Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FISCALIZAÇÃO DE
CONTRATOS
Aspectos Gerais
Unidade 4
Data de atualização: 11/08/2023
SUMÁRIO
Sumário
Introdução ________________________________________________________________________________________________________ 2
Do acompanhamento e da fiscalizaçao __________________________________________________________________________ 4
Da Designaçao da Fiscalizaçao _________________________________________________________________________________ 10
Do Fiscal substituto _____________________________________________________________________________________________ 16
Da Responsabilidade e da Responsabilizaçao da Fiscalizaçao ______________________________________________ 19
Da reuniao inicial do contrato _________________________________________________________________________________ 27
Da comunicaçao com a contratada ____________________________________________________________________________ 31
Registro proprio da Fiscalizaçao ______________________________________________________________________________ 34
Da obrigaçao de prestar contas ________________________________________________________________________________ 41
Da participaçao da Fiscalizaçao na Etapa de Planejamento _________________________________________________ 45
Da participaçao da Fiscalizaçao na atualizaçao e na elaboraçao do Mapa de Riscos ______________________ 48
Dos assuntos que ultrapassam a competencia da Fiscalizaçao ______________________________________________ 52
Conclusao _______________________________________________________________________________________________________ 56
1
INTRODUÇÃO
Introdução
Importante relembrar que este curso toma por base as Leis nº 8.666/1993,
nº 10.520/2002, nº 12.462/2011, bem como a Nova Lei de Licitaçoes e Contratos
Administrativos– Lei nº 14.133/2021, no que couber, e eventuais jurisprudencias
sobre os temas abordados.
Sendo assim, para que a analise do conteudo desta apostila seja eficaz, ha
que se considerar sua temporalidade, priorizando, em caso de divergencia de
entendimento, a tempestividade das orientaçoes em vigor.
2
INTRODUÇÃO
Junto com a previsao legal dos diversos assuntos a serem tratados, traz-se,
tambem, os normativos correlatos do COMAER e a jurisprudencia do TCU, alem de
vídeos acessorios que elucidam melhor os temas ora tratados.
3
DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO
Do acompanhamento e da fiscalizaçao
Art. 117. A execuçao do contrato devera ser acompanhada e fiscalizada por 1 (um) ou mais fiscais do
contrato, representantes da Administraçao especialmente designados conforme requisitos estabelecidos
no art. 7º desta Lei, ou pelos respectivos substitutos, permitida a contrataçao de terceiros para assisti-los
e subsidia-los com informaçoes pertinentes a essa atribuiçao.
“Art. 104. O regime jurídico dos contratos instituído por esta Lei confere a
Administraçao, em relaçao a eles, as prerrogativas de:
4
DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO
De acordo com art. 39 da IN nº 05/2017, que trata dos serviços sob o regime de
execuçao indireta:
5
DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO
A NLLCA em seu art. 6, Inciso XXIII, alíneas “f” e “g” indicam que a
Administraçao deve definir em seu Termo de Referencia o modelo de gestao do
contrato e os criterios de mediçao de pagamento:
f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será acompanhada e
fiscalizada pelo órgão ou entidade;
6
DO ACOMPANHAMENTO E DA FISCALIZAÇÃO
7
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
Da Designaçao da Fiscalizaçao
A designaçao do fiscal deve ocorrer por meio de ato formal:
10
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
4.1.1 A fiscalização será exercida por agentes da Administração selecionados pelos conhecimentos
administrativos e técnicos que os capacitem à realização das ações de acompanhamento e de fiscalização dos
instrumentos contratuais, em conformidade com o disposto nesse manual.
4.1.2 A Administração da UG (Apoiada ou Apoiadora) deverá, obrigatoriamente, designar Agentes da
Administração para atuarem na Fiscalização de todos os contratos pactuados com a Organização.
