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PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Legalidade
A atuação administrativa deve estar autorizada pela lei e pelo direito e não de
acordo com preferências ou valores pessoais. O administrador não pode desviar-se sob pena
de nulidade do ato. Pode ser responsabilizado administrativa, civil e criminal.
Ex: As sanções impostas ou vantagens devem estar previstas em lei.
Impessoalidade
Moralidade
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É permitido a qualquer cidadão exercer o controle mediante a propositura de ação
popular, com o objetivo de anular os atos a ela ofensivos.
Ex: Ordenar despesas que não sejam consideradas de natureza pública; usar
recursos públicos sem a observância das formalidades legais e em benefício de um
particular; contratar determinado fornecedor com o objetivo de obter vantagem pessoal.
A ofensa à moralidade também caracteriza ato de improbidade, viola os deveres de
honestidade, imparcialidade e lealdade às instituições, podendo submeter o infrator, ao
ressarcimento integral do dano, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos
de três a cinco anos.
Publicidade
Eficiência
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realizada por toda a sociedade. Isso se dá porque tal princípio, busca uma aproximação entre
a Administração e os administrados, seja no controle da atividade estatal ou em participação
efetiva nas decisões que afetam a todos. O direito positivo prevê formas de controle pela
sociedade (controle social) Ex: possibilidade de qualquer cidadão impugnar edital de
licitação por irregularidade na aplicação da Lei e ainda, qualquer cidadão é parte legítima
para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.
A Administração deve oferecer mecanismos que possibilitem a concretização do
princípio da participação, de modo que os administrados tenham acesso às informações
relativas ao exercício da função administrativa.
Princípio da Razoabilidade
Princípio da Economicidade
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PODERES ADMINISTRATIVOS
DEFINIÇÃO
PODER VINCULADO
A lei prevê todos os elementos do ato a ser praticado, não restando ao administrador
a possibilidade de fazer escolhas segundo critério de conveniência e oportunidade. A
impossibilidade de revogação é característica dos atos administrativos vinculados, haja vista
que não há espaço para uma avaliação sobre o mérito de sua prática. Isso não quer dizer que
não possam, e não devam, ser anulados por vícios de legalidade. Exemplo, a licença à
gestante, quando preenchidos os requisitos legais, não há espaço para a sua negativa, sob
pena de se configurar ilegalidade passível de correção pelo Poder Judiciário.
Retrata o dever do administrador de fiel aplicação da lei.
PODER DISCRICIONÁRIO
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OBJETO: Conteúdo ou consequências do ato.
Ex: Licença para tratar de interesses particulares, concedida ao servidor, quando for
conveniente e oportuno a administração.
PODER HIERÁRQUICO
PODER DISCIPLINAR
É ligado ao poder hierárquico, mas não pode ser confundido. Autoriza que a
administração apure eventuais faltas funcionais cometidas por todos que mantiverem com
ela um vínculo de subordinação específica, aplicando as penalidades cabíveis.
O exercício desse poder revela-se atividade preponderantemente vinculada. Há
discricionariedade quanto à definição e à quantificação da pena a ser imposta, não sendo
possível deixar de punir quando a lei assim o exigir. A definição e gradação da penalidade,
imposta aos servidores, deverá pautar-se pela natureza e pela gravidade da infração, e pela
gravidade dos danos causados ao serviço público. Quando a falta funcional apresentar
reduzida gravidade, poderá ser advertido apenas verbalmente.
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A apuração de irregularidades praticadas será procedida mediante a instauração de
sindicância ou inquérito administrativo, dependendo da gravidade da infração. Identificado
o infrator, a aplicação de penalidade dependerá de processo administrativo-disciplinar, onde
deverá ser garantido o contraditório e a ampla defesa. O poder disciplinar, decorre do
princípio da supremacia do interesse público, o Estado pode e deve aplicar sanções quando
a lei exigir, preservando a integridade do interesse público.
O administrador não pode aplicar as penalidades sem a observância obrigatória das
garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa e dos procedimentos definidos
expressamente em lei.
PODER REGULAMENTAR
Pelo poder regulamentar, a Administração Pública pode editar atos de caráter geral,
com o objetivo de complementar ou esclarecer o conteúdo das leis que lhe antecedem, de
forma a assegurar a sua fiel execução. É uma prerrogativa conferida à Administração
Pública. Exemplos de atos destinados a garantir execução das leis: decretos, resoluções,
instruções normativas e portarias.
A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul autoriza o Governador do Estado a
expedir decretos e regulamentos, mas, delimita o campo de atuação desses atos, os quais se
restringem à garantia da fiel execução das leis.
Os Secretários de Estado e as autoridades a eles equiparadas poderão expedir
instruções não apenas para a fiel execução das leis, mas também dos decretos e
regulamentos. Esses atos de caráter geral não podem contrariar a lei que se pretende
regulamentar, dada a vedação imposta pelo princípio da legalidade.
PODER DE POLÍCIA
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AUTOEXECUTORIEDADE: permite que a Administração efetive as medidas
necessárias – respeitados os limites previstos no ordenamento jurídico – sem necessitar da
intervenção judicial para tanto.
DISCRICIONARIEDADE: relaciona-se à valoração da atividade policiada e em
relação à medida de polícia aplicável.
O poder de polícia, é uma atividade estatal típica, é indelegável, impossibilitando seu
exercício por pessoas jurídicas de direito privado.
Ex: a concessão de licenças, a aplicação de punições administrativas, as
demolições, as apreensões, os embargos etc. Tal poder será regularmente exercido quando
observar as normas de direito administrativo.
A sua utilização irregular, por abuso de autoridade ou desvio de finalidade, pode
ocasionar (em regra não causa) a responsabilidade civil do Estado perante terceiros, bem
como a responsabilidade administrativa, civil e penal do servidor responsável pelo ato
ilegal.
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DEFINIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
Administração Direta
Conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a
competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do
Estado.
Formada pelas pessoas políticas: União, Estados, Municípios e Distrito Federal e
assim se denomina porque elas estão previstas na Constituição Federal de 1988.
Administração Indireta
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ADMINISTRAÇÃO DIRETA: Exercício do poder de polícia e a prestação de
serviço público.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: podem prestar serviço público e exercer
atividades econômicas.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquias
Agências Reguladoras
Agências Executivas
Fundações Públicas
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Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
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forma de sociedade anônima. Tem o lucro como objetivo, mas também reparte os eventuais
prejuízos. Tem múltiplos sócios (acionistas).
A Lei das Estatais é uma Lei Nacional, com aplicabilidade para todos os Entes
Federativos. A norma é válida para todas as empresas públicas, sociedades de economia
mista e subsidiárias.
Estatais no RS: Procergs, Banisul, Cesa, CEEE, EGR, entre outras. As subsidiárias
das estatais também se submetem a lei.
A Lei buscou estabelecer práticas de governança e controles proporcionais à
relevância, à materialidade e aos riscos do negócio das Estatais. Eles devem divulgar,
anualmente, carta com os objetivos de políticas públicas e dados operacionais e financeiros
que evidenciem os custos da atuação.
Trouxe critérios objetivos acerca da implementação e indicação dos
Administradores e do Comitê de Auditoria Estatutário.
A escolha dos administradores deverá recair sobre cidadãos de reputação ilibada e
de notório conhecimento e que preencham cumulativamente os seguintes requisitos:
Formação acadêmica compatível; não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade e
experiência mínima, que pode ser dispensada em alguns casos.
Traz a previsão da necessidade de participação anual dos administradores em
treinamentos específicos sobre legislação societária e de mercado de capitais, divulgação de
informações, controle interno, código de conduta e demais temas relacionados às atividades
da empresa pública ou da sociedade de economia mista.
Trouxe alterações aos valores previstos para a dispensa de licitação, que são de R$
100 mil para obras e serviços de engenharia e de R$ 50 mil para outros serviços e compras e
para alienações. Poderão ser alterados pelo conselho de administração, podendo haver
valores diferentes para cada estatal.
Subsidiárias
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CONTROLADA: Sociedade onde a controladora, diretamente ou através de outras
controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
CONTROLADA: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação.
A Constituição Federal autoriza que seja instituída empresa subsidiária por qualquer
entidade da administração indireta, mas apenas as sociedades de economia mista e empresas
públicas tem subsidiárias. A criação, modificação e extinção dependem de autorização legal.
As subsidiárias e as controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público
sujeitam-se ao controle interno e externo, inclusive as que não integram a Administração
Indireta, por existir patrimônio público envolvido.
Para que uma entidade instituída por uma sociedade de economia mista, na
condição de subsidiária, entre no mundo jurídico como uma sociedade de economia mista
específica, é preciso que lei específica autorize a sua criação, atribuindo essa qualidade à
nova entidade. É denominada de sociedade de economia mista de segundo grau, para
diferenciá-la da criadora, que é considerada de primeiro grau. Ambas integram a
Administração Indireta.
Entidades que tiverem a participação acionária, majoritária ou minoritariamente, de
sociedades de economia mista estarão sujeitas às suas regras gerais (ou seja, às da Lei das
Sociedades Anônimas) e não às disposições especiais destinados as sociedades de economia
mista.
Consórcios Públicos.
Cooperação é uma forma de articulação dos entes federativos que visa à realização
de objetivos comuns. Para tanto, poderão constituir consórcios públicos e formalizar
convênios de cooperação.
Parcerias formadas por dois ou mais entes da federação para prestar serviços
públicos por meio de gestão associada. Apresentam mais características de convênio, em
face dos interesses comuns, do que de contrato, como prevê a lei.
Poderão abranger áreas como saneamento básico, saúde, educação, habitação,
abastecimento de água, tratamento do lixo, destinação final de resíduos sólidos, segurança
pública e aquisição de máquinas.
Para alcançar seus objetivos, os consórcios podem firmar convênios, contratos e
acordos e receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras
entidades e órgãos de Governo.
Etapas para a constituição da entidade Consórcio Público:
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- Protocolo de Intenções: São estabelecidas as condições detalhadas do futuro
consórcio.
- Ratificação: Aprovação do protocolo de intenções, mediante lei específica.
- Estatuto: Prevê a estrutura do consórcio e o funcionamento de seus órgãos.
