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O Estado é constituído dos seguintes elementos: povo, território e governo soberano,manifestando

sua vontade pelos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

Função Administrativa
A função administrativa é exercida pelo administrador público, que a exerce representando os
interesses da coletividade, pelo cumprimento fiel dos preceitos do Direito e da moral
administrativa que regem a sua atuação.
A função administrativa abrange o exercício das seguintes atividades:
Fomento: é a concessão de incentivos pelo Poder Público aos interessados colaboradores do
interesse público.
Polícia administrativa: é a limitação da liberdade e propriedade do particular em nome do
interesse público.
Serviço público: prestado pela Administração ou por seus delegados para satisfazer
necessidades essenciais ou secundárias da coletividade.
Intervenção: é a interferência do Estado no domínio econômico.

Princípios
Na Administração Pública, o administrador recebe as ordens e instruções de como agir, das leis
e regulamentos. Sua finalidade de atuação é buscar o bem comum da coletividade
administrada.Na Administração Privada, o administrador recebe as ordens e instruções de
como agir do proprietário. Sua finalidade de atuação é buscar satisfazer os interesses do
proprietário.

Os princípios da gestão pública brasileira são aqules que representam a conduta do estado no
exercício de sua atividades essenciais. O art. 37, Cf, expressa explicitamente o LIMPE
(princípios inerentes à administração pública):
Legalidade
O Princípio da Legalidade decorre da existência do Estado de Direito como uma Pessoa
Jurídica responsável por criar o direito, no entanto submissa ao ordenamento jurídico por ela
mesmo criado e aplicável a todos os cidadãos.
Diferente da legalidade aplicada ao particular, o administrador só pode fazer o que a lei permitir.
Impessoalidade
O Princípio da Impessoalidade se traduz na ideia de que a atuação do agente público deve-se
pautar pela busca dos interesses da coletividade.Além disso, a impessoalidade deve ser
enxergada também sob a ótica do agente, isto é, a atividade deste deve imputada ao Estado (e
não ao agente estatal).
Moralidade
O Princípio da Moralidade exige a honestidade, lealdade, boa-fé de conduta no exercício da
função administrativa – ou seja, a atuação não corrupta dos gestores públicos, ao tratar com a
coisa de titularidade do Estado.
Publicidade
Este princípio tem por finalidade garantir o conhecimento público acerca das atividades
praticadas no exercício da função administrativa.Em um estado democrático de Direito, não se
pode admitir que assuntos da Administração, que são do interesse de todos, sejam ocultados.
Eficiênciência
Eficiência é produzir bem, com qualidade e com menos gastos.
Esta é a atuação eficiente, bom desempenho funcional, na busca de sempre melhores
resultados práticos e menos desperdício nas atividades estatais, uma vez que toda a
coletividade se beneficia disso.
Há também os princípios implícitos:
Supremacia do interesse público sobre o privado define a ideia de que o interesse público é
supremo sobre o interesse particular, e todas as condutas estatais têm como finalidade a
satisfação das necessidades coletivas.
Indisponibilidade do interesse público define os limites da atuação administrativa e decorre do
fato de que a impossibilidade de abrir mão do interesse público deve estabelecer ao
administrador os seus critérios de conduta.
Contraditório e ampla defesa é o direito conferido ao particular de saber o que acontece no
processo administrativo ou judicial de seu interesse, bem como o direito de se manifestar na
relação processual, requerendo a produção de provas e provocando sua tramitação.

O Princípio da Razoabilidade visa impedir uma atuação desarrazoada ou despropositada do


Administrador, definindo que o agente não se pode valer de seu cargo ou função, com a falsa
intenção de cumprir a lei, para agir de forma ilegal e arbitrária fora dos padrões éticos e
adequados ao senso comum.

A proporcionalidade tem finalidade de evitar abusos na atuação de agentes públicos, ou seja,


impedir que as condutas desses agentes ultrapassem os limites no que tange à adequação, no
desempenho de suas funções em relação aos fatos que ensejaram a conduta do Estado.
A autotutela representa o poder que a Administração Pública possui de controlar seus próprios
atos, podendo ela mesma revê-los para trazer regularidade às suas condutas.
Assim, o ente estatal tem a garantia de anular os atos praticados em suas atividades
essenciais, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou inconvenientes, sem que seja
necessária a interferência do Poder Judiciário.
A motivação representa o dever imposto ao ente estatal de indicar os pressupostos de fato e de
direito que determinaram a prática dos atos administrativos.
Continuidade é a atividade administrativa devendo ser ininterrupta.

Dos poderes administrativos


O abuso de poder configura ilicitude que atinge o ato decorrente dele.

