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RN
DIREITO
FINANCEIRO
Li El t ô i
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
Sumário
MANUEL REGIS PINON
Apresentação.. .................................................................................................................................. 4
Análise da Banca FGV. . .................................................................................................................... 4
Conteúdos mais Cobrados nas Últimas Provas (2017, 2018, 2019 e 2020)......................... 5
Direito Financeiro. . ........................................................................................................................... 8
1. LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal...................................................................................... 8
1.1. Abrangência................................................................................................................................ 8
1.2. Anexos Citados na LRF Presentes na LDO........................................................................... 9
1.3. Instrumentos de Transparência.. ......................................................................................... 10
1.4. Receita Corrente Líquida....................................................................................................... 10
1.5. Renúncia da Receitas............................................................................................................. 10
1.6. DOCC- Despesa Obrigatória de Caráter Continuado........................................................ 11
1.7. Regra de Ouro. . ..........................................................................................................................12
1.8. Despesa com Pessoal.............................................................................................................12
1.9. Despesas na LRF – Principais Pontos.. ................................................................................16
1.10. Destinação de Recursos para Setor Privado....................................................................16
1.11. Transferências Voluntárias na LRF.. .................................................................................... 17
1.12. Dívida na LRF........................................................................................................................... 17
2. Despesa Pública. . ....................................................................................................................... 18
2.1. Estágios/Fases da Despesa Pública....................................................................................19
2.2. Classificação da Despesa Orçamentária quanto à Natureza Econômica.................. 22
2.3. Classificação da Despesa pela Lei n. 4.320/1964........................................................... 23
2.4. Classificação por Estrutura Programática....................................................................... 23
3. Receita Pública........................................................................................................................... 25
3.1. Estágios da Receita Pública Orçamentária. . ...................................................................... 26
3.2. Classificações das Receitas Orçamentárias. . ................................................................... 28
3.3. Classificação Econômica pela Lei n. 4.320/1964.. ........................................................... 28
3.4. Classificação quanto à Origem, Coercitividade ou Procedência.................................. 29
3.5. Classificação por Fontes. . ..................................................................................................... 30
3.6. Classificação por Natureza de Receita.............................................................................. 30
4. Instrumentos de Planejamento.. ............................................................................................ 33
4.1. PPA............................................................................................................................................. 33
4.2. LDO............................................................................................................................................ 34
4.3. LOA............................................................................................................................................. 35
4.4. Aspectos Normativos Recentes Relevantes.................................................................... 37
5. Princípios Orçamentários........................................................................................................ 38
6. Créditos Adicionais.. ..................................................................................................................40
7. Ciclo Orçamentário – com Foco na Fiscalização e Controle Externo e Interno dos
Orçamentos..................................................................................................................................... 43
Questões de Concursos................................................................................................................ 54
Gabarito............................................................................................................................................ 74
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
MANUEL REGIS PINON
Apresentação
Olá, GRAN CONCURSEIRO(A) e futuro(a) Delegado(a) da PC-RN!
Tudo bem?
Essa aula é um pouco diferente das demais. A ideia aqui é apresentar um “bizu” dos assun-
tos e tópicos mais relevantes para a sua prova, baseado em estatísticas da disciplina em pro-
vas anteriores, recorrências da banca, direcionamentos históricos do órgão, enfim, um retrato
daquilo que pode vir a ser cobrado com maior probabilidade.
Faremos uma abordagem bem direcionada sobre o conteúdo de cada um dos assuntos
mais cobrados pela banca, apresentando dicas e esquemas baseados nas estatísticas. Tam-
bém chamaremos a sua atenção para detalhes importantes e específicos, adicionando, ao
final, questões selecionadas para o conteúdo dessa aula.
Uma última observação: esta Aula 80/20 pressupõe uma articulação com os conteúdos
abordados no nosso curso para esse certame (aulas autossuficientes em PDF). No decorrer
das aulas do curso, fizemos uma abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os
tópicos do edital) e, aqui, vamos otimizar ao máximo a sua preparação, direcionando as
suas forças para os conteúdos mais avaliados pela banca.
Espero que você goste desse material e que possa ser um diferencial para a sua aprovação!
Conte sempre conosco!
Professor Manuel Piñon
Princípios orçamentários:
Princípios orçamentários. Finanças públicas na Constituição Federal de 1988. Normas ge-
rais de direito financeiro (Lei n. 4.320/1964).
Orçamento Público:
Orçamento: conceito e espécies, natureza jurídica. Finanças públicas na Constituição Fe-
deral de 1988. Normas gerais de direito financeiro (Lei n. 4.320/1964).