Poderão constituir-se sob a forma de pessoa jurídica de direito público (associações
públicas), de natureza autárquica, e pessoa jurídica de direito privado (associações
privadas), entes em colaboração com o poder público, sem fins lucrativos. As primeiras
adquirem personalidade jurídica com a vigência das leis de ratificação do protocolo de
intenções; as de direito privado dependem do registro em cartório dos seus atos
constitutivos.
Apenas as entidades com personalidade de direito público integram a
Administração Indireta dos entes federados participantes.
As receitas têm origem nos contratos com os consorciados, por meio da arrecadação
decorrente da gestão associada dos serviços, do contrato de rateio e dos convênios com
entes não consorciados. Também podem ser do recebimento de auxílios, contribuições e
subvenções sociais e econômicas de outras entidades e órgãos do Governo.
Aquele que não consignar recursos orçamentários para fazer frente às obrigações
assumidas poderá ser excluído do consórcio.
Os consórcios submetem-se à Lei de Licitações, os valores são dobrados para os
consórcios formados por até três entidades e triplicados para os compostos por número
superior. Os consórcios poderão dispensar a licitação em valores mais elevados – dobrados
– se comparados aos demais entes, bem como poderão ser contratados – contrato de
programa – pela Administração Direta e Indireta, com dispensa de licitação.
Estão sujeitos as normas de direito público – regime híbrido- relativamente a
licitações, prestação de contas e admissão de pessoal, ainda que pela CLT. Prestam contas e
se sujeitam a fiscalização do Tribunal de Contas.
Poderão receber servidores cedidos pelos entes consorciados, com restrição para os
que vierem a desempenhar atividade impositiva, os quais não poderão ser celetistas. E,
ainda, os entes consorciados poderão transferir ou alienar bens para o consórcio.
ENTIDADES PARAESTATAIS
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A palavra paraestatal significa o ente que está ao lado do Estado para executar
atividades estatais. São entidades privadas, instituídas por particulares, sem vínculo
orgânico com a Administração Pública. Colaboram com o Estado em atividades não
exclusivas deste, mediante algum incentivo do Poder Público, como subvenções sociais ou
isenções, sujeitando-se, ao controle do Tribunal de Contas.
É denominado TERCEIRO SETOR porque coexiste com o primeiro e com o
segundo setores, que são o Estado e o mercado, respectivamente. É formado por serviços
sociais autônomos, entidades de apoio, organizações sociais, entidades profissionais e
organizações da sociedade civil de interesse público.
Destacam-se os Serviços Sociais Autônomos, as Organizações Sociais, as Entidades
ou Fundações de Apoio, as Entidades Profissionais e as Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público – OSCIPs.
São entidades colaboradoras com o Estado; atuam como uma forma de parceria
para financiar atividades que visem ao aperfeiçoamento profissional e à melhoria do bem-
estar social dos trabalhadores, fornecendo assistência e ensino a certas categorias sociais ou
grupos profissionais. É atividade privada de interesse público, não exclusiva do Estado,
incentivada e subvencionada por este. Não é um serviço público, portanto, não se trata de
descentralização administrativa.
São instituídos mediante inscrição no Registro Civil sob a forma de fundações,
sociedades civis ou associações, com personalidade jurídica de direito privado, em geral,
não estão sujeitos às normas de direito público. As obrigações são estabelecidas na lei ou no
contrato de gestão. A lei não cria, mas autoriza a instituição, sendo, em geral, a tarefa
atribuída às confederações.
As entidades não visam lucro, as receitas são originárias, principalmente, de
contribuições parafiscais instituídas por lei; podem vir também de dotação orçamentária
específica, convênios ou contratos de gestão. A sua criação, devido a origem das receitas,
depende de autorização legislativa, e submetem-se ao controle exercido pelo Tribunal de
Contas.
O ingresso é por meio de processo seletivo, seus empregados são contratados pelo
regime celetista, são equiparados a servidores públicos para fins criminais e de
responsabilização pela prática de atos de improbidade administrativa. Os salários seguem os
padrões de mercado e NÃO estão sujeitos ao “teto remuneratório” dos servidores públicos.
Seguem a Lei de Licitações, mas podem adotar regulamento próprio. O benefício da
imunidade tributária está condicionado a não haver remuneração, e não distribuição de
lucros e bonificações, sob nenhuma forma ou pretexto.
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Organizações Sociais
Não possuem fins lucrativos e são criadas por servidores com a finalidade de
cooperar com as instituições de ensino superior, nas áreas de ensino e de pesquisa, e
desempenhar atividades de interesse público próprias da entidade estatal, com os mesmos
objetivos e áreas de atuação do órgão ou entidade pública que apoiam.
As fundações de apoio às instituições federais de ensino superior e de pesquisa
científica e tecnológica são disciplinadas pela Lei Federal nº 8.958/94; as demais entidades
não possuem legislação específica. São criadas com recursos privados, em geral oriundos
dos próprios servidores públicos da entidade que pretendem apoiar, sob a forma de
fundação, associação ou cooperativa, com personalidade jurídica de direito privado,
instituída nos termos das leis civis. Na sua extinção, o patrimônio será transferido para a
entidade congênere.
Exercem atividades de interesse público e não serviços públicos delegados, não se
sujeitando às normas de direito público; devem observar as regras do mercado, de direito
privado, mesmo que exista a participação de servidores das entidades contratantes na
realização das suas atividades, e os seus empregados são contratados pelo regime celetista.
Não estão sujeitas à Lei de Licitações e podem ser contratadas pelas universidades e
instituições públicas de pesquisa científica e tecnológica por dispensa de licitação. As
entidades constituídas com base na lei citada, devem observância à Lei de Licitações e
sujeitam-se ao controle do Tribunal de Contas. As demais estarão sujeitas a esse controle
quando utilizarem recursos públicos.
O vínculo dessas fundações com entidades da Administração Direta e Indireta,
ocorre (em regra) por meio de convênio ou contrato; suas receitas originam-se dos ajustes
com as instituições que apoiam, e ainda, da prestação de serviços a particulares, e têm a
prerrogativa de utilizar bens e serviços da entidade contratante (pública), mediante
ressarcimento.
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As que atuam nas áreas da educação ou da assistência social beneficiam-se da
imunidade, condicionada à não remuneração dos cargos de diretoria e à não distribuição de
lucro, bonificação a dirigentes ou associados.
O Ministério Público, quando fiscaliza, conforme atribuição, tem apontado série de
irregularidades nessas entidades: utilização de servidores, complementação salarial com
recursos públicos, repasse de serviços não terceirizáveis e utilização indevida de bens
públicos.
Entidades Profissionais
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ATOS ADMINISTRATIVOS
Competência
Finalidade
O ato administrativo deve ser praticado para atender ao interesse público. Caso o
agente pratique um ato administrativo visando ao fim mediato diverso do interesse público,
ocorrerá desvio de finalidade, o que torna o ato viciado e, com isso, passível de anulação.
Caso o gestor público identifique a existência de um ato administrativo divorciado
do interesse público e, portanto, ilegal por desvio de finalidade, deve dar início aos
procedimentos necessários à sua anulação.
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Todo deve servidor representar ou levar ao conhecimento da autoridade superior as
irregularidades de que tiver conhecimento.
Forma
Em alguns casos, a lei ou o ato normativo dispõem sobre a forma com a qual a
vontade administrativa deve se exteriorizar. Nessas situações, caso não seja obedecida a
forma indicada, o ato conterá vício de legalidade, sujeitando-se à invalidação. Quando a
Administração Pública pretender revogar um ato por conveniência e oportunidade, ou anulá-
lo, por conter vício de legalidade, deverá observar, para a extinção, a mesma forma prevista
em lei para a sua criação.
Objeto
Imperatividade
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pela Constituição e pela lei. Ela dá origem ao poder extroverso. Esse importante atributo,
não está presente em todos os atos, apenas naqueles que criam obrigações.
Presunção de Legitimidade
Quando são editados os atos administrativos, surge com eles a presunção de que são
praticados de acordo com as normas jurídicas vigentes, porque são emanados de pessoas
que compõem a Administração Pública.
Esta presunção não é absoluta, pois o ato pode ter sido praticado sem a observância
das normas aplicáveis, sendo, uma presunção relativa, ou seja, admite prova em contrário.
Com isso, o ônus de comprovar que foi praticado sem a observância das normas aplicáveis é
do administrado, já que o ato nasce com a presunção de que se encontra conforme a ordem
jurídica.
Autoexecutoriedade
Atributo que permite que os atos administrativos sejam executados desde logo,
produzindo imediatamente os seus efeitos, sem a necessidade de intervenção do Poder
Judiciário.
Em regra, os atos administrativos são auto executórios, pois o contrário implicaria
uma completa rigidez da atividade administrativa, impossibilitando que o interesse público
seja prontamente atendido. Contudo, nem todos os atos administrativos possuem este
atributo. A cobrança de multa administrativa e a desapropriação de imóveis, exigem a
intervenção judicial para que possam produzir os efeitos esperados.
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DESPESA PÚBLICA
Do ponto de vista contábil, a despesa pública pode ser considerada sob o enfoque
patrimonial ou orçamentário.
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Oportunidade – O gestor, diante das múltiplas necessidades públicas a serem
satisfeitas, deve fazer a escolha pelo atendimento daquela que for considerada mais urgente
ou prioritária.
Publicidade – O emprego dos recursos públicos deve ser decidido e executado por
meio de processos abertos e transparentes.
Utilidade – A despesa obriga-se a ter como objetivo atender ao interesse coletivo e
não a um interesse meramente privado.
Planejamento
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Durante o exercício financeiro, podem-se adicionar valores ao orçamento, quer
como reforço das dotações existentes, quer como dotação destinada a atender a despesas
decorrentes da criação de novos serviços, quer, ainda, em caráter urgente ou imprevisível
(CRÉDITOS ADICIONAIS). Se houver a necessidade de conter gastos, o Poder Executivo
pode editar Decretos de Contingenciamento, fixando as despesas abaixo dos limites
aprovados na LOA.
Uma vez fixada a despesa, esta poderá ser executada diretamente pelo órgão ou pela
entidade aos quais foram alocadas as dotações ou por outro órgão ou, outra entidade,
mediante a utilização de um recurso intitulado DESCENTRALIZAÇÃO DE CRÉDITOS
ORÇAMENTÁRIOS. A descentralização de créditos orçamentários é conhecida pelo nome
de REQUISIÇÃO DE DOTAÇÃO e pressupõe dupla ordenação: a do gestor que concede a
requisição e a do gestor que efetivamente executa a despesa.
