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DIREITO FINANCEIRO1

Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada, querido(a) amigo(a) concurseiro(a)!!!

Antes de mais nada, vamos deixar de lado o preconceito de que direito financeiro é de impossível aprendizado.
Esse mito se deve ao fato de que a disciplina não é muito trabalhada na maioria dos cursos de graduação, aí quando
chega no concurso, já viu...

Mas aí dizem que é melhor estudar para gabaritar o que você tem mais afinidade e deixar “pra lá” as matérias
que “ninguém vai bem”. Mas, cá para nós, em concursos em que o corte está girando em torno de 85%, acha mesmo
que dá pra deixar alguma disciplina de lado???

Ah, só vou estudar o que me disseram de “núcleo duro”. Vai por mim, FURADA (caiu FINANCEIRO NA
DISCURSIVA DA PGM RECIFE-PE CEBRASPE 2023)!

Como tudo na vida, sua mente precisará do período de adaptação. Algo em torno de três meses até o
estudante adaptar e começar a encontrar algum prazer naquilo. Antes disso, É DISCIPLINA!!! É fazer o que precisa
ser feito.

Então, eu vou estudar financeiro... Já sei, vou ler só a Lei 4.320 e a LRF que já tá bom... ENGANO!!! O estudante
do FORMANDO A BASE não vai por esse caminho. Vai ler lei seca, doutrina e jurisprudência. Ah, vai ver aula também
e, na reta final, já afiado, vai revisar através da lei seca!

Já caiu DISCURSIVA da PGE-BA/PGM-Salvador que foram da CESPE, discursiva PGE-GO que foi FCC e, agora,
entrou no rol de disciplinas que integram o exame de ordem, que é organizado pela FGV.

Ah, se vai ser cobrado no exame de ordem, nos concursos públicos o nível vai subir ainda mais! Ainda bem
que você tá aqui com a gente e vai tirar de letra.

E essa Emenda Constitucional nº 109/2021, no contexto da COVID19, que revolucionou as bases financeiro-
constitucionais em caso de crise, acha que cai? Eu não acho, EU TENHO CERTEZA!!!

1 Material elaborado conjuntamente com o Professor Flávio Gabaldo

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DOUTRINA/ MATERIAIS – SUGESTÕES

MANUAL DE DIREITO FINANCEIRO (2023) - HARRISON LEITE

https://www.editorajuspodivm.com.br/manual-de-direito-financeiro-2023

CADERNO SISTEMATIZADO DIREITO FINANCEIRO

https://www.cadernossistematizados.com.br/

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO (2021)

https://www.editorajuspodivm.com.br/dialogos-sobre-o-direito-tributario-e-financeiro-2021

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AULAS GRATUITAS

Se você tiver muita dificuldade, assista aulas gratuitas:

ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO – FELIPE DUQUE (2021):

https://www.youtube.com/watch?v=SlnBM56DWb0&ab_channel=CERSCursosOnline

CURSO COMPLETO DE FINANCEIRO – RODRIGO KANAYAMA (2020):

https://www.youtube.com/watch?v=n5bN5B5aSLE&ab_channel=RodrigoKanayamaRodrigoKanayama

PÍLULAS DE DIREITO FINANCEIRO – FLÁVIO DOURADO GABALDO

https://www.youtube.com/playlist?list=PLwzuwf6UlUFdLPOghxqHyBwqgqh7LCOxn

JURISPRUDÊNCIA

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Obrigatório. Não pode esquecer de estudar cada tema no Buscador Dizer o Direito ou no livro Vade Mecum
de Jurisprudência + livro de Súmulas (também do Dizerodireito).

https://www.dizerodireito.com.br/
https://www.buscadordizerodireito.com.br/

SUMÁRIO

1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO. DIREITO FINANCEIRO 5


2. ORÇAMENTO PÚBLICO 10
3. RECEITA PÚBLICA 22
4. DESPESAS PÚBLICAS 36
5. CRÉDITO PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA 51
6. CONTROLE DA ATIVIDADE FINANCEIRA 54
7. REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL 58
8. CONSOLIDANDO A BASE 59

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1. ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO. DIREITO FINANCEIRO Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: Doutrina + lei + Questões

Para formar a base precisamos partir... da base!


Tema de altíssima relevância, principalmente diante das recentes Emendas Constitucionais, que tendem a
despencar em provas!

OUTRA COISA, JULGADOS IMPORTANTÍSSIMOS – OS 2 PRIMEIROS – LEITURA DE INTEIRO TEOR:

É vedada a utilização das emendas do relator-geral do orçamento com a finalidade de criar novas
despesas ou de ampliar as programações previstas no projeto de lei orçamentária anual, uma vez que
elas se destinam, exclusivamente, a corrigir erros e omissões (art. 166, § 3º, III, alínea “a”, da CF/88).

STF. Plenário. ADPF 850/DF, ADPF 851/DF, ADPF 854/DF e ADPF 1.014/DF, Rel. Min. Rosa Weber,
julgados em 19/12/2022 (Info 1080).

São inconstitucionais — por violarem os princípios da separação de Poderes, da legalidade orçamentária,


da eficiência administrativa e da continuidade dos serviços públicos — decisões judiciais que
determinam a penhora ou o bloqueio de receitas públicas destinadas à execução de contratos de gestão
para o pagamento de despesas estranhas aos seus objetos.

STF. Plenário. ADPF 1012/PA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/12/2022 (Info 1079).

É inconstitucional, por violação à cláusula constitucional da não afetação da receita oriunda de impostos
e à autonomia municipal, norma estadual que determina a forma de aplicação dos recursos destinados
ao município em razão da repartição constitucional de receitas.

Assim, é inconstitucional lei estadual que obriga os Municípios a aplicarem 50% do repasse
constitucional do ICMS diretamente em áreas indígenas localizadas em seus territórios.

STF. Plenário. ADI 2355/PR, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 16/9/2022 (Info 1068).

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A Lei Estadual 7.514/2000, do Maranhão, autorizou que o governo do Estado assumisse as obrigações
financeiras resultantes de sentença judicial proferida após a privatização da Companhia Energética do
Maranhão S.A. – CEMAR, sociedade de economia mista prestadora de serviço público.

A assunção excepcional de despesas extraordinárias, ocorrida no contexto do processo de


desestatização, traduz matéria pertinente ao direito administrativo, não caracterizando hipótese de
competência legislativa da União em matéria de direito civil.

As vedações indicadas nos incisos II, V e VII do art. 167 da CF/88 referem-se às condutas do
administrador público quanto à execução orçamentária, e não do legislador, responsável pela
elaboração da lei impugnada.

O Estado não assumiu obrigações futuras da empresa, pois o âmbito de aplicação da lei estadual
questionada restringe-se às obrigações anteriores à privatização e decorrentes de decisões transitadas
em julgado.

STF. Plenário. ADI 5271/MA, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 26/8/2022 (Info 1065).

De início, entenda que a atividade financeira do Estado tem por objetivo a satisfação das NECESSIDADES
PÚBLICAS, através da prestação de serviços públicos, exercício regular do poder de polícia e a intervenção no
domínio econômico. Atenção para o termo necessidades públicas!! O Cebraspe trocou necessidades públicas por
necessidades coletivas (PGE-AL 2021) o que tornou a assertiva ERRADA.

Além disso, a atividade financeira envolve quatro grandes fenômenos que serão destrinchados pelo
estudante ao longo dos estudos, quais sejam receitas públicas, despesas públicas, orçamento público e crédito
público.

Por ser um meio para que o Estado atinja sua finalidade (satisfação do interesse público), pode-se afirmar
que a atividade financeira do Estado é atividade-meio, função meramente instrumental, mas nem por isso de
menor importância.

O direito financeiro estuda as finanças do Estado em sua relação com a sua atividade financeira. As normas
do direito financeiro estão baseadas na ciência das finanças, ramo extrajurídico com o qual mantém forte relação
de imbricação.

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O direito financeiro, portanto, é ramo autônomo do direito público. Dê uma olhadinha no art. 24, I, da CF...
tá escrito que compete à União, Estados e DF legislarem concorrentemente sobre DIREITO FINANCEIRO. Mas
atenção! Isso não exclui a competência dos Municípios em suplementar a legislação federal e estadual no que
couber (art. 30, II, da CF). Assim, em interpretação sistemática, Municípios poderão legislar sobre direito
financeiro, ainda que EXPRESSAMENTE não estejam incluídos na competência concorrente do art. 24.

Logo, deve-se estudar direito financeiro separadamente do direito tributário (embora este seja o ramo mais
próximo daquele), já que o direito financeiro estuda a atividade financeira do Estado e o direito tributário estuda
apenas uma parte (receita tributária) de um dos fenômenos da atividade financeira (receita pública).

As principais fontes do direito financeiro são: Constituição Federal; Lei nº 4.320/1964 (recepcionada com
“roupagem” de Lei Complementar); Lei de Responsabilidade Fiscal – LC nº101/2000; leis ordinárias (PPA, LDO,
LOA, etc.)

