, da elaboração
da proposta orçamentária, para o cumprimento de seus encargos institucionais.
CAPÍTULO II
Dos Princípios, dos Preceitos, dos Fundamentos e dos Símbolos
Art. 2º A Polícia Civil do Estado da Paraíba, cujos integrantes, na forma desta Lei Complementar, são
identificados como Grupo GPC-600, submete-se aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade,
impessoalidade, publicidade e eficiência, que regem a Administração Pública, e subordina-se aos seguintes
princípios institucionais:
I – respeito ao Estado Democrático de Direito;
II – garantia e promoção dos direitos e da dignidade da pessoa humana;
III – obediência à hierarquia e à disciplina;
IV – unidade de doutrina e uniformidade de procedimentos técnico-científicos, aplicados à investigação policial;
V – participação comunitária;
VI – integração, com reciprocidade, com os demais órgãos e agentes públicos que compõem o sistema de
segurança pública.
Parágrafo único. Considera-se procedimento técnico-científico toda função de investigação da infração penal,
levando-se em conta seus aspectos de autoria e materialidade, inclusive os atos de escrituração em inquérito
policial ou quaisquer outros procedimentos, instrumentos e atos oficiais.
Art. 3º As funções da Polícia Civil do Estado da Paraíba devem ser exercidas de acordo com os seguintes
preceitos:
I – preservação da ordem, repelindo a violência e fazendo observar as leis;
II – respeito à pessoa humana, garantindo a integridade física e moral da população;
III – atuação na defesa civil, prestando permanentes serviços à comunidade;
IV – impedimento de sentimentos ou animosidades pessoais que influam nos procedimentos e nas decisões
de seus agentes;
V – exercício da função policial com probidade, discrição e moderação;
VI – condução dentro de padrões ético-morais compatíveis com a instituição que integra e com a sociedade a
que serve;
VII – manutenção da unicidade técnico-científica da investigação policial;
VIII – autonomia de conclusões, desde que fundamentadas do ponto de vista jurídico e técnico-científico;
IX – atuação em equipe estimulada pela cooperação, planejamento sistêmico, troca dinâmica de informações,
compartilhamento de experiências e desburocratização.
Art. 4º São símbolos institucionais da Polícia Civil do Estado da Paraíba seu hino, sua bandeira, seu brasão,
o distintivo, as medalhas e botons, segundo modelos estabelecidos em Decreto expedido pelo Governador do
Estado.
CAPÍTULO III
Das Funções Institucionais
107
Art. 5º A Polícia Civil do Estado da Paraíba, órgão integrante do Sistema de Segurança Pública do Estado,
tem por missão:
I – praticar, com exclusividade, todos os atos necessários ao exercício das funções de polícia judiciária e
investigatória de caráter criminalístico e criminológico;
II – manter a ordem e o respeito aos direitos humanos e o combate eficaz à criminalidade e à violência;
III – organizar e executar os serviços de identificação civil e criminal, bem como realizar exames periciais em
geral para a comprovação da materialidade da infração penal e de sua autoria;
IV – colaborar com a justiça criminal:
a) fornecendo às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e ao julgamento dos
processos;
b) realizando as diligências fundamentadamente requisitadas pelo Poder Judiciário, pelo Ministério Público e
pelas Comissões Parlamentares de Inquérito, em razão de procedimento policial instaurado;
c) cumprindo os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
d) representando pela decretação das prisões preventiva e temporária, da busca e apreensão e da
interceptação telefônica, quando entender necessárias ou úteis à elucidação dos fatos.
Parágrafo único. As funções institucionais da Polícia Civil do Estado da Paraíba são indelegáveis e somente
poderão ser exercidas por integrantes de suas carreiras, instituídas nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO IV
Das Atribuições
Art. 6º À Polícia Civil do Estado da Paraíba, no exercício de suas funções institucionais, além das atribuições
ínsitas na legislação penal e processual penal vigente, cumpre:
I – formalizar, com exclusividade, o inquérito policial, o termo circunstanciado de ocorrência e outros
procedimentos apuratórios das infrações administrativas e criminais;
II – realizar ações de inteligência destinadas a instrumentar o exercício de polícia judiciária e de apuração de
infrações penais, na esfera de sua responsabilidade, observados os direitos e as garantias individuais;
III – realizar coleta, busca, estatística e análise de dados de interesse policial, destinados a orientar o
planejamento e a execução de suas atribuições;
IV – manter atualizados os arquivos sobre mandados de prisão e documentos correlatos;
V – manter, nos inquéritos policiais e nos termos da lei, o sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido
pelo interesse da sociedade;
VI – zelar pela ordem e segurança pública, promovendo medidas de proteção à sociedade e aos indivíduos ou
participando delas;
VII – atender às requisições do Poder Judiciário e do Ministério Público, cumprir mandado de prisão e de busca
e apreensão, bem como fornecer informações necessárias à instrução do processo criminal nos prazos
previamente estabelecidos;
VIII – organizar e manter cadastro atualizado de pessoas procuradas, suspeitas ou indiciadas pela prática de
infrações penais e as que cumprem pena no sistema penitenciário estadual;
IX – manter o serviço de estatística, de maneira a fornecer informações precisas e atualizadas sobre o índice
de criminalidade;
X – fiscalizar áreas públicas ou privadas sujeitas à fiscalização do poder de polícia;
XI – adotar as providências necessárias para preservar os vestígios e provas das infrações penais, colhendo,
resguardando e interpretando indícios ou provas de sua autoria;
XII – estabelecer intercâmbio permanente com entidades ou órgãos públicos ou privados que atuem em áreas
afins, para obtenção de elementos técnicos especializados necessários ao desempenho de suas funções;
XIII – atuar no recrutamento e seleção, promover a formação, o aperfeiçoamento e o desenvolvimento
profissional e cultural dos policiais civis, observadas as políticas, as diretrizes e as normas de gestão dos
recursos humanos do Poder Executivo;
XIV – definir princípios doutrinários e técnicas que visem a promover a segurança pública por meio da ação
policial eficiente;
XV – desenvolver o ensino, as pesquisas e os estudos permanentes para garantir a melhoria das ações de
preservação da ordem pública e repressão dos ilícitos penais;
XVI – apoiar e cooperar, de forma integrada, com os órgãos municipais, estaduais e federais de segurança
pública, de maneira a garantir a eficácia de suas atividades;
XVII – realizar ações de inteligência destinadas à prevenção criminal e a instrumentalizar o exercício da polícia
judiciária e a preservação da ordem e da segurança pública, na esfera de sua atribuição;
XVIII – participar, com reciprocidade, dos sistemas integrados de informações relativas aos bancos de registro
de dados disponíveis nos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, bem como naqueles situados no
108
âmbito da iniciativa privada de interesse institucional e com vistas à manutenção da ordem e da segurança
pública;
XIX – organizar e executar serviços de identificação civil e criminal;
XX – manter intercâmbio operacional e cooperação técnico-científica com outras instituições policiais, para
cumprimento de diligências destinadas à investigação de infrações penais, à instrução de inquéritos policiais e
de outros procedimentos, instrumentos ou atos oficiais;
XXI – organizar, executar e manter serviços de estudo, análise, estatística e pesquisa policial sobre a
criminalidade e a violência, inclusive mediante convênio com órgãos congêneres e entidades de ensino
superior;
XXII – realizar diligências policiais para cumprimento do exercício de polícia judiciária;
XXIII – exercer, além das atribuições previstas nesta Lei Complementar, outras atribuições que lhe sejam
conferidas em leis e ou regulamentos afins.
TÍTULO II
Da Estrutura Orgânica da Polícia Civil do Estado da Paraíba
CAPÍTULO I
Da Estrutura Organizacional
Art. 7º A Polícia Civil do Estado da Paraíba exercerá suas funções e atribuições por meio dos órgãos de
deliberação coletiva e de direção superior seguintes:
I – Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba;
II – Instituto de Polícia Científica;
III – Conselho Superior de Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Parágrafo único. O detalhamento da estrutura operacional e as atribuições dos dirigentes, além das
vinculações funcionais das unidades operacionais que os compõem serão estabelecidos em legislação
específica, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.
CAPÍTULO II
Da Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba
Art. 8º A Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba – DEGEPOL é dirigida pelo Delegado-Geral
da Polícia Civil, escolhido dentre os Delegados de Polícia de classe especial ou de 1ª classe, em efetivo
exercício, nomeado pelo Governador do Estado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 209 de 11 de julho de 2013)
Parágrafo único. O Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba será substituído, automaticamente,
em seus afastamentos, ausências e impedimentos eventuais, pelo Delegado-Geral Adjunto da Polícia Civil,
escolhido dentre os Delegados de Polícia de classe especial ou de 1ª classe, em efetivo exercício, nomeado
pelo Governador do Estado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 209 de 11 de julho de 2013)
109
Seção Única
Das Delegacias de Polícia
Art. 10. As Delegacias de Polícia, unidades operacionais regionalizadas integrantes da Delegacia-Geral, com
sede e circunscrição definidas em ato do Governador, têm por finalidade promover a apuração das infrações
penais, a repressão da criminalidade, bem como outros fins cominados em lei.
Art. 11. As Delegacias são identificadas como Delegacias Regionais, Delegacias Especializadas, Delegacias
Distritais e Delegacias Municipais e serão definidas com base nos seguintes fundamentos:
I – atribuição para funcionar em todos os delitos ocorridos na área de sua circunscrição;
II – exercício da atividade em uma base territorial e comunitária;
III – atuação sob a coordenação, a supervisão e o apoio da Delegacia-Geral de Polícia Civil do Estado da
Paraíba, a qual estará dinamicamente articulada por metodologias de gestão de informações;
IV – consecução de suas atribuições sob padrões normalizados de atendimento, visando à eficácia de todo ato
investigativo;
V – integração comunitária;
VI – integração e atuação harmônica com os demais órgãos, unidades e agentes do sistema policial, de defesa
social e de justiça criminal.
Art. 12. As Delegacias de Polícia serão dirigidas por Delegados de polícia da seguinte forma:
I – Delegacias Regionais e Especializadas da Capital, por Delegados de primeira classe e de classe especial;
II – Delegacias Distritais da Capital, por Delegados de primeira e de segunda classes, como plantonista;
III – Delegacias de Polícia Especializadas e Distritais do Interior, por Delegado de Polícia de segunda ou de
terceira classes, como adjunto;
IV – Delegacias de Polícia Municipais, sedes de Comarca, por Delegado de Polícia de segunda ou de terceira
classes;
V – Delegacias de Polícia Municipais, por Delegado de Polícia de terceira classe.
§ 1º Na falta de Delegados de Polícia, nos níveis acima definidos, ou por interesse do serviço público, o
Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba poderá designar, para responder pela direção das
referidas unidades operacionais, Delegado de Polícia de menor nível hierárquico, desde que objetivamente
demonstrada a necessidade.
§ 2º Ao Delegado de Polícia, é vedado recusar a designação para dirigir unidade policial correspondente à sua
classe hierárquica, salvo por justa causa, após pronunciamento do Conselho Superior da Polícia Civil do Estado
da Paraíba, e submetido à aprovação do Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social.
CAPÍTULO III
Do Instituto de Polícia Científica
Art. 13. O Instituto de Polícia Científica – IPC, órgão da Polícia Civil do Estado da Paraíba, subordinado
administrativamente ao titular da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social – SEDS, vinculado
operacionalmente à Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba, é dirigido pelo Diretor-Geral do
Instituto de Polícia Científica, nomeado pelo Governador do Estado.
Parágrafo único. O Diretor-Geral do Instituto de Polícia Científica deverá ser ocupado por Perito Oficial
Criminal, Perito Oficial Médico-Legal, Perito Oficial Odonto-Legal ou Perito Oficial Químico-Legal de Classe
Especial em efetivo exercício.
110
VIII – realizar perícias laboratoriais relativas a infrações penais nas áreas de biologia, bioquímica, física,
identificação, genética, química, toxicologia, dentre outras ciências correlatas, sempre no interesse da atividade
forense;
IX – promover conferências, debates e seminários sobre assuntos de interesse da sua área de atuação e
promover a publicação de trabalhos, estudos e pesquisas realizadas;
X – realizar exames de DNA exclusivamente para fins de investigação criminal e instrução processual penal;
XI – realizar pesquisas no campo da criminalística e perícias criminais, com exclusividade, em locais de crimes,
em materiais, objetos, veículos, bem como identificação de pessoas na área de criminalística, dentre outras,
visando a obter a materialidade, a qualificação da infração penal, a dinâmica e a autoria dos delitos;
XII – ampliar o campo de pesquisas, a fim de aperfeiçoar técnicas preconizadas e criar novos métodos de
trabalho, consentâneos com o desenvolvimento tecnológico e científico;
XIII – manter intercâmbio com outros órgãos congêneres do país, com entidades e universidades, a fim de
aperfeiçoar conhecimentos específicos nas suas áreas de atuação;
XIV – realizar perícias, pesquisas e estudos de atividades científicas no campo da medicina legal e odontologia
legal;
XV – promover a atualização, a ampliação e o desdobramento das funções no campo papiloscópico sempre
que a estrutura jurídica e a comunidade o exigirem;
XVI – manter equipamentos e tecnologias de apoio à investigação dos aspectos subjetivos e objetivos das
infrações penais;
XVII – manter a estrutura física e analítica do arquivo datiloscópico e outros meios ou tecnologias de
identificação civil e criminal de pessoas.
CAPÍTULO IV
Do Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba
Art. 15. O Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba, órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa, tem por finalidade fiscalizar a atuação da Polícia Civil do Estado da Paraíba, zelando pela
obediência aos seus princípios e funções institucionais, ao cumprimento e à execução de suas atribuições.
Art. 16. O Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba, presidido pelo Delegado-Geral da Polícia
Civil do Estado da Paraíba, é integrado por:
I – Gerente Executivo de Polícia Metropolitana da Capital;
II – Gerente Executivo de Polícia do Interior;
III – Gerente Executivo de Inteligência da Polícia Civil do Estado da Paraíba;
IV – Corregedor de Polícia Civil do Estado da Paraíba;
V – 02 (dois) membros da Polícia Civil do Estado da Paraíba em efetivo exercício e preferencialmente de classe
especial sendo 01 (um) Delegado de Polícia e 01 (um) Perito Oficial, indicados pelo Sindicato da Categoria;
VI – Diretor-Geral do Instituto de Polícia Científica;
VII – Diretor da Academia de Ensino de Polícia.
Parágrafo único. Os membros referidos nos incisos VI e VII somente serão convocados pelo Presidente do
Conselho para as reuniões em que forem deliberadas matérias relacionadas às suas atribuições.
Art. 17. Ao Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba, além de outras atribuições, compete:
I – propor medidas para o aprimoramento técnico, para a padronização de procedimentos formais e para a
utilização de novas técnicas, visando ao desenvolvimento e à eficiência das ações policiais;
II – propor o aumento de vagas nos cargos das carreiras que compõem o Grupo GPC-600, bem como a revisão
de normas legais aplicáveis a seus integrantes;
III – pronunciar-se sobre o estabelecimento de regras e instruções para realização de concursos públicos de
ingresso na Polícia Civil do Estado da Paraíba;
IV – decidir, em segunda instância e pelo voto mínimo de 2/3 (dois terços) de seus membros, nos recursos
contra decisões das comissões permanentes de avaliação, relativamente à classificação para promoção e aos
resultados de avaliações de desempenho dos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba;
V – aprovar proposições e deliberar sobre outorga de honrarias, bem como decidir sobre a concessão de
condecorações em geral, recompensas e outras comendas para expressar o reconhecimento de desempenhos
elogiosos do Policial civil;
VI – pronunciar-se sobre propostas de criação, instalação ou desativação de unidades operacionais da Polícia
Civil do Estado da Paraíba;
VII – deliberar, por meio de voto, nas proposições de promoção de integrantes da Polícia Civil do Estado da
Paraíba, por merecimento ou ato de bravura;
111
VIII – manifestar-se nos pedidos de reabilitação de sanções administrativas aplicadas por atos ou omissões no
exercício da função policial;
IX – prestar consultoria, quando solicitado, em assuntos de segurança pública e de organização e atuação da
Polícia Civil do Estado da Paraíba;
X – deliberar sobre assentamentos de certificações de titulações acadêmicas obtidas por servidores da Polícia
Civil do Estado da Paraíba em outras instituições de ensino, para fins de evolução funcional na carreira;
XI – encaminhar listas de promoção por antiguidade e merecimento para serem submetidas aos Secretários
de Estado da Segurança e da Defesa Social e da Administração, para homologação e concessão da promoção;
XII – deliberar, por iniciativa do seu Presidente ou de 1/4 (um quarto) de seus membros, sobre assunto
relevante de interesse institucional ou das carreiras integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba;
XIII – elaborar o Regimento Interno do Conselho para aprovação por ato do Secretário de Estado da Segurança
e da Defesa Social.
§ 1º O Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês
e, extraordinariamente, por convocação de seu Presidente ou da maioria dos membros, conforme dispuser seu
Regimento Interno.
§ 2º O quórum para deliberação do Conselho não será inferior a 03 (três) de seus membros, devendo suas
decisões, salvo dispositivo legal em contrário, serem aprovadas por maioria dos presentes.
§ 3º O Regimento do Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba disporá sobre o seu
funcionamento, a designação de seus membros efetivos e suplentes e demais regras de realização de suas
reuniões e aprovação de suas deliberações.
§ 4º Os integrantes do Conselho Superior da Polícia Civil do Estado da Paraíba não receberão qualquer
remuneração pela participação no colegiado.
TÍTULO III
Do Regime Jurídico dos Integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Seção I
Da Abrangência
Art. 18. São abrangidos pelo regime jurídico peculiar de que trata esta Lei Complementar os servidores
investidos em cargos efetivos integrantes de carreiras que compõem a Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Parágrafo único. Os integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba ficam submetidos a esta
Lei Complementar e, subsidiariamente, ao Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado.
Art. 19. As categorias funcionais do Grupo Polícia Civil do Estado da Paraíba, abrangidas por esta Lei
Complementar, integram as seguintes carreiras:
I – Carreira Jurídico-Policial: Delegado de Polícia Civil; (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
II – Carreira de Polícia Científica: Perito Oficial Criminal, Perito Oficial Médico-Legal, Perito Oficial Odonto-
Legal e Perito Químico-Legal; (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
III – Carreira de Polícia Investigativa:
a) Agente de Investigação:
b) Escrivão de Polícia Civil;
c) Agente Operacional de Polícia Civil.
IV – Categoria de Apoio Técnico: Técnico em Perícia, Papiloscopista e Necrotomista;
I - carreira: o conjunto de cargos de provimento efetivo agrupados segundo sua natureza e complexidade e estruturados em
níveis e graus escalonados em função do grau de responsabilidade e das atribuições da carreira; (Incluído pela Lei nº 11.192
de 31 de agosto de 2018)
II - cargo de provimento efetivo: a unidade de ocupação funcional do quadro de pessoal, privativa de servidor
público efetivo, com criação, remuneração, quantitativo, atribuições, responsabilidades, direitos e deveres de
natureza estatutária definidos nesta Lei Complementar;
III - quadro de pessoal: o conjunto de cargos de provimento efetivo e de provimento em comissão de órgãos
públicos. (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
§ 2° - À Polícia Civil do Estado da Paraíba, dirigida por Delegados de Polícia de carreira, serão conferidas,
ressalvada a competência da União, atribuições precípuas de polícia judiciária, de investigação e apuração das
infrações penais, exceto as militares, em seus aspectos de autoria e materialidade, inclusive os atos de
112
fom1alização em inquérito policial, laudos periciais ou quaisquer outros procedimentos, instrumentos e atos
oficiais. (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Seção II
Da Hierarquia e Disciplina
Art. 20. A função policial civil, fundada na hierarquia e na disciplina, é incompatível com qualquer outra
atividade, salvo as exceções previstas na legislação.