Uma vez, aprovada a despesa no orçamento, não quer dizer que ela possa ser
imediatamente executada. A execução da despesa deve obedecer ao ritmo estabelecido pela
programação orçamentária e financeira, que consiste na adequação do fluxo dos pagamentos
ao fluxo dos recebimentos, limitando empenhos e movimentação financeira, com a
finalidade de atingir os resultados previstos na LDO, e impedindo a assunção de
compromissos sem respaldo financeiro.
A programação orçamentária e financeira objetiva adequar a execução das despesas
ao ritmo de ingressos da receita que, ocorre ao longo do ano e é fortemente condicionado
pelo contexto econômico em que atuam os contribuintes.
O gestor também deve fazer o seu planejamento com relação às despesas que estão
sob sua jurisdição. É conveniente que estabeleça as prioridades do setor que gerencia, em
consonância com o planejamento estratégico que deve estar em consonância com os
programas governamentais, em especial com aqueles considerados prioritários. A sugestão é
que o acompanhamento das dotações seja feito periodicamente.
Execução
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Escolhido o fornecedor e estabelecidas as bases de sua contratação, o gestor poderá
providenciar a execução orçamentária da despesa, mediante o empenho prévio, seguido da
liquidação da despesa e encerrando com o seu pagamento. O empenho deve anteceder a
assinatura do contrato. Os contratos, convênios e demais ajustes com repercussão financeira
só poderão ser firmados após o gravame do empenho à conta da respectiva dotação. Nos
casos em que o instrumento de contrato é facultativo, a Lei Federal nº 8.666/93 permite a
sua substituição pela nota de empenho.
A execução da despesa orçamentária se dá em três estágios: EMPENHO,
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO.
Segundo Lei Federal nº 4.320/64, empenho é o ato emanado de autoridade
competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento
de condição. Ele inicia efetivamente a execução da despesa pública e é emitido pela unidade
que tenha recebido créditos orçamentários consignados no orçamento ou por
descentralização de créditos de outro órgão ou unidade orçamentária. Representa uma
garantia para o fornecedor (não pode haver despesa sem prévio empenho) e, é um controle
dos gastos (o empenho não pode exceder o limite de dotação concedida).
No empenho devem constar o nome e a especificação do credor e a importância da
despesa, bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária. O
empenho pode ser:
– Ordinário: valor do empenho é igual ao da compra ou serviço, e o pagamento,
pelo seu total, ocorrer em uma única vez.
– Estimativa: não é possível determinar o valor da despesa com exatidão. Caso o
valor estimado seja insuficiente para atender à despesa, admite-se a complementação do
empenho por meio de reforço.
– Global, valor do empenho é conhecido com exatidão, mas a sua execução,
necessariamente, ocorre de forma parcelada, como acontece com os aluguéis e nas
contratações de serviços contínuos (terceirização).
O empenho poderá ser cancelado no decorrer do exercício, da seguinte forma:
parcialmente, quando seu valor exceder o montante da despesa liquidada/realizada, e
totalmente, quando o serviço contratado não tiver sido prestado ou o material encomendado
não tiver sido entregue ou, ainda, quando a nota de empenho tiver sido emitida
incorretamente. O valor reverte-se à dotação, tornando-se disponível para um novo empenho
ou para descentralização. Existe também a situação em que os empenhos não liquidados
poderão ser objeto de cancelamento por falta de disponibilidade de caixa (financeira) no
encerramento do exercício financeiro
Segundo a Lei Federal nº 4.320/64, a liquidação consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do
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respectivo crédito. A liquidação tem o propósito de apurar a origem da despesa, se o seu
objeto foi alcançado, o seu valor exato e a quem deve ser paga para extinguir a obrigação.
A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados deverá ter
por base o contrato, ajuste ou acordo respectivo, a nota de empenho e os comprovantes da
entrega do material e da prestação efetiva do serviço.
Este último aspecto – a comprovação da entrega do material e da prestação efetiva
do serviço – merece uma atenção especial do gestor, pois costuma ser o ponto crítico do
processo de liquidação da despesa. A comprovação da entrega de material se dá, na maioria
dos casos, mediante atestado aposto na nota fiscal pelo servidor que o receber. O atestado
assim aposto, que deve trazer o nome completo do servidor que o firmar e a sua identidade
funcional, não significa apenas que o material tenha sido recebido, mas – sim – que o foi na
quantidade solicitada e está de acordo com as especificações previstas no contrato.
Com relação aos serviços, o atestado é feito pelos chamados “fiscais do contrato”:
servidores designados para acompanhar a execução do contrato no âmbito de sua repartição.
É importante que o gestor oriente adequadamente os servidores encarregados de atestar a
execução da despesa, fornecendo-lhes, cópia do instrumento do contrato e/ou do empenho,
para lhes permitir confrontá-los com os bens ou serviços efetivamente recebidos.
O pagamento é o último estágio da despesa pública, caracteriza-se pelo despacho de
autoridade competente determinando que a despesa liquidada seja paga. Os pagamentos aos
credores do Estado do Rio Grande do Sul efetuados pela Administração Pública Direta e
pelas Autarquias e Fundações deverão ser efetuados obrigatoriamente por meio do crédito
dos valores em conta corrente bancária do beneficiário, sendo vedada a utilização da
modalidade Ordem de Pagamento.
Ainda sobre a execução da despesa, cabe assinalar o significado de Restos a Pagar e
de Despesas de Exercícios Anteriores.
Restos a Pagar representa as despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de
dezembro. A inscrição em Restos a Pagar decorre da observância da competência
orçamentária para as despesas, e o seu pagamento é considerado como despesa
extraorçamentária na medida em que não tenha sido consignado no orçamento do exercício
em que será pago. Dividem-se em processados (quando já transcorreu o estágio da
liquidação) e não processados (quando não transcorreu o estágio da liquidação).
Despesas de Exercícios Anteriores (DEA) são correspondentes a autorizações dadas
na LOA para atender compromissos gerados em anos anteriores. E, como hipóteses em que
o administrador público poderá recorrer ao empenho à conta de despesas de exercícios
anteriores, considerem-se as seguintes:
– Despesas que não se tenham processado na época própria, considerado
insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do
prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação;
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– Despesas cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda
vigente o direito do credor;
– Obrigações criadas em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do
beneficiário após o encerramento do exercício correspondente.
A DEA poderá ser usada para empenhar despesas cujos empenhos não liquidados
foram cancelados por insuficiência de caixa.
CONTROLE E AVALIAÇÃO
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Cumpre salientar, que o gestor também é um agente de controle, é lícito que ele
estabeleça seus próprios controles no sentido de bem acompanhar a execução orçamentária
no órgão que administra, devendo manter bom relacionamento com os órgãos de controle.
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BENS PÚBLICOS
INVENTÁRIO
ASPECTOS GERAIS
Ao final do levantamento, deve ser elaborada uma ata, onde serão anotadas e
descritas quaisquer divergências entre as quantidades físicas contadas (identificadas)
com as quantidades registradas no sistema de controle patrimonial do órgão, e as
demais ocorrências relevantes.
Os originais das atas, assinadas, os atos designatórios dos membros da
comissão de inventário, os formulários e demais documentos utilizados pela comissão
devem ser arquivados nos respectivos setores responsáveis pela guarda dos bens do
almoxarifado ou pelo controle dos bens móveis e imóveis.
As cópias dos documentos, autenticadas pelo presidente da comissão, devem
ser enviadas à seccional da CAGE (Administração Direta) ou ao setor contábil
(Administração Indireta), e ao respectivo ordenador de despesa, o qual, no caso de
constatadas divergências ou inconsistências, terá que adotar as providências para apurar
o ocorrido, informando-as em seu processo de tomada de contas anual junto ao Tribunal
de Contas do Estado.
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INVENTÁRIO DE BENS MÓVEIS
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administração, o tombamento, o cadastro, o registro, o controle financeiro e a fiscalização
dos bens imóveis do Estado.
Cabe à Divisão de Administração e Controle de Imóveis do Departamento de
Administração do Patrimônio do Estado da SMARH “realizar vistorias, notificações e
caracterização de bens imóveis, de forma a manter atualizado o cadastro”, bem como “gerir
o cadastro dos imóveis da Administração Pública Estadual Direta, Autarquias e Fundações
de Direito Público do Estado”.
FALTA DE BENS
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de terceiros ao local onde os bens eram conservados e guardados, durante e após o horário
de expediente.
Cabe assinalar que a ausência de locais apropriados para guardar bens e o livre
acesso a chaves de salas ou armários são exemplos evidentes da falta de cuidado na guarda
dos bens móveis do ente público, assim como a falta de conserto ou a exposição inadequada
de bens a intempéries demonstra falta de conservação. Ressalte-se, ainda, que o servidor
detentor de carga patrimonial deve comunicar formalmente à autoridade (chefia) superior as
falhas que constatar na forma como os bens são conservados e guardados. Dessa forma,
ficará caracterizada, em princípio, a exoneração de sua responsabilidade em caso de perda
de bens, a qual será transferida à autoridade (chefia) superior em razão de sua, hipotética,
omissão em adotar as medidas cabíveis para evitar a perda patrimonial.
Se, após todos esses exames, ficar comprovado que os detentores das respectivas
cargas patrimoniais adotaram todos os cuidados no recebimento, na guarda e na conservação
dos bens e que suas chefias superiores também adotaram todos os procedimentos cabíveis e
necessários, as suas responsabilidades poderão, em princípio, ser elididas e o prejuízo,
assumido pelo Estado, caracterizando-se como situação de caso fortuito ou de força maior, o
que deve ser devidamente fundamentado e demonstrado pelo ordenador de despesa em
processo administrativo, sujeito, contudo, ao exame e parecer dos órgãos de controle interno
e externo. Se, ao contrário, restar evidenciado que não foram adotadas todas as providências
pertinentes e recomendáveis, de forma tempestiva, contribuindo tal fato para a perda
patrimonial, caberá o devido ressarcimento do bem pelos responsáveis indicados pela
sindicância, ou pelos detentores da carga patrimonial, ou, ainda, pelo ordenador de despesa.