ATENÇÃO: A LRF não revogou e nem conflita com a Lei nº 4.320/64. A LRF foca nas normas de finanças
ligadas à gestão fiscal e a Lei nº 4.320/64 estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Quanto às medidas provisórias, a regra é o não cabimento em matéria orçamentária/financeira, seja pela
vedação de sua edição quanto a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º, seja pela vedação de edição para tratar de matéria
reservada a Lei Complementar.

A Constituição Federal, em seu art. 167, X, veda a concessão de empréstimos por instituições financeiras
estatais para o pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista. Impede-se, portanto, a
alocação dessas receitas para o custeio de pessoal ativo e inativo. A vedação estabelecida no art. 167,
X, diz respeito apenas a instituições financeiras estatais. A proibição não alcança as contratações
realizadas com instituições financeiras privadas. Assim, nada impede a realização de empréstimos com
instituições financeiras privadas para pagamento de despesas com pessoal, porquanto a proibição não
as alcança. STF. Plenário. ADI 5683/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2022 (Info 1051

Mas como, na maioria dos casos, o que cai é a exceção, tatue o art. 167, §3º, da CF no seu coração
concurseiro.

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ATENÇÃO: em virtude da situação de calamidade pública causada pela pandemia do COVID-19 e o
necessário despendimento de esforços financeiros no seu combate, houve grande utilização de medida provisória
para abertura de crédito extraordinário pelo Executivo Federal. Então lembre-se, EM REGRA é vedada a utilização
de medida provisória em direito financeiro, SALVO abertura de crédito extraordinário para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Agora sim, vamos ler a parte Financeira da Constituição do art. 163 ao 169. Saiba: se você estudar bem a
parte financeira da Constituição você acertará MUITAS questões. CONFIA!!!!

Foco especial nas vedações do art. 167 e no “pacotão da pandemia” dos arts. 167-A ao 167-G.

O QUE É FUNDAMENTAL SABER:


Diferenciação direito financeiro com o Direito Tributário;
Quem compete legislar sobre Direito Financeiro? Competência do Município. Interpretação sistemática.
Qual a competência do Congresso Nacional e a competência privativa do Senado?
Fontes Formais do Direito Financeiro: atenção total.
Não erre por favor, decore o art. 163 da CF. O que pode legislar por lei complementar.

Obs.: O Supremo Tribunal Federal entende que os dispositivos do art. 163 podem ser regulados por
diferentes leis complementares, de maneira fragmentada. (STF, ADI 2.238-MC).

#Aula
AFO – Atividade Financeira do Estado – Dica nº 89 – Receita Federal – AlfaCon Concursos Públicos

https://www.youtube.com/watch?v=8T5p_Vh4SAY

Página | 8
Saber Direito - Atividade Financeira do Estado - Aula 1

https://www.youtube.com/watch?v=gOB7FTb_iaI

Página | 9
2. ORÇAMENTO PÚBLICO Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: Doutrina + lei + jurisprudência + Questões

Tema de alta relevância! Os apontamentos aqui trazidos não devem ser utilizados como ÚNICA fonte de
estudo, mas como forma de iniciar/revisar os estudos. A leitura da doutrina é essencial neste tema (como em todos
os outros de direito financeiro) para formar a base.

Fundamental saber que o orçamento público é uma lei fixa as despesas e estima as receitas para o Estado
realizar durante um período determinado (no Brasil, um ano). Não é mera peça política (reflete a execução do
programa do governo eleito), mas, também, instrumento técnico ou contábil, jurídico e econômico (redistribuição
de renda e regulação da economia).

Possui natureza jurídica controvertida, ainda prevalecendo no Brasil o entendimento de que o orçamento é
lei meramente formal, que prevê receitas e autoriza despesas. Ou seja, a lei não cria gastos, apenas autoriza, motivo
pelo qual é chamado de meramente autorizativo e não impositivo.

TEMA DE DISCURSIVA: Há divergência forte sobre orçamento impositivo vs orçamento autorizativo. Nesse
aspecto, a concepção tradicional de orçamento dava conta de que seria mera lei autorizativa de despesas, tendo o
Poder Executivo a discricionariedade em executar tais despesas. Mas ATENÇÃO!!! Com as ECs 86/2015, 102/2019,
105/2019 e 100/2019, esta última em especial que acrescentou o §10 ao art. 165 da CF, já há vozes doutrinárias
entendendo ser o orçamento impositivo.

Se liguem nas novidades:

#LeiamosArtigos

EC 100/2019 – Orçamento Impositivo

Página | 10
https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/ec-100-2019-orcamento-impositivo/

#SeLigaNaJuris

• É inconstitucional norma estadual que estabeleça limite para aprovação de emendas parlamentares
impositivas em patamar diferente do imposto pelo art. 166 da Constituição Federal. STF. Plenário. ADI 6670
MC/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 30/4/2021 (Info 1015).
• Diante dos riscos de paralisação de serviços essenciais à coletividade, deve-se dar, em juízo cautelar,
continuidade à execução das despesas classificadas sob o identificador de Resultado Primário 9 (RP 9).
STF. Plenário. ADPF 850 MC-Ref-Ref/DF, ADPF 851 MC-Ref-Ref/DF e ADPF 854 MC-Ref-Ref/DF, Rel. Min. Rosa
Weber, julgados em 16/12/2021 (Info 1042).
• São inconstitucionais emendas parlamentares estaduais de caráter impositivo em lei orçamentária
anteriores à vigência das ECs 86/2015 e 100/2019.
STF. Plenário. ADI 6308/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/6/2022 (Info 1057).
• Não cabe à Constituição estadual instituir a figura das programações orçamentárias impositivas fora das
hipóteses previstas no regramento nacional. – LEITURA DE INTEIRO TEOR
STF. Plenário. ADI 6308/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/6/2022 (Info 1057).
• São constitucionais — por não violarem o direito à saúde — os arts. 2º e 3º da EC 86/2015 (“Emenda do
Orçamento Impositivo”), os quais alteraram a forma de cálculo dos recursos mínimos aplicados anualmente,
pela União, em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) mediante a instituição de subpisos anuais
progressivos, neles incluída a parcela oriunda das receitas de “royalties” de petróleo e de gás natural.
STF. Plenário. ADI 5595/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 17/10/2022 (Info 1073).
• O Decreto presidencial nº 10.540/2020, que estabelece prazo para que os entes federados promovam
adequação necessária para a integração ao sistema de publicidade de dados, estabelecido pela Lei

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Complementar nº 156/2016, com padrão mínimo de transparência e qualidade, não ofende os princípios da
legalidade, da separação dos Poderes, da reserva de lei complementar, da publicidade, da eficiência e da
impessoalidade.
STF. Plenário. ADPF 763/DF, Rel. Min. André Mendonça, julgado em 28/10/2022 (Info 1074).
• São inconstitucionais — por violarem os princípios da separação de Poderes, da legalidade orçamentária, da
eficiência administrativa e da continuidade dos serviços públicos — decisões judiciais que determinam a
penhora ou o bloqueio de receitas públicas destinadas à execução de contratos de gestão para o pagamento
de despesas estranhas aos seus objetos.
STF. Plenário. ADPF 1012/PA, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/12/2022 (Info 1079).

Ainda, prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas em sentido formal, visto
que aprovado pelo Poder Legislativo, insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido
material. ATENÇÃO!!! Com o julgamento das ADIs 4048 e 4049, o STF pacificou o entendimento de que as leis
orçamentárias PODEM ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade.

#SeLigaNaJuris
• É possível a impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de leis orçamentárias. Assim,
é cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária lei de diretrizes orçamentárias e lei de abertura de
crédito extraordinário. STF. Plenário. ADI 5449 MC-Referendo/RR, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
10/3/2016 (Info 817).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. ADI contra leis orçamentárias. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/67c6a1e7ce56d3d6fa748ab6d9af3fd
7>. Acesso em: 20/02/2023

Já tou aqui te vendo responder uma questão dessa na segunda fase do seu concurso.

Se quiser aprofundar, leia esse artigo do Desembargador Marcus Abraham:

#LeiaoArtigo
O controle de constitucionalidade das leis orçamentárias

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http://genjuridico.com.br/2017/02/21/o-controle-de-constitucionalidade-das-leis-orcamentarias/

SEGUINDO... O orçamento pode ser: tradicional; por desempenho; programa; base zero.

O orçamento tradicional tem foco em aspectos contábeis e é desvinculado de qualquer planejamento.

O orçamento desempenho apenas estima e autoriza despesas pelos produtos finais a obter ou tarefas a
realizar, sem levar em conta qualquer planejamento.

O orçamento programa é o adotado no Brasil desde a Lei 4.320/1964, no qual os recursos se relacionam a
objetivos, metas e projetos de um plano de governo, ou seja, a um programa.

O orçamento base-zero revela-se como uma técnica específica aplicável ao orçamento programa, em que
todos os recursos são “zerados” quando da elaboração do orçamento, devendo o órgão que solicita o recurso
justificar os gastos, sem utilizar como parâmetro o montante de exercício anterior.

O Cebraspe e a FCC adoram classificações. Sei que é terrível, mas não adianta brigar com a banca

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A par dessa classificação, fique ligado no ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. O tema deve ser estudado à luz do art.
48 da LRF e do art. 44 do Estatuto da Cidade.

