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Apresentação
Governador do Distrito Federal
Ibaneis Rocha
www.egov.df.gov.br
1
Curso
Gestão e fiscalização de contratos
Alessandra do Valle Abrahão Soares
Objetivo
Fornecer os conhecimentos necessários ao controle, acompanhamento
e fiscalização do cumprimento das obrigações assumidas pelas partes do
contrato administrativo.
2
Conhecendo-nos...
Informações pessoais
Nome;
Formação;
Unidade de lotação;
Experiência profissional;
Expectativas em relação ao curso.
Nível do curso
Introdutório.
3
Método do curso
Mesclar conhecimentos teóricos com atividades práticas:
» apresentação em slides;
» apostila instrucional;
» vídeos de apoio;
» legislação aplicada;
» estudos de caso;
» Exercícios.
Método do curso
Pirâmide de William Glasser.
GOOGLE, 2018.
4
Conteúdo do curso
Aula 1
Aula 1
Considerações gerais
Planejamento
Licitação
Contrato
6
MENDES, 2012.
MENDES, 2012.
8
MENDES, 2012.
MENDES, 2012.
9
MENDES, 2012.
MENDES, 2012.
10
Normas federais
Lei no 8.666/1993 – Licitações e contratos;
Lei no 10.520/2002 – Pregão;
Lei no 8.987/1995 – Concessão e permissão da prestação de serviços
públicos;
Lei no 11.079/2004 – PPP;
Lei no 12.232/2010 – Licitação e contratação de publicidade;
Lei no 12.462/2011 – Regime Diferenciado de Contratação;
Lei no 8.429/1992 – Lei de Improbidade Administrativa;
Lei no 4.320/1964 – Elaboração e controle orçamentário;
Decreto no 5.450/2005 – Pregão Eletrônico.
Normas distritais
Lei no 5.087/2013 – Prestação de informações fiscais, trabalhistas,
previdenciárias e gerenciais;
Lei no 5.254/2013 – Recepciona o RDC no DF;
Decreto no 25.955/2005 – Sistema de Gerenciamento de Contratos
e Convênios (SISCON);
Decreto no 26.851/2006 – Sanções da Lei no 8.666/1993;
Decreto nº 37.667/2016 – Recepciona a IN no 04/2010 e o Decreto
no 7.174/2010;
Decreto nº 38.934/2018 – Recepciona a IN no 05/2017 – MPOG;
Decretos no 32.598/2010 – Normas de planejamento, orçamento, finanças,
patrimônio e contabilidade;
12
Pareceres PGDF
ParecerNormativo no 726/2008 – PROCAD/PGDF – inexigibilidade,
cursos abertos, periódicos e dispensa pelo valor – Art. 24, I e II;
ParecerNormativo no 1.030/2009 – PROCAD/PGDF – prorrogação de
contratos administrativos continuados;
Parecer Normativo no 622/2015 – PRCON/PGDF – adesão à Ata de
Registro de Preços;
ParecerNormativo no 27/2015 – PROCAD/PGDF – contratação
emergencial na saúde;
ParecerNormativo no 201/2012 – PROCAD/PGDF – contratação
emergencial na saúde, por ordem judicial;
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1.3 Planejamento
16
Do Gerenciamento de Riscos
Art. 25. O Gerenciamento de Riscos é um processo que consiste nas
seguintes atividades:
I. identificação dos principais riscos [...];
II. avaliação dos riscos identificados [...];
III. tratamento dos riscos [...];
IV. [...] definição das ações de contingência [...]; e
V. definição dos responsáveis[...].
1.3 Planejamento
Plano Diretor
Plano
de Tecnologia
Estratégico
da Informação
FINALIDADE
Demanda PÚBLICA
Estudos
preliminares + Contrato
Gerenciamento
de Riscos
TR / PB Licitação
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1.4 Licitação
1.5 Contrato
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O que é contrato?
Para Maria Helena Diniz, contrato é: “um acordo de duas ou mais vontades,
na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma
regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir,
modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial”.
Porém, para a validade de um contrato, não basta a livre manifestação de
vontades das partes. É necessário que:
1) o contrato não contrarie disposição legal;
2) seu objeto seja lícito e possível;
3) as partes contratantes sejam capazes; e
4) cumpra-se a função social do contrato.