Receita Pública:
Receita pública. Conceito, ingressos e receitas. Classificação: receitas originárias e recei-
tas derivadas. Normas gerais de direito financeiro (Lei n. 4.320/1964).
Despesa Pública:
Despesa pública. Conceito e classificação. Normas gerais de direito financeiro (Lei n.
4.320/1964).
LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal:
Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000).
Crédito Público, Dívida Pública e Precatórios:
Disciplina constitucional dos precatórios. Crédito público; dívida pública. Finanças públicas
na Constituição Federal de 1988.Normas gerais de direito financeiro (Lei n. 4.320/1964).
Lei 4.320/1964:
Normas gerais de direito financeiro (Lei n. 4.320/1964).
Crimes contra as finanças públicas:
Crimes contra as finanças públicas.
Como já afirmamos, todos os conteúdos elencados anteriormente são contemplados no
nosso curso completo de Direito Financeiro (aulas autossuficientes em PDF).
Como o objetivo dessa aula é otimizar a sua preparação, abordaremos, de forma objetiva
e concisa, os conteúdos mais relevantes para a sua preparação – isto é, os conteúdos mais
cobrados nas últimas provas, considerando os anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.
A seguir, faremos a análise das provas anteriores e, na sequência, apresentaremos dida-
ticamente os conteúdos teóricos mais importantes agrupando os tópicos do edital conforme
exposição anterior. Por fim, vamos trabalhar questões essenciais, que ilustram o modo como
cada um dos conteúdos é abordado pela banca.
(*) a Lei n. 4.320/1964 teve as suas questões diluídas entre os demais temas.
(**) o tema “Crimes contra as Finanças Públicas é muito pouco cobrado na matéria Direito
Financeiro, sendo, em verdade, objeto de cobrança na matéria Direito Penal.
Resumidamente, veja esse levantamento na figura seguinte:
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Direito Financeiro
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Analisando os números, podemos notar que os conteúdos Despesa Pública, LRF e Receita
Pública respondem por mais de 50% das questões cobradas pela banca para o período sob
análise. São temas certos em sua prova.
No segundo pelotão temos os temas Instrumentos de Planejamento, Princípios Orçamen-
tários e Créditos Orçamentários Adicionais, assuntos que vão aparecer em sua prova em sua
prova e que tem excelente relação custo-benefício.
Considerando que os dados foram extraídos de provas da FGV para cargos diversos, e
levando em consideração as atribuições específicas do cargo em tela e relação com cada um
dos assuntos, vamos incluir também o tema Ciclo Orçamentário, mas com foco apenas na
parte relativa à fiscalização e ao controle externo e interno dos orçamentos.
Dessa forma, nossa abordagem será estudar os principais tópicos relativos a cada um
desses sete temas.
Feita apresentação dos números e da sua análise, vamos ao que interessa: para cada as-
sunto, vamos revisar os pontos mais cobrados em provas e resolver questões.
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DIREITO FINANCEIRO
1. LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal
1.1. Abrangência
A LRF obriga todos os órgãos, autarquias, fundações, entidades de todos os entes federa-
tivos e empresas estatais dependentes (que recebem recursos do ente para pagamento dos
gastos com pessoal ou custeio), com exceção apenas das empresas estatais independentes.
Princípios da LRF
Planejamento na LRF
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Serviço da Dívida
Exceções às medias Reajuste da remuneração de pessoal conforme
inciso X do artigo 37 da CF/88
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A Lei Complementar pedida pela Constituição Federal - LRF estabeleceu em seu artigo 18
o que se entende por despesa total com pessoal, compreendendo: o somatório dos gastos do
ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies
remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vanta-
gens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.
Importante destacar que outras despesas consideradas como indenizatórias não são
consideradas espécies remuneratórias, não entrando, dessa forma, no cálculo do percentual
de despesas com pessoal, tais como auxílio-alimentação, assistência pré-escolar e auxílio-
-transporte.
Importante destacar ainda que os Tribunais de Contas devem alertar os Poderes quando
constatarem que a despesa com pessoal chegou a 90% do limite, os montantes de dívida
consolidada e mobiliária forem superiores a 90% do limite e quando os gastos com inativos e
pensionistas esteja acima do limite definido em lei.
Vale ressaltar que se a despesa com pessoal exceder 95% dos limites estabelecidos, o
Poder ou órgão NÃO PODE: dar aumento aos servidores - ressalvada a revisão anual (inflação),
criar cargo, emprego ou função, conceder hora extra, fazer alteração na estrutura que gere
aumento de despesa, dar provimento de cargo público (a não ser que haja aposentadoria ou
falecimento do servidor nas áreas de saúde, educação e segurança.
