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Princípios da Administração

Os princípios da Administração Pública são balizadores usados para orientar as leis


administrativas. Eles servem para dar um senso maior de direção à Administração
Pública, tornando suas ações válidas e mais éticas, ou seja, fazendo com que
atendam realmente aos interesses da principal interessada — a sociedade.

1. Legalidade - coloca a lei como prioridade nas decisões administrativas. Uma


ação só pode ser tomada se estiver de acordo com a legislação vigente.
2. Impessoalidade - diz respeito a tratar todos os indivíduos sem qualquer tipo
de discriminação. Abolir o preconceito e a diferenciação no tratamento de
cidadãos com posicionamentos políticos ou ideológicos diferentes dos
servidores.
3. Moralidade - garantir um comportamento ético, respeitoso e íntegro com todas
as pessoas. Estão explícitos nas normas jurídicas e visam preservar a gestão
pública em relação às suas condutas.
4. Publicidade - promoção da transparência nas atividades da Administração
Pública. Todo cidadão tem direito ao acesso às informações do poder público,
caso não seja sigilo legal.
5. Eficiência - os servidores devem buscar oferecer sempre os melhores
serviços, otimizando os orçamentos e provocando mudanças benéficas para a
população, evitando desperdício.

Organização administrativa: Administração direta e indireta, centralizada e

descentralizada.

A Administração Pública DIRETA é o conjunto de órgãos ligados diretamente ao


Poder Executivo, em nível federal, estadual e municipal. Esses órgãos são
subordinados ao chefe do poder a que pertencem, isto é, existe uma hierarquia entre
eles.

Os órgãos da administração direta são pessoas jurídicas de direito público e têm


autonomia. Nesse caso, os serviços públicos são prestados por seus próprios meios,
ou seja, sem a criação de nova personalidade jurídica.

 Nível federal: Presidência da República e seus ministérios, Congresso Nacional e


Supremo Tribunal Federal.
 Nível estadual: Governo estadual e suas secretarias, Assembleia legislativa,
Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça.

 Nível municipal: Prefeitura e suas secretarias, Câmara dos Vereadores e o


procurador do município.

A administração indireta é o conjunto de órgãos que prestam serviços públicos e


estão vinculados a uma entidade da administração direta, mas
possuem personalidade jurídica própria, isto é, têm CNPJ próprio. No caso dos
órgãos da administração INDIRETA, embora não haja hierarquia ou controle
hierárquico, as entidades estão sujeitas ao controle e fiscalização do Estado.

As entidades da administração indireta são:

 Autarquias: instituídas por lei, têm autonomia administrativa e financeira, mas estão


sujeitas ao controle do Estado. São entidades de direito público e sua atividade fim é
de interesse público. Exemplos: Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Banco Central do Brasil (BACEN).

 Fundações públicas: são criadas por lei e podem ser entidade de direito público ou
privado. Sua atividade fim deve ser de interesse público e essas organizações não
podem ter fins lucrativos. Exemplos: Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

 Empresas públicas: são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização


legal e administradas pelo poder público. O capital das empresas públicas é
exclusivamente público. Essas empresas prestam serviço de interesse coletivo e
exercem atividades econômicas. Exemplos: Correios e Caixa Econômica Federal.

 Sociedades de economia mista: pessoas jurídicas de direito privado, criadas sob a


forma de sociedade anônima e compostas por capital público e privado. A maior parte
das ações dessas empresas é do Estado. Assim como as empresas públicas, prestam
serviços públicos e exercem atividades econômicas. Exemplos: Banco do Brasil e
Petrobras.

Centralizada e descentralizada

A função administrativa é realizada de forma centralizada quando ela é


desempenhada diretamente pela própria entidade estatal (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), por meio de seus vários órgãos e agentes públicos. Nessa
forma de atuação, temos a Administração Pública direta, que é o próprio Estado.