Exemplos
Locação de carros;
Locação de imóveis
(Lei do Inquilinato);
Fornecimento
de água.
27
Contrato administrativo
Os contratos administrativos são uma espécie do gênero contratos,
porém são contratos regidos predominantemente pelo Direito Público,
em que a Administração Pública atua nessa qualidade, em posição de
supremacia.
Para Hely Lopes Meireles: “é o ajuste que a Administração Pública,
agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade
administrativa para a consecução de objetivos de interesse público,
nas condições estabelecidas pela própria Administração e dotada das
prerrogativas características de direito público”.
Contrato administrativo
Para Marçal Justen Filho, “contrato, em sentido amplo, é um acordo de
vontades destinado a criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações,
tal como facultado legislativamente e em que, pelo menos, uma das
partes atua no exercício da função administrativa”.
Portanto é...
todo e qualquer ajuste entre Administração Pública e particulares;
para a formação de vínculo e estipulação de obrigações recíprocas;
em que a Administração Pública é parte diferenciada em vista de um
regime jurídico peculiar (cláusulas exorbitantes – art. 58).
28
Contrato semipúblico
Obedecem algumas normas da Lei no 8.666/1993 e são regidos
predominantemente pelo Direito Privado.
Aplicam-se apenas os artigos :
» 55 (cláusulas necessárias no contrato);
» 58 (cláusulas exorbitantes);
» 59 (nulidade do contrato);
» 60 (formalização do contrato) e
» 61 (elementos indispensáveis do contrato), todos da Lei no 8.666/1993.
Contrato privado
Contratos da Administração regidos integralmente por normas de
Direito Privado;
São os contratos realizados por empresas públicas e sociedades
de economia mista que realizam atividades econômicas.
Discussão
Exercício – Estudo de caso em grupo
Encerrando
Aula 2
32
Aula 2
Contrato administrativo
Elaboração do contrato
Obrigatoriedades e execução
Duração e prazos de execução
Alterações contratuais
Autorização de compra;
PGDF
Parecer no 015/2017
1. O Contrato Administrativo como instrumento formalizador é regra nos
casos exigidos em lei, é nulo o contrato verbal salvo exceção legal,
sempre precedidos de prévia Licitação Pública, ressalvados os casos
especificados na legislação (dispensa ou inexigibilidade), exegese do art.
2º, do 60, caput e parágrafo único da Lei Federal nº 8.666/1993 c/c art.
37, inciso XXI, da Constituição Federal. Em uma situação em abstrato,
pedido da empresa executora de serviço/obra, de pagamento de
despesa realizada sem a devida cobertura contratual, a título de
ressarcimento, poderá ser deferido, por meio de Processo de
Reconhecimento de Dívida, [...]
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Jurisprudência do TCDF
“b) o fornecimento de serviços, obras e bens sem cobertura contratual,
fora das hipóteses ressalvadas em lei, dará ao fornecedor o direito a ser
indenizado somente pelo que aproveitou à Administração,
retirando-se quaisquer lucros ou ressarcimentos pelos demais
gastos, sem prejuízo de responsabilização do gestor que der causa à
despesa em desconformidade com a lei;”
Decisão no 437/2011.
41
Conteúdo do contrato
Jurisprudência do TCU
"É indevida a alteração de contratos de obras públicas com a
finalidade exclusiva de corrigir erros no projeto que serviu de base
à licitação e que se revelou incompleto, defeituoso ou obsoleto,
devendo o fato acarretar, nos termos do art. 7º, § 6º, da Lei no 8.666/
1993, a nulidade do contrato e consequente realização de nova
licitação, após refeitura do projeto, e a RESPONSABILIZAÇÃO DO
GESTOR QUE REALIZOU A LICITAÇÃO ORIGINAL COM PROJETO
INEPTO." (Lei no 8.666/1993, Art. 7º § 6º – A infringência do disposto
neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa.)
Acórdão no 353/2007.
AGU
Orientação Normativa no 36, de 13 de dezembro de 2011
A Administração pode estabelecer a vigência por prazo indeterminado
nos contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de
energia elétrica e água e esgoto, desde que no processo da contratação
estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo
indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa
de consumo e a existência de previsão de recursos orçamentários.
