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PROFª.

EMILLY ALBUQUERQUE – PODERES E ATOS ADMINISTRATIVOS

4 – PODERES ADMINISTRATIVOS
Os Poderes Administrativos são inerentes à
Administração Pública e possuem caráter instrumental, ou 4.2 Classificação dos Poderes:
seja, são instrumentos de trabalho essenciais para que a
Administração possa desempenhar as suas funções a) Poder Vinculado ou Regrado:
atendendo o interesse público. Os poderes são
verdadeiros poderes-deveres, pois a Administração não Não consiste exatamente num PODER, e sim em um
apenas pode como tem a obrigação de exercê-los. DEVER. É o Poder que tem a Administração Pública de
praticar certos atos "sem qualquer margem de liberdade".
A ordem jurídica confere aos agentes públicos certas A lei encarrega-se de prescrever, com detalhes, se,
prerrogativas para que estes, em nome do Estado, quando e como a Administração deve agir, determinando
persigam a consecução dos fins públicos. os elementos e requisitos necessários. Ex : A prática de
ato (portaria) de aposentadoria de servidor público.
Essas prerrogativas são outorgadas por lei, exigem a
observância dos princípios administrativos e destinam-se b) Poder Discricionário:
a atingir o fim maior da Administração Pública: a satisfação
do interesse público. Essas prerrogativas consubstanciam É aquele pelo qual a Administração Pública de modo
os chamados “Poderes do Administrador Público”. explícito ou implícito, pratica atos administrativos com
liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e
Por outro lado, a lei impõe ao administrador público conteúdo.
alguns deveres específicos e peculiares para que, ao agir
em nome do Estado e em benefício do interesse público, Possui como limites a razoabilidade e a
execute bem a sua missão. São os chamados Deveres proporcionalidade no momento da tomada de decisões
Administrativos. pelo agentes público.

Os poderes e deveres do administrados público são A discricionariedade é a liberdade de escolha dentro de


atribuídos à autoridade para que ela possa remover, por limites permitidos em lei, não se confunde com
ato próprio, as resistências particulares à satisfação do arbitrariedade que é ação contrária ou excedente da lei.
interesse público. Essa é a ideia: conceder à Ex : Autorização para porte de arma; Exoneração de um
administração pública certas prerrogativas para a melhor ocupante de cargo em comissão.
satisfação dos interesses públicos.
Ressaltamos que mesmo na prática de um ato
4.1 Deveres do Administrador Público: discricionário há exercício do poder vinculado, devido à
obrigatoriedade de cumprimento do princípio da
- Poder-dever de agir: Enquanto no direito privado o legalidade, previsto constitucionalmente.
poder de agir é uma mera faculdade, no Direito
Administrativo é uma imposição, um dever de agir, para c) Poder Hierárquico:
o agente público.
É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona
- Dever de eficiência: Mostra-se presente na as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de
necessidade de tornar cada vez mais qualitativa a seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre
atividade administrativa, no intuito de se imprimir à os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu
atuação do administrador público maior celeridade, exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-
perfeição, coordenação, técnica, controle, etc. É um se.
dever imposto a todos os níveis da administração
pública. Ressaltamos que não há hierarquia no Judiciário e no
Legislativo em relação às suas funções próprias, pois
Como prova desta postura adotada pela CF, que hierarquia é caráter privativo da função administrativa,
elevou este dever ao status de princípio constitucional, o como elemento básico da organização e da ordenação
princípio da eficiência, pode-se citar a possibilidade de dos serviços administrativos.
perda do cargo do servidor público estável em razão de
insuficiência de desempenho; o estabelecimento, como Desse modo, apenas se esses Poderes estiverem
condição de aquisição de estabilidade, de avaliação desempenhando função atípica ou imprópria relacionado
especial de desempenho. a atividade administrativa, haverá hierarquia.

- Dever de probidade: Exige que o administrador d) Poder Disciplinar:


público, no desempenho de suas atividades, atue
sempre em consonância com os princípios da É aquele através do qual a lei permite a Administração
moralidade e honestidade administrativas. Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de
seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina dos
- Dever de prestar contas: Decorre da função do órgãos e serviços da Administração. A aplicação da
administrador público, como gestor de bens e punição por parte do superior hierárquico é um poder-
interesses alheios, da coletividade. A regra é universal: dever, se não o fizer incorrerá em crime contra
“quem gere dinheiro público ou administra bens ou Administração Pública (Código Penal, art. 320). Ex:
interesses da comunidade, deve prestar contas ao Aplicação de pena de suspensão ao servidor público.
órgão competente para a fiscalização”.
É um poder sempre motivado, aplicável pela
Administração Pública nos seguintes casos: punir
internamente as infrações funcionais de seus servidores;
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punir infrações administrativas cometidas por particulares inclusive aplicar sanções administrativas, desde que
ligados à Administração Pública por vínculo específico, recebam da lei tais competências.
como por exemplo, os licitantes e contratantes.

Poder disciplinar não se confunde com Poder Segundo o CTN “Interesse público é aquele
Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus exercício de atividades econômicas dependentes de
servidores pelas faltas cometidas. concessão ou autorização do Poder Público, `a
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
e) Poder regulamentar ou Normativo: direitos individuais” (Código Tributário Nacional, art. 78
segunda parte).
É aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executivos
(Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir 4.3.1 Limites do Poder de Polícia
decretos e regulamentos para complementar, explicitar
(detalhar) a lei visando sua fiel execução. Necessidade – a medida de polícia só deve ser adotada
para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações
Consiste na edição de atos gerais e abstratos ao interesse público. qualquer conduta além da
destinados a dar fiel cumprimento à lei. Não inova o direito, necessidade será passível de aplicação de penalidade ao
apenas o complementa, afinal, quem inova é o Poder servidor responsável.
Legislativo, através de sua função típica.
Proporcionalidade/razoabilidade – é a relação entre a
A CF/88 dispõe que : limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado.

“Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da Eficácia – a medida deve ser adequada para impedir o
República: dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel suas decisões, é o que se chama de auto-executoriedade.
execução”;
4.3.2 Segmentos do Poder de Polícia
Além dos Decretos Regulamentares, a EC nº 32/2001
determinou a criação do Decreto Autônomo, editado O Poder de Polícia subdivide-se em administrativo e
diretamente a partir do texto constitucional, sem base em judiciário.
lei, sem estar regulamentando qualquer lei. É ato primário
e inova o direito. Trata-se portanto de uma exceção ao Desse modo, Polícia Administrativa é aquela que
poder regulamentar. incide sobre bens, serviços e atividades do Estado.
Exemplos: Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal,
4.3 Poder de Polícia Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Vigilância
Sanitária, Polícia de Costumes etc.
Poder de Polícia, para a doutrina majoritária, é o poder
conferido à Administração Pública para condicionar, Vejamos um quadro, a título de exemplificação:
restringir, frenar o exercício de direitos e atividades dos
particulares em nome dos interesses da coletividade. POLÍCIA
ADMINISTRATI FUNÇÃO
O poder de polícia não recai sobre o próprio indivíduo.
VA
Ele recai sobre os bens, direitos, interesses e atividades
Vigilância
desse indivíduo, desde que as restrições se justifiquem, Vigilância à proteção da saúde pública
porque previstas em prol do interesse coletivo e pautadas Sanitária
pelo princípio da proporcionalidade/razoabilidade, e desde Destinada à fiscalização dos padrões de
que estejam de acordo com os limites constitucionais e Pesos e medidas medida,
legais. em defesa da economia popular
Edilícia Relativa às edificações
Segundo o art. 78 do Código Tributário Nacional:
“Considera-se poder de polícia a atividade da Para garantia da segurança e ordem nas
Trânsito
administração pública que, limitando o disciplinando vias e rodovias
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou Florestal Destinada a defesa da flora
abstenção de fato, em razão de interesse público...” Vocacionada à proteção da fauna
Caça e Pesca
terrestre e aquática
Em suma, o Poder de Polícia se dá através do qual a
Administração Pública tem a faculdade de condicionar e
Por Polícia Judiciária entende-se aquela que incide
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
sobre pessoas, de modo a coagi-las a praticar qualquer
individuais, em benefício do interesse público.
ato contrário à lei. Exemplos: Polícia Federal, Polícia Civil
etc.
A extensão do Poder de Polícia - A extensão é
bastante ampla, porque o interesse público é amplo.
4.3.3 Características ou atributos do Poder de Polícia
As entidades meramente administrativas dotadas de
a) Discricionariedade: Em regra, o ordenamento jurídico
personalidade jurídica de direito público (autarquias e
permite um juízo de conveniência e oportunidade na
fundações autárquicas) podem exercer poder de polícia,
prática de atos decorrentes do poder de polícia, porém,
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em alguns casos, a discricionariedade não se aplica, a - Desvio de Poder (vício de finalidade) – Ação do
exemplo da licença para dirigir veículo automotor, pois, agente público, embora dentro de sua competência,
preenchidos os requisitos legais, não é permitido à afastada do interesse público, praticando atos por
autoridade a sua não-expedição. motivos ou com fins diversos daqueles estabelecidos
na lei. Também chamado de Desvio de Finalidade. Ex.:
b) Auto-executoriedade: Consiste no poder que Ato para beneficiar a si próprio, um amigo ou parente;
possuem os atos administrativos de serem executados remoção “ex officio” de um servidor como forma de
materialmente pela própria administração, punição.
independentemente de manifestação do Poder
Judiciário. O fim mediato almejado por todo ato administrativo é o
interesse público e qualquer ato praticado pelo agente
público com outra finalidade será nulo.
Ressalte-se que nem toda atuação de polícia
administrativa pode ser autoexecutória. Exemplo: Todo abuso de poder caracteriza uma ilegalidade, mas
cobrança de multas, quando resistida pelo particular. A nem toda ilegalidade decorre de conduta abusiva.
cobrança forçada será feita por ação judicial de execução.
A conseqüência do abuso de poder é a invalidação do
- Exigibilidade: Toma decisões criando obrigações sem ato. Tal invalidação pode ser intentada na própria esfera
precisar ir previamente ao Poder Judiciário. Aqui administrativa, ou, junto ao Poder Judiciário. Além disso, o
aparecem os meios indiretos de coerção, tal como a agente que atuar com abuso de poder poderá, conforme o
aplicação da multa. caso, ter sua conduta tipificada também como ilícito penal.

- Executoriedade: Permite a administração executar 4.5 Modalidades de exercício do Poder de Polícia


diretamente a sua decisão sem precisar do Poder
Judiciário. Aqui aparece os meios diretos de coerção, - Preventivo: O Poder de Polícia estabelece normas
podendo ser utilizado a força. Exemplos: dissolução de que limitam ou condicionam a utilização de bens
uma passeata; demolição de um prédio que ameaça (públicos ou privados) ou o exercício de atividades
desabar. privadas que afetem a coletividade.

c) Coercibilidade ou Imperatividade: A coercibilidade O alvará divide-se em licença (ato vinculado e


consiste na possibilidade de as medidas adotadas pela definitivo) e autorização (ato discricionário e precário,
Administração serem impostas coativamente ao passível de revogação).
administrado, mediante o emprego da força, caso o
particular resista ao ato de polícia. - Repressivo: Aplicação de sanções administrativas,
como consequência da prática de infrações a normas
Também pode estar ausente no ato de polícia. de polícia pelos particulares a ela sujeitos. Verificada a
Exemplos: atos preventivos de polícia administrativa. infração, lavra-se o auto.