Fundamental saber que o Poder Executivo não está vinculado à manifestação popular. Mas há dever de
consulta à população envolvida!

Tema pendente no STF.


#LeiamosArtigos
Orçamento público: a importância do orçamento participativo na gestão pública

https://revistacontrole.tce.ce.gov.br/index.php/RCDA/article/view/389
Orçamento participativo como instrumento de democracia e cidadania

Página | 14
https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/52118/orcamento-participativo-como-instrumento-de-
democracia-e-cidadania

Orçamento participativo: para uma cidade mais democrática e pela efetivação da dignidade humana

https://jus.com.br/artigos/71251/orcamento-participativo-para-uma-cidade-mais-democratica-e-pela-efetivacao-
da-dignidade-humana

Chegamos até aqui, mas... e os princípios??? Veja as tabelas como ponto de partida/revisão, MAS
APROFUNDE, especialmente nas exceções.

Se tiver muitas dificuldades, veja esse vídeo:

Página | 15
#Aulas
AFO - Princípios Orçamentários Parte 1 - Aula Grátis - 8/21

https://www.youtube.com/watch?v=NCnzcB3s-mc

Formada a base dos princípios, estude bem CICLO ORÇAMENTÁRIO E LEIS ORÇAMENTÁRIAS

O ciclo orçamentário compreende as etapas de iniciativa, apreciação e emendas ao orçamento, sanção ou


veto, execução e controle.

A iniciativa será sempre do Poder Executivo. É privativa e indelegável. ATENÇÃO!!! Caberá ao Poder Executivo
consolidar as propostas parciais dos outros poderes e dos órgãos independentes.

A apreciação fica a cargo do Poder Legislativo, cabendo ao concurseiro verificar as regras conforme o concurso
almejado. Via de regra, os Estados seguem o modelo da União, com a criação de uma Comissão Permanente de
Orçamento.

As emendas possuem restrições formais e materiais no art. 166, §§3º e 4º, da CF. Acompanhe comigo: um
projeto de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, que o Poder Legislativo tem restrições em emendar... Tem cheiro
de parecer em segunda fase, tem cheiro de questão em arguição oral... DÊ ESPECIAL ATENÇÃO ÀS RESTRIÇÕES DE
EMENDA AO PROJETO DE LEI ORÇAMENTÁRIA.

ATENÇÃO: o §9º do art. 166 teve sua redação alterada em 2022 e houve a inclusão do §9º-A no mesmo
artigo. Guarde o novo limite do §9º ... tem cheiro de prova!

Após, o Executivo possui o prazo de 15 dias úteis para sanção ou veto e, em seguida, virá a execução do
orçamento, que será controlada pelos órgãos competentes, mormente o Tribunal de Contas.

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Além desse ciclo orçamentário, diferencie BEM: LOA, LDO e PPA (conceito, conteúdo, prazo para envio,
vigência).

Sem dúvida nenhuma, a lei que é o maior alvo de questões é a LDO. Além disso, o dispositivo constitucional
sofreu alteração em 2021. Antes, a LDO deveria incluir as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, MAS COM A NOVA REDAÇÃO NÃO HÁ MAIS ESSA NECESSIDADE.

Como novidade é ouro para cair em prova, tatue a nova redação do art. 165, §2º no seu coração concurseiro!!!

Entenda que é necessária, também, a participação do Poder Judiciário e órgãos independentes também na
elaboração da LDO, consoante art. 99, §1º, da CF e entendimento do STF na ADI 6.594. Isso não retira a iniciativa
reservada do Chefe do Poder Executivo para a propositura do Projeto de Lei!

Os prazos para envio do PPA, LDO e LOA serão regulados por cada ente federativo. Os da União estão
estampados no ADCT.

Tema que pode ser explorado pelas bancas diz respeito ao entrave no trâmite de aprovação da lei
orçamentária, que poderá se dar, principalmente, de três formas:
1. Não envio dos projetos das leis orçamentárias pelo Executivo: de rara ocorrência, mas de fácil
solução. O art. 32 da Lei nº 4.320/1964 determina que o Legislativo considere como proposta a Lei de
Orçamento vigente;
2. Não devolução dos projetos aprovados pelo Legislativo: ocorrência corriqueira. Normalmente
a LDO regula tal possibilidade no sentido de ser executado o orçamento em x/12 da proposta ainda não

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aprovada;
3. Veto do Executivo ou rejeição do projeto pelo Legislativo: realiza-se os gastos através de
créditos especiais.

Nesse ponto, NÃO CONFUNDA! Nos termos do art. 57, §2º, da CF, a sessão legislativa não será interrompida
sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Veja que o dispositivo não veda a interrupção de
sessão sem a aprovação da LOA!

Aula boa de ciclo orçamentário:


#Aulas
Rumo à PGDF! Ciclo Orçamentário: Principais alterações

https://www.youtube.com/watch?v=vvyJ3-vSzzE

CRÉDITOS ADICIONAIS: São os créditos suplementares, especiais e extraordinários.


Abertura de Crédito Extraordinário por MP. Atenção.
Fontes de recursos para abertura de créditos adicionais.

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Desvinculação da Receita da União (Emendas Constitucionais nos 10, 17, 27, 42, 56, 68 E 93): é estabelecida
pelo art. 76 do ADCT.

#SeLigaNaJuris
• A repartição de receitas prevista no art. 157, II, da Constituição Federal não se estende aos recursos
provenientes de receitas de contribuições sociais desafetadas por meio do instituto da Desvinculação de
Receitas da União (DRU) na forma do art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
STF. Plenário. ADPF 523/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/2/2021 (Info 1004).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O mecanismo da DRU não pode ser equiparado à criação de imposto
residual pela União e, portanto, não se aplica a ele o art. 157, II, da CF/88, que obriga o repasse de 20% dos
recursos aos Estados e DF. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0ef037ce94ff9b7930d095a7e2ffee1f
>. Acesso em: 20/02/2023.

ATENTAR que além da DRU, também há desvinculação de receitas dos Estados e DF (art. 76-A do ADCT) e das
receitas dos Municípios (art. 76-B do ADCT). Tema quentíssimo para provas objetivas e discursivas.

Por fim, seguido a tendência de interdisciplinariedade nas provas discursivas, o tema intervenção judicial no
orçamento público merece especial atenção! É um tema ligado também com Direito Constitucional.
Da Intervenção Judicial no Orçamento Público. Do crescente aumento do papel do Judiciário (Ativismo
Judicial). Atividade política e o papel judicial. Custos dos Direitos Sociais. Posicionamentos do STF/STJ.

O mínimo existencial e a reserva do possível: recursos orçamentários e prestação de políticas públicas


(aprofunde essas teorias):

#LeiaoArtigo
A reserva do possível vs mínimo existencial: e sua aplicabilidade no Brasil

https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-reserva-do-possivel-vs-minimo-existencial-e-sua-

Página | 20
aplicabilidade-no-brasil/

JUDICIALIZAÇÃO, ATIVISMO JUDICIAL E LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA – LUÍS ROBERTO BARROSO

https://www.direitofranca.br/direitonovo/FKCEimagens/file/ArtigoBarroso_para_Selecao.pdf

Ah, claro... Veja, saiu 09/06/2021:


STF anula regras que restringiam liminar em mandado de segurança

https://www.conjur.com.br/2021-jun-09/stf-declara-inconstitucionais-limitacoes-liminar-mandado-seguranca

Eu sei que esse tema está em Constitucional e Tributário, mas há uma ponta ali no Direito Financeiro que é o
impacto no orçamento.

Então, estude também, por favor! ADI 4.296, senhores.

É a revolução na prática da Advocacia Pública.

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3. RECEITA PÚBLICA Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: Doutrina + lei + jurisprudência + questões

Tema de Alta relevância:

RECEITA PÚBLICA (Harrison Leite): é o ingresso de numerário aos cofres públicos que servirá como fonte para
fazer face às despesas públicas. Existe diferença entre receita pública e ingresso público. A primeira é aquela que
integra ao patrimônio sem reserva, não havendo qualquer necessidade de devolvê-lo em espécie, enquanto o
ingresso público é aquele recurso que poderá ser devolvido ao particular, visto que a sua entrada se deu
condicionada a um posterior levantamento.

A doutrina traz uma série de classificações, mas é fundamental saber a classificação quanto às fontes (alemã),
quanto à natureza e quanto à categoria econômica.

Quanto às fontes:
• Originárias: originam-se no patrimônio do Estado. Ex: preços públicos.
• Derivadas: derivam do patrimônio do particular, sendo arrecadadas de forma coercitiva. Ex:
impostos.

#QuestãodeProva
(CEBRASPE – PGE/AL 2021) As receitas derivadas podem originar-se de: (A) laudêmio. (B)juros de aplicações
financeiras. (C)contribuições de melhoria. (D) explorações empresariais. (E) alienações patrimoniais realizadas pelo
Estado.

Quanto à natureza:
• Orçamentária: tem arrecadação prevista na LOA, aumenta o patrimônio do ente, o gestor pode
contar com ela para fazer face às despesas públicas. Ex: operações de crédito.