Prazo de execução
O prazo de execução das etapas pode sofrer alteração para ampliação
do prazo inicialmente contratado, desde que ocorram os seguintes
motivos:
a) alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
b) superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à
vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de
execução do contrato;
c) interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de
trabalho por ordem e no interesse da Administração;
51
Jurisprudência do TCU
A contratação direta também se mostra possível quando a situação
de emergência decorre da falta de planejamento, da desídia
administrativa ou da má gestão dos recursos púbicos. O art. 24, inciso
IV, da Lei no 8.666/1993 não distingue a emergência resultante do
imprevisível daquela resultante da incúria ou da inércia
administrativa, sendo cabível, em ambas as hipóteses, a contratação
direta, desde que devidamente caracterizada a urgência de
atendimento a situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares.
Acórdão no 1.122/2017 – Plenário.
AGU
Orientação Normativa no 11, de 1o de abril de 2009
A contratação direta com fundamento no inc. IV do art. 24 da Lei no 8.666,
de 1993, exige que, concomitantemente, seja apurado se a situação
emergencial foi gerada por falta de planejamento, desídia ou má
gestão, hipótese que, quem lhe deu causa será responsabilizado na
forma da lei.
58
Resumindo...
Prazos dos contratos: duração normal, período do crédito orçamentário
(até um ano).
Exceções
Contratos incluídos no plano plurianual (até quatro anos);
Serviços contínuos (até 60 meses, podendo ser prorrogados por mais 12
meses);
Aluguel de materiais e serviços de informática (até 48 meses);
Concessão de serviços públicos (prazos superiores a um ano).
PGDF
Parecer normativo n0 1.030, de 13 de outubro de 2009
2.2 – Prorrogação do contrato administrativo: requisitos
[...]
Exige-se ainda:
b) relatório prévio do Executor do Contrato sobre o interesse na
prorrogação e a adequação dos serviços prestados justificativa
escrita nos autos do processo (da necessidade do
serviço/fornecimento e da vantagem na prorrogação, em
confronto com a deflagração de novo processo licitatório);
59
FISCAL DE CONTRATO
Alteração unilateral
Permite a modificação contratual de característica distinta, sendo aplicável
em duas situações (art. 65, I):
alteração QUALITATIVA – decorre da necessidade de mudar a
característica técnica do projeto e das especificações, porém sem alterar
o objeto do contrato. Devem ser observados os seguintes requisitos
mínimos:
a) existência de fato superveniente ou, pelo menos, de conhecimento
superveniente capaz de ensejá-la;
b) justificativa técnica adequada e suficiente;
c) não transmutação ou desnaturação do objeto;
d) respeito aos direitos do contratado.
63
Equilíbrio econômico-financeiro
A Administração somente poderá recusar o restabelecimento do
equilíbrio econômico-financeiro se identificados os seguintes
pressupostos necessários:
a) ausência de elevação dos encargos do particular;
b) ocorrência de evento antes da formulação das propostas;
c) ausência de vínculo de causalidade entre o evento ocorrido e a
majoração dos encargos do contratado;
d) culpa do contratado pela majoração dos seus encargos (o que inclui a
previsibilidade da ocorrência do evento).
Discussão
Exercício – Estudo de caso em grupo
Encerrando
Aula 3
Aula 3
Limitações legais
Limites percentuais
Manutenção e equilíbrio
econômico nos contratos
» Reajuste
» Revisão
» Repactuação
70
Marçal Justen
“Como princípio geral, não se admite que a modificação do contrato,
ainda que por mútuo acordo entre as partes, importe alteração
radical ou acarrete frustração aos princípios da obrigatoriedade
da licitação e isonomia.”
Alterações quantitativas
Conforme § 1o do art. 65, o contrato pode ser alterado quantitativamente:
a) dentro do limite de 25% do valor inicial atualizado do contrato, para o
caso de acréscimos ou de supressões em obras, serviços ou compras;
b) dentro do limite de 50%, para o caso de acréscimos, e 25% para
supressão, na hipótese de reforma de edifício ou de equipamento.
Importante: São alterações unilaterais e independem da concordância
do contratado.
As supressões possuem tratamento diferenciado com relação aos limites
acima, podendo excedê-los desde que com a anuência do contratado
e mantidas as condições da avença. Nesse caso, configura-se alteração
quantitativa consensual.