Poder regulamentar ou normativo -Poder conferido à Administração Pública de expedir normas


gerais, ou seja, atos administrativos gerais e abstratos com efeito erga omnes.
Poder disciplinar- é o poder de apurar infrações, aplicando sanções e penalidades por parte do
Poder Público a todos aqueles que possuam vínculo de natureza especial com o Estado
(servidores ou não, normalmente por relação hierárquica ou contratual). Não é possível
aplicação deste poder a particulares, que por não possuírem vínculo com a Administração
não estão sujeitos à disciplina interna do Estado.
Poder hierárquico -poder de estruturação interna da atividade pública (atribuição para
organizar, distribuir e escalonar funções dos órgãos). Em razão da hierarquia, surge para o
superior hierárquico os poderes de delegar, avocar, disciplinar, ordenar, normatizar,
controlar, comandar e revisar.
Poder de polícia- é o poder que a Administração tem de restringir o exercício de liberdades
individuais e o uso/gozo/disposição da propriedade privada, sempre para adequá-los ao
interesse público.
Atributos do ato administrativo
Presunção de legitimade -uma vez praticado o ato administrativo, este presume-se que foi
praticado em conformidade com a lei, e que os atos e fatos alegados pelo administrador
são verdadeiros e morais.
Imperatividade -A imperatividade significa que o ato administrativo constitui obrigações
unilateralmente.
Autoexecutoridade -a Administração Pública pode colocar em prática as decisões que tomou
sem a necessidade de recorrer ao Poder Judiciário, gozando, para isso, de mecanismos
coercitivos próprios, inclusive o uso da força se necessário for.
Tipicidade -Tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada
finalidade que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei.

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Centralização administrativa ocorre quando o Estado executa suas tarefas por meio dos órgãos
e agentes integrantes da Administração Direta.
Não há transferência de competência de uma pessoa para outra.

A descentralização poderá ser feita mediante a transferência na prestação de serviços públicos


a particulares, por meio de contratos de concessão ou permissão de serviços públicos, nos
termos da legislação aplicável.
Além disso, a descentralização pode ser executada com a transferência na prestação do
serviço a pessoas jurídicas criadas pela própria Administração Pública, especializadas na
execução daquela atividade.
São os chamados entes da Administração Indireta ou entes da Administração Descentralizada,
os quais se dividem em autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

A concentração administrativa ocorre quando, dentro da pessoa jurídica, não há divisão interna
de serviços. Já a desconcentração há distribuição de competências dentro da mesma pessoa
jurídica.
Tanto a concentração como a desconcentração são técnicas administrativas existentes na
Administração Direta e Indireta.

Sobre a administração pública direta


É o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado, na esfera federal,
estadual e municipal
Sobre a administração pública indireta
A Administração Indireta é composta da seguinte forma:Autarquias,Fundações públicas,
Empresas públicas, Sociedades de economia mista.

As Autarquias serão criadas por lei.


Elas são pessoas jurídicas de direito público que desenvolvem atividade típica de Estado, com
liberdade para agirem nos limites administrativos da lei específica que as criou.
Assim como os demais entes da Administração Indireta, não estão hierarquicamente
subordinadas aos entes federativos, mas se sujeitam a controle finalístico exercido pelos entes
da Administração Direta responsável pela sua criação.
Tem imunidade tributária recíproca, privilégios processuais (prazos dilatados, remessa
necessária), responsabilidade civil objetiva e regime de pessoal estatutário.
Fundações Públicas são formadas pela destinação de um patrimônio público à criação de uma
nova pessoa jurídica, dependem de lei específica para sua criação, têm finalidade pública e
integram a Administração Indireta do ente instituidor.
Pode ser criada como pessoa jurídica de direito público ou como pessoa jurídica de direito
privado. No primeiro caso, ela é considerada uma autarquia fundacional, seguindo o regime de
autarquia; no segundo caso, ela é uma fundação governamental, seguindo o regime
misto/híbrido (sem as prerrogativas dadas as autarquias, mas submetendo às limitações
impostas às mesmas).
Nos termos do art. 37, XIX, CF, somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Empresas estatais
Empresas Públicas
São empresas com personalidade jurídica de Direito Privado, integrantes da
Administração Pública Indireta que exercem funções atípicas. As normas que incidem nestas
entidades são em sua maioria de direito privado, provenientes do Código Civil.
São autorizadas por Lei Específica a funcionar como prestadoras de serviços públicos, ou
exploradoras de atividade econômica. Além desta autorização é necessário o registro dos seus
estatutos sociais no cartório público competente (Cartório Civil de Registro de Pessoas
Jurídicas). As Prestadoras de Serviço Público exercem atividades essenciais (serviços de
postagem e aéreos – Correios e INFRAERO) para a coletividade. As Exploradoras de Atividade
Econômicas fornecem serviços não essenciais (serviços bancários – Caixa Econômica
Federal).
Seu capital social é integralizado exclusivamente com recursos públicos, podendo, estes
recursos serem provenientes de entes políticos distintos. Por exemplo: é possível uma
única Empresa Pública ser formada por recursos federais, estaduais e municipais.
Sociedade de economia mista
São empresas com personalidade jurídica de Direito Privado, integrantes da
Administração Pública Indireta que exercem função atípica. As normas que incidem
nestas entidades são em sua maioria de direito privado. Seu capital social é constituído por
recursos públicos e privados, sendo a maior parte das ações destas empresas, de
propriedade do Estado (pelo menos 51% das ações com poder de voto). Assim, o governo
sempre mantém o controle destes entes. Estas Entidades terão necessariamente a forma
societária de S.A.(Sociedade Anônima), para que seja possível a integralização do seu capital
social com dinheiro privado.
Assim como as Empresas Públicas, estas entidades são autorizadas por Lei Específica a
funcionar como prestadoras de serviços públicos (COPASA, CEMIG, BHTRANS), ou
exploradoras de atividade econômica (Banco do Brasil). Além desta autorização é necessário o
registro do seu estatuto social no cartório público competente (Cartório Civil de Registro de
Pessoas Jurídicas).
Só admitem o regime jurídico de pessoal na forma celetista.
Seu patrimônio é próprio, ou seja, pertencente à própria Entidade e não ao ente político
que a criou, trata-se de um patrimônio distinto do governo.