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• Extraorçamentária: não faz parte do orçamento e não está previsto na LOA. São receitas transitórias,
não aumentam o patrimônio embora aumentem a disponibilidade de recursos. Ex.: operações de crédito
por antecipação de receita.

#QuestãodeProva
FCC – PGE/GO 2021) Considerando a classificação corrente relativa a receitas públicas e outras entradas de recursos
aos cofres públicos, tem-se que as denominadas receitas extraorçamentárias constituem (A) recursos provenientes
da alienação de ativos, não previstos originalmente no Orçamento do exercício, não podendo ser aplicadas em
despesas de pessoal e custeio em geral. (B) ingressos derivados de lançamentos contábeis de natureza não
financeira, decorrentes da liquidação de direitos patrimoniais registrados no Balanço Patrimonial do ente. (C)
excesso de arrecadação em relação às previsões constantes da Lei Orçamentária Anual, passível de dar suporte à
abertura de créditos especiais, adicionais ou suplementares, mediante ato do Chefe do Executivo. (D) receitas
arrecadadas em exercícios anteriores e que, pelo princípio da anualidade, somente podem ser utilizadas para fazer
frente ao pagamento de restos a pagar gerados no Orçamento do exercício em curso. (E) ingressos financeiros que
transitam pelo caixa do Tesouro, sendo objeto de lançamento contábil, porém não passíveis de utilização para
suportar despesas públicas previstas na Lei Orçamentária Anual.

SEMPRE CAI!! Operações de crédito (receita orçamentária) vs ARO (receita extraorçamentária).

Quanto à categoria econômica, é a classificação legal, disciplinada a partir do art. 11 da Lei nº 4.320/64:
• Receita corrente: mantém a máquina pública, aumenta a disponibilidade financeira do Estado. Ex.:
receita tributária.
• Receita de capital: não há aumento do patrimônio líquido do Estado. Ex: Operação de crédito.
#QuestãodeProva
(CEBRASPE – PGE/PB 2021) No direito financeiro, são exemplos de receita de capital (A) o superávit do orçamento
corrente e as receitas tributárias. (B)o superávit do orçamento corrente e as operações de crédito. (C) as operações
de crédito e as receitas industriais. (D) as receitas patrimoniais e as receitas industriais. (E) as receitas tributárias e
as receitas patrimoniais.

APOSTA: os royalties (art. 20, §1º, da CF) são indenizações que os entes federativos recebem pela exploração
de recursos naturais. São classificados como outras receitas correntes. Embora haja divergência doutrinária de

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classificação, aparentemente o constituinte derivado entendeu dessa forma quando incluiu o §18 no art. 100 da CF.
Faça questões CESPE.

#SeLigaNaJuris

• O art. 9º da Lei nº 7.990/89 previu que os Estados deveriam repassar aos Municípios 25% dos royalties
recebidos pela exploração dos recursos naturais (petróleo, recursos hídricos para produção de energia
elétrica e recursos minerais) em seu território. De acordo com esse dispositivo, esses 25% seriam divididos
entre todos os Municípios do respectivo Estado (e não apenas entre os Municípios onde há exploração
desses recursos naturais. Para o STF, essa previsão é constitucional e está em harmonia com o § 1º do art.
20 da CF/88. (STF. Plenário. ADI 4846/ES, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/10/2019 (Info 955).
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É constitucional o art. 9º da Lei 7.990/89, que prevê que os Estados
devem repassar a todos os Municípios de seu território 25% dos royalties recebidos pela exploração dos
recursos naturais. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/01ded4259d101feb739b06c399e9cd
9c>. Acesso em: 20/02/2023

Obs: o superávit do orçamento corrente (diferença entre receita corrente e despesa corrente) também é
incluído nas receitas de capital, nos termos do art. 11, §2 da Lei n. 4.320/1964.

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Saiba diferenciar, viu?!

Dicas: as receitas/despesas produtivas são as de capital, que geram frutos para o patrimônio do Estado. Já as
receitas/despesas improdutivas são as correntes, sendo realizadas apenas para a manutenção e continuidade da
máquina estatal, sem reverter riquezas ao Estado. Essa classificação está delineada de maneira minudente nos
artigos 11 e 12 da Lei 4.320/64, sendo necessária a sua memorização.

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REGIME CONTÁBIL: Regime de caixa, ou seja, reconhece fato contábil apenas quando da ocorrência
financeira. Preste ATENÇÃO que o regime contábil da despesa é de competência. Assim, pode-se dizer que o regime
contábil do orçamento é misto, caixa pra receita, competência pra despesa.

Dê uma passada por fases da receita (4 estágios: a previsão, o lançamento, a arrecadação e o recolhimento).
Embora não seja alvo específico de questões, ajuda a compreender toda a temática

Entenda a diferença entre receita em sentido amplo (ingresso público): toda quantia recebida, mesmo que
em caráter transitório vs receita em sentido estrito: apenas os ingressos com caráter de definitividade. Apesar de
críticas, a Lei nº 4.320/64 adotou o conceito amplo de receita.

SEMPRE CAI!!! Receita Corrente Líquida.

O conceito de receita corrente líquida está estampado no art. 2º, IV, da Lei de Responsabilidade Fiscal.

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MEMORIZEEE!!! Dica rápida é que a receita corrente líquida será a receita corrente, com alguns descontos,
especialmente em virtude de transferências constitucionais.

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A Receita Corrente Líquida é Parâmetro para Diversos Institutos Legais, como a reserva de contingência (art.
5º, III, da LRF), dívida Consolidada dos entes federativos (art. 30, I, II e §3 da LRF), limite de despesas com pessoal
(art. 19 da LRF), formalização de parcerias público-privadas, pagamento de precatórios (art. 100, §§ 17 e 18, da CF).

O art. 166, §16 da CF (EC n. 86/2015) dispõe que as transferências advindas das emendas constitucionais
impositivas não integrarão a base de cálculo da RCL para fins de observância dos limites de pessoal.

Lembra daquele §9º alterado pela EC 126/2022? Manteve a utilização da receita corrente líquida como
parâmetro de cálculo do percentual das emendas.

MAS NÃO CONFUNDA!!!


Base de cálculo do índice de saúde previsto na CF:
Na União: receita corrente líquida;
Nos estados, DF e municípios: produto da arrecadação de determinados impostos

E NÃO CONFUNDA 2, O RETORNO!


O Repasse de verbas ao Legislativo Municipal também não usa como base de cálculo a RCL, mas a receita
tributária e algumas transferências constitucionais

Responsabilidade na gestão fiscal: memorize o artigo 11 da LRF, especialmente o parágrafo único, que veda a
realização de transferências voluntárias para o ente que não tenha adotado medidas de eficiência arrecadatória no
que tange aos IMPOSTOS!

TEMA DE DISCURSIVA E ORAL: O ente é obrigado a instituir todos os impostos de sua competência?

Para responder ao questionamento, o art. 11 da LRF deverá ser o ponto de partida, mas o querido amigo
deverá aprofundar, especialmente, na análise econômica da instituição do imposto. Até que ponto é rentável ao
ente, com todos os custos que terá com a máquina administrativa (realização de concurso, salários dos auditores,
etc.), instituir imposto que não trará cifras compensatórias ao erário? Explore esse debate, aprofunde os estudos.

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Dê uma olhada nas sanções pela não eficiência arrecadatória. Art. 58 da LRF, art. 10, X e XXII, da Lei de
Improbidade Administrativa. Lembre-se que direito financeiro derruba até presidente!

RENÚNCIA DE RECEITA é a concessão de benefícios fiscais. Tema quente, especialmente em decorrência da


COVID.

De início, é importante lembrar que o art. 150, §6 da CF estabelece que qualquer benefício fiscal deverá ser
concedido por meio de lei específica (com exceção do ICMS).

ATENÇÃO:

O art 113 do ADCT é aplicável a todos os entes da Federação e a opção do Constituinte de disciplinar a temática
nesse sentido explicita a prudência na gestão fiscal, sobretudo na concessão de benefícios tributários que ensejam
renúncia de receita.

Tese fixada pelo STF: “É inconstitucional lei estadual que concede benefício fiscal sem a prévia estimativa de
impacto orçamentário e financeiro exigida pelo art 113 do ADCT”. STF. Plenário. ADI 6303/RR, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É inconstitucional lei estadual que concede benefício fiscal sem a prévia
estimativa de impacto orçamentário e financeiro exigida pelo art 113 do ADCTC. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em:

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/64314c17210c549a854f1f1c7adce8b6
>. Acesso em: 20/02/2023

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O art. 14 da LRF trouxe diversos requisitos, tais como as medidas de compensação.

Nos termos do art. 14, §1, da LRF, são considerados benefícios fiscais: anistia; remissão; subsídio; crédito
presumido; concessão de isenção em caráter não geral; alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo
que implique redução discriminada de tributos ou contribuições; e outros benefícios que correspondam a
tratamento diferenciado.

Da mesma forma, a LRF especifica as hipóteses que não serão consideradas renúncia de receitas: alterações
das alíquotas do II, IE, IPI, IOF (impostos extrafiscais); cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.

