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Função Administrativa
A função administrativa é exercida pelo administrador público, que a exerce representando os
interesses da coletividade, pelo cumprimento fiel dos preceitos do Direito e da moral
administrativa que regem a sua atuação.
A função administrativa abrange o exercício das seguintes atividades:
Fomento: é a concessão de incentivos pelo Poder Público aos interessados colaboradores do
interesse público.
Polícia administrativa: é a limitação da liberdade e propriedade do particular em nome do
interesse público.
Serviço público: prestado pela Administração ou por seus delegados para satisfazer
necessidades essenciais ou secundárias da coletividade.
Intervenção: é a interferência do Estado no domínio econômico.
Princípios
Na Administração Pública, o administrador recebe as ordens e instruções de como agir, das leis
e regulamentos. Sua finalidade de atuação é buscar o bem comum da coletividade
administrada.Na Administração Privada, o administrador recebe as ordens e instruções de
como agir do proprietário. Sua finalidade de atuação é buscar satisfazer os interesses do
proprietário.
Os princípios da gestão pública brasileira são aqules que representam a conduta do estado no
exercício de sua atividades essenciais. O art. 37, Cf, expressa explicitamente o LIMPE
(princípios inerentes à administração pública):
Legalidade
O Princípio da Legalidade decorre da existência do Estado de Direito como uma Pessoa
Jurídica responsável por criar o direito, no entanto submissa ao ordenamento jurídico por ela
mesmo criado e aplicável a todos os cidadãos.
Diferente da legalidade aplicada ao particular, o administrador só pode fazer o que a lei permitir.
Impessoalidade
O Princípio da Impessoalidade se traduz na ideia de que a atuação do agente público deve-se
pautar pela busca dos interesses da coletividade.Além disso, a impessoalidade deve ser
enxergada também sob a ótica do agente, isto é, a atividade deste deve imputada ao Estado (e
não ao agente estatal).
Moralidade
O Princípio da Moralidade exige a honestidade, lealdade, boa-fé de conduta no exercício da
função administrativa – ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a
coisa de titularidade do Estado.
Publicidade
Este princípio tem por finalidade garantir o conhecimento público acerca das atividades
praticadas no exercício da função administrativa.Em um estado democrático de Direito, não se
pode admitir que assuntos da Administração, que são do interesse de todos, sejam ocultados.
Eficiênciência
Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos.
Esta é a atuação eficiente, bom desempenho funcional, na busca de sempre melhores
resultados práticos e menos desperdício nas atividades estatais, uma vez que toda a
coletividade se beneficia disso.
Há também os princípios implícitos:
Supremacia do interesse público sobre o privado define a ideia de que o interesse público é
supremo sobre o interesse particular, e todas as condutas estatais têm como finalidade a
satisfação das necessidades coletivas.
Indisponibilidade do interesse público define os limites da atuação administrativa e decorre do
fato de que a impossibilidade de abrir mão do interesse público deve estabelecer ao
administrador os seus critérios de conduta.
Contraditório e ampla defesa é o direito conferido ao particular de saber o que acontece no
processo administrativo ou judicial de seu interesse, bem como o direito de se manifestar na
relação processual, requerendo a produção de provas e provocando sua tramitação.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Centralização administrativa ocorre quando o Estado executa suas tarefas por meio dos órgãos
e agentes integrantes da Administração Direta.
Não há transferência de competência de uma pessoa para outra.
A concentração administrativa ocorre quando, dentro da pessoa jurídica, não há divisão interna
de serviços. Já a desconcentração há distribuição de competências dentro da mesma pessoa
jurídica.
Tanto a concentração como a desconcentração são técnicas administrativas existentes na
Administração Direta e Indireta.
Improbidade Administrativa
A improbidade administrativa é uma conduta inadequada, praticada por agentes públicos ou
outros envolvidos, que causa danos à administração pública.
O agente público é toda pessoa que presta um serviço à administração pública, funcionário
público ou não; sendo remunerado ou não; estando serviço temporário ou não.
1 – Enriquecimento Ilícito
Acontece quando qualquer agente público ganha alguma vantagem em razão do seu cargo,
mandato ou outra atividade exercida em órgão público.
Com isso, esse agente consegue benefícios para si mesmo ou a outro envolvido, causando
lesão ao governo, seja federal, estadual ou municipal.