4.1.3 O Fiscal de Contrato ou Membro da Comissão Fiscalizadora de Contrato deverá ser designado pelo
Ordenador de Despesas da Unidade signatária do instrumento contratual (ou pelo Dirigente Máximo da UG que
não possuir a figura do Ordenador de Despesas em sua estrutura), com a respectiva publicação em boletim
Interno.
4.1.4 A designação do Fiscal de Contrato e do Membro da Comissão Fiscalizadora de Contrato deverá seguir o
previsto no Decreto nº 11.246/2022.
4.1.5 A designação do fiscal titular e de seu substituto eventual, sendo este o substituto daquele nos casos de
afastamento superior a 30 (trinta) dias, ou dos membros da Comissão Fiscalizadora de Contrato, para cada um
dos contratos firmados pela UG, seguirão o modelo de Portaria previsto neste manual.
4.1.6 O Ordenador de Despesas (titular ou por delegação), o Agente de Controle Interno (titular ou delegado), o
Gestor de Licitações/contratos e o Gestor de Finanças não deverão ser designados para a Fiscalização de
contratos no âmbito de sua UG, tampouco os Pregoeiros, os integrantes de Comissão Especial ou Permanente de
Licitação e os membros das Equipes de Apoio referente aos procedimentos licitatórios de que fizeram parte.
11
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
O encargo de gestor ou fiscal nao pode ser recusado pelo militar ou civil, por nao se tratar de
ordem ilegal, devendo expor ao superior hierarquico as deficiencias e limitaçoes tecnicas que possam
impedir o diligente cumprimento do exercício de suas atribuiçoes, se for o caso. Caso necessario, a
Administraçao devera providenciar a qualificaçao do servidor para o desempenho das atribuiçoes,
conforme a natureza e complexidade do objeto, ou designar outro servidor com a qualificaçao
requerida.
12
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
O que pode existir e a recusa motivada por conflito de interesses, por exemplo,
quando o militar ou civil designado tiver alguma relaçao de parentesco com o
contratado.
13
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
Terceiros contratados
Art. 26. Na hipótese da contratação de terceiros para assistir e para subsidiar os fiscais de contrato nos termos do
disposto neste Decreto, será observado o seguinte:
I - a empresa ou o profissional contratado assumirá responsabilidade civil objetiva pela veracidade e pela precisão das
informações prestadas, firmará termo de compromisso de confidencialidade e não poderá exercer atribuição própria e exclusiva de
fiscal de contrato; e
II - a contratação de terceiros não eximirá o fiscal do contrato da responsabilidade, nos limites das informações recebidas
do terceiro contratado.
Para complementar este conteudo, assista a este vídeo 1 que trata da recusa do
agente em assumir a funçao de fiscal de contrato/ membro da Comissao Fiscalizadora.
Que evite designar a um unico servidor a funçao de fiscalizar mais de um contrato, evitando-se sobrecarga
de trabalho e ineficiencia na execuçao da tarefa. (TCU, 2013).
14
DA DESIGNAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
que deve ser apreciado em cada caso pela autoridade competente, ao depender da
complexidade do objeto, a fim de nao haver um prejuízo a fiscalizaçao do contrato.
Por fim, este vídeo 2 traz orientaçoes e dicas praticas para o agente publico,
quando designado fiscal/membro da Comissao Fiscalizadora de um termo de contrato.
Vale a pena assistir!!
15
DO FISCAL SUBSTITUTO
Do Fiscal substituto
O fiscal substituto atuara como fiscal do contrato nas ausencias e nos
impedimentos eventuais e regulamentares do titular.
Nas UG, nas quais nao existe a designaçao de fiscal substituto, qualquer
imprevisto ocorrido com o fiscal titular, que o obrigue a abandonar suas atribuiçoes
repentinamente, poderao impactar diretamente a fiscalizaçao do contrato,
prejudicando a contratada e o contratante, podendo vir, ate mesmo, a causar um dano
ao Erario.