35
BAIXA DE BENS
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Na hipótese de ser verificada a responsabilidade do servidor, deve ser buscado o
integral ressarcimento do bem extraviado ou danificado, mediante a sua reposição ou
recebimento de quantia equivalente ao seu preço de mercado, à época do efetivo
recolhimento, levando-se em consideração o seu estado de conservação.
Independentemente do processo de apuração de responsabilidade sobre a perda do
bem, a sua baixa deve ser devidamente autorizada e processada, sendo esse processo
remetido aos responsáveis pelos setores de controle contábil e de controle de movimentação
patrimonial para que sejam efetivados os devidos registros. As informações relativas às
providências adotadas para o esclarecimento das situações de baixa de bens por perda
devem ser mencionadas na tomada de contas dos ordenadores de despesa, para fins de
julgamento pelo Tribunal de Contas do Estado.
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DIÁRIAS
CONCESSÃO
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f) o deslocamento for para localidades distantes até 50 km da sede e não implicar
pernoite. Nesse caso, o servidor será ressarcido das despesas comprovadas com alimentação
até o limite máximo de 50% do valor da diária (ressarcimento de despesas com
alimentação).
O deslocamento para fora de sua sede deverá ser formalizado mediante processo
administrativo, instruído pela autoridade requisitante e autorizado pelo dirigente máximo do
órgão, contendo a descrição do motivo do deslocamento (objeto de serviço, eventos ou
cursos de capacitação), o qual deverá estar em conformidade com as atribuições/atividades
do cargo ou da função exercida.
Os afastamentos para fora do País e para outros Estados e Distrito Federal ficam
condicionados à prévia autorização de autoridade competente.
A solicitação de diárias é feita com o preenchimento de uma requisição de
pagamento de diárias, contendo o nome do servidor, a identidade funcional/matrícula, o
cargo ou a função, a(s) localidade(s) de destino, o período de afastamento, a finalidade da
viagem (objeto do serviço), o número e o custo das diárias.
TIPOS DE DIÁRIAS
PAGAMENTO DE DIÁRIAS
Formas de Pagamento
Valores
O servidor fará jus à diária em valor integral, sempre que necessitar de pernoite.
Um quarto (1/4) do valor da diária integral é pago quando não for possível a
comprovação da despesa com alimentação a ser ressarcida (em face de deslocamento para
localidade distante até 50 km da sede, que não implica pernoite), por inexistência de
estabelecimento habilitado para fornecimento de refeições e cuja situação é de
conhecimento da chefia imediata.
Tabela de Pagamentos
Os valores das diárias dos servidores públicos do Poder Executivo são determinados
de acordo com um valor básico, fixado em lei e vinculados aos cargos e existentes no
Estado.
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PRESTAÇÃO DE CONTAS
Prazos
Formalização do Processo
Pontos de Controle
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– Verificar, para efetuar o pagamento de diária completa, restando comprovada a
despesa com hospedagem, a hipótese de o servidor ter-se deslocado de sua sede no início da
madrugada e, chegando ao destino, ter-se utilizado de acomodações de um hotel, retornando
à sua sede no mesmo dia.
– Analisar os documentos que compõem a prestação de contas, atentando para sua
veracidade e idoneidade. A nota fiscal, esta deverá seguir o modelo previsto na legislação
fiscal reguladora do respectivo tributo, devendo ser exigida a primeira via, com informações
mínimas, tais como a numeração, o CNPJ do estabelecimento, a data de emissão e a
identificação do servidor.
– Verificar se as notas fiscais apresentadas foram emitidas por estabelecimentos
comerciais que desenvolvam atividades de alimentação e hospedagem.
– Utilizar o mesmo processo administrativo usado para a requisição de diárias e a
sua correspondente prestação de contas.
SANÇÕES
Quando não efetuar no prazo fixado a prestação de contas, não lhe sendo
concedidas novas diárias enquanto permanecer nessa situação. Estará sujeito a ter de
ressarcir o valor, sendo admissível, inclusive, o desconto do respectivo valor em sua folha
de pagamento.
O ordenador de despesa, a autoridade requisitante e o servidor beneficiário da diária
respondem solidariamente por atos praticados em desacordo com a legislação em vigor
sobre indenizações de diárias.
E, ainda, sujeitar-se-á à punição disciplinar e à glosa o servidor que prolongar
indevidamente sua permanência fora da sede para obter um número maior de diárias.
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AJUDA DE CUSTO
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VALORES DEVIDOS
PRESTAÇÃO DE CONTAS
O servidor que receber ajuda de custo deverá, por meio de processo administrativo,
prestar contas a sua chefia imediata no prazo de até 30 dias a contar da data do pagamento, a
qual remeterá esse expediente, para fins de homologação, ao ordenador de despesa.
Na prestação de contas, o servidor, em regra, deverá instruir o respectivo processo
com a seguinte documentação:
– Comprovantes da mudança permanente de domicílio, juntamente com os
demonstrativos das despesas de transporte pagas pela Administração (contrato de locação de
imóvel, documento comprobatório de aquisição de casa própria, notas fiscais de mudança
onde conste o endereço completo e o nome do servidor).
- Cópia do ato da remoção, devidamente publicado no Diário Oficial do Estado.
- Atestado de exercício efetivo na nova sede.
- Comprovante do novo endereço. (conta de água, conta de luz)
No prazo de cinco dias, a contar do recebimento do processo de prestação de
contas, o ordenador de despesa procederá à homologação, ou não, da prestação de contas,
comunicando tal fato ao órgão contábil para fins de baixa, ou não, da responsabilidade
funcional. O processo deverá permanecer à disposição do órgão de controle até a decisão do
Tribunal de Contas sobre a tomada de contas do ordenador de despesa.
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RESPONSABILIDADES E SANÇÕES
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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
TIPOS DE RESPONSABILIDADE
Quando a atuação das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas jurídicas de
direito privado prestadoras de serviços públicos causarem danos a terceiros, responderá o
Estado de forma objetiva, não se investigando acerca do elemento subjetivo. Somente será
possível afastar a responsabilidade civil do Estado quando demonstrada a inexistência de
nexo causal entre a conduta do agente e o resultado danoso.
Quando se alega que o dano decorreu de omissão estatal, prevalece entendimento
diverso. Na responsabilidade por omissão, entende-se necessária a demonstração da culpa
estatal.
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Isso significa que, para que surja ao Estado o dever de indenizar, será necessário
demonstrar que a omissão causadora do dano se deu de forma intencional ou por
negligência, imprudência ou imperícia dos agentes estatais. Não basta a simples omissão.
Em casos excepcionais e graves, poderá haver a objetivação da responsabilidade
por ato omissivo, a qual, em regra, será objetiva (Segundo precedente do STF).
Três são os sujeitos que figuram na relação jurídica que envolve a responsabilidade
civil da Administração Pública: o ente público ou o ente privado prestador de serviço
público, o agente público e o terceiro lesado. São responsáveis pelos danos quaisquer das
pessoas jurídicas de direito público e determinadas pessoas jurídicas de direito privado
(empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas constituídas com
personalidade de direito privado, que prestem serviços públicos), e as empresas prestadoras
de serviços públicos em regime de concessão ou permissão. O terceiro é aquele que sofreu o
prejuízo resultante do ato praticado pelo agente estatal. Observação: Agente público é uma
expressão ampla que abrange os agentes políticos, os servidores públicos e os particulares
em colaboração com o Estado.
INDENIZAÇÃO
AÇÃO DE REGRESSO
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atribuições, é dever do servidor, nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do
RS. Sendo assim, o servidor que se conduza de acordo com as disposições estatutárias, terá
diminuída a possibilidade de atuar de forma culposa, restando também reduzida a
probabilidade de ver contra si ajuizada uma ação regressiva.
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INSTRUÇÃO REGULADORA Nº003/ Adm/Exc-20
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12) Folga: afastamento total concedido conforme legislação e com periodicidade
variada, segundo o seu ciclo de serviço e conforme o planejamento dos Comandantes, desde
que não tenha sofrido afastamento, no período aquisitivo, por motivo diverso (falta,
dispensa médica.), quando inicia nova contagem.
13) Folga compensatória: afastamento total concedido no mês subsequente para
compensar a carga horária trabalhada em excesso no mês anterior e não indenizada com
pagamento de horas extras.
14) Escala ordinária: é a previsão de emprego em situação ordinária ou de rotina
do OBM, devendo haver controle de variáveis e, se possível, distinção sobre as executadas
em dias úteis e as executadas em domingos e feriados.
15) Escala especial: é a previsão de emprego na atividade de bombeiro, em
situação extraordinária, ou em atividade administrativa fora dos padrões normais de sua
jornada de trabalho, para atender demandas de segurança pública, por um tempo
determinado.
16) Escala de sobreaviso: previsão da possibilidade de chamada para emprego em
atividade em situações ordinárias ou especiais. Permanece em sua residência, atento e
prevenido da possibilidade de ser chamado para qualquer missão, conforme regulado na
presente Instrução Reguladora.
17) Escala de prontidão: militar estadual permanece no OBM em condições de
deslocar do quartel tão logo lhe seja determinado pelo escalão superior para cumprimento de
missão.
18) Escala de trabalho domiciliar: situação em que, por força de situações
excepcionais previstas em lei ou em decreto e autorizadas mediante Portaria do
Comandante-Geral o Bombeiro pode desempenhar de atividades administrativas possíveis
de serem realizadas de seu domicílio.
19) Atividade de formação e qualificação profissional: cursos de especialização,
qualificação e de formação, realizados sob supervisão da Academia de Bombeiro Militar e
aprovados pelo Comando.
20) Sistema de Recursos Humanos do Estado (RHE): ferramenta para gestão de
recursos humanos que integra dados e informações pertinentes a todas as funções gerenciais
de pessoal, ligadas diretamente à folha de pagamento.
21) Frequência: registro da assiduidade ao trabalho e motivos de afastamento
22) Efetividade: controle diário do exercício da função pública.
23) Setor: representação numérica do órgão onde o servidor está classificado ou
lotado (RHE).
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DA CARGA HORÁRIA DE TRABALHO DOS BM
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DAS ESCALAS DE SERVIÇO
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11) As escalas devem ser divulgadas amplamente, com antecedência de no mínimo
24 horas da execução do serviço, afixando-as em lugar de fácil visualização para o público
interno, bem como permitir o acesso aos registros das escalas aos Militares Estaduais que
requererem e que estiverem submetidos ao respectivo controle.