2 – Atos que causem prejuízo ao erário
Esses atos são ações ou omissões que causam perda dos recursos financeiros da
administração pública, através de atitudes como o uso de recursos públicos para fins
particulares.
Também, a aplicação irregular de verba pública ou a facilitação do enriquecimento de terceiros
à custa do dinheiro público. Além disso, há omissões que podem causar prejuízos ao governo.
3 – Atos que violem os princípios da administração pública
Aqueles princípios conhecidos como LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, caso eles não sejam seguidos, também pode ser caracterizado como
ato de improbidade.
Isso porque essas condutas violam os princípios de honestidade, transparência, imparcialidade
e lealdade às instituições públicas.
Esses atos e as penalidades estão descritos na Lei nº 8.429/92, que é a Lei de Improbidade
Administrativa (LIA).
Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação
de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por
preço superior ao valor de mercado;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação
de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de
mercado;
utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem (…).
A pessoa que pode praticar o ato de improbidade administrativa é chamada sujeito ativo.
Também existem os sujeitos ativos próprios, que é aquela pessoa que exerce, ainda que de
modo temporário, a função de agente público.
Todas as pessoas também podem cometer atos de improbidade administrativa, são os sujeitos
ativos impróprios. Porém, o particular só pode ser sujeito ativo se cometer o ato de improbidade
junto ao agente público.
Entende-se que os políticos também são agentes públicos e estão sujeitos às regras citadas
acima. A única exceção é o Presidente da República. Conforme a Lei 1.079/50, o Presidente
responde por crime de responsabilidade.
São os sujeitos passivos , no caso, contra quem o ato de improbidade administrativa pode ser
praticado, estão incluídas:
a administração direta (União, Estados ou Distrito Federal e Municípios);
e a administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista e suas subsidiárias).
Temos um artigo falando somente de quais atos de improbidade causam lesão ao patrimônio
público.
Desapropriação
Intervenção restritiva - o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade
pelo terceiro, sem, contudo, lhe retirar o direito de propriedade.
Requisição administrativa
Limitação administrativa
Servidão administrativa
Tombamento
Ocupação temporária
DESAPROPRIAÇÃO
CF, Art. 5º, inc. XXIV – “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.
A desapropriação atinge o caráter perpétuo do direito de propriedade, sendo a forma originária
de aquisição da propriedade.
É a transferência compulsória de propriedade particular por determinação do Poder Público,
nos casos de necessidade e utilidade pública ou interesse social, mediante indenização prévia,
justa e, como regra paga em dinheiro.
O procedimento para desapropriação é regulado por lei federal (art. 22, inc. II, CF)– de
competência privativa da União legislar acerca do assunto.
A desapropriação indireta configura verdadeiro esbulho ao direito de propriedade do particular
perpetrado pelo ente público, de forma irregular e ilícita e, por isso, pode ser obstada por meio
de ação possessória. O STJ entendeu que no atual Código Civil o prazo prescricional aplicável
a ação de desapropriação indireta é de 10 anos, encontrando-se superada a súmula 119 (Resp
1.300.442/SC).
No entanto, se o proprietário não o impedir no momento oportuno, deixando que a
Administração lhe dê uma destinação pública, não mais poderá reivindicar o imóvel, pois os
bens expropriados, uma vez incorporados ao patrimônio público, não podem ser objeto de
reinvindicação, dada a destinação pública ao bem, o proprietário não pode mais reverter a
situação, buscando o bem para si, restando pleitear o pagamento de justa indenização através
da Ação de Indenização por Desapropriação Indireta.
Decreto-lei nº 3.365, de 21 De Junho de 1941 dispõe sobre desapropriações por utilidade
pública.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
CF, art. 5º, inc. XXV – “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano”.
A requisição administrativa é a utilização coativa de bens e serviços particulares pelo Estado
em situação de perigo público iminente, com indenização posterior, se houver dano.
Por se tratar de situação de perigo ou de guerra declarada, aponta-se pela aplicação do art. 22,
III, da Carta Magna, no que tange à competência legislativa, sendo esta atribuída à União
Federal, de forma exclusiva.