A função administrativa, por outro lado, é realizada de forma descentralizada quando


a entidade estatal a exerce, não diretamente, mas de forma indireta, por meio de
entidades administrativas que cria para esse fim específico e que integrarão a sua
Administração Pública indireta (são as autarquias, fundações governamentais,
empresas públicas, sociedade de economia mista e consórcios públicos).

A descentralização pode acontecer por delegação ou outorga:


Delegação: é realizada por meio de contrato e apenas a execução das competências é
repassada.

Outorga: é feita por lei e tanto as competências quanto a titularidade são repassadas.

Poderes da Administração

Vinculado (a lei)

Trata-se do dever da Administração de obedecer a lei em uma situação concreta em


que ela só possui esta opção (a Administração fica inteiramente presa ao enunciado
da lei). Só há um único comportamento possível, e ele é o que a lei determina. O
administrador não tem liberdade de atuação, apenas deve seguir o que a lei
prescreve.

Discricionário

Este poder permite uma margem de liberdade ao administrador que exercerá um juízo
de valor de acordo com critérios de conveniência e oportunidade. O administrador, no
caso concreto, avaliará a situação em que deve agir, adotando o comportamento
adequado. Tal poder é necessário, uma vez que seria impossível que o legislador
previsse todas as situações possíveis para os vários comportamentos administrativos.

Poder Normativo

Através deste poder a Administração pode expedir atos normativos. Portanto, o poder
que a Administração Pública tem para editar atos normativos é o poder normativo ou
regulamentar, e os atos normativos advêm do Poder Executivo (Administração
Pública). (são complementares e não alteram as leis)

São atos normativos: os regulamentos, as instruções, as portarias, as resoluções, os


regimentos etc. Dependem de lei anterior para serem editados. Logo, o poder
normativo é derivado da lei, do ato normativo originário.

Poder Hierárquico

A hierarquia e consequentemente o poder hierárquico existem no âmbito das


atividades administrativas e compreende a prerrogativa que tem a Administração para
coordenar, controlar, ordenar e corrigir as atividades administrativas dos órgãos e
agentes no seu âmbito interno. Não há hierarquia entre os Poderes do Estado (não há
hierarquia entre Legislativo, Executivo e Judiciário), há distribuição de competências

Do poder hierárquico são decorrentes certas faculdades implícitas ao superior, tais


como dar ordens e fiscalizar o seu cumprimento, delegar e avocar atribuições e rever
atos dos inferiores.

Poder Disciplinar

É o poder atribuído a Administração Pública para aplicar sanções administrativas aos


seus agentes pela prática de infrações de caráter funcional. O poder disciplinar
abrange somente sanções administrativas, como por exemplo, a advertência, a multa,
a suspensão e a demissão. Outorga-se à Administração a possibilidade de avaliar, no
momento da aplicação da pena, qual será a sanção correta assegurada o contraditório
e a ampla defesa, e qual será a quantificação da sanção.

Poder de Polícia

Em geral, o poder de polícia deve prevenir danos e prejuízos que possam danificar o
bem-estar social, limitando os direitos individuais de liberdade e propriedade dos
particulares.

O poder de polícia abrange, ou se materializa, por atos gerais ou individuais. O ato


geral é aquele que não tem um destinatário específico, está relacionado com toda a
coletividade, por outro lado, o poder de polícia pode se materializar por ato individual,
ou seja, aquele ato que tem um destinatário específico, situação concreta de cada
indivíduo. (ex: multa de transito)

Características - O poder de polícia tem como características a discricionariedade, a


auto-executoriedade e a coercibilidade. A discricionariedade é o poder que a polícia
administrativa tem de escolher, dentro dos limites legais, por critérios de conveniência
e oportunidade, o ato a ser praticado.

Limitadores - O principal limitador do poder de polícia é a lei, pois não autoriza a


Administração a extrapolar aquilo que a lei autoriza e em alguns casos incorrer em
excesso ou desvio de poder.

A moralidade, já representa um limitador natural das ações dos homens. Sendo


assim, ao atuar com poder de polícia, o administrador deve agir de forma moral, que
abarca a conduta de probidade administrativa.