ESCALAS ORDINÁRIAS
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ESCALA DE SOBREAVISO
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l) A ordem de suspensão do sobreaviso será determinada pela autoridade que a
exarou, depois de cessado o motivo da medida, voltando o efetivo às suas atividades
normais.
ESCALA DE PRONTIDÃO
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análises, inserindo a documentação pertinente no SISBOM-MSCI, sob fiscalização diária de
produtividade;
e) O Militar Estadual em trabalho domiciliar deverá apresentar, semanalmente, à
chefia imediata relatório discriminando as missões e atividades planejadas e realizadas
durante a semana;
f) Durante o emprego domiciliar o ME não está autorizado a afastar-se do
município, devendo permanecer preferencialmente em sua residência, no horário
estabelecido por sua chefia, para o desempenho das atividades determinadas;
g) O Militar em trabalho domiciliar poderá ser acionado a qualquer tempo para
comparecimento no seu local de trabalho;
h) Para cálculo da carga horária de trabalho domiciliar deverá ser considerada a
carga horária máxima de 08 (oito) horas diárias e a carga horária máxima estabelecida para
o mês que se referir;
i) É vedado o pagamento de gratificação por execução de serviço extraordinário ao
Militar em trabalho domiciliar. Eventual excesso de carga horária trabalhada deverá ser
compensado em folga no mês subsequente;
j) Ao Militar em trabalho domiciliar não serão pagas etapas de alimentação, por não
se enquadrar nas hipóteses previstas na Lei Estadual n.º6.196, de 15 de janeiro de 1971;
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4) Registros por nível de competência:
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h) Compete ao DS, através das JPMS dos Hospitais: LTS: Licença para tratamento
de saúde própria, concedida pela própria junta; LFE: Licença para Assistência a Filho
Excepcional; LAS: Licença por Acidente em Serviço;
i) Compete às FSR dos OPM: LTS: Licença para tratamento de saúde própria; LAS:
Licença por Acidente em Serviço; LGE: Licença à Gestante;
61
d) O Departamento Administrativo efetuará a distribuição aos batalhões dos valores
relativos às cotas de horas extras, conforme o planejamento aprovado e a prévia definição
do SCmtG;
e) O fluxograma das etapas de processamento do pagamento da Gratificação de
Serviço Extraordinário se encontra previsto no Anexo “E”;
f) O processamento necessário para pagamento da gratificação de serviço
extraordinário deve observar as seguintes prescrições:
1) Na normalidade: o Comandante do Batalhão, após conferência da carga-horária
ordinária e extraordinária cumprida pelos Militares Estaduais subordinados através da
documentação pertinente (Mapa de Pagamento de Gratificação por Execução de Serviço
Extraordinário, Mapa de Escala de Serviço Executado, Extrato Demonstrativo de Carga
Horária, escalas de serviço, Ordens de Serviço, etc.) procederá, nos casos em que couber, o
lançamento da referida gratificação diretamente no sistema RHE, observando os prazos de
fechamento do sistema para a inserção de vantagens.
2) NA EXCEPCIONALIDADE:
a) No caso de impossibilidade de lançamento da gratificação por serviço
extraordinário no sistema RHE em função de prazo expirado ou troca de setor
(movimentação do Bombeiro Militar), o Comandante deverá remeter ao Departamento
Administrativo via PROA, devidam ente instruído com Mapa de Pagamento de Gratificação
por Exercício de Serviço Extraordinário, Mapa de Escala de Serviço Executado e Extrato
Demonstrativo de Carga Horária, conforme modelos constantes no Anexo “A”, Anexo “B”
e Anexo “C” da presente Instrução Regulamentadora, solicitando a efetivação do pagamento
da vantagem;
b) A documentação de instrução do processo deve ser restrita aos Militares
Estaduais objeto da solicitação de pagamento da gratificação por serviço extraordinário, ou
seja, não deverão ser remetidos Mapas e Extratos Demonstrativos de Carga Horária de
efetivos não contemplados no pleito;
c) Os documentos que instruirão o processo poderão ser cópias autenticadas ou
originais, no entanto, em ambos os casos, devem estar devidamente assinados pelo
Comando do OBM.
3) DA RETIFICAÇÃO OU ESTORNO DE HE
a) Retificação de lançamento de gratificação por serviço extraordinário:
1) No caso de identificação de lançamento indevido de gratificação por serviço
extraordinário, seja por quantitativo de cotas a que o Bombeiro Militar fizer jus (a maior ou
62
a menor) ou, ainda, por lançamento da referida vantagem para outro servidor, o Comandante
deverá remeter ao Departamento Administrativo processo via PROA devidamente instruído,
solicitando a correção necessária com a devida justificativa que ensejou a ocorrência do fato
(fundamentação do pleito);
2) Quando a retificação implicar em solicitação de acréscimo de cotas para o
Bombeiro Militar o processo deve ser obrigatoriamente instruído com o Mapa de
Pagamento de Gratificação por Execução de Serviço Extraordinário e Extrato
Demonstrativo de Carga Horária.
b) Estorno de gratificação por serviço extraordinário: as solicitações de estorno de
gratificação por serviço extraordinário deverão ser encaminhadas ao Departamento
Administrativo via processo PROA devidamente instruído e fundamentado. O estorno deve
ser realizado exclusivamente na forma estabelecida, uma vez que seu processamento se dará
via folha de pagamento do ME, com a remoção do registro.
G. DAS ETAPAS DE ALIMENTAÇÃO:
1) ASPECTOS GERAIS:
a) O Bombeiro Militar tem direito à alimentação, por conta do Estado, fornecida em
espécie ou paga em dinheiro (Etapas de Alimentação) quando:
1) Em serviço externo, mediante escala não inferior a seis horas;
2) Em serviço interno, mediante escala não inferior a seis horas;
3) Em situação de prontidão;
4) Em exercício ou em operação de duração não inferior a seis horas;
5) Quando em atividade de formação e qualificação profissional, previamente
programada e aprovada pelo Comando-Geral, de duração não inferior a seis horas.
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pelo número 06 (seis). Por exemplo: se o ME executou serviço de 06 (seis) horas, fará jus a
uma Etapa de Alimentação; se o ME executou serviço de 12 (doze) horas, terá direito a duas
Etapas de Alimentação; se o ME executou serviço de 08 (oito) horas, fará jus a uma Etapa
de Alimentação, somente, relativa às 06 (seis) horas de serviço, sendo que o saldo de 02
(duas) horas não poderá ser computado para efetuar-se um somatório futuro visando à
concessão de uma nova etapa;
2) visando o pagamento de valor igual para os 04 (quatro) turnos de serviço
existentes no CBM, o Militar Estadual terá o saque da indenização mensal correspondente
ao total dos serviços de 06 (seis) horas executadas, a qual será multiplicada por 25% (vinte e
cinco por cento) do valor da diária de alimentação (ex: Nº. de Serviços x 25% do valor da
diária de alimentação vigente) equivalente a 01 (uma) etapa de alimentação.
D) AS ETAPAS SERÃO FORNECIDAS EM ESPÉCIE:
1) Aos ME nos OBM que possuam estrutura de rancho, salvo nos casos em que o
Servidor manifeste por escrito preferência pela percepção em dinheiro;
2) Aos ME, quando houver possibilidade de estabelecer sua obtenção mediante
contrato ou convênio;
3) Aos ME, quando houver possibilidade de outro OBM fornecê-la;
e) As Etapas de Alimentação serão fornecidas exclusivamente em espécie aos
Militares Estaduais que estiverem cumprindo pena restritiva de liberdade em OBM.
f) As Etapas de Alimentação serão fornecidas em dinheiro:
1) Aos Militares Estaduais pertencentes aos OBM sem estrutura de rancho; 2) Aos
Militares Estaduais, que embora pertencentes aos OBM com estrutura de rancho,
manifestem por escrito preferência pela percepção das Etapas de Alimentação em dinheiro.
g) Os integrantes do Programa Mais Efetivo (PME) terão tratamento análogo aos
Militares Estaduais ativos, nos termos da presente Instrução Reguladora.
2) DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA:
a) O Departamento Administrativo, através da Divisão de Orçamento e Finanças
(DOF), estabelecerá a Dotação Orçamentária Anual, com base na média da despesa do
último ano;
b) Os recursos financeiros serão repassados pelo Tesouro do Estado ao
Departamento Administrativo, através da sua Divisão de Orçamento e Finanças, no início
do exercício financeiro, ficando todo o valor reservado na modalidade “SEM COTA”, sendo
liberado gradativamente através do atendimento das SRO solicitadas, para fins de
pagamento dos processos após o empenho regular das despesas. A liberação ocorrerá
gradativamente com base nas necessidades da Corporação, da seguinte forma:
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1) Em espécie: as demandas deverão ser requisitadas pelos Comandos, Chefias ou
Diretores ao DA-DOF, e a liberação acontecerá por meio de inclusão no Sistema de
Finanças Públicas do Estado (FPE) de Solicitação de Recursos Orçamentários (SRO) na
modalidade “SEM COTA”, sendo que a distribuição ocorrerá por meio de Nota de
Distribuição de Recursos (NDR), mediante análise prévia.
2) Em dinheiro: as demandas deverão ser lançadas pelos Comandos, Chefias ou
Diretores no RHE (Sistema de Recursos Humanos do Estado) com base no Mapa de Saque
de Etapas de Alimentação Mensal, onde o empenho e pagamento serão efetuados pela
Secretaria da Fazenda e o benefício será repassado ao ME via folha de pagamento.
3) DOS VALORES:
a) Em Dinheiro - o valor da Etapa de Alimentação em dinheiro está previsto no Art.
64 da Lei Nº. 6.196/71, com valor atualizado pelo Decreto nº 53.672, de 15 de Agosto de
2017;
b) Em Espécie - o valor da Etapa de Alimentação em espécie será estabelecido
pelos Comandos, Chefias ou Diretores, com base na média do custo pesquisado na área de
ação, ou no valor previsto no registro de preços.
4) DOS LOCAIS DE INCLUSÃO:
a) Os Locais de inclusão são os Comandos, Chefias ou Departamentos equipados
com terminal de computador ligado com a PROCERGS e à Secretaria Estadual da Fazenda,
a qual possibilita o acesso ao Sistema de Recursos Humanos do Estado (RHE), para a
inclusão das etapas em dinheiro. Já para a inclusão das etapas em espécie os sistemas a
serem utilizados são o LIC (Registro de Preço) e o Compras RS (Dispensa de Licitação);
b) Cada Comando, Chefia ou Direção correspondente a um Ordenador de Despesa
Autorizado (ODA), em regra, providenciará a inserção ou inclusão nos sistemas das Etapas
de Alimentação, sendo ela em dinheiro ou em espécie.