Em qualquer das modalidades previstas em lei, a requisição caracteriza-se por ser
procedimento unilateral e autoexecutório, pois independe da vontade do particular e da prévia
intervenção do Poder Judiciário; é em regra oneroso, sendo a indenização a posteriori. Mesmo
em tempo de paz, só se justifica em caso de perigo público iminente.
Ex.: situação de enchente na qual muitas famílias ficaram desabrigadas, sendo necessário ao
poder público a requisição de um galpão inutilizado de um particular com a intenção de
assentar as famílias até a solução definitiva.
É possível extrair as seguintes características da requisição e confrontá-las, para fins didáticos,
com as da servidão administrativa:
é direito pessoal da Administração (a servidão é direito real);
seu pressuposto é o perigo público iminente (na servidão inexiste essa exigência);
incide sobre bens imóveis, móveis e serviços (a servidão só incide sobre bens imóveis);
caracteriza-se pela transitoriedade (a servidão tem caráter de definitividade);
a indenização, se houver, é ulterior (na servidão, a indenização, embora também condicionada,
é prévia).
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
Diferentemente da requisição administrativa, a limitação administrativa o Estado, no exercício
do poder de polícia, pode restringir o uso da propriedade particular por meio de obrigações de
caráter geral, com base na segurança, na salubridade, na estética, ou em outro fim público, o
que, em regra, não é indenizável.
As limitações decorrem do exercício do poder de polícia do Estado, ensejando a limitação do
uso de bens privados, como forma de os adequarem às necessidades públicas. Configuram-se
aplicação direta da garantia constitucional de função social da propriedade.
Pode ser citado o exemplo do gabarito de prédio definido por norma municipal. Suponha-se
que, em determinado município, haja norma municipal definindo que os imóveis à beira mar
não podem ter construções acima de quatro andares. Trata-se de regulamentação que limita a
forma de utilização do bem, estabelecendo restrição de caráter geral. Da mesma forma, podem
ser analisadas as normas sanitárias impostas a restaurantes e casas de show situadas no
município.
Em síntese, as características das limitações administrativas:
são atos legislativos ou administrativos de caráter geral (todas as demais formas interventivas
são atos singulares, com indivíduos determinados);
têm caráter de definitividade (igual ao das servidões, mas diverso da natureza da requisição e
da ocupação temporária);
o motivo das limitações administrativas é constituído pelos interesses públicos abstratos (nas
demais formas interventivas,
o motivo é sempre a execução de obras e serviços públicos específicos);
ausência de indenizabilidade (nas outras formas, pode ocorrer indenização quando há prejuízo
para o proprietário).
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Servidão Administrativa ou Servidão Pública é ônus real de uso imposto pela Administração
Pública à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços
de interesse coletivo.
A servidão administrativa ostenta a qualidade de direito real, sendo, neste último caso, de
natureza pública. A servidão pública recairá sempre sobre bens imóveis determinados e,
necessariamente, deve ser registrada, no Cartório de Registro de Imóveis, para que produza
efeitos erga omnes.
As formas de constituição da servidão administrativa decorrem diretamente da lei, mediante
acordo ou em virtude de decisão judicial.
Exemplo: o poder público utilizar uma parcela de terreno privado com a finalidade de instalação
de postes e fios de energia elétrica, para que este serviço seja regularmente prestado à
vizinhança, ou, até mesmo, a aposição de uma placa, por determinação do município, no muro
de um imóvel particular, com a informação acerca do nome da rua ou avenida em que o bem se
localiza.
Depois da análise do perfil da servidão administrativa, podem ser alinhadas as seguintes
características para o instituto:
a natureza jurídica é a de direito real;
incide sobre bem imóvel;
tem caráter de definitividade;
a indenizabilidade é prévia e condicionada (neste caso só se houver prejuízo);
inexistência de autoexecutoriedade: só se constitui através de acordo ou de decisão judicial.
A União pode instituir servidão administrativa nos Estados e Municípios, mas a recíproca não é
verdadeira.
TOMBAMENTO
É a forma de intervenção na propriedade por meio da qual o Poder Público busca proteger
bens móveis e imóveis que possuem valor cultural, histórico, artístico, científico, turístico e
paisagístico. O tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis ou imóveis,
materiais ou imateriais, públicos ou privados.
Isto é, tombamento é ato pelo qual o Poder Público protege o patrimônio cultural brasileiro.