Parágrafo único. Independentemente de carreira, classe ou grau da evolução profissional, o regime
hierárquico não autoriza qualquer violação de consciência e de convencimento técnico e científico
fundamentado.
Art. 21. A disciplina é o valor que agrega atitude de fidelidade profissional às disposições legais e às
determinações técnicas e científicas fundamentadas e emanadas da autoridade competente.
Seção III
Do Regime de Trabalho
Art. 22. Os ocupantes dos cargos compreendidos no Grupo Ocupacional Polícia Civil estão sujeitos ao regime
de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais, de segunda-feira à sexta-feira, em 02 (dois) turnos.
§ 1º Poderá haver redução para 06 (seis) horas diárias ininterruptas, de acordo com a necessidade do serviço.
§ 2º O regime de trabalho definido no caput desse artigo não se aplica aos servidores policiais em Regime de
Plantão, que deverá ser de 24 (vinte e quatro) horas de trabalho por 72 (setenta e duas) horas de descanso.
Art. 23. O Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba, fundamentadamente, poderá estabelecer
horário diferenciado para o cumprimento da jornada de trabalho dos servidores da Polícia Civil do Estado da
Paraíba, em razão das peculiaridades, condições especiais da atividade ou para frequência a cursos de
aprimoramento profissional e estudos.
Parágrafo único. O regime especial de trabalho impõe aos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba
a dedicação exclusiva às suas funções e atribuições, com observância dos horários preestabelecidos e
atendimento prioritário aos trabalhos da instituição, a qualquer hora, mediante requisição da autoridade
competente.
CAPÍTULO II
Do Provimento
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 24. São requisitos básicos para a investidura em cargos da Polícia Civil do Estado da Paraíba:
I – a nacionalidade brasileira, salvo exceções previstas em lei;
II – o gozo dos direitos políticos;
III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V – a idade mínima de dezoito anos;
VI – aptidão física e mental;
VII – certidão negativa de antecedentes criminais emitida pela Justiça Estadual e Federal.
Parágrafo único. O provimento dos cargos da Polícia Civil do Estado da Paraíba far-se-á mediante ato da
autoridade competente.
Art. 25. São formas de provimento em cargos da Polícia Civil do Estado da Paraíba:
I – nomeação;
II – promoção;
III – readaptação;
IV – reversão;
V – reintegração;
VI – recondução;
VII – aproveitamento.
Seção II
Da Nomeação, da Posse e do Exercício
113
Art. 26. A nomeação do candidato habilitado no concurso público para cargo da carreira da Polícia Civil do
Estado da Paraíba será processada por ato do Governador, e a posse será formalizada mediante a lavratura
de termo próprio, na Secretaria de Estado da Administração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da
data de sua publicação, prorrogável por igual período, a requerimento do interessado.
Parágrafo único. Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não ocorrer no prazo previsto neste
artigo.
Art. 27. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de ser pessoalmente responsabilizada, se foram
satisfeitas todas as condições estabelecidas nesta Lei Complementar e em legislação correlata, para a
investidura no cargo de carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Art. 28. No ato da posse, o candidato nomeado deverá comprovar o atendimento de todos os requisitos
exigidos para a investidura no cargo e apresentar, também, os seguintes comprovantes:
I – declaração de bens e valores que constituem o patrimônio individual e familiar, incluídos o cônjuge e os
filhos;
II – declaração de que não exerce outro cargo, emprego ou função pública, salvo as exceções previstas na
Constituição Federal;
III – prova, quando for o caso, de que requereu exoneração, rescisão do contrato de trabalho ou dispensa do
cargo, emprego ou função pública que vinha exercendo.
Parágrafo único. A efetivação da posse dependerá de prévia inspeção médica oficial para aferir a aptidão
física e mental exigida.
Art. 29. A investidura se dará na classe inicial do cargo integrante de carreira da Polícia Civil do Estado da
Paraíba e para o qual o candidato nomeado se habilitou em concurso público.
Art. 30. Dentro do prazo de até 15 (quinze) dias, o servidor empossado entrará no exercício das atribuições do
cargo, em órgão ou unidade da Polícia Civil do Estado da Paraíba para o qual for designado.
Parágrafo único. Compete ao Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba editar o ato fixando o
exercício do servidor.
Subseção I
Do Concurso Público
Art. 31. A habilitação de candidatos aos cargos das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba será
precedida de Concurso Público, composto das seguintes fases, determinadas em Edital:
I – provas escritas objetivas e discursivas;
II – prova de títulos específicos da carreira para a qual concorre o candidato;
III – avaliação psicológica;
IV – prova de capacidade física;
V – investigação social;
VI – curso de formação policial.
§ 1º Os requisitos para a aprovação em cada uma das fases descritas neste artigo, as modalidades das provas,
seus conteúdos e forma de avaliação serão estabelecidos em Edital de Concurso Público, de acordo com as
exigências definidas nesta Lei Complementar.
§ 2º Quando o Concurso Público se destinar à seleção de candidatos ao cargo de Delegado de Polícia, será
feito convite para participação de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as fases.
§ 3º O Edital será publicado, na íntegra, no Diário Oficial do Estado, e, por extrato, em, pelo menos, um jornal
de grande circulação, devendo explicitar, no mínimo:
I – processo e requisitos de inscrição;
II – programa de provas;
III – calendário, local e condições para a realização de provas e a apresentação de títulos, conforme o caso;
IV – indicação do cargo objeto do concurso e a remuneração inerente;
V – critérios de julgamento de provas e títulos.
Art. 32. O Concurso Público terá validade de até 02 (dois) anos, prorrogável uma única vez, por igual período,
a critério da Administração.
114
Art. 33. Para a inscrição no Concurso Público, será exigida do candidato a apresentação de documento oficial
de identidade e declaração firmada, sob as penas da Lei, de que preenche as exigências mínimas e possui os
demais requisitos comprobatórios das condições requeridas para o exercício do cargo ou função.
Art. 34. As provas escritas, de caráter eliminatório e classificatório, farão com que o candidato revele,
teoricamente, conhecimentos indispensáveis ao exercício das atribuições do cargo ou função, conforme
programa constante do Edital, e, a critério da Comissão de concurso e conforme a categoria funcional, poderá
ser exigida do candidato a elaboração de peças policiais.
Art. 35. A prova de títulos, de caráter apenas classificatório, objetiva reconhecer o investimento pessoal do
candidato na prévia realização de cursos, atividades e obras relevantes para um melhor desempenho no
exercício do cargo para o qual concorre.
Art. 36. A avaliação psicológica, de caráter eliminatório, consistirá na aplicação e na avaliação de técnicas
psicológicas, visando a analisar a adequação do candidato ao perfil profissiográfico do cargo, identificando a
capacidade de concentração e atenção, raciocínio, controle emocional, capacidade de memória e
características de personalidade prejudiciais e restritivas ao cargo.
Art. 37. A prova de capacidade física tem caráter eliminatório e aferirá se o candidato tem capacidade para
suportar, física e organicamente, as exigências da prática de atividades a que será submetido durante o curso
de formação e para desempenhar as tarefas típicas da categoria funcional.
Parágrafo único. O candidato, para participar da prova de capacidade física, deverá apresentar atestado e
exames médicos, comprovando que está apto, na data do exame, a realizar a prova de capacidade física do
concurso público.
Art. 38. Todos os candidatos serão submetidos à investigação social e de conduta pessoal, de caráter
eliminatório, que se estenderá da inscrição até a nomeação, observando-se antecedentes criminais, sociais,
familiares e profissionais.
Subseção II
Do Curso de Formação Policial
Art. 39. Os candidatos classificados em concurso público serão convocados para curso de formação policial,
exigido para o cargo a que tenha se habilitado, que terá currículo e duração variáveis, de conformidade com
as atribuições e responsabilidades inerentes a cada categoria funcional, com duração mínima de 460
(quatrocentos e sessenta) horas para as categorias de Delegado de Polícia e Peritos Oficiais e de 360
(trezentos e sessenta) horas para as demais categorias.
Art. 40. Os cursos de formação policial serão planejados, programados, orientados e ministrados pela
Academia de Ensino de Polícia.
Art. 41. A matrícula deverá ocorrer no prazo de 15 (quinze) dias, contado da publicação do ato de convocação,
emitido pelo Diretor da Academia de Ensino de Polícia, não sendo admitida qualquer prorrogação.
Art. 42. O candidato matriculado no curso de formação policial fará jus, durante esse curso, a uma indenização
mensal, no valor de 50% do vencimento do cargo pretendido, para cobrir despesas com a hospedagem, a
alimentação, o material didático e o uniforme completo, exigido pela Academia de Ensino de Polícia.
Art. 43. O candidato matriculado no curso de formação será considerado inabilitado, se, do início do curso de
formação até a sua homologação:
I – não tiver atingido o mínimo da frequência estabelecida;
II – não tiver obtido o aproveitamento mínimo de 50% (cinquenta por cento) por disciplina integrante da grade
curricular;
III – apresentar mácula detectada na investigação social e de conduta.
Parágrafo único. Serão objeto de regulamentação específica do Conselho de Ensino da Academia de Ensino
de Polícia os procedimentos para aplicação das disposições deste artigo.
Subseção III
Do Estágio Probatório
115
Art. 44. Ao entrar em exercício, o servidor empossado em cargo efetivo de carreira da Polícia Civil do Estado
da Paraíba iniciará estágio probatório de 03 (três) anos, durante os quais serão avaliadas a aptidão e a
capacidade para o desempenho do cargo, como condição para a aquisição de sua estabilidade no cargo.
§ 1º A avaliação de desempenho será instaurada 04 (quatro) meses antes de findo o período do estágio por
uma comissão instituída para esse fim.
§ 2º O policial civil em estágio probatório não poderá, em hipótese alguma, ser colocado à disposição de outros
órgãos ou entidades, salvo convocação para composição no Júri Popular e para a Justiça Eleitoral.
Art. 45. Serão apurados, durante o estágio probatório, os requisitos necessários à confirmação na Polícia Civil
do Estado da Paraíba, com base nos seguintes fatores:
I – assiduidade: frequência diária na unidade de trabalho com o cumprimento integral da jornada de serviço;
II – pontualidade: cumprimento dos horários de início e término da jornada e dos horários de intervalo
intrajornada, na unidade de trabalho e nas convocações para serviços policiais;
III – disciplina: fiel cumprimento dos deveres de servidor público e de policial civil;
IV – ética: postura de honestidade, equidade no tratamento com o público, respeito à instituição e ao sigilo das
informações, às quais tem acesso em decorrência ao trabalho;
V – motivação: responsabilidade e envolvimento para realizar as missões de que participe ou que lhe foram
designadas;
VI – capacidade de iniciativa: ações espontâneas e apresentação de ideias em prol da solução de problemas
da unidade de trabalho, visando a seu bom funcionamento;
VII – relacionamento interpessoal: capacidade de se comunicar e de interagir com a equipe de trabalho e com
o público em função da boa execução do serviço;
VIII – eficiência: capacidade de atingir resultados no trabalho com qualidade e rapidez, considerando as
condições oferecidas para tanto;
IX – produtividade: capacidade de atingir as metas de volumes dos serviços atribuídos nos prazos previstos.
Art. 46. A apuração do atendimento aos requisitos durante o estágio probatório far-se-á à vista da Ficha
Individual de Acompanhamento de Desempenho, elaborada pelas chefias imediatas e encaminhada,
reservadamente, à Comissão Permanente de Avaliação da carreira, nos períodos definidos em regulamento
específico.
§ 1º A Comissão, além das informações lançadas na Ficha Individual de Acompanhamento de Desempenho,
poderá valer-se de outras fontes para a conclusão dos seus trabalhos.
§ 2º Será assegurado ao avaliado o conhecimento dos conceitos lançados em sua Ficha Individual de
Acompanhamento de Desempenho, para exercício da ampla defesa e do contraditório.
§ 3º Caberá às Comissões, esgotado o prazo da defesa, mediante voto da maioria simples de seus membros,
decidir sobre a aprovação ou reprovação do avaliado no estágio probatório.
Art. 47. O membro da Polícia Civil do Estado da Paraíba reprovado no estágio probatório será exonerado
imediatamente após a conclusão e decisão do processo apuratório, ocasião em que lhe será assegurado o
contraditório e a ampla defesa, sob pena de invalidação do ato.
Subseção IV
Da Estabilidade
Art. 48. O servidor habilitado em Concurso Público, empossado em cargo de provimento efetivo e aprovado
em estágio probatório adquirirá estabilidade.
Art. 49. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de
processo administrativo disciplinar, em que lhe seja assegurada a ampla defesa.
Seção III
Da Promoção
Art. 50. A promoção nas carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba consiste na movimentação para a
classe imediatamente superior, dentro do respectivo cargo, alternadamente, pelo critério de antiguidade ou
merecimento, e encontra-se disciplinada nos artigos de 252 a 267 desta Lei Complementar.
Parágrafo único. O policial civil somente poderá ser promovido depois de cumprido o estágio probatório e
encontrar-se devidamente estabilizado.
Seção IV
116
Da Readaptação
Art. 51. Readaptação é a investidura do servidor policial civil em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em inspeção
médica.
§ 1º Será aposentado o servidor que, durante o processo de readaptação, for julgado incapaz para a atividade
policial.
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, o nível de
escolaridade e a equivalência de vencimentos, e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
Seção V
Da Reversão
Seção VI
Da Reintegração
Art. 53. A Reintegração é o retorno do servidor policial estável ao cargo anteriormente ocupado ou ao cargo
resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial
transitada em julgado, com a reconstituição da respectiva carreira.
§ 1º Se o cargo em que deveria ser reintegrado houver sido extinto, a reintegração será em cargo equivalente,
respeitada a habilitação profissional e as exigências para o seu exercício ou, não sendo possível, o policial civil
será colocado em disponibilidade remunerada.
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante, se estável, será reconduzido ao cargo de
origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo, ou, ainda, será posto em disponibilidade.
§ 3º O servidor policial reintegrado será submetido à inspeção médica.
Seção VII
Da Recondução
Art. 54. A Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorre de
reintegração do anterior ocupante.
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, seu eventual ocupante será reconduzido ao
cargo que exerceu anteriormente, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
disponibilidade.
Seção VIII
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 55. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor policial estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em
outro cargo.
117
Art. 56. O retorno à atividade de servidor policial em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, asseguradas as
promoções por antiguidade a que teria direito, se estivesse em atividade, e dependerá:
I – de exame médico oficial;
II – da existência de vaga;
III – da manifestação expressa e fundamentada do interesse no retorno do disponível pela Delegacia-Geral da
Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Art. 57. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do policial civil que não entrar
em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
CAPÍTULO III
Da Vacância
Art. 58. Haverá vacância em cargos do Grupo GPG-600, nos casos de:
I – exoneração;
II – demissão;
III – aposentadoria;
IV – posse em outro cargo inacumulável;
V – falecimento.
Seção I
Da Exoneração
Art. 60. Ao servidor policial submetido a processo administrativo ou judicial, somente será concedida a
exoneração a pedido depois de julgado o processo e cumprida apena disciplinar imposta.
Seção II
Da Vacância por Posse em Outro Cargo Inacumulável
Art. 61. O policial civil estável poderá requerer afastamento do cargo por período não superior a 03 (três) anos
em decorrência de posse em outro cargo público inacumulável, ficando assegurado o seu vínculo, sem
remuneração, durante o referido período.
Parágrafo único. Não havendo manifestação expressa do servidor em retornar ao cargo em detrimento do
cargo assumido em outro órgão público e findo o prazo a que se refere o caput do artigo, o mesmo será
exonerado.
CAPÍTULO IV
Da Frequência
Art. 62. A frequência dos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba ao serviço é obrigatória, conforme
horários preestabelecidos.
Parágrafo único. Mediante ato do Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, a apuração da
frequência dos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba poderá observar mecanismos próprios, em
virtude das peculiaridades das atribuições inerentes a seus cargos.
CAPÍTULO V
Da Remoção
Art. 63. O integrante de carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba poderá ser removido de ofício ou a
pedido, com mudança de localidade, com o objetivo de atender à necessidade de serviço e assegurar o pessoal
necessário à eficiência operacional das unidades policiais.
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Art. 64. Dar-se-á remoção nas seguintes modalidades:
I – de ofício, no interesse da Administração fundamentadamente;
II – a pedido, observada a conveniência do serviço;
§ 1º A remoção a que alude o inciso II deste artigo não gera direito para o servidor à percepção de auxílio ou
qualquer outra forma de indenização pela transferência.
§ 2º O ato de remoção de integrante da Polícia Civil do Estado da Paraíba compete ao Secretário de Estado
da Segurança e da Defesa Social ou ao Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
§ 3º O Delegado de Polícia não poderá ser removido de sua unidade policial, salvo na hipótese de remoção
por interesse da Administração, quando o motivo será demonstrado de forma expressa e objetiva.
Art. 65. O integrante de carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba, cientificado formalmente de sua
remoção, deverá apresentar-se na nova unidade nos seguintes prazos:
I – imediatamente, quando a remoção ocorrer sem mudança de município;
II – em 03 (três) dias, quando envolver unidades sediadas em cidades contíguas ou em municípios distantes
não mais que 50 (cinquenta) quilômetros um do outro;
III – em 05 (cinco) dias, nos demais casos.
Parágrafo único. Formalizada a remoção do policial civil, este deverá devolver todos os objetos e/ou
armamento pertencente ao acervo patrimonial da unidade de origem, os quais estejam sob sua guarda.
Art. 66. A iniciativa da proposta de remoção ex-officio, com ou sem mudança de município, caberá à chefia a
que pertencer o servidor, submetida à proposição do Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
CAPÍTULO VI
Dos Direitos e Vantagens
Seção I
Do Vencimento e da Remuneração
Art. 67. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Art. 68. Entende-se por remuneração, nos termos desta Lei Complementar, o vencimento acrescido de
vantagens pecuniárias previstas em Lei.
§ 1º Nenhum integrante da Polícia Civil do Estado da Paraíba receberá remuneração inferior ao salário mínimo.
§ 2º A composição da remuneração dos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba será disposta em lei
específica.
Seção II
Do Cômputo do Tempo de Serviço
Art. 69. Será considerado de efetivo exercício o afastamento do policial civil no exercício do respectivo cargo,
em virtude de:
I – férias;
II – gozo dos afastamentos previstos no Art. 111 desta Lei Complementar;
III – deslocamentos a serviço e trânsito para nova sede;
IV – participação em júri, atendimento de convocação para o serviço militar e outros serviços obrigatórios por
lei;
V – exercício de função do governo por designação do Governador ou do Presidente da República;
VI – licença para tratamento da própria saúde, inclusive por motivo de acidente em serviço ou doença
profissional, na forma desta Lei Complementar;
VII – licença à servidora gestante ou adotante;
VIII – licença por motivo de doença em pessoas da família: cônjuge, filhos, pai, mãe ou irmão, na forma da lei;
IX – até 05 (cinco) faltas, durante o mês, por motivo de doença devidamente comprovada mediante atestado
médico;
X – exercício de mandato eletivo em entidade classista de defesa dos interesses de integrantes das carreiras
da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
§ 1º Para os efeitos do inciso VI, acidente em serviço é o dano físico ou mental que sofre o policial civil em
razão do exercício de suas atribuições ou os agravos em decorrência deste.
§ 2º O acidente em serviço ou a doença profissional serão confirmados em laudo elaborado pela perícia médica
oficial onde deverão ficar estabelecidos, rigorosamente, a sua caracterização e o nexo causal com o exercício
de atribuições do cargo.
