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Aula 14 (Somente em

PDF)
Receita Federal (Auditor Fiscal) Direito
Tributário - 2022 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos, Fábio Dutra

20 de Janeiro de 2023

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


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Índice
1) Processo Administrativo Fiscal
..............................................................................................................................................................................................3

2) Questões Comentadas - Processo Administrativo Fiscal


..............................................................................................................................................................................................
39

3) Lista de Questões - Processo Administrativo Fiscal


..............................................................................................................................................................................................
50

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DECRETO 70.235 (PROCESSO ADMINISTRATIVO


FEDERAL)
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE PROCESSO
ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
A regulação do processo administrativo tributário tem base no direito fundamental previsto no art. 5º, LV,
da CF:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

(...)

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são


assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

O Decreto 70235/72 regula o processo administrativo tributário em âmbito federal, relativamente aos
tributos de competência da União, e devemos destacar que foi recepcionado pela CF/88 com força de lei
ordinária.

Inicialmente, é importante mencionar que Decreto 70235/72 tem duas finalidades bem claras:

• Reger o processo administrativo de determinação e exigência dos créditos tributários da União;


• Reger o processo administrativo de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal.

Art. 1° Este Decreto rege o processo administrativo de determinação e exigência dos


créditos tributários da União e o de consulta sobre a aplicação da legislação tributária
federal.

Inicialmente, abordaremos as regras atinentes ao processo fiscal de exigência de créditos tributários, os


respectivos prazos, intimações, julgamentos e defesas. Depois, partiremos para o processo de consulta. E,
por último, nossa análise será direcionada as regras sobre nulidades previstas no Decreto 70235/72.

Antes, porém, de iniciarmos, vamos apelidar o nosso Decreto 70235/72 de PAF. Todas as vezes que
mencionarmos “o PAF...” estaremos nos referindo ao famigerado Decreto 70235/72. Combinado?!

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Então, vamos lá, meus amigos!

DO PROCESSO FISCAL

Dos Atos e Termos Processuais

Vejamos o que o Decreto 70235/72 estabelece acerca dos atos e termos do processo fiscal:

Art. 2º Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada,
conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco, e sem
entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas.

Parágrafo único. Os atos e termos processuais poderão ser formalizados, tramitados,


comunicados e transmitidos em formato digital, conforme disciplinado em ato da
administração tributária. (Redação dada pela Lei nº 12.865, de 2013)

Art. 3° A autoridade local fará realizar, no prazo de trinta dias, os atos processuais que
devam ser praticados em sua jurisdição, por solicitação de outra autoridade preparadora
ou julgadora.

Art. 4º Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais no prazo de


oito dias.

Agora, destacamos pontos essenciais que vocês precisam memorizar para a prova:

Como regra, os atos e termos processuais conterão somente o indispensável à sua


finalidade;

Os atos e termos processuais não devem ter espaço em branco, entrelinhas, rasuras ou
emendas não ressalvadas.

É possível que os atos e termos processuais poderão ser formalizados, tramitados,


comunicados e transmitidos em formato digital.

Prazo para realizar atos processuais solicitados por outra autoridade


julgadora/preparadora: 30 dias.

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Prazo (regra) para o servidor executar os atos processuais: 8 dias.

Sobre a digitalização dos documentos, vale destacar que atualmente as intimações são, via de regra,
assinadas digitalmente. A depender da circunstância, até mesmo a ciência ao contribuinte é realizada de
forma digital, como se verá no art. 23, do PAF.

Como exemplo de ato da administração tributária dispondo sobre a digitalização, vejamos o contexto da IN
RFB 2022/2021 (não há necessidade de estudarmos a referida norma complementar):

Dispõe sobre a entrega de documentos e a interação eletrônica em processos digitais no âmbito da Secretaria
Especial da Receita Federal do Brasil.

Dos Prazos

Agora, sobre a forma de contagem de prazo dentro da administração tributária, preste atenção:

Art. 5º Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-
se o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão


em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. (Vide Medida Provisória nº 367, de
1993)

A regra acima é válida para todos os prazos processuais, incluindo-se, por exemplo, o prazo que o sujeito
passivo possui para atender uma intimação lavrada pelo Auditor-Fiscal da RFB. É válido também para a
contagem do prazo para impugnação de um auto de infração.

Um Auditor-Fiscal intimou um contribuinte para prestar determinadas informações, no curso de uma


diligência fiscal, concedendo-lhe o prazo de 15 dias para atendimento da intimação. Considerando que a
data da ciência do termo ocorreu em 05/01/2022, como deveria ser feita a contagem do prazo de 15 dias?

Regra 1 – Excluir a contagem do dia de início, ou seja, do dia do recebimento da intimação: dia 05/01.

Regra 2 – Contar o prazo de forma contínua, ou seja, iniciando-se em 06/01, sem interrupção, o que resultaria
no dia 20/01.

Regra 3 – Incluir o dia de vencimento, ou seja, 20/01. Por isso, o prazo se expira em 20/01.

Observação: Lembrando que o dia inicial e o dia final precisam ser dias com expediente
normal no órgão.

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Do Procedimento

Vamos tratar agora sobre o procedimento fiscal. Primeiramente, precisamos saber algo muito importante,
que é quando ocorre o início do procedimento fiscal (segura aí que você entenderá o porquê disso):

Art. 7º O procedimento fiscal tem início com: (Vide Decreto nº 3.724, de 2001)

I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o


sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;

II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;

III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Veja que o inciso I deixa claro que é a “ciência do contribuinte” e não a data da assinatura do Auditor-Fiscal
que vai definir a data do início do procedimento fiscal.

A data do início do procedimento fiscal depende da ciência do sujeito passivo, não


bastando a data de lavratura do termo.

Agora vamos entender a importância do início do procedimento fiscal. Quando o contribuinte pratica uma
infração à legislação tributária, a consequência disso é a aplicação de uma penalidade prevista em lei. Afinal,
essa é a responsabilidade pela infração.

Ocorre que o art. 138, do Código Tributário Nacional (CTN), prevê a possibilidade de se excluir a
responsabilidade pela infração, se o sujeito passivo oferecer a conhecida “denúncia espontânea”. Senão,
vejamos:

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,


acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do
depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do
tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de


qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a
infração. (CTN)

Veja que o parágrafo único estabelece que não se considera espontânea a denúncia apresentada após o
início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

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Agora acredito que você já tenha feito uma relação lógica da importância de se saber o exato momento do
início do procedimento administrativo, correto? É para excluir a espontaneidade do contribuinte. A partir
do início do procedimento fiscal, o contribuinte não pode mais excluir a responsabilidade pela infração.

§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos


atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas infrações
verificadas.

“Professor, então significa que uma vez iniciado o procedimento fiscal, o contribuinte não readquire a
espontaneidade?” Errado! Como assim?! Vamos entender!

§ 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo
de sessenta dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato
escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos.

Veja que cabe ao servidor responsável manter a exclusão da espontaneidade do contribuinte, porque esta
é automaticamente readquirida se houver um intervalo de 60 dias sem a emissão de nenhum ato processual,
que indique o prosseguimento dos trabalhos.

Art. 8º Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão lavrados, sempre que


possível, em livro fiscal, extraindo-se cópia para anexação ao processo; quando não
lavrados em livro, entregar-se-á cópia autenticada à pessoa sob fiscalização.

Atualmente, a praxe é a entrega de cópia autenticada, uma vez que os livros fiscais são entregues
digitalmente pelo sujeito passivo, por meio do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).

Art. 9º A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão


formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada
tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos,
depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do
ilícito. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 1º Os autos de infração e as notificações de lançamento de que trata o caput deste artigo,


formalizados em relação ao mesmo sujeito passivo, podem ser objeto de um único
processo, quando a comprovação dos ilícitos depender dos mesmos elementos de prova.
(Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 2º Os procedimentos de que tratam este artigo e o art. 7º, serão válidos, mesmo que
formalizados por servidor competente de jurisdição diversa da do domicílio tributário do
sujeito passivo. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 3º A formalização da exigência, nos termos do parágrafo anterior, previne a jurisdição e


prorroga a competência da autoridade que dela primeiro conhecer. (Incluído pela Lei nº
8.748, de 1993)

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§ 4º O disposto no caput deste artigo aplica-se também nas hipóteses em que, constatada
infração à legislação tributária, dela não resulte exigência de crédito tributário. (Incluído
pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 5º Os autos de infração e as notificações de lançamento de que trata o caput deste artigo,


formalizados em decorrência de fiscalização relacionada a regime especial unificado de
arrecadação de tributos, poderão conter lançamento único para todos os tributos por eles
abrangidos. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 6º O disposto no caput deste artigo não se aplica às contribuições de que trata o art. 3º
da Lei no 11.457, de 16 de março de 2007. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Se liga então em como funciona a formalização de autos de infração ou notificações de lançamento:

• Será um auto de infração/notificação de lançamento para cada tributo ou penalidade;

• Cada auto de infração/notificação de lançamento deve ser instruído com todos os termos,
depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito.

Embora seja uma auto de infração para cada tributo ou penalidade, se houver mais de um tributo e os
elementos de prova forem os mesmos, é possível incluir ambos autos de infração no mesmo processo fiscal
(desde que referentes ao mesmo sujeito passivo). Neste caso, teríamos 2 autos de infração e apenas um
número de processo fiscal.

A validade do auto de infração não está condicionada à sua lavratura por servidor de
outra jurisdição (diferente do domicílio tributário do sujeito passivo).

Exemplo: Assim, um Auditor-Fiscal lotado no Rio de Janeiro pode lavrar auto de infração
contra um contribuinte sediado em São Paulo.