72
Alterações qualitativas
A Lei no 8.666/1993 não traz de forma explícita os limites para as
alterações qualitativas. Para o doutrinador Fernando Vernalha
Guimarães, “seria extremamente difícil estabelecer parâmetros de
quantidade pressupondo alterações de qualidade”.
No entanto, para as alterações qualitativas há entendimentos
diferenciados, na doutrina e na jurisprudência, sobre a aplicação ou não
dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do artigo 65 da Lei no 8.666/1993
e, ainda, se esses limites podem ou não ser extrapolados, já que não existe
limitação na legislação.
Essa é uma questão que não está pacificada. A maior parte da doutrina
tem entendimento de que os limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do artigo
65 da Lei no 8.666/1993 somente se aplicam às alterações quantitativas.
Jurisprudência do TCU
Para fins de enquadramento na hipótese de excepcionalidade prevista na
Decisão no 215/1999, as alterações qualitativas havidas não podem
decorrer de culpa do contratante nem do contratado.
O relator considerou não haver elementos de convicção suficientes para a
caracterização de caso fortuito, de situação imprevisível à época da
contratação, de que a alteração de especificação não decorreu de culpa do
contratado, com a demora em encomendar as estacas, ou do contratante,
por falhas no projeto. Destacou ser a ausência de culpa condição essencial
para o Tribunal aceitar aditivos que ultrapassem os limites legalmente
estabelecidos.
Jurisprudência do TCU
Aplicaro cálculo de forma isolada, para cada conjunto de acréscimos e
para cada conjunto de reduções e sem nenhum tipo de compensação
entre eles. Desta forma, o limite de percentual é aplicado individualmente
sobre o valor original do contrato.
Não é permitido utilizar-se compensação entre as alterações (acréscimo/
supressão), ou seja, realizar acréscimo de 60% do valor do contrato e,
em contrapartida, compensar realizando supressão 40%. A modificação
estaria, em tese, dentro dos 25%, entretanto, contrária à determinação
legal e à jurisprudência do Tribunal de Contas.
79
Jurisprudência do TCU
9.2. Determinar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes que, em futuras contratações, para efeito de observância
dos limites de alterações contratuais previstos no art. 65 da Lei
nº 8.666/1993, passe a considerar as reduções ou supressões de
quantitativos de forma isolada, ou seja, o conjunto de reduções e o
conjunto de acréscimos devem ser sempre calculados sobre o valor
original do contrato, aplicando-se a cada um desses conjuntos,
individualmente e sem nenhum tipo de compensação entre eles, os
limites de alteração estabelecidos no dispositivo legal;
Acórdão no 749/2010.
Jurisprudência do TCU
Os limites mencionados nos 1o e 2o do art. 65 da Lei no 8.666/1993
devem ser verificados, separadamente, tanto nos acréscimos quanto
nas supressões de itens ao contrato, e não pelo computo final que tais
alterações (acréscimos menos decréscimos) possam provocar na
equação financeira do contrato.
Acórdão no 1.733/2009 – Plenário.
80
AGU
Orientação Normativa no 50, de 25 de abril de 2014
Os acréscimos e as supressões do objeto contratual devem ser sempre
calculados sobre o valor inicial do contrato atualizado, aplicando-se
a estas alterações os limites percentuais previstos no art. 65, 1o, da Lei
no 8.666, de 1993, sem qualquer compensação entre si.
Apostilamento X Aditivamento
De acordo com o dicionário Aulete:
Apostila significa: [...]
2. Anotação feita nas margens de um texto, com o intuito de
complementá-lo.
3. Adendo a um documento oficial. [...]
Aditivo significa: [...]
4. O que se adiciona, acrescenta; ADICIONAL
5. Jur. Acréscimo a documento, projeto, lei etc.
6. Pol. Texto que complementa ou modifica lei, projeto de lei, projeto
de resolução etc. [...]
82
Assim...
Apostila é um registro que poderá ser realizado no próprio contrato
original ou em outro documento oficial.
Aditivo é um instrumento realizado separadamente e segue toda a
formalidade, inclusive a obrigatoriedade de publicação na Imprensa
Oficial, do contrato.
Reajuste
Tem por finalidade recompor o equilíbrio financeiro do contrato em razão
da variação normal do custo de produção decorrente da inflação.
