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Obras Públicas de
Edificação e Saneamento - Módulo Execução
Módulo Execução
Aula 2 – Responsabilidades dos agentes envolvidos
e aspectos introdutórios à fiscalização
INTRODUÇÃO | 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS | 32
REFERÊNCIAS | 33
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portal.tcu.gov.br
Supervisão:
Clemens Soares dos Santos
Conteudistas:
Bruno Martinello Lima
Gustavo Ferreira Olkowski
Victor Hugo Moreira Ribeiro
Tratamento Pedagógico:
Marta Eliane S. da Costa Bissacot
Este material tem função didática. A última atualização ocorreu em Maio de 2020.
As afirmações e opiniões são de responsabilidade exclusiva dos autores e podem
não expressar a posição oficial do Tribunal de Contas da União.
MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
INTRODUÇÃO
Na aula anterior, obtivemos uma visão geral dos fluxos operacional, orçamentário e financeiro que
antecedem o início de uma obra pública de edificação e de saneamento, bem como dos principais
documentos existentes, nessa fase preliminar, no caso de contratos de repasse e convênios.
Nesta aula, vamos estudar as etapas iniciais da fiscalização que têm início após a assinatura do contrato.
Veremos as diferenças entre gestor e fiscal, distinguindo as principais atribuições de cada um deles. Também
identificaremos quais são as atribuições dos superiores hierárquicos (chefes) e da alta administração, pois,
ao contrário do que se propaga, a responsabilidade destes é maior do que apenas nomear o fiscal.
Outro ponto importante que aprenderemos são os cuidados que devem ser observados para a nomeação
do fiscal da obra. A nomeação de um fiscal que não possui conhecimentos técnicos ou disponibilidade para
acompanhar a obra de forma satisfatória, é uma das causas para uma série de problemas e atrasos durante
sua execução.
Na sequência, conheceremos os principais documentos que o fiscal deve obter para o exercício adequado de
suas atividades e compreenderemos as consequências de uma fiscalização deficiente de obras.
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a. distinguir as responsabilidades de cada agente envolvido nas etapas prévia e concomitante à execução
da obra;
b. identificar as premissas a serem observadas para a formação da equipe de fiscalização e da gestão da obra;
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Neste tópico, vamos aprender um pouco mais sobre isso. Para iniciar, observe que cabe à Administração
Pública assegurar-se de que:
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Observe que a lei de licitações é bastante genérica ao tratar desse assunto, pois deixa de abordar com
maiores detalhes não apenas as atividades que devem ser executadas, mas também a necessidade ou não
da divisão de atribuições entre os responsáveis pelo acompanhamento e pela fiscalização dos contratos.
Embora não haja a obrigação legal dessa divisão de tarefas, o TCU a recomenda como uma boa prática
administrativa, pois entende que isso favorece o controle e a segurança do procedimento de liquidação de
despesa (Voto condutor do Acórdão nº 2296/2014-TCU-Plenário).
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Ao fiscal do contrato, como observado, cumpre verificar a correta execução do objeto da avença,
de modo a legitimar a liquidação dos pagamentos devidos ao contratado, ou, conforme o caso, para
orientar as autoridades competentes acerca da necessidade de serem aplicadas sanções ou de rescisão
contratual. O gestor do contrato, a seu turno, é aquele a quem incumbe tratar com o contratado. Ou
seja, o gestor do contrato tem a função de conversar com o contratado, de exigir que este último
cumpra o que foi pactuado, de sugerir eventuais modificações contratuais.
Por sua vez, a Instrução Normativa nº 5/2017 (art. 40), do antigo Ministério do Planejamento, que passou a
integrar o atual Ministério da Economia, propõe a seguinte divisão das atividades principais (dentre outras):
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Ressalte-se que a instrução normativa mencionada é aplicável a contratos de execução de serviços; não
para obras. Porém, uma vez que a legislação geral não aborda esse assunto, nada impede que o órgão
contratante adote essa definição como referência para os contratos de obras públicas.
Aliás, o fato de a lei de licitações não ter diferenciado essas figuras não significa que as normas referentes
a cada unidade administrativa não possam fazê-lo. Essa possibilidade está expressamente prevista no art.
115 da Lei nº 8.666/1993:
Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir normas relativas aos procedimentos
operacionais a serem observados na execução das licitações, no âmbito de sua competência,
observadas as disposições desta Lei.
Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo, após aprovação da autoridade competente,
deverão ser publicadas na imprensa oficial.
Reforçamos que é importante que o órgão contratante adote algum parâmetro e torne explícitas as
responsabilidades de cada agente envolvido no processo de acompanhamento e fiscalização da obra. Dessa
forma, estará claro para todos quem é o responsável por cada atribuição, ou seja, quem deve fazer o quê.