119
Art. 70. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que se convertem em anos, considerado um ano
como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Seção III
Das Férias
Art. 71. Os integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba têm direito a férias anuais, na forma
da lei, observada a escala que for organizada de acordo com a conveniência do serviço.
Art. 72. A autoridade competente, por necessidade de serviço, poderá suspender ou indeferir o gozo das férias,
ressalvada a ocorrência de acumulação que implique perda desse direito, desde que fundamentado o interesse
público e justificada a necessidade de serviço.
Parágrafo único. O período ou parte das férias não gozadas, por necessidade do serviço, gera direito à
compensação temporal, ainda que em outro exercício, sendo defeso levar à conta de férias as faltas ao
trabalho.
Art. 73. Fica vedada, a qualquer título, a remoção de integrante da Polícia Civil do Estado da Paraíba durante
o gozo de férias, licença ou afastamentos previstos nesta Lei Complementar.
Seção IV
Da Substituição
Art. 74. Os substitutos de servidores ocupantes de cargo em comissão ou de função de confiança serão
indicados pela autoridade competente.
§ 1º O substituto assumirá, automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupe, o exercício do
cargo em comissão ou da função de confiança, nos afastamentos, nos impedimentos legais ou regulamentares
do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o
respectivo período.
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou da função de direção ou de chefia, nos casos
de afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção
dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
Seção V
Das Indenizações
Art. 76. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos
em lei e atualizados pela forma que esta determinar.
Subseção I
Da Ajuda de Custo
Art. 77. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do
serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio civil, em caráter permanente, vedado
o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou o companheiro que detenha
também a condição de servidor vir a ter exercício na mesma sede.
§ 1º Correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.
§ 2º À família do servidor que falecer na nova sede de trabalho, são assegurados ajuda de custo e transporte
para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.
Art. 78. A ajuda de custo, não superior ao triplo da remuneração do servidor, será proporcional às despesas
efetivas de instalação devidamente comprovadas.
120
II – for posto à disposição ou cedido a outra entidade.
Subseção II
Das Diárias
Art. 81. O policial civil que, a serviço, afastar-se da sede, em caráter eventual ou transitório, para outro ponto
do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e a diárias destinadas a indenizar as parcelas de
despesas extraordinárias com estada, alimentação e locomoção urbana.
§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o deslocamento não
exigir pernoite fora da sede.
§ 2º Não se concederá diária:
I – ao policial civil que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião,
salvo se houver pernoite fora da sede;
II – quando o Estado custear diretamente as despesas extraordinárias cobertas por diárias;
III – nos casos em que o deslocamento do policial civil constituir exigência permanente do exercício do cargo.
Art. 82. O policial civil que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-
las integralmente, no prazo de dois dias úteis.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu
afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
Subseção III
Da Indenização de Transporte
Art. 83. O Policial civil será indenizado das despesas de transportes que incidir em serviços externos, por força
das atribuições próprias do cargo, conforme dispuser a lei.
Seção VI
Das Gratificações e Adicionais
Art. 84. Além do vencimento, poderão ser atribuídas ao Policial civil as seguintes vantagens, cuja
regulamentação será objeto de lei específica:
I – gratificação de risco de vida;
II – gratificação pelo exercício de função;
III – gratificação natalina;
IV – gratificação de atividades especiais;
V – gratificação pelo exercício de atividades insalubres;
VI – adicional de férias;
VII – adicional de representação.
Subseção I
Da Gratificação de Risco de Vida
Art. 85. A gratificação de risco de vida é devida ao Policial civil de carreira, quando no efetivo exercício das
funções de polícia judiciária, pelo perigo a que se expõe no exercício de suas atividades.
Parágrafo único. A percepção da gratificação de que trata o caput do artigo será disciplinada em lei específica.
Subseção II
Da Gratificação pelo Exercício de Função
Art. 86. Ao Policial civil ocupante de cargo efetivo e que exerce função de chefia ou de assessoramento
previstas em Lei, é devida a retribuição pelo exercício de função.
Subseção III
121
Da Gratificação Natalina
Art. 87. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus
no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.
Art. 88. A gratificação será paga até o final do mês de dezembro de cada ano.
Art. 89. O policial civil exonerado perceberá gratificação natalina proporcional aos meses de exercício efetivo,
calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 90. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer outra vantagem pecuniária.
Subseção IV
Da Gratificação de Atividades Especiais
Art. 91. A gratificação de atividades especiais poderá ser concedida ao policial civil ou a grupo destes, pelo
desempenho de atividades especiais ou excedentes às atribuições dos respectivos cargos ou pela participação
em comissões, grupo ou equipes de trabalho constituídas através de ato do Governador do Estado.
Subseção V
Da Gratificação pelo Exercício de Atividades Insalubres
Art. 92. Os policiais civis que trabalhem, com habitualidade, em locais insalubres ou em contato permanente
com substâncias tóxicas ou radioativas fazem jus à gratificação de insalubridade.
Parágrafo único. O direito à gratificação de insalubridade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos
que deram causa a sua concessão.
Art. 93. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados
insalubres.
Parágrafo único. Enquanto durar a gestação e a lactação, a servidora gestante ou lactante será afastada das
operações e dos locais mencionados neste artigo e passará a exercer suas atividades em local salubre, sem
prejuízo da remuneração.
Art. 94. Serão observadas as disposições da legislação específica, quando da concessão da gratificação de
insalubridade.
Art. 95. Os locais de trabalho, com instalações de Raios X ou de substâncias radioativas, e os servidores que
operam os respectivos aparelhos e instrumentos serão mantidos sob controle permanente, de modo que as
doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a cada 6
(seis) meses.
Subseção VI
Do Adicional de Férias
Art. 96. Será paga ao policial civil, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da
remuneração a que tiver direito, no período correspondente às férias, independentemente de solicitação.
Subseção VII
Do Adicional de Representação
Art. 97. O adicional de representação é a vantagem concedida por lei ao policial civil de Classe Especial, em
virtude da natureza e das peculiaridades do cargo exercido.
CAPÍTULO VII
Das Licenças, dos Afastamentos e das Concessões
Seção I
Das Licenças
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Art. 98. Aos integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba, conceder-se-ão as licenças
previstas no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis do Estado da Paraíba, em especial:
I – por motivo de doença em pessoa da família;
II – para tratar de interesses particulares;
III – para desempenho de mandato classista;
IV – para atividade política;
V – para o serviço militar;
VI – por motivo de afastamento do cônjuge ou do companheiro;
VII – para capacitação, treinamento, reciclagem e aperfeiçoamento.
Parágrafo único. O regime próprio de previdência social do Estado da Paraíba atenderá ao servidor integrante
do Grupo Ocupacional Polícia Civil do Estado da Paraíba e a seus dependentes, nos termos dos Artigos 172
a 185 da Lei Complementar nº 58, de 30 de dezembro de 2003.
Subseção I
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 99. A licença por motivo de doença em pessoa da família, comprovada a necessidade clínica e social do
acompanhamento pessoal do policial civil requerente, será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo
efetivo, até trinta dias, podendo ser prorrogada por igual período, mediante parecer de junta médica oficial e,
excedendo estes prazos, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias.
§ 1º Na licença por motivo de saúde em pessoa da família, o requerimento será instruído com laudo de
inspeção, expedido pela junta médica oficial e a declaração da indispensabilidade do acompanhamento
pessoal do servidor, passado por Assistente Social ou profissional designado para essa função.
§ 2º Para o efeito deste artigo, pessoa da família é o ascendente, o descendente, o cônjuge ou o convivente,
desde que não esteja separado, irmãos e dependentes econômicos do servidor.
§ 3º A licença de que trata este artigo não poderá ser repetida sem o interstício mínimo de 12 (doze) meses.
§ 4º A licença somente será deferida, se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma da
legislação estatutária.
Subseção II
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 100. A licença para trato de interesses particulares dar-se-á sem percepção de remuneração do cargo
efetivo e poderá ser concedida por até três anos contínuos ao policial civil estável que requerer, desde que não
seja inconveniente para o serviço.
§ 1º O requerente da licença deverá aguardar sua concessão em exercício, e novo afastamento, nessas
condições, só poderá ocorrer depois de cinco anos do término da licença anterior.
§ 2º Concedida a licença, somente será interrompida por interesse do próprio requerente.
Subseção III
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 101. A licença para o exercício de mandato classista, em entidade representativa da respectiva categoria,
será concedida, mediante requerimento e comprovação da eleição para membro da diretoria, durante igual
período do mandato, permitida a renovação no caso de reeleição, sem prejuízo do integral recebimento de sua
remuneração, observadas as seguintes condições:
I – para os representantes do Sindicato representativo da categoria, somente farão jus à licença os eleitos para
cargos de direção, em número de 03 (três) representantes ocupantes de cargos da diretoria executiva;
II – para os representantes de associação de classe representativa da categoria, somente terão direito a tal
licença o número de 03 (três) integrantes da diretoria executiva.
Parágrafo único. Ao servidor policial, será assegurada inamovibilidade, a partir do registro de sua candidatura
a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 01 (um) ano após o término
do mandato, salvo se a pedido ou em caso de falta grave, nos termos da lei.
Subseção IV
Da Licença para Atividade Política
123
Art. 102. O policial civil terá direito à licença para atividade política, sem remuneração, durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.
§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de
direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao
do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral até o décimo dia seguinte ao do pleito.
§ 2º A partir do registro da candidatura até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,
assegurada a remuneração do cargo efetivo somente pelo período de três meses.
§ 3º O policial civil que tiver direito à licença prevista neste artigo afastar-se-á do cargo, mediante comunicação
escrita ao chefe imediato, a quem incumbe encaminhar o expediente à Secretaria de Estado da Segurança e
da Defesa Social e à Secretaria de Estado da Administração, para efeito de concessão da licença.
Subseção V
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 103. Ao policial civil convocado para o serviço militar, será concedida licença, na forma e nas condições
previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias, não remunerados, para
reassumir o exercício do cargo, sob pena de incorrer em abandono de cargo.
Subseção VI
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ou do Convivente
Art. 104. O servidor policial civil, casado ou que mantenha união estável, nos termos da lei, terá direito à licença
sem remuneração e sem contagem de tempo de serviço, por prazo indeterminado, quando o cônjuge ou
convivente, servidor público estadual ou federal, for mandado servir em outro ponto do Estado ou fora deste,
inclusive em território estrangeiro ou ainda eleito para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1º A licença dependerá de requerimento devidamente instruído, devendo o pedido ser renovado a cada 2
(dois) anos.
§ 2º Finda a causa da licença, o servidor policial deverá reassumir o exercício dentro de 30 (trinta) dias, sob
pena de incorrer em abandono de cargo.
§ 3º A concessão da licença impedirá a promoção por merecimento do servidor policial civil, enquanto estiver
em gozo.
Subseção VII
Da Licença para Capacitação, Treinamento, Reciclagem e Aperfeiçoamento
Art. 105. Poderá ser autorizada a licença a ocupante de cargo das carreiras da Polícia Civil do Estado da
Paraíba para:
I – frequentar cursos de capacitação, formação policial, treinamento, reciclagem, aperfeiçoamento, bem como
realizar especialização, mestrado ou doutorado, durante o prazo necessário à sua conclusão, exceto quando
essas atividades ocorrerem fora do território nacional, circunstância que exigirá autorização através de portaria
do Secretário de Estado da
Administração e limitará a duração da seguinte forma:
a) para o curso de atualização ou de aperfeiçoamento, o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias;
b) para o curso de especialização, o prazo máximo de 01 (um) ano;
c) para o curso de Mestrado, o prazo de 02 (dois) anos, admitindo-se prorrogação;
d) para o curso de Doutorado, o prazo de 03 (três) anos, admitindo-se prorrogação;
II – participar de congressos, seminários ou encontros relacionados com o exercício da função, pelo prazo
estabelecido no ato que o autorizar.
§ 1º A Licença prevista no inciso I não poderá ser concedida ao policial civil em estágio probatório ou que esteja
submetido a processo disciplinar administrativo ou cumprindo penalidade disciplinar.
§ 2º As Licenças previstas nos incisos I e II ocorrem sem prejuízo da integral remuneração do servidor e
obrigam ao atendimento das políticas institucionais, à apresentação de relatório circunstanciado e de
certificados que comprovem as atividades desenvolvidas.
Seção II
Dos Afastamentos
Subseção I
124
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
Art. 106. O policial civil poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
I – para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II – em casos previstos em leis específicas.
§ 1º Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração caberá ao órgão ou entidade cessionário.
§ 2º A cessão far-se-á mediante Ato do Governador do Estado publicado no Diário Oficial do Estado.
Art. 107. A cessão para órgãos no âmbito do Poder Executivo Estadual far-se-á mediante Portaria do
Secretário de Estado da Administração publicada no Diário Oficial do Estado.
Subseção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Subseção III
Do Afastamento para Cumprimento de Missão
Art. 109. O servidor pode ausentar-se para o exterior ou para outros pontos do território nacional, sem perda
da remuneração, para cumprimento de missão oficial, a critério da Administração, por prazo não superior a 4
(quatro) anos, mediante autorização do Governador do Estado.
Art. 110. O afastamento de servidor para atuar em organismo internacional de que o Brasil participe ou com
que coopere dar-se-á com perda total da remuneração.
Seção III
Das Concessões
Art. 111. Ao integrante de carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba, será concedido o afastamento, sem
prejuízo da remuneração:
I – por 01 (um) dia, para doação de sangue devidamente comprovada;
II – por até 02 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
III – por até 08 (oito) dias consecutivos em razão de:
a) casamento;
b) nascimento ou adoção de filhos, no caso de homem;
c) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob tutela e
irmãos;
d) frequência em palestras, seminários e cursos de curta duração nas áreas relacionadas às atribuições da
Polícia Civil do Estado da Paraíba, desde que autorizado pelo Secretário do Estado da Segurança e da Defesa
Social.
Art. 112. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre
o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo.
§1º Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade em que
tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho.
125
§ 2º Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração, é assegurada, na localidade da
nova residência ou na mais próxima, a matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época,
independentemente de vaga.
Art. 113. Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a
necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário.
Parágrafo único. As disposições previstas no caput do artigo são extensivas ao servidor que tenha cônjuge,
filho ou dependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém, nesse caso, que a assistência direta do
servidor seja indispensável e não possa ser prestada, simultaneamente, com exercício do cargo ou mediante
compensação de horário, na forma da legislação estatutária.
CAPÍTULO VIII
Da Previdência
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 114. Aos policiais civis, é assegurado regime próprio de previdência social, de caráter contributivo,
mediante Lei Estadual, observado o disposto na Constituição Federal.
Subseção I
Da Aposentadoria e Pensões
Art. 116. A aposentadoria dos integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba e as pensões
devidas a seus dependentes são submetidas às regras de aposentadoria, estabelecidas no artigo 40 da
Constituição Federal e mantidas pelo Regime de Previdência Social do Estado da Paraíba.
Art. 117. Os integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba aposentar-se-ão voluntariamente
com proventos integrais, desde que comprovem 30 (trinta) anos de contribuição e, pelo menos, 20 (vinte) anos
de atividade policial, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos de contribuição e, pelo menos, 15 (quinze) anos de
atividade policial, se mulher, com fundamento no artigo 40, § 4º, incisos II e III, da Constituição Federal, com
redação da Emenda Constitucional nº 47/05.
Subseção II
Do Salário-Família
Art. 119. O salário-família será devido ao servidor em função dos dependentes que lhe estejam afetos,
compreendidos como tais filho menor de 14 (catorze) anos, pessoa da mesma idade a ele equiparado e,
finalmente, inválido de qualquer idade, assim reconhecido pela perícia médica competente.
Art. 120. O salário-família poderá ser requerido a qualquer tempo e será devido a partir da data de entrada do
requerimento na repartição que tiver de processá-lo, devendo ser anexados ao pedido os seguintes
documentos:
I – certidão de nascimento do filho ou tutela;
126
II – atestado de vacinação, para o menor de 07 (sete) anos;
III – comprovante de frequência à escola, a partir dos 07 (sete) anos.
§ 1º Para o caso do inválido maior de 14 anos, além dos documentos constantes nos incisos deste artigo, será
cobrado o laudo de invalidez da perícia médica do órgão previdenciário.
§ 2º Para a continuidade do pagamento do benefício, o atestado de vacinação deve ser apresentado,
anualmente, no mês de maio, e o de frequência escolar, nos meses de maio e de novembro de cada ano.
§ 3º Não será devido o salário-família, enquanto a respectiva concessão estiver pendente da apresentação
dos documentos previstos neste artigo.
§ 4º Quando o pedido de salário-família envolver inválido, será obrigatoriamente instruído por laudo da perícia
médica competente.
§ 5º Verificada, a qualquer tempo, a falsidade dos documentos apresentados para habilitação ao salário-família,
será suspenso o seu pagamento e determinada a reposição ao erário das importâncias indevidamente
percebidas, em parcelas não excedentes a 10% (dez por cento) da remuneração bruta do servidor, sem
prejuízo da instauração do competente processo disciplinar.
Subseção III
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 121. Será concedida ao policial civil a licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base
em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 122. Para licença de até 05 (cinco) dias, o exame médico poderá ser feito por profissional da repartição
onde o servidor for lotado, e, no caso de licença por período superior, o exame deverá ser procedido por Junta
Médica Oficial.
§ 1º Inexistindo serviço médico oficial no local onde estiver o servidor, será aceito atestado fornecido por médico
particular.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, o atestado somente produzirá efeitos depois de homologado pela Junta
Médica Oficial.
§ 3º O servidor que, durante o mesmo exercício, perfizer trinta dias de licença para tratamento de saúde,
consecutivos ou não, somente poderá obter nova licença mediante prévia inspeção por perícia médica oficial.
Art. 123. Findo o prazo da licença, o policial civil será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela
volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
Art. 124. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou à natureza da doença, salvo
quando se tratar de lesões produzidas por acidentes em serviço, doença profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, como tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna,
cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do
Mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – AIDS e outras especificadas em
lei.
Subseção IV
Da Licença-Maternidade
Art. 125. Será concedida a licença à servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem
prejuízo da remuneração.
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição
médica.
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início na data do parto.
§ 3º Nos casos de natimorto e aborto, a servidora será submetida a exame médico, que determinará o prazo
para seu retorno ao serviço ou recomendará a conversão do afastamento em licença para tratamento de saúde
por prazo tecnicamente adequado, superior a trinta dias.
Art. 126. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante
a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.
Art. 127. À servidora que adotar ou obtiver tutela judicial de criança com até 01 (um) ano de idade, serão
concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.
127
Parágrafo único. No caso de adoção ou de tutela judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo
de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.
Subseção V
Do Auxílio-Reclusão
Art. 128. É devido auxílio-reclusão à família do servidor ativo de baixa renda, observado o seguinte:
I – dois terços da remuneração, enquanto durar a prisão, se esta tiver ocorrido em flagrante ou tiver sido
decretada preventivamente por autoridade competente;
II – metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de condenação, por sentença definitiva,
quando a pena não ensejar a perda do cargo.
§ 1º No caso de absolvição, o servidor terá direito a receber a diferença entre a remuneração integral, se em
exercício, e o valor do auxílio reclusão percebido pela família.
§ 2º O direito ao auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em
liberdade, ainda que condicional.
Seção II
Do Custeio
Art. 129. O custeio das aposentadorias e pensões é de responsabilidade do Estado e de seus servidores, nos
termos definidos na Constituição Federal.
Art. 130. Os benefícios não previstos no art. 116 desta Lei não poderão ser pagos com recursos
previdenciários.