Vejamos, a seguir, as formalidades que devem constar no documento do auto de infração:

Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação
da falta, e conterá obrigatoriamente:

I - a qualificação do autuado;

II - o local, a data e a hora da lavratura;

III - a descrição do fato;

IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;

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V - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de


trinta dias;

VI - a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.

Atenção, jamais se esqueça de que o prazo para impugnação ou cumprimento (pagamento) da exigência
fiscal é de 30 dias (seguindo aquela forma de contagem de prazo que aprendemos nesta aula).

Art. 11. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e
conterá obrigatoriamente:

I - a qualificação do notificado;

II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou impugnação;

III - a disposição legal infringida, se for o caso;

IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro servidor autorizado e a indicação


de seu cargo ou função e o número de matrícula.

Parágrafo único. Prescinde de assinatura a notificação de lançamento emitida por processo


eletrônico.

Após ler os arts. 10 e 11, talvez você esteja em dúvida sobre qual seria a diferença entre auto de infração e
notificação de lançamento. A diferença fundamental é a seguinte:

• Auto de infração é lavrado pelo servidor (Auditor-Fiscal da RFB, que possui a competência privativa
para o lançamento tributário);

• Notificação de lançamento é expedida em nome do órgão, em nome da Receita Federal, mas veja
que, mesmo assim, na notificação deve constar a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro
servidor autorizado e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.

Em ambos os casos, haverá constituição do crédito tributário, conforme prevê o art. 142,
do Código Tributário Nacional.

Art. 12. O servidor que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e
não for competente para formalizar a exigência, comunicará o fato, em representação
circunstanciada, a seu chefe imediato, que adotará as providências necessárias.

Art. 13. A autoridade preparadora determinará que seja informado, no processo, se o


infrator é reincidente, conforme definição da lei específica, se essa circunstância não tiver
sido declarada na formalização da exigência.

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O art. 12 fala sobre a necessidade de representação circunstanciada, caso o servidor que constate a
ocorrência da infração não tiver competência para formalizar a exigência fiscal.

Agora vamos falar o que ocorre após a ciência do auto de infração/notificação de lançamento por parte do
contribuinte. Este tem o prazo legal para cumprir a exigência (pagamento) ou apresentar sua impugnação.

Ao impugnar, haverá a fase litigiosa do procedimento, ou seja, haverá julgamento na esfera administrativa,
por parte dos órgãos competentes:

Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento.

Aproveitamos para fazer uma análise do que se estuda no Direito Tributário.

1 – O contribuinte pode pagar a exigência fiscal (ou pedir o parcelamento);

2 – O contribuinte pode apresentar a impugnação no prazo legal;

3 – Omissão por parte do contribuinte (revelia).

1 – O contribuinte pode pagar a exigência fiscal (ou pedir o parcelamento);

O pagamento extingue o crédito tributário, nos termos do art. 156, I, do CTN.

Por outro lado, com a concessão do parcelamento, o crédito tributário fica com a
exigibilidade suspensa, durante o período de adimplemento das parcelas devidas, com
base no art. 151, VI, do CTN.

2 – O contribuinte pode apresentar a impugnação no prazo legal;

A apresentação tempestiva da impugnação suspende a exigibilidade do crédito tributário,


nos termos do art. 151, III, do CTN, independentemente de depósito de qualquer valor
pelo contribuinte.

Ao fim do processo administrativo (com a decisão definitiva), sendo o crédito tributário


mantido, haverá a sua constituição definitiva, dando início ao prazo prescricional (CTN, art.
174).

Se, por outro lado, houver a sua desconstituição, o crédito tributário terá sido extinto, com
base no art. 156, IX, do CTN.

3 – Omissão por parte do contribuinte (revelia).

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Não sendo cumprida nem impugnada a exigência, a autoridade preparadora declarará a


revelia, conforme art. 21, do PAF.

Com isso, temos a constituição definitiva do crédito tributário, dando início ao prazo
prescricional (CTN, art. 174).

Art. 14-A. Art. 14-A. No caso de determinação e exigência de créditos tributários da União
cujo sujeito passivo seja órgão ou entidade de direito público da administração pública
federal, a submissão do litígio à composição extrajudicial pela Advocacia-Geral da União é
considerada reclamação, para fins do disposto no inciso III do art. 151 da Lei no 5.172, de
25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.140, de
2015) Vigência

Após tratarmos das características formais do auto de infração e da notificação de lançamento, é o momento
de comentarmos sobre a impugnação apresentada pelo contribuinte:

Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se
fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de trinta dias, contados da
data em que for feita a intimação da exigência.

Art. 16. A impugnação mencionará:

I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;

II - a qualificação do impugnante;

III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as


razões e provas que possuir; (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os


motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames
desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional
do seu perito. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendo ser juntada cópia
da petição. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

O prazo para impugnação é de 30 dias, contados da ciência da intimação da exigência.

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Lembre-se de que na exigência fiscal, deve constar a intimação para pagamento ou


impugnação.

§ 1º Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender


aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)

Lembre-se dos requisitos: devem ser expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos
quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a
qualificação profissional do seu perito.

§ 2º É defeso ao impugnante, ou a seu representante legal, empregar expressões injuriosas


nos escritos apresentados no processo, cabendo ao julgador, de ofício ou a requerimento
do ofendido, mandar riscá-las. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 3º Quando o impugnante alegar direito municipal, estadual ou estrangeiro, provar-lhe-á


o teor e a vigência, se assim o determinar o julgador. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o


impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que: (Incluído pela Lei nº
9.532, de 1997)

a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força


maior;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

b) refira-se a fato ou a direito superveniente;(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.(Incluído pela


Lei nº 9.532, de 1997)

§ 5º A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade


julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma
das condições previstas nas alíneas do parágrafo anterior. (Incluído pela Lei nº 9.532, de
1997)

§ 6º Caso já tenha sido proferida a decisão, os documentos apresentados permanecerão


nos autos para, se for interposto recurso, serem apreciados pela autoridade julgadora de
segunda instância. (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

A regra é apresentar as provas documentais da impugnação dentro do prazo de 30 dias. Caso contrário, o
contribuinte apresentaria sua impugnação dentro dos 30 dias, sem qualquer comprovação, trazendo provas
anos após essa data, o que seria inadequado, e ainda acarretaria morosidade na solução do litígio. Mas temos
as exceções:

a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior;

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b) refira-se a fato ou a direito superveniente;

c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.

Em tais exceções, ao serem apresentadas as provas, caso já tenha sido proferida a decisão em primeira
instância, os documentos apresentados permanecerão nos autos para, se for interposto recurso, serem
apreciados pela autoridade julgadora de segunda instância.

Art. 17. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente
contestada pelo impugnante. (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)

Esta regra vale para aquelas situações em que a autuação fiscal, por exemplo, se refere à glosa de despesas
indedutíveis. Imagine que a autoridade fiscal glosou mais de um tipo de despesa operacional, por considerá-
las indedutíveis.

Se o contribuinte apresentar impugnação expressa apenas a uma categoria de despesa, presume-se como
não impugnada a outra categoria.

Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a


requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendê-las
necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o
disposto no art. 28, in fine. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 1º Deferido o pedido de perícia, ou determinada de ofício, sua realização, a autoridade


designará servidor para, como perito da União, a ela proceder e intimará o perito do sujeito
passivo a realizar o exame requerido, cabendo a ambos apresentar os respectivos laudos
em prazo que será fixado segundo o grau de complexidade dos trabalhos a serem
executados.(Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 2º Os prazos para realização de diligência ou perícia poderão ser prorrogados, a juízo da


autoridade. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

Os prazos para realização de diligência ou perícia poderão ser prorrogados, a juízo da


autoridade.

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§ 3º Quando, em exames posteriores, diligências ou perícias, realizados no curso do


processo, forem verificadas incorreções, omissões ou inexatidões de que resultem
agravamento da exigência inicial, inovação ou alteração da fundamentação legal da
exigência, será lavrado auto de infração ou emitida notificação de lançamento
complementar, devolvendo-se, ao sujeito passivo, prazo para impugnação no concernente
à matéria modificada. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)

Art. 20. No âmbito da Secretaria da Receita Federal, a designação de servidor para


proceder aos exames relativos a diligências ou perícias recairá sobre Auditor-Fiscal do
Tesouro Nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

O Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional é atualmente o Auditor-Fiscal da RFB.

Art. 21. Não sendo cumprida nem impugnada a exigência, a autoridade preparadora
declarará a revelia, permanecendo o processo no órgão preparador, pelo prazo de trinta
dias, para cobrança amigável. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 1º No caso de impugnação parcial, não cumprida a exigência relativa à parte não litigiosa
do crédito, o órgão preparador, antes da remessa dos autos a julgamento, providenciará a
formação de autos apartados para a imediata cobrança da parte não contestada,
consignando essa circunstância no processo original. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de
1993)

§ 2º A autoridade preparadora, após a declaração de revelia e findo o prazo previsto no


caput deste artigo, procederá, em relação às mercadorias e outros bens perdidos em razão
de exigência não impugnada, na forma do art. 63. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

§ 3° Esgotado o prazo de cobrança amigável sem que tenha sido pago o crédito tributário,
o órgão preparador declarará o sujeito passivo devedor remisso e encaminhará o processo
à autoridade competente para promover a cobrança executiva.

§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplicar-se-á aos casos em que o sujeito passivo não
cumprir as condições estabelecidas para a concessão de moratória.

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Não sendo cumprida nem impugnada a exigência, a autoridade preparadora declarará a


revelia, permanecendo o processo no órgão preparador, pelo prazo de trinta dias, para
cobrança amigável.

Revelia = Constituição definitiva do crédito tributário.

Neste caso, o processo ficará por 30 dias no órgão preparador para cobrança amigável.

Findo o prazo, será remetido para Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para os


procedimentos relativos à cobrança judicial.