Isso, certamente, contribuirá para agilizar as soluções e evitar atrasos na obra. Entendida essa necessidade,
vamos tratar com mais detalhe a questão da designação do fiscal ou dos fiscais da obra.
Na verdade, a legislação também não prevê, de forma explícita, qual o instrumento e qual a forma que
devem ser utilizados para a designação/nomeação do representante da Administração que exercerá a
atividade de fiscalizar e acompanhar a execução do contrato.
No entanto, a jurisprudência do TCU e a doutrina apontam que a equipe de fiscalização deve ser nomeada
mediante ato formal assinado pelo dirigente do órgão contratante, sendo usual para isso a emissão de
portarias de designação.
É recomendável que essa portaria, ou documento similar, identifique quem será nomeado como:
• fiscal técnico;
• fiscal administrativo; e
• gestor.
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A composição da equipe (ou mesmo quando houver apenas um fiscal designado) deve ser formada por
servidores públicos capacitados, com conhecimentos compatíveis com o objeto que será executado.
9.1.1. providencie portaria de designação específica para fiscalização de cada contrato, com atestado
de recebimento pelo fiscal designado e que constem claramente as atribuições e responsabilidades,
de acordo com o estabelecido pela Lei 8.666/93 em seu artigo 67;
Note que esse assunto já vem sendo tratado pelo Tribunal há mais tempo, pois, no mesmo sentido é o
Acórdão nº 2632/2007-TCU-Plenário:
9.2.3. organize a gestão dos contratos de modo que sejam designados, formalmente, servidores
públicos qualificados que serão responsáveis pela execução de atividades e/ou pela vigilância e
garantia da regularidade e adequação dos serviços e produtos elaborados e aceitos, assim como pela
observância do princípio da indisponibilidade do interesse público, especialmente em atividades
eminentemente finalísticas/estratégicas como: elaboração de termos de referência de editais, a
análise crítica sobre os trabalhos de gerenciamento de obras e programas, bem como de análise de
projetos e de suas revisões;
Sobre isso, observe mais um julgado do TCU, qual seja o Acórdão nº 2831/2011-TCU-Plenário, que traz
novamente essa preocupação:
9.1.3. avalie o quantitativo de contratos fiscalizados por cada servidor, com vistas a garantir efetiva
fiscalização contratual e a mitigar riscos dessa atividade.
Por sua vez, não há nenhum normativo que preveja a quantidade máxima de obras que um fiscal pode
acompanhar, até porque isso depende muito, dentre outros fatores, do porte, do ritmo de execução, da
complexidade e da priorização da obra em relação a outras que estejam sendo executadas pelo mesmo
órgão público.
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De qualquer forma, o fiscal não pode ser designado para fiscalizar uma quantidade de obras superior à sua
capacidade, de tal modo a prejudicar o regular exercício de suas atividades. Uma das formas de minimizar
esse risco é:
Em relação ao perfil pessoal, um bom fiscal deve possuir e/ou desenvolver as seguintes características
pessoais:
• raciocínio ágil;
• foco em resultados;
• capacidade de liderança;
Uma dúvida recorrente é quanto à possibilidade de um servidor se recusar a ser designado fiscal de algum
contrato.
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Em primeiro lugar, note que a lei estabelece que é dever de qualquer servidor público cumprir as ordens
superiores, exceto quando manifestamente ilegais (art. 116, inciso IV, da Lei nº 8112/1990). Então,
considerando que a designação para o exercício da fiscalização não se trata de ordem manifestamente
ilegal, o servidor não poderá recusá-la, certo?
No entanto, o servidor deve informar, por escrito, ao seu superior hierárquico, as deficiências e limitações
que possam impedi-lo de cumprir diligentemente com suas obrigações caso considere que:
• não possui competência técnica para acompanhar a execução do objeto para o qual foi designado; ou
• não é capaz de acompanhar adequadamente o objeto, seja pela quantidade de outros contratos que
ele já fiscaliza, seja pelo porte e/ou complexidade da obra, que demandaria uma equipe maior de
fiscalização.
5.7.7. O servidor designado para exercer o encargo de fiscal não pode oferecer recusa, porquanto não
se trata de ordem ilegal. Entretanto, tem a opção de expor ao superior hierárquico as deficiências e
limitações que possam impedi-lo de cumprir diligentemente suas obrigações. A opção que não se
aceita é uma atuação a esmo (com imprudência, negligência, omissão, ausência de cautela e de zelo
profissional), sob pena de configurar grave infração à norma legal (itens 31/3 do voto do Acórdão nº
468/2007-P). (grifo nosso)
Importante registrar que, caso o fiscal seja designado para serviço que não possua condições de executar,
por algum dos motivos anteriormente citados, e não se pronuncie por escrito sobre essas limitações, ele
acaba assumindo para si o risco de vir a ser responsabilizado se ocorrer algum problema. Perceba que,
ao registrar por escrito suas limitações, o fiscal transfere essa responsabilidade ao superior hierárquico
que, mesmo sabendo das limitações existentes, não adotar as medidas cabíveis, sujeitando-se, portanto, à
responsabilização pelas eventuais consequências danosas dessa indicação.