TÍTULO IV
Das Garantias e Prerrogativas
CAPÍTULO I
Das Honrarias
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 131. As honrarias constituem reconhecimento por bons serviços prestados pelo policial civil e
compreendem:
I – Medalha de Prêmio;
II – Medalha de Mérito Policial;
III – Medalha de Tempo de Serviço Policial;
IV – Elogios.
Parágrafo único. As honrarias a que se refere este artigo obedecerão às normas fixadas nos respectivos
Regulamentos de concessão.
CAPÍTULO II
Do Desagravo Público
Art. 132. O policial civil, quando ofendido no exercício do cargo ou em razão dele, será publicamente
desagravado, o que será promovido:
I – de ofício, de acordo com a subordinação do órgão ou unidade de exercício do policial civil, pelo:
a) Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social;
b) Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba;
c) Diretor-Geral do Instituto de Polícia Científica;
II – mediante representação do ofendido ou seu procurador e, no caso de morte, pelo cônjuge, ascendente ou
descendente;
III – mediante requerimento da entidade de classe a que pertencer o policial civil.
Parágrafo único. A promoção do desagravo previsto neste artigo não elide a responsabilidade civil e criminal
em que incorrer o ofensor.
CAPÍTULO III
Do Porte de Arma
128
Art. 133. O policial civil ativo tem direito ao porte de arma, na forma da legislação federal pertinente, e quando,
em efetivo exercício de suas funções, ser-lhe-á entregue pelo Estado identidade funcional e distintivo.
Parágrafo único. Legislação específica disporá sobre a entrega de demais equipamentos necessários ao
efetivo exercício das funções de policial civil.
CAPÍTULO IV
Do Direito a Petição
Art. 134. É assegurado ao policial civil o direito de requerer e de representar, em defesa de direito ou interesse
legítimo, por meio dos canais hierárquicos.
§ 1º O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidir o pleito, por meio da chefia imediata,
que, após manifestação, encaminhará à autoridade competente, a qual decidirá em até trinta dias, salvo motivo
de força maior e quando se trate de ato administrativo complexo que exija providências anteriores à decisão
final, limitando-se a noventa dias, o prazo para se proferir a decisão acerca do pedido formulado.
§ 2º O recurso à instância superior será encaminhado por intermédio da autoridade recorrida, que poderá
conhecer o pedido e reconsiderar o ato impugnado, sendo vedada a renovação deste.
§ 3º Mantido o ato, a autoridade recorrida dará conhecimento ao interessado, dando seguimento ao recurso,
no prazo de dez dias.
Art. 136. A representação será apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual foi interposta.
Art. 138. É assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele
constituído, para o exercício do direito à petição.
CAPÍTULO V
Da Assistência aos Integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba
Art. 139. O Estado prestará apoio e assistência aos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba, inclusive
o de acompanhamento à saúde.
§ 1º O acompanhamento aos integrantes da Polícia Civil do Estado da Paraíba ocorrerá a pedido ou de ofício,
por orientação multiprofissional, para a respectiva avaliação ou tratamento.
§ 2º A assistência médico-psicológica consistirá em propiciar tratamento ao policial civil para recuperá-lo,
quando necessário, dos desgastes emocionais ou distúrbios mentais resultantes do exercício da função
policial.
§ 3º O policial civil lotado em unidades operacionais será submetido à avaliação médica e psicológica,
anualmente, para verificação de sua higidez mental e física.
Art. 140. O integrante da Polícia Civil do Estado da Paraíba que tenha participado de ação policial em que
ocorra grave violência, morte ou lesão de qualquer pessoa, deverá ser submetido a atendimento para a
proteção de sua saúde física e ou mental, com vista ao cumprimento dos objetivos referidos no artigo anterior.
129
CAPÍTULO VI
Das Prerrogativas Funcionais
Art. 141. O policial civil, no exercício de suas funções, goza das seguintes prerrogativas, dentre outras
estabelecidas em lei:
I – uso das designações hierárquicas;
II – desempenho de cargos e funções correspondentes à condição hierárquica;
III – tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado;
IV – uso privativo das insígnias e documentos de identidade funcional, conforme modelos oficiais;
V – porte de arma, na forma da legislação;
VI – livre acesso a locais públicos ou particulares que necessitem de intervenção policial, na forma da
legislação;
VII – ingresso e trânsito livres em locais de acessibilidade pública, independentemente de prévia autorização
ou de verificação de estar em serviço, uma vez que o exercício das funções policiais ocorre em tempo integral
e exige dedicação exclusiva, devendo-se apurar a responsabilidade penal do eventual obstrutor da ação policial
nesse caso;
VIII – ser recolhido, em razão de flagrante delito ou de decisão judicial provisória ou definitiva, na presença de
superior hierárquico, em unidade prisional própria e especial, nos termos da legislação federal;
IX – prioridade na utilização de qualquer serviço de transporte e de comunicação, público ou privado, quando
em serviço de caráter urgente.
§ 1º A carteira de identidade funcional do policial civil, inerente ao exercício da função, além de outras
características escandidas em regulamento próprio, consignará o primeiro nome do cargo em caixa alta
bastante visível, assim como as prerrogativas constantes dos incisos V a IX deste artigo com adição do
conteúdo do art. 7º, X, desta Lei Complementar.
§ 2º A cédula de identidade funcional é de uso obrigatório e exclusivo dos integrantes da Polícia Civil do Estado
da Paraíba, destinando-se a:
I – habilitar seu titular a ingressar nos locais sujeitos à fiscalização policial;
II – fazer prova de todas as informações nela inseridas.
Art. 142. O policial civil será afastado do exercício das funções, até decisão final transitada em julgado, quando
estiver preso provisoriamente pela prática de infração penal, hipótese em que o servidor perceberá, durante o
período de afastamento, remuneração integral atribuída ao cargo.
§ 1º Na hipótese de o servidor ser colocado em liberdade provisória, retornará ao exercício das funções.
§ 2º No caso de condenação que não implique demissão, o policial civil:
I – será afastado, na forma deste artigo, a partir da decisão definitiva até o cumprimento total da pena restritiva
da liberdade, com direito apenas a dois terços da respectiva remuneração;
II – perceberá a remuneração integral atribuída ao cargo quando permitido o exercício da função, pela natureza
da pena aplicada, ou por decisão judicial.
Art. 143. No curso de qualquer investigação, quando houver indícios de prática de infração penal atribuída a
policial civil, a autoridade remeterá, incontinente, cópia do procedimento à Corregedoria da Polícia Civil do
Estado da Paraíba.
Art. 144. O policial civil só poderá ser requisitado para exercer funções de segurança especificamente privada
ou para conduzir veículo automotor de quaisquer autoridades públicas, bem como ser utilizado por superiores
hierárquicos para efetuar diligências explícitas em eventos, festividades ou celebrações análogas,
ostensivamente ou não, nos casos excepcionais de operações policiais civis previamente estabelecidas para
determinado fim e nas ocasiões em que tais ações forem necessárias à investigação policial em andamento.
TÍTULO V
Do Regime Disciplinar
CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares
Art. 145. O policial civil manterá observância dos seguintes preceitos éticos:
I – servir à sociedade como obrigação fundamental;
II – proteger vidas e bens;
III – preservar a ordem;
IV – respeitar os direitos e garantias individuais;
130
V – jamais revelar tibieza ante o perigo e o abuso;
VI – exercer a função policial com probidade, discrição e moderação, fazendo observar as leis;
VII – não permitir que sentimentos ou animosidades pessoais possam influir em suas decisões;
VIII – respeitar a dignidade da pessoa humana;
IX – manter o aprimoramento técnico-profissional;
X – ter a verdade e a responsabilidade como fundamentos da ética do serviço policial;
XI – respeitar e fazer respeitar a hierarquia do serviço policial;
XII – prestar auxílio, ainda que não esteja em hora de serviço:
a) a fim de prevenir ou reprimir perturbação da ordem pública;
b) quando solicitado por qualquer pessoa carente de socorro policial, encaminhando-a à autoridade
competente, quando insuficientes as providências de sua alçada.
Art. 146. O Governador do Estado, mediante proposta do Delegado-Geral, aprovará o regulamento do Código
de Ética da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
CAPÍTULO II
Dos Deveres
Art. 147. São deveres do policial civil, além daqueles inerentes aos demais servidores públicos civis:
I – apresentar relatório das atividades desenvolvidas, quando solicitado por quem de direito;
II – cumprir as determinações superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
III – atender às requisições das autoridades judiciárias e do Ministério Público, desde que encaminhadas por
meio da autoridade policial judiciária;
IV – comunicar ao superior hierárquico o endereço onde possa ser encontrado, quando dos afastamentos
regulares;
V – conduzir-se, na vida pública e particular, de modo a dignificar a função policial;
VI – desempenhar suas funções e agir com assiduidade, pontualidade, discrição, honestidade, imparcialidade
e com lealdade;
VII – desempenhar, com zelo e presteza, as tarefas e missões que lhe forem cometidas;
VIII – divulgar, para conhecimento dos subordinados, as normas policiais;
IX – exercer o cargo de policial civil com exclusividade, respeitadas as hipóteses de acumulação de cargos
previstas na Constituição Federal;
X – exercer o poder de polícia na defesa, na garantia e na promoção de direitos individuais, coletivos ou difusos,
na forma da Lei;
XI – frequentar, com assiduidade, cursos oficiais para fins de formação policial, aperfeiçoamento e atualização
de seus conhecimentos profissionais, quando matriculado;
XII – identificar-se, nos atos oficiais, com a indicação do cargo, classe e a função;
XIII – informar, incontinenti, à autoridade a que estiver diretamente subordinado, toda e qualquer alteração de
endereço de residência, bem como o número de telefone;
XIV – manter discrição sobre os assuntos da repartição e, especialmente, quanto a despachos, decisões e
providências;
XV – manter sigilo funcional quanto à matéria dos procedimentos em que atuar;
XVI – manter-se informado e atualizado sobre as normas policiais e a legislação em vigor;
XVII – obedecer aos preceitos éticos e aos atos normativos regularmente expedidos;
XVIII – observar as normas legais e regulamentares;
XIX – observar o princípio da hierarquia funcional;
XX – participar das comemorações cívicas da Polícia Civil do Estado da Paraíba e de outras, quando
convocado;
XXI – portar, obrigatoriamente, a carteira de identificação policial, o distintivo, a arma, com munição de reserva,
e um par de algemas, quando em serviço, zelando pela guarda e pela conservação de todos os equipamentos
e objetos recebidos em razão do exercício da função;
XXII – prestar as informações solicitadas na forma da lei e atender prontamente à expedição de certidões para
a defesa de direito;
XXIII – prestar informações corretas ao solicitante ou encaminhá-lo a quem possa prestá-las;
XXIV – providenciar para que esteja sempre atualizado seu assentamento individual, bem como sua declaração
de família;
XXV – ser leal para com os companheiros de trabalho, com eles cooperar e manter espírito de solidariedade;
XXVI – oficiar à chefia imediata providências para a melhoria dos serviços, no âmbito de sua atuação;
XXVII – tratar as pessoas com urbanidade, eficiência e zelo;
XXVIII – zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;
131
XXIX – não utilizar para fins particulares, qualquer que seja o pretexto, o material pertencente ao órgão ou
destinado à correspondência oficial;
XXX – representar contra a ilegalidade, omissão ou abuso de poder no cumprimento da lei.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XXX deste artigo será encaminhada à autoridade
imediatamente superior ao representado e apreciada pelo chefe do órgão, ocasião em que este servidor deverá
assegurar-lhe a oportunidade de se defender.
CAPÍTULO III
Das Proibições
Art. 148. Além do previsto nesta Lei Complementar e em normas específicas, ao servidor policial civil, é
proibido:
I – ausentar-se do serviço, durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II – retirar da repartição, salvo com autorização da autoridade competente e no interesse do serviço, qualquer
documento ou objeto oficial;
III – recusar fé a documentos públicos;
IV – opor resistência injustificada:
a) ao cumprimento de ordem ao andamento de documento ou de processo ou à execução de obra ou serviço;
b) à realização de inspeção médica, a que deva submeter-se por determinação de autoridade competente;
V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;
VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição de
sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem a associação profissional, sindical ou partido
político;
VIII – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função
pública;
IX – exercer pressão sobre auxiliar ou subordinado, com ameaça de preterições funcionais ou outros meios
intimidativos, para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual;
X – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau e de cônjuge ou companheiro;
XI – exigir ou aceitar propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
atribuições;
XII – praticar usura sob qualquer de suas formas;
XIII – proceder de forma desidiosa;
XIV – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares, próprios ou
de terceiro ou autorizar outrem, subordinado ou não, a fazê-lo;
XV – transferir a outro servidor atribuição estranha ao cargo por ele ocupado, salvo em situações de
emergência ou transitórias e no estrito interesse do serviço;
XVI – dar curso a ato, operação, documento ou objeto sem exigir o cumprimento da obrigação tributária a que
esteja sujeito ou sem comunicar o fato, previamente, à autoridade fiscal competente;
XVII – exercer outras atividades que sejam incompatíveis com o cargo, a função ou com o horário de trabalho.
CAPÍTULO IV
Da Responsabilidade
Art. 149. O policial civil, responde civil, penal e administrativamente, pelo exercício irregular de suas funções.
Art. 150. A responsabilidade civil decorre do procedimento comissivo ou omissivo, doloso ou culposo, que
importe em prejuízo.
§ 1º O policial civil responderá perante a Fazenda Pública Estadual, em ação regressiva, proposta depois de
transitar em julgado a decisão de última instância que houver condenado o Estado à indenização por dano
causado a terceiro.
§ 2º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada a ação, até o
limite do valor da herança recebida.
Art. 151. A responsabilidade penal abrange as infrações penais imputadas ao policial civil nesta qualidade.
Art. 152. A responsabilidade administrativa resulta da inobservância dos deveres e da prática de qualquer uma
das transgressões ou proibições e não será elidida pelo ressarcimento do dano.
132
Parágrafo único. São causas de exclusão de ilicitude ou de isenção de pena, as previstas no Código Penal
Brasileiro, após o trânsito em julgado da respectiva sentença criminal.
Art. 153. As sanções civis, disciplinares e penais poderão cumular-se, sendo umas e outras independentes
entre si, bem assim as instâncias administrativa, civil e penal.
Art. 154. A absolvição criminal fundamentada pela inexistência material do fato ou pela negativa de autoria
afasta a responsabilidade administrativa, salvo a existência de falta residual.
Art. 155. Compete ao chefe imediato, responsável pelo serviço, comunicar ao respectivo superior hierárquico
as faltas disciplinares praticadas por servidores postos à sua disposição ou que lhes estejam vinculados
funcionalmente.
CAPÍTULO V
Das Transgressões Disciplinares
133
Art. 159. São transgressões disciplinares de natureza grave:
I – fornecer intencionalmente informação inexata, que altere ou desfigure a verdade;
II – coagir os servidores policiais subordinados com objetivos político partidários;
III – praticar usura em quaisquer de suas formas;
IV – apresentar requerimento, queixa ou representação contra servidores policiais, pares, subordinados ou
superiores hierárquicos, sabendo-as infundadas, buscando confundir investigação que exista ou que possa vir
a existir contra sua própria pessoa ou para prejudicar colegas ou terceiros;
V – ceder insígnia ou cédula de identidade funcional, armamento ou indumentária de identificação policial de
uso pessoal;
VI – provocar, velada ou ostensivamente, animosidade entre os servidores policiais ou entre estes e os seus
chefes imediatos;
VII – utilizar, ceder ou permitir que outrem use objetos arrecadados, recolhidos ou apreendidos pela Polícia,
salvo as exceções legais;
VIII – exercitar atividade particular para cujo desempenho sejam necessários contatos com repartições policiais
ou que, com elas, tenham qualquer relação ou vinculação;
IX – exercer atividades particulares que prejudiquem o fiel desempenho da função policial e que sejam, social
ou moralmente, nocivas à dignidade do cargo ou afetem a presunção de imparcialidade;
X – deixar de comunicar fatos caracterizados como transgressões disciplinares que tenham chegado ao seu
conhecimento, cometidos por servidores da instituição;
XI – esquivar-se, na ausência da autoridade competente, de atender a ocorrências de intervenção policial que
presencie ou de que tenha conhecimento imediato;
XII – solicitar ou receber propinas ou comissões, ou auferir vantagens e proveitos pessoais de qualquer espécie
e sob qualquer pretexto, em razão de função ou cargo que exerça ou tenha exercido;
XIII – cobrar carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa que não tenha fundamento legal;
XIV – confiar a pessoas estranhas à organização policial o desempenho de encargos próprios ou da
competência de seus subordinados;
XV – desrespeitar ou procrastinar o cumprimento de ordem do Chefe imediato ou de decisão judicial;
XVI – eximir-se do cumprimento de suas atribuições funcionais;
XVII – abandonar o cargo, sem justa causa, ausentando-se da repartição por mais de 30 (trinta) dias
consecutivos;
XVIII – ausentar-se do serviço, sem causa justificável, por mais de 60 (sessenta) dias intercaladamente,
durante 01 (um) ano;
XIX – abandonar o serviço para o qual tenha sido designado, quando informado previamente;
XX – praticar ato definido como infração penal que, por sua natureza e configuração, torne-o incompatível para
o exercício da função policial;
XXI – praticar ato lesivo à honra ou ao patrimônio da pessoa, natural ou jurídica, com abuso ou desvio de poder
ou sem competência legal;
XXII – lesar os cofres públicos ou dilapidar o patrimônio público;
XXIII – revelar fato ou informação de natureza sigilosa de que tem ciência em razão do cargo ou função, salvo
quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;
XXIV – utilizar o anonimato para prejuízo da instituição ou de companheiros;
XXV – extraviar ou facilitar o extravio, por negligência, de armas, de algemas e de outros bens do patrimônio
da instituição, que estejam sob a sua guarda ou responsabilidade;
XXVI – submeter pessoa, sob sua guarda ou custódia, à tortura, vexame ou constrangimento;
XXVII – atentar, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se dela, contra a inviolabilidade de domicílio;
XXVIII – consumir substância entorpecente ou que cause dependência química em serviço, ou apresentar-se
ao serviço em estado alucinógeno decorrente do consumo de tais substâncias.
CAPÍTULO VI
Da Aplicação das Penas Disciplinares
134
I – a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em que for praticada;
II – os danos dela decorrentes para o serviço policial civil;
III – a repercussão do fato;
IV – os antecedentes do policial civil;
V – a reincidência.
Art. 162. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam outra transgressão
disciplinar:
I – reincidir;
II – coagir, instigar ou determinar que outro policial civil, subordinado ou não, pratique a transgressão ou dela
participe;
III – dificultar, de qualquer forma, a apuração da falta disciplinar praticada;
IV – ter sido praticada mediante concurso de 02 (dois) ou mais agentes;
V – ter sido praticada por desídia, desleixo ou má-fé;
VI – ter sido praticada sob influência de álcool ou droga ilícita.
Art. 163. São circunstâncias que atenuam a pena, exceto quando a prevista for a de demissão:
I – reparar o dano pelo policial civil, antes da conclusão da sindicância ou do processo disciplinar;
II – ter procurado diminuir as consequências da falta disciplinar praticada;
III – ter confessado espontaneamente a autoria da transgressão disciplinar cometida;
IV – ter sido praticada no interesse do serviço, em situação de risco ou emergencial;
V – facilitar a apuração dos fatos.
Art. 164. Constitui circunstância que exclui sempre a pena disciplinar a não-exigibilidade de outra conduta do
policial na prática da transgressão.
Art. 165. O policial civil que incidir na prática de transgressão disciplinar puramente administrativa, motivada
pela culpa, terá sua pena reduzida até a metade, observado o disposto no artigo anterior.