Repartição de Receitas Tributárias – Transferências Constitucionais. Saiba bem os arts. 157 a 159 da CF,
sempre são cobrados.

É inconstitucional, por violação à cláusula constitucional da não afetação da receita oriunda de impostos
e à autonomia municipal, norma estadual que determina a forma de aplicação dos recursos destinados
ao município em razão da repartição constitucional de receitas.

STF. Plenário. ADI 2355/PR, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 16/9/2022 (Info 1068).

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Podem ser classificadas em:
• Diretas: aquelas que não passam por nenhum fundo ou intermediação, ou seja, é feita de ente a ente;
• Indiretas: ao ser repassado o recurso, há análise de alguns critérios, sendo realizada normalmente
por meio de um Fundo.

Transferências constitucionais e seu reflexo no Imposto de Renda Retido na Fonte: memorize a Súmula 447
do STJ, grande chance de cair na prova objetiva.

Transferências constitucionais e reflexo da isenção do ICMS nos repasses aos Municípios: Tese recente
fixada no Tema de repercussão geral 1172 - Os programas de diferimento ou postergação de pagamento de ICMS
- a exemplo do FOMENTAR e do PRODUZIR, do Estado de Goiás - não violam o sistema constitucional de repartição
de receitas tributárias previsto no art. 158, IV, da Constituição Federal, desde que seja preservado o repasse da
parcela pertencente aos Municípios quando do efetivo ingresso do tributo nos cofres públicos estaduais.
ATENÇÃO: NÃO confunda com a tese fixada no Tema 42 do STF: “A retenção da parcela do ICMS
constitucionalmente devida aos municípios, a pretexto de concessão de incentivos fiscais, configura indevida
interferência do Estado no sistema constitucional de repartição de receitas tributárias.”

A diferença é sutil. É que no leading case do tema 42 havia o recolhimento de 100% do ICMS devido pelo
contribuinte, ao passo que no Leading case do tema 1172, não havia arrecadação do ICMS.

Transferências constitucionais e reflexos da isenção do IPI e do IR nos repasses aos Estados, Distrito Federal
e Municípios: Tese fixada no tema de repercussão geral 653: É constitucional a concessão regular de incentivos,
benefícios e isenções fiscais relativos ao Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados por parte da
União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades.

Compensação dos Estados pela desoneração das exportações do ICMS – “Lei Kandir”: Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão. 2. Federalismo fiscal e partilha de recursos. 3. Desoneração das exportações e
a Emenda Constitucional 42/2003. Medidas compensatórias. 4. Omissão inconstitucional. Violação do art. 91 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Edição de lei complementar. 5.Ação julgada procedente para
declarar a mora do Congresso Nacional quanto à edição da Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT, fixando
o prazo de 12 meses para que seja sanada a omissão. Após esse prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União,

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enquanto não for editada a lei complementar: a) fixar o valor do montante total a ser transferido anualmente aos
Estados-membros e ao Distrito Federal, considerando os critérios dispostos no art. 91 do ADCT; b) calcular o valor
das quotas a que cada um deles fará jus, considerando os entendimentos entre os Estados-membros e o Distrito
Federal realizados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.
(ADO 25, Relator(a): GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 30/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
182 DIVULG 17-08-2017 PUBLIC 18-08-2017)

IMPORTANTE: Foi promulgada a LC 176/2020 que instituiu as medidas compensatórias. Nesse cenário, o art.
91 do ADCT foi revogado pela EC 109/2021.

Transferências obrigatórias (decorrente da Constituição ou da Lei) vs voluntárias (art. 25 da LRF).

Bloqueio de Transferências: não poderá incidir sobre transferências constitucionais, salvo três exceções:
retenção para pagamento de créditos da União, Estados ou suas autarquias; não houver aplicação dos valores
mínimos na saúde; não liberação de recursos para pagamentos de precatórios do art. 101 do ADCT.

Medidas que habilitam o ente federativo ao recebimento das transferências voluntárias. Responsabilização
pessoal do ex-gestor. Princípio da intranscendência subjetiva das sanções: (Jurisprudência)

Princípio da intranscendência subjetiva das sanções


− O STF decidiu que quando o ente ultrapassar o limite prudencial apenas poderá sofrer sanções caso o
executivo tenha sido o responsável, ou seja, atos do legislativo e do judiciário não poderão gerar medidas restritivas
ao estado.
− Para entender o motivo da controvérsia, lembre-se que o limite prudencial é estabelecido conforme
percentual da RCL e que esse percentual é distribuído entre os poderes).
− Portanto, se o estado ultrapassa o limite de 60% da receita corrente líquida devido ao descumprimento, por
exemplo, do percentual a ser observado pelo legislativo (3%), não deixará de receber as transferências voluntárias,
já que o ato não decorreu do executivo.

FUNDOS: tema pouco explorado pelos concurseiros, portanto um diferencial para você melhorar sua
classificação

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#QuestãodeProva
CEBRASPE – Procurador Municipal de Boa Vista – 2019. De acordo com a Lei n.º 4.320/1964, que apresenta normas
gerais de direito financeiro, julgue o próximo item. Caso o balanço de fundo especial integrante do orçamento
municipal aponte saldo positivo, este será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo, salvo
previsão diversa na lei orgânica do município. (C) ou (E)

Por exemplo, a questão acima tem índice de acerto de 50%. Considerando que desses, provavelmente, metade
chutou, temos que apenas 25% dos concurseiros entendem algo de fundos. Não acha que vale a pena se
diferenciar?!?!

De início, é importante que você tenha conhecimento de que os fundos são considerados um importante
instrumento de política financeira e visam possibilitar o remanejamento de recursos e uma melhor distribuição da
riqueza entre as regiões.

Ressalto dois pontos que já foram objeto de provas:


• Os fundos como exceção ao princípio da especificação: basta a determinação da fonte de suas receitas,
sendo que as despesas não são especificadas no orçamento (não existe detalhamento das atividades específicas de
sua atuação.

• Criação e condições de funcionamento dos fundos:


− Criação: por lei ordinária ou lei complementar.
− Estabelecimento de condições para sua instituição e funcionamento: lei complementar (exigência
constitucional)

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#SeLigaNaJuris

• Decisões judiciais que determinam o bloqueio, penhora ou liberação, para satisfação de créditos
trabalhistas, de receitas públicas oriundas do Fundo Estadual de Saúde objeto de contratos de gestão
firmados entre o Estado-membro e entidades de terceiro setor, violam o princípio da legalidade
orçamentária (art. 167, VI, da CF/88), o preceito da separação funcional de poderes (art. 2º c/c art. 60, § 4º,
III, da CF/88), o princípio da eficiência da Administração Pública (art. 37, caput, da CF/88) e o princípio da
continuidade dos serviços públicos (art. 175 da CF/88). STF. Plenário. ADPF 664/ES, Rel. Min. Alexandre de
Moraes, julgado em 16/4/2021 (Info 1013).

#LeiaoArtigo
Cuidado com a DRU (ATENÇÃO À REGRA ATUAL)

https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/dru

#Aula
Sobre a EC 93/2016:
EC 93/2016 - DRU (Desvinculação de Receitas da União)

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https://www.youtube.com/watch?v=EqeWxM6hEa4

Emenda Constitucional 93/2016: Desvinculação das Receitas na Federação

https://www.youtube.com/watch?v=Ts31Oys6c7A

IMPORTANTE: novamente relembramos ao amigo concurseiro que a DRU foi prorrogada até 31.12.2024 pela
EC 126/2022.

#LeiaoArtigo
Desvinculação de Receitas dos Estados e Municípios (para quem quer entender DRU do zero também)

https://www.gestaopublica.com.br/entendendo-a-desvinculacao-de-receitas-de-estados-e-municipios-drem/

MUUUUITA ATENÇÃO. Ec 108/2020:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc108.htm
Cara de prova TOTAL!!

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4. DESPESAS PÚBLICAS Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: doutrina + lei seca + jurisprudência

Tema dos mais relevantes!

CONCEITO: conjunto de gastos realizados pelo Estado para atingimento de sua finalidade. Assim, já de início,
é importante que o estudante trace um paralelo com direito constitucional acerca das finalidades do Estado. Nesse
passo, quanto maior a finalidade do Estado, obviamente maiores serão seus gastos (despesas públicas).

CLASSIFICAÇÃO: A doutrina traz uma série de classificações, mas é fundamental saber a classificação quanto
à origem, quanto à regularidade e quanto à natureza legal ou categoria econômica (lei 4.320/1964).

Quanto à origem:
• Orçamentária: constam na lei do orçamento e nos créditos adicionais.
• Extraorçamentária: não constam do orçamento ou dos créditos adicionais.

Quanto à regularidade:
• Ordinária: ocorrem comumente. Ex: pagamento de pessoal.
• Extraordinária: despesas realizadas em situações imprevisíveis. Demandam receita extraordinária.
Ex: despesas no combate à COVID.

Quanto à categoria econômica: classificação do art. 12 da Lei nº 4.320/64.


• Despesa corrente: despesa contínua que não representa ganho de patrimônio para o Estado.
• Despesa de capital: despesa eventual que diz respeito a aquisição patrimonial ou redução da dívida
pública.