O fiscal de contrato designado, caso entenda não possuir conhecimento técnico para exercer
suas competências, deve alegar o fato ao seu superior em tempo hábil, para adoção das medidas
pertinentes, sob risco de vir a responder por eventual prejuízo causado ao erário (art. 67, § 2º, da Lei
nº 8.666/1993).
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EXEMPLO PRÁTICO:
Vejamos uma interessante situação analisada pelo TCU em que o fiscal demonstrou
que não possuía condições apropriadas para o desempenho de suas atribuições:
Acórdão nº 839/2011-TCU-Plenário:
44. Já no que se refere ao recurso da Sra. [omissis], executora técnica dos contratos
CFP nº 20/1999 e nº 74/1999, cumpre destacar que lhe assiste parcial razão.
“...há elementos nos autos que indicam não serem exequíveis as funções de executor técnico,
haja vista ser perceptível a impossibilidade de uma única pessoa cumprir todas as funções
que lhe foram atribuídas, considerando-se a magnitude dos contratos referentes ao Planfor.”
1ª) determinado órgão contratante possui poucos técnicos na área de construção civil e
esses já não têm condições de assumir a responsabilidade por mais uma fiscalização.
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Saiba que, nesses casos, a lei permite que a Administração Pública contrate uma empresa de supervisão e
apoio à fiscalização. Vamos aprender mais sobre isso no próximo tópico. Vamos lá?
Conforme estabelece a Lei nº 8.666/1993 (art. 67, caput), a Administração Pública pode contratar uma
empresa de supervisão e apoio à fiscalização para auxiliá-la nas tarefas de fiscalizar a execução da obra
e gerir o contrato. Assim, a empresa contratada para tal finalidade poderá realizar todas as atividades de
fiscalização e deverá ter livre acesso ao canteiro de obras.
Então, ao contratar uma empresa para esse fim, a Administração Pública será
dispensada de exercer qualquer atividade relacionada à fiscalização?
A resposta para essa questão é não, pois a contratação dessa empresa não retira a responsabilidade legal de
haver ao menos um fiscal da Administração ou uma equipe de fiscalização, ainda que composta por poucos
servidores, para supervisionar a empresa que estará fiscalizando a obra.
Como a obra visa a atender a uma finalidade pública, a empresa de supervisão não pode assumir
integralmente o papel da fiscalização, constituindo apenas apoio à fiscalização. Todas as ocorrências
relatadas pela empresa de apoio devem ser verificadas.
Para ilustrar como deve ser a atuação da equipe de fiscalização, citamos como exemplo o passo a
passo de um procedimento para a conferência de uma medição de serviços.
b. realizar visita de campo para conferir se esses serviços foram de fato executados e se atendem ao
padrão de qualidade previsto.
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Neste ponto, é importante esclarecer as responsabilidades que competem aos fiscais, aos seus chefes e
às autoridades do órgão contratante. Esse é um assunto que costuma assustar, mas não se preocupe... o
conhecimento das responsabilidades de cada um é essencial para que se possa atuar de forma preventiva e
evitar ser responsabilizado indevidamente. Então, vamos aprender um pouco mais sobre isso?
Via de regra, responsabiliza-se o fiscal por débitos originados de falhas na fiscalização, tais como:
• concessão de reajustes antes do prazo previsto ou baseada em índice diferente do especificado no contrato;
Saiba que a Lei nº 13.655/2018 trouxe novas disposições que devem ser observadas na responsabilização
de agentes e servidores públicos. De acordo com ela, o agente público responderá pessoalmente por suas
decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro (art. 28).
Além disso, na aplicação de sanções, a lei diz que deverão ser consideradas a natureza e a gravidade da
infração cometida, os danos que dela provierem para a Administração Pública, as circunstâncias agravantes
ou atenuantes e os antecedentes do agente (art. 22. § 2º).
Para possibilitar essa análise de atenuantes/agravantes, é importante que o fiscal sempre motive seus atos
por escrito. Mas como fazer isso?
• fazer memória de cálculo das medições, juntando a elas registros fotográficos do período;
• justificar por escrito os aditivos, incluindo neles a análise orçamentária para verificação de jogo de planilha.
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Enfim, existem várias formas de fazer essa motivação. Neste curso, aprenderemos também como fazer
alguns desses registros.