Art. 166. A advertência é aplicada por escrito, nos casos de não observância de dever funcional e da vedação
de desvio de servidor para o exercício de atribuições diversas das inerentes ao seu cargo efetivo, bem como
na violação de proibição constante do artigo 157, incisos de I a III e V a VII desta Lei Complementar, quando
não couber pena mais grave.
135
X – ocultação de nova investidura, de que resulte acumulação proibida; e
XI – acumulação ilegal de cargos, funções ou empregos públicos.
Art. 170. As destituições de cargo em comissão ou de função de confiança serão aplicadas nos casos de
qualquer infração disciplinar sujeita às sanções administrativas previstas nesta Lei Complementar.
CAPÍTULO VII
Da Competência para Imposição das Sanções Disciplinares
CAPÍTULO VIII
Da Extinção da Punibilidade
CAPÍTULO IX
Do Afastamento Compulsório
Art. 173. O policial civil será afastado compulsoriamente, nos casos de:
I – prisão provisória, nos termos da legislação vigente;
II – condenação por crime em regime fechado, transitada em julgado.
Art. 174. O policial civil perderá um terço da remuneração, nos casos de afastamento compulsório.
Art. 175. O policial afastado em decorrência das medidas acautelatórias terá direito à contagem do período,
para todos os efeitos, bem como à percepção da diferença da remuneração, nos casos de:
I – afastamento compulsório, preso ou solto, se absolvido ao final;
II – prisão cautelar ou suspensão preventiva, se for absolvido ou, ainda, se, do procedimento resultar, no
máximo, pena de advertência;
III – cômputo do afastamento na penalidade de suspensão eventualmente aplicada;
136
IV – contagem, para todos os efeitos, bem como à percepção da diferença de remuneração, do período que
exceder o prazo da pena de suspensão eventualmente aplicada.
§ 1º Durante o período das medidas acautelatórias, poderão ser recolhidas a arma, a munição, a identidade
funcional, o distintivo e as algemas do policial civil, pelo Presidente do inquérito policial ou pelo superior
hierárquico imediato.
§ 2º Após o recolhimento previsto no parágrafo anterior, imediatamente, a autoridade policial que o efetuou
deverá encaminhar cópia da documentação relativa à motivação do afastamento ao Secretário de Estado da
Segurança e da Defesa Social e/ou ao Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba, via escalão
hierárquico, para expedição de portaria de afastamento compulsório.
CAPÍTULO X
Da Apuração Sumária de Irregularidades
Art. 176. A sindicância administrativa é o meio sumário de apuração de irregularidades e será realizada por
comissão, presidida por membros de condição hierárquica nunca inferior à do sindicado.
§ 1º A sindicância será instaurada de oficio pela autoridade atributiva que tomou conhecimento da
irregularidade ou por determinação de órgão ou chefia a que pertencer o funcionário, mediante ato próprio.
§ 2º A autoridade ou comissão incumbida da sindicância deverá publicar Portaria instauradora, no prazo
improrrogável de cinco dias, contado da determinação da ação.
Art. 179. Ocorrendo justo motivo, a autoridade ou membro de comissão sindicante deve declarar-se suspeito
por escrito e justificadamente, devolvendo a sindicância administrativa ao subscritor da Portaria designativa,
para redistribuição.
Art. 180. O impedimento ou a suspeição atingem o sindicante, a comissão sindicante ou a autoridade julgadora,
e, ocorrendo justo motivo, eles devem se declarar suspeitos por escrito e justificadamente, devolvendo a
sindicância administrativa ao subscritor da portaria designativa, para redistribuição.
Art. 183. A sindicância administrativa deverá ser instaurada no prazo de dez dias do conhecimento do fato pela
autoridade competente ou do recebimento da Portaria designativa, cuja peça inicial apresentará relato sucinto
137
do objeto da apuração, se possível, mencionando a data, o local e demais circunstâncias do fato investigado,
determinando ainda a adoção das primeiras medidas, a juntada de documentos já obtidos e as oitivas de
testemunhas.
§ 1º Na fase instrutória, deverão ser ouvidas as testemunhas, juntados documentos e laudos, assegurada a
defesa prévia e as alegações finais do sindicado, concluindo com relatório da autoridade ou da comissão, em
que serão propostas as medidas cabíveis à autoridade competente para decidir.
§ 2º Os prazos de defesa serão de cinco dias, contados da notificação e, quando houver mais de um sindicado,
o prazo será comum, permanecendo os autos à disposição dos sindicados para consultas ou requerimento de
cópia de peças.
§ 3º O relatório final deverá conter a síntese do que foi apurado, especificar as provas produzidas,
confrontando-as com a defesa apresentada e as contraprovas, e concluirá evidenciando seu entendimento e
apontando a irregularidade cometida, além de individualizar a autoria, especificando os dispositivos violados e
propondo a pena a ser aplicada, seu arquivamento ou a instauração do processo disciplinar.
§ 4º Em qualquer fase da sindicância administrativa, se ficar evidenciado falta funcional em que a pena seja
superior a trinta dias de suspensão, os autos serão encaminhados à autoridade competente, propondo-se a
instauração de processo administrativo, com a indicação dos fundamentos fáticos e jurídicos para tanto.
Art. 184. Ao sindicado, será assegurado o direito de defesa, compreendendo sua audiência de oitiva,
oportunidade de ter vista dos autos, de formular requerimento de diligências e de juntada de documentos, bem
como de apresentar defesa técnica por pessoa, preferencialmente com conhecimentos jurídicos, ou por
profissional habilitado, em todas as fases do procedimento disciplinar, após formalmente sindicado.
Art. 185. A decisão deverá ser proferida no prazo de trinta dias do recebimento dos autos, e a autoridade
competente deverá:
I – averiguar seu regular desenvolvimento, principalmente quanto à garantia da ampla defesa, apontar as falhas
encontradas, devolvendo-os para correção, se for o caso;
II – acolher ou recusar, motivadamente, a conclusão do relator, aplicando a penalidade, absolvendo o sindicado
ou determinando o arquivamento dos autos;
III – acolher eventual prescrição e determinar o arquivamento;
IV – solicitar ou propor a instauração de processo administrativo disciplinar.
§ 1º No prazo de trinta dias, contados da publicação da decisão, caberá recurso hierárquico à instância
superior.
§ 2º Os recursos de sanções de advertência e suspensivas até trinta dias, exaurem-se no Secretário de Estado
da Segurança e da Defesa Social, e as superiores, inclusive a de demissão, no Governador.
§ 3º Os recursos processar-se-ão em apenso aos autos principais e deverão ser publicados no Boletim Interno
da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Art. 186. A sindicância deve ser concluída no prazo de trinta dias, prorrogável por igual período, mediante
solicitação justificada do sindicante e a critério da autoridade que determinou sua instauração.
Art. 187. Os prazos previstos nesta Lei Complementar contar-se-ão do dia imediato à sua publicação ou da
ciência ao interessado, e, recaindo o início ou o fim do prazo em feriado ou dia sem expediente, será
considerado para tanto o primeiro dia útil seguinte.
Art. 188. O descumprimento dos prazos somente gerará nulidade, quando resultar em prejuízo à parte,
objetivamente demonstrado.
TÍTULO VI
Do Processo Disciplinar e da Revisão
CAPÍTULO I
Do Processo Disciplinar
Art. 189. A aplicação das disposições deste Título far-se-á sem prejuízo da validade dos atos expedidos e
realizados sob a vigência de lei anterior.
Art. 190. Instaurar-se-á o processo administrativo disciplinar, a fim de se apurar a ação ou a omissão de policial
civil, puníveis disciplinarmente.
138
Art. 191. Será obrigatório o processo administrativo disciplinar, quando a falta, por sua natureza, possa
determinar a pena de suspensão superior a trinta dias ou multa correspondente, assim como a pena de
demissão.
Parágrafo único. O processo administrativo disciplinar será precedido de sindicância, somente quando não
houver elementos suficientes para se concluir pela existência da falta ou de sua autoria.
Art. 192. São competentes, para determinar a instauração de processo administrativo, o Governador do
Estado, o Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, o Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado
da Paraíba ou o Corregedor-Geral da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social,
preferencialmente, nessa ordem.
Art. 193. O processo administrativo será realizado por comissão integrada por Delegados de Polícia e membros
de carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba, estáveis e de classe nunca inferior à do processado,
designados pelo Corregedor da Polícia Civil do Estado da Paraíba, o qual indicará o Presidente.
Parágrafo único. Quando o processo administrativo envolver apuração de falta disciplinar de policiais civis da
área de atuação do Instituto de Polícia Científica, o Corregedor-Geral deverá solicitar ao seu titular a indicação
de, pelo menos, um servidor da mesma carreira do processado para compor a Comissão.
Art. 194. O processo administrativo será iniciado dentro do prazo de dez dias, contado da data do recebimento
do despacho da designação e concluído no prazo de noventa dias, prorrogáveis por igual período, pelo
Corregedor da Polícia Civil do Estado da Paraíba.§ 1º O Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba,
em casos excepcionais e mediante representação fundamentada do Corregedor da Polícia Civil do Estado da
Paraíba poderá autorizar nova prorrogação de prazo por mais noventa dias.
§ 2º O início do processo administrativo será comunicado, pelo Presidente da comissão, ao órgão de lotação
do policial civil.
Art. 195. O Presidente da Comissão elaborará a Portaria vestibular, em que serão esclarecidos os motivos do
procedimento e os dispositivos legais tidos como violados, além de autuadas com essa Portaria as demais
peças preexistentes, bem como designará dia e hora, para a audiência inicial, e determinará a citação do
processado, a notificação do denunciante, se houver, e das testemunhas.
§ 1º O processado será citado, pelo menos, setenta e duas horas antes da audiência inicial por uma das
seguintes formas:
I – pessoalmente, mediante recibo de próprio punho;
II – se estiver em outro município do Estado, pessoalmente, mediante recibo de próprio punho, ou por
intermédio do respectivo superior hierárquico ou Delegado de Polícia local, ao qual serão encaminhadas, pelo
correio ou meio próprio equivalente da Polícia Civil do Estado da Paraíba, cópias da citação e da portaria inicial,
mediante recibo a ser assinado por mão própria do processado.
§ 2º A remessa pelo correio será feita por Aviso de Recebimento, juntando-se ao processo o comprovante de
sua entrega ao destinatário.
§ 3º Se estiver em lugar certo e conhecido de outro Estado, a citação será feita pelo correio, com as cautelas
exigidas no parágrafo anterior.
§ 4º Não sendo encontrado o processado e ignorando-se seu paradeiro, ele será citado por edital publicado
três vezes seguidas no órgão oficial e em jornais de grande circulação, com prazo de dez dias para
comparecimento, a contar da data da última publicação.
Art. 196. O denunciante, se houver, prestará declarações no interregno entre a data da citação e a fixada para
o interrogatório do processado.
Parágrafo único. O processado não assistirá à inquirição do denunciante, não se aplicando essa proibição ao
defensor do processado, que poderá formular perguntas, devendo o teor das declarações do denunciante ser
lido ao processado, antes deste ser interrogado.
Art. 197. O processado será interrogado nos termos do Código de Processo Penal.
Art. 198. Não comparecendo o processado, regularmente citado, prosseguirá o processo à sua revelia, e, na
falta de defensor indicado pelo acusado, será nomeado, pelo Presidente, defensor dativo.
Art. 199. O processado poderá constituir advogado para todos os atos e termos do processo.
Art. 200. Para assistir pessoalmente aos atos processuais, fazendo-se acompanhar de defensor, se assim o
quiser, o processado será sempre intimado e poderá, nas inquirições, levantar contradita, formular perguntas
139
e reinquirir testemunhas, além de, nas perícias, apresentar assistente e formular quesitos, cujas respostas
integrarão o laudo, bem como fazer juntada de documentos em qualquer fase do feito.
Art. 201. A contar da data do interrogatório do processado, abrir-se-á ao seu defensor prazo de dez dias para
apresentar provas ou requerer sua produção.
Parágrafo único. Ao processado, é facultado arrolar até cinco testemunhas.
Art. 202. Findo o prazo referido no artigo anterior, o Presidente da Comissão convocará audiência de instrução.
§ 1º Serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pela Comissão, em número não superior a cinco
por acusado, e, depois, as do processado.
§ 2º As testemunhas poderão ser inquiridas pelo Presidente, pelos membros da Comissão e reperguntadas
pelo processado ou seu defensor.
§ 3º O denunciante, o processado e as testemunhas poderão ser ouvidos, reinquiridos ou acareados, em mais
de uma audiência.
§ 4º A notificação de funcionário ou de servidor público será comunicada ao respectivo chefe imediato, com os
esclarecimentos necessários.
Art. 203. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, salvo nos casos de proibição legal, nos
termos do art. 207 do Código de Processo Penal, ou em se tratando das pessoas mencionadas no art. 206 do
referido Código.
Parágrafo único. As testemunhas são obrigadas a comparecer à audiência, quando regularmente notificadas
e, se não o fizerem, poderão ser conduzidas perante a autoridade processante.
Art. 204. Residindo a testemunha em Município diverso do que tiver sede a comissão processante, esta, se
entender conveniente, deslocar-se-á até o local da residência do depoente, para ouvi-lo, cabendo à referida
comissão informar a data e hora da realização da audiência de inquirição, com cinco dias de antecedência, ao
processado ou ao seu defensor.
Art. 205. Em qualquer fase do processo, poderá o Presidente da Comissão ordenar diligências que se lhe
afigurarem convenientes, de ofício ou a requerimento do processado.
Parágrafo único. Sendo necessário o concurso de técnicos ou de peritos oficiais, o Presidente da comissão
requisitá-los-á a quem de direito, observados, também, em relação a eles, os impedimentos a que se refere o
art. 207 do Código do Processo Penal.
Art. 206. O Presidente da comissão, em despacho fundamentado, deverá indeferir as diligências requeridas
com finalidade manifestamente protelatória ou sem interesse para o esclarecimento do fato.
Art. 207. Encerrada a fase probatória, dar-se-á vista dos autos ao processado ou a seu defensor, no prazo de
dez dias, para apresentar razões de defesa.
Parágrafo único. O primeiro prazo referido neste artigo não será contado em dobro, quando houver mais de
um processado.
Art. 208. O processo relatado será encaminhado ao Corregedor da Polícia Civil do Estado da Paraíba que, no
prazo de dez dias, decidirá ou emitirá Parecer e o encaminhará à autoridade que determinou a sua instauração,
a qual em prazo de igual duração, contado da data do recebimento dos respectivos autos, homologará ou
decidirá.
Art. 209. Concluindo a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo por imposição de
penalidade superior à de sua atribuição, conforme estabelecido nesta Lei Complementar, dentro de cinco dias,
encaminhará os autos do processo à autoridade competente.
Art. 210. O processo administrativo disciplinar poderá ser suspenso, respeitada a oportunidade de o imputado
se manifestar a respeito, se a Comissão permanente de disciplina precisar se valer de provas solicitadas a
outros órgãos ou depender de informações ou de documentos imprescindíveis à instrução do feito.
Parágrafo único. O prazo de que trata o caput deste artigo será de até um ano, findo o qual a autoridade
competente mandará prosseguir o processo.
Art. 211. O processo administrativo, iniciado com intuito de se apurar falta administrativa decorrente
exclusivamente de crime, deverá ser suspenso até decisão final, com trânsito em julgado na esfera penal,
exceto quando existir falta administrativa residual. (Revogado pela Lei Complementar nº 124 de 03 de outubro de 2014)
140
Art. 212. O processado será intimado pessoalmente das decisões proferidas nos autos que interessem à sua
defesa.
CAPÍTULO II
Do Processo de Revisão
Art. 213. Admitir-se-á, observados os prazos do artigo 167, § 1º, a revisão do processo disciplinar
administrativo findo, quando:
I – a decisão for contrária a texto expresso em lei ou à evidência dos autos;
II – a decisão se fundamentar em novos testemunhos, exames ou documentos comprovadamente falsos ou
viciados;
III – após a decisão, descobrirem-se novas provas da inocência do punido ou de circunstâncias que autorizem
penas mais brandas.
Parágrafo único. Os pedidos que não se fundamentarem nos casos enumerados neste artigo serão
indeferidos liminarmente.
Art. 215. A revisão poderá ser pleiteada pelo próprio infrator ou por seu procurador e, no caso de morte, pelo
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 216. Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da penalidade.
Art. 217. Admitida pela autoridade competente, a revisão será processada por comissão designada pelo
Secretário de Estado da Administração.
§ 1º Será impedido de funcionar na revisão quem houver composto a comissão de processo administrativo
anterior.
§ 2º O Presidente designará um servidor para secretariar a comissão.
Art. 218. Ao processo de revisão, será apenso o processo administrativo ou a sua cópia, dando início imediato
às diligências, marcando o Presidente o prazo de quinze dias para que o requerente junte as provas que
pretenda produzir.
Art. 219. Decorrido o prazo consignado no artigo anterior, ainda que sem alegações, será o processo
encaminhado com relatório fundamentado da comissão, dentro de quinze dias, à autoridade competente para
proferir o julgamento.
Art. 220. Será de trinta dias o prazo para o julgamento, sem prejuízo das diligências que a autoridade julgadora
entenda necessárias ao melhor esclarecimento dos fatos articulados no processo.
CAPÍTULO III
Da Reabilitação
Art. 222. O policial civil, após dois anos, provado bom comportamento, por meio da ficha de assentamentos
funcionais e de parecer fundamentado com conclusão objetiva do chefe imediato, poderá requerer reabilitação
ao Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Art. 223. Concedida a reabilitação, cessam os efeitos decorrentes da punição para fins de promoção e de
análise de antecedentes.
TÍTULO VII
Do Plano de Cargos e Carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba
CAPÍTULO I
141
Das Disposições Preliminares
Art. 224. O Plano de Cargos e Carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba, aqui identificada como Grupo
Ocupacional GPC-600, estabelecerá a sucessão ordenada de posições que permitirá a evolução funcional do
policial, com o objetivo de:
I – manter identidade entre o potencial profissional e o nível de desempenho exigido no exercício das funções
policiais;
II – incentivar a qualificação profissional e sua identidade com as funções da carreira e a realização pessoal;
III – democratizar as oportunidades de crescimento profissional e promover a valorização do sistema do mérito;
IV – estabelecer sistema remuneratório justo e compatível com a complexidade, conteúdo do cargo,
capacitação, experiência, eficiência e especialização requeridas para o desempenho de suas funções,
considerando as especificidades e peculiaridades da atividade policial.
CAPÍTULO II
Da Estrutura e Organização das Carreiras
Art. 225. O Grupo GPC-600 é integrado pelas Categorias Funcionais e Cargos a seguir, com atribuições
ligadas às funções institucionais da Polícia Civil do Estado da Paraíba, sobretudo aquelas que dizem respeito
às atividades de polícia judiciária, de serviços cartoriais, de perícias criminais, de identificação civil e criminal
e de manutenção da segurança pública:
I – Carreira Jurídico-Policial, integrada pelo cargo de Delegado de Polícia; (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de
agosto de 2018)
II – Carreira de Polícia Investigativa integrada pelos cargos de: (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de
2018)
a) Agente de Investigação;
b) Escrivão de Polícia;
c) Agente Operacional da Polícia Civil. (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
III – Categoria de Polícia Científica, integrada pelos cargos de:
a) Perito Oficial Criminal;
b) Perito Oficial Médico-Legal;
c) Perito Oficial Odonto- Legal;
d) Perito Oficial Químico-Legal;
IV – Categoria de Apoio Técnico, integrada pelos cargos de:
a) Técnico em Perícia;
b) Papiloscopista;
c) Necrotomista;
V – Categoria de Apoio Policial, integrada pelo cargo de Motorista Policial. (Revogado pela Lei nº 11.192 de 31 de
agosto de 2018)
§ 1º Os cargos que integram o Grupo GPC-600 estão organizados em carreiras estruturadas em classes, de
forma a possibilitar o crescimento profissional do servidor policial civil.