Podem ser utilizados índices específicos ou setoriais, desde que oficiais.
Os dispositivos legais que tratam do reajuste contratual são: artigo 40,
inciso XI, artigo 55, inciso III, ambos da Lei nº 8.666/1993, e artigos 1o, 2o
e 3o da Lei no 10.192/2001.
O reajuste somente poderá ser realizado em periodicidade igual ou
superior a um ano, contado a partir da data limite para apresentação da
proposta ou do orçamento a que essa se referir, de acordo com a Lei
nº 10.192/2001, que dispôs sobre medidas complementares ao Plano Real.
Revisão
Tem por objetivo corrigir distorções geradas por ocorrências
extraordinárias e imprevisíveis ou previsíveis com consequências
excessivamente onerosas para uma das partes.
Esse instrumento consta do artigo 65, inciso II, alínea “d”, da Lei
nº 8.666/1993.
ou Força maior
Teoria da
Imprevisão
ou Força maior
88
Revisão
Entretanto, para que ocorra a revisão contratual, deve haver a
motivação do ato, sendo este iniciado a partir de solicitação realizada
por um dos contratantes, o qual deve demonstrar a onerosidade
excessiva originada pelos acontecimentos supervenientes.
É indispensável que esse fato fique exaustivamente comprovado
em processo administrativo regular.
É desvinculada de quaisquer índices de variação inflacionária,
buscando fora do contrato soluções que devolvam o equilíbrio entre as
obrigações das partes.
Repactuação
É utilizada para readequar o valor do contrato administrativo à variação
de custos previsível e periódica a que se sujeita.
Não se utiliza de indexador de preços, entretanto, examina-se a real
evolução de custos que integram o contrato.
Tendo em vista que a inflação, após a implantação do Plano Real,
começou a ser um fato previsível, com a possibilidade de prever uma
margem da futura variação de preços, surgiu o instituto da repactuação
como uma espécie de reajustamento de preços ao lado do reajuste.
Resumindo...
Discussão
Exercício – Estudo de caso em grupo
Encerrando
Aula 4
97
Aula 4
Fiscalização de contrato
Fundamentos legais
Papel do fiscal do contrato
Procedimentos de
acompanhamento de contrato e
fiscalização da execução do objeto
Ética e responsabilidade na
fiscalização
ANEXO VIII-A
DA FISCALIZAÇÃO TÉCNICA
1. A fiscalização técnica dos contratos deve avaliar constantemente a
execução do objeto e, se for o caso, poderá utilizar o Instrumento de
Medição de Resultado (IMR), conforme modelo previsto no Anexo
V-B, ou outro instrumento substituto para aferição da qualidade da
prestação dos serviços, devendo haver o redimensionamento no
pagamento com base nos indicadores estabelecidos, sempre que a
contratada:
ANEXO VIII-A
DA FISCALIZAÇÃO TÉCNICA
1.
a) não produzir os resultados, deixar de executar, ou não executar
com a qualidade mínima exigida as atividades contratadas; ou
b) deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a
execução do serviço, ou utilizá-los com qualidade ou quantidade
inferior à demandada.
105
O que é qualidade?
NBR ISO 8402:1994: “é a totalidade de características de uma entidade
que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas
e implícitas”.
NBR ISO 9000:2000: “é o grau no qual um conjunto de características
inerentes satisfaz a requisitos”.
PMBOK: “é o grau até o qual um conjunto de características inerentes
satisfaz às necessidades”.
ANEXO VIII-B
DA FISCALIZAÇÃO ADMINSTRATIVA
1. A fiscalização administrativa, realizada nos contratos de prestação de
serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, poderá
ser efetivada com base em critérios estatísticos, levando-se em
consideração falhas que impactem o contrato como um todo e não
apenas erros e falhas eventuais no pagamento de alguma vantagem a
um determinado empregado.
107
ANEXO VIII-B
DA FISCALIZAÇÃO ADMINSTRATIVA
2. Na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais,
nas contratações com dedicação exclusiva dos trabalhadores da
contratada exigir-se-á, dentre outras, as seguintes comprovações:
Fiscal do contrato
O fiscal do contrato (ou comissão fiscalizadora) é o servidor da
Administração a quem incumbe o dever de acompanhar e fiscalizar a
execução do contrato. (Art. 67, Lei no 8.666/1993)
Acompanhar = “ocorrer ou fazer ocorrer, acontecer ou fazer acontecer
simultaneamente e em relação com (fato, atividade, processo)”.