Art. 22. O processo será organizado em ordem cronológica e terá suas folhas numeradas e
rubricadas.

Como já foi comentado, atualmente os processos são instruídos digitalmente, mas não deixaram de ser
organizados em cumprimento a essa dispositivo, isto é, organizado em ordem cronológica e terá suas folhas
numeradas e rubricadas.

Da Intimação

Art. 23. Far-se-á a intimação:

I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição


ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou,
no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar; (Redação dada pela Lei nº
9.532, de 1997)

II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento
no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de
1997)

III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: (Redação dada pela Lei nº
11.196, de 2005)

a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou (Incluída pela Lei nº 11.196, de 2005)

b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo. (Incluída pela
Lei nº 11.196, de 2005)

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Meios de realizar a intimação:

I – pessoal;

II - por via postal;

III - por meio eletrônico pelo:

a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou

b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo.

§ 1º Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando
o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação
poderá ser feita por edital publicado: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I - no endereço da administração tributária na internet; (Incluído pela Lei nº 11.196, de


2005)

II - em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação; ou


(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

III - uma única vez, em órgão da imprensa oficial local. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

O edital só deve ser utilizado quando um dos meios previstos (pessoal, postal ou
eletrônico) for improfícuo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta
perante o cadastro fiscal.

Atenção! Uma boa pegadinha para a prova seria dizer que é necessário que todos os meios
de intimação se mostrem improfícuos, para só então realizar a ciência pelo edital. ERRADO!

§ 2° Considera-se feita a intimação:

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I - na data da ciência do intimado ou da declaração de quem fizer a intimação, se pessoal;

II - no caso do inciso II do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, quinze
dias após a data da expedição da intimação; (Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)

III - se por meio eletrônico: (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013)

a) 15 (quinze) dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio


tributário do sujeito passivo; (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013)

b) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído
pela administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto na alínea a; ou (Redação
dada pela Lei nº 12.844, de 2013)

c) na data registrada no meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo;


(Incluída pela Lei nº 12.844, de 2013)

IV - 15 (quinze) dias após a publicação do edital, se este for o meio utilizado. (Incluído pela
Lei nº 11.196, de 2005)

Veja, portanto, que, sendo feita a ciência pessoal, a intimação considera-se realizada na própria data da
ciência. Sendo, por outro lado, pela via postal, a data é considerada como a data do recebimento, constante
do Aviso de Recebimento (AR) dos Correios, ou, se omitida tal data, quinze dias após a data da expedição da
intimação.

Antes de avançarmos para a ciência eletrônica, saiba que se o Aviso de Recebimento constar como devolvido,
ou seja, se não for recebido pelo destinatário, considera-se como improfícua a ciência, e o meio adequado
se torna o edital, como já aprendemos.

Em relação ao meio eletrônico, é a data da consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela
administração tributária, se ocorrida antes do prazo de 15 dias. O mesmo prazo de 15 dias vale para a
realização da ciência via edital.

§ 3º Os meios de intimação previstos nos incisos do caput deste artigo não estão sujeitos a
ordem de preferência. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 4º Para fins de intimação, considera-se domicílio tributário do sujeito passivo: (Redação


dada pela Lei nº 11.196, de 2005)

I - o endereço postal por ele fornecido, para fins cadastrais, à administração tributária; e
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

II - o endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, desde que


autorizado pelo sujeito passivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

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§ 5º O endereço eletrônico de que trata este artigo somente será implementado com
expresso consentimento do sujeito passivo, e a administração tributária informar-lhe-á as
normas e condições de sua utilização e manutenção. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

Não há ordem de preferência entre os meios de intimação (pessoal, postal ou eletrônico).

O edital só é utilizado em caso de impossibilidade dos meios acima, ou em caso de


inaptidão do cadastro do contribuinte.

A ciência por meio eletrônico depende de prévio e expressa autorização do sujeito


passivo.

§ 6º As alterações efetuadas por este artigo serão disciplinadas em ato da administração


tributária. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

§ 7º Os Procuradores da Fazenda Nacional serão intimados pessoalmente das decisões do


Conselho de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais, do Ministério da
Fazenda na sessão das respectivas câmaras subseqüente à formalização do
acórdão.(Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)

§ 8º Se os Procuradores da Fazenda Nacional não tiverem sido intimados pessoalmente


em até 40 (quarenta) dias contados da formalização do acórdão do Conselho de
Contribuintes ou da Câmara Superior de Recursos Fiscais, do Ministério da Fazenda, os
respectivos autos serão remetidos e entregues, mediante protocolo, à Procuradoria da
Fazenda Nacional, para fins de intimação.(Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)

§ 9º Os Procuradores da Fazenda Nacional serão considerados intimados pessoalmente


das decisões do Conselho de Contribuintes e da Câmara Superior de Recursos Fiscais, do
Ministério da Fazenda, com o término do prazo de 30 (trinta) dias contados da data em que
os respectivos autos forem entregues à Procuradoria na forma do § 8º deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 11.457, de 2007)

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Da Competência

Preste muita atenção aos detalhes desse tópico, porque é mais um tema relevante para a sua prova! Os que
não derem a devida ênfase, podem acabar perdendo um ponto precioso na prova. Vamos lá!

Art. 24. O preparo do processo compete à autoridade local do órgão encarregado da


administração do tributo.

Parágrafo único. Quando o ato for praticado por meio eletrônico, a administração
tributária poderá atribuir o preparo do processo a unidade da administração tributária
diversa da prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Basicamente, foi dito que é a autoridade local quem deve realizar o preparo do processo, com exceção dos
atos praticados por meio eletrônico, em que se abre a possibilidade de realização por outra unidade da
administração tributária.

Art. 25. O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados


pela Secretaria da Receita Federal compete: (Redação dada pela Medida Provisória nº
2.158-35, de 2001) (Vide Decreto nº 2.562, de 1998)

I - em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos de


deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal; (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001) (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004)
(Vide Lei nº 8.748, de 1993)

a) aos Delegados da Receita Federal, titulares de Delegacias especializadas nas atividades


concernentes a julgamento de processos, quanto aos tributos e contribuições
administrados pela Secretaria da Receita Federal. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de
1993) (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004) (Vide Lei nº 11.119, de 2005)

b) às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta


dessa indicação, aos chefes da projeção regional ou local da entidade que administra o
tributo, conforme for por ela estabelecido. (Vide Medida Provisória nº 232, de 2004)

II – em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão colegiado,


paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar
recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de
natureza especial. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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1ª Instância: Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJ), órgãos de deliberação


interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal.

a) aos Delegados da Receita Federal, quanto aos tributos e contribuições administrados


pela Secretaria da Receita Federal.

b) às autoridades mencionadas na legislação de cada um dos demais tributos ou, na falta


dessa indicação, aos chefes da projeção regional ou local da entidade que administra o
tributo, conforme for por ela estabelecido.

2ª Instância: Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão colegiado,


paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda.

Veja algumas características do CARF:

• Órgão colegiado;
• Órgão paritário: possui conselheiros representantes da Fazenda Nacional e representantes dos
contribuintes (advogados);
• Órgão integrante da estrutura do Ministério da Fazenda: diferentemente da DRJ, não está dentro
da estrutura organizacional da RFB.

§ 1º O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais será constituído por seções e pela


Câmara Superior de Recursos Fiscais. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 2º As seções serão especializadas por matéria e constituídas por câmaras. (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º A Câmara Superior de Recursos Fiscais será constituída por turmas, compostas pelos
Presidentes e Vice-Presidentes das câmaras. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 4º As câmaras poderão ser divididas em turmas. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

Dentro da estrutura do CARF, temos as seções e a CSRF (Câmara Superior de Recursos Fiscais). A CSRF julga
recursos especiais, contra os acórdãos do próprio CARF, em situações específicas.

Então, no CARF, temos a CSRF e as seções, que são divididas por matéria (IRPJ/CSLL e outra para IRPF/C.
Previdenciárias, a título de exemplo). Dentro de cada seção, temos câmaras, podendo estas serem dividas
em turmas de julgamento.

Já a CSRF é dividida por turmas de julgamentos, compostas pelos Presidentes e Vice-Presidentes das
câmaras, que falamos no parágrafo anterior.

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Optamos por não inserir o organograma oficial do CARF em nossa aula, pois ele contém muitas
especificidades do próprio Regimento Interno, o que traria mais confusão do que esclarecimento. Em seu
lugar, apresentamos um resumo da estrutura (com exceção da CSRF):

CARF SEÇÕES CÂMARAS TURMAS

•2ª Instância •Dividas por •Podem ser •Turmas de


matéria divididas em Julgamento.
turmas.

Observação: A CSRF é dividida por turmas de julgamentos, compostas pelos Presidentes e


Vice-Presidentes das câmaras, que falamos no parágrafo anterior.

§ 5º O Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas seções, turmas especiais, de caráter
temporário, com competência para julgamento de processos que envolvam valores
reduzidos, que poderão funcionar nas cidades onde estão localizadas as Superintendências
Regionais da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Dentro das seções, a regra é termos as Câmaras, mas o Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas
seções, turmas especiais, de caráter temporário para julgamento de processos que envolvam valores
reduzidos.

§ 6º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 7º As turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais serão constituídas pelo Presidente


do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, pelo Vice-Presidente, pelos Presidentes e
pelos Vice-Presidentes das câmaras, respeitada a paridade. (Incluído pela Lei nº 11.941, de
2009)

§ 8º A presidência das turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais será exercida pelo
Presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e a vice-presidência, por
conselheiro representante dos contribuintes. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 9º Os cargos de Presidente das Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, das


câmaras, das suas turmas e das turmas especiais serão ocupados por conselheiros
representantes da Fazenda Nacional, que, em caso de empate, terão o voto de qualidade,
e os cargos de Vice-Presidente, por representantes dos contribuintes. (Incluído pela Lei nº
11.941, de 2009)

Cargos de Presidente das Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais, das câmaras, das suas turmas e
das turmas especiais: conselheiros representantes da Fazenda Nacional.