§ 2º Lei Ordinária definirá os quantitativos e códigos dos cargos que integram o Grupo Ocupacional GPC-600.
Seção I
Da Categoria Especial
Subseção I
Das Disposições preliminares
Art. 226. A Categoria Especial é integrada pelo cargo de Delegado de Polícia, cujas funções são essenciais
para o Estado, cabendo aos seus integrantes, na condição de autoridade policial, o exercício das atividades
de polícia judiciária e de apuração, com total exclusividade, das infrações penais, exceto as militares e aquelas
cuja apuração compete exclusivamente à União.
Parágrafo único. Os integrantes da carreira de Delegado de Polícia são vinculados à Delegacia-Geral da
Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Subseção II
Da Organização da Carreira de Delegado de Polícia
Art. 227. A carreira de Delegado de Polícia é estruturada em quatro classes hierarquicamente escalonadas,
correspondentes a:
I – Delegado de Polícia de Terceira Classe;
II – Delegado de Polícia de Segunda Classe;
142
III – Delegado de Polícia de Primeira Classe;
IV – Delegado de Polícia de Classe Especial.
Subseção III
Das Atribuições do Delegado de Polícia
Art. 228. Aos Delegados de Polícia, no cumprimento das funções institucionais e das atribuições da Polícia
Civil do Estado da Paraíba, incumbe:
I – com exclusividade:
a) presidir a apuração de infrações penais por meio do inquérito policial, de termo circunstanciado de ocorrência
ou de outros procedimentos investigatórios normatizados;
b) lavrar termos circunstanciados de ocorrências, em conformidade com
o disposto na legislação pertinente;
c) exercer, onde sejam realizados trabalhos de polícia judiciária, a titularidade de unidades integrantes da
Polícia Civil do Estado da Paraíba, de delegacias de polícia, de unidades de segurança, de grupos operacionais
ou similares;
II – no exercício da atividade policial judiciária:
a) planejar, coordenar, dirigir e executar, com exclusividade, as ações de polícia judiciária;
b) organizar, executar e manter os serviços de registro, cadastro, controle e fiscalização de armas, munições
e explosivos, na forma da legislação federal específica;
c) planejar, coordenar e realizar ações de inteligência destinadas à instrumentalização do exercício de polícia
judiciária e de apuração de infrações penais, na sua área de atribuição;
d) realizar, com exclusividade, as correições ou procedimentos similares de natureza ordinária, nas unidades
policiais civis, na esfera de sua atribuição;
e) realizar correições extraordinárias, gerais ou parciais;
f) requisitar a realização de pesquisas técnico-científicas, estatísticas e exames técnicos relacionados com a
atividade de polícia judiciária;
g) expedir licença para translado de cadáveres;
h) presidir autos de incineração e destruição de drogas ilícitas apreendidas, nos termos da legislação;
i) exercer o controle interno e o aperfeiçoamento da atividade policial judiciária;
j) manter banco de dados de processados, procurados, condenados e foragidos e coordenar ações de busca
e captura de transferência de presos;
k) adotar providências imediatas e impostergáveis em outras circunscrições até que compareça a autoridade
do local dos fatos;
l) divulgar fatos, prestar informações de natureza policial ou científica de interesse da comunidade à imprensa
ou a órgãos interessados, observados os preceitos constitucionais, as garantias individuais, as normas e os
regulamentos da Administração Estadual;
m) instaurar, presidir ou determinar a instauração de sindicância administrativa disciplinar e impor, se for o
caso, as penalidades;
n) promover orientação à comunidade sobre as medidas de profilaxia criminal e debater sobre assuntos
relativos à segurança pública;
o) expedir escala de plantão dos servidores subordinados;
p) avocar e redistribuir inquéritos policiais ou procedimentos administrativos;
III – no curso de procedimentos de sua atribuição:
a) presidir, com exclusividade, auto de prisão em flagrante e de apreensão em flagrante de adolescentes
infratores;
b) nomear intérpretes, peritos e escrivães ad hoc, bem como curadores, avaliadores e depositários, quando
houver justificado motivo;
c) expedir portaria instauradora de inquérito policial ou de outro procedimento investigatório;
d) expedir intimações, ordens de serviço, cartas precatórias e mandados de condução coercitiva, quando de
sua atribuição;
e) requisitar exames médicos, periciais e toxicológicos, inclusive de sanidade mental e complementar, bem
como informações e documentos que interessem à formação de prova;
f) promover, por termos, oitivas, interrogatórios e acareações, bem como a reprodução simulada de fatos, os
reconhecimentos e a exumação;
g) solicitar o ingresso de vítima ou testemunha em programas de proteção e assistência respectivos;
h) determinar a elaboração de qualificação indireta, de planilha de identificação e de vida pregressa do
indiciado;
i) proferir despachos de indiciação, sindicação, movimentação e desentranhamento, além de outros
necessários nos autos;
143
j) arbitrar valor de fiança, quando de sua atribuição;
k) determinar a apreensão de objetos e o depósito de valores apreendidos em conta única do Estado;
l) representar pela prisão preventiva, prisão temporária e outras medidas judiciais cautelares;
m) representar pelo afastamento temporário de agressor, nos casos de crimes de menor potencial ofensivo,
nos termos da legislação;
n) representar em juízo pela de mandado de busca e apreensão e pela quebra de sigilo fiscal, bancário, de
comunicações telefônicas de qualquer natureza e de sistemas de informática e telemática;
o) determinar a restituição ou o depósito, mediante termo de responsabilidade, de objetos apreendidos;
p) solicitar dilação de prazo;
q) outras atribuições correlatas ou previstas em lei;
IV – em atividades complementares às funções do cargo:
a) participar de atividades de formação policial;
b) exercer cargo em comissão ou função de confiança, quando designado por Ato ou Portaria;
c) representar a instituição policial, perante conselhos e Poderes constituídos ou perante a sociedade, como
autoridade policial, em eventos ou solenidades públicas.
Seção II
Da Categoria de Polícia Investigativa
Subseção I
Das Disposições Preliminares
Art. 229. A Carreira Polícia Investigativa é integrada pelos cargos de Agente de Investigação, de Escrivão de
Polícia Civil e de Agente Operacional de Polícia Civil do Estado da Paraíba, cujas atribuições institucionais
estão vinculadas à preservação da ordem pública, à incolumidade das pessoas e do patrimônio, bem como ao
exercício de atividades de polícia judiciária, cartoriais e de investigação criminal. (Redação dada pela Lei nº 11.192
de 31 de agosto de 2018)
§ 1º Os integrantes da Carreira de Agente de Investigação e de Escrivão de Polícia Civil do Estado da Paraíba
são vinculados à Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
§ 2º Aos ocupantes das carreiras de Agente de Investigação e de Escrivão de Polícia Civil, serão atribuídas
responsabilidades pela coordenação de serviços ou de equipes de trabalho, Comissário e Chefe de Cartório,
respectivamente, mediante o exercício de funções instituídas pelo Governador do Estado como privativas de
integrantes destas carreiras.
Art. 230. Os integrantes das carreiras de Agente de Investigação e de Escrivão de Polícia Civil deverão pautar
suas atuações em obediência aos princípios e preceitos contidos nesta Lei Complementar e àqueles inerentes
às funções institucionais da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Subseção II
Da Organização da Carreira de Agente de Investigação, de Escrivão de Polícia Civil e Agente
Operacional de Polícia Civil
(Renomeado pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Art. 231. As carreiras de Agente de Investigação, de Escrivão de Polícia Civil e de Agente Operacional de
Polícia Civil são estruturadas em quatro classes hierarquicamente escalonadas, correspondentes a: (Redação
dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
I – Agente de Investigação:
a) Agente de Investigação de Terceira Classe;
b) Agente de Investigação de Segunda Classe;
c) Agente de Investigação de Primeira Classe;
d) Agente de Investigação de Classe Especial;
III - Agente Operacional de Polícia Civil: (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
a) Agente Operacional de Polícia Civil de Terceira Classe;
b) Agente Operacional de Polícia Civil de Segunda Classe;
c) Agente Operacional de Polícia Civil de Primeira Classe;
144
d) Agente Operacional de Polícia Civil de Classe Especial.
Subseção III
Das Atribuições do Agente de Investigação e do Escrivão de Polícia Civil
Art. 233-A. Ao ocupante de cargo de Agente Operacional de Investigação, compete: (Caput e Incisos incluídos
pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
145
I - dirigir veículos policiais, em razão do desempenho de suas funções, nos diversos setores da Polícia Civil do
Estado da Paraíba, providenciando a conservação. A limpeza e a manutenção das viaturas policiais,
responsabilizando-se pela guarda do veículo, seus acessórios e equipamentos;
II - auxiliar nas diligências e investigações policiais determinadas pelo Delegado de Polícia Civil, com o fim de
coletar provas para a elucidação de infrações penais e respectivas autorias;
III - auxiliar nas prisões em flagrante ou cumprimento de mandados expedidos pelo Delegado de Polícia Civil
ou autoridade judiciária competente;
IV - auxiliar o Delegado de Polícia Civil no levantamento de local de crime;
V - auxiliar na realização do recolhimento, movimentação e escolta de preso, bem como na guarda de valores
e pertences, enquanto perdurar a custódia legal do preso, durante as diligências investigatórias até a entrega
ao respectivo cartório:
VI - executar outras determinações legais emanadas do Delegado de Polícia Civil, considerando as atribuições
que forem definidas por lei ou ato normativo expedido pelo Delegado Geral da Polícia Civil às atividades de
polícia judiciária.
Seção III
Da Categoria de Polícia Científica
Subseção I
Das Disposições Preliminares
Art. 234. A Categoria de Polícia Científica é integrada pelos cargos de Perito Oficial Criminal, Perito Oficial
Médico-Legal, Perito Oficial Odonto-Legal e Perito Oficial Químico-Legal, essenciais aos trabalhos prestados
pela polícia judiciária, que atuarão nas funções de polícia científica, com exclusividade, para produzir prova
material, mediante análise dos vestígios e busca da materialidade para dar subsídios à qualificação,
estabelecendo a dinâmica e a autoria dos delitos.
Parágrafo único. Os integrantes dos cargos de Perito Oficial Criminal, Perito Oficial Médico-Legal, Perito
Oficial Odonto-Legal e Perito Oficial Químico-Legal são vinculados ao Instituto de Polícia Científica.
Subseção II
Da Organização da Carreira de Perito Oficial
Art. 235. As carreiras de Perito Oficial Criminal, Perito Oficial Médico-Legal, Perito Oficial Odonto-Legal e Perito
Oficial Químico-Legal são estruturadas em quatro classes hierarquicamente escalonadas, correspondentes a:
Subseção III
146
Das Atribuições dos Peritos Oficiais
Seção IV
Da Categoria de Apoio Técnico
Subseção I
Das Disposições Preliminares
Art. 239. A Categoria de Apoio Técnico é integrada pelos cargos de Técnico em Perícia, Papiloscopista e
Necrotomista, cujas atribuições estão vinculadas à função institucional de polícia técnico-científica e de
execução de tarefas de apoio operacional às áreas de criminalística, medicina e odontologia legal e de
laboratório forense.
§ 1º Os integrantes das carreiras de Técnico em Perícia, Papiloscopista e Necrotomista são vinculados ao
Instituto de Polícia Científica.
§ 2º Aos integrantes das carreiras da Categoria Apoio Técnico, poderão ser atribuídas responsabilidades pela
coordenação de serviços ou de equipes de trabalho, mediante o exercício de funções instituídas pelo
Governador do Estado como privativas de integrantes destas carreiras.
147
Subseção II
Da Organização da Carreira de Técnico em Perícia
Art. 240. A categoria funcional de Técnico em Perícia é estruturada em quatro classes identificadas por:
I – Técnico em Perícia de Terceira Classe;
II – Técnico em Perícia de Segunda Classe;
III – Técnico em Perícia de Primeira Classe;
IV – Técnico em Perícia de Classe Especial.
Subseção III
Das Atribuições dos Técnicos em Perícia
Subseção IV
Da Organização da Carreira de Papiloscopista
Subseção V
Das Atribuições do Papiloscopista
148
VI - prestar informações criminais, com base no cadastro legal, mediante autorização da autoridade
competente, e organizar e manter registros atualizados dos arquivos de identificação civil e criminal; (Incluído
pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
VII - elaboração de trabalhos na área de prosopografia e reprodução facial humana com a produção dos seus
respectivos laudos; (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
VIII - executar outras tarefas compatíveis com as suas funções. (Incluído pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Subseção VI
Da Organização da Carreira de Necrotomista
Subseção VII
Das Atribuições do Necrotomista
Seção V
Da Categoria de Apoio Policial
Subseção I
Das Disposições Preliminares
Art. 246. A Categoria de Apoio Policial é integrada pelo cargo de Motorista Policial cujas atribuições
institucionais estão vinculadas à preservação da ordem pública, à incolumidade das pessoas e do patrimônio,
bem como ao exercício de atividades de polícia judiciária.
Parágrafo único. O integrante da carreira de Motorista Policial é vinculado à Delegacia-Geral da Polícia Civil
do Estado da Paraíba. (Revogado pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Art. 247. Os integrantes da carreira de Motorista Policial deverão pautar suas atuações em obediência aos
princípios e preceitos contidos nesta Lei Complementar e àqueles inerentes às funções institucionais da Polícia
Civil do Estado da Paraíba. (Revogado pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Subseção II
Da Organização da Carreira de Motorista Policial
Art. 248. A carreira de Motorista Policial é estruturada em quatro classes hierarquicamente escalonadas,
identificadas por: (Revogado pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
I – Motorista Policial de Terceira Classe;
II – Motorista Policial de Segunda Classe;
III – Motorista Policial de Primeira Classe;
IV – Motorista Policial de Classe Especial.
149
Subseção III
Das Atribuições do Motorista Policial
Art. 249. Ao Motorista Policial, compete: (Caput e incisos Revogados pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
I – dirigir veículos policiais, em razão do desempenho de suas funções, nos diversos setores da Polícia Civil
do Estado da Paraíba, providenciando a conservação, a limpeza e a manutenção das viaturas policiais,
responsabilizando-se pela guarda do veículo, seus acessórios e equipamentos;
II – auxiliar o agente de investigação nas diligências e investigações policiais determinadas pela autoridade
policial, com o fim de coletar provas para a elucidação de infrações penais e respectivas autorias;
III – auxiliar o agente de investigação nas prisões em flagrante ou cumprimento de mandados expedidos pela
autoridade policial ou judiciária competente;
IV – auxiliar o agente de investigação no levantamento de local de crime;
V – auxiliar na realização do recolhimento, movimentação e escolta de preso, bem como na guarda de valores
e pertences, enquanto perdurar a custódia legal do preso, durante as diligências investigatórias até a entrega
ao respectivo cartório;
VI – executar outras determinações legais emanadas da autoridade policial, considerando as atribuições que
forem definidas por lei ou ato normativo, relativo às atividades de polícia judiciária.
CAPÍTULO III
Do Ingresso e Crescimento nas Carreiras
Seção I
Do Ingresso nas Carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba
Art. 250. O ingresso nas carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba far-se-á mediante aprovação em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com o disposto nesta Lei Complementar e na
forma definida em Edital.
Art. 251. Considerando a natureza do cargo a ser provido, são requisitos próprios para o ingresso nas carreiras
da Polícia Civil do Estado da Paraíba de:
I – Delegado de Polícia: bacharelado em Direito;
II – Agente de Investigação: formação de nível superior;
III – Escrivão de Polícia: formação de nível superior;
IV – Perito Oficial Criminal: formação de nível superior em Análise de Sistemas, Ciências Biológicas,
Biomedicina, Ciências Contábeis, Ciência da Computação, Engenharia, Farmácia, Física, Fonoaudiologia,
Ecologia, Geografia, Geologia, Medicina Veterinária, Química, Química Industrial e outras graduações afins
definidas em edital de concurso;
V – Perito Oficial Médico-Legal e Perito Oficial Odonto-Legal: formação de nível superior em Medicina e
Odontologia, respectivamente;
VI – Perito Oficial Químico-Legal: formação de nível superior em Química, Química Industrial, Farmácia,
Farmácia Bioquímica ou Farmácia Industrial
VII – Técnico em Perícia: formação de nível superior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13 de maio de
2010)
VIII – Papiloscopista: formação de nível superior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13 de maio de 2010)
IX – Necrotomista: formação de nível superior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13 de maio de 2010)
X – Agente Operacional de Polícia Civil: formação de nível médio. (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto
de 2018)
§ 1º O ingresso nas carreiras do Grupo Ocupacional GPC-600 dar-se-á sempre na terceira classe.
§ 2º A comprovação de conclusão dos cursos de nível médio e superior, referidos neste artigo, deverá ser feita
no ato da posse por meio de diploma expedido, por estabelecimento de ensino oficial ou reconhecido,
devidamente registrado no órgão competente.
Seção II
Da Promoção na Carreira
Art. 252. A promoção de que trata esta Lei Complementar será realizada, caso haja vaga que a permita, com
divulgação das vagas em 21 de abril, antecedida de realização dos procedimentos de avaliação de
desempenho e de sua apuração através das Comissões Permanentes de Avaliação.
§ 1º Serão divulgados, por edital, o tempo de serviço na carreira, no cargo e na classe, bem como a pontuação
obtida na avaliação de desempenho dos candidatos aptos a concorrer à promoção, pelos critérios de
antiguidade e merecimento.
150
§ 2º As promoções ocorrerão nos limites das vagas existentes, que serão providas na proporção de uma por
antigüidade e outra por merecimento, alternadamente.
§ 3º A promoção somente ocorrerá para a classe imediatamente superior àquela em que se encontra o Policial
civil
§ 4º O interstício mínimo de permanência em cada classe é de 02 (dois) anos. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 94 de 13 de maio de 2010)
Art. 253. Haverá uma Comissão Permanente de Avaliação para cada carreira da Polícia Civil do Estado da
Paraíba, que será responsável pela condução dos procedimentos de avaliação de desempenho e pela
elaboração das listas dos concorrentes à promoção.
§ 1º As Comissões Permanentes de Avaliação serão constituídas por três ocupantes de cargo de cada carreira
da Polícia Civil do Estado da Paraíba, posicionados preferencialmente na classe especial.
§ 2º As comissões serão constituídas por ato do Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, por
indicação do Delegado-Geral da Polícia Civil do Estado da Paraíba ou do Diretor do Instituto de Polícia
Científica, e seus membros terão mandato de um ano, permitida a recondução.
§ 3º A lista dos concorrentes por antiguidade será elaborada em ordem decrescente do tempo de serviço na
carreira, e as listas tríplices serão elaboradas com os nomes dos concorrentes à promoção por merecimento,
considerando os resultados da avaliação de desempenho.
§ 4º As listas serão encaminhadas ao Secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social para apreciação,
deliberação e encaminhamento dos nomes dos promovidos ao Governador, que promoverá através de ato
publicado no Diário Oficial do Estado.
Art. 254. Para concorrer à promoção, será exigido que o policial civil respeite, no mínimo, o interstício de 2
(dois) anos, na classe em que estiver classificado, ou no caso da primeira promoção, que tenha cumprido o
período de estágio probatório. (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13 de maio de 2010)
§ 1º Será considerada como data inicial para a apuração do interstício a da publicação da promoção anterior
ou a data de sua entrada em exercício no cargo efetivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13 de maio de
2010)
§ 2º Na apuração do interstício, serão excluídos os afastamentos do exercício do cargo não considerados de
efetivo exercício, os períodos de suspensão não convertida em multas e todas as ausências não abonadas.