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Em relação aos estouros das Despesas com pessoal, a LRF determina que deve ser re-
conduzida ao limite nos próximos 2 quadrimestres, sendo de pelo menos 1/3 nos primeiros 4
meses. No tocante à Dívida pública, a LRF obriga o ente a reconduzi-la ao limite nos próximos
3 quadrimestres, sendo pelo menos 25% no primeiro.
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No que diz respeito às despesas com a seguridade social, guarde a regra geral é que ne-
nhum benefício ou serviço relativo à Seguridade Social poderá ser criado, majorado ou esten-
dido sem a indicação da fonte de custeio total, atendidas ainda as exigências do artigo 17 da
LRF que trata das despesas obrigatórias de caráter continuado.
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Reforçou o papel do Senado Federal no que diz respeito à dívida consolidada e do Congres-
so Nacional no tocante à dívida mobiliária federal.
A LRF vedou expressamente a realização de operações de crédito entre um ente e outro,
com exceção do caso de operações entre instituição financeira estatal e outro ente da Fede-
ração, desde que não se trate de financiamento de despesa corrente ou refinanciamento de
dívidas, sendo, portanto, proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal
e o ente da Federação que a controle.
A LRF também proibiu os entes de realizar operação de crédito por antecipação de receita
no último ano de mandato do Executivo.
A LRF permitiu aos entes conceder garantia em operações de crédito interna ou externa,
observados os limites definidos pelo Senado. A garantia é condicionada ao oferecimento de
contra garantia, ressaltando que essa deve ser igual ou superior ao valor da garantia.
A LRF determinou ainda que, no caso do DF, Estados ou Municípios, a União pode exigir
como garantia a vinculação de receitas provenientes de transferências constitucionais.
A LRF proibiu ainda que o titular de Poder ou órgão possa contrair, nos últimos 2 quadri-
mestres de seu mandato, obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente
dentro do mandato.
2. Despesa Pública
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Planejamento
Execução
ou pré-empenho
Descentralização
Liquidação.
dos créditos.
Programação
Pagamento.
orçamentária
e financeira.
Licitação
e contratação.
Empenho
Classificação da Despesa por responde à indagação; “o que” será adquirido e “qual” o efeito
Natureza econômico da realização da despesa?
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3. Receita Pública
A receita pública em sentido estrito, que é o conceito que vem sendo considerado pelas
bancas, engloba apenas os ingressos de caráter não devolutivo auferidos pelo Estado, com-
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preendendo qualquer ente da Federação ou suas entidades, com o fito de atender às despe-
sas públicas.
(PLANEJAMENTO) (EXECUÇÃO)
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Mnemônico:
COEDDDDT
C O E DDDD T
Categoria Econômica Origem Espécie Desdobramentos para Tipo
identificação de peculiari-
dades da receita
Categoria econômica
Origem
Espécie
Desdobramento para identificação
de peculiaridades
Tipo
1 1 1 3.01.1 1
Principal
Impostos
Receita corrente
4. Instrumentos de Planejamento
O artigo 165 da CF/1988 trata das Leis Orçamentárias ou Instrumentos de Planejamen-
to que são:
• PPA – Plano Plurianual;
• LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias;
• LOA – Lei Orçamentária Anual, composta pelos Orçamentos Fiscal (OF), da Seguridade
Social (OSS) e de Investimentos da Estatais não dependentes (OI).
4.1. PPA
O PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado
sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de respon-
sabilidade.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/1988 devem ser
elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional.
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4.2. LDO
A LDO deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, incluin-
do as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a
política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO
não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras
leis. Também não existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO.
A LRF atribuiu à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e
formas de limitação de empenho, condições para transferência de recursos.
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Direito Financeiro
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4.3. LOA
A LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
A LOA ou Orçamento Público é um documento que prevê as quantias de moeda que, num
período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas
e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes.
• É o Programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional detalha-
do de trabalho, materializando o PPA anulamente.
• É um Lei autorizativa, ou seja, em regra, para as despesas discricionárias, não gera di-
reitos subjetivos para os administrados, exceto nos casos previstos na própria CF/1988.
• É rígido, em função da forte concentração de receitas vinculadas.
• Tem que ser compatível com o PPA e LDO.
• Pode-se dizer que é composto por três suborçamentos: Fiscal de Investimento e da Se-
guridade Social (art. 165, § 5º, CF/1988).
• Atendendo ao Princípio da Unidade, temos uma só LOA para cada ente político em cada
exercício.