16
DO FISCAL SUBSTITUTO
4.1.5 A designação do fiscal titular e de seu substituto eventual, sendo este o substituto
daquele nos casos de afastamento superior a 30 (trinta) dias, ou dos membros da
Comissão Fiscalizadora de Contrato, para cada um dos contratos firmados pela UG,
seguirão o modelo de Portaria previsto neste manual.
17
DO FISCAL SUBSTITUTO
18
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
"Avaliação da culpa
1 - O Tribunal de Contas avalia o grau de culpa de harmonia com as
circunstâncias do caso, tendo em consideração as competências do cargo ou
Acórdão a índole das principais funções de cada responsável, o volume e fundos
2973/2019 movimentados, o montante material da lesão dos dinheiros ou valores
públicos, o grau de acatamento de eventuais recomendações do Tribunal e os
2ª Câmara-TCU meios humanos e materiais existentes no serviço, organismo ou
entidade sujeitos à sua jurisdição” (grifo nosso)
34. Observo também que, até pouco tempo, a legislação brasileira era omissa
a respeito dos parâmetros que devem ser considerados na mensuração da
gravidade da conduta inquinada. Com o advento da Lei 13.655/2018, foram
incluídas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB
disposições sobre segurança jurídica e eficiência na criação e aplicação do
direito público.
35. Passou-se a exigir dolo ou erro grosseiro para a responsabilização pessoal
do agente público nas esferas administrativa, controladora e judicial (art. 28)
. Ademais, na interpretação das normas de gestão pública, deverão ser
considerados “os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências
das políticas públicas a seu cargo” (art. 22, caput) .
19
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
36. Nesse contexto, verifico a existência de indícios de que as condições de
fiscalização da obra eram, de fato, precárias, conforme alegou o recorrente
em várias oportunidades.
37. Em primeiro lugar, as ordens bancárias de concessão de diárias
evidenciam que o responsável se dirigia semanalmente de João Pessoa para
fiscalizar obras nos municípios de Campina Grande, Patos e Teixeira,
executadas concomitantemente pelo TRE/PB. Obviamente, esse fato não
permite que o responsável tenha a sua atenção integralmente dedicada à
fiscalização da obra em tela.
38. Em segundo lugar, o próprio Relatório Final Complementar da Comissão
de Processo Administrativo Disciplinar, de 26/8/2008, reconheceu a
precariedade das condições de fiscalização no âmbito daquela corte eleitoral.
Transcrevo excerto do relatório (peça 15, p. 46) :
“De fato, embora a fiscalização da obra e do contrato estivessem sob a
responsabilidade do indiciado, este, ao que se depreende, não exercia, com
plenitude, as suas funções, muitas das vezes admitindo ou omitindo-se quando
outros firmavam tais documentos. Contudo seria prematuro afirmar que tal
fato deu-se por desleixo, principalmente diante do grande número de obras
em execução e da falta de estruturação do setor que, naquela oportunidade,
não permitiria uma adequada fiscalização das obras.
83. Tomando como base esse parametro, o erro leve e o que somente seria
percebido e, portanto, evitado por pessoa de diligencia extraordinaria, isto e,
com grau de atençao acima do normal, consideradas as circunstancias do
negocio. O erro grosseiro, por sua vez, e o que poderia ser percebido por
pessoa com diligência abaixo do normal, ou seja, que seria evitado por
pessoa com nível de atenção aquém do ordinário, consideradas as
circunstâncias do negócio. Dito de outra forma, o erro grosseiro e o que
decorreu de uma grave inobservância de um dever de cuidado, isto é,
que foi praticado com culpa grave.
(...)
20
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
84. Segundo Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, 'culpa grave é
caracterizada por uma conduta em que há uma imprudência ou
imperícia extraordinária e inescusável, que consiste na omissão de um
grau mínimo e elementar de diligência que todos observam' (FARIAS,
Cristiano Chaves de. ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil. Sao Paulo:
Atlas, p. 169). (grifo nosso)
21
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
Para fins do exercício do poder sancionatório do TCU, erro grosseiro é o que
decorreu de grave inobservância do dever de cuidado, isto é, que foi
praticado com culpa grave.