Tombamento significa fazer um registro do patrimônio de alguém em livros específicos em um
órgão de Estado que cumpre tal função. Ou seja, a palavra é utilizada no sentido de registrar
algo que é de valor para uma comunidade, de modo a protege-lo por meio de legislação
específica.
O procedimento administrativo não se realiza em um único ato, mas numa sucessão de atos
preparatórios, essenciais à validade do ato final, que é a inscrição no Livro do Tombo. O
tombamento, enquanto ato de gestão do patrimônio, consiste em atribuir um número de registro
patrimonial a determinado bem.
Em suas várias modalidades, o tombamento constitui ato administrativo de natureza jurídica de
ato vinculado que sempre ostenta a característica de imperatividade (poder extroverso).
A União, os Estados, o distrito Federal e os Municípios possuem competência comum quanto à
possibilidade de efetuar o tombamento.
Segundo Bimestre
A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das prestadoras de serviços
públicos não depende da comprovação de elementos subjetivos ou ilicitude, baseando-se
somente em três elementos, quais sejam conduta de agente público, dano e nexo de
causalidade.
Os agentes públicos são todos aqueles que empenham seu trabalho vinculado à Administração
Pública ou realizam atividades que estão sob responsabilidade desta, ou seja, aqueles que
desempenham funções estatais, enquanto as exercitam, são agentes públicos.Entende-se que
os agentes públicos respondem somente de forma subjetiva – ou seja, após a análise de dolo
ou culpa – perante o Estado em ação de regresso.
Sendo assim, não obstante a responsabilidade seja atribuída à Pessoa Jurídica, o agente que
ensejou o dano não se exime de ressarcir os prejuízos causados ao ente público.
Qualquer pessoa que age em nome do Estado é agente público, independentemente de
vínculo jurídico, ainda que atue sem remuneração e transitoriamente.
Assim, uma vez que o Estado que está atuando por via do sujeito, responderá pelos atos
praticados, sendo a responsabilidade objetiva do Estado.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Serviço público é todo aquele prestado pela Administração Pública ou por seus delegados, sob
as normas e controle estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou até mesmo simples conveniências do Estado (art. 175, CF)
Serviços próprios e improprios – Proprios – serviços assumidos pelo Estado, que presta
diretamente ou indiretamente (delegando a terceiros).
Impróprios – serviços que o estado não presta, mas regula – Instituição financeira, seguros,
previdência privada
Dentre os direitos dos usuários dos serviços públicos está o de receber um serviço publico
adequado.
O que vem a ser um serviço publico adequado?
Um serviço publico adequado é aquele regido pelos princípios da Regularidade, Continuidade,
Eficiência, Segurança, Atualidade, Generalidade, Cortesia, Modicidade das tarifas, Política
tarifária
AGENTES POLÍTICOS
Para a doutrina majoritária, são agentes políticos os detentores de mandato eletivo e os
secretários e ministros de Estado.
O Supremo Tribunal Federal acrescenta os membros da Magistratura e os membros do
Ministério Público como agentes políticos, haja vista atuarem no exercido de funções
essenciais ao Estado e praticarem atos inerentes à soberania do Estado.
Nestes, poderão haver colaboração do particulares, que são queles que, sem perderem a
qualidade de particulares, atuam em situações excepcionais, em nome do Estado, mesmo em
caráter temporário ou ocasional, independentemente do vínculo jurídico estabelecido,
exercendo função pública. Ou seja, os agentes políticos são os governantes que empenham
atividades, que traduz a vontade superior do Estado.
Os membros da magistratura e ministério público, são reconhecidos como agentes políticos.
Designados: atuam em virtude de convocação efetivada pelo Poder Público. Também são
chamados de agentes honoríficos. Ex.: mesário e jurado.
Voluntários: atuam voluntariamente em repartições, escolas, hospitais públicos ou em situações
de calamidade, nas hipóteses em que o ente estatal realiza programa de voluntariado.
Delegados: atuam na prestação de serviços públicos mediante delegação do Estado.
Credenciados: atuam em nome do Estado em virtude de convênios celebrados com o Poder
Público.
Os MILITARES
São aqueles que prestam serviços as forças armadas, às polícias militares e corpos de
bombeiros militares do Estado, DF e Territórios. Estes possuem um regime especial,
estatutário.