Proporcionalidade, o poder de polícia deve ser manifestado de maneira a respeitar


os liames da necessidade e da adequação.

Ato administrativo: conceito; requisitos; atributos; classificação; espécies;


discricionariedade e vinculação; invalidação; anulação; revogação; prescrição;
cassação e revalidação.

Conceito - ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente, que


produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de
direito público e sujeita ao controle pelo Poder Público.

Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública


que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir,
modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si
próprias. A condição primeira para o seu surgimento é que a Administração aja nessa
qualidade, usando de sua supremacia de Poder Público, visto que algumas vezes se
nivela ao particular e o ato perde a característica administrativa.

Requisitos - Os requisitos do ato administrativo são cinco, sendo eles: competência,


finalidade, forma, motivo e objeto. Importante salientar que nem sempre os cinco
requisitos estarão presentes, dando ensejo à classificação dos atos administrativos em
vinculados e discricionários.

Vinculados - Os atos vinculados são aqueles em que todos os requisitos já aparecem


previamente definidos em lei, não havendo margem para a liberdade de atuação do
agente público.

Discricionários - São aqueles em que apenas os requisitos competência, finalidade e


forma estão previamente definidos em alguma norma, de forma que o agente estatal
pode, quando da prática do ato, escolher o motivo e o objeto que melhor atendam à
necessidade do caso concreto.

Atributos - Os atributos dos atos administrativos são as características que estes


possuem para conseguir realizar as suas finalidades. Diferentemente dos requisitos,
que são condições de validade, os atributos asseguram à administração uma série de
prerrogativas para o alcance dos objetivos previstos quando da edição dos atos
administrativos. De acordo com a doutrina majoritária, três são os atributos possíveis
para os atos administrativos, sendo eles a presunção de legitimidade,
a autoexecutoriedade e a imperatividade.

Classificação - Inúmeras são as classificações dos atos administrativos, sendo que


todas elas tomam por base um critério que favoreça o entendimento de alguma
particularidade do ato administrativo praticado. Assim, ainda que não haja
unanimidade, por parte dos autores administrativistas, acerca das classificações
existentes para os atos administrativos, iremos estudar aquelas que são consideradas
mais relevantes para o entendimento da matéria e, principalmente, mais exigidas pelas
bancas organizadoras.

 PERFEIÇÃO verifica-se se o ato completou todo o processo de formação e se todas as


etapas de elaboração foram observadas. (completou o ciclo e esta conforme jurídico)
 VALIDADE, temos um confronto do ato administrativo com o ordenamento jurídico
vigente. Caso o ato não contenha nenhum tipo de vício, será considerado válido.
 EFICÁCIA, que se refere à possibilidade do ato administrativo produzir efeitos jurídicos
perante terceiros. (Produz os efeitos para os quais foi editado)

Espécie - Das espécies dos atos administrativos implica, basicamente, no conhecimento de


cada uma das espécies e dos principais atos que compõem cada uma delas. Dessa forma, são
espécies de atos administrativos apontados pela doutrina: a) punitivos são aqueles que
contêm uma sanção aos que descumprirem normas legais ou administrativas. Interno
disciplinar e externo policia; b) enunciativos, se limita a certificar ou a atestar um fato, ex;
atestado, certidões; c) ordinatórios manifestações internas da administração quando da
utilização do seu poder hierárquico, adm disciplina o comportamento dos servidores ; d)
normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo para regulamentar
e detalhar as disposições da lei.; e) negociais são aqueles em que a vontade da administração
pública coincide com o interesse do administrado, podendo resultar em atos discricionários ou
vinculados e precários ou definitivos.

Invalidação - O estudo da invalidação e do controle judicial dos atos administrativos


refere-se às diversas formas com que os atos administrativos podem ser retirados do
universo jurídico.
Anulação - A anulação trata-se da forma de desfazimento dos atos administrativos
nas situações onde são verificadas ilegalidades. Como o vício encontrado agride uma
norma e, como consequência, todo o ordenamento jurídico, os efeitos da anulação são
retroativos e com eficácia ex tunc. Exeto os terceiros de boa-fé devem ter os seus
direitos adquiridos preservados, sob pena de violação do princípio da segurança
jurídica. (vício e ilegalidade) o, os efeitos da anulação são retroativos e com eficácia ex tunc.