Para fins de responsabilização perante o TCU, pode ser tipificado como erro
grosseiro o descumprimento de regra expressa em instrumento de convênio.
Tal conduta revela nível de atenção aquém ao de uma pessoa com diligência
abaixo do patamar médio, o que configura culpa grave, passível de multa.
O erro grosseiro a que alude o art. 28 do Decreto-lei 4.657/1942 (Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro), incluído pela Lei 13.655/2018,
fica configurado quando a conduta do agente público se distancia daquela
que seria esperada do administrador médio, avaliada no caso concreto.”
“ 7. Das Responsabilidade
Da Responsabilidade Funcional
22
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
b- quanto a impessoalidade - o administrador publico deve objetivar o
interesse publico, sendo, em consequencia, inadmitido o tratamento
privilegiado aos amigos e o tratamento recrudescido aos inimigos;
c- quanto a moralidade - esta necessariamente subordinada a observancia
de parametros etico-jurídicos, impondo limitaçoes ao exercício do poder
estatal, legitimando o controle jurisdicional de todos os atos do Poder Publico
que transgridam os valores eticos que devem pautar o comportamento dos
agentes e orgaos governamentais;
d- quanto a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos - deve ter carater educativo, informativo ou de
orientaçao social, dela nao podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoçao pessoal de autoridades ou servidores publicos; e
e- quanto a eficiência na Administração Pública - deve concretizar suas
atividades com vistas a extrair o maior numero possível de efeitos positivos
ao administrado, analisando a relaçao custo-benefício, buscando a excelencia
de recursos.”
Por fim, cita algumas situaçoes nas quais os militares ou civis da Aeronautica,
no exercício de cargo, encargo/comissao ou funçao serao responsabilizados:
“O pessoal da Aeronautica, no exercício das atribuiçoes inerentes ao cargo,
encargo/comissao ou funçao e no desempenho de qualquer atividade
administrativa, sera responsabilizado essencialmente:
23
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
sob sua guarda;
e - pelos compromissos que assumir em nome da OM sem que, para isso,
esteja autorizado;
f - pelo desempenho incorreto das obrigaçoes decorrentes do exercício de seu
cargo, encargo/comissao ou funçao;
g - pelos atos em desconformidade com a legislaçao e normas internas que
praticar no exercício de seu cargo, encargo/comissao ou funçao;
h - pelas despesas ordenadas sem dotaçao orçamentaria prevista e aprovada
ou em desacordo com a classificaçao orçamentaria devida;
i - pela constituiçao e guarda de numerario nao contabilizado e concessao de
liberalidades nao previstas;
j - pelos erros de calculo e por outros que resultem em pagamentos ou
recebimentos indevidos;
k - pela classificaçao inadequada de registro de receita, de despesa ou
patrimonial, em relaçao as formalidades basicas exigidas pelas disposiçoes
pertinentes;
l - pelo cumprimento de ordem de natureza administrativa, ilegal, em
desacordo com as normas ou prejudicial a Uniao, sem a adoçao de medidas
acautelatorias de seu alcance e de sua responsabilidade;
(...)