4.4 Uso e abuso de Poder


QUESTÕES
Ocorre quando a autoridade, embora competente para
praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou 01. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
se desvia das finalidades administrativas. TRT/19ª Região) - A ocorrência de desvio de
finalidade manifesta-se quando o ato
Para o jurista Gustavo Barchet, dize-se que há uso do administrativo é praticado
poder quando o agente público, ao exercer suas funções, (A) com objetivo diverso daquele explicitado na motivação,
o faz de forma regular, em conformidade com as leis e ou previsto na lei.
princípios administrativos que regem a sua atuação. (B) sem observância dos requisitos de legalidade quanto à
Figura oposta é o abuso de poder, vício que, uma vez matéria de mérito.
verificado no ato, seja ele omissivo ou comissivo, leva à (C) a despeito de terem sido verificados inexistentes os
nulidade. fatos que ensejaram sua edição.
(D) de modo que seu resultado importa em violação de lei,
O emprego do poder público, de forma regulamento ou outro ato normativo.
desproporcional, sem amparo da lei, sem utilidade pública, (E) sem a observância das regras aplicáveis de
evidentemente será ilícito, nulo, devendo assim ser competência, ou com excesso de poder.
declarado pela própria Administração ou pelo Poder
Judiciário. 02. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
TRF 4ª região/2010) - No que se refere aos poderes
O abuso de poder é gênero, que comporta suas administrativos, é certo que
espécies ou causas: (A) não há hierarquia nos Poderes Judiciário e Legislativo,
tanto nas funções constitucionais, como nas
- Excesso de Poder (vício de competência) - Ação do administrativas.
agente público fora dos limites de sua competência, (B) o termo polícia judiciária tem o mesmo significado de
invadindo a competência de outros agentes ou polícia administrativa.
praticando atividades que a lei não lhe conferiu. O (C) o poder disciplinar confunde-se com o poder
agente atua fora de sua competência. Ex.: Decreto hierárquico.
Regulamentador expedido por um secretário de (D) o poder discricionário não se confunde com a
Estado. arbitrariedade.
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(E) o poder será vinculado quando o Administrador pode poder de polícia, entendido como polícia
optar dentro de um juízo de conveniência e administrativa,
oportunidade. (A) a aplicação de multa contratual, em contrato
administrativo, pela Administração ao particular
03. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – contratado.
TRT 21ª Região/2008) - O decreto (B) a restrição imposta, por agentes administrativos, à
I. será autônomo quando produza efeitos gerais e realização de uma passeata nas vias públicas.
discipline matéria não regulamentada em lei. (C) o policiamento ostensivo realizado nas ruas pela
II. inominado é ato normativo originário quando polícia militar.
comparado à lei. (D) a atividade investigativa realizada pela polícia civil em
III. que produzir efeitos gerais será regulamentar, quando um inquérito policial.
expedido nos termos da Constituição Federal, para fiel (E) a prisão em flagrante de um criminoso por qualquer do
execução da lei. povo.
IV. somente poderá ser considerado ato administrativo
propriamente dito quando tiver efeito concreto, 08. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 5ª
enquanto que o decreto geral é ato normativo. Região / 2006) - NÃO é consequência do poder
V. é a forma de que se revestem os atos individuais ou hierárquico de uma autoridade administrativa
gerais emanados dos chefes dos Poderes Executivo, federal, o poder de
Legislativo e Judiciário. (A) dar ordens aos seus subordinados.
Está correto APENAS o que se afirma em (B) rever atos praticados por seus subordinados.
(A) I, II e III. (C) resolver conflitos de competências entre seus
(B) I, II e IV. subordinados.
(C) I, III e IV. (D) delegar competência para seus subordinados editarem
(D) II, III e V. atos de caráter normativo.
(E) III, IV e V. (E) aplicar penalidades aos seus subordinados,
observadas as garantias processuais.
04. (Analista Judiciário –Área Judiciária – TRE
Acre/2010) - A fim de explicar o modo de execução 09. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE
de uma lei, o Chefe do Poder Executivo deve CE/2002) - É exemplo de exercício do poder
expedir hierárquico da Administração a
(A) uma resolução, que é ato administrativo do poder (A) aplicação de uma multa de trânsito.
normativo ao qual os administrados devem obediência (B) aplicação de uma sanção contratual pela
e que não depende de aprovação de outro órgão. Administração em um contrato Administrativo.
(B) um projeto de lei sobre a matéria, que é manifestação (C) revogação de um ato administrativo pela autoridade
expressa da legitimidade de seu poder-dever de superior ao agente administrativo que o praticou.
iniciativa legislativa. (D) anulação de um ato administrativo pelo Poder
(C) uma circular, que é ato administrativo interno e geral Judiciário.
baseado no poder hierárquico e que explica o (E) anulação de um ato administrativo pelo próprio agente
necessário para a aplicação da lei. que o praticou.
(D) um decreto, que é ato administrativo geral e normativo
e manifestação expressa de seu poder regulamentar. 10. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT
(E) uma instrução normativa, que é ordem escrita, geral, 5ª Região / 2008) - Ocorre desvio de finalidade na
oriunda do poder disciplinar e determinadora do modo prática do ato administrativo, quando
pelo qual a lei será aplicada. (A) o ato não se incluir nas atribuições legais do agente
que o praticou.
05. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE (B) o ato for omisso em relação a formalidades
BA/2008) - O poder hierárquico indispensáveis à sua existência.
(A) permite a avaliação subjetiva da legalidade de ordens (C) a matéria de fato que fundamenta o ato é juridicamente
emanadas do superior. inadequada ao resultado obtido.
(B) determina o cumprimento de todas as ordens (D) o agente pratica o ato visando a objetivo diverso do
expressas emanadas do superior. estabelecido na regra de competência.
(C) impõe o cumprimento de ordem superior, salvo se (E) o resultado do ato importa em violação de lei,
manifestamente ilegal. regulamento ou outro ato normativo.
(D) confunde-se com o poder disciplinar, do qual é 31/03/03 - 09:58
decorrência. 11. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT
(E) aplica-se também às funções próprias do Poder 5ª Região/2008) - Quando a Administração pode
Judiciário e do Poder Legislativo. escolher entre duas ou mais opções, no caso
concreto, segundo critérios de oportunidade e
06. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE conveniência, pratica ato
BA/2008) - A revisão dos atos subordinados (A) discricionário.
configura uma das faculdades do poder (B) vinculado.
(A) discricionário. (C) arbitrário.
(B) de polícia. (D) jurisdicional.
(C) disciplinar. (E) imperativo.
(D) hierárquico.
(E) regulamentar. 12. (Defensor Público – Maranhão/2008) - As limitações
ao direito de propriedade decorrentes do poder de
07. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE polícia da Administração
Ceará/2002) - É exemplo de atividade própria do
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(A) independem de lei, uma vez que compete à 15. (Procurador Judicial do Município de Recife/2008) -
Administração definir as razões de interesse público Considere as relações jurídicas estabelecidas
ensejadoras de sua instituição. entre:
(B) dependem de um fundamento de interesse público e I. O Presidente da Republica e o Prefeito de um
devem se restringir ao estritamente necessário ao seu Município.
atendimento. II. O Prefeito de um Município e um Secretário desse
(C) são ilegais em razão do caráter absoluto do direito de Município.
propriedade. III. O Prefeito de um Município e o Presidente de uma
(D) podem ser instituídas por entidades privadas, que autarquia desse Município.
exerçam o poder de polícia por delegação.
(E) independem de um fundamento de interesse público, Conforme a doutrina administrativista, há vínculos de
pois subordinam-se às razões de conveniência e hierarquia
oportunidade do órgão competente. (A) nas relações mencionadas nos itens I, II e III.
(B) apenas nas relações mencionadas nos itens I e II.
13. (Procurador Judicial do Município de Recife/2006) - (C) apenas nas relações mencionadas nos itens II e III.
“Considera-se poder de polícia a atividade da (D) apenas na relação mencionada no item II.
administração pública que, limitando ou (E) apenas na relação mencionada no item III.
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula
a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 16. (Juiz de Direito Substituto – TJ RN/2007) - De
interesse público (...)”. acordo com a Constituição Federal, configura
hipótese de atuação do poder normativo do Poder
A partir da definição constante do art. 78 do Código Executivo, por decreto, independentemente de lei,
Tributário Nacional, é correto afirmar que o poder a
de polícia (A) criação de Ministérios.
(A) é atividade estritamente vinculada, que não admite (B) extinção de cargos públicos vagos.
discricionariedade por parte da Administração. (C) criação de cargos públicos.
(B) compreende a faculdade de editar regulamentos (D) fixação dos efetivos das Forças Armadas.
disciplinadores dos direitos individuais, observados os (E) definição da organização administrativa dos Territórios.
limites legais. 17. (Procurador do Estado – 3ª Classe – Maranhão SET
(C) pode ser objeto de delegação de competência, / 2005) - Considere um dispositivo constitucional
inclusive para entidades externas à Administração que crie obrigação aos indivíduos, mas cuja
Pública. aplicação dependa de disciplina legal. Suponha
(D) restringe-se à prática de atos materiais pela que ainda não exista lei a respeito dessa matéria.
Administração, condicionadores de direitos, tais como Numa situação hipotética, o Presidente da
licenças e autorizações. República, pretendendo ver aplicado tal
(E) não pode ter por objeto direitos e liberdades individuais dispositivo, formula consulta a parecerista que
garantidos pela Constituição, que estão imunes à apresenta, entre outras, as seguintes conclusões:
atuação do Poder Executivo. (i) o Presidente da República pode diretamente
regulamentar a matéria por decreto, posto que o Direito
14. (Procurador Judicial do Município de Recife/2008) - brasileiro, com a Emenda Constitucional no 32/01,
No exercício de seu poder normativo, o Presidente passou a acolher o regulamento autônomo;
da República, por decreto, disciplina aspectos do (ii) a competência do Presidente da República para
funcionamento da Administração Pública federal, expedir decretos regulamentares pode, como regra
sem, com isso, importar aumento de despesas, geral, ser delegada aos Ministros;
extinguindo, aliás, cargos públicos ocupados por (iii) os decretos regulamentares, por serem atos de
servidores cuja remuneração elevava os índices de competência privativa do Presidente da República, não
despesa com pessoal para além dos limites fixados são passíveis de controle pelo Poder Legislativo,
pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O decreto em submetendo-se apenas ao controle judicial de
questão constitucionalidade. Das conclusões acima
(A) violou o ordenamento constitucional, por disciplinar o
funcionamento da Administração, o que é matéria de (A) apenas a (i) está de acordo com a Constituição
reserva legal. Federal.
(B) violou o ordenamento constitucional, por extinguir os (B) apenas a (ii) está de acordo com a Constituição
cargos em questão, o que contraria disposição Federal.
expressa da Constituição Federal. (C) apenas a (iii) está de acordo com a Constituição
(C) está de acordo com a Constituição, que prevê Federal.
expressamente essa medida em defesa da (D) todas estão de acordo com a Constituição Federal.
responsabilidade fiscal. (E) nenhuma está de acordo com a Constituição Federal.
(D) está de acordo com a Constituição, ainda que não
amparado expressamente por nenhum de seus 18. (Defensor Público – 1ª Classe – Maranhão Set/2006)
dispositivos, pois se enquadra genericamente na - Determinada autoridade administrativa presencia
competência do Presidente da República para editar a prática de um ato ilícito por parte de um cidadão,
decretos autônomos, que possuem eficácia imediata. passível de sanção no âmbito administrativo.
(E) está de acordo com a Constituição, ainda que não Sendo assim, tratando-se de autoridade
amparado expressamente por nenhum de seus competente, decide aplicar-lhe e executar
dispositivos, pois se enquadra genericamente na diretamente a pena. Tal procedimento
competência do Presidente da República para editar (A) é compatível com o ordenamento constitucional
decretos autônomos, que devem ser aprovados pelo brasileiro, fundamentando-se na auto-executoriedade
Congresso Nacional para produzir efeitos. dos atos administrativos.
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(B) é compatível com o ordenamento constitucional V. Poder vinculado consiste naquele concedido
brasileiro, fundamentando-se na auto-tutela dos atos implicitamente pelo Direito à Administração, para a
administrativos. prática de atos administrativos mediante certo grau de
(C) é compatível com o ordenamento constitucional liberdade quanto à conveniência e oportunidade.
brasileiro, fundamentando-se na imperatividade dos
atos administrativos. Em matéria de poderes administrativos, APENAS são
(D) é compatível com o ordenamento constitucional corretas as assertivas
brasileiro, fundamentando-se na presunção de (A) I e II
legalidade dos atos administrativos. (B) I e V
(E) viola as disposições constitucionais acerca do devido (C) II e III
processo legal, também aplicáveis no âmbito (D))III e IV
administrativo. (E) IV e V

19. (Procurador do Estado – 3ª Classe – PGE Bahia – 23. (Subprocurador – Tribunal de Contas do Estado de
Novembro/2006) - Constitui manifestação do poder Sergipe – Janeiro/2009) - No exercício de seu poder
de polícia administrativa: regulamentar, cabe ao chefe do Poder Executivo
(A) rescisão unilateral de contratos administrativos. federal
(B) avocação de atribuições, desde que não sejam da (A) sancionar leis cujos projetos foram aprovados pelo
competência exclusiva do órgão subordinado. Congresso Nacional.
(C) edição de atos visando a disciplinar a restringir o uso e (B) decretar o estado de defesa e o estado de sítio.
gozo de bens, atividades e direitos individuais. (C) celebrar tratados e convenções internacionais.
(D) expedição de atos normativos, com o objetivo de (D) expedir decretos para a execução das leis.
ordenar a atuação dos órgãos subordinados. (E) decretar e executar a intervenção federal.
(E) aplicação de sanções disciplinares.
24. (Advogado – DESENBAHIA/2010) - A avocação de
20. (Assessor Jurídico – Tribunal de Contas do um ato decorre do poder
Piauí/2010) - O desvio de poder, em matéria de atos (A) de polícia, quando houver motivos que levem o
administrativos, configura vício relativo ao administrador público a limitar qualquer atividade
elemento privada ou estatal.
(A) agente. (D) motivo. (B) discricionário, podendo ser avocada qualquer
(B) forma. (E))finalidade. atribuição, ainda que conferida a determinado órgão ou
(C) objeto. agente.
21. (Assessor Jurídico – Tribunal de Contas do (C) regulamentar, em que se substitui a competência
Piauí/2010) - Determinada autoridade presencia a inferior pela superior, com todas as consequências
prática de um ilícito administrativo por um dessa substituição.
subordinado seu. Nesse caso, a aplicação da (D) vinculado, mas que não desonera o inferior de toda a
penalidade ao autor do ilícito responsabilidade pelo ato avocado pelo superior.
(A) não depende de processo administrativo, incidindo a (E) hierárquico, não podendo ser avocada atribuição que a
regra da "verdade sabida". lei expressamente confere a determinado órgão ou
(B) não depende de processo administrativo, incidindo o agente.
princípio da autotutela administrativa. 28/11/02 -
(C) ainda assim depende de processo administrativo, no 25. (Advogado – DESENBAHIA) - O ato de polícia
qual pode ser dispensada a manifestação do autor do administrativa tem como características, dentre
ilícito, a critério da autoridade. outras,
(D) ainda assim depende de processo administrativo, no (A) incidir nas pessoas e em todos os setores da
qual, porém, não será admitido recurso, incidindo a sociedade.
regra da "verdade sabida". (B) submeter-se apenas ao controle judicial por ser
(E) ainda assim depende de processo administrativo, no sempre vinculado.
qual devem ser assegurados ao autor do ilícito o (C) ser editado pela Administração Pública ou por quem
contraditório e a ampla defesa. lhe faça as vezes.
(D) ser essencialmente repressivo, não cabendo em
22. (Auditor – Tribunal de Contas do Estado de caráter preventivo.
Sergipe) - Observe o que segue: (E) comportar sanções desde que estejam previstas em
I. Poder regrado é aquele que a lei confere à decretos.
Administração Pública para a prática de ato de sua 28/11/02 –
competência, mediante livre valoração quanto à 26. (Procurador do Estado do Rio Grande do
conveniência. Norte/2009) - A atividade do Estado consistente em
II. Poder discricionário é aquele que o Direito concede à limitar o exercício dos direitos individuais em
Administração, de modo implícito, para a prática de benefício do interesse público é chamada de:
atos administrativos com liberdade na escolha de sua (A) Poder hierárquico.
qualidade, competência e finalidade. (B) Poder de polícia.
III. Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo confere (C) Serviço público.
à Administração Pública para a prática de ato de sua (D) Atividade de fomento.
competência, determinando os elementos e requisitos (E) Poder regulamentar.
à sua formalização.
IV. Poder discricionário é o que o Direito concede à 27. (Analista Judiciário – Jud - TRE-PE/2008) - No que
Administração, de modo explicito ou implícito, para a tange aos poderes administrativos, é INCORRETO
prática de atos administrativos com liberdade de afirmar que
escolha de sua conveniência, oportunidade e
conteúdo.
PROFª. EMILLY ALBUQUERQUE – PODERES E ATOS ADMINISTRATIVOS
(A) o conceito legal de poder de polícia encontra-se no (B) podem ser apenas implementadas mediante prévia
Código Tributário Nacional, por ser o exercício desse autorização judicial, por não serem auto-executórias.
poder um dos fatos geradores da taxa. (C) podem ser auto-executórias, de acordo com a
(B) a principal diferença, embora não absoluta, entre as decisão arbitrária da autoridade administrativa.
polícias administrativa e a judiciária está no caráter (D) são auto-executórias, se necessárias para a defesa
preventivo, de regra, da primeira e no repressivo da urgente do interesse público.
segunda. (E) tipificam hipótese de indevida coação administrativa,
(C) os meios de atuação do poder de polícia são os atos quando auto-executadas pelo administrador sem
normativos em geral e os atos administrativos e autorização legal.
operações materiais de aplicação da lei ao caso
concreto. 31. (Analista Judiciário – TRT AP – 2011) No que
(D) o poder de polícia é exercido pelo Estado nas áreas concerne aos poderes discricionário e vinculado, é
administrativa e judiciária, sendo que a polícia correto afirmar que
administrativa é privativa de corporações (A) o ato discricionário, quando autorizado pelo direito, é
especializadas como a polícia civil e a militar. legal e válido; o ato arbitrário é sempre ilegítimo e
(E) são atributos do poder de polícia a discricionariedade, inválido.
a auto-executoriedade e a coercibilidade, além do (B) para a prática de ato vinculado, a autoridade pública
fato de corresponder a uma atividade negativa. não está adstrita à lei em todos os seus elementos
formadores.
28. (Analista Judiciário – Jud - TRE-PE/2008) - O poder (C) no ato discricionário, há liberdade de atuação quanto a
disciplinar na Administração Pública é cabível todos os requisitos dos atos administrativos.
para (D) o ato discricionário, em qualquer hipótese, é imune à
(A) regulamentar lei ou ato normativo de forma apreciação judicial.
independente ou autônoma, inovando a ordem (E) a atividade discricionária, por implicar em liberdade ao
jurídica por estabelecer normas ainda não administrador público, não se sujeita aos princípios
disciplinadas em lei. gerais do Direito e aos preceitos da moralidade
(B) instaurar inquérito administrativo, processar e aplicar administrativa.
penalidades apenas aos servidores públicos que
infringem os respectivos estatutos. 32. (Analista Judiciário – TRT AP – 2011) NÃO constitui
(C) apurar infrações e aplicar penalidades aos servido- objetivo do poder hierárquico o ato (ou a conduta)
res públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina de
administrativa a exemplo das pessoas que com ela (A) ordenar.
contratam. (B) sancionar.
(D) investigar irregularidades e aplicar penas aos servi- (C) controlar.
dores públicos e particulares, mesmo aqueles não (D) coordenar.
sujeitos à disciplina interna da Administração Pública. (E) corrigir.
(E) limitar ou disciplinar direito, interesse ou liberdade,
com o objetivo de regular a prática de ato ou abstenção 33. (Analista Judiciário – TRT RN – 2011) Sobre o poder
de fato, em razão do interesse público. de polícia, considere:
29. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRF 4ª I. A diferença entre a polícia administrativa e a polícia
R/2007) - No que tange aos poderes judiciária se dá, dentre outros elementos, pela
administrativos, considere as seguintes ocorrência ou não de ilícito penal.
proposições: II. A Polícia Militar não atua na esfera da polícia
I. A prerrogativa de que dispõe o Executivo para ordenar administrativa, sendo corporação especializada.
e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo III. A polícia administrativa não envolve os atos de
uma relação de subordinação, corresponde ao poder fiscalização.
disciplinar. IV. A auto-executoriedade é um dos atributos do poder de
II. O poder regulamentar autoriza os Chefes dos Poderes polícia.
Executivos a explicar a lei para sua correta e fiel
execução. Está correto o que se afirma APENAS em
III. O poder de polícia autoriza a Administração a (A) I, II e III.
condicionar, frenar o uso e gozo de bens, atividade e (B) I e IV.
direitos individuais, em prol da coletividade ou do (C) II, III e IV.
próprio Estado. (D) II e IV.
IV. A discricionariedade permite que o administrador
público pratique o ato com liberdade na escolha de sua 34. (Analista Judiciário – Direito – 2011) Sobre o
conveniência, oportunidade, conteúdo e forma. controle administrativo da Administração Pública é
INCORRETO afirmar que
Estão corretas APENAS as afirmações (A) o recurso hierárquico impróprio é dirigido para a
(A) I e II. mesma autoridade que expediu o ato recorrido.
(B) I e III. (B) o recurso hierárquico próprio é dirigido para a
(C) I, III e IV. autoridade imediatamente superior, dentro do mesmo
(D) II e III. órgão em que o ato foi praticado.
(E) II, III e IV. (C) a representação, em regra, é denúncia de
irregularidade feita perante a própria Administração.
30. (Procurador do Estado de São Paulo/2009) - As (D) a revisão é recurso a que faz jus servidor público
medidas de polícia administrativa punido pela Administração, para reexame da decisão.
(A) são marcadas pelo atributo da exigibilidade, que (E) a expressão coisa julgada administrativa significa que
dispensa a Administração de recorrer ao Poder a decisão se tornou irretratável pela própria
Judiciário para executá-las. Administração.
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Maria Sylvia Zanella Di Pietro entende o ato como uma
“declaração do Estado ou de quem o represente, que
GABARITO: produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da
Lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 controle pelo Poder Judiciário”.
A D C D C D B D C D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 As regras que comandam a edição desses atos são de
A B B B D B E E C E Direito Público, logo, não são as mesmas que comandam
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 os atos dos particulares. As regras de Direito Público
E D D E C B D C D D conferem atributos e requisitos de validade que não se
31 32 33 34 estendem aos particulares.
A B D A
Os atos administrativos podem ser: típicos e atípicos;
unilateral ou bilateral; vinculado e discricionário. Os atos
típicos são aqueles praticados pela administração no uso
5 – ATOS ADMINISTRATIVOS de seus poderes estatais. Os atos atípicos, também
chamados de ato da administração, são os que não
5.1 Conceito: envolvem esses poderes; sendo regidos pelo direito civil e
comercial e pelas normas usuais de direito público.
É toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha 5.2 Ato e Fato Administrativo
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,
extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos Após a apresentação do conceito atribuído ao Ato
administrados ou a si própria. Administrativo, faz-se necessário apresentar as diferenças
do Ato e do Fato Administrativo.
- Quem edita: a Administração Pública;
- Como: debaixo de regras de Direito Público; Sobre o assunto é preciso advertir que a doutrinadora
- Para que: preservação dos interesses da Maria Sylvia Zanella Di Pietro diferencia fato
coletividade. administrativo de fato da administração, sendo que o
primeiro ocorreria somente quando o fato produziria
Celso Antônio Bandeira de Mello conceitua ato efeitos jurídicos, enquanto que o segundo, o contrário.
administrativo como toda “declaração do Estado, ou de
quem lhe faças as vezes, no exercício de prerrogativas Já os Atos da Administração possuem um conceito
públicas, manifestada mediante providências jurídicas mais abrangente e representam todo e qualquer ato
complementares da lei, a título de lhe dar cumprimento, praticado no exercício da função administrativa. Nesse
sujeito a controle de legitimidade por órgão jurisdicional”. sentido, o ato administrativo é uma espécie de ato da
administração, conforme segue:
Para Hely Lopes Meirelles ato administrativo consiste
em “toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,
extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria”.
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5.3 Requisitos ou elementos do Ato Administrativo: Excepcionalmente, admitem-se formas não-escritas,
como as verbais (ordens dadas pelo chefe ao seu
Todo ato administrativo é formado por requisitos ou subordinado), gestuais (guarda de trânsito gesticulando
elementos. Prevalece o entendimento que os requisitos ou para automóveis seguirem no fluxo do trânsito), placas etc.
elementos do ato administrativo são:
- Motivo:
- Competência:
É o pressuposto de fato e de direito que fundamenta o
Competência é o conjunto de atribuições das pessoas ato administrativo. A análise dos motivos mostra-se
jurídicas, órgãos e agentes, fixados pelo direito positivo. relevante para se constatar a aplicação do princípio da
Desse modo, nenhum ato pode ser realizado validamente impessoalidade e da moralidade administrativa.
sem que o agente disponha de poder legal para praticá-lo.
A ausência de motivo em um ato ou mesmo a indicação
É importante destacar que os poderes são conferidos de um motivo falso faz surgir o vício. Trata-se da Teoria
aos agentes públicos na medida de suas atribuições e dos Motivos Determinantes, em que a obrigatoriedade da
cada agente público possui poderes específicos definidos existência dos motivos alegados é que determinam a
por lei. Assim, a competência decorre sempre da lei, não prática do ato administrativo. Só é válido o ato, se os
podendo o próprio órgão estabelecer, por si, suas motivos acontecerem. Mesmo nos atos discricionários,
atribuições. É também inderrogável, seja pela vontade da onde o motivo é facultativo, se o agente decidir motivar,
Administração ou por acordo com terceiros. este deverá ser verdadeiro, sob pena de nulidade do ato.