Competência para prestação de serviço


Competência da União: em matéria de serviços públicos, abrange os que lhe são privativos
(art. 21, CF) e os que lhe são comuns (art. 23), permitindo atuação paralela dos Estados
membros e Municípios.
Competência do Município: restringe-se aos serviços de interesse local. A Constituição Federal
elegeu determinados serviços de interesse local como dever expresso dos Municípios, como o
transporte coletivo, a educação pré-escolar, o ensino fundamental, os serviços de atendimento
à saúde da população e outros.
Competência do Estado membro: é residual. A única exceção diz respeito à exploração e
distribuição dos serviços de gás canalizado (art. 25, §2º). Assim, pertencem aos Estados todos
os serviços não reservados à União nem distribuídos ao Município.

Improbidade Administrativa
A improbidade administrativa é uma conduta inadequada, praticada por agentes públicos ou
outros envolvidos, que causa danos à administração pública.
O agente público é toda pessoa que presta um serviço à administração pública, funcionário
público ou não; sendo remunerado ou não; estando serviço temporário ou não.
1 – Enriquecimento Ilícito
Acontece quando qualquer agente público ganha alguma vantagem em razão do seu cargo,
mandato ou outra atividade exercida em órgão público.
Com isso, esse agente consegue benefícios para si mesmo ou a outro envolvido, causando
lesão ao governo, seja federal, estadual ou municipal.
2 – Atos que causem prejuízo ao erário
Esses atos são ações ou omissões que causam perda dos recursos financeiros da
administração pública, através de atitudes como o uso de recursos públicos para fins
particulares.
Também, a aplicação irregular de verba pública ou a facilitação do enriquecimento de terceiros
à custa do dinheiro público. Além disso, há omissões que podem causar prejuízos ao governo.
3 – Atos que violem os princípios da administração pública
Aqueles princípios conhecidos como LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, caso eles não sejam seguidos, também pode ser caracterizado como
ato de improbidade.
Isso porque essas condutas violam os princípios de honestidade, transparência, imparcialidade
e lealdade às instituições públicas.

Esses atos e as penalidades estão descritos na Lei nº 8.429/92, que é a Lei de Improbidade
Administrativa (LIA).
Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de
quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou
omissão decorrente das atribuições do agente público;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação
de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por
preço superior ao valor de mercado;
perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação
de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de
mercado;
utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de
qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no
art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros
contratados por essas entidades;
receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a
exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de
usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem (…).

A pessoa que pode praticar o ato de improbidade administrativa é chamada sujeito ativo.
Também existem os sujeitos ativos próprios, que é aquela pessoa que exerce, ainda que de
modo temporário, a função de agente público.
Todas as pessoas também podem cometer atos de improbidade administrativa, são os sujeitos
ativos impróprios. Porém, o particular só pode ser sujeito ativo se cometer o ato de improbidade
junto ao agente público.
Entende-se que os políticos também são agentes públicos e estão sujeitos às regras citadas
acima. A única exceção é o Presidente da República. Conforme a Lei 1.079/50, o Presidente
responde por crime de responsabilidade.

São os sujeitos passivos , no caso, contra quem o ato de improbidade administrativa pode ser
praticado, estão incluídas:
a administração direta (União, Estados ou Distrito Federal e Municípios);
e a administração indireta (autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
mista e suas subsidiárias).
Temos um artigo falando somente de quais atos de improbidade causam lesão ao patrimônio
público.

Se for comprovada a prática de improbidade administrativa, conforme o caso, o agente público


pode sofrer as seguintes penalidades:
perda da função pública;
perda de bens;
suspensão temporária dos direitos políticos;
pagamento de multa civil;
proibição de contratação com o Poder Público ou de recebimento de benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios;
ressarcimento do dano.
Acesse o nosso artigo que fala mais sobre as penalidades de Improbidade Administrativa e
como fazer um acordo nesse tipo de ação.

Formas de intervenção do Estado na propriedade particular

Intervenção supressiva - o Estado transfere para si a propriedade de terceiro, suprimindo o


direito de propriedade anteriormente existente. Nestes casos, o direito de propriedade do
particular é suprimido em face da necessidade pública, podendo se dar mediante indenização,
ou excepcionalmente, sem qualquer espécie de pagamento.

Desapropriação
Intervenção restritiva - o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade
pelo terceiro, sem, contudo, lhe retirar o direito de propriedade.