Fiscalizar = “vigiar o funcionamento, uso ou conduta de;
supervisionar; exercer vigilância sobre; examinar de maneira rigorosa;
exercer a função de fiscal”.
•.
110
A fiscalização e o acompanhamento
da execução do contrato consistem na
verificação da relação entre as
obrigações contratadas e as executadas
(modo, forma e tempo) e na
adoção das providências que se
fizerem necessárias para o perfeito
cumprimento dessas obrigações.
•.
Jurisprudência do TCU
9.20. dar ciência à [...] quanto às seguinte falhas:
9.20.1. [...] necessidade da substituição de fiscais e auxiliares de
fiscalização dos contratos que estejam na situação de terceirizados
ou outra análoga, não efetiva, por servidores do quadro de pessoal de
Furnas e que não tenham participação direta ou indireta com a licitação
que originou o contrato a ser fiscalizado, de forma a atender ao princípio
de controle de segregação de funções e permitindo o aprimoramento do
controle interno;
Acórdão TCU nº 100/2013 – Plenário.
114
Jurisprudência do TCU
4. O art. 67 da Lei no 8.666/1993 exige a designação, pela Administração, de
representante para acompanhar e fiscalizar a execução, facultando-se a
contratação de empresa supervisora para assisti-lo. Assim, parece-me claro que o
contrato de supervisão tem natureza eminentemente assistencial ou
subsidiária, no sentido de que a responsabilidade última pela fiscalização da
execução não se altera com sua presença, permanecendo com a
Administração Pública. Apesar disso, em certos casos, esta Corte tem exigido a
contratação de supervisora quando a fiscalização reconhecidamente não dispuser
de condições para, com seus próprios meios, desincumbir-se adequadamente de
suas tarefas, seja pelo porte ou complexidade do empreendimento, seja pelo
quadro de carência de recursos humanos e materiais que, não raro, prevalece no
setor público.
Acórdão TCU no 1.930/2006 – Plenário.
Jurisprudência do TCU
Essa situação encontrada constitui clara afronta aos arts. 67 e 69 da Lei
no 8.666/1993, no que se refere à fiscalização da execução dos contratos.
Nesse caso, a Administração utiliza-se da faculdade constante do caput do
art. 67 dessa Lei para contratar um terceiro a fim de assisti-la e
subsidiá-la, porém não adota as medidas de sua responsabilidade no
tempo devido. Ou seja, apesar de ser informado pela supervisora sobre as
incorreções ocorridas, o órgão contratante não exigiu do [...] o reparo dos
serviços em que houve vícios ou defeitos resultantes da execução
dissonante com o projeto, em total ultraje ao art. 69 da Lei de Licitações e
Contratos.
Acórdão TCU nº 1.930/2006 – Plenário.
Designação do fiscal
A legislação não prevê de forma explícita qual o instrumento e qual
a forma que devem ser utilizados para a nomeação do fiscal do contrato.
O TCU,
assim como os doutrinadores, possuem posição solidificada que a
nomeação deverá ser por ato oficial específico da Administração e
devidamente publicado, assim como juntado aos autos da contratação.
É importante que seja nomeado mais de um representante para que
os trabalhos possam ser divididos e, também, para que não haja
lacuna no acompanhamento do contrato em razão de ausências legais
do representante (suplente ou comissão).
A nomeação deverá ocorrer antes ou no início da vigência contratual.
116
Portanto...
A nomeação de fiscal do contrato NÃO É ATO DISCRICIONÁRIO,
consiste em um DEVER da Administração.
Igualmente, a empresa deverá indicar representante (por escrito)
para atuar durante a execução do contrato, seu PREPOSTO.
Lei nº 8.666/1993
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela
Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na
execução do contrato.
117
Acompanhamento do contrato
O acompanhamento de um contrato não se resume em uma atividade
formal. É a garantia de que o serviço e/ou produto será prestado e/ou
entregue de acordo com o previsto em contrato.
Para que um contrato seja bem gerenciado, a informalidade não poderá
fazer-se presente, há de se ter atuação dentro dos limites estabelecidos,
registrando e exigindo o cumprimento do que está contratado.