Revogação - É o desfazimento de um ato válido, sem vício algum, mas que, por
vontade da administração pública que o produziu, deve ser retirado do universo
jurídico. (esta de acordo porem adm considera importuno e irrelevante) os efeitos da
revogação não retroagem, sendo prospectivos e produzindo efeitos ex nunc,

• a revogação apenas incide sobre os atos discricionários (aquele praticado com


liberdade de escolha de seu conteúdo, do seu destinatário)
• o próprio ato de revogação é um ato discricionário
• enquanto a administração pública pode tanto anular quanto revogar os atos
administrativos, o Poder Judiciário pode apenas anular os atos produzidos pela
administração.

Cassação - Trata-se a cassação da extinção do ato administrativo quando o


beneficiário deixa de atender aos requisitos com os quais anteriormente se obrigara.
A  cassação é, na imensa maioria das vezes, considerada uma sanção pela doutrina,
devido ao seu caráter de desfazimento com base em um não cumprimento de
obrigação pelo particular.

Prescrição - No âmbito do direito administrativo, é a Lei federal 9.873/99 que


“estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração
Pública Federal, direta e indireta”. E em seu art. 1o define que os Órgãos da
Administração Pública Federal têm o prazo de 5 (cinco) anos para impor penalidade
administrativa aos atos que infringem a legislação em vigor praticados pelos
particulares.

Revalidação - É o ato administrativo que suprime um defeito de ato administrativo


anteriormente editado, retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato
administrativo convalidado.

AGENTES PÚBLICOS: Normas constitucionais concernentes aos servidores públicos

(art. 39 a 41, CF)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão


conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado
por servidores designados pelos respectivos Poderes.

§ 1º - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do


sistema remuneratório observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos
componentes de cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2º - A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo


para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-
se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira,
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados.

§ 3º - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no


art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e
XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando
a natureza do cargo o exigir.

§ 4º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de


Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, X e XI.

§ 5º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos
servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.

§ 6º - Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente


os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

§ 7º - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios


disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da
economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação,
para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização,
reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma
de adicional ou prêmio de produtividade.

§ 8º - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira


poderá ser fixada nos termos do § 4º.

§ 9º - É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou


vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à
remuneração do cargo efetivo.
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de
cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição
do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial.

§ 1º - O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será


aposentado:

I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver


investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será
obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria,
na forma de lei do respectivo ente federativo;

II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco)
anos de idade, na forma de lei complementar;

III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se


mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis
Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos
estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo.

§ 2º - Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor


mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo
estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o
disposto nos §§ 14 a 16.

§ 3º - As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão


disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.

§ 4º - É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para


concessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado
o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.

§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente


federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria
de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar.

§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente


federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria
de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou
de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso
XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144.

§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente


federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria
de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação
desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação.

§ 5º - Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em


5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no
inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e
médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo.

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis


na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma
aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social, aplicando-se
outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social.

§ 7º - Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única


fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por
morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a
qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de
que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão
da função.

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite


máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela
excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em


que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201,
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em
atividade na data do óbito.

§ 8º - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes,


em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em
lei.

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será


contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A
do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de
disponibilidade.

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo


de contribuição fictício.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou
empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição
para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da
adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável
na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.

§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio


de previdência social, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o
Regime Geral de Previdência Social.

§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em


comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo
temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime
Geral de Previdência Social.

§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por


lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência
complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo,
observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de
previdência social, ressalvado o disposto no § 16.

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá


plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará
o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada
de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência
complementar.

§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos§§ 14


e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público
até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de
previdência complementar.

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do


benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei.