Requisição administrativa
Limitação administrativa
Servidão administrativa
Tombamento
Ocupação temporária

DESAPROPRIAÇÃO
CF, Art. 5º, inc. XXIV – “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização
em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.
A desapropriação atinge o caráter perpétuo do direito de propriedade, sendo a forma originária
de aquisição da propriedade.
É a transferência compulsória de propriedade particular por determinação do Poder Público,
nos casos de necessidade e utilidade pública ou interesse social, mediante indenização prévia,
justa e, como regra paga em dinheiro.
O procedimento para desapropriação é regulado por lei federal (art. 22, inc. II, CF)– de
competência privativa da União legislar acerca do assunto.
A desapropriação indireta configura verdadeiro esbulho ao direito de propriedade do particular
perpetrado pelo ente público, de forma irregular e ilícita e, por isso, pode ser obstada por meio
de ação possessória. O STJ entendeu que no atual Código Civil o prazo prescricional aplicável
a ação de desapropriação indireta é de 10 anos, encontrando-se superada a súmula 119 (Resp
1.300.442/SC).
No entanto, se o proprietário não o impedir no momento oportuno, deixando que a
Administração lhe dê uma destinação pública, não mais poderá reivindicar o imóvel, pois os
bens expropriados, uma vez incorporados ao patrimônio público, não podem ser objeto de
reinvindicação, dada a destinação pública ao bem, o proprietário não pode mais reverter a
situação, buscando o bem para si, restando pleitear o pagamento de justa indenização através
da Ação de Indenização por Desapropriação Indireta.
Decreto-lei nº 3.365, de 21 De Junho de 1941 dispõe sobre desapropriações por utilidade
pública.

REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
CF, art. 5º, inc. XXV – “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano”.
A requisição administrativa é a utilização coativa de bens e serviços particulares pelo Estado
em situação de perigo público iminente, com indenização posterior, se houver dano.
Por se tratar de situação de perigo ou de guerra declarada, aponta-se pela aplicação do art. 22,
III, da Carta Magna, no que tange à competência legislativa, sendo esta atribuída à União
Federal, de forma exclusiva.
Em qualquer das modalidades previstas em lei, a requisição caracteriza-se por ser
procedimento unilateral e autoexecutório, pois independe da vontade do particular e da prévia
intervenção do Poder Judiciário; é em regra oneroso, sendo a indenização a posteriori. Mesmo
em tempo de paz, só se justifica em caso de perigo público iminente.
Ex.: situação de enchente na qual muitas famílias ficaram desabrigadas, sendo necessário ao
poder público a requisição de um galpão inutilizado de um particular com a intenção de
assentar as famílias até a solução definitiva.
É possível extrair as seguintes características da requisição e confrontá-las, para fins didáticos,
com as da servidão administrativa:
é direito pessoal da Administração (a servidão é direito real);
seu pressuposto é o perigo público iminente (na servidão inexiste essa exigência);
incide sobre bens imóveis, móveis e serviços (a servidão só incide sobre bens imóveis);
caracteriza-se pela transitoriedade (a servidão tem caráter de definitividade);
a indenização, se houver, é ulterior (na servidão, a indenização, embora também condicionada,
é prévia).

LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA
Diferentemente da requisição administrativa, a limitação administrativa o Estado, no exercício
do poder de polícia, pode restringir o uso da propriedade particular por meio de obrigações de
caráter geral, com base na segurança, na salubridade, na estética, ou em outro fim público, o
que, em regra, não é indenizável.
As limitações decorrem do exercício do poder de polícia do Estado, ensejando a limitação do
uso de bens privados, como forma de os adequarem às necessidades públicas. Configuram-se
aplicação direta da garantia constitucional de função social da propriedade.
Pode ser citado o exemplo do gabarito de prédio definido por norma municipal. Suponha-se
que, em determinado município, haja norma municipal definindo que os imóveis à beira mar
não podem ter construções acima de quatro andares. Trata-se de regulamentação que limita a
forma de utilização do bem, estabelecendo restrição de caráter geral. Da mesma forma, podem
ser analisadas as normas sanitárias impostas a restaurantes e casas de show situadas no
município.
Em síntese, as características das limitações administrativas:
são atos legislativos ou administrativos de caráter geral (todas as demais formas interventivas
são atos singulares, com indivíduos determinados);
têm caráter de definitividade (igual ao das servidões, mas diverso da natureza da requisição e
da ocupação temporária);
o motivo das limitações administrativas é constituído pelos interesses públicos abstratos (nas
demais formas interventivas,
o motivo é sempre a execução de obras e serviços públicos específicos);
ausência de indenizabilidade (nas outras formas, pode ocorrer indenização quando há prejuízo
para o proprietário).

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Servidão Administrativa ou Servidão Pública é ônus real de uso imposto pela Administração
Pública à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços
de interesse coletivo.
A servidão administrativa ostenta a qualidade de direito real, sendo, neste último caso, de
natureza pública. A servidão pública recairá sempre sobre bens imóveis determinados e,
necessariamente, deve ser registrada, no Cartório de Registro de Imóveis, para que produza
efeitos erga omnes.
As formas de constituição da servidão administrativa decorrem diretamente da lei, mediante
acordo ou em virtude de decisão judicial.
Exemplo: o poder público utilizar uma parcela de terreno privado com a finalidade de instalação
de postes e fios de energia elétrica, para que este serviço seja regularmente prestado à
vizinhança, ou, até mesmo, a aposição de uma placa, por determinação do município, no muro
de um imóvel particular, com a informação acerca do nome da rua ou avenida em que o bem se
localiza.
Depois da análise do perfil da servidão administrativa, podem ser alinhadas as seguintes
características para o instituto:
a natureza jurídica é a de direito real;
incide sobre bem imóvel;
tem caráter de definitividade;
a indenizabilidade é prévia e condicionada (neste caso só se houver prejuízo);
inexistência de autoexecutoriedade: só se constitui através de acordo ou de decisão judicial.
A União pode instituir servidão administrativa nos Estados e Municípios, mas a recíproca não é
verdadeira.
TOMBAMENTO
É a forma de intervenção na propriedade por meio da qual o Poder Público busca proteger
bens móveis e imóveis que possuem valor cultural, histórico, artístico, científico, turístico e
paisagístico. O tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis ou imóveis,
materiais ou imateriais, públicos ou privados.
Isto é, tombamento é ato pelo qual o Poder Público protege o patrimônio cultural brasileiro.
Tombamento significa fazer um registro do patrimônio de alguém em livros específicos em um
órgão de Estado que cumpre tal função. Ou seja, a palavra é utilizada no sentido de registrar
algo que é de valor para uma comunidade, de modo a protege-lo por meio de legislação
específica.
O procedimento administrativo não se realiza em um único ato, mas numa sucessão de atos
preparatórios, essenciais à validade do ato final, que é a inscrição no Livro do Tombo. O
tombamento, enquanto ato de gestão do patrimônio, consiste em atribuir um número de registro
patrimonial a determinado bem.
Em suas várias modalidades, o tombamento constitui ato administrativo de natureza jurídica de
ato vinculado que sempre ostenta a característica de imperatividade (poder extroverso).
A União, os Estados, o distrito Federal e os Municípios possuem competência comum quanto à
possibilidade de efetuar o tombamento.