o - pelo atraso que causar as conferencias de escrituraçao, prestaçao de
contas, passagem e transmissao de cargo, transmissao de valores e de bens,
remessa de documento as organizaçoes do sistema e andamento dos
processos;
p - pela falta de arrecadaçao de receita publica, quando de sua competencia,
bem como pelo pagamento, recolhimento ou remessa de qualquer
importancia fora do prazo fixado;
q- pela apresentaçao da escrituraçao desordenada e desatualizada;
r - pela falta de adoçao de medidas adequadas na apuraçao da
responsabilidade dos agentes e dos gestores;
s - pela falta de iniciativa para solucionar casos nao previstos, cuja açao seja
de sua alçada e competencia;
t - pelas faltas e irregularidades apuradas nas passagens de cargo,
transmissao de bens, valores e dinheiros, tomadas de contas, prestaçao de
contas, conferencia de escrituraçao e no recebimento, distribuiçao, remessa,
inclusao, exclusao ou saída de material;
u - pelas irregularidades ou inconsistencias na escrituraçao que lhe esteja
afeta, sem a observancia das medidas corretivas aplicaveis; e
v - pela ineficiencia de sua administraçao em qualquer cargo,
encargo/comissao ou funçao.”
24
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
Acórdão
”Ao assinar os boletins de medição, ainda que não tenha a expertise
5902/2016 necessária para tanto, assume o subscritor a responsabilidade em
relação aos serviços medidos e por ele liquidados”
1ª Câmara-
TCU
25
DA RESPONSABILIDADE E DA
RESPONSABILIZAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO
Para consolidar esse aprendizado, apresenta-se, tambem, o vídeo 4 com o tema
“Responsabilizaçao dos fiscais de contrato”, ministrado pelo Prof. Jorge Ulisses Jacoby.
26
DA REUNIÃO INICIAL DO CONTRATO
Nao e possível que o fiscal exerça sua funçao com qualidade se nao tiver consigo
os documentos essenciais relacionados ao contrato.
27
DA REUNIÃO INICIAL DO CONTRATO
28
DA REUNIÃO INICIAL DO CONTRATO
29
DA REUNIÃO INICIAL DO CONTRATO
30
DA COMUNICAÇÃO COM A CONTRATADA
31
DA COMUNICAÇÃO COM A CONTRATADA
Art. 118 O contratado deverá manter o preposto aceito pela Administração no local da
obra ou do serviço para representá-lo na execução do contrato.
32
DA COMUNICAÇÃO COM A CONTRATADA
Acórdão
“ausencia de preposto mantido pelo contratado e aceito pela Administração,
4666/2012 no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato, em
desalinho com o art. 68 da Lei de Licitações e Contratos.”
1ª Câmara-TCU
33
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
Art. 117.
“Art 42.
§3º O gestor ou fiscais e seus substitutos deverao elaborar relatorio
registrando as ocorrências sobre a prestaçao dos serviços referentes ao
período de sua atuaçao quando do seu desligamento ou afastamento
definitivo.”
34
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
Quando for necessario registrar atos e fatos e nao for utilizado o livro de
ocorrencias, a anotaçao sera realizada por meio de documento em 2 (duas) vias, sendo
uma para a contratada e a outra autuada no processo principal.
35
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
36
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
Deve ser permitido, todavia, que o preposto faça alguma ressalva, por meio de
documentaçao a parte para descomplicar o processo ou, mesmo, para escrever que
tem ciencia mas nao concorda com tal ou qual providencia. Se pretender alongar-se no
texto, faz-se necessario orienta-lo a apresentar suas declaraçoes separadamente.
37
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
b) vale-transporte; e
- cesta basica;
- uniforme;
- outros benefícios e vantagens.
Tambem podem ser anotadas, mesmo que de forma resumida, as atas das
reunioes realizadas com o representante da contratada, juntando-se aos autos
38
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
39
REGISTRO PRÓPRIO DA FISCALIZAÇÃO
95, p. 11-12, e peça 102, p. 11) , a determinação do que deveria ter sido
adotado pelo contratado para regularização das faltas, de forma a
mitigar essas ocorrências irregulares detectadas pela fiscalização (...), bem
como as reiteradas ocorrências verificadas (v. próximo achado) .
130. Causa: a ausência deste mecanismo de controle pode ser atribuída à
negligência a norma supra.