• Em regra, deve atender ao Princípio da exclusividade, devendo contemplar somente
duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, po-
derá conter matérias não relacionadas diretamente a orçamento público, de acordo com
o disposto no artigo 165, § 8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade, nesse
caso.
• Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora.
• É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou
especial, conf. art. 165, caput, e art. 166, CF/1988).
• Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art.35, ADCT).
• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
• É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
• É Lei quanto à forma no sentido de ser um ato de natureza concreta, mas não quanto à
matéria, embora seja admitida pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua
constitucionalidade, normalmente típica de leis materiais.
• Suas normas não podem aprensentar abstração e generalidade.
• Quanto ao aspecto material é um ato condição.
• Deve ser regionalizado (art. 165, § 6º, CF/1988).
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Direito Financeiro
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A EC n. 95/2016, também chamada de “PEC dos Gastos”, que estabeleceu o “Novo Regi-
me Fiscal da União”, que se aplica aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União em
20 exercícios financeiros, e deve ser calculado sobre as despesas primárias.
Dessa forma, não são objeto do Novo Regime Fiscal da União, as despesas do orçamento
de investimentos da União e as despesas financeiras dos orçamentos fiscal e da seguridade
social. Obviamente, também ficam de fora os orçamentos dos Estados, DF e Municípios.
Apelidado de Emenda Constitucional do Orçamento de Guerra, a EC n. 106/2020 publicada
em 07/05/2020 implantou em nosso país o chamado regime extraordinário fiscal, financeiro
e de contratações para enfrentamento de calamidade pública nacional decorrente de pan-
demia”. Basicamente, seu objetivo é dar maior flexibilidade aos gastos do governo federal de
modo a facilitar a tomada de medidas para combater a pandemia (COVID-19) e seus efeitos.
Entenda o orçamento de guerra como um orçamento separado do orçamento normal, que
foi objeto de LOA, ou seja, o orçamento de guerra tem seus gastos vinculados ao combate da
pandemia, ficando os demais alocados na LOA.
5. Princípios Orçamentários
Os Princípios Orçamentários são regras básicas estabelecidas por normas tanto constitu-
cionais quanto infraconstitucionais e pela doutrina, que devem ser observadas rigorosamente
durante o ciclo orçamentário (planejamento, execução e controle do Orçamento Público) por
todos os entes federados.
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6. Créditos Adicionais
São créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente dotadas na lei de orça-
mento. Os Créditos Adicionais classificam-se em suplementares, especiais e extraordinárias.
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Nosso foco é a avaliação, por meio da qual o Poder Público fiscalizaria e controlaria os
gastos efetuados a fim de verificar a acuidade da programação. As informações obtidas pela
fiscalização e controle externo e interno dos orçamentos e dos gastos públicos, nas quais
estarão destacadas as falhas e os méritos do planejamento vigente, irão orientar no planeja-
mento para o exercício subsequente.
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Assim, superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar
publicidade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
submetendo todo o processo à avaliação da sociedade.
Em termos de União, o Presidente deverá prestar contas ao Congresso Nacional, anual-
mente, até sessenta dias (60 dias) após o início da sessão legislativa.
Se as contas do Presidente da República não forem apresentadas ao Congresso Nacional
até sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, a Câmara dos Deputados deverá pro-
ceder à tomada de contas.
Quer as contas do Presidente da República sejam apresentadas espontaneamente no pra-
zo constitucional, quer sejam tomadas pela Câmara dos Deputados, dentro de sessenta dias
após o seu recebimento, o Tribunal de Contas da União deverá apreciá-las mediante parecer
prévio. O parecer prévio será encaminhado de volta ao Congresso Nacional.
Podemos dizer que a avaliação orçamentária integra o controle orçamentário, consistindo
em uma análise da eficácia e da eficiência
das ações realizadas, servindo também para avaliar os responsáveis da gestão no que diz
respeito ao alcance dos objetivos e maximização
da utilização dos recursos públicos.
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público, mas sem atrasar/parar a execução orçamentária para não prejudicar vida da popula-
ção e do próprio Estado.
A fundamentação legal da fiscalização dos Controles Interno e Externo tem sede no artigo
70 da CF/1988, cujo objeto de análise tem três elementos distintos: legalidade, legitimidade e
economicidade no que diz respeito à despesa pública.
Confira a literalidade que pode aparecer em sua prova, com grifos nossos:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, operacio-
nal e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas 3 esferas: federal, estadual e municipal.
gão no âmbito da própria Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle
externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:
Controle Interno:
Quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo, especialmente pela
Controladoria-Geral da União - CGU e, ainda, cada Ministério possui um Assessor de Controle
Interno, vinculado tecnicamente à CGU.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Controle Externo:
Em nível federal, é exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas da
União - TCU.