Segundo Bimestre

Responsabilidade Civil do Estado na CF/88

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Responsabilidade do Estado: objetiva;
Responsabilidade do agente: subjetiva.
Não é apenas o Estado que responde, uma vez que o texto constitucional abarca todos
aqueles que atuam na prestação de serviços públicos. Neste sentido, estão incluídas as
pessoas jurídicas de Direito Público da Administração Direta (os entes políticos) e Indireta
(autarquias e fundações públicas de Direito Público).
obs:As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista somente se incluem neste
dispositivo, quando criadas para a prestação de serviços públicos. Dessa forma, a
responsabilidade civil do Estado não abarca as empresas estatais que exploram atividade
econômica.

A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das prestadoras de serviços
públicos não depende da comprovação de elementos subjetivos ou ilicitude, baseando-se
somente em três elementos, quais sejam conduta de agente público, dano e nexo de
causalidade.

Teoria do Risco Administrativo


Por meio dessa teoria, a obrigação econômica de reparação de dano pelo Estado surge pelo
simples fato de se assumir o risco de exercer tal atividade, independentemente da má
prestação do serviço ou da culpa do agente público faltoso.
Nessa teoria, são admitidas as causas excludentes de responsabilidade.
É a regra adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Teoria do Risco Integral
Segundo essa teoria, o ente público é garantidor universal e a simples existência do dano e do
nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar para a Administração, pois
não admite nenhuma das excludentes de responsabilidade.
A doutrina majoritária indica que esta Teoria do Risco Integral deve ser aplicada em
determinados casos, quais sejam:
Atividade nuclear.
Dano ao meio ambiente.
Acidente de trânsito (DPVAT).
Crimes ocorridos a bordo de aeronaves que estejam sobrevoando o espeço aéreo brasileiro.
Danos decorrentes de ataques terroristas.
Teoria do Risco Criado
Pela Teoria do Risco Criado ou Suscitado, a responsabilidade civil do Estado é objetiva, mesmo
sem a conduta do agente. Ela se aplica nas situações em que existem pessoas ou coisas sob
custódia do Estado.
Exemplos:
Preso foge de presídio e causa danos na vizinhança.
Preso se suicida dentro do presídio.
Crianças morrem na escola em virtude de um tiroteio.
Responsabilidade Subjetiva
Teoria da Culpa do Serviço
A Teoria da Culpa do Serviço diz respeito à responsabilidade civil do Estado em casos de
omissão.
É considerada subjetiva e seus elementos são:
Conduta estatal omissa.
Dano
Nexo causal.
Faute du service (culpa do serviço), ou seja, no caso ou o serviço não funcionou ou funcionou
mal ou funcionou atrasado – tudo isso por dolo ou culpa por parte do Estado.
Se o Estado tivesse atuado e fosse possível atuar, o dano teria sido evitado.
Assim, em se tratando de responsabilidade civil subjetiva, deve-se comprovar que o dano
ocorreu pela má execução do serviço.

Os agentes públicos são todos aqueles que empenham seu trabalho vinculado à Administração
Pública ou realizam atividades que estão sob responsabilidade desta, ou seja, aqueles que
desempenham funções estatais, enquanto as exercitam, são agentes públicos.Entende-se que
os agentes públicos respondem somente de forma subjetiva – ou seja, após a análise de dolo
ou culpa – perante o Estado em ação de regresso.
Sendo assim, não obstante a responsabilidade seja atribuída à Pessoa Jurídica, o agente que
ensejou o dano não se exime de ressarcir os prejuízos causados ao ente público.
Qualquer pessoa que age em nome do Estado é agente público, independentemente de
vínculo jurídico, ainda que atue sem remuneração e transitoriamente.
Assim, uma vez que o Estado que está atuando por via do sujeito, responderá pelos atos
praticados, sendo a responsabilidade objetiva do Estado.

Responsabilidade do Estado por atos legislativos e judiciais


Atos legislativos: em regra não haverá para o Estado responsabilidade decorrente de atos
legislativos, exceto se houver lei declarada inconstitucional (ou em controle difuso ou em
controle concentrado) causadora de dano ao particular – por se tratar de atuação indevida por
parte do Poder Legislativo.
Atos judiciais: haverá a responsabilidade do Estado no caso de erro judiciário conforme
estabelecido no art. 5º, LXXV, CF: “o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença” ou em se tratando de condutas
manifestamente dolosas por parte do magistrado (nos termos do art. 143 do CPC/2015).