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões


concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência
social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os
servidores titulares de cargos efetivos.

§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente


federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as
exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em
atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no
máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade
para aposentadoria compulsória.

§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência


social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada
ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades
autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento,
observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei
complementar de que trata o § 22.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as
parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro
do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o
beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.

§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social,


lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas
gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua
gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre:

I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime


Geral de Previdência Social;

II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos;

III - fiscalização pela União e controle externo e social;

IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;

V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que


trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de
contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza;

VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;

VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os


princípios relacionados com governança, controle interno e transparência;

VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que


desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a
gestão do regime;

IX - condições para adesão a consórcio público;

X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de


contribuições ordinárias e extraordinárias.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores


nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.

§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla


defesa;

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na


forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao
cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
serviço.

§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo
de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a


avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa
finalidade.

Servidores públicos: classificação e características.

Um servidor público é um funcionário da administração pública, que possui um


vínculo de trabalho com órgãos que fazem parte do Estado. Ocupa um
cargo público e presta serviços diretamente ao Estado ou a um dos órgãos que o
integram. Os servidores fazem parte do grupo dos agentes públicos, que são todas
as pessoas que exercem algum tipo de função pública. Além deles, também fazem
parte deste grupo: empregados públicos e os ocupantes temporários de cargos.

 Empregados públicos: também têm um vínculo de trabalho com o Estado. Mas,


diferente do que acontece com os servidores, o vínculo pode ser efetivo (por concurso)
ou em comissão. A lei que rege estes cargos também é diferente, os empregados
públicos estão sob a proteção da CLT.

 Agentes temporários: possuem um vínculo temporário com a administração pública,


ou seja, são contratados para cumprir uma função só por um determinado período. A
contratação desses agentes acontece através da assinatura de um contrato de
trabalho, em que são definidas, por exemplo: função de trabalho, valor de salário e
período de duração da contratação.

Regimes jurídicos funcionais: único, estatutário, e de emprego público.

Esse regime é constituído das normas que regulam a relação jurídica entre o
Estado e o empregado. O regime em tela está amparado na Consolidação das Leis
do Trabalho – CLT - (Decreto-Lei nº 5.452, de 01/05/43), razão pela qual essa relação
jurídica é de natureza contratual.

Único - Este regime existiu até o advento da Emenda Constitucional nº 19, de


04/06/98, quando, então, passou a ser possível a admissão de pessoal ocupante de
emprego público, regido pela CLT; por isto é que o regime não é mais um só, ou seja,
não é mais único. Define-se a obrigatoriedade da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios em instituir um Regime Jurídico Único e planos de carreira para seus
quadros de pessoal.
Estatuário - O estatuto traz regras sobre o concurso público, os deveres, direitos e
obrigações do servidor público, além de regular a relação entre as partes
administração e servidores.

Emprego público - O regime jurídico do servidor público nomeado para o exercício de


cargo público é denominado Regime Jurídico Estatutário. O ocupante de emprego
público é regido pelo regime jurídico de direito privado, por relação empregatícia,
valendo-se a administração das regras trabalhistas.

Cargo público: conceito e espécies; provimento; estabilidade; vacância;


remoção; redistribuição e substituição.

Conceito - Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades


previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. (LEI Nº
8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990).

Especies – Servidor publico, aqueles que mantiverem vínculo profissional permanente


com a Administração Direta, as Autarquias e Fundações de direito público, ou seja,
com pessoas de direito público. Mantém relação com o estado em regime estatutário.
Empregado publico, são pessoas físicas vinculadas com pessoas jurídicas de direito
privado pertencentes à Administração Pública Indireta, empresa pública e sociedade
de economia mista e fundações privadas. Possuem vínculo sempre contratual, pois
regido pela CLT, regime celetista.

Provimento - Realizado o concurso, é o momento de a administração chamar os


candidatos aprovados. Tal como ocorre com o prazo de validade, uma série de regras
devem ser estabelecidas pela respectiva administração. limite mínimo de provimentos
para as pessoas portadoras de deficiência é de 20%.