Registre-se que nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é exercido
de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do TCE- Tribunal de Contas do Estado.
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE
- Tribunal de Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São Paulo-
TCM-SP e Rio de Janeiro – TCM-RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos Municí-
pios, no caso da Bahia – TCM-BA, Pará – TCM-PA e Goiás – TCM-GO.
Dessa mesma forma, no DF o Controle Externo é exercido pela Câmara Legislativa com o
auxílio do TCDF - Tribunal de Contas do Distrito Federal.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
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apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo. Para os demais administra-
dores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos compete ao TCU o julgamento
das contas.
Importante chamar a sua atenção também ao fato de que, no caso de contrato, o ato de
sustação será adotado diretamente pelo CN - Congresso Nacional, que solicitará, de imediato,
ao Poder Executivo as medidas cabíveis. Todavia, se o CN ou o Poder Executivo, no prazo de
90 dias, não efetivar as medidas cabíveis, o Tribunal decidirá a respeito.
Devemos guardar também que as decisões do TCU resultarem imputação de débito ou
multa têm eficácia de título executivo extrajudicial, e assim, a dívida passa a ser líquida e certa.
Importante registrar que de acordo com o artigo 75 da nossa CF/1988, as normas estabe-
lecidas em sua seção IX, “DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA”, se
aplicam no que couber à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Vamos aos principais pontos na Lei n. 4.320/1964 sobre o Controle Externo:
• O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo verificar a
probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o cum-
primento da Lei de Orçamento.
• O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo estabele-
cido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
• As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer pré-
vio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
• Quando, no Município não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, Câmara de
Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e
sobre elas emitirem parecer.
Existe também o Controle Social, que é realizado pela sociedade, tanto nos espaços insti-
tucionais de participação, como Conselhos e Conferências, quanto nos espaços de articulação
da própria sociedade, como nas Redes e Fóruns”.
Alguns autores classificam o controle social como controle privado ou popular, sendo efe-
tivado por meio de denúncias ao TCU, como determina o artigo 74 da CF/1988 em seu pa-
rágrafo 2º.
Nessa linha, temos ainda o artigo 73-A da LRF, introduzido pela LC n. 131/2009, que de-
terminou ser qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato parte legítima para
apresentar denúncia junto ao respectivo Tribunal de Contas (não só ao TCU) e ao órgão com-
petente do Ministério Público.
Podemos dizer que Controle Social é a integração da sociedade com a administração pú-
blica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.
Assim, o controle social efetiva a participação do cidadão na gestão pública e acaba sendo
um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
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QUESTÕES DE CONCURSOS
001. (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) Os recursos recebidos por entidades públicas
decorrentes de royalties pelo uso de ativos de longo prazo dessas entidades podem ser clas-
sificados como receita:
a) derivada.
b) de contribuições.
c) extraorçamentária.
d) com contraprestação.
e) de transferências correntes.
Importante destacar que nas transações classificadas como receitas sem contraprestação, a
entidade recebe o valor da outra parte sem dar diretamente em troca valor aproximadamente
igual, como tributos e as transferências (monetárias ou não monetárias), incluindo subsídios,
perdão de dívidas, multas, heranças, presentes e doações.
Já a transação de receita com contraprestação é aquela segundo a qual a entidade recebe
ativos ou serviços, ou tem passivos extintos, e diretamente entrega em troca um valor aproxi-
madamente equivalente (prioritariamente sob a forma de bens, serviços ou uso de ativos) à
outra parte.
Assim, a maior parte das receitas dos governos e de outras entidades do setor público é deri-
vada, advinda do poder soberano do Estado, tipicamente de transações sem contraprestação,
a exemplo dos tributos. Já as transações com contraprestação se relacionam com as receitas
originárias, advindas de atividades empresariais, comerciais ou industriais do Estado.
Na situação em tela, os recursos recebidos por entidades públicas decorrentes de royalties
pelo uso de ativos de longo prazo dessas entidades são recursos tipicamente de natureza em-
presarial do Estado que exige uma contraprestação de mesmo valor.
Letra d.
A LRF ampliou o rol de atribuições da LDO, incluindo nela o Anexo de Riscos Fiscais, que além
dos riscos capazes de afetar as contas públicas, nele serão avaliados além dos riscos capazes
de afetar as contas públicas, no anexo de riscos fiscais serão avaliados os passivos contin-
gentes, conforme § 3º do art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Letra c.