Por fim, temos que esclarecer que a competência pode - Objeto:


ser objeto de delegação (transferência de atribuições) ou
de avocação (atrair atribuição de outrem), desde que não É o efeito jurídico imediato do ato administrativo, que
se trate de competência conferida a determinado órgão ou cria, modifica ou extingue uma relação jurídica. Trata-se
agente, com exclusividade, pela Lei. do resultado prático do ato e consiste na própria alteração
no mundo jurídico a que o ato se propõe.
Destacamos ainda o disposto no art. 13 da Lei nº
9.784/99, que trata de matérias impossibilitadas de OBS.: Diferenças entre Ato Jurídico e Ato Administrativo:
delegação: a edição de atos de caráter normativo; a
decisão de recursos administrativos; as matérias de O primeiro requisito do ato administrativo é a
competência exclusiva do órgão ou autoridade. competência (equivalente ao agente capaz do Código
Civil). O ato será inválido se for praticado por quem não
- Finalidade: tem legitimidade para tal.
O segundo requisito do ato administrativo é o objeto.
É o objetivo do interesse público a atingir (sentido Para a Administração objeto lícito é aquele que a lei
amplo). É o resultado, definido em lei, que o ato produzir expressamente determina. Para o particular objeto lícito é
(sentido restrito). Se o ato administrativo for praticado com todo aquele que a lei não proíbe.
outro objeto, que não seja o interesse público, o agente
incidirá em desvio de poder, e o ato será considerado nulo. O terceiro requisito de validade é a forma. Para a
Administração a forma é somente aquela expressamente
- Forma: prevista em lei. Para os particulares é a não proibida por
lei.
É o meio pelo qual se exterioriza a vontade do agente.
A Administração Pública exige a forma escrita e solene Geralmente a forma utilizada pela Administração é a
para seus atos, o que possui exceções, como na Lei de escrita, existindo exceções.
Processo Administrativo.
Exemplo: os apitos e gestos de um guarda de trânsito.
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5.4 O silêncio do Ato Administrativo autorizando o Poder Executivo (Administração Pública) a
praticar suas ações sem precisar de manifestação ou
Uma questão interessante que merece ser analisada autorização do Poder Judiciário.
no tocante ao ato administrativo é a omissão da
Administração Pública ou, o chamado silêncio Ex.: para lavrar um auto de infração em uma discoteca
administrativo. tocando músicas acima do volume permitido, o fiscal não
precisa de nenhuma autorização, nem mesmo judicial.

Essa omissão é verificada quando a administração Vale lembrar que o único controle que o Judiciário pode
deveria expressar uma pronuncia quando provocada por fazer dos atos da Administração é o controle de legalidade,
administrado, ou para fins de controle de outro órgão e, ou seja, esse controle só pode existir quando o ato é ilícito.
não o faz.
Observações:
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o silêncio da
Para Marçal Justen Filho só deve ser aplicada em
administração não é um ato jurídico, mas quando produz
situações excepcionais e observados os princípios da
efeitos jurídicos, pode ser um fato jurídico administrativo.
legalidade e da proporcionalidade. Não há auto-
executoriedade sem lei que a preveja, e mesmo assim a
auto-executoriedade só deverá ser aplicada quando não
5.5 Atributos do Ato Administrativo: existir outra alternativa menos lesiva.

Não aparecem de forma gratuita, pois a Administração


preserva os interesses da coletividade.

- Presunção de legitimidade/veracidade: José dos Santos Carvalho Filho cita como exemplo do
exercício da auto-executoriedade, a destruição de bens
Todos os atos administrativos nascem com a impróprios para o consumo público, a demolição de obra
presunção de legitimidade, ou seja, a presunção de que que apresenta risco iminente de desabamento. A vigente
nasceram de acordo com as devidas normas legais. A Constituição traça limites à executoriedade em seu art. 5º,
presunção não é absoluta, admitindo prova em contrário LV, contudo mencionada restrição constitucional não
(“juris tantum”). Até que essa prova apareça, os atos suprime o atributo da auto-executoriedade do ato
pressupõem-se legítimos e são de cumprimento administrativo, até porque, sem ele, dificilmente poderia a
obrigatório. Ex.: Execução de Dívida Ativa – cabe ao Administração em certos momentos concluir seus projetos
particular o ônus de provar que não deve ou que o valor administrativos.
está errado.
- Tipicidade:
Alguns doutrinadores utilizam a expressão presunção
de legitimidade como sinônima de veracidade. Entretanto, É o atributo do ato administrativo que determina que o
outros fazem uma distinção sutil, tal como Maria Sylvia ato deve corresponder a uma das figuras definidas
Zanella Di Pietro e Celso Antônio Bandeira de Mello: previamente pela lei, como aptas a produzir determinados
presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do resultados, sendo corolário, portanto, do princípio da
ato com a lei, enquanto que a veracidade diz respeito aos legalidade.
fatos.

- Imperatividade: A sua função é impossibilitar que a Administração


venha a praticar de atos inominados, representando, pois,
uma garantia ao administrado, já que impede que a
É o atributo pelo qual os atos administrativos se
Administração pratique um ato unilateral e coercitivo sem
impõem a terceiros, independentemente de sua
a prévia previsão legal. Representa, também, a segurança
concordância. Ex.: Secretário de Saúde quando dita
de que o ato administrativo não pode ser totalmente
normas de higiene – decorre do exercício do Poder de
Polícia – pode impor obrigação para o administrado. É o discricionário, pois a lei define os limites em que a
discricionariedade poderá ser exercida.
denominado poder extroverso da Administração.

Destacamos que a qualidade da imperatividade do ato Esses atributos só existem nos atos unilaterais, não
administrativo o distancia dos atos privados, vez que sendo encontrados nos contratos.
nesses, alguém só estará obrigado a fazer algo se
concordar com essa determinação. Exceção a esta regra Obs.: Não confundir exigibilidade com tipicidade.
são os atos negociais, como a licença, a permissão e a
autorização, que só podem ser praticados se existir um A exigibilidade é um dos aspectos da auto-executorie-
encontro de vontades entre particular e Administração. dade, referindo-se aos meios à disposição da
Administração para fazer valer o seu "império", mas com
- Auto-executoriedade: a utilização, em todo caso, de meios indiretos de coerção.
Consiste na possibilidade que certos atos
administrativos poderem ser postos em execução pela Em síntese, ao ultrapassar um sinal no vermelho, além
própria Administração, sem necessidade de intervenção da infração, em vermelho ficará a conta, em face da
do Poder Judiciário. aplicação de multa pela Administração, enfim, a
Administração pode aplicar diretamente a multa, visando
A justificativa de existência desse atributo reside no ao seu reenquadramento às normas vigentes, sob pena de
Princípio da Separação dos Poderes (art. 2º da CF/88), dissolução da sociedade.
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Todavia, observe que a multa não pode ser, via de Não se confunde com a arbitrariedade, que é a ação
regra, cobrada diretamente, ou seja, não possui contrária ou excedente da lei.
EXECUTORIEDADE quanto à cobrança, dependendo da
ajuda do Judiciário para a devida execução. A multa é O ato praticado com discricionariedade (motivo e
exigível, mas não auto-executável. Mas, com certeza, forma) pode ser modificado pelo Judiciário? A justiça
empurra-nos ao cumprimento da obrigação imposta, pois, somente anula atos ilegais, não podendo revogar atos
em determinados casos, não podemos sequer renovar a Inconvenientes ou inoportunos, mas formal e
licença anual, existe forma mais "INDIRETA". substancialmente legítimos.

Por sua vez, a tipicidade, atributo pertinente aos ATOS 5.7 Classificação dos Atos
UNILATERAIS, diz respeito ao fato de para cada objetivo
traçado pela Administração existe instrumento adequado a) Quanto aos Destinatários:
para o seu alcance. Exemplo: se é demissão, faz-se por
Decreto; se é nomeação de comissão de sindicância, faz- - Gerais: Destinam-se a uma parcela grande de sujeitos
se por Portaria; se é desapropriação, faz-se por Decreto; indeterminados e todos aqueles que se vêem
se visa diligência a outros órgãos, faz-se Ofício; e assim abrangidos pelos seus preceitos. Exemplos: edital,
em diante. Em suma, para cada finalidade, existe um regulamentos, instruções.
instrumento próprio.
- Individuais: Destina-se a uma pessoa em particular ou
a um grupo de pessoas determinadas. Exemplos:
Di Pietro, acertadamente, assevera que a tipicidade demissão, exoneração e outorga de licença.
garante maior segurança jurídica aos administrados,
atendendo ainda ao princípio da legalidade. b) Quanto ao Alcance:

- Internos: Os destinatários são os órgãos e agentes da


5.6 Discricionariedade e Vinculação Administração, não se dirigindo a terceiros. Exemplos:
circulares, portarias, instruções.
Para melhor estudar o ato administrativo e suas
conseqüências, principalmente ressaltando as diferenças - Externos: Alcançam os administrados de modo geral
entre os atos vinculados e os discricionários, parte-se da (só entram em vigor depois de publicados). Exemplos:
premissa de que o regime de direito público objetiva, em Admissão, licença.
sua grande parte, impedir que o sujeito que atua no órgão
público seja orientado para satisfação de suas vontades c) Quanto ao objeto:
individuais, mas sim, que busque resultados favoráveis a
toda coletividade. - Império: Aquele que a Administração pratica no gozo
de suas prerrogativas, em posição de supremacia
Desse modo, um ato administrativo pode se apresentar perante o administrado. Exemplos: desapropriação,
como discricionário ou vinculado, de acordo com a sua interdição, requisição.
origem e extensão. Vejamos:
- Gestão: São os praticados pela Administração em
a) Vinculado ou Regrado situação de igualdade com os particulares, sem usar a
sua supremacia. Exemplos: alienação e aquisição de
É aquele que o administrador não tem liberdade de bens, certidões.
escolha, estando a sua vontade adstrita exclusivamente à
lei. Ex: concessão de aposentadoria quando preenchidos - Expediente: Aqueles praticados por agentes
os requisitos legais. subalternos, consistentes em atos de rotina interna.
Exemplo: protocolo.
A lei determina os elementos e requisitos necessários
à sua formalização, ou seja, já estabelece um único modo d) Quanto ao regramento:
de agir pelo administrador diante do caso concreto. Com
efeito, a lei regulou o ato de tal forma que não há espaços - Vinculado: Quando não há, para o agente, liberdade de
para juízos de conveniência e oportunidade. escolham devendo este se sujeitar às determinações
da lei. Exemplos: licença, pedido de aposentadoria.
b) Discricionário
- Discricionário: Quando há liberdade de escolha (na lei)
A Administração concede ao administrador a liberdade para o agente, no que diz respeito ao mérito
de escolha de conveniência, oportunidade e conteúdo, (conveniência e oportunidade). Exemplo: autorização.
possibilitando um juízo de valor que deve ser exercido
dentro dos limites da lei e de forma que melhor atenda ao e) Quanto à forma:
interesse público. Ex: permissão de uso de bem público
(colocar mesas na calçada); exoneração de ocupantes de - Simples: Produzido por um único órgão e decorrente
cargo comissionado. de uma única manifestação de vontade. Podem ser
simples singulares ou simples colegiais. Exemplo:
O poder discricionário é exercido sempre que a despacho; exoneração de servidor ocupante de cargo
atividade administrativa resultar da opção, permitida pela em comissão; ato que altera o horário de atendimento
lei, realizada pelo administrador; a discricionariedade não da repartição pública, emitido por uma única pessoa;
é absoluta, pois estará sempre vinculada ao fim que se direção das Agências Reguladoras.
destina.
- Composto: Produzido por um órgão, mas dependente
da ratificação de outro órgão para se tornar exequível.
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Exemplo: dispensa de licitação; autorização; visto;
homologação. O ato revogado conserva os efeitos produzidos durante
o tempo em que se operou. A partir da data da revogação
- Complexo: Resultam da soma de vontade de 2 ou mais é que cessa a produção de efeitos do ato até então perfeito
órgãos. Não deve ser confundido com procedimento e legal. A revogação não pode atingir os direitos
administrativo. Exemplo: escolha em lista tríplice; a adquiridos, em razão de sua proteção constitucional.
nomeação de Ministro do STF, feita pelo Presidente da
República, após aprovação da maioria absoluta do Não admite revogação: atos consumados; atos
Senado. vinculados; atos que geraram direitos adquiridos; meros
“atos administrativos” (que simplesmente declararam
f) Quanto à apresentação situação existente, como certidões e atestados).