Particulares em colaboração com o Poder Público,
Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vinculo empregatício, com ou sem
remuneração, Pode se dar pela delegação do Poder publico, requisição, gestão de negócios.
AGENTES ADMINISTRATIVOS
Também são chamados de Servidores Estatais, têm vínculo com o Estado, no exercício da
função administrativa. Possuem vínculo de dependência e sua natureza de trabalho é não
eventual, haja vista possuírem relação de trabalho de natureza profissional com os entes.
Podem ser divididos em:
Servidores Temporários: O tipo de serviço deve ser definido por meio de lei específica que
determine seus contornos e características, os limites máximos de duração dos contratos,
além de regulamentar o regime aplicado a estes servidores; São aqueles aqueles
contratados para atendimento, em caráter excepcional, de necessidades não permanentes
dos órgãos públicos.
Servidores Celetistas: Possuem vínculo permanente com o Estado, com prazo indeterminado,
sob relação de emprego, sendo-lhes aplicável o regime da CLT, subsidiariamente às
normas estipuladas por lei especifica.
Devem-se submeter a concurso público de provas ou de provas e títulos, além de respeitar a
aplicação do teto remuneratório.
Servidores estatutários:Possuem vínculo permanente com a Administração, de natureza
profissional, com prazo indeterminado, para execução de atividades permanentes de
interesse do Estado.
Deve ser aprovado em um concurso público para provimento de cargos e, após nomeação, ao
assinar o termo de posse, se submete a todas as normas dispostas na legislação para sua
carreira.
CARGO PÚBLICO
Os servidores estatutários são aqueles que ocupam cargo público perante a Administração
Pública direta (União, Estados, DF e Municípios) e à Administração Pública Indireta autárquica
e fundacional (Autarquias e Fundações Públicas).
Eles estão sujeitos ao regime estatutário e são escolhidos através de concurso público.
Além disso, possuem estabilidade, que é uma garantia constitucional de permanência no
serviço público após 3 (três) anos de estágio probatório e aprovação em avaliação especial de
desempenho.
Os cargos públicos são o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor exposto no ART. 3, da lei 8.112/90; No
parágrafo único ainda, expressa que estes cargos são acessíveis a todos os brasileiros, criados
por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento de
caráter efetivo ou em comissão.
A Lei que irá criar, extinguir e administrar os cargos públicos.
Requisitos básicos para investidura: ART.5, CF, tais como: nacionalidade brasileira, gozo de
direitos políticos, quitação com as obrigações militares, idade mínima de 18 anos, aptidão física
e mental, nível de escolaridade...
FUNÇÕES PÚBLICAS
Criados por lei, são correspondentes a encargos de direção, chefia, assessoramento, exercidas
por titular de cargo efetivo, de confiança da autoridade.
EMPREGO PÚBLICO
Por sua vez, os empregados públicos são os que ocupam emprego público e também são
selecionados mediante concurso público.
Entretanto, são regidos pela CLT – Consolidação das Leis Trabalhista – e estão localizados na
administração pública indireta, especialmente nas Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista.
Os empregados públicos não gozam da garantia constitucional da estabilidade. é nada menos
que os empregados públicos, ligados a CLT; está vinculado a relação trabalhista.
ESPÉCIES DE CARGOS
Cargo em comissão é ressalvadas de nomeação e exoneração. Em funções de confiança,
estes estão atribuídos a direção, chefia, assessoria...a pessoa deste
O cargo vitalício apenas poderá ser perdido mediante processo judicial, exposto na CF.
O cargo de carreira é o que se escalona em classes, o acesso é privativo de seus titutares, até
o da mais alta hierarquia.
Em cargo isolado não escalona em classes, por ser único na sua categoria. Continuem esta na
exceção no funcionalismo
No caso dos servidores de carreira, o inciso V do artigo 37 da Constituição estabelece que a lei
determinará os casos, condições e percentuais mínimos de cargos em comissão a serem
preenchidos por servidores de carreira.
A nova Lei 14.133/21 multiplicou os princípios da Administração Pública, agora são 22,
vejamos:
Princípio Da Celeridade, busca um processo rápido, acelerado.
Princípio Da Competitividade, é permitir a concorrência sem privilegiar participantes.