Art. 167. § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.
Letra d.
Importante destacar que o documento próprio a que se refere o enunciado é a nota de empe-
nho. Assim, o estágio da execução da despesa é o empenho. Vamos rever os artigos 58 e 61
da Lei n. 4.320/1964, como grifos nossos:
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
(...)
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento denominado “nota de empenho” que in-
dicará o nome do credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta
do saldo da dotação própria.
Letra c.
O projeto de PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano de mandato do go-
vernante eleito para valer nos 4 anos seguintes. Assim, a vigência do PPA vai do segundo ano
do mandato até o encerramento do primeiro exercício financeiro seguinte (já em outro manda-
to) conforme previsto no ADCT. Confira:
Art. 35º
(...)
§ 2º I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Letra b.
De acordo com o artigo 65 da LRF, caso o estado calamidade pública seja reconhecida pelo
Congresso Nacional (União) ou pelas Assembleias/Câmaras Legislativas (Estados e Municí-
pio), enquanto perdurar a situação, ficam suspensos os prazos e as disposições relativos aos
limites da despesa com pessoal. Também vale para situação de estado de defesa ou de sítio.
Letra a.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
MANUEL REGIS PINON
Os créditos especiais são aqueles destinados a despesas para as quais não haja dotação or-
çamentária específica, como no caso da criação de um novo órgão até então inexistente para
o qual não houve dotação orçamentária específica na lei orçamentária anual.
Letra b.
O preço público é pago pelo cidadão facultativamente, caso queira usar o serviço público cor-
respondente, logo é uma receita originária.
A multa decorre de imposição do Estado, logo é uma receita derivada.
Finalmente, no caso da “herança vacante”, aquela que “não tem dono” e foi parar nas mãos do
Estado depois de 5 anos sem “aparecer” nenhum herdeiro. Durante esses 5 anos, o Estado fica
como fiel depositário desse valor, sendo a receita correspondente registrada como extraordi-
nária, já que é eventual e ainda, se for o caso, não permanente.
Letra c.
Uma das classificações mais relevantes do ponto de vista informacional é a programática, que
pode ser caracterizada por:
a) organizar as despesas em categorias econômicas.
b) categorizar as ações como atividades, projetos ou operações especiais.
c) identificar em que área de ação governamental a despesa será realizada.
d) ser acrescida da informação gerencial denominada modalidade de aplicação.
e) refletir a estrutura de alocação dos créditos orçamentários em níveis hierárquicos.
É por meio da classificação por estrutura programática (ou simplesmente classificação pro-
gramática) que dividimos as ações em atividades, projetos ou operações especiais. Confira
diretamente no MCASP:
PEGADINHA DA BANCA
A FGV jogou uma casca de banana e deve ter derrubado muita gente.
Leia atentamente a letra “c”.
c) contribuições dos empregadores e trabalhadores para a Seguridade Social;
Agora leia a alínea c do inciso IV do artigo 2º da LRF com grifos nossos:
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu
sistema de previdência e assistência social.
Veja, somente a contribuição dos servidores deve ser deduzida e não a dos empregadores.
Letra c.
A ideia é que usar uma operação de crédito para a abertura de crédito adicional aumenta o
valor global do orçamento, já que o valor das receitas é aumentado para também aumentar
a despesa.
Vamos apontar as falhas das demais alternativas:
b) Errada. Já que, na verdade, a reserva de contingência já está prevista na Lei Orçamentária
para fazer frente a eventuais necessidades, não podendo gerar aumento do o valor global do
orçamento.
c) Errada. Já que receitas sem despesas correspondentes já estão previstas no orçamento e
sua utilização para a abertura de crédito adicional não altera o valor global.
d) Errada. Já que anular dotações de outra despesa gera apenas uma permuta entre despesas,
sem aumentar o valor global.
e) Errada. Já que anular dotações de outra despesa causa apenas troca entre despesas, sem
aumentar o valor global.
Letra a.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
MANUEL REGIS PINON
Embora atualmente não seja mais usada a nomenclatura de classificação da despesa como
despesa de custeio, na literalidade da Lei n. 4.320/1964 essa terminologia ainda aparece e
pode aparecer também na sua prova. Confira com grifos nossos:
Art. 12. § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços
anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de
bens imóveis.
Letra e.
a) Errada. Já que conter reserva de contingência com a finalidade de atender os passivos con-
tingentes e outros riscos fiscais imprevistos é uma das atribuições da LOA e não da LDO.
b) Errada. Já que a LDO, nessa seara, apenas traz orientações para a elaboração da LOA.
c) Errada. Já que a LDO apenas dispõe sobre alterações na legislação tributária.
d) Errada. Já que LDO compreende despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
Letra e.