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(CEBRASPE – PGE/CE 2021) - Lei estadual autorizou a destinação de recursos a empresa pública estadual
dependente para cobrir despesas de custeio da entidade. Essa despesa é classificada na categoria econômica de
despesa (A) corrente, no grupo de custeio (B) de capital, no grupo de inversões financeiras. (C) corrente, no grupo
de transferência corrente (subvenção econômica). (D) de capital, no grupo de transferência de capital.

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#Aulas
Direito Financeiro | Despesas Públicas (parte 1) - Aula 05 | Com Renerio Castro

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https://www.youtube.com/watch?v=AiiCsznuVFU

Direito Financeiro | Despesas Públicas (parte 2) - Aula 06 | Com Renerio Castro

https://www.youtube.com/watch?v=JUElAa5pNKY

FASES DA DESPESA: Empenho → Liquidação → Pagamento

#QuestãodeProva
(CEBRASPE – Procurador Municipal de Campo Grande 2019) - A realização de despesa é composta por quatro fases:
licitação, empenho, liquidação e pagamento. (C) ou (E)

Empenho é o ato da autoridade que cria a obrigação de pagar para o Estado. É dedução de determinado valor
da dotação. O empenho é obrigatório (art. 60, caput, da Lei nº 4.320/64) para a realização da despesa pública,
embora a emissão da nota de empenho seja dispensável em situações específicas (art. 60, §1º, da Lei nº 4.320/64).
O empenho pode ser ordinário, por estimativa ou global, estude cada um deles.

Empenho ordinário: realizado para despesas normais, com montante previamente conhecido e pagamento
de uma única vez. Ex.: licitação para aquisição de bem certo.

Empenho por estimativa: quando não é possível determinar com precisão o valor da despesa, tendo-se uma

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noção aproximada de seu valor. Estima-se o gasto ao longo do exercício financeiro. Ex: valores empenhados para
pagamentos de contas de energia elétrica.

Empenho global: destinado a pagamento de despesas com montante definido, mas realizado em parcelas. Ex.:
pagamento de subsídios de servidores públicos.

Dê especial atenção às consequências do não cumprimento do objeto e se houver empenho insuficiente.

(CEBRASPE – Procurador Municipal de Campo Grande 2019) - Empenho é o ato pelo qual se reserva, na globalidade
do orçamento, importância necessária ao pagamento de determinada despesa, sendo vedada a realização de
despesa sem o respectivo empenho. Para toda despesa a ser realizada, é obrigatória a expedição de uma nota de
empenho. (C) ou (E)

Liquidação: verificação do direito adquirido pelo credor. Memorize bem o art. 63 e parágrafos da Lei 4320.

Pagamento: relativamente simples. A Administração, após verificação que o credor faz jus ao recebimento
(liquidação), entrega o numerário.

O que pode ser cobrado aqui é o papel do ordenador de despesas, principalmente porque ele vem disciplinado
em outro instrumento normativo, qual seja, o art. 80, §§ 1º e 2§, do DL 200/67: Ordenador de despesas é toda e
qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou
dispêndio de recursos do Ente ou pela qual esta responda. O ordenador de despesa, salvo conivência, não é
responsável por prejuízos causados ao Ente decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar
das ordens recebidas.

Impessoalidade no pagamento – ordem cronológica de sua ocorrência: trata-se se aplicação do direito


financeiro especialmente nas licitações (art. 141 da Lei nº14.133/2021). Aqui não costuma cair a regra, mas as
exceções são prato cheio para o examinador ESTUDE AS EXCEÇÕES

APOSTA! Pagamento antecipado: é excepcionalíssimo, e pode cair tanto em Administrativo quanto em Financeiro.
O TEMA GANHOU COLORIDO COM A PANDEMIA E A NOVA LEI DE LICITAÇÕES. Dê uma lida rápida no artigo abaixo
e estude o art. 145 da Lei 14.133.

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REGIME CONTÁBIL: Preste ATENÇÃO que o regime contábil da despesa é de competência. Assim, pode-se
dizer que o regime contábil do orçamento é misto, caixa pra receita, competência pra despesa.

RESTOS A PAGAR: são despesas empenhadas, mas não pagas até o final do exercício financeiro. Distinguem-
se entre processados e não processados, tenha especial atenção a este ponto.

ATENÇÃO: Restos a pagar em final de mandato: Art. 42 da LRF: É vedado ao titular de Poder ou órgão nos
últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida
integralmente dentro dele ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito.

#QuestãodeProva
(CEBRASPE – Procurador de Contas MPC/PA 2019) - Sete meses antes do fim de seu mandato, que se encerraria
em 31 de dezembro daquele ano, o presidente do tribunal de justiça de certo estado da Federação contraiu
obrigação de despesa orçamentária que não pôde ser cumprida integralmente dentro do exercício financeiro.
Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, a conduta do presidente do tribunal de justiça é considerada (A) regular,
uma vez que apenas chefe do Poder Executivo é impedido de adotá-la. (B) regular, porque ocorreu antes do prazo
limite legalmente previsto, que é de até seis meses antes do término do mandato. (C) irregular se não houver
suficiente disponibilidade de caixa para liquidar o restante da obrigação no exercício seguinte. (D) regular, bastando
incluir o restante da obrigação na rubrica de restos a pagar. (E) irregular, visto que é obrigação do gestor o
cumprimento das obrigações orçamentárias dentro do exercício financeiro.

APOSTA! Restos a pagar e calamidade pública. A vedação do art. 42 da LRF deixa de prevalecer, caso a verba
tenha sido utilizada para o combate da calamidade pública, conforme art. 65, §1º, II, da LRF. Trata-se de novidade
inserida pela LC 173/2020, que despencou na fase subjetiva da PGE/GO.

Despesas Públicas de Origem Administrativa (DEA).

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PRECATÓRIO: Tema que envolve as disciplinas Financeiro, Constitucional e Processo Civil. Pra se ter uma ideia,
Harrison Leite (Financeiro) e Pedro Lenza (Constitucional) “gastam” 74 páginas e 30 páginas, respectivamente, de
seus manuais com o tema. Mas nós vamos te guiar, vem com a gente!

O Conceito e a finalidade são alvo certo de questões

#QuestãodeProva
(Cebraspe – PGE/RO 2022) - Relativamente à disciplina constitucional dos precatórios, assinale a opção correta. (A)
Os pagamentos devidos pela fazenda pública em virtude de sentença judiciária far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, sendo permitida a designação de
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim. (...) (C) Os débitos
de natureza alimentícia em virtude de sentença transitada em julgado com preferência compreendem aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações e benefícios previdenciários,
excluídas as indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil. (...)

(FGV – TJ/MG 2022) Sobre o regime jurídico dos precatórios, analise as afirmativas a seguir. I. Transitada em julgado
a condenação da Fazenda Pública, é devida a expedição do competente precatório, proibido o desmembramento,
mas autorizada a designação de pessoas na dotação orçamentária. II. Os débitos de natureza alimentícia serão pagos
com preferência sobre os demais débitos. III. O regime de expedição de precatório não se aplica a pagamento de
pequeno valor (RPV), conforme previsto em leis próprias dos respectivos entes federados.

Página | 42
Necessário, também, conhecer o procedimento.

Isso aqui também cai sempre: “III - A orientação do Plenário desta Corte firmou-se no sentido de que as
decisões proferidas no cumprimento dos precatórios judiciais possuem cunho administrativo. [ARE 759.979 AgR,
rel. min. Ricardo Lewandoswki, 2ª T, j. 9-9-2014, DJE 188 de 26-9-2014.]” E a súmula 733 do STF: “Não cabe recurso
extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios.”

(Cebraspe – Procurador do MPC/RO 2019) No que se refere a precatórios, assinale a opção correta. (...) (c) Cabe
recurso extraordinário contra decisão proferida em processamento de precatórios (ERRADO)

Atente-se ao alcance do regime principalmente às EXCEÇÕES. Veja a questão das empresas estatais
prestadoras de serviço público em regime não concorrencial.

(FGV – IMBEL – Advogado 2021) A empresa pública federal Beta, dotada de personalidade jurídica de direito privado
com patrimônio próprio e autonomia administrativa, exerce atividade econômica sem monopólio e com finalidade
de lucro. A empresa pública Beta foi condenada à obrigação de pagar quantia certa, no valor de trezentos mil reais,
à sociedade empresária Gama. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, os gestores da estatal Beta consultaram
seu advogado sobre a possibilidade de adoção do regime de precatório. Com base na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o advogado da estatal Beta esclareceu que (...)

(Cebraspe – Procurador do MPC/RO 2019) Considerando o entendimento da doutrina e da jurisprudência do STF


sobre o regime de precatórios e requisições de pequeno valor, assinale a opção correta. (...) (E) Sociedade de
economia mista prestadora de serviço público concorrencial está sujeita ao regime de precatórios (ERRADO)

Saiba que, por diversas vezes, o foram promulgadas Emendas que alteraram o regime dos precatórios, o que
ensejou a propositura de algumas ADIs. Claro que você vai estudar essas ADIs, principalmente as ADIs 4425 e 4357
e os embargos de declaração.