SERVIÇOS PÚBLICOS
Serviço público é todo aquele prestado pela Administração Pública ou por seus delegados, sob
as normas e controle estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou até mesmo simples conveniências do Estado (art. 175, CF)

Quanto a utilização, divide-se em essenciais(gerais) e não essenciais(individuais);


Essenciais, ex: : defesa nacional e serviços de policia judiciaria - usufruído por todos
simultaneamente, decorrente de impostos
Não essenciais: serviços de telefonia , energia eletrica- são cobrada taxas ou tarifas,
mensurada pela utilização individual.

Serviços próprios e improprios – Proprios – serviços assumidos pelo Estado, que presta
diretamente ou indiretamente (delegando a terceiros).
Impróprios – serviços que o estado não presta, mas regula – Instituição financeira, seguros,
previdência privada
Dentre os direitos dos usuários dos serviços públicos está o de receber um serviço publico
adequado.
O que vem a ser um serviço publico adequado?
Um serviço publico adequado é aquele regido pelos princípios da Regularidade, Continuidade,
Eficiência, Segurança, Atualidade, Generalidade, Cortesia, Modicidade das tarifas, Política
tarifária

Continuidade: indica que os serviços públicos não devem sofrer interrupção


Atualidade: devem ser continuamente atualizados, assimilando novas tecnologias e tendências,
evitando-se a obsolescência.
Generalidade: os serviços públicos devem ser prestados, sem discriminação, a todos que
satisfaçam as condições para sua obtenção
Modicidade das tarifas:O prestador do serviço público deve ser remunerado de maneira
razoável, a fim de assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Política tarifárica:os preços das tarifas do serviço público serão fixados pelo preço da proposta
vencedora da licitação e ficarão preservados pelas regras de revisão previstas na própria lei,
nos editais e nos contratos, consagrando o chamado “regime do preço do serviço”

AGENTES POLÍTICOS
Para a doutrina majoritária, são agentes políticos os detentores de mandato eletivo e os
secretários e ministros de Estado.
O Supremo Tribunal Federal acrescenta os membros da Magistratura e os membros do
Ministério Público como agentes políticos, haja vista atuarem no exercido de funções
essenciais ao Estado e praticarem atos inerentes à soberania do Estado.
Nestes, poderão haver colaboração do particulares, que são queles que, sem perderem a
qualidade de particulares, atuam em situações excepcionais, em nome do Estado, mesmo em
caráter temporário ou ocasional, independentemente do vínculo jurídico estabelecido,
exercendo função pública. Ou seja, os agentes políticos são os governantes que empenham
atividades, que traduz a vontade superior do Estado.
Os membros da magistratura e ministério público, são reconhecidos como agentes políticos.

Podem ser divididos em:

Designados: atuam em virtude de convocação efetivada pelo Poder Público. Também são
chamados de agentes honoríficos. Ex.: mesário e jurado.
Voluntários: atuam voluntariamente em repartições, escolas, hospitais públicos ou em situações
de calamidade, nas hipóteses em que o ente estatal realiza programa de voluntariado.
Delegados: atuam na prestação de serviços públicos mediante delegação do Estado.
Credenciados: atuam em nome do Estado em virtude de convênios celebrados com o Poder
Público.

Os MILITARES
São aqueles que prestam serviços as forças armadas, às polícias militares e corpos de
bombeiros militares do Estado, DF e Territórios. Estes possuem um regime especial,
estatutário.
Particulares em colaboração com o Poder Público,
Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem vinculo empregatício, com ou sem
remuneração, Pode se dar pela delegação do Poder publico, requisição, gestão de negócios.

AGENTES ADMINISTRATIVOS
Também são chamados de Servidores Estatais, têm vínculo com o Estado, no exercício da
função administrativa. Possuem vínculo de dependência e sua natureza de trabalho é não
eventual, haja vista possuírem relação de trabalho de natureza profissional com os entes.
Podem ser divididos em:
Servidores Temporários: O tipo de serviço deve ser definido por meio de lei específica que
determine seus contornos e características, os limites máximos de duração dos contratos,
além de regulamentar o regime aplicado a estes servidores; São aqueles aqueles
contratados para atendimento, em caráter excepcional, de necessidades não permanentes
dos órgãos públicos.
Servidores Celetistas: Possuem vínculo permanente com o Estado, com prazo indeterminado,
sob relação de emprego, sendo-lhes aplicável o regime da CLT, subsidiariamente às
normas estipuladas por lei especifica.
Devem-se submeter a concurso público de provas ou de provas e títulos, além de respeitar a
aplicação do teto remuneratório.
Servidores estatutários:Possuem vínculo permanente com a Administração, de natureza
profissional, com prazo indeterminado, para execução de atividades permanentes de
interesse do Estado.
Deve ser aprovado em um concurso público para provimento de cargos e, após nomeação, ao
assinar o termo de posse, se submete a todas as normas dispostas na legislação para sua
carreira.