131. Efeitos reais e potenciais: pode levar à perda de controle quanto às
faltas que são cometidas pela contratada, bem como inviabilizar a
rescisão contratual por culpa da contratada, nos termos do art. 78, VIII da
Lei 8.666/1993, no caso de “cometimento reiterado de faltas na sua
execução anotadas na forma do §1º do art. 67”.132. Proposta de
encaminhamento: por isso será determinado (...) que anote em registro
próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos
observados, conforme disposto no art. 67, §1º, da Lei 8.666/1993.
133. Benefícios esperados: na expectativa de que se possa ter mais
segurança e transparência a respeito do controle que é realizado sobre o
contrato em questão.
40
DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS
.
O Relatorio de Situaçao Contratual (RSC) consiste em documento padronizado no ambito
do COMAER, elaborado mensalmente pela fiscalizaçao do contrato.
41
DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
NOME DA ORGANIZAÇÃO MILITAR
RELATÓRIO DE SITUAÇÃO CONTRATUAL
1. Formalizo e apresento, para fins de adoção das medidas cabíveis e julgadas pertinentes, por intermédio deste
Relatório, as ocorrências observadas/discrepâncias no período de ......../........../............ a ......../........../..........., decorrentes da execução
do Contrato nº ....................... de ......../........../............, firmado entre esta OM e (Razão Social e o CNPJ da Contratada), cujo objeto se trata
de (descrever o objeto resumidamente), merecendo destaque as seguintes informações:
a) data de assinatura:
b) data de término da vigência:
c) data de término da execução:
d) data limite para providenciar Termo Aditivo: (90 dias antes do término da vigência, dentro do prazo de
execução)
2. Quanto à atividade de execução orçamentária e financeira, informo que, no período considerado, ocorreram os
seguintes fatos:
a) (listar detalhadamente as eventuais insuficiências de crédito ou de numerário; emissão de Notas de Empenhos
ou de Ordens Bancárias; recebimento, atualização ou resgate de garantias financeiras; a aplicação de sanções
administrativas de natureza financeira; e outros eventos financeiros).
b) (listar detalhadamente as eventuais insuficiências de crédito ou de numerário; emissão de Notas de Empenhos
ou de Ordens Bancárias; recebimento, atualização ou resgate de garantias financeiras; a aplicação de sanções
administrativas de natureza financeira; e outros eventos financeiros).
c) (listar detalhadamente as eventuais insuficiências de crédito ou de numerário; emissão de Notas de Empenhos
ou de Ordens Bancárias; recebimento, atualização ou resgate de garantias financeiras; a aplicação de sanções
administrativas de natureza financeira; e outros eventos financeiros).
Assinado digitalmente
Presidente da Comissão de Fiscalização/ Gestor do Contrato
Aprovo:
Assinado digitalmente
Ordenador de Despesas/ Dirigente Máximo da UG signatária
42
DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS
DA REUNIÃO DA ADMINISTRAÇÃO
43
DA OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS
44
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA ETAPA
DE PLANEJAMENTO
45
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA ETAPA
DE PLANEJAMENTO
da UG, indique no momento do planejamento da licitaçao, o militar ou civil que atuara
como fiscal daquele contrato, de forma que ele componha a Equipe de Planejamento
daquele objeto. Essa solicitaçao tambem podera ser provocada pelo setor requisitante
do material ou serviço.
Cabe ressaltar, todavia, que a designaçao do agente como fiscal do contrato so
ocorrera apos a homologaçao do certame ou ratificaçao da dispensa ou inexigibilidade
de licitaçao, quando a Administraçao ja possuir os dados da contratada e todos os
tramites necessarios a assinatura do termo de contrato tiverem ocorrido.
46
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA ETAPA
DE PLANEJAMENTO
do seu contrato, de forma que os mesmos possam ser usados pela Equipe de
Planejamento da proxima contrataçao, a ser realizada nos moldes da anterior.