Nessa seara, a nossa Suprema Corte firmou entendimento de que o Poder Executivo não pode
ser punido por outro Poder descumprir os limites determinados pela LRF, assim, de acordo
com o princípio da separação dos poderes, o Executivo não possui gerência sobre a gestão
orçamentária dos outros poderes, não podendo, dessa forma, ser responsabilizado.
Letra b.
Apenas aplicável no caso das receitas públicas de origem tributária, o lançamento deve obser-
var o disposto no art. 142 da Lei n. 5.172/1966 (Código Tributário Nacional) que o define como
procedimento privativo da autoridade administrativa tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o
sujeito passivo e, se for o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Aproveite para revisar as três modalidades diferentes de lançamento tributário:
• Lançamento por declaração ou misto que é aquele concede a espontaneidade ao sujeito
passivo para declarar corretamente. Assim, O próprio contribuinte apura o valor devido e
presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à
sua efetivação, como nos casos dos Impostos de Importação e de Exportação.
• Lançamento por homologação ou autolançamento é aquele em que o pagamento e as
informações prestadas pelo contribuinte são realizados sem qualquer exame prévio da
autoridade administrativa, como nos casos do Imposto de Renda e do ICMS.
• Lançamento de ofício ou direto que é aquele usado para tributos que têm como fato
gerador uma situação cujos dados constam dos cadastros de suas Secretarias de Fa-
zenda, de modo que basta à autoridade administrativa a consulta a aqueles registros
para que se tenha às mãos dados fáticos necessários à realização do lançamento. Des-
ta forma, é efetuado pela Administração sem a participação do contribuinte, como nos
casos do IPTU e do IPVA.
Letra b.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando
que a despesa seja paga.
Letra d.
b) Certo. Isso mesmo! A anistia é o perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na par-
te relativa à multa aplicada pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, por infrações cometidas por
este anteriormente à vigência da lei que a concedeu. A anistia não abrange o crédito tributário
já em cobrança, em débito para com a Fazenda, cuja incidência também já havia ocorrido.
Neste caso, o controle é patrimonial por não envolver fluxo de caixa, provocando a baixa de
eventuais ativos já constituídos.
c) Errada. Já que, na verdade, a modificação de base de cálculo que implique redução discri-
minada de tributos ou contribuições é o incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para
menos sua base tributável pela exclusão de quaisquer de seus elementos constitutivos. Pode
ocorrer isoladamente ou associada a uma redução de alíquota, expressa na aplicação de um
percentual de redução.
d) Errada. Já que, na verdade, a remissão é o perdão da dívida, que se dá em determinadas
circunstâncias previstas na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna
impossível ao sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança
dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de não receber,
erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, equidade etc. Não implica em perdoar a con-
duta ilícita, concretizada na infração penal, nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte.
Contudo, não se considera renúncia de receita o cancelamento de débito cujo montante seja
inferior ao dos respectivos custos de cobrança. Neste caso, o controle é patrimonial por não
envolver fluxo de caixa, provocando a baixa de eventuais ativos já constituídos.
e) Errada. Já que, na verdade, O subsídio é a transferência de recursos públicos a terceiros,
com a finalidade de fomentar alguma atividade.
Letra b.
d) II – III – I.
e) II – I – III.
De acordo com o princípio da exclusividade, a LOA não pode ter dispositivo estranho à fixação
das despesas e previsão das receitas, ou seja, a LOA SOMENTE pode conter a previsão de
receita e fixação de despesa, com as exceções previstas na própria CF/1988. Confira, com
grifos nossos:
Art. 165. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suple-
mentares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.
Letra e.
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Direito Financeiro
MANUEL REGIS PINON
As Receitas decorrentes de aluguéis são classificadas como receita patrimonial. Veja nas pa-
lavras do MTO:
Receita Patrimonial: são provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais
como as decorrentes de aluguéis, dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões,
entre outras.
Letra b.
A LRF, no § 2º, do artigo 23, previu a redução da jornada de trabalho para diminuir as despesas
com pessoal.
Confira com grifos nossos:
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limi-
tes definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual exceden-
te terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro,
adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.
(...)
§ 2º É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à
nova carga horária. (Vide ADIN 2.2385)
Entretanto, o STF, em sede da ADIN 2.238-5, declarou tal previsão da LRF como inconstitucio-
nal por ofender o princípio da irredutibilidade de vencimentos do servidor público. Assim, não
é possível a redução temporária da jornada de trabalho dos servidores, com adequação dos
vencimentos à nova carga horária, por ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimentos
do servidor público.