CARGO PÚBLICO
Os servidores estatutários são aqueles que ocupam cargo público perante a Administração
Pública direta (União, Estados, DF e Municípios) e à Administração Pública Indireta autárquica
e fundacional (Autarquias e Fundações Públicas).
Eles estão sujeitos ao regime estatutário e são escolhidos através de concurso público.
Além disso, possuem estabilidade, que é uma garantia constitucional de permanência no
serviço público após 3 (três) anos de estágio probatório e aprovação em avaliação especial de
desempenho.
Os cargos públicos são o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor exposto no ART. 3, da lei 8.112/90; No
parágrafo único ainda, expressa que estes cargos são acessíveis a todos os brasileiros, criados
por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento de
caráter efetivo ou em comissão.
A Lei que irá criar, extinguir e administrar os cargos públicos.
Requisitos básicos para investidura: ART.5, CF, tais como: nacionalidade brasileira, gozo de
direitos políticos, quitação com as obrigações militares, idade mínima de 18 anos, aptidão física
e mental, nível de escolaridade...

FUNÇÕES PÚBLICAS
Criados por lei, são correspondentes a encargos de direção, chefia, assessoramento, exercidas
por titular de cargo efetivo, de confiança da autoridade.

EMPREGO PÚBLICO
Por sua vez, os empregados públicos são os que ocupam emprego público e também são
selecionados mediante concurso público.
Entretanto, são regidos pela CLT – Consolidação das Leis Trabalhista – e estão localizados na
administração pública indireta, especialmente nas Empresas Públicas e Sociedades de
Economia Mista.
Os empregados públicos não gozam da garantia constitucional da estabilidade. é nada menos
que os empregados públicos, ligados a CLT; está vinculado a relação trabalhista.

ESPÉCIES DE CARGOS
Cargo em comissão é ressalvadas de nomeação e exoneração. Em funções de confiança,
estes estão atribuídos a direção, chefia, assessoria...a pessoa deste

Cagos efetivos constituem-se no cargo público provido de concursos públicos de provas ou de


provas e títulos. Deve haver efetividade, estabilidade e estágio probatório.
O servidor público estável só perderá o cargo pela Sentença judicial, processo administrativo,
avaliação periódica, ART. 41, parágrafo 1, CF.
Obs: são estáveis após 3 anos de efetivo serviço (estágio probatório).

Dentre as espécies de cargo, há o efetivo e de comissão, qual a diferença?


Para os cargos em comissão, assim como as funções de confiança (previstas somente para
servidores), não há requisitos legais para os ocupantes destes cargos que não são ocupantes
de cargos de carreira. Cagos efetivos constituem-se no cargo público provido de concursos
públicos de provas ou de provas e títulO, este compreende alguns requisistos e etapas para a
efetividade do cargo

O cargo vitalício apenas poderá ser perdido mediante processo judicial, exposto na CF.

O cargo de carreira é o que se escalona em classes, o acesso é privativo de seus titutares, até
o da mais alta hierarquia.
Em cargo isolado não escalona em classes, por ser único na sua categoria. Continuem esta na
exceção no funcionalismo
No caso dos servidores de carreira, o inciso V do artigo 37 da Constituição estabelece que a lei
determinará os casos, condições e percentuais mínimos de cargos em comissão a serem
preenchidos por servidores de carreira.

Formas de provimento são em duas espécies. Originário- dada por nomeação


Derivado de forma vertical- por promoção
Horizontal- redirecionado o cargo de forma readaptada, já que, este não tem a mesma aptidão
para seguir no cargo exercido.
Por reingresso: é uma forma de reingresso que ocorre quando há volta do servidor a seu cargo
público após o reconhecimento por força de decisão judicial ou administrativa – uma vez que a
administração pode anular seus atos eivados de ilegalidade – da ilegalidade do ato que
extinguiu sua relação estatutária anteriormente existente.
O controle da administração é o exercício de um poder sobre o outro para garantir a
regularidade entre as atividades.
Para que este seja concretizado, deverá ser notado a verificação de um ato efetuado;
revogação por atos por conveniência(feito pelo próprio poder); controle de legalidade sobre
atos de outro poder;

Lei de licitações. Lei 14.133/21


Licitação é o procedimento administrativo, na qual, todos podem participar, desde que este
decida cumprir os requisitos necessários, para contratação de obras, serviços, fazer compras,
etc..
O âmbito de aplicação deste será na administração direta, autarquia ou fundacional, sendo de
direito público ou privado, além de todos os entes, os poderes, entre outros. Em empresas
estatais, casos especiais, não se aplicará a nova lei de licitação.
A lei anterior de licitação prevalecerá até dois anos após a vigência da nova lei,itnesse meio
tempo poderá ser optado por quaisquer das leis, devendo constar no edital.
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas
diretas, autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
abrange:
I - os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal
e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios, quando no desempenho de função
administrativa;
II - os fundos especiais e as demais entidades controladas direta ou indiretamente pela
Administração Pública.
§ 1º Não são abrangidas por esta Lei as empresas públicas, as sociedades de economia
mista e as suas subsidiárias, regidas pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, ressalvado o
disposto no art. 178 desta Lei

Da lei nº 8.666, Art. 3º “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio


constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”.