5) Do cadastro dos credores:
a) Todos os Militares Estaduais, bem como os fornecedores de gêneros
alimentícios, obrigatoriamente deverão estar cadastrados corretamente no sistema FPE; caso
contrário a inserção dos dados será bloqueada por motivo de inconsistência, fato que
inviabilizará qualquer inclusão no sistema;
b) Os credores serão cadastrados pelo Departamento Administrativo/Divisão de
Orçamento e Finanças (DA-DOF), conforme abaixo:
1) Cadastro de Militares Estaduais Solicitar ao DA-DOF o cadastramento através do
formulário padrão , conforme modelo do Anexo “F” , da presente IR, anexando cópia da
Carteira de Identidade, do CPF, da capa do último contracheque (com a conta bancária
atualizada) e comprovante de endereço residencial completo (contas de: água, energia
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elétrica e telefone). Caso o Militar Estadual não possua o comprovante em seu nome poderá
substituí-lo por declaração assinada pelo Comandante do OBM;
2) Cadastro de Fornecedores: Solicitar ao DA-DOF o cadastramento do fornecedor,
conforme modelo do Anexo “F”, devidamente preenchido, anexando cópia do CNPJ.
3) Alteração de Cadastro: procede-se na forma dos itens anteriores para alterar
dados cadastrais no sistema.
6) Do pagamento de Etapas de Alimentação em dinheiro:
a) O Comandante, Chefe ou Diretor incluirá mensalmente no Sistema e
Recursos Humanos do Estado (RHE), as Etapas de Alimentação de acordo com os
mapas de saques, os quais ficarão arquivados com os registros de cada Militar. Isto
possibilitará consultas, pesquisas e dirimir dúvidas sobre os lançamentos;
b) Ao fazer o lançamento do nome do Militar Estadual, o responsável deverá
conferir a Identificação Funcional (Id Func) e Nome do Militar Estadual, visando evitar,
desta forma, o pagamento a homônimos (servidores com nomes iguais);
c) Os lançamentos de Etapas de Alimentação serão mensais e únicos para cada local
de inclusão;
d) Quando o Militar Estadual for transferido de OBM, o lançamento será efetuado
pelo seu novo Comandante, Chefe ou Diretor. Para isto, seu Comandante anterior informará,
por escrito, os serviços realizados pelo Militar Estadual, no mês em curso;
e) Fica padronizado o mapa constante no Anexo “G” como modelo na Corporação
para o saque de Etapas de Alimentação em dinheiro, o qual deverá ser preenchido à luz das
escalas de serviços e arquivado nos Locais de Inclusão para fins de controle e auditagem;
7) Do fornecimento das Etapas de Alimentação em espécie:
a) As Dispensas de Licitações ou utilização da aquisição através do Registro de
Preço para obtenção dos gêneros alimentícios poderão ser realizados nos OBM que possuem
estrutura de rancho ou nos Comandos Regionais, a critério do Comandante, Chefe ou
Diretor. Havendo necessidade de procedimento licitatório, deverá ser aberto PROA,
instruído devidamente com a descrição dos materiais, informando média de preços,
quantidades e encaminhado ao Departamento Administrativo/Divisão de Logística e
Patrimônio (DA-DLP);
b) De acordo com o planejamento de cada OBM, as licitações poderão ser feitas
para um período longo, observada a Dotação Orçamentária distribuída no mês, desde que
seja expresso nos editais e nos contratos o não reajuste dos preços, neste caso, é
recomendada a utilização do Registro de Preço para a aquisição, dessa forma evita-se
grandes estoques;
66
c) Na aquisição de gêneros alimentícios que não permitam o recebimento total da
quantia adquirida (perecíveis), obrigatoriamente deverá ser firmado um contrato, entre o
OBM e o fornecedor, de entrega e pagamento parcelado;
d) Para os casos do número anterior, utilizar-se-á o empenho global com liquidação
parcelada. Neste caso, o processamento das notas fiscais e a solicitação de liquidação deverá
ser efetuada por um período não inferior a 08 (oito) dias;
e) Os procedimentos licitatórios obedecerão aos ditames da Lei Federal Nº.
8.666/93 e suas alterações;
f) O Comandante, Chefe ou Diretor, após constatar a legalidade da licitação ou da
dispensa eletrônica, expedirá as Autorizações de Empenho, montando o competente
processo, remetendo-o via PROA ao DA-DOF;
g) O DA-DOF, após realizar os registros e controles necessários, encaminhará os
processos à Seccional da CAGE, para a gravação do empenho, retornando a seguir ao
Comandante, Chefe ou Diretor para a efetivação da compra, extração da nota fiscal e
atestado de recebimento pelo OBM subordinado;
h) O OBM adquirente, através do seu Comandante, Chefe ou Diretor, remete o
processo de liquidação contendo as notas fiscais, atestados de recebimento, cópia da nota de
empenho e justificativas pertinentes, o qual solicitará a liquidação ao DA-DOF - CAGE;
i) Após a liquidação do empenho pela Seccional da CAGE, o processo é
encaminhado para a Secretaria da Fazenda (SEFAZ) para o pagamento da despesa;
j) Os Comandantes, Chefes ou Diretores deverão adquirir o valor total empenhado a
fim de evitar que os empenhos permaneçam com saldo no sistema FPE;
k) Quando a despesa for empenhada e o Comandante, Chefe ou Diretor, por razões
justificáveis, não mais desejar adquirir a mercadoria, deverá encaminhar ao DA-DOF um
processo via PROA, informando o n.º do empenho e o saldo, com autorização para ser
levado à receita, se for empenho do exercício anterior, e estornado, se for do exercício
vigente, devendo para isto confeccionar a respectiva Nota de Solicitação de Estorno de
Empenho;
1) Os processos deverão ser montados e incluídos no PROA, observando a
Instrução Normativa CAGE nº 11, de 27 de dezembro de 2016.
8) Do fornecimento de alimentação a Bombeiro Militar em cumprimento de
pena restritiva de liberdade em OBM que não possua estrutura de rancho:
a) Solicitação de abertura de processo licitatório, confecção de dispensa eletrônica
ou aquisição pelo Registro de Preço visando o fornecimento terceirizado da alimentação;
b) Para viabilizar a licitação o Comando do OBM deverá, com antecedência,
solicitar aos fornecedores comerciais da localidade, no mínimo 03 (três) cotações de preços
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para café, almoço e janta, devendo ser assinadas pelo fornecedor constando o carimbo do
CNPJ e a validade da proposta;
c) As Dispensas de Licitação deverão ser realizadas nos moldes das demais, com
prévio empenho, sendo isentas as de valores abaixo de R$ 400,00 (quatrocentos reais), que
podem ser feitas já para empenho e liquidação, seguindo os modelos dos processos normais,
acrescentando Cópia do Boletim Interno ou Sentença judicial que publicou a punição ou
pena do ME, devendo o período de penalidade ser o mesmo do fornecimento da
alimentação, conforme Nota Fiscal (NF); Esta nota deve ser discriminada, separando-se
café, almoço e janta, mencionando o período da punição (fornecimento);
d) Por ocasião da aquisição da alimentação, deverá ser efetuado contato com o
fornecedor que venceu a proposta comercial e solicitada a entrega da alimentação no local
designado, já no caso do registro de preço a entrega é realizada de acordo com o cadastro do
almoxarifado no Sistema LIC.
9) Dos empenhos e pagamentos indevidos:
a) Dos casos envolvendo pagamento em dinheiro para militares estaduais: No caso
de identificação de lançamento indevido de etapa de alimentação, seja por quantitativo de
cotas a que o Militar Estadual fizer jus (a maior ou a menor) ou ainda, por lançamento da
referida vantagem para outro servidor, o Comandante, Chefe ou Diretor deverá remeter ao
Departamento Administrativo processo PROA, devidamente instruído, solicitando a
correção necessária com a devida fundamentação.
b) Dos casos envolvendo pagamento em espécie para militares estaduais: O
Comandante, deverá confeccionar processo de estorno de empenho, bem como encaminhá-
lo à Seccional da CAGE, via DA-DOF.
O processo de estorno deverá estar devidamente instruído como qualquer outro
desta natureza.
10) Das Etapas de Alimentação avulsas:
a) Todo o OBM que possuir estrutura de rancho, a critério do seu Comandante,
poderá fornecer aos Militares Estaduais Etapas de Alimentação avulsas, mediante
indenização (pagamento), de acordo com os valores estipulados pelo Comando da
Corporação;
b) As receitas oriundas da comercialização de Etapas de Alimentação avulsas
deverão ser recolhidas ao FUNDO ESPECIAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (FESP),
conforme normas específicas vigentes;
c) Não haverá dotação específica para Etapas avulsas. A aquisição dos gêneros para
este fim advém da dotação do trimestre distribuída para o OBM.