Naslições de Hely Lopes Meirelles, existem algumas fases que integram o
acompanhamento da execução do contrato pelo representante da
Administração, que são compreendidas pela fiscalização, pela
orientação, pela interdição, a intervenção e pela aplicação de
penalidades contratuais.
119
Passo 2
Instrução processual
É preciso conferir se todos os documentos estão devidamente anexados
aos autos:
contrato;
Passo 3
Conhecer detalhadamente o contrato
É preciso conhecer detalhadamente o contrato e as cláusulas nele
estabelecidas, sanando qualquer dúvida com os demais setores
responsáveis pela administração, objetivando o fiel cumprimento do
contrato.
Além disso, é preciso conhecer a descrição dos serviços a serem
executados (prazos, locais, material a ser empregado) e todas as
informações relevantes que a Administração espera com a prestação
dos serviços contratados.
Ou seja, é preciso conhecer em detalhe todas as especificações do objeto
contratado para que o fiscal possa acompanhar a execução dos serviços.
122
Sugestão: Após ler contrato, edital e TR, elabore uma planilha com todas
as cláusulas relevantes, separadas em linhas, de forma a construir um
grande check-list para ser utilizado durante o acompanhamento do
contrato.
Passo 4
Plano de fiscalização
Com base nas obrigações das partes (contratante e contratada), elabore
um plano de fiscalização contendo todos os itens que devem ser
observados durante o acompanhamento do contrato.
Esse plano irá guiar a fiscalização dos serviços, verificando a correta
utilização dos materiais, equipamentos, pessoal, quantidades, qualidade,
vícios ocultos, certidões de regularidade, cronograma/prazos etc.
123
Passo 5
Reunião inicial com o contratado
Realize reunião inicial com o contratado para apresentação do plano
de fiscalização.
Leia conjuntamente com o contratado todo o contrato e verifique a
existência de dúvidas, procurando saná-las e alinhando as expectativas
da Administração com os compromissos do contratado.
124
Passo 6
Monitore rotineiramente
Conforme previsto no plano de fiscalização, realize as ações de
acompanhamento dos serviços prestados, registrando todas as
ocorrências relacionadas com a execução do contrato e determinando
o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados:
solicite,
quando for o caso, que os serviços sejam refeitos por
inadequação ou vícios que apresentem;
comunique e sugira à autoridade superior a aplicação de penalidades
ao contratado, em face do inadimplemento das obrigações;
verifiquese a entrega de materiais, execução de obras ou a prestação
de serviços será cumprida integral ou parceladamente;
realize,
juntamente com a contratada, as medições dos serviços nas
datas estabelecidas, antes de atestar as respectivas notas fiscais;
realizea medição dos serviços efetivamente realizados, de acordo com
a descrição dos serviços definida na especificação técnica do contrato e
emitir atestados de avaliação dos serviços prestados;
confira o adimplemento dos encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
Passo 7
Boas práticas de fiscalização de contratos
Alguns órgãos editaram manuais de fiscalização, trazendo todo o roteiro
de como, quando e de que forma realizar um acompanhamento eficiente
da execução do contrato.
Vale a pena conhecer alguns:
Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Advocacia-Geral da União (AGU)
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
Veja os Fluxos de Planejamento e Fiscalização de Contratos disponíveis em:
https://www.comprasgovernamentais.gov.br/fluxos_inep/index.html#list
130
Honestidade e
responsabilidade;
Colaborador (com superiores
e pares);
Prestar contas de seu encargo;
Disponibilidade em ser
avaliado;
Capacidade de liderança;
Discussão
Exercício – Estudo de caso em grupo
Encerrando
Aula 5
Aula 5
Penalidades na inexecução
de contrato
Rescisão de contrato
Responsabilização do fiscal
de contrato
135
Penalidades
aplicados à
inexecução
do contrato
136
Rescisão contratual
A rescisão do contrato poderá ocorrer da seguinte forma:
a) unilateralmente, por ato escrito da Administração;
b)amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida a termo no
processo da licitação, desde que haja conveniência para a
Administração;
c) judicial, nos termos da legislação.
138
Discussão
Exercício – Estudo de Caso em grupo
Discussão
Exercício – Estudo de caso em grupo
Encerrando
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