A riqueza desta orientaçao e muito relevante, visto que processos que nao
tiveram sucesso, requisitos que nao foram uteis, dentre diversos outros aspectos,
poderao ser aprimorados na proxima contrataçao.
Mas isso so sera possível se o fiscal for atuante e registrar os pontos de sucesso
e de insucesso do seu contrato. Isso sera uma arma valiosa nas maos de uma Equipe de
Planejamento comprometida.
47
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA
ATUALIZAÇÃO E NA ELABORAÇÃO DO MAPA DE
RISCOS
Da participaçao da Fiscalizaçao na atualizaçao e na elaboraçao
do Mapa de Riscos
De acordo com art. 26 da IN nº 05/2017, o Mapa de Riscos confeccionado na
Etapa de Planejamento deve ser atualizado em diversos momentos do processo de
contrataçao. Um deles e apos eventos relevantes durante a gestao do contrato.
48
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA
ATUALIZAÇÃO E NA ELABORAÇÃO DO MAPA DE
RISCOS
49
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA
ATUALIZAÇÃO E NA ELABORAÇÃO DO MAPA DE
RISCOS
Nos casos da contrataçao corresponder a uma dispensa por valor (Lei nº
8.666/1993, art. 24, inc. I e II), a uma dispensa por emergencia ou por calamidade
publica (art. 24, inc. IV), a contrataçao de remanescente de obra, serviços ou
fornecimento, em consequencia de rescisao contratual (art. 24, inc. XI) ou a uma
contrataçao de serviços prestados de forma contínua, passíveis de prorrogaçoes
sucessivas, a IN 05/2017 dispensa a Equipe de Planejamento de elaborar o Mapa de
Risco nos seguintes momentos da contrataçao:
XXVII - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de responsabilidades entre as partes e
caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro decorrente de eventos
supervenientes à contratação, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura do contrato que possam causar impacto em seu equilíbrio
econômico-financeiro e previsão de eventual necessidade de prolação de termo aditivo por ocasião de sua ocorrência;
b) no caso de obrigações de resultado, estabelecimento das frações do objeto com relação às quais haverá liberdade
para os contratados inovarem em soluções metodológicas ou tecnológicas, em termos de modificação das soluções previamente
delineadas no anteprojeto ou no projeto básico;
c) no caso de obrigações de meio, estabelecimento preciso das frações do objeto com relação às quais não haverá
liberdade para os contratados inovarem em soluções metodológicas ou tecnológicas, devendo haver obrigação de aderência entre
a execução e a solução predefinida no anteprojeto ou no projeto básico, consideradas as características do regime de execução no
caso de obras e serviços de engenharia;
50
DA PARTICIPAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO NA
ATUALIZAÇÃO E NA ELABORAÇÃO DO MAPA DE
RISCOS
Dito isso, agindo oportunamente, a Fiscalizaçao estara atuando de forma a
antever problemas, diminuindo ou evitando prejuízos ou desgastes para a
Administraçao.
“d.1) diligencie ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) , com fundamento no art. 157 do
Acórdão RI/TCU, para que, em igual prazo de até quinze dias úteis, informe a atual situação do
360/2019 contrato para fornecimento de vales alimentação/refeição, bem como para que
encaminhe ao TCU cópia integral dos seguintes documentos:
Plenário-TCU d.1.1) estudos preliminares realizados na etapa de planejamento da licitação
(previsão contida no art. 20, inciso I, e art. 24 da IN 5/2017 /SEGES/MPDG);
d.1.2) Mapa de Risco e respectivas atualizações (previsão contida no art. 26 da IN
5/2017 /SEGES/MPDG)”.
Manifestação do órgão/entidade:
“23. Informa que não foi elaborado qualquer Mapa de Risco, por considerar
que o serviço a ser contratado era de baixa complexidade.