11) Dos pagamentos das Etapas de Alimentação:
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a) O pagamento dos empenhos liquidados, de Etapas de Alimentação, nas duas
modalidades, será efetuado pelo Tesouro do Estado, observando o cronograma financeiro da
Secretaria da Fazenda (SEFAZ);
b) Os pagamentos serão realizados eletronicamente pelo Sistema FPE, via On-line,
através da PROCERGS, diretamente na conta corrente do credor, no caso da Etapa de
Alimentação em Espécie, e será fornecida para ao Militar Estadual via folha de pagamento,
no caso de Etapa de Alimentação em dinheiro;
c) Nenhuma despesa será paga sem o prévio empenho e liquidação;
d) Os pagamentos aos fornecedores de gêneros alimentícios obedecerão
rigorosamente à ordem cronológica da data de vencimento consignada no processo;
12) Do controle dos gastos realizados:
a) Cabe ao Departamento Administrativo, por meio da Divisão de Orçamento e
Finanças (DA-DOF), manter o controle da Dotação Orçamentária e da Cota reservada
disponível para atender as demandas com Etapa de Alimentação da Corporação. No caso da
ausência de recursos para esta despesa o DA-DOF deverá formalizar pedido de
suplementação de verbas para a Secretaria da Fazenda (SEFAZ);
b) Cabe ao DA-DOF fiscalizar, controlar, acompanhar e relatar as despesas
ocorridas com Etapas de Alimentação na forma de pagamento em dinheiro, realizando a
verificação através do Sistema RHE e comunicando formalmente eventual erro,
irregularidade, inconformidade ou fraude, via canal de Comando, ao Controle Interno da
Secretaria Executiva do Comandante-Geral para as providências de sua competência, sob
pena de responsabilização solidária;
c) Cabe ao DA-DOF e a DA-DLP fiscalizar, controlar, acompanhar e relatar as
despesas ocorridas com Etapas de Alimentação na forma de pagamento em espécie, por
processo licitatório, dispensa de licitação ou registro de preços. Em caso da constatação de
eventual erro, irregularidade, inconformidade, fraude ou mesmo indicativos de
apontamentos pela Contadoria e Auditoria Geral do Estado (CAGE) as Divisões deverão
comunicar formalmente, via canal de Comando, ao Controle Interno da Secretaria Executiva
do Comandante-Geral para as providências de sua competência, sob pena de
responsabilização solidária;
d) Cabe à Academia de Bombeiro Militar planejar, fiscalizar, controlar, acompanhar
e relatar as despesas ocorridas com Etapas de Alimentação na forma de pagamento em
dinheiro ou em espécie necessárias para atender aos cursos da Instituição e, caso constate
eventual erro, irregularidade, inconformidade ou fraude deverá comunicar formalmente, via
canal de Comando, ao Controle Interno da Secretaria Executiva do Comandante-Geral para
as providências de sua competência, sob pena de responsabilização solidária;
69
e) Cabe ao Controle Interno adotar as providências de sua competência, para buscar
os esclarecimentos necessários para subsidiar justificativas a eventuais apontamentos na
Tomada de Contas do Ordenador principal, acompanhar a apuração das responsabilidades
administrativas, civis e penais que o caso ensejar, solicitando junto ao órgão de origem do
fato ou à Corregedoria-Geral as medidas adequadas e imprescindíveis ao ressarcimento dos
danos ao Erário.
13) Dos registros no sistema RHE:
a) os procedimentos de registros no sistema RHE, baseiam-se no princípio de que o
escalão responsável pelo evento é o responsável pelo seu registro;
b) Todas as frequências passíveis de registro possuem uma sigla correspondente,
conforme tabela do anexo “J”, as quais devem ser inseridas no Sistema RHE, observando-se
a fiel correspondência entre as datas e períodos do evento com o do registro;
c) As atividades de elaboração de mapas de etapa de alimentação e inserções dos
dados relativos no sistema RHE devem ser realizadas pelas Seções Administrativas dos
OBM.
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Toda a documentação que instruir processo de lançamento ou de pagamento de
verbas alimentícias, salariais ou indenizatórias, deve ficar arquivada no respectivo OBM,
pelo prazo legal, conforme prevê o inciso IV, do art. 7º, do Decreto nº 52.808, de 18 de
Dezembro de 2015, a disposição para fins de auditoria;
b. Não há empenho de despesa pública, de qualquer natureza, sem a prévia
liberação dos recursos (Dotação Orçamentária e COTA) no sistema FPE e sem o devido
encaminhamento da Nota de Distribuição de Recurso (NDR);
c. Os processos licitatórios, autorizações de empenhos e solicitações de liquidações
ressalvadas pela Seccional da CAGE serão devolvidos ao Ordenador de Despesa Autorizado
para as devidas providências;
d. Mensalmente, até o dia 10, cada Comandante deverá fazer publicar em Boletim
Interno, a documentação que originou o serviço extraordinário e a relação de militares
estaduais que executou serviço extraordinário no mês anterior, para fins de registro
funcional. Deverão ser informados: a missão executada, que motivou o serviço
extraordinário, nos termos do Decreto Estadual nº 40.986/01; os períodos de execução; e a
identificação funcional do Bombeiro Militar escalado (nome, posto/graduação, identidade
funcional, OBM);
e. O controle da efetivação do pagamento do serviço extraordinário será
desenvolvido pelo Departamento Administrativo, por meio da Divisão Administrativa
mediante relatório mensal expedido pela PROCERGS, com os dados atinentes a cada
Batalhão;
70
f. Em caso de imperiosa necessidade de suplementação de cotas mensais de
gratificação por serviço extraordinário para emprego em situações especiais ou
extraordinárias, os Comandantes deverão formalizar, de forma oportuna, solicitação
devidamente fundamentada ao SCmt-G;
g. Os Comandantes devem estabelecer critérios e observar na elaboração e
execução dos seus planos de férias, e a concessão dos demais afastamentos previstos na
legislação, para que não sejam, ainda que potencialmente, geradas circunstâncias especiais
nos OBM subordinados a serem supridas por pagamento de gratificação por serviço
extraordinário;
h. O DA deverá divulgar aos OBM os valores estabelecidos para a Gratificação de
Serviço Extraordinário, nos seus diversos níveis, atualizando-os sempre que houver
alteração de valores;
i. Esta IR entra em vigência a partir da data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
FINALIDADE
EXECUÇÃO
71
Unidade Consumidora (UC) e o número aproximado de usuários destes serviços
essenciais;
2) Toda e qualquer nova instalação de medidores de água e energia deverá ser
solicitada a DLP, através de e-mail e de processo cadastrado no PROA, contendo: A
designação do OBM, endereço completo, bem como a quantidade de equipamentos
elétrico/eletrônicos a serem empregados no imóvel;
3) Toda e qualquer desativação de OBM que tenha despesas de água e energia em
nome do CBMRS, deverão ser informadas imediatamente a DLP, através de e-mail e de
processo cadastrado no PROA, contendo: O endereço completo, OBM, empresa
fornecedora, número do medidor, número de instalação ou unidade consumidora;
4) Quando da locação de imóveis, onde já existam medidores instalados em nome
de outra pessoa (física ou jurídica), o OBM interessado, deverá providenciar para que todas
as pendências de pagamento sejam regularizadas, antes da assinatura do contrato, uma vez
que para controle da DLP a instalação será considerada como nova;
5) Os Comandantes de BBM, OBM Especiais e DLP deverão estabelecer metas
anuais de economia no consumo de água e energia elétrica, devendo remeter a Divisão de
Orçamento e Finanças (DOF) até 15 de dezembro, as metas para o ano subsequente;
6) Os Comandantes de BBM, OBM Especiais e DLP deverão remeter a DOF até 20
de janeiro, relatório dos resultados obtidos do ano anterior. Caso as metas estabelecidas não
tenham sido atingidas deverá constar no relatório as justificativas;
7) Em cada quartel do CBMRS deverá haver controle mensal do consumo de
água/esgoto e energia elétrica, e quando constatadas oscilações de consumo, proceder
averiguações de imediato, com o objetivo de sanar vazamentos de água e fuga de energia,
bem como o controle mensal do consumo servirá de base para os responsáveis por atestar as
faturas, de modo que os valores cobrados nas faturas devem estar de acordo com o controle
do consumo auferido no respectivo mês de competência.
b. Adequação à celebração de contrato para funcionamento de energia elétrica
em alta tensão para os prédios funcionais:
1) Os Comandos de BBM cujo prédio recebe energia elétrica em alta tensão
deverão, caso não tenham sido atendidas as normas estabelecidas na resolução em epígrafe,
providenciar a celebração de contrato com as empresas fornecedoras de energia elétrica em
seu município através da AJCON (Assessoria Jurídica e Convênios) do Gab/Cmt-G
(Gabinete do Comandante Geral) do CBMRS;
2) Conforme redação do Art. 12, da Resolução Normativa nº 414, da ANEEL,
compete à distribuidora informar ao interessado a tensão de fornecimento para a unidade
consumidora.
72
3) Baseado nas classificações existentes na Resolução Normativa nº 414, da
ANEEL, e no consumo do Próprio funcional, deverá ser escolhido o que representa maior
economicidade para o Estado;
4) Em relação a todos os Prédios da Corporação que recebem energia em alta tensão
terão, os respectivos Comandantes, de providenciar contrato com a Empresa fornecedora
através da AJCON. Quanto ao Termo de Opção Específico, será a critério das distribuidoras
de energia;
5) Os Comandos de BBM poderão solicitar às distribuidoras de energia de seu
município um técnico para avaliar em que categoria o prédio se enquadra e se haverá
necessidade de celebração de contrato ou assinatura de termo de opção específico de
fornecimento;
6) A DLP e a DOF prestarão assessoramento técnico aos BBM e OBM Especiais,
além de manter cadastro inerente aos prédios funcionais e respectivo consumo de energia
elétrica, a fim de melhor otimizar os recursos empregados para pagamento dessas despesas.
c. Medidas a serem adotadas para o processamento das despesas de
água/esgoto e energia elétrica:
1) Os Comandantes de BBM, OBM Especiais, DLP e DOF deverão processar todas
as despesas das Concessionárias de energia elétrica e água/esgoto através do módulo
Integração Estado Fornecedor – IEF – do Sistema Finanças Públicas do Estado – FPE;
a) Conceitos do módulo Integração Estado Fornecedor:
(1) INTEGRAÇÃO ESTADO FORNECEDOR – IEF: o módulo do Sistema
Finanças Públicas do Estado – FPE – que criou procedimentos de envio do faturamento, via
arquivo eletrônico, do fornecedor para análise, procedimento e execução do pagamento pelo
Estado, bem como o gerenciamento dessas informações, tanto pelo Estado como pelo
Fornecedor;
(2) FORNECEDOR: empresa prestadora de serviços, de forma continuada,
comprometida com os procedimentos definidos pelo Estado para o módulo IEF.
Inicialmente, os fornecedores habilitados são:
(a) para energia elétrica: CEEE e RGE, CERTEL, DEMEI, ELETROCAR e
HIDROPAN;
(b) para água/esgoto: DMAE e CORSAN, COMUSA, SGS, SANEP, SAMAE,
SEMAE.