Estabilidade - A estabilidade é instituto que guarda relação com o serviço, e não com
o cargo. Emana daí que, se o servidor já adquiriu estabilidade no serviço ocupando
determinado cargo, não precisará de novo estágio probatório no caso de permanecer
em sua carreira, cujos patamares são alcançados normalmente pelo sistema de
promoções.o período para aquisição da estabilidade passou a ser de 3 anos

Vacância - são situações em que o servidor público deixa o cargo público


anteriormente ocupado. Pode ser definitivo ou por troca de cargo. Hipóteses de
vacância previstas no estatuto federal:

 Exoneração – não é punição e sim rompimento de vinculo entre servidor e adm


publica federal. Pode ser de forma voluntaria (pelo servidor) ou involuntária que
ocorre por insatisfação ou não entrar no prazo de 15 dias.
 Demissão - servidor comete alguma infração disciplinar ou não observa
determinadas normas previstas no estatuto funcional. Dependendo da infração
pode não voltar a ser servidor publico por 5 anos ou indefinidamente.
 Aposentadoria;
 Falecimento;
 Posse de calculo inacumulável - servidor público deixa de ocupar um cargo
público pra ingressar, sem quebra de vínculo com o poder público, em outro
órgão ou entidade do mesmo ente federativo;
 Promoção - servidor é alçado a uma nova classe na carreira, de forma que o
cargo anteriormente ocupado fica vago. Um provimento e uma vacância;
 Readaptação - a administração coloca o servidor em um cargo compatível com
a limitação sofrida (provimento), ao passo que o cargo anteriormente ocupado
fica vago para ser ocupado por outra pessoa (vacância).

Remoção - A remoção pode ser entendida como o “deslocamento do servidor, a


pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede”,
conforme determina o artigo 36 da Lei n. 8.112. Remoção de Oficio, é de interesse da
adm sem opção para servidor e A Pedido, é de interesse do servidor com adm
podendo aceitar ou não. Motivos a pedido que são obrigatoriamente deferido é:

 para acompanhar cônjuge ou companheiro;


 por motivo de saúde do servidor;
 em virtude de processo seletivo promovido;

Redistribuição - A redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento


efetivo, esteja ou não ele ocupado, e desde que tal deslocamento ocorra para outro
órgão ou entidade, mas sempre no âmbito do mesmo Poder. Quando ocorrer a
mudança de Município, deve ser conferido um prazo de 10 a 30 dias para a entrada
em exercício

Substituição - Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os


ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento
interno ou, no caso de omissão, previamente designado pelo dirigente máximo do
órgão ou entidade. O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo
do cargo que ocupa, recebera remuneração durante período.

Concurso Público - é a forma objetiva de selecionar servidores, primando pelo


princípio da impessoalidade e assegurando igualdade de condições a todos os
candidatos. Poderá ser de provas ou de provas e títulos, mas nunca, para os
servidores regidos pela Lei n. 8.112 (utarquias e das fundações públicas federais),
poderá ser exclusivamente de títulos. Terá validade de até dois anos, a prorrogação
poderá ocorrer uma única vez.

Serviços Públicos: conceito, classificação, regulamentação e controle; forma,


meios e requisitos; delegação: concessão, permissão, autorização.

Conceito - Serviço público é toda atividade que a lei atribui ao Estado para que a
exerça diretamente, ou por meio de seus delegatários, para atender às necessidades
da sociedade.

Classificação –

Serviços Públicos e de Utilidade Pública, são os que a Administração, reconhecendo


sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou
consente que sejam prestados por terceiros. EX: Telefonia, transporte etc.

Serviços Próprios e Impróprios do Estado,


Próprios são aqueles que, atendendo às necessidades coletivas, o Estado assume
como seus e presta-os diretamente ou mediante delegação a concessionário ou
permissionário.