- Ato válido: É aquele que está em total conformidade - Fundamento: Conveniência e oportunidade, o ato é
com o ordenamento jurídico. lícito.

- Ato nulo: Nasce com vício insanável. - Legitimidade: Somente a Administração Pública.

- Ato inexistente: Possui apenas aparência de - Efeitos: “Ex nunc”, a revogação é válida daquele
manifestação de vontade da Administração Pública, momento em diante; os efeitos anteriores serão
mas na verdade não se origina de um agente público, mantidos e se pode invocar direito adquirido.
mas por alguém que se passa por tal condição.
- Prazo: Não há prazo, as razões podem ser alteradas a
- Ato anulável: Contém vício sanável, podendo ser qualquer momento.
objeto de convalidação.
Observações:
- Ato perfeito: Seu processo de formação está concluído.
A auto tutela, princípio não expresso do Direito
- Ato eficaz: Já está disponível para a produção de seus Administrativo, vem do fato da Administração poder anular
efeitos próprios. A produção de efeitos não depende de seus atos por razões de ilegalidade.
evento posterior.
Para o Poder Judiciário anular um ato ele deve ser
- Ato pendente: É um ato perfeito, mas ineficaz, ou seja, provocado por terceiros.
está concluído (perfeito), mas ainda não pode produzir
efeitos (ineficaz), porque depende de autorização, Estamos falando aqui de controle de legalidade.
aprovação etc.
Pergunta: Pode existir direito adquirido em relação à
- Ato exaurido (consumado): Já produziu todos os anulação de ato?
efeitos que poderia. Está finalizado.
Resposta: Não, pois se trata de efeito “ex tunc”,
5.8 Invalidação retroagindo até quando o ato foi editado. Como
eliminamos os efeitos do ato não se pode falar em direito
Dentre as várias formas de extinção dos atos adquirido.
administrativos duas se destacam especialmente:
A Súmula 473 súmula do STF contempla anulações e
a) Anulação: revogações:

Consiste na supressão do ato administrativo, com Súmula 473 STF


efeito retroativo (efeito ex tunc), por razões de legalidade
e legitimidade. Pode ser examinado tanto pelo Poder A administração pode anular seus próprios atos
Judiciário como pela Administração Pública. quando eivados de vícios que os tornam ilegais porque
deles não se originam direitos ou revogá-los por motivos
- Fundamento: Razões de ilegalidade, o ato é ilícito. de conveniência e oportunidade respeitados os direitos
adquiridos e ressalvada em todos os casos a apreciação
- Legitimidade: Administração Pública e Poder judicial.
Judiciário.
A Súmula inicialmente trata de anulação e na
- Efeitos: “Ex tunc”, a anulação retroage até a data de seqüência de revogação. O trecho final também é
publicação, os efeitos são anulados e não se pode importante, garantindo que se direitos adquiridos de
invocar direito adquirido. O efeito retroage para terceiros não forem respeitados o Judiciário poderá ser
eliminar todos os efeitos por ele gerados. acionado. O artigo 5° inciso XXXV da CF diz:

- Prazo: Estabelecido pela Lei 9784/99, é de 5 anos. É XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder
importante esse prazo para privilegiar o princípio da Judiciário lesão ou ameaça a direito;
segurança das relações jurídicas.
Convalidação: convalidar é tornar válido o que
b) Revogação: inicialmente não era. Um ato editado inicialmente viciado
que posteriormente tem seu vício sanado pode tornar-se
É a extinção de um ato administrativo legal e perfeito, válido.
por razões de conveniência e oportunidade, pela
Administração, no exercício do poder discricionário.
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Pergunta: É possível a convalidação de atos individual, quando for para especificar uma situação
administrativos? determinada, como ocorre com o decreto expropriatório.

Resposta: O artigo 55 da Lei 9784/99 admite a - INSTRUÇÃO NORMATIVA: são atos administrativos
convalidação dizendo que será possível se e somente se expedidos pelos Ministros de Estado para a execução
o vício inicialmente apresentado pelo ato puder ser de leis, decretos e regulamentos, mas são também
corrigido. utilizados por outros órgãos superiores para o mesmo
fim.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a - REGIMENTOS: são atos administrativos normativos
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis de atuação interna. Destinam-se a reger o
poderão ser convalidados pela própria Administração. funcionamento de órgãos colegiados e de corporações
legislativas. Não obrigam os particulares em geral,
c) Convalidação: Ocorre nos casos em que o ato atingindo unicamente as pessoas vinculadas à
apresenta-se viciado na sua origem, entretanto, o vício atividade regimental.
apresentado consiste em vício sanável, podendo ser
validado pela Administração Pública. - RESOLUÇÕES: são atos administrativos normativos
expedidos pelas altas autoridades do Executivo (mas
Quanto aos requisitos de validade dos atos não pelo Chefe do Poder Executivo, que expede
administrativos, a convalidação é possível quando o vício decretos) ou pelos presidentes de tribunais, órgãos
for de: legislativos e colegiados administrativos, para
disciplinar matéria de sua competência específica.
- Competência: basta modificar quem editou o ato;
- Forma: o ato permanece o mesmo, bastando modificar Não se deve confundir a resolução editada em sede
sua forma; administrativa com a resolução prevista no art. 59, VII da
CF. Esta equivale, sob o aspecto formal, à lei, pois é
Os vícios nos requisitos de finalidade e objetivo não compreendida no processo de elaboração das leis,
podem ser convalidados pois modificariam a estrutura do previsto no Texto Constitucional.
ato:
B) ATOS ORDINATÓRIOS: são atos que visam a
- Vício de finalidade: não se pode falar em convalidação, disciplinar o funcionamento da Administração e a
já que a finalidade não seria pública; conduta funcional de seus agentes. São provimentos,
- Vício no objeto: se o objeto for alterado, o ato não é determinações ou esclarecimentos que se endereçam
mais o mesmo e a convalidação não pode ocorrer. aos servidores públicos, a fim de orientá-los no
desempenho de suas funções.
d) Cassação: É a extinção do ato quando o seu
beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria Tais atos só atuam no âmbito interno das repartições e
permanecer atendendo. só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os
expediu. Não obrigam os particulares, nem os funcionários
e) Caducidade: Ocorre quando uma nova legislação submetidos a outras chefias. Não criam, normalmente,
impede a permanência da situação anteriormente direitos ou obrigações para os administrados, mas geram
consentida pelo poder público. Exemplo: Permissão deveres e prerrogativas para os agentes administrativos a
consentida, mas que a lei impede o uso pelo particular. que se dirigem. Assim, não podem disciplinar o
comportamento de particulares por constituírem
f) Contraposição: Um ato, emitido com fundamento em determinações internas. Exemplos: instruções e portarias.
uma determinada competência, extingue outro ato,
anterior, editado com base em competência diversa, - INSTRUÇÕES: são ordens escritas e gerais a respeito
ocorrendo a extinção porque os efeitos daqueles são do modo e da forma de execução de determinado
opostos aos deste. Exemplo: exoneração, que tem serviço público, expedidas pelo superior hierárquico,
efeitos contrapostos à nomeação. com a finalidade de orientar os subalternos no
desempenho das atribuições que lhes estão
5.9 Espécies de Atos destinadas e assegurar a unidade de ação no
organismo administrativo. As instruções não são
A) ATOS NORMATIVOS: são aqueles que contêm um utilizadas somente no âmbito interno; por vezes, são
comando geral, visando à correta aplicação da lei. O utilizadas para decisões de repercussão externa,
objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal sobretudo nos órgãos que tratam de assuntos
a ser observada pela administração. Exemplos: financeiros e econômicos. Às circulares se aplica a
Decretos, deliberações. mesma regra.

- DECRETOS: são atos administrativos, da competência - CIRCULARES: são ordens escritas, de caráter
exclusiva dos Chefes do Executivo, destinados a uniforme, expedidas a determinados funcionários ou
prover situações gerais ou individuais, abstratamente agentes administrativos, incumbidos de certo serviço
previstas de modo expresso, explícito ou implícito, pela ou do desempenho de certas atribuições, em
legislação. circunstâncias especiais.

- PORTARIAS: são atos internos pelos quais os chefes


de órgãos, repartições ou serviços expedem
O decreto pode se enquadrar na categoria dos atos determinações gerais ou especiais a seus
normativos (gerais), mas também pode ter caráter subordinados, ou designam servidores para funções e
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cargos secundários. Também dão início a sindicâncias prévio da Administração, como, por exemplo, o
e a processos administrativos. exercício de uma profissão ou o direito de construir.

- AVISOS: são atos emanados dos Ministros de Estado A licença resulta de um direito subjetivo do
a respeito de assuntos referentes aos respectivos administrado, razão pela qual a Administração não pode
ministérios. negá-la quando o requerente satisfaz a todos os requisitos
legais para sua obtenção.
- ORDENS DE SERVIÇO: são determinações especiais
dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços O direito do requerente é anterior à licença, mas o
públicos autorizando seu início, ou contendo desempenho da atividade somente se legitima se o Poder
imposições de caráter administrativo ou especificações Público exprimir o seu consentimento favorável ao
técnicas sobre o modo de sua realização. administrado. Por essa razão, o ato é de natureza
declaratória.
- OFÍCIOS: são comunicações escritas que as
autoridades fazem entre si, entre subalternos e Quanto à licença para construir, doutrina e
superiores e entre a Administração e particulares, em jurisprudência a têm considerado como mera faculdade de
caráter oficial. agir e, por conseguinte, suscetível de revogação enquanto
não iniciada a obra licenciada, ressalvando-se ao
- DESPACHOS: são decisões que as autoridades prejudicado o direito à indenização pelos prejuízos
executivas (ou legislativas e judiciárias, em função causado.
administrativa) proferem em papéis, requerimentos e
processos sujeitos à sua apreciação. Despacho - AUTORIZAÇÃO: é o ato administrativo discricionário e
normativo é aquele que, embora proferido em caso precário pelo qual o Poder Público torna possível ao
individual, a autoridade competente determina que se pretendente a realização de certa atividade ou
aplique aos casos idênticos, passando a vigorar como utilização de determinados bens particulares ou
norma interna da Administração para situações públicos.
análogas subsequentes.
Na autorização, assim como ocorre com a licença, o
C) ATOS NEGOCIAIS: são atos praticados contendo uma particular necessita do consentimento estatal para que
declaração de vontade do Poder Público, coincidente possa realizar a atividade pretendida, na medida em que
com a pretensão particular. Tais atos, embora estará praticando conduta ilícita se não possuir anuência
unilaterais, encerram um conteúdo tipicamente prévia da Administração.
negocial, de interesse recíproco da Administração e do
administrado, mas não adentram na esfera contratual. São exemplos: o uso especial de bem público, como
São e continuam sendo atos administrativos (e não ruas e praças, autorização para estacionamento de
contratos administrativos), mas de uma categoria veículos particulares em terreno público, autorização para
diferenciada dos demais, porque geram direitos e porte de armas.
obrigações para as partes e as sujeitam aos
pressupostos conceituais do ato, a que o particular se A autorização é ato constitutivo, uma vez que estará
subordina incondicionalmente. estabelecendo uma nova situação jurídica, sendo a
licença ato declaratório, na media em que o Estado
Tais atos podem ser: apenas reconhece um direito do particular de realizar a
atividade.
1) VINCULADOS: quando a lei estabelecer os requisitos
para sua formação e se o interessado preencher as - PERMISSÃO: é o ato administrativo discricionário e
condições fixadas na lei, surgirá o direito à pretensão precário, pelo qual o Poder Público faculta ao particular
solicitada. o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou
remunerado, visando ao interesse da coletividade ou à
2) DISCRICIONÁRIOS: quando sua expedição ficar a prestação de serviços públicos.
critério da autoridade competente;
A permissão e a autorização também podem se
3) DEFINITIVOS: quando embasar-se num direito confundir, uma vez que os dois atos podem ter por objeto
individual do requerente e não couber a revogação com a utilização de bens públicos. Na autorização, a utilização
base em critérios de conveniência e oportunidade por do bem público ocorre para o interesse privado
parte da Administração. (predominante) do particular, como, por exemplo, a
autorização para colocação de mesas de bar na calçada.
4) PRECÁRIOS: quando couber revogação por parte da Por outro lado, na permissão, faculta-se a utilização
Administração. privativa de bem público com finalidade de interesse
público, a exemplo do que se dá com a utilização de praça
Os atos negociais são específicos, só ocasionando para feira ou festa de uma igreja que visa à arrecadação
efeitos jurídicos entre as partes, Administração e de alimentos e verbas para pessoas necessitadas.
Administrado, impondo a ambos a observância das
condições de execução, sob pena de cassação do ato. - APROVAÇÃO: é o ato administrativo pelo qual o Poder
Público verifica a legalidade e o mérito de outro ato ou
- LICENÇA: é o ato administrativo vinculado e definitivo, de situações e realizações materiais de seus próprios
por meio do qual o Poder Público, verificando que o órgãos, de outras entidades ou de particulares,
interessado atendeu a todas as exigências legais, dependentes de seu controle, e consente na sua
possibilita o desempenho de determinada atividade, execução ou manutenção. Pode ser prévia ou
que não poderia ser realizada sem consentimento subsequente, discricionária consoante os termos em
que é instituída, pois, em certos casos, limita-se à
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confrontação de requisitos específicos na norma legal conhecimento por seus órgãos competentes. Difere da
e, noutros, estende-se à apreciação de oportunidade e certidão porque o atestado comprova um fato ou uma
conveniência. situação existente, mas não constante de livros, papéis
ou documentos em poder da Administração.
- ADMISSÃO: é ato administrativo vinculado, por meio
do qual o Poder Público, verificando a satisfação de - PARECERES: são manifestações de órgãos técnicos
todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe sobre assuntos submetidos à sua consideração. Tem
determinada situação jurídica de seu exclusivo ou caráter meramente opinativo, salvo quando tiver
predominante interesse, como ocorre no ingresso aos caráter vinculante.
estabelecimentos de ensino mediante concurso de
habilitação. - APOSTILAS: são atos enunciativos ou declaratórios de
- VISTO: é ato administrativo pelo qual o Poder Público uma situação anterior criada por lei. Equivale à
controla outro ato da própria administração ou do averbação.
administrado, aferindo sua legitimidade formal, para E) ATOS PUNITIVOS: constituem uma sanção imposta
dar-lhe exequibilidade. Incide sempre sobre um ato pela administração em relação àquele que infringe as
anterior e não alcança seu conteúdo. É ato vinculado. disposições legais, sejam servidores ou particulares.
Visam a punir e reprimir as infrações administrativas ou
- HOMOLOGAÇÃO: é ato administrativo de controle, a conduta irregular de seus servidores ou dos
pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e particulares, perante a administração. Ex: multa,
a conveniência, ou somente aspectos de legalidade de interdição, demolição e etc.
ato anterior da própria Administração, de outra
entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia. Não QUESTÕES
admite alteração no ato controlado pela autoridade
homologante, que apenas pode confirmá-lo ou rejeitá- 01. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT
lo, para que a irregularidade seja corrigida por quem a 21ª Região/2008) - Na matéria sobre os elementos
praticou. do ato administrativo, pode-se dizer que
(A) as competências são derrogáveis e não podem ser
- DISPENSA: é o ato administrativo que exime o objeto de avocação.
particular do cumprimento de determinada obrigação (B) basta apenas sua capacidade, seja o sujeito agente
até então exigida por lei, como, por exemplo, a político ou pessoa pública.
dispensa do serviço militar. É ato discricionário. (C)) a competência decorre sempre da lei, mas no âmbito
federal pode ser definida por decreto.
- RENÚNCIA: é ato pelo qual o Poder Público extingue (D) o objeto será sempre lícito e moral, mas cabível ou
unilateralmente um crédito ou um direito próprio, não, certo ou incerto.
liberando, definitivamente, a pessoa obrigada perante (E) a finalidade é o efeito jurídico imediato que o ato
a Administração. A renúncia não admite condição e é produz, o objeto é o efeito mediato.
irreversível, uma vez consumada. Tratando-se de
renúncia por parte da Administração, há dependência, 02. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT
sempre, de lei autorizadora. 21ª Região/2008) - Considere os seguintes atos
administrativos:
- PROTOCOLO ADMINISTRATIVO: é o ato pelo qual o I. O Secretário de Estado aprova o procedimento
Poder Público acerta com o particular a realização de licitatório.
determinado empreendimento ou atividade ou a II. O Senado Federal decide a respeito da destituição do
abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Procurador Geral da República.
Administração e do administrado signatário do III. A Administração Municipal faculta a proprietário de
instrumento protocolar. Esse ato é vinculante para terreno a construção de edifício.
todos que o subscrevem, pois gera alterações e
direitos entre as partes. Esses atos referem-se, respectivamente, à
(A) aprovação, homologação e concessão.
D) ATOS ENUNCIATIVOS: são todos aqueles em que a (B)) homologação, aprovação e licença.
Administração se limita a certificar ou a atestar fato, ou (C) admissão, dispensa e permissão.
emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se (D) dispensa, homologação e autorização.
vincular ao seu enunciado. (E) licença, dispensa e aprovação.