Cargos de Vice-Presidente: conselheiros representantes dos contribuintes.

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Atenção: veja que o § 9º do art. 25, do PAF, prevê que, em caso de empate, os conselheiros representantes
da Fazenda Nacional terão o voto de qualidade. Isso significa que ele poderia ter o voto duplo, ou seja, o
voto para desempate.

“Poderia”? Vamos entender o porquê...

Cabe destacar, porém, que a Lei 13988/2020 inseriu o art. 19-E à Lei 10522/02, definindo o fim do voto de
qualidade (voto duplo), resolvendo-se o julgamento favoravelmente ao contribuinte:

Art. 19-E. Em caso de empate no julgamento do processo administrativo de determinação


e exigência do crédito tributário, não se aplica o voto de qualidade a que se refere o § 9º
do art. 25 do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, resolvendo-se favoravelmente ao
contribuinte. (Incluído pela Lei nº 13.988, de 2020)

Tal dispositivo legal foi questionado no âmbito do STF, pelas ADIs 6399, 6403 e 6415, e se encontra suspenso,
em razão do pedido de vista do Min. Nunes Marques.

§ 10. Os conselheiros serão designados pelo Ministro de Estado da Fazenda para mandato,
limitando-se as reconduções, na forma e no prazo estabelecidos no regimento interno.
(Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 11. O Ministro de Estado da Fazenda, observado o devido processo legal, decidirá sobre
a perda do mandato dos conselheiros que incorrerem em falta grave, definida no
regimento interno. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 26. Compete ao Ministro da Fazenda, em instância especial: (Vide Medida Provisória
nº 449, de 2008)

I - julgar recursos de decisões dos Conselhos de Contribuintes, interpostos pelos


Procuradores Representantes da Fazenda junto aos mesmos Conselhos; (Vide Medida
Provisória nº 449, de 2008)

II - decidir sobre as propostas de aplicação de equidade apresentadas pelos Conselhos de


Contribuintes. (Vide Medida Provisória nº 449, de 2008)

Observe que o Ministro de Estado da Fazenda também tem competência para julgar determinados
recursos e propostas de aplicação de equidade.

Art. 26-A. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de
julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou
decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

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§ 6º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo
internacional, lei ou ato normativo: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo
Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – que fundamente crédito tributário objeto de: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda


Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002; (Incluído pela
Lei nº 11.941, de 2009)

b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73,


de 10 de fevereiro de 1993; ou (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo Presidente da República, na


forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993. (Incluído pela Lei
nº 11.941, de 2009)

O art. 26-A esclarece que os órgãos de julgamento não podem afastar a aplicação de uma lei (regra também
aplicável aos tratados internacionais ou decretos), sob fundamento de inconstitucionalidade. Isto é, não
lhes cabe analisar se determinada norma é ou não constitucional.

Vamos, então, memorizar as exceções:

I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo
Tribunal Federal;

II – que fundamente crédito tributário objeto de:

a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda


Nacional;

b) súmula da Advocacia-Geral da União;

c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo Presidente da República;

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Do Julgamento em Primeira Instância

Vamos falar sobre o julgamento em primeira instância, na esfera administrativa, que é realizado pela
Delegacia Regional de Julgamento (DRJ), como já comentado nesta aula.

Art. 27. Os processos remetidos para apreciação da autoridade julgadora de primeira


instância deverão ser qualificados e identificados, tendo prioridade no julgamento aqueles
em que estiverem presentes as circunstâncias de crime contra a ordem tributária ou de
elevado valor, este definido em ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Redação dada pela
Lei nº 9.532, de 1997)

Parágrafo único. Os processos serão julgados na ordem e nos prazos estabelecidos em ato
do Secretário da Receita Federal, observada a prioridade de que trata o caput deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

Art. 28. Na decisão em que for julgada questão preliminar será também julgado o mérito,
salvo quando incompatíveis, e dela constará o indeferimento fundamentado do pedido de
diligência ou perícia, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

São processos com prioridade de julgamento em primeira instância:

I – Presença de circunstâncias de crime contra ordem tributária;

II – Processos de elevado valor.

Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará livremente sua convicção,
podendo determinar as diligências que entender necessárias.

O art. 29 garante a livre convicção à autoridade julgadora, quanto à apreciação das provas trazidas no
processo. Sendo o caso, pode ainda determinar diligências que entender necessárias. Essas diligências, por
vezes, são remetidas a Auditores-Fiscais da RFB, para averiguar questões que não ficaram claras na autuação.

Art. 30. Os laudos ou pareceres do Laboratório Nacional de Análises, do Instituto Nacional


de Tecnologia e de outros órgãos federais congêneres serão adotados nos aspectos

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técnicos de sua competência, salvo se comprovada a improcedência desses laudos ou


pareceres.

§ 1° Não se considera como aspecto técnico a classificação fiscal de produtos.

§ 2º A existência no processo de laudos ou pareceres técnicos não impede a autoridade


julgadora de solicitar outros a qualquer dos órgãos referidos neste artigo.

§ 3º Atribuir-se-á eficácia aos laudos e pareceres técnicos sobre produtos, exarados em


outros processos administrativos fiscais e transladados mediante certidão de inteiro teor
ou cópia fiel, nos seguintes casos: (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

a) quando tratarem de produtos originários do mesmo fabricante, com igual denominação,


marca e especificação; (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

b) quando tratarem de máquinas, aparelhos, equipamentos, veículos e outros produtos


complexos de fabricação em série, do mesmo fabricante, com iguais especificações, marca
e modelo. (Incluído pela Lei nº 9.532, de 1997)

Em determinadas situações específicas, a análise pelos servidores da RFB não é suficiente , sendo necessária
a contratação de laudos ou pareceres de outros órgãos, para auxiliar na atividade de julgamento.

Art. 31. A decisão conterá relatório resumido do processo, fundamentos legais, conclusão
e ordem de intimação, devendo referir-se, expressamente, a todos os autos de infração e
notificações de lançamento objeto do processo, bem como às razões de defesa suscitadas
pelo impugnante contra todas as exigências. (Redação dada pela Lei nº 8.748, de 1993)

Art. 32. As inexatidões materiais devidas a lapso manifesto e os erros de escrita ou de


cálculos existentes na decisão poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento do sujeito
passivo.

Ao proferir a decisão, o órgão de julgamento emitirá relatório resumido do processo, fundamentos legais,
conclusão e ordem de intimação, devendo referir-se, expressamente, a todos os autos de infração e
notificações de lançamento objeto do processo.

E se for constatado algum erro de escrita ou de cálculo existente na decisão, este pode ser corrigido de ofício
ou a requerimento do sujeito passivo.

Art. 33. Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo,
dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão.

Prazos úteis ao sujeito passivo

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Prazo para pagamento ou impugnação: 30 dias;

Prazo para recurso voluntário contra decisão em primeira instância: 30 dias.

Regra para contagem do prazo: a partir da ciência da autuação/decisão.

Art. 34. A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício sempre que a decisão:

I - exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total


(lançamento principal e decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda.
(Redação dada pela Lei nº 9.532, de 1997)

II - deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração


denunciada na formalização da exigência.

§ 1º O recurso será interposto mediante declaração na própria decisão.

§ 2° Não sendo interposto o recurso, o servidor que verificar o fato representará à


autoridade julgadora, por intermédio de seu chefe imediato, no sentido de que seja
observada aquela formalidade.

Art. 35. O recurso, mesmo perempto, será encaminhado ao órgão de segunda instância,
que julgará a perempção.

Art. 36. Da decisão de primeira instância não cabe pedido de reconsideração.

É importante saber que o recurso voluntário ocorre quando o contribuinte deseja questionar a decisão do
órgão de primeira instância, ou seja, deseja recorrer porque não concorda com a decisão. Por outro lado, o
recurso de ofício ocorre quando o própria autoridade de primeira instância remeterá o processo à segunda
instância (CARF. Saber essas situações é fundamental para a sua prova:

I - exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total


a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda.

II - deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração


denunciada na formalização da exigência.

Caso um contribuinte deixe expirar o prazo de 30 dias para entrar com recurso voluntário, ocorrerá a
perempção (recurso intempestivo). Neste caso, o recurso será encaminhado ao CARF, para julgamento de
perempção.

Outro ponto importante a ser destacado é que não cabe pedido de reconsideração dentro da DRF (primeira
instância). Assim, após julgado, qualquer pedido será remetido ao órgão de segunda instância.

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Anote:

Recurso intempestivo (perempto): será julgada a perempção pelo CARF.

Não cabe pedido de reconsideração em primeira instância.

Do Julgamento em Segunda Instância

Não há muito o que se estudar acerca do julgamento em segunda instância (CARF). Afinal, o maior conteúdo
sobre o tema consta no próprio Regimento Interno do CARF, que não será abordado nesta aula. As
informações que merecem destaques serão incluídas logo abaixo do dispositivo legal.

Art. 37. O julgamento no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais far-se-á conforme


dispuser o regimento interno. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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§ 2º Caberá recurso especial à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze)


dias da ciência do acórdão ao interessado: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – (VETADO) (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra
Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos
Fiscais. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

§ 3º Caberá pedido de reconsideração, com efeito suspensivo, no prazo de trinta dias,


contados da ciência: (Vide Lei nº 11.941, de 2009)

Art. 38. O julgamento em outros órgãos da administração federal far-se-á de acordo com a
legislação própria, ou, na sua falta, conforme dispuser o órgão que administra o tributo.