Impróprios, eles correspondem a atividades privadas e recebem impropriamente o


nome de serviços públicos, porque atendem às necessidades de interesse geral. São
exercidas por particulares dependem de autorização do Poder Público, estando
sujeitas a maior ingerência do poder de polícia do Estado.

Serviços administrativos, são os que a Administração executa para atender às suas


necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público,
tais como o da imprensa oficial; das estações experimentais e outros dessa natureza.

Serviços comerciais ou industriais são os que produzem renda para quem os presta,
mediante a remuneração da utilidade usada ou consumida; remuneração essa que,
tecnicamente, é denominada tarifa ou preço público, por ser sempre fixada pelo
Poder Público, quer quando o serviço é prestado por seus órgãos e entidades, quer
quando por concessionários, autorizatários ou permissionários. Esse tipo de serviço
pode ser prestado direta ou indiretamente pelo Estado (por concessionários,
autorizatários ou permissionários).

Serviços UTI Universi e UTI Singuli

Serviços uti universi ou gerais, são aqueles que a Administração presta sem ter
usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo, como os de polícia;
iluminação pública; calçamento e outros dessa espécie; limpeza de ruas etc.
Custeados por IMPOSTOS.

Serviços uti singuli ou individuais: são os que têm usuários determinados e


utilização particular ou mensurável para cada destinatário, como ocorre com o
telefone, a água e a energia elétrica domiciliares.
Custeados por TAXA, TARIFAS ou PREÇOS PÚBLICOS.

Regulamentação e Controle - A regulamentação e o controle do serviço público são


feitos sempre pelo Poder Público, em qualquer hipótese, mesmo quando o serviço é
delegado por concessão, permissão ou autorização, pois nestas situações o Estado
mantêm sua titularidade e se houver algum problema durante a prestação, ele poderá
intervir para regularizar o seu funcionamento, fundamentado na preservação do
interesse público, eis que os serviços são da coletividade como um todo, prestados em
seu benefício.

Formas - Nos termos do art. 175 da CF, o Estado poderá prestar o serviço
diretamente ou mediante concessão e permissão. Estes dois institutos são contratos
administrativos para a delegação de serviço público a particular. A Lei n. 8.987/1995
regulamenta os dois institutos.

O art. 175 da CF prevê a prestação de serviços públicos como dever estatal, podendo
a sua execução ser feita diretamente pelo Estado ou mediante concessão ou
permissão. A norma Constitucional exige a edição de lei que disponha sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o


caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;

III – política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.

Apesar de a Lei n. 8.987/95, bem como o art.175, da CF não fazerem menção, há


também a autorização de serviços públicos.

Requisitos - Toda prestação de serviço público deve ser feita de modo adequado.
Pela lei, para um serviço ser considerado adequado ele deve ter:

 REGULARIDADE,
 CONTINUIDADE/ PERMANÊNCIA,
 EFICIÊNCIA,
 SEGURANÇA,
 ATUALIDADE,
 GENERALIDADE
 CORTESIA
 MODICIDADE DAS TARIFAS

Licitação: conceito, finalidades, princípios e objeto.

Conceito – é o processo administrativo ou em fase preliminar que precede à


constituição do liame contratual entre licitante e a administração. É um conjunto de
atividades instrumentais que dá segurança à administração, vinculando o contrato
que dela possa advir, abrindo a todos os cidadãos a oportunidade de, em pressuposta
igualdade de condições, participarem da própria Administração através da oferta de
bens e serviços ao Poder Público.

Finalidades - A finalidade da licitação deve ser sempre atender o interesse público,


buscar a proposta mais vantajosa, existindo igualdade de condições, bem como os
demais princípios resguardados pela constituição. Vale ressaltar que nem sempre a
posposta mais vantajosa é a de menor preço e que o respeito ao princípio da isonomia
deve ser respeitado.
Princípios:

Isonomia: igualdade de todos perante a lei

Legalidade:

Impessoalidade

Moralidade

Igualdade

Publicidade

Probidade Administrativa

Vinculação ao Instrumento Convocatório: eleção da proposta mais vantajosa para a


administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios

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