Letra e.
Art. 8º A discriminação da receita geral e da despesa de cada órgão do Governo ou unidade admi-
nistrativa, a que se refere o artigo 2º, § 1º, incisos III e IV obedecerá à forma do Anexo n. 2.
§ 1º Os itens da discriminação da receita e da despesa, mencionados nos artigos 11, § 4º, e 13,
serão identificados por números de códigos decimal, na forma dos Anexos n.s 3 e 4.
§ 2º Completarão os números do código decimal referido no parágrafo anterior os algarismos carac-
terizadores da classificação funcional da despesa, conforme estabelece o Anexo n. 5.
§ 3º O código geral estabelecido nesta lei não prejudicará a adoção de códigos locais.
Letra a.
De acordo com as disposições da LRF quanto à dívida consolidada líquida (DCL), é correto
afirmar que, no quadrimestre:
a) a DCL do ente é de 95,5 bilhões de reais.
b) a DCL ultrapassou o limite máximo em menos de 2%.
c) a DCL ultrapassou o limite máximo em mais de 10%.
d) a DCL está abaixo do limite prudencial.
e) a DCL está 4,4% abaixo do limite máximo.
Perceba que no enunciado temos que “o conjunto de valores relativos a créditos tributários e
não tributários em favor da Fazenda Pública, não recebidos no prazo e inscritos pelo órgão ou
entidade competente, após apuração de certeza e liquidez” é a Dívida Ativa.
Em outras palavras, a Dívida ativa é o conjunto de créditos tributários e não tributários em favor
da Fazenda Pública, não recebidos no prazo para pagamento definido em lei ou em decisão
proferida em processo regular, inscrito pelo órgão ou entidade competente, após apuração de
certeza e liquidez.
Nessa toada, a dívida ativa é uma fonte potencial de fluxos de caixa e é reconhecida con-
tabilmente no ativo. Não se confunde com a dívida pública, uma vez que esta representa as
obrigações do ente público com terceiros e é reconhecida contabilmente no passivo. Confira
no artigo 39 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão escriturados
como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orçamentárias. (Re-
dação dada pelo Decreto Lei n. 1.735/1979).
Letra e.
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Direito Financeiro
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É princípio orçamentário da universalidade que nos orienta e guia no sentido de que o orça-
mento deve conter todas as receitas e todas as despesas da entidade.
Letra b.
O limite para aprovação das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária corresponde a
1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto de LOA. Confira na letra da CF/1988, com
grifos nossos:
Art. 166. § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encami-
nhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e servi-
ços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015).
Você pode ter ficado em dúvida e marcado a alternativa “e”, uma vez que realmente os percen-
tuais nela dispostos estão realmente corretos.
Entretanto, em questões de múltipla escolha temos que escolher a questão MAIS CORRETA,
que não deixe nenhuma margem de dúvida. Note que o enunciado da questão faz menção
direta ao “limite para aprovação das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária cor-
responde a 1,2% da receita corrente líquida”, ou seja, o examinador pede a melhor a alternativa
que complete o enunciado, que no caso é a letra a.
Em outras palavras, note que a questão solicita a referência do limite para aprovação das
emendas, que no caso é a prevista no Projeto da LOA.
Letra a.
AULA ESSENCIAL
Direito Financeiro
MANUEL REGIS PINON
GABARITO
1. d 11. c 21. b
2. c 12. a 22. e
3. b 13. e 23. d
4. d 14. e 24. a
5. c 15. b 25. d
6. b 16. b 26. b
7. a 17. d 27. e
8. b 18. b 28. a
9. c 19. d 29. b
10. b 20. e 30. a
Caro(a) aluno(a),
Chegamos ao final da nossa aula de hoje e do nosso curso. Antes de nos despedirmos, lhe
convido para um momento final de reflexão ...
Sabe-se que a grande maioria das pessoas desiste dos seus sonhos quando já estão a um
passo da conquista. Desistem muitas vezes por muito pouco, pois é mais fácil desistir do que
prosseguir. Desistem dos estudos, do objetivo perseguido por muito tempo ou de um grande
sonho, do trabalho, dos projetos etc.
Neste momento, pense um pouco em quantas coisas você deixou de fazer e quantos sa-
crifícios realizou!
Agora é hora de pensar positivo, de ter fé!
Chegou a sua hora de vencer!
Você vai passar!
Obrigado por tudo, um grande abraço, bons estudos e boas provas!
Espero ver o seu nome na lista de aprovados!
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.