A nova Lei 14.133/21 multiplicou os princípios da Administração Pública, agora são 22,
vejamos:
Princípio Da Celeridade, busca um processo rápido, acelerado.
Princípio Da Competitividade, é permitir a concorrência sem privilegiar participantes.
Princípio Do Desenvolvimento Nacional Sustentável, é ter cuidado com o meio ambiente aliado
a preservação e geração de emprego e renda, a busca pelo desenvolvimento nacional baseado
nestes pilares.
Princípio Da Economicidade, manter a qualidade, porém com redução de custos, é uma
espécie de visão “importada” da iniciativa privada.
Princípio Da eficácia, é o mesmo que alcançar o objetivo proposto pelo edital.
Princípio Da eficiência, o processo deve ser produtivo de forma que leve eficácia pela melhor
forma
Princípio Da Igualdade, é manter o processo isonômico em todas as suas fases.
Princípio Da Impessoalidade, preza para que o processo seja voltado totalmente ao interesse
público e não do gestor ou de pessoas do seu interesse.
Princípio Do Interesse público, é observar qual a melhor solução, por vezes, pode ser possível
a anulação de um contrato, porém, os prejuízos que serão causados com a anulação podem
ser maiores que os problemas já enfrentados, desta forma em nome do princípio do interesse
público pode-se optar pela não anulação do contrato.
Princípio Do Julgamento Objetivo, a licitação deve ser regida por um processo objetivo,
evitando editais vagos, subjetivos, que não atendam ao interesse público.
Princípio Da Legalidade, é a observação dos critérios e objetivos legais.
Princípio Da Moralidade, é agir durante todo o processo com moral, ética e honestidade.
Princípio Da Motivação, é a justificação fática e legal para a contratação, o gestor público deve
sempre motivar a realização de contratos da sua administração.
Princípio Do Planejamento, é preciso ter planejamento, o estudo técnico que demonstre a
necessidade do edital, bem como a existência da verba que garantirá a execução total do
edital.
Princípio Da Probidade Administrativa, é ser moral e ético.
Princípio Da Proporcionalidade, o edital deve ser proporcional a necessidade pública evitando
gastos desnecessários.
Princípio Da Publicidade, salvo as exceções, todo ato da administração pública deve ser
publicizado.
Princípio Da Razoabilidade, o processo deve ser razoável, não pode criar critérios
desnecessários ao fim pretendido pelo gestor.
Princípio Da Segurança Jurídica, é a busca pela segurança nas relações que a administração
pública se envolve, é a paz social.
Princípio Da Segregação De Funções, é a ideia de decentralizar o procedimento do edital, uma
espécie de divisão das tarefas do processo licitatório, voltado a impedir ou restringir
possibilidades de ilegalidades, exemplo, um prepara o edital, outro analisa as propostas, um
terceiro contrata, outro analisa a prestação de serviços que será pago por outra pessoa.
Princípio Da Transparência, é divulgar as informações de forma que a população seja capaz de
compreender o processo licitatório de forma clara
Princípio da Vinculação Ao Edital, deve-se seguir estritamente o que foi previsto no instrumento
convocatório, de forma a proceder o processo como planejado, isto viabiliza a real manutenção
dos interessados no processo sem que sejam surpreendidos por “novidades”.
• Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade administrativa, da
igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da
vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da
competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento
nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942
(Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).

Comparações da lei antiga e nova- Licitação


Lei antiga:
Da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos.
Lei nova:
Da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da
probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação
de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança Jurídica, da
razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do
desenvolvimento nacional sustentável.
Objetivos
Lei antiga:
Isonomia.Seleção da proposta mais vantajosa para a administração; e Promoção do desenvolvimento
nacional sustentável.
Lei nova:
• Assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso para a
Administração Pública, inclusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto.
• Assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, bem como a justa competição.
• Evitar contratações com sobrepreço ou com preços manifestamente inexequíveis e superfaturamento
na execução dos contratos.
• Incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável.
Diálogo competitivo
Lei antiga:
Não existia.
Lei nova:
Diálogo competitivo é modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em que a
administração pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios
objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas
necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos (art. 6º,
XLII).

Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:


I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;
IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - de homologação.

Art. 8º A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela autoridade
competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos dos quadros permanentes da Administração
Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e
executar quaisquer outras atividades necessárias ao bom andamento do certame até a homologação.
§ 1º O agente de contratação será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos
que praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
§ 2º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais, desde que observados os requisitos
estabelecidos no art. 7º desta Lei, o agente de contratação poderá ser substituído por comissão de
contratação formada por, no mínimo, 3 (três) membros, que responderão solidariamente por todos os
atos praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar posição individual divergente
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada a decisão.
§ 4º Em licitação que envolva bens ou serviços especiais cujo objeto não seja rotineiramente contratado
pela Administração, poderá ser contratado, por prazo determinado, serviço de empresa ou de profissional
especializado para assessorar os agentes públicos responsáveis pela condução da licitação.
§ 5º Em licitação na modalidade pregão, o agente responsável pela condução do certame será designado
pregoeiro.

A nova lei de licitações vai causar mudanças no registro de preços, modalidades, pregão eletrônico,
dispensa de licitação, cláusulas exorbitantes e vários outros assuntos.
Além disso, as fazes de julgamento e habilitação poderão ser invertida com justificativa
Dos Critérios de Julgamento
Antes: menor preço, melhor técnica, técnica epreço e maior lance ou oferta.
Lei nova:
Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios:
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
IV - técnica e preço;
V - maior lance, no caso de leilão;
VI - maior retorno econômico.

Da Inexigibilidade de Licitação
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de
Rol exemplificativo

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