#SeLigaNaJuris

• CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Modulação dos efeitos da ADI que julgou inconstitucional o novo regime
de precatórios. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d3b1fb02964aa64e257f9f26a31f72c
f>. Acesso em: 20/02/2023

Página | 43
• CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Inconstitucionalidade parcial da EC 62/2009. Buscador Dizer o Direito,
Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/f7e2b2b75b04175610e5a00c1e221e
bb>. Acesso em: 20/02/2023

• CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Índices de juros e correção monetária aplicados para condenações
contra a Fazenda Pública (decisão do STF). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c5ab6cebaca97f7171139e4d414ff5a
6>. Acesso em: 20/02/2023

Além da jurisprudência,

ATENÇÃO Em reação às decisões do STF foi promulgada a EC 99/2017 que instituiu novo regime de pagamento
de precatórios, estendendo prazo para pagamento até 2024, mas o prazo foi estendido até 31/12/2029 por força
da RECENTE EC 109/2021. Amigos(as), acha que tem chance de cair uma Emenda de 2021 na sua prova? MUITA!!!
E vai cair a literalidade (Cebraspe), se for prova de certo/errado vão alterar as datas (sim, é jogo sujo, mas é o que
acontece) ou um probleminha simples (FCC), MAS VAI CAIR!

ATENÇÃO 2! Não confunda os índices!!!! O art. 101 do ADCT, com a redação dada pela EC 109/2021, determina
que Estados, DF e Municípios quitarão seus débitos vencidos e que vencerem até 31.12.2029 atualizados pelo IPCA-
E, todavia o art. 3º da EC 113/2021 (não integrado ao corpo da CF) dispõe que Nas discussões e nas condenações
que envolvam a Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para fins de atualização monetária, de
remuneração do capital e de compensação da mora, inclusive do precatório, haverá a incidência, uma única vez, até
o efetivo pagamento, do índice da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic),
acumulado mensalmente.

ATENÇÃO PARA O PERÍODO OBRIGATÓRIO DE INCLUSÃO DO PRECATÓRIO NO ORÇAMENTO E OS JUROS DE


MORA!!! Com a nova redação do §5º do art. 100, da CF, É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de
direito público de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado
constantes de precatórios judiciários apresentados até 2 de abril, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

Assim, atentar-se ao novo período para cálculo dos juros de mora.

APOSTA CEBRASPE! O caso dos anistiados políticos.

Página | 44
• CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Pagamento dos valores retroativos a anistiados políticos. Buscador
Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/da54dd5a0398011cdfa50d559c2c0e
f8>. Acesso em: 20/02/2023

Complementação, Suplementação e Fracionamento de Precatório:


O STF fixou a tese de Repercussão Geral nº 148, confirmando a possibilidade de fracionamento de execução
de sentença para expedição de requisição de pequeno valor em caso de litisconsorte facultativo ativo.

Cessão de Precatório: importante saber que não é necessária a concordância da Fazenda Pública.

Precatórios e reflexos tributários. Compensação realizada pelo contribuinte. Precatório e o processo executivo
fiscal. Precatórios, depósitos judiciais e litigância tributária (LC n. 151/15).

Do sequestro das contas públicas e hipóteses de permissão constitucional. Intervenção Federal. Do


cancelamento de precatórios e sua prescrição

É inconstitucional norma estadual que dispõe sobre valores correspondentes a depósitos judiciais e
extrajudiciais de terceiros, ou seja, em que o ente federado não é parte interessada.

STF. Plenário. ADI 6660/PE, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 20/6/2022 (Info 1060).

Requisições de Pequeno Valor (ASSUNTO ADORA CAIR)

O § 3º do art. 100 da CF/88 prevê uma exceção ao regime de precatórios. Este parágrafo estabelece que, se a
condenação imposta à Fazenda Pública for de “pequeno valor”, o pagamento será realizado sem a necessidade de
expedição de precatório.
Este quantum poderá ser estabelecido por cada ente federado (União, Estado, DF, Município) por meio de leis
específicas, conforme prevê o § 4º do art. 100.

E se o ente federado não editar a lei prevendo o quantum do “pequeno valor”?

Nesse caso, segundo o art. 87 do ADCT da CF/88, para os entes que não editarem suas leis, serão adotados,
como “pequeno valor” os seguintes montantes:

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I - 40 salários-mínimos para Estados e para o Distrito Federal;
II - 30 salários-mínimos para Municípios.

Os entes federados podem editar leis reduzindo a quantia considerada como de pequeno valor, para fins de
RPV, prevista no art. 87 do ADCT da CF/88. Vale ressaltar, no entanto, que a lei que reduz o teto do art. 87 do ADCT
não pode retroagir para incidir sobre as execuções em curso.

#SeLigaNaJuris

• Lei disciplinadora da submissão de crédito ao sistema de execução via precatório possui natureza material e
processual, sendo inaplicável a situação jurídica constituída em data que a anteceda. STF. Plenário.RE
729107, Rel. Marco Aurélio, julgado em 08/06/2020 (Repercussão Geral – Tema 792) (Info 991 – clipping).

• CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A lei que reduz o teto provisoriamente estabelecido pelo art. 87 do ADCT
não pode retroagir para incidir sobre as execuções em curso. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/760abe2f7ea403a5c8ac329f72e4d4
2e>. Acesso em: 20/02/2023

Despesas Públicas e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


O Brasil tem uma Lei que se chama Lei de Responsabilidade Fiscal! Responde aí pra mim, lendo o nome da
lei... quais assuntos você acha que serão mais tratados no instrumento? Renúncia de receitas e execução de
despesas!!! De fato, as despesas são o grande problema, já que o dinheiro deixa os cofres públicos.

Importa saber aqui, especialmente, as Limitação de Empenho e o contingenciamento, especialmente as verbas


que não poderão ser contingenciadas, quais sejam as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade e as ressalvadas pela lei de
diretrizes orçamentárias.

Página | 46
Importante também saber que a limitação de empenho de outros poderes pelo Executivo (art. 9, §3º, da LRF)
teve sua inconstitucionalidade reconhecida na ADI 2.238-5.

Geração de despesa (requisitos – muito cobrado!)

Despesa obrigatória de caráter continuado – DOCC

Despesas com pessoal. Estude esse tema duas vezes e quando for revisar, revise duas vezes!! É o assunto mais
cobrado das provas!!! A maior parte é letra de lei, salvo um ou outro conceito, mas no geral, é lei mesmo!

Estudar o conceito e se atentar, principalmente, às exceções ao cômputo dos gastos e os arts 21 e 22.

Nós avisamos, sabe, esse foi o tema da discursiva da CEBRASPE – 2023 – PGM RECIFE-PE:

O espelho somente queria que você dominasse o art.21 e 22 da LRF (consulta abaixo):

https://cdn.cebraspe.org.br/concursos/pgm_recife_22_procurador/arquivos/PGM_RECIFE_22_PROCURADO
R_PADRO_DE_RESPOSTA_DEFINITIVO_P3.PDF

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Limites de gastos com pessoal: União 50%, demais Entes 60%. Desse limite, o art. 20 da LRF aponta quais serão
os limites de gasto dos Poderes e órgãos, FAÇA BILHETES DE AMOR COM ESSES LIMITES... ELES CAEM!!

A Câmara de Vereadores tem seus gastos limitados diretamente no art. 29-A da CF. Se você vai prestar PGM,
guarde com carinho

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ATENÇÃO! Dar especial atenção ao artigo 65 e seguintes da LRF! Tratam de algumas exceções importantíssimas,
como em caso de calamidade ou baixo crescimento, situações recentemente verificadas e que têm cara de prova.
#LeiaoArtigo
Regra temporária para recondução das despesas com pessoal ao limite

Regra temporária para recondução das despesas com pessoal ao limite. Inovação da LC n. 178/2021. Fôlego aos
novos gestores. - Harrison Leite

Vai cair!
• medidas legais e constitucionais para o controle de gastos com pessoal;
• Sanções (quais são cabíveis quando se excede o teto de gastos com pessoal, o que fazer, em quanto
tempo reduzir

TEMAS DE DISCURSIVA, inclusive como argumentos em questões alocadas em outras disciplinas:


• Direito à nomeação e à incorporação de vantagens versus limitação orçamentária;
• Direito à revisão anual em tempos de crise financeira. Dos custos dos direitos;

Despesas com pessoal e calamidade pública (atenção pandemia!)

#SeLigaNaJuris

• “Os limites da despesa total com pessoal e as vedações à concessão de vantagens, reajustes e aumentos
remuneratórios previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal somente podem ser afastados quando a despesa
for de caráter temporário, com vigência e efeitos restritos à duração da calamidade pública, e com propósito
exclusivo de enfrentar tal calamidade e suas consequências sociais e econômicas”. STF. Plenário. ADI
6394/AC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 20/11/2020 (Info 1000).

Suspensão das sanções frente à queda das receitas. Inovação da LC n. 164/2018;

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Despesas Públicas e O Novo Regime Fiscal (EC n. 95/16 – “PEC dos Gastos Públicos”)
Período do Novo Regime Fiscal. Alcance do Regime. Indexador do crescimento das despesas Exceções ao
regime. Compensação a curto prazo às despesas dos demais órgãos e Poderes. Vedações. Novo Regime Fiscal e a
proteção dos direitos sociais. Pandemia e o teto dos gastos. Ele se sustenta?