Além do julgamento em segunda instância, cabe recurso especial à Câmara Superior de


Recursos Fiscais na seguinte situação:

De decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra
Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos
Fiscais.

Memorize: interpretação divergente.

E vamos novamente aos prazos importantes do PAF:

Prazos úteis ao sujeito passivo

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Prazo para pagamento ou impugnação: 30 dias;

Prazo para recurso voluntário contra decisão em primeira instância: 30 dias.

Prazo para recurso especial à CSRF: 15 dias.

Regra para contagem do prazo: a partir da ciência da autuação/decisão.

Do Julgamento em Instância Especial

Acerca do julgamento em instância especial, o que o PAF estabeleceu foi apenas o seguinte:

Art. 39. Não cabe pedido de reconsideração de ato do Ministro da Fazenda que julgar ou
decidir as matérias de sua competência.

Art. 40. As propostas de aplicação de equidade apresentadas pelos Conselhos de


Contribuintes atenderão às características pessoais ou materiais da espécie julgada e serão
restritas à dispensa total ou parcial de penalidade pecuniária, nos casos em que não houver
reincidência nem sonegação, fraude ou conluio.

Art. 41. O órgão preparador dará ciência ao sujeito passivo da decisão do Ministro da
Fazenda, intimando-o, quando for o caso, a cumpri-la, no prazo de trinta dias.

Prazo para cumprimento da decisão do Ministro da Fazenda: 30 dias

Da Eficácia e Execução das Decisões

Neste tópico, estudaremos a eficácia e a execução das decisões dos órgãos administrativos. Já vamos
começar entendendo em quais situações as decisões se tornam definitivas:

Art. 42. São definitivas as decisões:

I - de primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido
interposto;

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II - de segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo
sem sua interposição;

III - de instância especial.

Parágrafo único. Serão também definitivas as decisões de primeira instância na parte que
não for objeto de recurso voluntário ou não estiver sujeita a recurso de ofício.

Vamos entender!

Sempre cabe recurso contra decisão de primeira instância, exceto se esgotado o prazo para o recurso
voluntário (30 dias). Neste caso, a decisão se torna definitiva.

Já em relação à decisão de segunda instância, quando não couber recurso, afinal, são bem restritos, as
decisões por si só já se tornam irrecorríveis, isto é, definitivas. Mas, havendo a possibilidade de recurso
(divergência de interpretação, lembra?!), o prazo é de 15 dias, findo o qual também se tornam definitivas.

Por último, as decisões de instância especial são definitivas.

É importante sempre se lembrar de que há possibilidade de se ingressar com ação judicial, após a decisão
administrativa definitiva, mas que, após tal decisão, o crédito deixa de ficar com sua exigibilidade suspensa.
A partir daí, para suspendê-la novamente, cabe ao contribuinte se enquadrar em outras hipóteses do art.
151, do CTN.

Art. 43. A decisão definitiva contrária ao sujeito passivo será cumprida no prazo para
cobrança amigável fixado no artigo 21, aplicando-se, no caso de descumprimento, o
disposto no § 3º do mesmo artigo.

Uma vez definitiva a decisão contrária ao sujeito passivo, o prazo para cobrança amigável será de 30 dias.
Esgotado o prazo sem que tenha sido pago o crédito tributário, o órgão preparador declarará o sujeito
passivo devedor remisso e encaminhará o processo à autoridade competente para promover a cobrança
executiva.

§ 1º A quantia depositada para evitar a correção monetária do crédito tributário ou para


liberar mercadorias será convertida em renda se o sujeito passivo não comprovar, no prazo
legal, a propositura de ação judicial.

§ 2° Se o valor depositado não for suficiente para cobrir o crédito tributário, aplicar-se-á à
cobrança do restante o disposto no caput deste artigo; se exceder o exigido, a autoridade
promoverá a restituição da quantia excedente, na forma da legislação específica.

Art. 44. A decisão que declarar a perda de mercadoria ou outros bens será executada pelo
órgão preparador, findo o prazo previsto no artigo 21, segundo dispuser a legislação
aplicável.

Art. 45. No caso de decisão definitiva favorável ao sujeito passivo, cumpre à autoridade
preparadora exonerá-lo, de ofício, dos gravames decorrentes do litígio.

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Cabe lembrar, conforme prevê o art. 45, do PAF, que a decisão definitiva favorável ao sujeito passivo
extingue o crédito tributário, pela sua desconstituição.

DO PROCESSO DA CONSULTA

Art. 46. O sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos da legislação
tributária aplicáveis a fato determinado. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Parágrafo único. Os órgãos da administração pública e as entidades representativas de


categorias econômicas ou profissionais também poderão formular consulta. (Vide Lei nº
9.430, de 1996)

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Art. 47. A consulta deverá ser apresentada por escrito, no domicílio tributário do
consulente, ao órgão local da entidade incumbida de administrar o tributo sobre que versa.
(Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Quem pode formular consulta tributária sobre dispositivos da legislação tributária:

- Sujeito passivo;

- Órgãos da administração pública;

- Entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais.

Onde: no domicílio tributário do consulente.

É importante saber também que a regra é que não seja instaurado procedimento fiscal contra o sujeito
passivo relativamente ao objeto de sua consulta, nos dias seguintes à ciência da decisão:

Art. 48. Salvo o disposto no artigo seguinte, nenhum procedimento fiscal será instaurado
contra o sujeito passivo relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da
consulta até o trigésimo dia subsequente à data da ciência: (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

I - de decisão de primeira instância da qual não haja sido interposto recurso;

II - de decisão de segunda instância.

Art. 49. A consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo, retido na fonte ou
autolançado antes ou depois de sua apresentação, nem o prazo para apresentação de
declaração de rendimentos. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Art. 50. A decisão de segunda instância não obriga ao recolhimento de tributo que deixou
de ser retido ou autolançado após a decisão reformada e de acordo com a orientação desta,
no período compreendido entre as datas de ciência das duas decisões. (Vide Lei nº 9.430,
de 1996)

Art. 51. No caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria


econômica ou profissional, os efeitos referidos no artigo 48 só alcançam seus associados
ou filiados depois de cientificado o consulente da decisão. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

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O art. 49 ainda prevê que a consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo, retido na fonte ou
autolançado antes ou depois de sua apresentação, nem mesmo o prazo para apresentação de declaração
de rendimentos.

Art. 52. Não produzirá efeito a consulta formulada: (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

I - em desacordo com os artigos 46 e 47;

II - por quem tiver sido intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

III - por quem estiver sob procedimento fiscal iniciado para apurar fatos que se relacionem
com a matéria consultada;

IV - quando o fato já houver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada,
proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente;
==275324==

V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo, publicado antes de sua


apresentação;

VI - quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei;

VII - quando o fato for definido como crime ou contravenção penal;

VIII - quando não descrever, completa ou exatamente, a hipótese a que se referir, ou não
contiver os elementos necessários à sua solução salvo se a inexatidão ou omissão for
escusável, a critério da autoridade julgadora.

Essa lista acima você precisa memorizar, ou melhor, saber identificar na questão da prova se está ou não em
conformidade com o art. 52. Mas não é difícil, uma vez que são situações bastante óbvias.

Veja, por exemplo, se a consulta não obedecer as formalidades do art. 47 (como local de apresentação), não
será admitida. O mesmo raciocínio se aplica a quem já está sendo investigado (com procedimento fiscal
iniciado), em relação ao objeto da consulta.

Além disso, veja o caso de uma situação em que o fato está definido ou declarado em disposição literal de
lei. Se não há passível de interpretação, não há que se falar em consulta tributária.

Por último, não produz efeito a consulta quando esta não descrever, completa ou exatamente, a hipótese a
que se referir, ou não contiver os elementos necessários à sua solução salvo se a inexatidão ou omissão for
escusável, a critério da autoridade julgadora.

Art. 53. O preparo do processo compete ao órgão local da entidade encarregada da


administração do tributo. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Art. 54. O julgamento compete: (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

I - Em primeira instância:

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a) aos Superintendentes Regionais da Receita Federal, quanto aos tributos administrados


pela Secretaria da Receita Federal, atendida, no julgamento, a orientação emanada dos
atos normativos da Coordenação do Sistema de Tributação;

b) às autoridades referidas na alínea b do inciso I do artigo 25 (outras autoridades, em se


tratando de tributos não administrados pela RFB).

II - Em segunda instância:

a) ao Coordenador do Sistema de Tributação, da Secretaria da Receita Federal, salvo


quanto aos tributos incluídos na competência julgadora de outro órgão da administração
federal;

b) à autoridade mencionada na legislação dos tributos, ressalvados na alínea precedente


ou, na falta dessa indicação, à que for designada pela entidade que administra o tributo.

III - Em instância única, ao Coordenador do Sistema de Tributação, quanto às consultas


relativas aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal e formuladas:

a) sobre classificação fiscal de mercadorias;

b) pelos órgãos centrais da administração pública;

c) por entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais, de âmbito


nacional.

Veja que o julgamento no processo de consulta não é direcionado à DRJ, CARF, CSRF ou Ministro da Fazenda,
mas sim à própria Receita Federal. Então, a missão aqui é memorizar a autoridade que detém a competência
de julgamento em cada instância:

I - Em primeira instância:

Superintendente RFB (tributos da RFB);

Autoridade competente (tributos não administrados pela RFB);

II - Em segunda instância:

a) ao Coordenador do Sistema de Tributação;

b) à autoridade mencionada na legislação dos tributos, ressalvados na alínea precedente


ou, na falta dessa indicação, à que for designada pela entidade que administra o tributo.

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A instância única caberá também ao Coordenador do Sistema de Tributação, mas só é utilizada nas seguintes
situações:

a) sobre classificação fiscal de mercadorias;

b) pelos órgãos centrais da administração pública;

c) por entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais, de âmbito nacional.