Acórdão Análise:
24. A elaboração de estudos técnicos preliminares é obrigatória para toda
2696/2019 contratação e deve ocorrer na fase preparatória do pregão, consistindo em
elementos técnicos que embasarão, dentre outros aspectos, a necessidade da
1ª Camara-TCU contratação e os critérios de aceitação das propostas, ao teor do disposto no art.
3º, incisos I e III, da Lei 10.520/2002, norma legal aplicável ao certame em
questão, conforme indicação expressa no preâmbulo do Edital, bem assim ao
disposto no art. 20, inciso I, e art. 24 da IN 5/2017 – SEGES/MPDG e no art. 12,
inciso I e § 2º, do Regulamento Interno de Licitações e Contratos da VALEC.”
51
DOS ASSUNTOS QUE ULTRAPASSAM A
COMPETÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO
Agora tratar-se-a de um tema que, talvez, seja um dos mais importantes para o
fiscal.
52
DOS ASSUNTOS QUE ULTRAPASSAM A
COMPETÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO
Nos casos de contrataçoes de aquisiçoes de bens, quando a fiscalizaçao for
composta por uma Comissao, os membros deverao se reunir e, representados pelo
Presidente, levar o fato ao conhecimento do Ordenador de Despesas/Dirigente Maximo
da UG.
Tal orientaçao esta alinhada com a propria Lei 8.666/93 em seu art. 67, que traz
o seguinte:
53
DOS ASSUNTOS QUE ULTRAPASSAM A
COMPETÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO
Tal alinhamento tambem permaneceu com o texto da NLLCA, trazendo a
novidade prevista no § 3º, segundo o qual o fiscal pode contar com assessoramento
jurídico e de controle interno :
Art. 117.
54
DOS ASSUNTOS QUE ULTRAPASSAM A
COMPETÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO
ritualística imposta pelos procedimentos administrativos, com amparo
nos §§ 1º e 2º do art. 67 a Lei 8.666/1993.(...) O argumento, mais uma
vez, não deve prosperar. “
Por fim, a NLLCA trouxe em seu texto uma nova ferramenta que seriam os
meios alternativos de resoluçao de controversias, citados no art. 151 a 154. Segundo
eles, tem-se:
“Art. 151. Nas contrataçoes regidas por esta Lei, poderao ser utilizados meios
alternativos de prevençao e resoluçao de controversias, notadamente a
conciliaçao, a mediaçao, o comite de resoluçao de disputas e a arbitragem.
Paragrafo unico. Sera aplicado o disposto no caput deste artigo as
controversias relacionadas a direitos patrimoniais disponíveis, como as
questoes relacionadas ao restabelecimento do equilíbrio economico-
financeiro do contrato, ao inadimplemento de obrigaçoes contratuais por
quaisquer das partes e ao calculo de indenizaçoes.
Art. 152. A arbitragem sera sempre de direito e observara o princípio da
publicidade.
Art. 153. Os contratos poderao ser aditados para permitir a adoçao dos meios
alternativos de resoluçao de controversias.
Art. 154. O processo de escolha dos arbitros, dos colegiados arbitrais e dos
comites de resoluçao de disputas observara criterios isonomicos, tecnicos e
transparentes”
Em que pese esta previsao legal ainda nao ter sido regulamentada, podera ser
uma excelente ferramenta para solucionar conflitos que, em muitas situaçoes nas Leis
preteritas, acabam sendo solucionadas judicialmente.
Por fim, diante da importancia de uma atitude tempestiva por parte do fiscal,
disponibiliza-se o vídeo 8 que aprofunda essa questao e reforça como isso pode alterar
o rumo de um contrato.
55
CONCLUSÃO
Conclusao
Este e o final do curso. Espera-se que o conteudo disponibilizado seja util em
suas atuaçoes como fiscal de contrato/membros da Comissao Fiscalizadora de
Contrato. Alem disso, espera-se que possam ser polos ativos de transferencia de
conhecimento no ambito de suas Unidades.
56