(3) ATESTADOR: é o usuário designado para a fiscalização do contrato, que será o
responsável pela conferência e ateste das faturas, condição necessária para seguir à fase da
liquidação do documento credor. “O fiscal do contrato (atestador) é responsável pelo
acompanhamento, controle e ateste das contas e faturas. “O responsável pelo ateste é o fiscal
73
do contrato que, conforme preceitua a Lei 8.666/93, é o servidor designado, que cuida da
execução e do acompanhamento do objeto, faz anotações em registro próprio e determina o
que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados”;
(4) RECONHECEDOR: é o Militar Estadual da Seção de Patrimônio da DLP
designado e nomeado pelo Chefe da DLP, responsável por reconhecer e manter as
informações das Unidades Consumidoras existentes em cada centros de custos e relação dos
atestadores atualizadas;
(5) ADMINISTRADOR: o responsável pelo desenvolvimento e manutenção do
módulo IEF na Contadoria e Auditoria-Geral do Estado – CAGE;
(6) CONTRATANTE: a Assessoria Jurídica, Contratos e Convênios (AJCON), tem
a competência do gerenciamento dos contratos de fornecimento de água e esgoto e energia
elétrica no Corpo de Bombeiros Militar;
(7) CONSUMIDOR: o OBM do Corpo de Bombeiros Militar a quem se destina o
serviço de fornecimento de água/esgoto e energia elétrica;
(8) INSTALAÇÃO: é a instalação de energia elétrica e/ou água/esgoto que abastece
o OBM do Corpo de Bombeiros Militar;
(9) UNIDADE CONSUMIDORA: Dispositivo destinado a registar o consumo de
água/esgoto e ou energia elétrica da instalação, sendo identificado através de sequência
numérica, fornecida pela concessionária, o qual deve constar no sistema IEF, sendo
devidamente reconhecido pelo reconhecedor de instalação;
(10) CENTRO DE CUSTO: o nível mais analítico de acumulação de valores
(custos) do subsistema Contabilidade de Custos do Estado;
b) Cadastramento de usuário nos contratos e no módulo IEF do sistema FPE:
(1) Cada Comando deverá solicitar a AJCON o cadastramento de servidores nos
contratos de água/esgoto e energia elétrica, na quantidade necessária para não ter perda de
continuidade na utilização do sistema (recomenda-se o mínimo de 03 Militares Estaduais)
por BBM, OBM Especial ou DLP, um atestador por BBM, OBM Especial e DLP, um
reconhecedor (DLP) e um suplente por contrato. Solicitando o imediato cancelamento de
usuário sempre que houver transferência do responsável ou outro impeditivo formal ou
material para a utilização do IEF. Igualmente, informar a DA-DOF o nome dos 3 (três)
Militares Estaduais para o cadastramento junto à DTP/CAGE como usuários do Corpo de
Bombeiros Militar para operarem no módulo Integração Estado Fornecedor – IEF – do
sistema FPE;
(2) Somente serão cadastrados como usuários Militares Estaduais da sede dos
Comandos, OBM Especiais e Divisões, através de indicação e solicitação formal do
respectivo Comandante, Diretor ou Chefe;
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(3)A senha de acesso ao módulo IEF é pessoal e intransferível, sendo obrigação do
usuário mantê-la em sigilo;
c) As atribuições dos usuários do módulo IEF do sistema FPE, supervisionados pelo
Chefe da Seção de Logística (ou seção equivalente) do BBM/Divisão a que pertencem, terão
como atribuições:
(1) Efetuar o reconhecimento ou a rejeição das Unidades Consumidoras (DLP);
(2) Analisar as contas, a fim de proceder o ateste ou a rejeição;
(3) Informar a DLP, as observações de divergências nas instalações;
(4) Informar a DOF, e observações de divergências nos faturamentos/contas;
(5) Manter cadastro atualizado das instalações de água e energia elétrica dos OBM
que integram o seu Comando/Divisões. Este cadastro deverá conter as seguintes
informações: nome do fornecedor, unidade consumidora, endereço completo, identificação
do OBM consumidor, acompanhamento mensal do consumo (em metros cúbicos ou Kw) e
valor monetário da fatura;
(6) Quando constatadas oscilações de consumo, proceder de imediato em uma
averiguação, com o objetivo de sanar vazamentos de água ou fuga de energia elétrica;
(7) Otimizar o consumo de água e energia elétrica, junto aos OBM subordinados,
com o objetivo de eliminar e evitar desperdícios (plano de contingenciamento);
(8) Cotejar as instalações no sistema IEF após 5 (cinco) dias dos reconhecimentos
(débitos posteriores lançados pelas fornecedoras).
(9) Acompanhar os procedimentos para a solução das divergências constatadas no
reconhecimento com ressalvas, dados inconsistentes, conciliadas, canceladas, rejeição, etc,
das contas de água/esgoto e energia elétrica do IEF (FPE);
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c) Para o reconhecimento, o usuário deverá realizar ou solicitar ao OBM
consumidor a verificação “in loco” da instalação e conferir com os dados inseridos no FPE
pelo Fornecedor, em especial os seguintes: número do medidor, Unidade Consumidora
(UC), identificação do consumidor (nome do OBM do Corpo de Bombeiros Militar e
endereço da instalação), valor do consumo unitário do metro cúbico ou Kw (a ser
consultado no Contrato) e identificação do contratante (Corpo de Bombeiros Militar -
CNPJ 28610005/0001-55);
d) Sempre que o Fornecedor alterar algum dado no IEF, a instalação passará da
condição de “reconhecida” para “alterada”, devendo o Reconhecedor proceder a um novo
reconhecimento;
e) Para reconhecer a instalação no sistema o usuário deverá complementar os dados
disponibilizados pelo Fornecedor, inserindo na aba “responsabilidade” do módulo IEF as
seguintes informações: (1) o Órgão e a Unidade Orçamentária do Corpo de Bombeiros
Militar: 12.07; (2) o Centro de Custo da DLP – (85931), na condição de contratante, e; (3) o
Centro de Custo do OBM onde está localizada a instalação (UC) de água/esgoto ou energia
elétrica, na condição de consumidor;
f) Caso o Reconhecedor não encontre o centro de custo do OBM consumidor,
deverá de imediato solicitar à DTP/CAGE a respectiva inclusão no módulo IEF, conforme
estabelecido pela Instrução Normativa CAGE nº 05, de 04 de novembro de 2010. Neste
caso, de forma provisória, enquanto não constar tal centro de custo no sistema, o usuário
colocará o centro de custo do DLP (85931) como sendo o do consumidor da instalação.
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(2) A instalação está desativada;
(3) A rejeição no IEF pelo motivo “instalação desativada” somente poderá ser
realizada após a efetivação do corte pelo Fornecedor e o pagamento da conta final. Compete
exclusivamente a DLP fazer solicitações aos Fornecedores para instalação ou cancelamento
do fornecimento de água/esgoto e/ou energia elétrica aos OBM do CBMRS;
(4) Para rejeitar a instalação no IEF o Reconhecedor deverá descrever
detalhadamente no campo “observação” os motivos da rejeição;
(5) A rejeição de uma instalação com a exposição dos seus motivos deve ser
imediatamente comunicada a DLP para que esta proceda às adequações e/ou alterações
contratuais com o Fornecedor.
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g) Os atestadores, ao verificar que uma conta está acima da média mensal de
consumo deverão de imediato, através de seu Comandante ou Chefe do Setor de Logística,
informar para a DOF o OBM consumidor, solicitando a identificação das causas do aumento
e a implementação de medidas que propiciem a redução dos gastos realizados.
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b) As contas de fornecedores que não são transmitidas no IEF, deverão,
tempestivamente, ser cadastradas manualmente no módulo, exemplos de contas recebidas
por outros meios (correio, e-mail, sites do fornecedor, etc);
c) Cadastrar contas dos demais fornecedores que não “transmitem carga de faturas”
por arquivos, em conformidade com a IN CAGE 04/2010, como exemplo as contas dos
seguintes fornecedores: energia elétrica: CERTEL, DEMEI, ELETROCAR e HIDROPAN -
para água/esgoto: COMUSA, SGS, SANEP, SAMAE e SEMAE;
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e autoriza o empenho prévio das contas compromissadas do CBMRS no início de cada
exercício financeiro;
f) Os processos de solicitação de empenho prévio deverão ser encaminhados à
seccional da CAGE junto a Brigada Militar. Após atendidos os processos retornam a DOF
(setor de liquidações) para as próximas solicitações de empenho prévio durante o exercício
financeiro.
10) Procedimentos para o processamento da despesa (Solicitação de Liquidação):
a) Deverá ser aberto um PROA anual para solicitação de liquidação de cada
concessionária, permanecendo na DOF para as próximas solicitações de liquidação durante
o exercício financeiro;
b) Após as solicitações de empenho serem atendidas pela seccional da CAGE, a
DOF (setor de liquidações), através do sistema FPE/IEF realizará a solicitação de
liquidação, observando rigorosamente o prazo de vencimento das faturas de água/esgoto e
energia elétrica, já atestadas pelos respectivos fiscais de contrato (atestadores);
c) As solicitações de liquidação deverão ser acompanhadas pela DOF, através do
sistema FPE, consultando pelo número do PROA, a fim de verificar se foram atendidas ou
diligenciadas. No caso de solicitação de liquidação diligenciadas, devem ser adotadas
medidas para sanear os apontamentos.
PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. As dúvidas e dificuldades encontradas pelos atestadores quanto à utilização do
IEF devem ser canalizadas a DOF;
b. O Manual de Treinamento do IEF pode ser acessado e baixado através da
INTRANET do CBMRS, na aba APOIO/DA/DOF, onde consta instrução de como os
atestadores devem operar o módulo Integração Estado Fornecedor;
c. É pessoal a responsabilidade do reconhecedor e do atestador quanto ao
reconhecimento de instalação e ateste de contas no sistema IEF, sendo que a
responsabilidade estender-se-á solidariamente ao superior hierárquico quando, ao tomar
conhecimento de qualquer irregularidade, deixar de adotar as devidas providências;
d. O reconhecedor/atestador que efetuar o reconhecimento de instalação e/ou ateste
de conta de forma ilegal, irregular ou fora do prazo deverá ressarcir os prejuízos causados ao
Erário com atualização monetária, sem prejuízo das demais providências administrativas e
penais que o caso requeira;
e. O fiscal, ao apurar que a conta devida não está disponível no sistema IEF ou
recebeu uma conta de fornecedor que não transmite faturas por carga de arquivos, se
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entender que o prazo para pagamento dentro do vencimento será prejudicado, deverá
cadastrar manualmente a conta no módulo IEF.
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