Também chamados atos de pronúncia, certificam ou 03. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT
atestam uma situação existente, não contendo 21ª Região/2008) - No que tange à anulação e à
manifestação de vontade da Administração Pública. revogação dos atos administrativos, considere o
que segue:
- CERTIDÕES: são cópias ou fotocópias fiéis e I. A incompetência relativa do agente ou a incapacidade
autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, relativa do contratante são causas de anulação.
livro ou documento que se encontre em repartições II. O recurso ex officio interposto pela autoridade que
públicas. Podem ser de inteiro teor, ou resumidas, houver praticado o ato pode resultar na revogação.
desde que expressem fielmente o que se contém no III. Os vícios resultantes de erro, dolo, simulação ou
original de onde foram extraídas. Em tais atos o Poder fraude são causas de revogação.
Público não manifesta sua vontade, limitando-se a IV. O pedido de reconsideração feito pela parte pode
trasladar para o documento a ser fornecido ao resultar na revogação.
interessado o que consta de seus arquivos. V. O recurso voluntário, interposto pela parte a quem
tiver prejudicado o ato, e a avocação, são causas de
- ATESTADOS: são atos pelos quais a Administração anulação.
comprova um fato ou uma situação de que tenha
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(B)) é possível, independentemente de quem a provoque
Está correto APENAS o que se afirma em ou da concordância da Administração.
(A)) I, II e IV. (C) não é possível.
(B) I, II e V. (D) apenas é possível por provocação da Administração.
(C) I, III e V. (E) apenas é possível por provocação do destinatário do
(D) II, III e IV. ato.
(E) III, IV e V.
09. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT
04. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT 20ª Região/2007) - A motivação dos atos
24ª Região/2008) - O motivo, um dos requisitos do administrativos é apontada pela doutrina como
ato administrativo, pode ser conceituado como o elemento fundamental para o controle de sua
(A) fim público último ao qual se subordina o ato da legalidade. A Constituição Federal, por sua vez,
Administração, que é nulo na sua ausência. previu expressamente a motivação
(B) objeto do ato, que deve coincidir sempre com a (A)) como necessária em todas as decisões
vontade da lei. administrativas dos Tribunais.
(C) conteúdo intransferível e improrrogável que torna (B) como necessária em todas as decisões políticas do
possível a ação do Administrador. Congresso Nacional.
(D)) pressuposto de fato e de direito em virtude do qual a (C) entre os princípios arrolados para toda a
Administração age. Administração Pública.
(E) revestimento imprescindível ao ato, visto que deixa (D) entre os princípios arrolados para toda a
visível sua finalidade para ser aferida pelos Administração Pública Direta, não se referindo à
administrados. Indireta.
(E) entre os princípios arrolados para toda a
05. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT Administração Pública Indireta, não se referindo à
24ª Região/2009) - O Prefeito Totonho Filho, Direta.
cumprindo todas as formalidades, desapropriou
um imóvel para construir uma escola no local. 10. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT
Esse ato administrativo pode ser classificado 20ª Região/2007) - A imposição, de modo
como ato unilateral pela Administração, de um ato
(A) de expediente. administrativo a terceiros, independentemente da
(B) vinculado. concordância destes, em tese
(C) de gestão. (A) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
(D) complexo. correspondendo ao atributo dos atos administrativos
(E)) de império. que a doutrina usa chamar auto-executoriedade.
(B) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
06. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT correspondendo ao atributo dos atos administrativos
24ª Região/2009) - Uma resolução é um ato que a doutrina usa chamar auto-tutela.
administrativo que pode ser classificado como (C) não é compatível com o Direito Administrativo
(A) permissivo, podendo ser interno ou externo, quanto brasileiro, configurando exercício arbitrário das
aos efeitos. próprias razões.
(B) ordinatório e seus efeitos são internos à (D) não é compatível com o Direito Administrativo
Administração. brasileiro, configurando abuso de autoridade.
(C)) normativo, podendo ser interno ou externo, quanto (E)) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
aos efeitos. correspondendo ao atributo dos atos administrativos
(D) enunciativo, podendo ser vinculado ou não, conforme que a doutrina usa chamar imperatividade.
a extensão de sua eficácia.
(E) punitivo e seus efeitos podem ser a interdição de 11. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE
atividade ou a imposição de multa. PI/2007) - É INCORRETO afirmar que a anulação do
ato administrativo
07. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRF 1ª
Região) - No que tange a invalidação do ato (A) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos.
administrativo é certo que (B)) está relacionada a critérios de conveniência e
(A)) à Administração cabe revogar ou anular o ato, e ao oportunidade.
Judiciário somente anulá-lo. (C) é de competência tanto do Judiciário como da
(B) ao Judiciário cabe revogar ou anular o ato, e à Administração Pública.
Administração somente anulá-lo. (D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou
(C) cabe tanto à Administração como ao Judiciário terceiros, se ambos de boa-fé.
revogar ou anular o ato. (E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de
(D) à Administração cabe somente a revogação do ato, natureza abstrata ou concreta.
enquanto que ao Judiciário apenas sua anulação.
(E) ao Judiciário cabe somente a revogação do ato, 12. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE
enquanto à Administração apenas sua anulação. PI/2005) - A circunstância de fato ou de direito que
autoriza ou impõe ao agente público a prática do
08. (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRT ato administrativo se refere ao
20ª Região/2007) - No Direito brasileiro, a (A) conceito do objeto.
anulação, pelo Poder Judiciário, de um ato (B) tipo da forma.
administrativo discricionário praticado pelo Poder (C) elemento da finalidade.
Executivo, (D)) requisito do motivo.
(A) apenas é possível com a concordância da (E) atributo do sujeito.
Administração.
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13. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – 17. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
TRT/19ª Região) - A anulação de um ato TRF 4ª região/2007) - É INCORRETO afirmar que o
administrativo diferencia-se de sua revogação conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, para fins
porque: de invalidação do ato administrativo,
(A) conduz à perda da eficácia do ato anulado desde o (A) compreende à relegação dos princípios gerais de
momento da anulação, ao passo que o ato revogado direito.
perde seus efeitos desde a origem. (B) abrange o abuso por excesso de poder.
(B) diz respeito apenas a atos vinculados, ao passo que a (C) se estende ao abuso por desvio de poder.
revogação diz respeito apenas a atos discricionários. (D) se restringe somente à violação frontal da lei.
(C) é providência que pode ser tomada facultativamente (E) envolve o abuso de poder e respectivas espécies.
pela Administração, enquanto a revogação é
obrigatória. 18. (Analista Judiciário – Execução de Mandados -
(D)) diz respeito a razões de legalidade do ato TRF 5ª Região/2009) - NÃO é conseqüência do
administrativo, ao passo que a revogação é efetuada poder hierárquico de uma autoridade
por motivos de conveniência e oportunidade. administrativa federal, o poder de
(E) pode ser efetuada a qualquer tempo, ao contrário da (A) dar ordens aos seus subordinados.
revogação, que somente pode ser realizada no prazo (B) rever atos praticados por seus subordinados.
prescricional de 5 (cinco) anos a contar da edição do (C) resolver conflitos de competências entre seus
ato. subordinados.
(D) delegar competência para seus subordinados
14. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – editarem atos de caráter normativo.
TRF 1ª Região/2011) - A qualidade do ato (E) aplicar penalidades aos seus subordinados,
administrativo que impele o destinatário à observadas as garantias processuais.
obediência das obrigações por ele impostas, sem
necessidade de qualquer apoio judicial, refere-se 19. (Analista Judiciário – Execução de Mandados -
ao atributo da TRF 5ª Região/2009) - Se um agente público
(A) tipicidade. praticar um ato visando a fim diverso daquele
(B) auto-executoriedade. previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
(C) imperatividade. competência, tal ato estará maculado pelo vício de
(D) exigibilidade. (A) incompetência do agente.
(E) razoabilidade. (B) forma.
(C) ilegalidade do objeto.
15. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – (D) inexistência de motivos.
TRF 4ª região/2008) - Considere as proposições (E)) desvio de finalidade.
que se seguem:
I. O Poder Judiciário ao escolher um advogado ou 20. (Analista Judiciário – Execução de Mandados -
membro de Ministério Público para compor o quinto TRF 5ª Região/2009) - Segundo ensinamento
constitucional pratica um simples ato administrativo. doutrinário, no Brasil, a revogação, pelo Poder
II. O Poder Legislativo ao elaborar o regimento interno Judiciário, de um ato administrativo discricionário
disciplinando o funcionamento do Plenário pratica um praticado por autoridade do Poder Executivo
ato interna corporis. (A) é amplamente possível.
III. O Poder Executivo ao vetar um projeto de lei pratica (B) é possível desde que o Judiciário venha a se
um ato político. manifestar por provocação da própria administração.
(C) é possível desde que se trate de ato motivado.
Conclui-se que APENAS (D)) não é possível.
(A) II e III são corretas. (E) é possível desde que não se trate de ato praticado no
(B) I e II são corretas. exercício de competência exclusiva.
(C) III é correta.
(D) II é correta. 21. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
(E) I é correta. TRT 21ª Região/2009) - Para definir o ato
administrativo é necessário considerar, dentre
16. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – outros dados, que
TRF 4ª região/2008) - No que tange ao ato (A) é sempre passível de controle privado.
discricionário, pode-se afirmar que (B) é manifestação exclusiva do Poder Executivo.
(A) discricionários são os meios e modos de administrar, (C) produz efeitos administrativos mediatos,
assim como os fins a atingir. assemelhando-se à lei.
(B) a discricionariedade é sempre relativa ou parcial, (D)) produz efeitos jurídicos imediatos.
porque quanto à finalidade do ato, por exemplo, a (E) sujeita-se de regra, ao regime jurídico civil.
autoridade está subordinada ao que a lei dispõe.
(C) o ato resultante de poder discricionário da 22. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
Administração pode prescindir dos requisitos da forma TRT 21ª Região/2009) - Um dos efeitos decorrente
e da competência. da presunção de veracidade do ato administrativo
(D) ele é prescindível ao normal desempenho das funções é o de que
administrativas, diante da peculiaridade inerente à sua (A) haverá imposição a terceiros em determinados atos,
essência. independentemente de sua concordância ou
(E) as imposições legais absorvem, quase que por aquiescência.
completo, a liberdade do administrador, porque a ação (B) não há a inversão absoluta ou relativa do ônus da
deste está adstrita à norma legal. prova, cabendo à Administração Pública demonstrar
sua legitimidade.
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(C) o Judiciário poderá apreciar ex officio a validade do 26. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
ato, tendo em vista o interesse público relevante. TRT 24ª Região/2010) - Um dos atributos do ato
(D)) ele (ato) produzirá efeitos da mesma forma que o ato administrativo é a
válido, enquanto não decretada sua invalidade pela (A) exigibilidade, segundo a qual a Administração executa
própria Administração ou pelo Judiciário. unilateralmente suas determinações, que são válidas,
(E) o destinatário será impelido à obediência das desde que dentro da legalidade.
obrigações por ele (ato) impostas, sem necessidade (B) imperatividade, segundo a qual a Administração faz
de qualquer outro apoio. cumprir suas determinações, até com o uso da força,
se necessário.
23. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – (C)) presunção de legitimidade, segundo a qual, até que se
TRT 21ª Região/2009) - Considere as espécies de faça prova em contrário, é legítimo, conforme à lei, o
ato administrativo: ato da Administração.
I. O Prefeito Municipal confere licença ou autorização (D) auto-executoriedade, segundo a qual a Administração
para construção de um prédio comercial. impõe suas determinações, com imediatidade.
II. O Secretário de Segurança Pública edita ato proibindo (E) presunção de veracidade, segundo a qual o fato
a venda de bebida alcoólica durante as eleições para alegado pela Administração é considerado
mandatos políticos. absolutamente verdadeiro.
III. O presidente do Banco Central expede orientação
sobre o programa de desenvolvimento de áreas 27. (Analista Judiciário –Execuçao de Mandados –
integradas do Nordeste. TRT 24ª Região/2010) - A assessoria jurídica,
chamada a opinar, informou ao Prefeito Totonho
Esses atos referem-se, respectivamente, Filho que ele poderia praticar certo ato com
(A) ao alvará, à resolução e à circular. integral liberdade de atuação, conforme a
(B) à resolução, à circular e à instrução. conveniência e oportunidade, devendo apenas
(C) ao alvará, à instrução e ao aviso. observar os limites traçados pela legalidade.
(D) à ordem de serviço, à portaria e à resolução. Dentre as alternativas possíveis, o Prefeito
(E) ao alvará, ao aviso e à portaria. escolheu a solução que mais lhe agradou e
praticou o ato. Pelas indicações dadas, sabe-se,
24. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – com certeza, que se tratava de um ato
TRT 21ª Região/2009) - Em relação ao ato (A) de império.
administrativo, (B)) discricionário.
I. sua revogação funda-se na ilegalidade do ato e pode (C) enunciativo.
ser total ou parcial. (D) de mero expediente.
II. a anulação funda-se em razões de oportunidade e (E) homologatório.
conveniência e decorre do processo judicial.
III. sua revogação é ato da própria Administração. 28. (Analista Judiciário – Execução de Mandados –
IV. a anulação pode ser ato da própria Administração ou TRT 5ª Região/2010) - Ao analisar a validade de
deriva de decisão judicial. um ato administrativo discricionário, um juiz
V. a revogação gera efeito ex nunc, enquanto que percebe que seus requisitos legais estão
anulação produz efeito ex tunc. presentes. Contudo, verifica que a medida tomada
pelo Administrador viola o princípio da
Está correto APENAS o que se afirma em proporcionalidade e que o mesmo efeito poderá
(A) I, II e III. ser obtido mediante medida menos gravosa para
(B) I, IV e V. o particular. Nessa hipótese, o juiz
(C) II, III e IV. (A) não poderá anular, mas poderá revogar o ato
(D) II, III e V. administrativo, por ser discricionário.
(E)) III, IV e V. (B) poderá anular o ato administrativo, em razão de vício
de forma.
25. (Analista Judiciário – Execução de Mandados – (C) poderá revogar o ato administrativo, por discordar dos
TRT 24ª Região/2009) - Considere as afirmativas motivos de conveniência e oportunidade invocados
abaixo: pelo Administrador.
I. Quando dizemos que a Administração, tomando (D)) poderá anular o ato administrativo, ou as medidas
conhecimento de ilícito administrativo, está obrigada a excessivas desproporcionais.
apurá-lo, sob pena de condescendência criminosa, (E) não poderá anular nem revogar o ato administrativo,
estamos nos referindo à atuação vinculada. pois não cabe ao Judiciário analisar ato discricionário.
II. Só pode praticar um ato aquele a quem a lei atribuiu
competência para essa prática. 29. (Analista Judiciário– Área Judiciária – TRE
III. O Prefeito pode sancionar ou vetar o projeto de lei Acre/2010) - Quanto aos elementos do ato
aprovado pela Câmara Municipal, se o fizer dentro do administrativo, pode-se afirmar que
prazo legal para tanto. (A) "sujeito é aquele a quem o ato se destina ou sobre
quem ele versa".
A vinculação está presente APENAS em (B)) "motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve
(A) I. de fundamento ao ato".
(B) II. (C) "objeto é a finalidade a ser alcançada pelo ato".
(C) III. (D) "fim é o efeito jurídico imediato que o ato produz".
(D)) I e II. (E) "competência é o modo pelo qual o ato se exterioriza
(E) I e III. ou deve ser feito".
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30. (Analista Judiciário-Área Judiciária –TRE III. O presidente do Banco Central expede orientação
BA/2010) - A competência para a revogação do ato sobre o programa de desenvolvimento de áreas
administrativo é integradas do Nordeste.
(A) de seu autor e do Poder Judiciário, ante a
inafastabilidade da jurisdição. Esses atos referem-se, respectivamente,
(B) do superior hierárquico e do Poder Judiciário, ante a (A) ao alvará, à resolução e à circular.
inafastabilidade da jurisdição. (B) à resolução, à circular e à instrução.
(C) do superior hierárquico, somente mediante recurso, (C) ao alvará, à instrução e ao aviso.
pois lhe é vedado agir de ofício. (D) à ordem de serviço, à portaria e à resolução.
(D)) de seu autor ou de quem tenha poderes para conhecer (E) ao alvará, ao aviso e à portaria.
de ofício ou por recurso.
(E) de seu autor, apenas na hipótese de ato vinculado, 35. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª
desde que agindo de ofício. Região/2006) - Em relação ao ato administrativo,
11/09/03 - 13:14 I. sua revogação funda-se na ilegalidade do ato e pode
31. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE ser total ou parcial.
BA/2010) - Da apreciação da conveniência e II. a anulação funda-se em razões de oportunidade e
oportunidade do ato administrativo pode resultar conveniência e decorre do processo judicial.
a III. sua revogação é ato da própria Administração.
(A) revogação. IV. a anulação pode ser ato da própria Administração ou
(B) nulidade. deriva de decisão judicial.
(C) anulação. V. a revogação gera efeito ex nunc, enquanto que
(D) invalidação. anulação produz efeito ex tunc.
(E) repristinação.
Está correto APENAS o que se afirma em
32. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª (A) I, II e III.
Região/2010) - No que diz respeito à (B) I, IV e V.
discricionariedade, é INCORRETO afirmar que (C) II, III e IV.
(A) não há um ato inteiramente discricionário, dado que (D) II, III e V.
todo ato administrativo está vinculado à lei, pelo (E) III, IV e V.
menos no que respeite ao fim e à competência.
(B) está presente o juízo subjetivo do administrador 36. (Analista Jud.-Área Judiciária-TRT 21ª
quando da escolha da conveniência e da Região/2006) - No que tange à vinculação, é
oportunidade. correto afirmar que
(C) a oportunidade e a conveniência do ato administrativo (A) o ato vinculado, por ser decorrente do poder, não está
compõem o binômio denominado pela doutrina de sujeito a qualquer controle.
mérito. (B) a Administração pode negar o benefício, ainda que
(D) mérito é a indagação da oportunidade e da implementada a condição legal.
conveniência do ato administrativo, representando a (C) o particular, preenchidos os requisitos, tem o direito
sede de poder discricionário. subjetivo de exigir a edição do ato.
(E)) o Poder Judiciário pode examinar o ato discricionário, (D) é prerrogativa do Poder Executivo e seus órgãos, não
inclusive apreciando os aspectos de conveniência e tendo aplicabilidade aos demais poderes.
oportunidade. (E) ela se confunde com a discricionariedade do ato
administrativo, sendo irrelevante a distinção.
33. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª 01/09/03 - 13:25
Região/2010) - Um dos efeitos decorrente da 37. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª
presunção de veracidade do ato administrativo é o Região/2006) - "X", Secretário Municipal de
de que Habitação, adotou as providências necessárias
(A) haverá imposição a terceiros em determinados atos, para a venda de lotes no Município, adquirindo um
independentemente de sua concordância ou deles, contíguo ao seu, na mesma oportunidade,
aquiescência. beneficiando-se da valorização decorrente da
(B) não há a inversão absoluta ou relativa do ônus da agregação de área. O ato foi justificado com a
prova, cabendo à Administração Pública demonstrar singela menção de um dispositivo legal e a
sua legitimidade. expressão "notória urgência".
(C) o Judiciário poderá apreciar ex officio a validade do Nesse caso,
ato, tendo em vista o interesse público relevante. (A) o interesse público sobrepõe-se ao particular em
(D)) ele (ato) produzirá efeitos da mesma forma que o ato razão da valorização da área e a motivação é
válido, enquanto não decretada sua invalidade pela suficiente.
própria Administração ou pelo Judiciário. (B)) o interesse particular sobrepõe-se ao interesse
(E) o destinatário será impelido à obediência das público e apresenta falta de motivação, ocorrendo
obrigações por ele (ato) impostas, sem necessidade desvio de finalidade.
de qualquer outro apoio. (C) o Secretário Municipal não agiu com desvio de
34. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 21ª finalidade ou de poder, porque era competente para a
Região/2010) - Considere as espécies de ato prática do ato.
administrativo: (D) o interesse particular confunde-se com o interesse
I. O Prefeito Municipal confere licença ou autorização público em razão da "notória urgência" para o
para construção de um prédio comercial. interesse municipal.
II. O Secretário de Segurança Pública edita ato proibindo (E) o ato é legal porque o Secretário era competente,
a venda de bebida alcoólica durante as eleições para estava presente a adequação do ato ao seu fim legal
mandatos políticos. e o objeto era possível.
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38. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 24ª
Região/2006) - Considere as afirmativas abaixo. 43. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 19ª
I. Quando dizemos que a Administração, tomando Região/2006) - Pela teoria dos motivos
conhecimento de ilícito administrativo, está obrigada a determinantes,
apurá-lo, sob pena de condescendência criminosa, (A) os motivos alegados pela Administração integram a
estamos nos referindo à atuação vinculada. validade do ato e vinculam o agente.
II. Só pode praticar um ato aquele a quem a lei atribuiu (B) todo ato administrativo deve conter motivação.
competência para essa prática. (C) todo ato administrativo deve conter motivo.
III. O Prefeito pode sancionar ou vetar o projeto de lei (D) os objetivos perseguidos pelo ato não precisam
aprovado pela Câmara Municipal, se o fizer dentro do decorrer dos motivos alegados.
prazo legal para tanto. (E) os motivos alegados pela Administração não podem
ser apreciados pelo Poder Judiciário.
A vinculação está presente APENAS em
(A) I. 44. (Analista Judiciário – Área judiciária –TRT 20ª
(B) II. Região/2002) - A imposição, de modo unilateral
(C) III. pela Administração, de um ato administrativo a
(D)) I e II. terceiros, independentemente da concordância
(E) I e III. destes, em tese
(A) não é compatível com o Direito Administrativo
39. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE Ceará / brasileiro, configurando exercício arbitrário das
2005) - Caso se detecte, após dois anos de sua próprias razões.
edição, uma ilegalidade em um ato administrativo (B) não é compatível com o Direito Administrativo
discricionário, praticado privativamente pelo brasileiro, configurando abuso de autoridade.
Presidente da República, sua anulação pelo Poder (C)) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
Judiciário correspondendo ao atributo dos atos administrativos
(A) não é possível em face do tempo decorrido desde sua que a doutrina usa chamar imperatividade.
edição. (D) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
(B) não é possível, sendo sim caso de revogação. correspondendo ao atributo dos atos administrativos
(C)) é possível, em tese. que a doutrina usa chamar auto-executoriedade.
(D) não é possível por se tratar de ato privativo do (E) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
Presidente da República. correspondendo ao atributo dos atos administrativos
(E) não é possível por se tratar de ato discricionário. que a doutrina usa chamar auto-tutela.
40. (Analista Judiciário –Área Judiciária – TRF 5ª
Região/2006) - Se um agente público praticar um 45. (Analista Judiciário – Área judiciária –TRT 20ª
ato visando a fim diverso daquele previsto, Região/2002) - No Direito brasileiro, a anulação,
explícita ou implicitamente, na regra de pelo Poder Judiciário, de um ato administrativo
competência, tal ato estará maculado pelo vício de discricionário praticado pelo Poder Executivo,
(A) incompetência do agente. (A) não é possível.
(B) forma. (B) apenas é possível por provocação da Administração.
(C) ilegalidade do objeto. (C) apenas é possível por provocação do destinatário do
(D) inexistência de motivos. ato.
(E)) desvio de finalidade. (D) apenas é possível com a concordância da
Administração.
41. (Analista Judiciário –Área Judiciária – TRF 5ª (E)) é possível, independentemente de quem a provoque
Região/2006) - Segundo ensinamento doutrinário, ou da concordância da Administração.
no Brasil, a revogação, pelo Poder Judiciário, de
um ato administrativo discricionário praticado por 46. (Analista Judiciário – Área judiciária –TRT 20ª
autoridade do Poder Executivo Região/2005) - A doutrina aponta a licença como
(A) é amplamente possível. exemplo de ato administrativo vinculado. É
(B) é possível desde que o Judiciário venha a se coerente com essa posição afirmar que uma
manifestar por provocação da própria administração. licença
(C) é possível desde que se trate de ato motivado. (A)) envolve direito subjetivo do interessado ao exercício
(D)) não é possível. da atividade licenciada.
(E) é possível desde que não se trate de ato praticado no (B) não pode ter sua concessão sujeita ao controle
exercício de competência exclusiva. jurisdicional.
(C) não pode ser cassada pela Administração.
(D) pode ser revogada pelo Poder Judiciário.
42. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 19ª (E) pode ter sua concessão negada, a juízo da
Região/2006) - É matéria que se encontra excluída Administração, sob argumentos de conveniência e
da regra geral de auto-executoriedade dos atos oportunidade.
administrativos a
(A) aplicação de multas pelo descumprimento de posturas 47. (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 1ª
edilícias. Região/2011) - O ato administrativo, vinculado ou
(B) demissão de servidor público estável. discricionário, segundo o qual a Administração
(C) aplicação de sanções pela inexecução de contratos Pública outorga a alguém, que para isso se
administrativos. interesse, o direito de prestar um serviço público
(D) cobrança da dívida ativa da União, Estados ou ou usar, em caráter privativo, um bem público,
Municípios. caracteriza-se como
(E) tomada de medidas preventivas de polícia (A) licença.
administrativa. (B) autorização.
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(C) concessão. (E)) anulação pode ser feita pelo Judiciário, mediante
(D) permissão. provocação, e pela própria Administração
(E) homologação. independente de provocação.