Art. 255. As promoções são facultativas e dependem de manifestação de interesse do candidato, ficando
condicionada ao preenchimento dos seguintes requisitos:
I – apresentação de requerimento de inscrição no prazo estipulado no edital de abertura, tanto para concorrer
pelo critério de merecimento quanto pelo critério de antiguidade, com exposição fundamentada das razões de
seu pleito, sendo permitida a juntada de documentos para instruir o procedimento;
II – apresentação de documento que comprove a conclusão de curso específico na Academia de Polícia Civil
do Estado da Paraíba, que habilite o policial a concorrer à nova classe que pleiteia;
III – constar na lista de habilitação publicada pela Comissão Permanente de Avaliação;
IV – ter permanecido na respectiva classe por, no mínimo, dois anos de efetivo exercício.
§ 1º As listas com os nomes dos policiais civis concorrentes serão publicadas, por ordem decrescente da
classificação final, pelos critérios de antiguidade e de merecimento.
§ 2º Poderão concorrer à promoção por antiguidade os policiais civis afastados por motivo de saúde e para
exercício de mandato classista.
Art. 256. Para concorrer à promoção por merecimento, o integrante do Grupo Ocupacional Polícia Civil do
Estado da Paraíba deverá atender aos seguintes requisitos: (Caput, parágrafos, inciso e alíneas Revogados pela Lei nº
11.192 de 31 de agosto de 2018)
I – Delegado de Polícia, Perito Oficial Criminal, Perito Oficial Médico-Legal, Perito Oficial Odonto- Legal ou
Perito Oficial Químico-Legal:
a) para a classe especial: curso de especialização nas áreas previstas nos incisos I e IV e alíneas do artigo
251 desta Lei Complementar, com carga horária mínima de 450 (quatrocentas) horas ou pós-graduação em
nível de mestrado ou doutorado em área afim;
b) para a primeira classe: curso de especialização nas áreas previstas nos incisos I e IV e alíneas do artigo
251 desta Lei Complementar, com carga horária mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas;
c) para a segunda classe: cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária mínima de
40 (quarenta) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 240 (duzentas
e quarenta) horas;
II – Agente de Investigação ou Escrivão de Polícia:
a) para a classe especial: conclusão de curso de especialização na área com carga horária mínima de 360
(trezentas e sessenta);
151
b) para a primeira classe: conclusão de cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária
mínima de 40 (quarenta) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de
180(cento e oitenta) horas;
c) para a segunda classe: conclusão de cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária
mínima de 20 (vinte) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de
120(cento e vinte) horas;
III – Técnico em Perícia e Papiloscopista:
a) para a classe especial: cursos de capacitação na área de segurança pública ou na área correspondente ao
seu cargo com carga horária mínima de 40 (quarenta) horas, que, de forma isolada ou cumulativa, totalizem
uma carga horária mínima de 200 (duzentas) horas ou a conclusão de curso de graduação nas áreas previstas
no inciso IV, alínea “a”, do artigo 251 desta Lei Complementar;
b) para a primeira classe: cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 120 (cento e
vinte) horas;
c) para a segunda classe: cursos de capacitação na área de segurança pública, com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 80 (oitenta) horas;
IV – Necrotomista:
a) para a classe especial: cursos de capacitação ou na área de segurança pública na área correspondente ao
seu cargo com carga horária mínima de 40 (quarenta) horas, que, de forma isolada ou cumulativa, totalizem
uma carga horária mínima de 200 (duzentas) horas ou a conclusão de curso de graduação na área de saúde
ou nas áreas previstas no inciso IV, alínea “b”, do artigo 251 desta Lei Complementar;
b) para a primeira classe: cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, que, de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 120 (cento e
vinte) horas;
c) para a segunda classe: cursos de capacitação na área de segurança pública, com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, que, de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 80 (oitenta)
horas;
V – Motorista Policial:
a) para classe especial: cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária mínima de 20
(vinte) horas, que, de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 180 (cento e oitenta)
horas ou conclusão de curso graduação em qualquer área;
b) cursos de capacitação na área de segurança pública com carga horária mínima de 20 (vinte) horas, que de
forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 120 (cento e vinte) horas;
c) para a segunda classe: cursos de capacitação na área de segurança pública, com carga horária mínima de
20 (vinte) horas, que de forma isolada ou cumulativa, totalizem uma carga horária mínima de 80 (oitenta) horas.
§ 1º Os cursos referidos no caput deste artigo, à exceção de graduação, especialização em nível de pós-
graduação, mestrado e doutorado, serão ministrados pela Academia de Ensino de Polícia, anualmente,
inclusive mediante convênio com outras instituições de ensino superior do Estado ou de outras Unidades da
Federação, em qualquer caso, aprovado pelo Conselho de Ensino da Academia de Polícia.
§ 2º O Curso de Formação exigido para o ingresso do policial civil na carreira não será considerado para efeito
de Promoção.
§ 3º Um mesmo título não poderá ser utilizado para mais de uma promoção.
Subseção I
Da Promoção por Merecimento
Art. 257. Merecimento é a demonstração positiva pelo policial civil, durante a sua permanência na classe, do
desempenho de suas funções com eficiência, ética e responsabilidade.
§ 1º Concorrerão à promoção por merecimento os policiais civis que constarem da lista elaborada pela
Comissão Permanente de Avaliação.
§ 2º O merecimento do policial civil será apurado em pontos positivos, mediante o preenchimento das
condições definidas nesta Lei Complementar.
Art. 258. A avaliação de desempenho, com o objetivo de aferir o rendimento do membro da Polícia Civil do
Estado da Paraíba no exercício das respectivas atribuições, condiciona-se ao preenchimento dos requisitos
considerados indispensáveis ao exercício das funções e ao atendimento das condições essenciais para
concorrer à promoção por merecimento, com base nos seguintes fatores:
I – qualidade de trabalho: a demonstração do grau de exatidão, precisão e apresentação, quando possível,
mediante apreciação de amostras, do trabalho executado, bem como pela capacidade demonstrada pelo
policial civil no desempenho das atribuições do seu cargo;
152
II – produtividade no trabalho: a comprovação, a partir da comparação da produção desejada com o trabalho
realizado que será aferido, sempre que possível, com base em relatórios estatísticos de desempenho
quantificado;
III – iniciativa: capacidade de agir, de apresentar sugestões ou ideias visando ao aperfeiçoamento do serviço,
assim como o desempenho das atribuições e das tarefas que lhe foram designadas e que executou sem a
supervisão permanente de outrem;
IV – presteza: qualidade, demonstrada pelo policial civil, de cooperar com a chefia, com os colegas e com o
público, na realização dos trabalhos afetos ao organismo policial, com a devida prontidão na execução dos
trabalhos;
V – urbanidade no tratamento: conduta pessoal no relacionamento com o público, com os colegas e com os
superiores, pautada na ética, na educação e na obediência ao conjunto dos princípios que orientam a conduta
do policial civil;
VI – disciplina: observância dos preceitos e normas, com a compreensão dos deveres, da responsabilidade,
do respeito e da seriedade com os quais o policial civil desempenha suas atribuições;
VII – zelo funcional: execução de suas atividades com cuidado, dedicação e compreensão dos deveres e
responsabilidade;
VIII – assiduidade: aferida pelo número de ausências ao serviço;
IX – pontualidade: aferida pelo número de entradas em serviço atrasadas, de saídas antecipadas ou de
ausências durante o expediente de trabalho;
X – cultura profissional e aproveitamento em programas de capacitação: comprovação da capacidade para
melhorar o desempenho das atribuições normais do cargo e para a realização de tarefas superiores, adquiridas
por intermédio de estudos, de trabalhos específicos e da participação em cursos regulares relacionados com
atribuições do cargo;
XI – chefia e liderança: o bom desempenho no exercício de funções de direção, coordenação, supervisão e
orientação, bem como a participação, como representante da categoria funcional, em órgãos de deliberação
coletiva ou em eventos técnicos de interesse da segurança pública.
Parágrafo único. Para cada um dos fatores relacionados, serão atribuídos graus de avaliação, que serão
convertidos em pontos, para apurar o desempenho dos policiais civis, conforme dispuser regulamento.
Art. 259. As Comissões Permanentes de Avaliação, além dos conceitos lançados na Ficha Individual de
Desempenho pelas chefias imediatas, utilizará, para a elaboração das listas de promoção, os seguintes
parâmetros:
I – conduta na vida pública e particular, que reflitam no exercício da função policial ou na imagem da Polícia
Civil do Estado da Paraíba;
II – eficiência no desempenho das funções inerentes ao cargo ocupado;
III – atuação destacada na solução de situações ou conflitos de relevância para o restabelecimento da ordem
pública;
IV – contribuição à organização e à melhoria dos serviços de natureza policial;
V – aprimoramento de seus conhecimentos, por meio de cursos, publicação de livros e artigos, relacionados
com a atividade policial, jurídica ou científica;
VI – elogios, medalhas de mérito ou outras condecorações por desempenho destacado no exercício da função
pública, de autoridades da Administração Pública ou de entidades da organização civil;
VII – exercício de tarefas especiais, mediante designação específica.
Parágrafo único. Para fins de avaliação, a Comissão Permanente terá por base os lançamentos realizados
ao longo do período nos assentamentos funcionais, no banco de dados do Departamento de Inteligência e na
Corregedoria da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
Art. 260. O merecimento do policial civil será apurado anualmente pelas Comissões Permanentes de
Avaliação, a partir dos lançamentos constantes das Fichas Individuais de Desempenho, preenchidas pelas
chefias imediatas.
§ 1º Na aferição do merecimento, as Comissões Permanentes de Avaliação não ficarão adstritas à Ficha
Individual de Desempenho, devendo ouvir os chefes imediatos e mediatos, atual e anterior, sem prejuízo de
outros meios, ao longo do período da respectiva avaliação.
§ 2º Os servidores afastados por mais de cento e oitenta dias no período da avaliação de desempenho não
poderão concorrer à promoção pelo critério de merecimento.
§ 3º É obrigatória a promoção do servidor policial civil que figurar, por 03 (três) vezes consecutivas ou 05 (cinco)
vezes alternadas, em lista de merecimento, ressalvadas as hipóteses do artigo 257 desta Lei Complementar.
153
Art. 261. Não concorrerá à promoção por merecimento o membro da Polícia Civil do Estado da Paraíba que
registrar, relativamente ao período da avaliação, uma ou mais das seguintes situações, até à data de
divulgação dos nomes dos concorrentes:
I – estar cedido a órgãos não integrantes da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social;
II – registro de dez ou mais faltas não abonadas;
III – punição administrativa não reabilitada;
IV – condenação criminal, com trânsito em julgado, não reabilitada;
V – estar em exercício de mandato eletivo federal, distrital, estadual ou municipal;
VI – estar exercendo, exclusivamente, mandato classista;
VII – estar em gozo de licença para tratar de assunto particular;
VIII – ter sofrido penalidade de advertência ou suspensão, no período de 02 (dois) anos imediatamente
anteriores à ocorrência da vaga.
Art. 262. Na aferição do merecimento, o avaliado terá ciência dos resultados e poderá interpor pedido de
reconsideração perante a Comissão Permanente de Avaliação, cuja decisão poderá, no prazo de cinco dias
úteis, ser apreciada em grau de recurso pelo Delegado-Geral, que terá trinta dias para julgá-lo em decisão
irrecorrível.
Art. 263. A avaliação para a promoção por merecimento será efetivada na classe, aferindo-se o comportamento
e o desempenho do policial civil sob os aspectos de capacitação, experiência e eficiência funcional, atendido
o maior número possível dos requisitos a seguir:
I – curso específico na Academia de Ensino de Polícia, válido para promoção por merecimento;
II – cursos realizados em outras academias ou instituições, relacionados com a carreira policial;
III – publicação de livros, teses, estudos e artigos de natureza afim ao cargo;
IV – o diploma de Especialização, Mestrado ou Doutorado, realizado por instituições públicas ou privadas,
legalmente reconhecido, na área afim ao cargo.
§ 1º O curso referido no inciso I será exigido para promoção à segunda classe e seguintes da carreira da Polícia
Civil do Estado da Paraíba.
§ 2º Os cursos mencionados nos incisos I e II serão levados em consideração para promoção somente quando
for dada oportunidade de participação a todos os interessados, por meio de chamada divulgada por edital no
Boletim da Polícia Civil do Estado da Paraíba.
§ 3º Ocorrendo empate, na primeira promoção, terá preferência o mais bem classificado no concurso público
de ingresso e, nas demais, a classificação em curso referido no inciso I.
Subseção II
Da Promoção por Antiguidade
Art. 264. Concorrerão à promoção por antiguidade os integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da
Paraíba que tiverem maior tempo de efetivo exercício na classe, o qual será contado, nos casos de:
I – nomeação, a partir da data de sua efetivação no cargo devidamente aprovado no estágio probatório;
II – reversão ou retorno, a partir da data em que retornou ao exercício do cargo;
III – promoção, a partir da publicação do ato de movimentação.
Parágrafo único. Havendo empate na contagem do tempo de serviço na classe, a classificação obedecerá,
sucessivamente, aos seguintes critérios:
I – maior tempo de serviço, em caráter efetivo, na categoria;
II – maior tempo de serviço policial civil no Estado;
III – maior tempo de serviço policial em geral;
IV – maior tempo de serviço público no Estado;
V – maior tempo de serviço público em geral;
VI – maior idade;
VII – maior prole.
Subseção III
Da Promoção Extraordinária
Art. 265. A promoção extraordinária ocorrerá, em caráter excepcional, condicionada à existência de vaga,
quando integrante de carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba ficar permanentemente inválido, em virtude
de ferimento sofrido em ação ou pela prática de ato de bravura.
§ 1º Considera-se ação policial civil a realização ou a participação em atividades operacionais da Policia Civil
na execução de tarefas para manutenção da ordem pública.
154
§ 2º A promoção extraordinária dar-se-á para a classe imediatamente seguinte à que o policial civil se encontra
enquadrado.
Art. 266. A promoção extraordinária dependerá, em cada caso, da comprovação dos fatos que a justificam, os
quais serão apurados, independentemente de requerimento, por parte do interessado, da chefia imediata ou
por provocação de terceiros.
Art. 267. A promoção por bravura se efetivará pela prática de ato considerado muito meritório e terá as
circunstâncias para a sua ocorrência apuradas em investigação conduzida por membros da Secretaria de
Estado da Segurança e da Defesa Social, designados por seu titular.
§ 1º Para fins deste artigo, ato de bravura em serviço corresponde à conduta do policial civil que, no
desempenho de suas atribuições e para a preservação de vida de outrem, coloque em risco incomum a sua
própria vida, demonstrando coragem e audácia.
§ 2º O ato de bravura será destacado como forma de valorizar as posturas que, respeitando os direitos
fundamentais e os princípios gerais do direito, revelem a presença de um espírito público responsável pela
superação do estrito cumprimento do dever.
§ 3º Na promoção por ato de bravura não é exigido o atendimento de requisitos para a promoção, estabelecidos
nesta Lei Complementar.
§ 4º A promoção por bravura será submetida ao Governador, a quem compete a expedição do Ato concessório.
§ 5º Após ter sido promovido por ato de bravura, o policial civil que não possuir os requisitos essenciais para a
promoção somente concorrerá à nova movimentação após cumprir as condições exigidas nesta Lei
Complementar, a partir da data de ocorrência da promoção por bravura.
CAPÍTULO IV
Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 268. Ficam denominados de Técnico em Perícia os atuais cargos de Auxiliar de Perito preservadas as
suas atribuições.
Art. 269. Os atuais cargos de Agente de Telecomunicações Policial passam a integrar o Quadro Suplementar
do Estado e serão extintos com a vacância.
Parágrafo único. A remuneração do Agente de Telecomunicações Policial corresponderá à mesma atribuída
à categoria de apoio técnico, respeitadas as classes em que se encontrem na data da publicação desta Lei
Complementar, bem como todas as prerrogativas atinentes ao cargo, com direito à promoção mediante os
mesmos critérios estabelecidos para a categoria de apoio técnico. (Redação dada pela Lei Complementar nº 94 de 13
de maio de 2010)
Art. 270. Integração o Quadro Suplementar do Estado os cargos de Perito de Trânsito, extintos com a vacância,
nos moldes da legislação estadual.
Parágrafo único. Fica assegurada aos Peritos de que trata o caput do artigo a mesma remuneração dos
demais Peritos Oficiais, respeitadas as classes em que se encontrem na data da publicação desta Lei
Complementar.
Art. 271. As classes das categorias funcionais atualmente designadas pelas letras “A”, “B”, “C” e “E”, são
transformadas, respectivamente, em 3ª (terceira) classe, 2ª (segunda) classe, 1ª (primeira) classe e Classe
Especial.
Art. 272. Os atuais servidores ocupantes dos cargos que integram o Grupo GPC-600 serão absorvidos na
forma disposta nesta Lei Complementar na mesma classe em que se encontram atualmente.
TÍTULO VIII
Das Disposições Finais
Art. 273. Os atos referentes à vida funcional dos integrantes das carreiras da Polícia Civil do Estado da Paraíba,
de interesse interno, serão publicados no Boletim da Polícia Civil do Estado da Paraíba (BPC), que se constitui
meio oficial de divulgação de atos da Polícia Civil do Estado da Paraíba, ou no Diário Oficial do Estado. (Redação
dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
§ 1° Todos os atos relativos aos procedimentos administrativos disciplinares dos servidores da Polícia Civil
serão publicados apenas no Boletim da Polícia Civil do Estado da Paraíba (BPC).
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§2° Nenhum policial civil poderá alegar desconhecimento dos atos públicos no Boletim da Polícia Civil do
Estado da Paraíba (BPC) ou Diário Oficial do Estado. (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Art. 274. Todas as alterações ocorridas na vida funcional do policial civil serão registradas nos respectivos
assentamentos funcionais, pela unidade competente, após publicação no Boletim da Polícia Civil do Estado da
Paraíba (BPC). (Redação dada pela Lei nº 11.192 de 31 de agosto de 2018)
Art. 275. O Poder Executivo expedirá os atos regulamentares necessários à aplicação de disposições desta
Lei Complementar.
Art. 276. Ficam revogadas as Leis nos 4.273, de 21 de agosto de 1981; 5.009, de 29 de dezembro de 1987;
5.349, de 09 de janeiro de 1991; 5.716, de 25 de fevereiro de 1993; 8.549, de 04 de junho de 2008, bem como
as legislações que conflitem com o disposto nesta Lei Complementar.
Art. 277. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Exercícios pertinentes
Gabarito: no final da Coletânea de exercícios
01) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a Polícia Civil do Estado da Paraíba, cujos
integrantes, na forma desta Lei Complementar, são identificados como Grupo GPC-600, submete-se
aos princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, que
regem a Administração Pública, e subordina-se aos seguintes princípios institucionais:
I – respeito ao Estado Democrático de Direito.
II – garantia e promoção dos direitos e da dignidade da pessoa humana.
III – obediência à hierarquia e à disciplina.
IV – unidade de doutrina e uniformidade de procedimentos técnico-científicos, aplicados à investigação policial.
V – participação comunitária;
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V, apenas.
B) I, II e IV, apenas.
C) I, II, III, IV e V
D) III e V, apenas.
E) I, II, III e IV.
02) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, as funções da Polícia Civil do Estado da Paraíba
devem ser exercidas de acordo com os seguintes preceitos:
I – preservação da ordem, repelindo a violência e fazendo observar as leis.