Princípio Do Desenvolvimento Nacional Sustentável, é ter cuidado com o meio ambiente aliado
a preservação e geração de emprego e renda, a busca pelo desenvolvimento nacional baseado
nestes pilares.
Princípio Da Economicidade, manter a qualidade, porém com redução de custos, é uma
espécie de visão “importada” da iniciativa privada.
Princípio Da eficácia, é o mesmo que alcançar o objetivo proposto pelo edital.
Princípio Da eficiência, o processo deve ser produtivo de forma que leve eficácia pela melhor
forma
Princípio Da Igualdade, é manter o processo isonômico em todas as suas fases.
Princípio Da Impessoalidade, preza para que o processo seja voltado totalmente ao interesse
público e não do gestor ou de pessoas do seu interesse.
Princípio Do Interesse público, é observar qual a melhor solução, por vezes, pode ser possível
a anulação de um contrato, porém, os prejuízos que serão causados com a anulação podem
ser maiores que os problemas já enfrentados, desta forma em nome do princípio do interesse
público pode-se optar pela não anulação do contrato.
Princípio Do Julgamento Objetivo, a licitação deve ser regida por um processo objetivo,
evitando editais vagos, subjetivos, que não atendam ao interesse público.
Princípio Da Legalidade, é a observação dos critérios e objetivos legais.
Princípio Da Moralidade, é agir durante todo o processo com moral, ética e honestidade.
Princípio Da Motivação, é a justificação fática e legal para a contratação, o gestor público deve
sempre motivar a realização de contratos da sua administração.
Princípio Do Planejamento, é preciso ter planejamento, o estudo técnico que demonstre a
necessidade do edital, bem como a existência da verba que garantirá a execução total do
edital.
Princípio Da Probidade Administrativa, é ser moral e ético.
Princípio Da Proporcionalidade, o edital deve ser proporcional a necessidade pública evitando
gastos desnecessários.
Princípio Da Publicidade, salvo as exceções, todo ato da administração pública deve ser
publicizado.
Princípio Da Razoabilidade, o processo deve ser razoável, não pode criar critérios
desnecessários ao fim pretendido pelo gestor.
Princípio Da Segurança Jurídica, é a busca pela segurança nas relações que a administração
pública se envolve, é a paz social.
Princípio Da Segregação De Funções, é a ideia de decentralizar o procedimento do edital, uma
espécie de divisão das tarefas do processo licitatório, voltado a impedir ou restringir
possibilidades de ilegalidades, exemplo, um prepara o edital, outro analisa as propostas, um
terceiro contrata, outro analisa a prestação de serviços que será pago por outra pessoa.
Princípio Da Transparência, é divulgar as informações de forma que a população seja capaz de
compreender o processo licitatório de forma clara
Princípio da Vinculação Ao Edital, deve-se seguir estritamente o que foi previsto no instrumento
convocatório, de forma a proceder o processo como planejado, isto viabiliza a real manutenção
dos interessados no processo sem que sejam surpreendidos por “novidades”.
• Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade administrativa, da
igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da
vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da
competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento
nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942
(Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
Art. 8º A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela autoridade
competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração
Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e
executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.
§ 1º O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos
que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
§ 2º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais, desde que observados os requisitos
estabelecidos no art. 7º desta Lei, o agente de contratação poderá ser substituído por comissão de
contratação formada por, no mínimo, 3 (três) membros, que responderão solidariamente por todos os
atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição individual divergente
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada a decisão.
§ 4º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não seja rotineiramente contratado
pela Administração, poderá ser contratado, por prazo determinado, serviço de empresa ou de profissional
especializado para assessorar os agentes públicos responsáveis pela condução da licitação.
§ 5º Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será designado
pregoeiro.
A nova lei de licitações vai causar mudanças no registro de preços, modalidades, pregão eletrônico,
dispensa de licitação, cláusulas exorbitantes e vários outros assuntos.
Além disso, as fazes de julgamento e habilitação poderão ser invertida com justificativa
Dos Critérios de Julgamento
Antes: menor preço, melhor técnica, técnica epreço e maior lance ou oferta.
Lei nova:
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios:
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV - técnica e preço;
V - maior lance, no caso de leilão;
VI - maior retorno econômico.
Da Inexigibilidade de Licitação
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de
Rol exemplificativo