48. (Analista Judiciário – Área Judiciária –TRE 53. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª
PI/2006) - É INCORRETO afirmar que a anulação Região/2008) - Quanto à discricionariedade e à
do ato administrativo vinculação é correto afirmar que
(A)) está relacionada a critérios de conveniência e (A) o ato administrativo é discricionário quando a lei não
oportunidade. deixa opções, estabelecendo que diante de
(B) produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos. determinados requisitos a Administração deve agir de
(C) é de competência tanto do Judiciário como da tal ou qual forma.
Administração Pública. (B) o particular tem, diante de um poder vinculado, direito
(D) é cabível em relação aos beneficiários do ato ou à edição do ato administrativo, sujeitando-se a
terceiros, se ambos de boa-fé. autoridade omissa à correção judicial.
(E) pressupõe que ele (ato) seja ilegal e eficaz, de (C) o ato é vinculado quando a lei deixa certa margem de
natureza abstrata ou concreta. liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal
modo que a autoridade poderá optar por uma dentre
49. (Analista Judiciário –Área Judiciária –TRE PI/2006) várias soluções possíveis.
- A circunstância de fato ou de direito que autoriza (D) a discricionariedade, implicando em liberdade de
ou impõe ao agente público a prática do ato atuação, mesmo nos limites traçados pela lei, revela
administrativo se refere ao sempre uma das formas de arbitrariedade.
(A) conceito do objeto. (E) os atos regrados diferenciam-se dos vinculados,
(B) tipo da forma. porque os primeiros são editados por razões de
(C) elemento da finalidade. conveniência e oportunidade e os segundos por força
(D)) requisito do motivo. de ato normativo.
(E) atributo do sujeito.
54. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT
50. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª 19ª Região/2008) - A Administração Pública
Região/2006) - Considere os seguintes atributos executar seus próprios atos, sem necessidade de
do ato administrativo: intervenção do Poder Judiciário, é
I. Determinados atos administrativos que se impõem a (A)) compatível com o regime constitucional brasileiro e
terceiros, independentemente de sua concordância. corresponde ao atributo dos atos administrativos dito
II. O ato administrativo deve corresponder a figuras auto-executoriedade.
definidas previamente pela lei como aptas Na produzir (B) compatível com o regime constitucional brasileiro e
determinados resultados. corresponde ao atributo dos atos administrativos dito
presunção de veracidade.
Esses atributos dizem respeito, respectivamente, à (C) incompatível com o regime constitucional brasileiro,
(A) imperatividade e à tipicidade. por violar a garantia de acesso ao Judiciário.
(B) auto-executoriedade e à legalidade. (D) incompatível com o regime constitucional brasileiro,
(C) exigibilidade e à legalidade. por violar o princípio da igualdade.
(D) legalidade e à presunção de legitimidade. (E) compatível com o regime constitucional brasileiro e
(E) tipicidade e à imperatividade. corresponde ao atributo dos atos administrativos dito
imperatividade.
51. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª
Região/2006) - A demissão e a remoção ex officio 55. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT
foram definidos pela lei, colocando a primeira 19ª Região/2008) - A apreciação, pelo Poder
entre os atos punitivos e a segunda para atender a Judiciário, da legalidade de um ato administrativo
necessidade do serviço público. Esses resultados (A) é possível se se tratar de ato discricionário, mas não
dizem respeito ao requisito se se tratar de ato vinculado.
(A) da forma e do motivo, respectivamente. (B) é possível, tanto para ato vinculado, como para ato
(B) do motivo para ambos os casos. discricionário, desde que provocada pela própria
(C) do objeto para ambos os casos. Administração.
(D) da finalidade para ambos os casos. (C) não é possível, nem para ato vinculado, nem para ato
(E) do sujeito e da finalidade, respectivamente. discricionário.
(D) é possível, tanto para ato vinculado, como para ato
52. (Técnico Judiciário – Área Administrativa - TRT 21ª discricionário.
Região/2008) - Tendo em vista a invalidação do ato (E) é possível se se tratar de ato vinculado, mas não se
administrativo, é correto afirmar que a se tratar de ato discricionário.
(A) anulação é ato privativo do Judiciário enquanto que a
Administração só pode revogar o ato administrativo. 56. (Técnico Judiciário – Área Administrativa –
(B) anulação pode ser feita pela própria Administração, TRF/2011) - Quando a lei deixa certa margem para
mediante provocação, e pelo Judiciário independente atividade pessoal do administrador na escolha da
de provocação. oportunidade ou da conveniência do ato, a
(C) revogação do ato administrativo é obrigatória pela exemplo da determinação de mão única ou mão
própria Administração, e pelo Judiciário quando dupla de trânsito numa via pública, está presente
houver razões de ilegalidade. o ato administrativo
(D) revogação do ato administrativo é facultativa tanto (A) de gestão.
pela Administração quanto pelo Judiciário, seja por (B) arbitrário.
ilegalidade ou por interesse público. (C) vinculado.
(D) discricionário.
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(E) atípico. (E) objeto.

57. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – 62. (Técnico Judiciário – Área Judiciária e
TRF/2011) - O atributo do ato administrativo, Administrativa – TRF 4ª Região/2011) - A imediata
consistente na prerrogativa da Administração execução ou operatividade dos atos
Pública de impor unilateralmente as suas administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou
determinações, válidas, desde que dentro da defeitos que os levem à invalidade, diz respeito ao
legalidade, é conhecido por atributo da
(A) exigibilidade. (A) imperatividade.
(B)) imperatividade. (B) auto-executoriedade.
(C) auto-executoriedade. (C) presunção de legitimidade.
(D) tipicidade. (D) impessoalidade.
(E) presunção de legitimidade. (E) indisponibilidade.

58. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT 63. (Técnico Judiciário – Área Judiciária e
20ª Região/2006) - A possibilidade de a Administrativa – TRF 4ª Região/2011) - Os atos de
Administração pôr em execução seus próprios império podem ser conceituados como sendo
atos, sem necessidade de intervenção do Poder todos aqueles que
Judiciário (A) a Administração pratica usando de sua supremacia
(A) não é compatível com o Direito Administrativo sobre o administrado ou servidor e lhes impõe
brasileiro, configurando exercício arbitrário das obrigatório atendimento.
próprias razões. (B) a Administração pratica sem usar de sua supremacia
(B) não é compatível com o Direito Administrativo sobre os destinatários, podendo utilizá-la apenas
brasileiro, configurando violação do princípio da sobre o servidor.
separação de Poderes. (C) se destinam a dar andamento aos processos e papéis
(C) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro, que tramitam nas repartições públicas.
correspondendo ao atributo dos atos administrativos (D) a lei estabelece os requisitos e condições de sua
que a doutrina usa chamar imperatividade. realização, mediante livre conveniência do
(D)) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro, administrador.
correspondendo ao atributo dos atos administrativos (E) decorrem da parcial conveniência e oportunidade,
que a doutrina usa chamar auto-executoriedade. mas de livre escolha pelo administrador.
(E) é compatível com o Direito Administrativo brasileiro,
correspondendo ao atributo dos atos administrativos 64. (Defensor Público – Maranhão/2008) - Dois atos
que a doutrina usa chamar auto-tutela. administrativos foram praticados com vícios. O
primeiro não continha motivação, em que pese
fosse legalmente exigida. O segundo foi praticado
tendo seu agente visado a fim diverso daquele
59. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
20ª Região/2006) - Os pressupostos de fato e de competência. Os vícios acima caracterizados,
direito que servem de fundamento ao ato conforme definição do Direito brasileiro, são,
administrativo correspondem ao seu requisito dito respectivamente,
(A) agente.
(B) forma. (A) ilegalidade de objeto e vício de forma.
(C) objeto. (B) inexistência dos motivos e incompetência.
(D) motivo. (C)) vício de forma e desvio de finalidade.
(E) finalidade. (D) inexistência de motivos e desvio de finalidade.
(E) ilegalidade do objeto e incompetência.
60. (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRT
20ª Região/2006) - No Direito brasileiro, a 65. (Defensor Público – Maranhão/2008) - Suponha
revogação, pelo Poder Judiciário, de um ato que uma lei preveja a possibilidade de revogação
administrativo discricionário praticado pelo Poder de uma licença para construir. Essa lei seria vista
Executivo doutrinariamente como contendo uma
(A) só é possível se não afetar direitos adquiridos. (A) regra conceitualmente adequada, posto que a licença,
(B) só é possível após esgotada a via administrativa. sendo ato vinculado, pode ser livremente desfeita por
(C) só é possível se o ato não houver exaurido seus motivos de conveniência e oportunidade.
efeitos. (B) regra conceitualmente adequada, posto que a licença,
(D) só é possível para atos de caráter normativo. sendo ato vinculado, pode ser livremente desfeita por
(E)) não é possível. motivos de legalidade.
(C) impropriedade conceitual, posto que a licença, sendo
61. (Técnico Judiciário – Área Judiciária e ato discricionário, não pode ser livremente desfeita por
Administrativa – TRF 4ª Região/2011) - Em matéria motivos de conveniência e oportunidade.
de atos administrativos, a criação, modificação ou (D) regra conceitualmente adequada, posto que a licença,
comprovação de situações jurídicas concernentes sendo ato discricionário, pode ser livremente desfeita
a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do por motivos de legalidade.
Poder Público, correspondem ao requisito (E)) impropriedade conceitual, posto que a licença, sendo
denominado ato vinculado, não pode ser livremente desfeita por
(A) finalidade motivos de conveniência e oportunidade.
(B) motivo.
(C) tipicidade. 66. (Defensor Público – Maranhão/2008) - Determinada
(D) razoabilidade. autoridade administrativa presencia a prática de
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um ato ilícito por parte de um cidadão, passível de
sanção no âmbito administrativo. Sendo assim, 71. (Analista Judiciário – Jud – TRT 2ª R/2006) - O ato
tratando-se de autoridade competente, decide administrativo, tão logo perfeito, desencadeia a
aplicar-lhe e executar diretamente a pena. Tal obrigatoriedade de respeito por todos. A isso a
procedimento doutrina denomina de
(A) é compatível com o ordenamento constitucional (A) auto-executoriedade, que pode ser utilizada a critério
brasileiro, fundamentando-se na auto-executoriedade do administrador, sem necessidade de qualquer ato
dos atos administrativos. normativo ou reclamo administrativo.
(B) é compatível com o ordenamento constitucional (B) exigibilidade, sendo que esse atributo está presente
brasileiro, fundamentando-se na auto-tutela dos atos em todas as modalidades de ato.
administrativos. (C) poder extroverso, mas essa possibilidade não aparece
(C) é compatível com o ordenamento constitucional nos atos ampliativos de direito e também nos atos
brasileiro, fundamentando-se na imperatividade dos certificatórios.
atos administrativos. (D) poder de polícia administrativa, abrangendo as
(D) é compatível com o ordenamento constitucional polícias judiciária e legislativa, no sentido de limitar a
brasileiro, fundamentando-se na presunção de ocorrência do abuso de direito.
legalidade dos atos administrativos. (E) presunção juris tantum, que não se inverte mesmo
(E)) viola as disposições constitucionais acerca do devido quando contestado em juízo ou fora dele, inclusive na
processo legal, também aplicáveis no âmbito esfera administrativa.
administrativo.
72. (Analista Judiciário – Jud – TRT 2ª R/2004) - Em
67. (Gestor do MARE/2005) - NÃO constitui ato matéria de discricionariedade e vinculação,
administrativo a decisão considere as assertivas:
(A) da Câmara dos Deputados, aprovando seu regimento I. O ato discricionário pode existir diante de conceitos
interno. teoréticos ou unissignificativos.
(B) dos Presidentes dos Tribunais do Poder Judiciário, II. O ato vinculado não pode ser praticado quando
concedendo férias aos Juízes. esteja o administrador diante de conceitos
(C) do Tribunal de Contas, aprovando as contas dos unissignificativos, de conceitos teoréticos.
responsáveis por valores públicos. III. A discricionariedade está alojada nos conceitos
(D) do Senado Federal, decretando o "impeachment" do pragmáticos, conceitos empíricos e, portanto, que
Presidente da República. não prescindem de valoração.
(E) do Presidente da República exonerando o Ministro de IV. Os conceitos teoréticos, conceitos unissignificativos
Estado. proporcionariam vinculação completa, enquanto os
pragmáticos poderiam levar à discricionariedade.
68. (Juiz de Direito Substituto – TJ RN/2007) - a Lei nº
4.717/65 classifica os vícios dos atos Conclui-se serem corretas APENAS
administrativos conforme as alternativas abaixo. A (A) I e II.
falta de motivação de um ato que devesse ser (B) I, II e IV.
motivado é corretamente enquadrada na hipótese (C) I, III e IV.
de (D) II e III.
(E) III e IV.