Art. 55. Compete à autoridade julgadora declarar a ineficácia da Consulta. (Vide Lei nº
9.430, de 1996)

Art. 56. Cabe recurso voluntário, com efeito suspensivo, de decisão de primeira instância,
dentro de trinta dias contados da ciência. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Art. 57. A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício de decisão favorável ao


consulente. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Art. 58. Não cabe pedido de reconsideração de decisão proferida em processo de consulta,
inclusive da que declarar a sua ineficácia. (Vide Lei nº 9.430, de 1996)

Se a consulta não produz efeitos, conforme vimos no art. 52, cabe à autoridade julgadora
decidir.

O prazo para recurso voluntário é de 30 dias contados da ciência.

Em se tratando de decisão favorável ao sujeito passivo, também haverá recurso de ofício


(tal como no processo fiscal).

Outro ponto semelhante é a ausência de pedido de reconsideração.

DAS NULIDADES
Vamos entender agora algumas situações que geram nulidades dentro do processo administrativo fiscal:

Art. 59. São nulos:

I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;

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II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do


direito de defesa.

§ 1º A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente


dependam ou sejam conseqüência.

§ 2º Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as


providências necessárias ao prosseguimento ou solução do processo.

§ 3º Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a


declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir o
ato ou suprir-lhe a falta. (Incluído pela Lei nº 8.748, de 1993)

Causas de nulidade:

I - os atos e termos lavrados por pessoa incompetente;

II - os despachos e decisões proferidos por autoridade incompetente ou com preterição do


direito de defesa.

Anote: A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente


dependam ou sejam consequência.

Art. 60. As irregularidades, incorreções e omissões diferentes das referidas no artigo


anterior não importarão em nulidade e serão sanadas quando resultarem em prejuízo para
o sujeito passivo, salvo se este lhes houver dado causa, ou quando não influírem na solução
do litígio.

Art. 61. A nulidade será declarada pela autoridade competente para praticar o ato ou julgar
a sua legitimidade.

O art. 60 estabelece que quaisquer outras irregularidades, incorreções e omissões diferentes das nulidades
estudadas serão sanadas quando resultarem em prejuízo para o sujeito passivo, salvo se este lhes houver
dado causa, ou quando não influírem na solução do litígio.

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DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Ainda nas disposições finais e transitórias do PAF encontramos regras importantes para a sua prova, que
serão abordadas neste tópico! Vamos lá!

Art. 62. Durante a vigência de medida judicial que determinar a suspensão da cobrança, do
tributo não será instaurado procedimento fiscal contra o sujeito passivo favorecido pela
decisão, relativamente, à matéria sobre que versar a ordem de suspensão. (Vide Medida
Provisória nº 232, de 2004)

Parágrafo único. Se a medida referir-se a matéria objeto de processo fiscal, o curso deste
não será suspenso, exceto quanto aos atos executórios. (Vide Medida Provisória nº 232, de
2004)

Art. 63. A destinação de mercadorias ou outros bens apreendidos ou dados em garantia de


pagamento do crédito tributário obedecerá às normas estabelecidas na legislação
aplicável.

Se houver qualquer medida judicial, determinando a suspensão da cobrança de tributo, não será instaurado
procedimento fiscal contra o sujeito passivo favorecido pela decisão. Por outro lado, se já houver processo
fiscal em curso, este não será suspenso (ou seja, será julgado normalmente), exceto quanto aos atos
executórios, para exigir a dívida do contribuinte.

Agora vamos falar sobre os documentos constantes do processo, bem como o processo eletrônico.

Art. 64. Os documentos que instruem o processo poderão ser restituídos, em qualquer fase,
a requerimento do sujeito passivo, desde que a medida não prejudique a instrução e deles
fique cópia autenticada no processo.

Art. 64-A. Os documentos que instruem o processo poderão ser objeto de digitalização,
observado o disposto nos arts. 1º e 3º da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012. (Incluído
pela Lei nº 12.865, de 2013)

Art. 64-B. No processo eletrônico, os atos, documentos e termos que o instruem poderão
ser natos digitais ou produzidos por meio de digitalização, observado o disposto na Medida
Provisória no 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.865, de 2013)

§ 1º Os atos, termos e documentos submetidos a digitalização pela administração


tributária e armazenados eletronicamente possuem o mesmo valor probante de seus
originais. (Incluído pela Lei nº 12.865, de 2013)

§ 2º Os autos de processos eletrônicos, ou parte deles, que tiverem de ser remetidos a


órgãos ou entidades que não disponham de sistema compatível de armazenagem e
tramitação poderão ser encaminhados impressos em papel ou por meio digital, conforme
disciplinado em ato da administração tributária. (Incluído pela Lei nº 12.865, de 2013)

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§ 3º As matrizes físicas dos atos, dos termos e dos documentos digitalizados e


armazenados eletronicamente, nos termos do § 1º, poderão ser descartadas, conforme
regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)

Se em determinado momento do processo, o sujeito passivo fizer requerimento pedindo a devolução dos
documentos apresentados, estes poderão ser restituídos desde que a medida não prejudique a instrução e
deles fique cópia autenticada no processo.

No processo eletrônico, os atos, documentos e termos que o instruem poderão ser natos digitais ou
produzidos por meio de digitalização. Um documento nato digital seria aquele que sequer chegou a se tornar
físico, tendo sido autenticado e/ou assinado digitalmente pela autoridade competente.

Outros documentos são físicos, e posteriormente inclusos no processo eletrônico por meio de digitalização.

Os atos, termos e documentos submetidos a digitalização pela administração tributária


e armazenados eletronicamente possuem o mesmo valor probante de seus originais.

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QUESTÕES COMPLEMENTARES COMENTADAS

Decreto 70.235 - PAF

1. QUADRIX/CRMV-RR/2016

Uma empresa praticou, durante vários anos, uma série de irregularidades fiscais e administrativas. Após
denúncias, essa empresa recebe a visita de um servidor competente para avaliar os fatos.

Constatadas as irregularidades e com base no Decreto nº 70.235/72, o auto de infração será lavrado. Assinale
a alternativa que apresenta uma característica falsa do auto de infração.

A) O local, a data e a hora da lavratura.

B) A qualificação do autuado.

C) A disposição legal infringida e a penalidade aplicável.

D) O termo circunstanciado e o auto de prisão em flagrante delito.

E) A assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.

Comentário:

Alternativa A: Conforme art. 10, II, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração.
Alternativa correta.

Alternativa B: Conforme art. 10, I, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração.
Alternativa correta.

Alternativa C: Conforme art. 10, IV, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração.
Alternativa correta.

Alternativa D: Não é uma característica constante do auto de infração. Aliás, não faz sentido algum essa
alternativa. Alternativa errada.

Alternativa E: Conforme art. 10, VI, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração.
Alternativa correta.

Gabarito: Letra D

2. CESPE/Anatel-Especialista/2014

No que se refere à exclusão do crédito tributário e ao processo administrativo fiscal (Decreto n.º
70.235/1972), julgue o próximo item.

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A lavratura do primeiro ato de ofício por servidor competente, cientificando o sujeito passivo ou seu
preposto do início da ação fiscal, exclui a espontaneidade tributária do devedor.

Comentário: Conforme art. 7º, § 1º, do Decreto 70235/72, o início do procedimento exclui a espontaneidade
do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais
envolvidos nas infrações verificadas.

Gabarito: Certo

3. OBJETIVA/Pref. Simão Dias/2022

Em conformidade com o Decreto nº 70.235/1972, o procedimento fiscal tem início com:

I. O primeiro ato de ofício, apenas verbal, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo
da obrigação tributária ou seu preposto.

II. A apreensão de mercadorias e documentos, exceto livros.

III. O começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

B) Somente o item III.

C) Somente os itens I e II.

D) Nenhum dos itens.

E) Todos os itens.

Comentário:

Item I: O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor
competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto. Errado.

Item II: O procedimento fiscal tem início com a apreensão de mercadorias, documentos ou livros. Errado.

Item III: O procedimento fiscal tem início com o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
Correto.

Gabarito: Letra B

4. OBJETIVA/Pref. Simão Dias/2022

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, assinalar a
alternativa CORRETA:

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A) A autoridade local fará realizar, no prazo de 90 dias, os atos processuais que devam ser praticados em sua
jurisdição, por solicitação de outra autoridade preparadora ou julgadora.

B) O servidor executará os atos processuais sempre no prazo de 10 dias.

C) Os prazos serão contínuos, incluindo-se, na sua contagem, o dia do início e excluindo-se o do vencimento.

D) O procedimento fiscal nunca se inicia na apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

E) A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento.

Comentário:

Alternativa A: O prazo previsto no PAF é de 30 dias, e não 90 dias como citado na assertiva. Alternativa
errada.

Alternativa B: O PAF prevê que, salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais em
8 dias. Alternativa errada.

Alternativa C: Na contagem dos prazos processuais, deve-se excluir o dia de início, e o incluir o dia de
vencimento. Alternativa errada.

Alternativa D: O procedimento fiscal também tem início com a apreensão de mercadorias, documentos ou
livros. Alternativa errada.

Alternativa E: De fato, o art. 14 do PAF prevê que, com a impugnação, instaura-se a fase litigiosa do processo.
Alternativa correta.

Gabarito: Letra E

5. OBJETIVA/Pref. Santa Maria/2021

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, o procedimento fiscal tem início com:

I. O primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da
obrigação tributária ou seu preposto.

II. A apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

III. O começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item II.

B) Somente os itens I e II.

C) Somente os itens I e III.

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D) Somente os itens II e III.

E) Todos os itens.

Comentário:

Item I: O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor
competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto. Correto.