II – respeito à pessoa humana, garantindo a integridade física e moral da população.
III – atuação na defesa civil, prestando permanentes serviços à comunidade.
IV – impedimento de sentimentos ou animosidades pessoais que influam nos procedimentos e nas decisões
de seus agentes.
V – exercício da função policial com probidade, discrição e moderação.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V, apenas.
B) I, II e IV, apenas.
C) III e V, apenas.
D) I, II, III, IV e V
E) I, II, III e IV apenas
03) Ainda, de acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, as funções da Polícia Civil do Estado da
Paraíba devem ser exercidas de acordo com os seguintes preceitos:
I – condução dentro de padrões ético-morais compatíveis com a instituição que integra e com a sociedade a
que serve;
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II – manutenção da unicidade técnico-científica da investigação policial;
III – autonomia de conclusões, desde que fundamentadas do ponto de vista jurídico e técnico-científico;
IV – atuação em equipe estimulada pela cooperação, planejamento sistêmico, troca dinâmica de informações,
compartilhamento de experiências e desburocratização.
É correto o que se afirma em
A) I, II e IV.
B) III e IV.
C) I, II e III.
D) I, II, III e IV.
04) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a Polícia Civil do Estado da Paraíba, órgão
integrante do Sistema de Segurança Pública do Estado, tem por missão:
I – praticar, com exclusividade, todos os atos necessários ao exercício das funções de polícia judiciária e
investigatória de caráter criminalístico e criminológico.
II – manter a ordem e o respeito aos direitos humanos e o combate eficaz à criminalidade e à violência.
III – organizar e executar os serviços de identificação civil e criminal, bem como realizar exames periciais em
geral para a comprovação da materialidade da infração penal e de sua autoria.
IV – colaborar com a justiça criminal.
É correto o que se afirma em
A) I, II e IV.
B) I, II, III e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
05) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, à Polícia Civil do Estado da Paraíba, no exercício
de suas funções institucionais, além das atribuições ínsitas na legislação penal e processual penal
vigente, cumpre:
I – formalizar, com exclusividade, o inquérito policial, o termo circunstanciado de ocorrência e outros
procedimentos apuratórios das infrações administrativas e criminais.
II – realizar ações de inteligência destinadas a instrumentar o exercício de polícia judiciária e de apuração de
infrações penais, na esfera de sua responsabilidade, observados os direitos e as garantias individuais.
III – realizar coleta, busca, estatística e análise de dados de interesse policial, destinados a orientar o
planejamento e a execução de suas atribuições.
IV – manter atualizados os arquivos sobre mandados de prisão e documentos correlatos.
V – manter, nos inquéritos policiais e nos termos da lei, o sigilo necessário à elucidação do fato ou o exigido
pelo interesse da sociedade.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II e IV
C) I, II, III, IV e V
D) III e V
E) I, II, III e IV
06) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, à Delegacia-Geral, além de outras atribuições,
compete:
I – o planejamento, a supervisão, a coordenação, o controle e a fiscalização do exercício das funções da Polícia
Civil do Estado da Paraíba, garantindo, inclusive, a eficácia de seus fundamentos e dos princípios institucionais.
II – a movimentação livre dos integrantes das carreiras policiais dentro das unidades que lhe são subordinadas.
III – a aprovação da escala de férias dos servidores do Grupo GPC-600.
IV – a decisão, em último grau de recurso, sobre a instauração de inquérito policial e de outros procedimentos
formais.
V – a avocação e redistribuição, excepcional e fundamentadamente, de inquéritos policiais e outros
procedimentos, instrumentos e atos oficiais.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II e IV
C) III e V
D) I, II, III e IV
E) I, II, III, IV e V
07) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao Instituto de Polícia Científica, compete:
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I – coordenar, planejar e executar, através de suas unidades operacionais, os exames periciais em geral para
a comprovação da materialização da infração penal e de sua autoria.
II – organizar e executar os serviços de identificação civil e criminal.
III – colaborar com o Sistema Nacional de Segurança Pública, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública, por intermédio de suas gerências executivas.
IV – promover a informatização para o perfeito funcionamento de suas unidades operacionais.
V – articular-se com a Academia de Ensino de Polícia, para propiciar a formação, a capacitação e a atualização
dos integrantes das carreiras que atuam sob sua subordinação, no que se refere ao conhecimento técnico-
científico.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, III e V.
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
08) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, os ocupantes dos cargos compreendidos no
Grupo Ocupacional Polícia Civil estão sujeitos ao regime de trabalho de ________semanais, de
segunda-feira à sexta-feira, em 02 (dois) turnos.
A) 30 (trinta) horas
B) 35 (trinta e cinco) horas
C) 40 (quarenta) horas
D) 42 (quarenta e duas) horas
09) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, são requisitos básicos para a investidura em
cargos da Polícia Civil do Estado da Paraíba:
I – a quitação com as obrigações militares e eleitorais.
II – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo.
III – a idade mínima de dezoito anos.
IV – aptidão física e mental.
V – certidão negativa de antecedentes criminais emitida pela Justiça Estadual e Federal.
É correto o que se afirma em
A) I, II e IV.
B) I, II, III e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
10) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a nomeação do candidato habilitado no concurso
público para cargo da carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba será processada por ato do
Governador, e a posse será formalizada mediante a lavratura de termo próprio, na Secretaria de Estado
da Administração, no prazo máximo de__________, contados da data de sua publicação, prorrogável
por igual período, a requerimento do interessado.
A) 15 (quinze) dias
B) 18 (dezoito) dias
C) 25 (vinte e cinco) dias
D) 30 (trinta) dias
11) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao entrar em exercício, o servidor empossado
em cargo efetivo de carreira da Polícia Civil do Estado da Paraíba iniciará estágio probatório
de______________, durante os quais serão avaliadas a aptidão e a capacidade para o desempenho do
cargo, como condição para a aquisição de sua estabilidade no cargo.
A) 01 (um) ano
B) 02 (dois) anos
C) 03 (três) anos
D) 04 (quatro) anos
12) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, é vedada a Reversão de aposentado que já tiver
completado ________________de idade.
A) 60 (sessenta) anos
B) 68 (sessenta e oito) anos
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C) 70 (setenta) anos
D) 72 (setenta e dois) anos
13) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o retorno à atividade de servidor policial em
disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado, asseguradas as promoções por antiguidade a que teria
direito, se estivesse em atividade, e dependerá:
I – de exame médico oficial.
II – da existência de vaga.
III – da manifestação expressa e fundamentada do interesse no retorno do disponível pela Delegacia-Geral da
Polícia Civil do Estado da Paraíba.
IV – De carta de recomendação do comando principal.
É correto o que se afirma em
A) I, II e IV.
B) I, II, III e IV.
C) III e IV.
D) I, II e III.
14) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o policial civil estável poderá requerer
afastamento do cargo por período não superior a _________em decorrência de posse em outro cargo
público inacumulável, ficando assegurado o seu vínculo, sem remuneração, durante o referido período.
A) 03 (três) anos
B) 04 (quatro) anos
C) 05 (cinco) anos
D) 07 (sete) anos
15) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o integrante de carreira da Polícia Civil do Estado
da Paraíba, cientificado formalmente de sua remoção, deverá apresentar-se na nova unidade no prazo
de__________, quando envolver unidades sediadas em cidades contíguas ou em municípios distantes
não mais que 50 (cinquenta) quilômetros um do outro.
A) 03 (três) dias
B) 05 (cinco) dias
C) 08 (oito) dias
D) 10 (dez dias
16) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, será considerado de efetivo exercício o
afastamento do policial civil no exercício do respectivo cargo, em virtude de:
I – férias.
II – deslocamentos a serviço e trânsito para nova sede.
III – participação em júri, atendimento de convocação para o serviço militar e outros serviços obrigatórios por
lei.
IV – exercício de função do governo por designação do Governador ou do Presidente da República.
É correto o que se afirma em
A) I, II e IV
B) I, II, III e IV.
C) I, III e IV
D) III e IV
17) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, os substitutos de servidores ocupantes de cargo
em comissão ou de função de confiança serão indicados pela autoridade competente.
O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou da função de direção ou de chefia, nos
casos de afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a _________consecutivos, paga
na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.
A) dez dias
B) quinze dias
C) trinta dias
D) quarenta e cinco dias
18) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o policial civil que receber diárias e não se afastar
da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de _________úteis.
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A) dois dias
B) três dias
C) quatro dias
D) cinco dias
19) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, além do vencimento, poderão ser atribuídas ao
Policial civil as seguintes vantagens, cuja regulamentação será objeto de lei específica:
I – gratificação de risco de vida.
II – gratificação pelo exercício de função.
III – gratificação natalina.
IV – gratificação de atividades especiais.
V – gratificação pelo exercício de atividades insalubres.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II, III, IV e V
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
20) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a fração igual ou superior a ______________será
considerada como mês integral.
A) 10 (dez) dias
B) 12 (doze) dias
C) 15 (quinze) dias
D) 18 (dezoito) dias
21) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, será paga ao policial civil, por ocasião das férias,
um adicional correspondente a ____________da remuneração a que tiver direito, no período
correspondente às férias, independentemente de solicitação.
A) 1/5 (um quinto)
B) 2/4 (dois quartos)
C) 1/3 (um terço)
D) 2/3 (dois terços)
22) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, aos integrantes das carreiras da Polícia Civil do
Estado da Paraíba, conceder-se-ão as licenças previstas no Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis do Estado da Paraíba, em especial:
I – por motivo de doença em pessoa da família.
II – para tratar de interesses particulares.
III – para desempenho de mandato classista.
IV – para atividade política.
V – para o serviço militar.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II e IV
C) III e V
D) I, II, III e IV
E) I, II, III, IV e V
23) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a licença por motivo de doença em pessoa da
família, comprovada a necessidade clínica e social do acompanhamento pessoal do policial civil
requerente, será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias, podendo ser
prorrogada por igual período, mediante parecer de junta médica oficial e, excedendo estes prazos, sem
remuneração, por até:
A) 15 (quinze) dias
B) 30 (trinta) dias
C) 60 (sessenta) dias
D) 90 (noventa) dias
160
24) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a licença para trato de interesses particulares
dar-se-á sem percepção de remuneração do cargo efetivo e poderá ser concedida por até
_________contínuos ao policial civil estável que requerer, desde que não seja inconveniente para o
serviço.
A) dois anos
B) três anos
C) quatro anos
D) cinco anos
25) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao policial civil convocado para o serviço militar,
será concedida licença, na forma e nas condições previstas na legislação específica. Concluído o
serviço militar, o servidor terá até_________, não remunerados, para reassumir o exercício do cargo,
sob pena de incorrer em abandono de cargo.
A) 15 (quinze) dias
B) 20 (vinte) dias
C) 30 (trinta) dias
D) 45 (quarenta e cinco) dias
26) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o servidor policial civil, casado ou que mantenha
união estável, nos termos da lei, terá direito à licença sem remuneração e sem contagem de tempo de
serviço, por prazo indeterminado, quando o cônjuge ou convivente, servidor público estadual ou
federal, for mandado servir em outro ponto do Estado ou fora deste, inclusive em território estrangeiro
ou ainda eleito para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A licença dependerá de requerimento devidamente instruído, devendo o pedido ser renovado a
cada___________.
A) 2 (dois) anos
B) 3 (três) anos
C) 4 (quatro) anos
D) 5 (cinco) anos
27) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o servidor pode ausentar-se para o exterior ou
para outros pontos do território nacional, sem perda da remuneração, para cumprimento de missão
oficial, a critério da Administração, por prazo não superior a_______________, mediante autorização do
Governador do Estado.
A) 2 (dois) anos
B) 3 (três) anos
C) 4 (quatro) anos
D) 5 (cinco) anos
28) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao integrante de carreira da Polícia Civil do
Estado da Paraíba, será concedido o afastamento, sem prejuízo da remuneração, por ____________para
doação de sangue devidamente comprovada;
A) 12 (doze) horas,
B) 01 (um) dia,
C) 02 (dois) dias,
D) 03 (três) dias,
29) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao integrante de carreira da Polícia Civil do
Estado da Paraíba, será concedido o afastamento, sem prejuízo da remuneração,
por_________________, para se alistar como eleitor;
A) até 02 (dois) dias
B) até 03 (três) dias
C) até 04 (quatro) dias
D) até 05 (cinco) dias
30) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, ao integrante de carreira da Polícia Civil do
Estado da Paraíba, será concedido o afastamento, sem prejuízo da remuneração, por até
161
___________consecutivos em razão de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob tutela e irmãos.
A) 05 (cinco) dias
B) 07 (sete) dias
C) 08 (oito) dias
D) 10 (dez) dias
31) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o salário-família será devido ao servidor em
função dos dependentes que lhe estejam afetos, compreendidos como tais filho menor
de________________, pessoa da mesma idade a ele equiparado e, finalmente, inválido de qualquer
idade, assim reconhecido pela perícia médica competente.
A) 10 (dez) anos
B) 12 (doze) anos
C) 13 (treze) anos
D) 14 (catorze) anos
32) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, será concedida ao policial civil a licença para
tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração
a que fizer jus.
Para licença de até___________, o exame médico poderá ser feito por profissional da repartição onde
o servidor for lotado, e, no caso de licença por período superior, o exame deverá ser procedido por
Junta Médica Oficial.
A) 03 (três) dias
B) 04 (quatro) dias
C) 05 (cinco) dias
D) 07 (sete) dias
33) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, Será concedida a licença à servidora gestante
por ___________________consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
A) 120 (cento e vinte) dias
B) 130 (cento e trinta) dias
C) 150 (cento e cinquenta) dias
D) 180 (cento e oitenta) dias
34) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, à servidora que adotar ou obtiver tutela judicial
de criança com até 01 (um) ano de idade, serão concedidos __________de licença remunerada.
A) 60 (sessenta) dias
B) 90 (noventa) dias
C) 120 (noventa) dias
D) 150 (noventa) dias
35) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o direito de pleitear na esfera administrativa
prescreve em____________, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho.
A) 05 (cinco) anos
B) 06 (seis) anos
C) 07 (sete) anos
D) 08 (oito) anos
36) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o policial civil, no exercício de suas funções,
goza das seguintes prerrogativas, dentre outras estabelecidas em lei:
I – desempenho de cargos e funções correspondentes à condição hierárquica.
II – tratamento compatível com o nível do cargo desempenhado.
III – uso privativo das insígnias e documentos de identidade funcional, conforme modelos oficiais;
IV – porte de arma, na forma da legislação.
V – livre acesso a locais públicos ou particulares que necessitem de intervenção policial, na forma da legislação.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, III e V.
C) I, II e IV
162
D) III e V
E) I, II, III e IV
37) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o policial civil manterá observância dos seguintes
preceitos éticos:
I – servir à sociedade como obrigação fundamental.
II – proteger vidas e bens.
III – preservar a ordem.
IV – respeitar os direitos e garantias individuais.
V – jamais revelar tibieza ante o perigo e o abuso.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II e IV
C) III e V
D) I, II, III, IV e V
E) I, II, III e IV
38) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, são, entre outras, transgressões disciplinares
de natureza leve:
I – impontualidade habitual.
II – simular doença, para esquivar-se do cumprimento de suas atribuições.
III – apresentar-se como representante ou servidor lotado no órgão ou em unidade de trabalho a que não
pertencer, sem estar expressamente autorizado.
IV – não comparecer às convocações de autoridade superior, quando previamente convocado ou notificado
em razão de serviço, salvo por motivo justificável.
V – s É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, III e V.
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
39) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, são transgressões disciplinares de natureza
média:
I – agir com deslealdade no exercício da função.
II – valer-se do cargo com o fim ostensivo ou velado de obter proveito de natureza político-partidária para si ou
para outrem.
III – usar indevidamente os bens da repartição sob sua guarda ou não.
IV – deixar de concluir, nos prazos legais, sem motivo justo, inquéritos policiais, sindicância ou processos
administrativos.
V – patrocinar acordos pecuniários entre partes interessadas, no interior das repartições ou fora delas.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
B) I, II e IV
C) I, II, III, IV e V
D) III e V
E) I, II, III e IV
40) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, são, entre outras, transgressões disciplinares
de natureza grave:
I – fornecer intencionalmente informação inexata, que altere ou desfigure a verdade;
II – coagir os servidores policiais subordinados com objetivos político partidários;
III – praticar usura em quaisquer de suas formas;
IV – apresentar requerimento, queixa ou representação contra servidores policiais, pares, subordinados ou
superiores hierárquicos, sabendo-as infundadas, buscando confundir investigação que exista ou que possa vir
a existir contra sua própria pessoa ou para prejudicar colegas ou terceiros;
V – ceder insígnia ou cédula de identidade funcional, armamento ou indumentária de identificação policial de
uso pessoal;
É correto o que se afirma em
A) I, II, III e V.
163
B) I, II e IV
C) III e V
D) I, II, III, IV e V
E) I, II, III e IV
41) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, na aplicação das penas disciplinares, serão
considerados:
I – a natureza da infração, sua gravidade e as circunstâncias em que for praticada.
II – os danos dela decorrentes para o serviço policial civil.
III – a repercussão do fato.
IV – os antecedentes do policial civil.
V – a não reincidência.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, III e V.
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
42) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a demissão será aplicada nos seguintes casos:
I – abandono de cargo.
II – condenação em conduta tipificada como ato de improbidade administrativa.
III – aplicação regular de dinheiro público.
IV – insubordinação grave em serviço.
V – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo as causas excludentes de ilicitude previstas na
legislação vigente.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, IV e V.
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
43) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, extingue-se a punibilidade da conduta tipificada
como transgressão disciplinar:
I – pela morte do policial civil transgressor.
II – pela prescrição da ação disciplinar.
III – pela prescrição da falta sujeita à pena de advertência, em 180 (cento e oitenta) dias.
IV – pela prescrição da falta sujeita à pena de suspensão, em 2 (dois) anos.
V – pela prescrição das faltas puníveis com demissão, cassação de aposentadoria, disponibilidade e destituição
de cargo em comissão, em 5 (cinco) anos.
É correto o que se afirma em
A) I, II, III, IV e V
B) I, II, III e V.
C) I, II e IV
D) III e V
E) I, II, III e IV
44) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, a contar da data do interrogatório do processado,
abrir-se-á ao seu defensor prazo de _______para apresentar provas ou requerer sua produção.
A) três dias
B) cinco dias
C) dez dias
D) doze dias
45) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, o policial civil, após______, provado bom
comportamento, por meio da ficha de assentamentos funcionais e de parecer fundamentado com
conclusão objetiva do chefe imediato, poderá requerer reabilitação ao Delegado-Geral da Polícia Civil
do Estado da Paraíba.
A) dois anos
164
B) três anos
C) quatro anos
D) cinco anos
46) De acordo com a Lei Complementar nº 85 de 2008, para concorrer à promoção, será exigido que o
policial civil respeite, no mínimo, o interstício de_____________, na classe em que estiver classificado,
ou no caso da primeira promoção, que tenha cumprido o período de estágio probatório.
A) 1 (um) ano
B) 2 (dois) anos
C) 3 (três) anos
D) 4 (quatro) anos
Gabarito
01 - C 02 - D 03 - D 04 - B 05 - C 06 - E 07 - A 08 - C 09 - B 10 - D
11 - C 12 - C 13 - D 14 - A 15 - A 16 - B 17 - C 18 - A 19 - B 20 - C
21 - C 22 - E 23 - D 24 - B 25 - C 26 - A 27 - C 28 - B 29 - A 30 - C
31 - D 32 - C 33 - D 34 - B 35 - A 36 - A 37 - D 38 - A 39 - C 40 - D
41 - E 42 - B 43 - A 44 - C 45 - A 46 - B
FIM
165