Abaixo segue um “plus”, algo que pode ser cobrado tanto na Discursiva como também dentro de uma
pergunta contexto em fase objetiva. Apesar de que saber o contexto da LC 173/2020 é importante pois ela alterou
a LRF!!

Despesa Pública em Tempos de Crise – Reflexos da pandemia da Covid-19. EC n. 106/20 e LC n. 173/20.


Critérios para a fixação das despesas em tempos de crise.
O recente caso Coronavírus – como os poderes enfrentaram o problema.
Medidas legislativas tomadas no âmbito da receita, da despesa e do crédito público para o combate à crise.
EC 106/20 e LC n. 173/20.

#LeiamosArtigos
Direito Financeiro de Guerra por Luma Cavaleiro de Macêdo Scaff e Arthur Porto Reis Guimarães:

https://www.conjur.com.br/2020-jul-08/scaff-guimaraes-direito-financeiro-guerra-covid-19

A pandemia desfaz o mito do orçamento equilibrado por Ricardo Lodi Ribeiro

https://www.conjur.com.br/2020-jul-07/ricardo-lodi-pandemia-desfaz-mito-orcamento-equilibrado

Página | 50
Sobre o CONTROLE ORÇAMENTÁRIO, veja:

Entenda mais sobre o Controle Orçamentário: Controle Interno e Controle Externo

https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/entenda-mais-sobre-o-controle-orcamentario-controle-interno-e-
controle-externo/

A função dos tribunais de contas no controle da execução orçamentária e financeira da Administração Pública

https://apps.tre-go.jus.br/internet/verba-legis/2017/Artigos-09_A-funcao-dos-tribunais-de-contas-no-controle-
da-execucao-orcamentaria-e-financeira-da-Administracao-Publica.php

5. CRÉDITO PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA Resultado


Questões:

Estudei:

Comentários: Doutrina + lei (arts. 29 a 40 da LRF; arts. 48, XIV, e 52, V a IX, da CF) + questões

Os artigos que mais são cobrados são o 32 e o 40, foco neles!

Se houver dificuldade, recomendo a leitura do manual do Harrison Leite, capítulo 5.

Página | 51
Apesar de alguns conceitos doutrinários, para fins de prova deve-se adotar o conceito amplíssimo estabelecido
no art. 29, III, da LRF: operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de
crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o
uso de derivativos financeiros;

Crédito Público na Constituição Federal: saiba bem a atribuição (ISSO MESMO, ÚNICA)ões do Congresso
Nacional (art. 48, XIV) e as atribuições do Senado Federal (art. 52, V a IX). O Senado edita inúmeras resoluções como
fonte normativa para o direito financeiro, especialmente na seara do crédito público, a exemplo da Resolução
48/2007.

Saiba bem os conceitos de dívida pública flutuante (art. 92 da Lei 4.320) vs fundada ou consolidada (art. 29, I,
da LRF)

Aliás, saiba bem TODOS os conceitos do art. 29 da LRF.

Rememore a regra de ouro, lembra dela? Art. 167. São vedados: III - a realização de operações de créditos que
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Mas lembre-se!!! A regra de ouro fica dispensada em caso de calamidade pública. Assim, as operações de
crédito podem exceder o montante das despesas de capital.

Ah, fica esperto com a competência do Senado!

Crédito Público e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

APOSTA! Art. 65, §1º, da LRF: “§ 1º Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional,
nos termos de decreto legislativo, em parte ou na integralidade do território nacional e enquanto perdurar a
situação, além do previsto nos inciso I e II do caput: I - serão dispensados os limites, condições e demais restrições
aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como sua verificação, para: a) contratação

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e aditamento de operações de crédito; b) concessão de garantias; c) contratação entre entes da Federação; e d)
recebimento de transferências voluntárias;”

Da contratação das operações de crédito.


Operações de crédito proibidas: MEMORIZAR os artigos 35 a 37 da LRF

Concessão de Garantias e contragarantias: tema pouco explorado pelo estudante, é tratado pelo art. 40 da
LRF. Para te encorajar a estudar o tema, vai aí uma questão!.
#QuestãodeProva
(CEBRASPE – MPC/SC 2022) Com base no disposto na Lei Complementar n.º 101/2000 (Lei de Responsabilidade
Fiscal), julgue o item subsequente. Um ente federativo poderá conceder garantia em operações de crédito externas
acerca da classificação de capacidade de pagamento dos mutuários, estando tal garantia condicionada ao
oferecimento de contragarantia por órgãos e entidades do próprio ente, em valor igual ou superior ao da garantia
a ser concedida. (C) (E).

Limites e controle para o endividamento público (APOSTA)


Antecipação da Receita Orçamentária (ARO)

CESPE/CEBRASPE, PGM MANAUS, 2018: À luz da legislação e da doutrina em matéria de responsabilidade fiscal,
julgue o item a seguir.
Em operação de crédito firmada por um estado da Federação junto a banco estrangeiro com a garantia da
União, esta pode exigir do ente mutuário, a título de contragarantia, a vinculação de receitas provenientes de
transferências constitucionais, mas não de receitas tributárias diretamente arrecadadas, porquanto elas são
indispensáveis ao funcionamento da administração estadual. Errado.

CESPE/CEBRASPE, TCE-PR, 2016 (Adaptada): Os títulos da dívida pública dos estados e dos municípios poderão ser
oferecidos em caução para a garantia de empréstimos. Certo.

No mais, LEIA PELO MENOS 3 VEZES OS DISPOSITIVOS INDICADOS, e releia periodicamente (revisões)
intercalado com questões.

Página | 53
6. CONTROLE DA ATIVIDADE FINANCEIRA Resultado
Questões:

Estudei:

Tema de baixa relevância.

Olha, você precisa saber sobre os aspectos de controle, bem como, sobre o Tribunal de Contas.

Diferencie a fiscalização do ato para contrato, viu?

Origem dos recursos fiscalizados como critério para definição de competências dos Tribunais de Contas e do
Judiciário.
Eficácia e natureza jurídica das decisões (jurisprudência).
Competências. Tribunais de Contas e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Tribunais de Contas e Sigilo Bancário.
Pode extinguir Tribunal de Contas dos Municípios? (STF-ADI 5763/CE-DJ em 23/10/19)
STF-ADI 2631/PA.
STF-ADI 4.190-MC.

Página | 54
Seguem quadros retirados da aula da professora Natalia Riche:

Página | 55
Página | 56
Se não viu em Constitucional, leia todos os julgados:

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar/?categoria=1&subcategoria=7

Página | 57
7. REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: lei + site + questões

Tema de baixa relevância e quase exclusivo aos que pretendem carreiras estaduais, mas pode aparecer como
surpresa em uma segunda fase.

O Regime de Recuperação Fiscal vem para socorrer os Estados que se encontrem em situação financeira
colapsada ou à beira de colapso, permitindo que os Estados gozem de alguns benefícios, a exemplo de flexibilização
de regras fiscais. Em contrapartida, há vedações na LC 159/2017, especialmente atinente ao aumento de despesa.

Página | 58
As questões não trazem grande complexidade, de forma que uma lida no site do tesouro e na LC 159/2017
suprirá bem o tema. Atente especialmente para as vedações estabelecidas no art. 8º da LC 159.

https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/estados-e-municipios/regime-de-recuperacao-fiscal-rrf

#QuestãodeProva
(FGV – PGE/SC – 2022) O Estado Alfa encontra-se em Regime de Recuperação Fiscal nos termos da Lei
Complementar nº 159/2017. Deseja conceder isenção de ICMS na aquisição de veículos automotores por parte de
taxistas que utilizem o veículo para seu exercício profissional. Durante a vigência desse Regime de Recuperação
Fiscal, o Estado:
(A) não poderá conceder nenhum benefício tributário referente ao ICMS, por expressa vedação legal; (B) desde que
previamente autorizado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, mediante Decreto do governador, poderá
conceder tal isenção; (C) poderá conceder tal isenção mediante prévia e expressa autorização do ministro da
Economia; (D) só poderia conceder tal isenção mediante autorização específica em lei federal; (E) ainda que com
prévia autorização do Conselho Nacional de Política Fazendária, necessitaria aprovar lei estadual específica
concessiva de tal isenção.

8. CONSOLIDANDO A BASE Resultado


Questões:

Estudei:

Como item adicional, você precisa fazer toda a leitura COMPLETA da Lei n. 4.320/1964, bem como da LC
101/2000.

Além disso, saiba bem os arts. 163 a 169 da CF.

Por fim, vejam esses julgados sobre Direito Financeiro com atenção ao que foi declarado inconstitucional

Página | 59
pelo STF na ADI 2238.

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar?categoria=14&subcategoria=158

Leia bem os fundamentos:


• ADI 6442/DF, ADI 6447/DF, ADI 6450/DF e ADI 6525/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
13/3/2021 (Info 1009).

Página | 60

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