Item II: O procedimento fiscal tem início com a apreensão de mercadorias, documentos ou livros. Correto.

Item III: O procedimento fiscal tem início com o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
Correto.

Gabarito: Letra E

6. OBJETIVA/Pref. Horizontina/2021

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, sobre as nulidades, marcar C para as afirmativas Certas, E para as
Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Os atos e termos lavrados por pessoa incompetente não são nulos.

( ) A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam
consequência.

( ) Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade,
a autoridade julgadora pronunciará e mandará repetir o ato.

A) C - C - E.

B) C - E - C.

C) C - E - E.

D) E - C - E.

E) E - E - C.

Comentário:

Item I: De acordo com o art. 59, I, do PAF, os atos e termos lavrados por pessoa incompetente são nulos.
Item errado.

Item II: De acordo com o art. 59, § 1º, do PAF, a nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que
dele diretamente dependam ou sejam consequência. Item certo.

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Item III: De acordo com o art. 59, § 3º, do PAF, quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a
quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir
o ato ou suprir-lhe a falta. Item errado.

Gabarito: Letra D

7. OBJETIVA/Pref. Candói/2019

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, assinalar a alternativa
que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:

Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais no prazo de ( ) dias.

A) cinco

B) oito

C) dez

D) quinze

E) vinte

Comentário: De acordo com o art. 4º, do PAF, o prazo é de 8 dias, salvo disposição em contrário.

Gabarito: Letra B

8. OBJETIVA/Pref. Candói/2019

Considerando-se o Decreto nº 70.235/1972, são definitivas as decisões:

I. De primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto.

II. De segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem sua
interposição.

III. De instância especial.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

B) Somente os itens I e II.

C) Somente os itens I e III.

D) Somente os itens II e III.

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E) Todos os itens.

Comentário:

Item I: Uma vez esgotado o prazo para recurso voluntário, as decisões de primeira instância são definitivas.
Item certo.

Item II: Também são definitivas as decisões de segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível,
quando decorrido o prazo sem sua interposição. Item certo.

Item III: As decisões em instância especial são definitivas por si só. Item certo.

Gabarito: Letra E

9. OBJETIVA/Pref. Faxinalzinho/2019 ==275324==

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, o auto de infração
será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente a:

I. Qualificação do autuado.

II. Descrição do fato.

III. Disposição legal infringida e a penalidade aplicável.

IV. Determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de quarenta e cinco dias.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item II.

B) Somente os itens I e III.

C) Somente os itens II e IV.

D) Somente os itens I, II e III.

Comentário:

Item I: Conforme art. 10, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração. Item certo.

Item II: Conforme art. 10, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração. Item certo.

Item III: Conforme art. 10, do Decreto 70235/72, é um requisito obrigatório do auto de infração. Item certo.

Item IV: O prazo para impugnação não é de 45 dias, e sim de 30 dias. Item errado.

Gabarito: Letra D

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10. OBJETIVA/Pref. Pinto Bandeira/2019

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, são definitivas as decisões de:

I. Primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário ainda que este tenha sido interposto.

II. Segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem sua interposição.

III. Instância especial.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

B) Somente o item II.

C) Somente os itens I e III.

D) Somente os itens II e III.

Comentário:

Item I: Uma vez esgotado o prazo para recurso voluntário, as decisões de primeira instância são definitivas.
Porém, se o recurso foi interposto, não há como se falar em decisão definitiva. Item errado.

Item II: Também são definitivas as decisões de segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível,
quando decorrido o prazo sem sua interposição. Item certo.

Item III: As decisões em instância especial são definitivas por si só. Item certo.

Gabarito: Letra D

11. OBJETIVA/Pref. SJ do Ouro/2019

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão lavrados, sempre que possível, em livro fiscal,
extraindo-se cópia para anexação ao processo; quando não lavrados em livro, entregar-se-á cópia
autenticada à pessoa sob fiscalização.

( ) O servidor que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e não for competente para
formalizar a exigência, comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu chefe imediato, que
adotará as providências necessárias.

A) C - E.

B) E - E.

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C) C - C.

D) E - C.

Comentário:

Item I: Trata-se de regra prevista no art. 8º, do PAF: Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão
lavrados, sempre que possível, em livro fiscal, extraindo-se cópia para anexação ao processo; quando não
lavrados em livro, entregar-se-á cópia autenticada à pessoa sob fiscalização. Item certo.

Item II: Trata-se de regra prevista no art. 12, do PAF: O servidor que verificar a ocorrência de infração à
legislação tributária federal e não for competente para formalizar a exigência, comunicará o fato, em
representação circunstanciada, a seu chefe imediato, que adotará as providências necessárias. Item certo.

Gabarito: Letra C

12. OBJETIVA/Pref. Carazinho/2019

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, analisar a sentença abaixo:

A impugnação da exigência não instaura a fase litigiosa do procedimento (1ª parte). A impugnação,
formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão
preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência (2ª parte).

A sentença está:

A) Totalmente correta.

B) Correta somente em sua 1ª parte.

C) Correta somente em sua 2ª parte.

D) Totalmente incorreta.

Comentário:

Primeira Parte: A primeira parte está incorreta, uma vez que o art. 14 do PAF prevê a instauração da fase
litigiosa do procedimento com a impugnação da exigência. Logo, errada.

Segunda Parte: Trata-se exatamente da regra prevista no art. 15 do PAF. Logo, correta.

Gabarito: Letra C

13. OBJETIVA/Pref. Carazinho/2019

De acordo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, o servidor que
verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e não for competente para formalizar a
exigência:

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A) Não deve comunicar o fato.

B) Comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu chefe imediato, que adotará as providências
necessárias.

C) Deve realizar a autuação, mesmo sem a devida competência.

D) Comunicará o fato com exclusividade para o Prefeito Municipal.

Comentário: O art. 12 do PAF prevê que o servidor deve comunicar o fato, em representação
circunstanciada, a seu chefe imediato, que adotará as providências necessárias:

Art. 12. O servidor que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e não for
competente para formalizar a exigência, comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu
chefe imediato, que adotará as providências necessárias.

Gabarito: Letra B

14. FCC/ELETROSUL/2016

O Decreto federal nº 70.235, de 06 de março de 1972, disciplina o processo administrativo fiscal e dá outras
providências. O Capítulo III desse Decreto, que trata das nulidades relacionadas com esse processo, dispõe
que

A) a nulidade de qualquer ato não prejudica os anteriores a ele, mas prejudica todos os posteriores.

B) a nulidade não poderá ser declarada por autoridade incompetente para praticar o ato ou para julgar a sua
legitimidade.

C) a autoridade julgadora não pronunciará a declaração de nulidade, nem mandará repetir o ato ou suprir-
lhe a falta, quando puder decidir do mérito a favor da Fazenda Pública, a quem aproveitaria essa declaração
de nulidade.

D) na declaração de nulidade, a autoridade poderá dizer os atos alcançados por essa declaração, cabendo à
autoridade imediatamente superior a ela determinar as providências necessárias ao prosseguimento ou à
solução do processo.

E) os despachos e decisões proferidos com preterição do direito de defesa são nulos, mas não o são os
proferidos por autoridade incompetente.

Comentário:

Alternativa A: A nulidade não prejudica atos anteriores, assim como também não prejudica “todos” os atos
posteriores: a nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam
consequência. Errada.

Alternativa B: O art. 61 do PAF prevê realmente que a nulidade será declarada pela autoridade competente
para praticar o ato ou julgar a sua legitimidade. Correta.

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Alternativa C: Na verdade, a situação descrita somente ocorre quando o mérito puder ser decidido a favor
do sujeito passivo (e não da Fazenda Pública). Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a
quem aproveitaria a declaração de nulidade, a autoridade julgadora não a pronunciará nem mandará repetir
o ato ou suprir-lhe a falta. Errada.

Alternativa D: Não cabe à autoridade superior, e sim à própria autoridade que realizar a declaração de
nulidade: Na declaração de nulidade, a autoridade dirá os atos alcançados, e determinará as providências
necessárias ao prosseguimento ou solução do processo. Errada.

Alternativa E: O art. 59 do PAF prevê as duas situações como nulos. Errada.

Gabarito: Letra B

15. FCC/ARSETE/2016

De acordo com o Decreto Federal nº 70.235/1972, art. 9º: a exigência do crédito tributário e a aplicação de
penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para
cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e
demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito. De acordo com esse mesmo Decreto, a
fase litigiosa do procedimento fiscal tem início com

A) o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada, tratando-se de importação de mercadoria


do exterior.

B) a impugnação da exigência pelo sujeito passivo.

C) o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da
obrigação tributária ou seu preposto.

D) a lavratura do auto de infração por servidor competente.

E) a apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

Comentário: O art. 14 do PAF prevê que a fase litigiosa do procedimento fiscal tem início com a impugnação
da exigência pelo sujeito passivo.

Gabarito: Letra B

16. QUADRIX/CREF 14-Agente/2014

O Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972, art. 2°, estabelece que os atos e termos processuais, quando
a lei não prescrever forma própria, conterão somente o indispensável à sua finalidade e serão lavrados sem
espaço em branco, não devendo conter entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas. Aponte, entre as
opções enumeradas, a afirmação incorreta.

A) O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente,
cientificado o sujeito passivo da obrigação fiscal ou seu preposto.

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B) Os prazos serão contínuos, incluindo-se na sua contagem o dia do início e excluindo-se o do vencimento.

C) Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou
deva ser praticado o ato.

D) Prescrição no Direito Administrativo é a perda do recurso administrativo, pelo esgotamento do prazo


previsto em lei para sua utilização.

E) A preclusão é a perda, em termos de processo, da oportunidade de agir, em razão do decurso do prazo -


para essa ação.