(A) desvio de finalidade. 73. (Analista Judiciário – Jud – TRT 2ª R/2006) - No que
(B) incompetência. se refere à invalidação do ato administrativo, é
(C) inexistência dos motivos. INCORRETO afirmar que
(D) ilegalidade do objeto. (A) o ato anulatório só atinge atos válidos, porque quando
(E) vício de forma. se trata de atos inválidos está presente outra
categoria, ou seja, a revogação.
70. (Técnico Judiciário – Adm - TRE-PE/2006) - (B) a invalidação deve ocorrer, em princípio, sempre que
Considere as ações abaixo. haja vício no ato administrativo.
I. Revogar seus próprios atos, quando eivados de (C) há hipóteses em que situações passadas não
vícios que os tornem ilegais. podem ser reconstituídas por obstáculos de outras
II. Anular seus próprios atos, quando portadores de normas jurídicas, não alcançando efeitos já
vícios que os tornem ilegais. consumados.
III. Anular seus próprios atos por questão de (D) havendo consolidação pelo decurso do tempo, de atos
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos surgidos como viciados, fica a invalidação obstada.
adquiridos. (E) embora existente ato inválido, se tal ato não tiver
IV. Revogar seus próprios atos por motivo de contaminado novas relações jurídicas surgidas, à
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos invalidação não se deve proceder.
adquiridos.
V. Revogar seus próprios atos, quando portadores de 74. (Técnico Judiciário - Adm – TRT 2ª R/2006) - Em
vícios, mesmo que sanáveis. matéria de anulação e revogação dos atos
administrativos, é certo que
A respeito do controle administrativo a Administração (A) a Administração pode anular atos administrativos
Pública pode APENAS inconvenientes e inoportunos, tendo a decisão função
(A) I e III. constitutiva, embora com efeito declaratório.
(B) II e IV. (B) o Judiciário pode anular atos administrativos com
(C) II e V. vício de ilegalidade, tendo a sentença função
(D) III e IV. declaratória, embora com efeito constitutivo.
(E) IV e V.
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(C) o Judiciário pode revogar atos administrativos Pública, sem necessidade de intervenção do
desafinados com o Direito, tendo a sentença função Poder Judiciário, dizem respeito,
condenatória, mas com efeito declaratório. respectivamente, à
(D) a Administração pode revogar atos administrativos (A) tipicidade e à presunção de legitimidade.
com vício de ilegalidade, tendo a decisão função (B) motivação e à presunção de legitimidade.
constitutiva, mas com efeito condenatório. (C) exigibilidade e à imperatividade.
(E) tanto o Judiciário como a Administração podem anular (D) tipicidade e à auto-executoriedade.
e revogar atos administrativos, tendo a decisão (E) presunção de veracidade e à exigibilidade.
função constitutiva, mas com efeito suspensivo.
79. (Técnico Judiciário - Adm – TRT 23ª R/2004) - A
75. (Analista Judiciário - Jud – TRT 3ª R/2004) - Quanto respeito da discricionariedade e vinculação dos
ao emprego da noção de imperatividade dos atos atos administrativos, é correto afirmar que
administrativos na situação proposta, tal noção foi (A) a Administração Pública não tem qualquer liberdade
(A) adequadamente invocada. de atuação, quando se tratar de ato vinculado,
(B) inadequadamente invocada, sendo a auto-executorie- mesmo que atue nos claros da lei ou do regulamento
dade o mecanismo que melhor se aplica à situação. e não desatenda as regras que bitolam sua prática.
(C) inadequadamente invocada, sendo a autotutela o (B) não há por parte da Administração, tratando-se de
mecanismo que melhor se aplica à situação. atos vinculados praticados de acordo com as
(D) inadequadamente invocada, sendo a presunção de exigências e requisitos previstos em lei, o dever de
veracidade o mecanismo que melhor se aplica à motivá-los.
situação. (C) a discricionariedade não se manifesta no ato em si,
(E) inadequadamente invocada, sendo a presunção de mas no poder de a Administração praticá-lo pela
legalidade o mecanismo que melhor se aplica à maneira e nas condições que repute mais conveniente
situação. ao interesse público.
(D) os atos vinculados são automáticos, não podendo a
76. (Analista Judiciário - Adm – TRT 23ª R/2004) - No Administração decidir sobre a conveniência de sua
que diz respeito à extinção dos atos prática, nem escolher a melhor oportunidade, tendo
administrativos, considere: em vista o bem comum.
I. Em decorrência da nova lei de zoneamento do (E) o poder discricionário da Administração não alcança a
Município de Caldeira do Alto, o ato de permissão de liberdade de escolha, conteúdo ou o modo de
uso de bem público imóvel destinado à exploração de realização do ato administrativo, nem o seu
parque de diversões, tornou-se incompatível com destinatário.
aquele tipo de uso.
II. Quando o destinatário descumprir condições que 80. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRF 4ª
deveriam permanecer atendidas a fim de poder R/2004) - No que diz respeito aos atos
continuar desfrutando da situação jurídica, a exemplo administrativos, a
da licença para funcionamento de um restaurante, (A) imperatividade, como requisito do ato, impõe ao
que posteriormente converteu-se em casa de jogos particular o fiel cumprimento deste, mas não permite
clandestinos. que o poder Público sujeite o administrado à execução
forçada.
Estas situações que acarretam a extinção do ato (B) auto-executoriedade, requisito de validade do ato,
administrativo mediante retirada, correspondem, possibilita a execução deste, independentemente
respectivamente, à de determinação judicial.
(C) tipicidade é requisito do ato segundo o qual este
deve corresponder a figuras definidas previamente
(A) convalidação e renúncia. pela lei, em decorrência do princípio da publicidade.
(B) contraposição e revogação. (D) presunção de legitimidade, como seu atributo, permite
(C) anulação e contraposição. a imediata execução do ato.
(D) caducidade e cassação. (E) a situação de direito ou de fato, que determina ou
(E) invalidação e cassação. autoriza a realização do ato, corresponde ao atributo
denominado motivo.
77. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 23ª
R/2004) - O atributo do ato administrativos que 81. (Analista Judiciário – Jud/Sem Esp – TRF 4ª
impõe, com relação a terceiros, o atendimento ao R/2004) - A respeito dos instrumentos de
comando do ato, independentemente de sua invalidação dos atos administrativos, é correto
concordância; e o atributo que diz respeito à afirmar que
conformidade do ato com a lei, correspondem, (A) a revogação é ato discricionário pelo qual a
respectivamente, à Administração extingue um ato válido, por razões de
(A) finalidade e à forma. conveniência e oportunidade; já a anulação decorre
(B) auto-executoriedade e à tipicidade. de ilegalidade, podendo ser feita pela Administração
(C) imperatividade e à presunção de legitimidade. como também pelo Poder Judiciário.
(D) presunção de veracidade e à forma. (B) a revogação é ato vinculado, praticado apenas pela
(E) tipicidade e à presunção de legitimidade. Administração; por sua vez, a anulação é da
competência exclusiva do Poder Judiciário, gerando
78. (Técnico Judiciário - Adm – TRT 23ª R/2004) - O efeitos retroativos.
atributo pelo qual os atos administrativos devem (C) a revogação somente poderá ser praticada pela
corresponder a figuras definidas previamente Administração em decorrência de vício por
pela lei como aptos a produzirem resultados; e o ilegalidade; em contrapartida, a anulação será
atributo pelo qual o ato administrativo pode ser declarada por decisão judicial, quando presentes
posto em execução pela própria Administração razões de conveniência e justiça.
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(D) a revogação deverá ser praticada pela Administração (E) nulo, por desvio de finalidade.
quando presentes razões pertinentes ao desvio da
finalidade; por sua vez, a anulação do ato 86. (Procurador – TC-PI/2005) - Entende-se que o
administrativo somente poderá ser efetuada pela Poder Judiciário pode analisar o mérito de ato
Administração, tendo em vista razões de administrativo discricionário
conveniência e oportunidade. (A) sempre que o desejar, em razão da inafastabilidade
(E) a revogação pelo Judiciário é ato vinculado, quando do controle jurisdicional.
presentes questões de justiça e interesse público; já a (B) quando os pressupostos legais autorizadores do ato
anulação pela Administração Pública constitui forma não estão presentes.
de invalidação em decorrência de excesso do poder. (C) na hipótese de haver sido praticado por autoridade
incompetente.
82. (Técnico Judiciário – Jud-Adm/Sem Esp – TRF 4ª (D) se a motivação é deficiente, insuficiente para
R/2004) - A imperatividade corresponde ao esclarecer os reais motivos de conveniência e
(A) atributo pertinente ao objeto ou conteúdo que oportunidade.
proporciona a produção de efeito jurídico imediato (E) quando a medida tomada é desproporcionalmente
do ato administrativo. gravosa, tendo em vista os fins visados.
(B) requisito ou elemento mediante o qual o ato
administrativo pode ser posto em execução pela 87. (Procurador do Estado de São Paulo/2008) - São
Administração. atributos do ato administrativo:
(C) elemento pelo qual o ato administrativo se amolda à (A) formalidade, hierarquia e presunção de veracidade.
situação de fato que impõe a sua prática. (B) finalidade, motivação, forma e competência.
(D) requisito pelo qual o ato administrativo deve cor- (C) finalidade, imperatividade e presunção de
responder a figuras definidas previamente pela lei. executoriedade.
(E) atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a (D) legalidade, moralidade e economicidade.
terceiros, independentemente de sua concordância. (E) presunção de legitimidade, imperatividade e auto-
execu-toriedade.
83. (Técnico Judiciário – Jud-Adm/Sem Esp – TRF 4ª
R/2004) - Quando a matéria de fato ou de 88. (Procurador do Estado de Pernambuco/2004) -
direito, em que se fundamenta o ato, é Determinado ato administrativo foi editado
materialmente inexistente ou juridicamente visando a fim diverso daquele previsto, explícita
inadequada ao resultado obtido, ocorre a não ou implicitamente, na regra de competência, o
observância do requisito de validade do ato que enseja
administrativo denominado (A) nulidade, ainda que não haja desvio de finalidade,
(A) finalidade. desde que o ato tenha sido lesivo ao patrimônio
(B) competência. público ou de entidade de que o Estado participe, à
(C) motivo. moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
(D) forma. patrimônio histórico e cultural.
(E) objeto. (B) nulidade por desvio de finalidade, que pode ser
invocada em Ação Popular, que visa a anular o ato
84. (TCE-SE – 2012) Com base em entendimento lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
sumulado do Supremo Tribunal Federal a respeito Estado participe, à moralidade administrativa, ao
dos atos administrativos, é correto afirmar que: meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
(A) a Administração pode revogar seus próprios atos (C) nulidade, cuja declaração pode ser pleiteada por meio
quando eivados de vícios que os tornam ilegais. de Ação Popular, a ser ajuizada pelo Ministério
(B) a revogação de atos administrativos pela própria Público, ainda que não tenha havido lesividade ao
Administração produz efeitos retroativos à data em patrimônio público ou de entidade de que o Estado
que estes foram emitidos. participe, à moralidade administrativa, ao meio
(C) atos retirados do mundo jurídico pela Administração, ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
por motivo de conveniência e oportunidade, não (D) nulidade, passível de convalidação do ato pela
poderão ser apreciados judicialmente. retificação do mesmo, mesmo que tenha havido
(D) a revogação de atos administrativos pelo Poder lesividade ao patrimônio público ou de entidade de
Judiciário deve ater-se à análise dos aspectos de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
conveniência e oportunidade destes. ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
(E) a revogação de atos administrativos pela própria (E) nulidade somente no que concerne às consequências
Administração enseja o respeito aos direitos do desvio de poder, quais sejam lesividade ao
adquiridos. patrimônio público ou de entidade de que o Estado
participe, à moralidade administrativa, ao meio
85. (Procurador – TC-PI/2010) - Alegando a ocorrência ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, não
de determinado fato, o agente público afetando a validade do ato em si.
competente praticou ato administrativo.
Entretanto, o agente público foi induzido a erro e 89. (Analista Judiciário – Jud – TRT 22ª R/2004) - As
o fato alegado, na verdade, não ocorreu. Na constantes ausências imotivadas de Manoel
ausência desse fato, a lei não autorizaria a prática Tadeu ao serviço, analista judiciário do Tribunal
do ato. Esse ato é Regional do Trabalho da 22ª Região, levaram o seu
(A) anulável, por ter ocorrido o vício de vontade superior imediato a aplicar-lhe a pena de
denominado erro. suspensão de 15 (quinze) dias. Publicada no
(B) anulável, por ter ocorrido o vício de vontade Diário Oficial a penalidade, Manoel recusou- se a
denominado dolo. cumprir aquela sanção, sob a argumentação de
(C) nulo, por falta de motivação. que a maioria das ausências foi motivada por
(D) nulo, por inexistência de motivos. problemas de saúde de sua mãe, fatos esses que
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sequer foram alegados e nem mesmo provados no produzindo efeitos jurídicos imediatos, sob o regime
decorrer do processo administrativo instaurado de direito público e não se sujeita ao controle judicial.
para apurar aquelas faltas. Consequentemente, (C) conjugação de vontades do Estado, ou de quem lhe
não concordando em cumprir a penalidade faça as vezes, e do administrado, objetivando criar,
aplicada, estarão sendo INOBSERVADOS os modificar ou declarar as correspondentes relações
seguintes atributos do correspondente ato jurídicas, sob o regime de direito público e privado,
administrativo: sujeita apenas à apreciação judicial quanto ao mérito.
(A) coercibilidade e finalidade. (D) manifestação unilateral da vontade da Administração
(B) motivo e auto-executoriedade. Pública, objetivando determinar, compulsoriamente, a
(C) imperatividade e presunção de legitimidade. observância a direitos e obrigações pelo administrado,
(D) veracidade e motivo. passível de apreciação de ofício pelo Poder
(E) tipicidade e vinculação. Judiciário.
(E) regra ditada unilateral ou bilateralmente pelo Estado,
90. (Analista Judiciário – Adm – TRT 22ª R/2004) - No ou por quem o represente, mediante plena
dia 13 de agosto de 2004, por meio de Alvará, a observância da lei para que produza os
Administração Pública concedeu autorização a correspondentes efeitos, podendo sofrer o controle
Elisabete para utilizar privativamente determinado judicial quanto à discricionariedade e ao mérito.
bem público. No dia seguinte, revogou referido ato
administrativo, alegando, para tanto, a 93. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 22ª
necessidade de utilização pública do bem. R/2004) - Os atos de nomeações de Márcio para
Posteriormente, no dia 15 de agosto do mesmo cargo de Analista Judiciário por aprovação em
ano, sem que a Administração tenha dado concurso público, e de Josimar para o cargo de
qualquer destinação ao bem em questão, Assistente do Diretor Geral, de livre nomeação
autorizou Marcos Sobrinho a utilizá-lo e exoneração, lotados no Tribunal Regional do
privativamente. Referida atitude comprovou que Trabalho da 22ª Região, correspondem,
os pressupostos fáticos da revogação eram respectivamente, à vinculação e à
inexistentes. Diante do fato narrado, Elisabete discricionariedade do ato administrativo. Diante
(A) terá que acatar a decisão da Administração Pública, já disso, considere as seguintes situações:
que a autorização é ato unilateral, vinculado e I. A discricionariedade é sempre relativa e parcial,
precário. porque, quanto à competência, à forma e à finalidade,
(B) nada poderá fazer, uma vez que a autorização é ato como requisitos do ato, a autoridade administrativa
administrativo bilateral, discricionário e precário. está subordinada ao que a lei dispõe, como para
(C) somente poderá pleitear indenização, em ação qualquer ato vinculado.
judicial, pelos prejuízos porventura suportados. II. A vinculação poderá ser parcial ou total, posto que o
(D) poderá pleitear a invalidação da revogação, em motivo, a finalidade e o objeto, como requisitos ou
virtude da teoria dos motivos determinantes. elementos do ato, deverão ser valorados pelo
(E) poderá requerer, junto à Administração Pública, a administrador público, razões pelas quais existirá
invalidação da revogação, em razão do instituto da sempre uma diminuta margem de liberdade,
“Verdade Sabida”. aplicável, também, para o ato discricionário.
III. Tanto a discricionariedade como a vinculação são
91. (Analista Jud.– Adm – TRT 22ª R/2004) O órgão da parciais quanto à motivação, finalidade e
prefeitura responsável pela fiscalização de bares e imperatividade, que constituem requisitos do ato, não
restaurantes verificou, em visita de rotina, que um possibilitando a mínima liberdade de atuação do
estabelecimento estava servindo a seus clientes administrador, mesmo quando parcialmente
alimentos com data de validade expirada. Tendo subordinado à lei.
em vista tal fato, confiscou imediatamente
referidos produtos e os incinerou. O atributo do É correto o que se contém APENAS em
ato administrativo que possibilitou a apreensão (A) I.
dos gêneros alimentícios em questão pela (B) I e III.
Administração Pública, sem a necessidade de (C) II.
intervenção judicial, denomina-se (D) II e III.
(A) legalidade. (E) III.
(B) eficiência.
(C) imperatividade. 94. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 22ª
(D) auto-executoriedade. R/2004) - Em matéria de revogação dos atos
(E) presunção de veracidade. administrativos, é INCORRETO asseverar:
92. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 22ª
R/2004) - A conceituação de ato administrativo em (A) não podem ser revogados os atos que exauriram os
face do Estado Democrático de Direito, obtida a seus efeitos; como a revogação opera efeitos para o
partir do conjunto principiológico constante na futuro, impedindo que o ato continue a produzir
Constituição Federal, corresponde à efeitos, se o ato já exauriu, não haverá razão para a
(A) norma concreta, emanada do Estado, ou por quem revogação.
esteja no exercício da função administrativa, que (B) os atos vinculados podem ser revogados,
tem por finalidade criar, modificar, extinguir ou precisamente porque neles se apresentam os
declarar relações jurídicas entre o Estado e o aspectos pertinentes à conveniência e oportunidade;
administrado, suscetível de ser contrastada pelo e a administração tem a liberdade para apreciar esses
Poder Judiciário. aspectos no momento da edição do ato, e também
(B) manifestação bilateral da vontade da Administração poderá apreciá-los posteriormente.
Pública, ou de quem a represente, tendo como (C) a revogação não pode ser praticada quando estiver
finalidade criar ou extinguir direitos e obrigações, exaurida a competência relativamente ao objeto do
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ato; se o interessado recorreu de um ato (D) a motivação é sempre desnecessária para os atos
administrativo e este esteja sob apreciação de vinculados e discricionários, e obrigatória para os
autoridade superior, aquela que praticou o ato não outros atos.
terá competência para revogá-lo. (E) o motivo é o pressuposto de fato e de direito que
(D) a revogação não pode alcançar os intitulados meros serve de fundamento ao ato administrativo.
atos administrativos, a exemplo das certidões,
atestados, votos, haja vista que os efeitos deles 99. (Analista Judiciário – TRT 2010) Quanto aos
decorrentes são estabelecidos pela lei. Poderes Administrativos, assinale a alternativa
(E) a Administração pode revogar seus próprios atos por correta.
motivo de conveniência e oportunidade, respeitados (A) Considera-se exercício do poder de polícia a
os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os intervenção da autoridade administrativa nas
casos, a apreciação judicial. atividades individuais, capazes de colocar em risco
interesses gerais.
95. (Analista Judiciário – Adm – TRT 8ª R/2004) - Sobre (B) O poder de polícia sempre admite delegação,
a classificação dos atos administrativos, é correto principalmente no que se refere à edição de regras
afirmar: legais e à aplicação de sanções administrativas.
(A) Denominam-se atos complexos aqueles que (C) O poder discricionário não conhece limitações, pois se
resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, baseia em juízo de conveniência e oportunidade, não
cujas vontades se unem para formar um ato único. se submetendo a qualquer espécie de controle
(B) Consideram-se atos perfeitos aqueles que ainda não judicial.
exauriram os seus efeitos. (D) O exercício do poder de polícia depende sempre de
(C) Nos denominados atos de gestão, a Administração autorização do Poder Judiciário.
Pública lança mão de sua supremacia sobre os (E) Por ter fundamento no princípio da supremacia do
interesses dos particulares. interesse público, a sanção decorrente do exercício do
(D) São considerados atos imperfeitos aqueles inaptos a poder de polícia não deve obediência ao princípio do
produzir efeitos jurídicos, embora tenham completado devido processo legal.
o ciclo de formação.
100.(Analista Judiciário – TRT AP – 2011) Considere as
(E) São denominados atos compostos aqueles que seguintes assertivas sobre o requisito objeto dos
necessitam da manifestação de vontade de um único atos administrativos:
órgão, mas sempre dependem de apreciação judicial I. é sempre vinculado.
para tornarem-se exeqüíveis. II. significa o objetivo imediato da vontade exteriorizada
pelo ato.
96. (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 8ª III. na licença para construção, o objeto consiste em
R/2004) - No que se refere à revogação e à permitir que o interessado possa edificar de forma
anulação do ato administrativo, é correto afirmar legítima.
que IV. como no direito privado, o objeto do ato administrativo
(A) a revogação pressupõe sempre a existência de um ato deve ser sempre lícito, possível, certo e moral.
ilegal e ineficaz.
(B) incumbe exclusivamente à Administração Pública a Está correto o que se afirma SOMENTE em
revogação do ato administrativo legal e eficaz, o que (A) II, III e IV. (D) I, II e III.
produzirá efeito ex tunc. (B) IV. (E) I e II.
(C) a revogação pode ser declarada tanto pela (C) I e IV.
Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário,
quando provocado. 101.(Analista Judiciário – TRT RN – 2011) Quanto às
(D) incumbe exclusivamente à Administração Pública a espécies de atos administrativos, é correto
revogação do ato administrativo legal e eficaz, o que afirmar:
produzirá efeito ex nunc. (A) Certidões e Atestados são atos administrativos
(E) o ato administrativo só pode ser anulado por ação classificados como constitutivos, pois seu conteúdo
judicial, sendo vedado à Administração Pública fazê- constitui determinado fato jurídico.
lo diretamente, pois lhe é vedado o controle da (B) Autorização é ato declaratório de direito preexistente,
legalidade. enquanto licença é ato constitutivo.
(C) Admissão é ato unilateral e discricionário pelo qual a
97. (Técnico Judiciário - Adm – TRT 8ª R/2004) - Um Administração reconhece ao particular o direito à
ato administrativo perfeito pode ser extinto, por prestação de um serviço público.
motivo de conveniência e oportunidade. Essa (D) Licença é ato administrativo unilateral e vinculado,
afirmação contém conceito relacionado com a enquanto autorização é ato administrativo unilateral e
(A) revogação. (D) conversão. discricionário.
(B) anulação. (E) invalidação. (E) Permissão, em sentido amplo, designa ato
(C) convalidação. administrativo discricionário e precário, pelo qual a
98. (Analista Judiciário – Jud/Adm – TRT 15ª R/2004) - Administração, sempre de forma onerosa, faculta ao
No que se refere aos requisitos ou elementos particular a execução de serviço público ou a
do ato administrativo, é certo afirmar que utilização privativa de bem público.
(A) o motivo é o resultado que a Administração Pública
quer alcançar com a prática do ato. 102.(Analista Judiciário – Direito – 2011) A
(B) a ausência do motivo ou a indicação de um motivo convalidação do ato administrativo
simulado não bastam para invalidar o ato (A) é sempre possível quando o vício diz respeito à forma.
administrativo. (B) não é possível se o vício decorre de incompetência do
(C) o motivo e a motivação se confundem porque têm os agente que o praticou.
mesmos significados e efeitos.
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(C) pode ocorrer se o vício recair sobre o motivo e à
finalidade. GABARITO:
(D) é admitida nas hipóteses de incompetência em razão
da matéria. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
(E) é a supressão do vício existente em ato ilegal, com C B A D E C A B A E
efeitos retroativos à data em que este foi praticado. 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B D D D A B D D E D
103.(Analista Administrativo – TRT 23ª – 2011) No que 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
concerne ao requisito competência dos atos D D A E D C B D B D
administrativos, é correto afirmar que 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
(A) admite, como regra, a avocação, pois o superior A E D A E C B D C E
hierárquico sempre poderá praticar ato de 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
competência do seu inferior.
D D A C E A D A D A
(B) não admite, em qualquer hipótese, convalidação.
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
(C) se contiver vício de excesso de poder, ensejará a
D E B A D D B D D E
revogação do ato administrativo.
(D) é sempre vinculado. 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
(E) não admite, em qualquer hipótese, delegação. E C A C E E D E B C
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
CESPE – TRT 10ª – 2014 E A B C D C D C D A
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
Julgue os itens a seguir, referentes a atos E C E E E B C D D A
administrativos. 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
A E B A C D D A A A
104.Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do 101 102 103 104 105 106 107 108 109
ato administrativo a competência, o objeto, a forma, o D E D C E E C E C
motivo e a finalidade.
 CERTO  ERRADO

105.Em razão da característica da autoexecutoriedade, a


cobrança de multa aplicada pela administração não
necessita da intervenção do Poder Judiciário, mesmo
no caso do seu não pagamento.
 CERTO  ERRADO

106.Com base no princípio da autotutela administrativa, a


administração pública pode revogar os seus atos
discricionários, independentemente do respeito aos
direitos adquiridos.
 CERTO  ERRADO

107.A administração está obrigada a divulgar informações


a respeito dos seus atos administrativos, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado e à proteção da intimidade das
pessoas.
 CERTO  ERRADO

Com relação aos poderes da administração pública,


julgue os próximos itens.

108.Encontra-se dentro do poder regulamentar do


presidente da República a edição de decreto
autônomo para a criação de autarquia prestadora de
serviço público.
 CERTO  ERRADO

109.A conduta abusiva da administração pode ocorrer


quando o servidor atua fora dos limites de sua
competência ou quando, embora dentro de sua
competência, ele se afasta do interesse público
exigido legalmente.
 CERTO  ERRADO

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