Comentário:

Alternativa A: É a definição do art. 7º, I, do PAF: O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de
ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação fiscal ou seu
preposto. Correta.

Alternativa B: Está divergente da definição do art. 5º, do PAF: Os prazos serão contínuos, excluindo-se na
sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento. Errada.

Alternativa C: É a regra prevista no art. 5º, par. único, do PAF: Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de
expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Correta.

Alternativa D: De fato, embora não seja o tema central desta aula, prescrição no Direito Administrativo é a
perda do recurso administrativo, pelo esgotamento do prazo previsto em lei para sua utilização. Correta.

Alternativa E: A preclusão é relacionada ao processo, isto é, a perda da oportunidade de agir, em razão do


decurso do prazo para essa ação. Correta.

Gabarito: Letra B

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LISTA DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES

Decreto 70.235 - PAF

1. QUADRIX/CRMV-RR/2016

Uma empresa praticou, durante vários anos, uma série de irregularidades fiscais e administrativas. Após
denúncias, essa empresa recebe a visita de um servidor competente para avaliar os fatos.

Constatadas as irregularidades e com base no Decreto nº 70.235/72, o auto de infração será lavrado. Assinale
a alternativa que apresenta uma característica falsa do auto de infração.

A) O local, a data e a hora da lavratura.

B) A qualificação do autuado.

C) A disposição legal infringida e a penalidade aplicável.

D) O termo circunstanciado e o auto de prisão em flagrante delito.

E) A assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.

2. CESPE/Anatel-Especialista/2014

No que se refere à exclusão do crédito tributário e ao processo administrativo fiscal (Decreto n.º
70.235/1972), julgue o próximo item.

A lavratura do primeiro ato de ofício por servidor competente, cientificando o sujeito passivo ou seu
preposto do início da ação fiscal, exclui a espontaneidade tributária do devedor.

3. OBJETIVA/Pref. Simão Dias/2022

Em conformidade com o Decreto nº 70.235/1972, o procedimento fiscal tem início com:

I. O primeiro ato de ofício, apenas verbal, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo
da obrigação tributária ou seu preposto.

II. A apreensão de mercadorias e documentos, exceto livros.

III. O começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

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B) Somente o item III.

C) Somente os itens I e II.

D) Nenhum dos itens.

E) Todos os itens.

4. OBJETIVA/Pref. Simão Dias/2022

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, assinalar a
alternativa CORRETA:

A) A autoridade local fará realizar, no prazo de 90 dias, os atos processuais que devam ser praticados em sua
jurisdição, por solicitação de outra autoridade preparadora ou julgadora.

B) O servidor executará os atos processuais sempre no prazo de 10 dias.

C) Os prazos serão contínuos, incluindo-se, na sua contagem, o dia do início e excluindo-se o do vencimento.

D) O procedimento fiscal nunca se inicia na apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

E) A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento.

5. OBJETIVA/Pref. Santa Maria/2021

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, o procedimento fiscal tem início com:

I. O primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da
obrigação tributária ou seu preposto.

II. A apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

III. O começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item II.

B) Somente os itens I e II.

C) Somente os itens I e III.

D) Somente os itens II e III.

E) Todos os itens.

6. OBJETIVA/Pref. Horizontina/2021

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De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, sobre as nulidades, marcar C para as afirmativas Certas, E para as
Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Os atos e termos lavrados por pessoa incompetente não são nulos.

( ) A nulidade de qualquer ato só prejudica os posteriores que dele diretamente dependam ou sejam
consequência.

( ) Quando puder decidir do mérito a favor do sujeito passivo a quem aproveitaria a declaração de nulidade,
a autoridade julgadora pronunciará e mandará repetir o ato.

A) C - C - E.

B) C - E - C.

C) C - E - E.

D) E - C - E.

E) E - E - C.

7. OBJETIVA/Pref. Candói/2019

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, assinalar a alternativa
que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:

Salvo disposição em contrário, o servidor executará os atos processuais no prazo de ( ) dias.

A) cinco

B) oito

C) dez

D) quinze

E) vinte

8. OBJETIVA/Pref. Candói/2019

Considerando-se o Decreto nº 70.235/1972, são definitivas as decisões:

I. De primeira instância esgotado o prazo para recurso voluntário sem que este tenha sido interposto.

II. De segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem sua
interposição.

III. De instância especial.

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Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

B) Somente os itens I e II.

C) Somente os itens I e III.

D) Somente os itens II e III.

E) Todos os itens.

9. OBJETIVA/Pref. Faxinalzinho/2019

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, o auto de infração
==275324==

será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente a:

I. Qualificação do autuado.

II. Descrição do fato.

III. Disposição legal infringida e a penalidade aplicável.

IV. Determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de quarenta e cinco dias.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item II.

B) Somente os itens I e III.

C) Somente os itens II e IV.

D) Somente os itens I, II e III.

10. OBJETIVA/Pref. Pinto Bandeira/2019

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, são definitivas as decisões de:

I. Primeira instância, esgotado o prazo para recurso voluntário ainda que este tenha sido interposto.

II. Segunda instância de que não caiba recurso ou, se cabível, quando decorrido o prazo sem sua interposição.

III. Instância especial.

Está(ão) CORRETO(S):

A) Somente o item I.

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B) Somente o item II.

C) Somente os itens I e III.

D) Somente os itens II e III.

11. OBJETIVA/Pref. SJ do Ouro/2019

De acordo com o Decreto nº 70.235/1972, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após,
assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão lavrados, sempre que possível, em livro fiscal,
extraindo-se cópia para anexação ao processo; quando não lavrados em livro, entregar-se-á cópia
autenticada à pessoa sob fiscalização.

( ) O servidor que verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e não for competente para
formalizar a exigência, comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu chefe imediato, que
adotará as providências necessárias.

A) C - E.

B) E - E.

C) C - C.

D) E - C.

12. OBJETIVA/Pref. Carazinho/2019

Segundo o Decreto nº 70.235/1972, analisar a sentença abaixo:

A impugnação da exigência não instaura a fase litigiosa do procedimento (1ª parte). A impugnação,
formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão
preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência (2ª parte).

A sentença está:

A) Totalmente correta.

B) Correta somente em sua 1ª parte.

C) Correta somente em sua 2ª parte.

D) Totalmente incorreta.

13. OBJETIVA/Pref. Carazinho/2019

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De acordo o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal, o servidor que
verificar a ocorrência de infração à legislação tributária federal e não for competente para formalizar a
exigência:

A) Não deve comunicar o fato.

B) Comunicará o fato, em representação circunstanciada, a seu chefe imediato, que adotará as providências
necessárias.

C) Deve realizar a autuação, mesmo sem a devida competência.

D) Comunicará o fato com exclusividade para o Prefeito Municipal.

14. FCC/ELETROSUL/2016

O Decreto federal nº 70.235, de 06 de março de 1972, disciplina o processo administrativo fiscal e dá outras
providências. O Capítulo III desse Decreto, que trata das nulidades relacionadas com esse processo, dispõe
que

A) a nulidade de qualquer ato não prejudica os anteriores a ele, mas prejudica todos os posteriores.

B) a nulidade não poderá ser declarada por autoridade incompetente para praticar o ato ou para julgar a sua
legitimidade.

C) a autoridade julgadora não pronunciará a declaração de nulidade, nem mandará repetir o ato ou suprir-
lhe a falta, quando puder decidir do mérito a favor da Fazenda Pública, a quem aproveitaria essa declaração
de nulidade.

D) na declaração de nulidade, a autoridade poderá dizer os atos alcançados por essa declaração, cabendo à
autoridade imediatamente superior a ela determinar as providências necessárias ao prosseguimento ou à
solução do processo.

E) os despachos e decisões proferidos com preterição do direito de defesa são nulos, mas não o são os
proferidos por autoridade incompetente.

15. FCC/ARSETE/2016

De acordo com o Decreto Federal nº 70.235/1972, art. 9º: a exigência do crédito tributário e a aplicação de
penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para
cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e
demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito. De acordo com esse mesmo Decreto, a
fase litigiosa do procedimento fiscal tem início com

A) o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada, tratando-se de importação de mercadoria


do exterior.

B) a impugnação da exigência pelo sujeito passivo.

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C) o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da
obrigação tributária ou seu preposto.

D) a lavratura do auto de infração por servidor competente.

E) a apreensão de mercadorias, documentos ou livros.

Comentário: O art. 14 do PAF prevê que a fase litigiosa do procedimento fiscal tem início com a impugnação
da exigência pelo sujeito passivo.

16. QUADRIX/CREF 14-Agente/2014

O Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972, art. 2°, estabelece que os atos e termos processuais, quando
a lei não prescrever forma própria, conterão somente o indispensável à sua finalidade e serão lavrados sem
espaço em branco, não devendo conter entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas. Aponte, entre as
opções enumeradas, a afirmação incorreta.

A) O procedimento fiscal tem início com o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente,
cientificado o sujeito passivo da obrigação fiscal ou seu preposto.

B) Os prazos serão contínuos, incluindo-se na sua contagem o dia do início e excluindo-se o do vencimento.

C) Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou
deva ser praticado o ato.

D) Prescrição no Direito Administrativo é a perda do recurso administrativo, pelo esgotamento do prazo


previsto em lei para sua utilização.

E) A preclusão é a perda, em termos de processo, da oportunidade de agir, em razão do decurso do prazo -


para essa ação.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMPLEMENTARES


1. LETRA D
2. CORRETA
3. LETRA B
4. LETRA E
5. LETRA E
6. LETRA D
7. LETRA B
8. LETRA E
9. LETRA D
10. LETRA D
11. LETRA C
12. LETRA C
13. LETRA B
14. LETRA B
15. LETRA B
16. LETRA B

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