Como vimos anteriormente, o superior hierárquico, ao designar o fiscal ou a equipe de fiscalização da obra,
deve assegurar-se de que a:
O TCU tem entendido que o fiscal do contrato não pode ser responsabilizado caso não lhe sejam oferecidas
condições apropriadas para o desempenho de suas atribuições, pois deverão ser considerados seus
obstáculos e suas dificuldades reais (Acórdão nº 2973/2019-TCU-Segunda Câmara). Nesses casos, é o
superior hierárquico ou a alta administração quem responde pelas falhas verificadas.
Assim, nos casos em que se identificar falhas na fiscalização ocasionadas por imperícia do fiscal, o TCU
poderá vir a responsabilizar, por culpa in eligendo, o superior hierárquico que o designou.
Além disso, é atribuição do superior hierárquico supervisionar as contratações mais importantes do órgão.
Logicamente, não se espera que ele fiscalize todos os detalhes de tais contratos, pois isso é atribuição do
fiscal. Porém, é razoável esperar que ele conheça a situação e o andamento dos mesmos, não sendo aceitável
a alegação de total desconhecimento acerca da execução dos contratos mais relevantes de seu órgão.
Nesses casos – de contratos relevantes – o superior hierárquico pode ser responsabilizado em conjunto
com o fiscal, por erros grosseiros na sua fiscalização ou acompanhamento, inclusive nas medições.
Embora a lei de licitações não traga expressamente a responsabilidade da alta administração, a doutrina, a
jurisprudência dos tribunais de contas e as práticas da boa governança não deixam dúvidas de que a alta
administração tem um papel essencial no processo de contratação de obras públicas.
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Portanto, nesse caso, a responsabilidade não se encerra com a indicação de um fiscal. É necessário que
a alta administração do órgão ou da entidade execute, diretamente ou por intermédio de estruturas de
governança, atividades que visem a, dentre outras:
a. garantir o adequado fluxo orçamentário-financeiro para a obra, com vistas a evitar seu atraso ou
paralisação;
b. garantir que os processos de trabalho de contratação e de gestão dos contratos sejam executados por
estrutura organizacional compatível com o porte e os riscos da obra;
c. garantir que haja pessoal do quadro do órgão ou entidade em quantidade e qualificação adequada para
conduzir as contratações e as gestões dos contratos decorrentes, de acordo com o código de ética do
órgão ou entidade;
d. garantir que os papéis e as responsabilidades dos atores envolvidos nos processos de trabalho de
contratação e de gestão contratual sejam bem definidos;
g. mitigar os riscos envolvidos nas contratações e nas gestões dos contratos decorrentes, incluindo a
implementação de sistema de controles internos compatível com o porte e os riscos aos quais o órgão
ou entidade está sujeito, a exemplo da segregação de funções;
De acordo com os itens acima, perceba que a alta administração possui um papel relevante de estruturar
seu órgão e capacitar seu corpo técnico para a realização das atividades que se fizerem necessárias.
Observe, também, que é atribuição da alta administração supervisionar as contratações mais importantes
do órgão. Aqui também não se espera que ela fiscalize de forma sistemática tais contratos. Mas, considera-
se razoável esperar que ela conheça a situação e o andamento dos mesmos, não sendo aceitável a alegação
de total desconhecimento acerca da execução dos contratos relevantes de seu órgão.
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Então, nesses casos – de contratos relevantes – a alta administração também pode ser responsabilizada em
conjunto com o fiscal, por erros grosseiros na sua fiscalização ou acompanhamento, inclusive nas medições.
Além disso, pelos mesmos motivos explicados no subtópico anterior, nos casos em que se identificar falhas
na fiscalização ocasionadas por imperícia do fiscal, o TCU também poderá vir a responsabilizar a alta
administração do órgão, por culpa in eligendo.
Agora que conhecemos as responsabilidades que competem a cada um dos agentes públicos que participam
da fase de execução da obra pública, passaremos para a segunda parte desta aula, onde veremos alguns
detalhes importantes sobre os documentos necessários para o início da obra e para a sua fiscalização.
Pronto para continuar?
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2. PEÇAS TÉCNICAS
Depois de firmado o contrato, qualquer obra ou serviço somente poderá ser iniciado depois de emitida a
respectiva Ordem de Serviço (também chamada de Ordem de Início), que é uma determinação especial,
expedida pela autoridade competente do órgão contratante — como secretários, dirigentes de empresas
públicas e administradores regionais —, com o objetivo de autorizar o contratado a iniciar os trabalhos.
Quanto a sua abrangência, a Ordem de Serviço pode ser total ou parcial. No primeiro caso, ela autoriza a
execução do objeto em sua totalidade. No segundo, ela pode especificar qual a etapa do empreendimento
está tendo seu início autorizado ou ainda quais serviços estão autorizados. Por exemplo: desapropriações,
limpeza do terreno e movimento de terra etc.
Deve-se, por exemplo, evitar a emissão de ordens de serviço exclusivamente para fechamento da obra e
instalação do canteiro, pois depois de concluídos esses serviços, a contratada passará a ter o dever de cuidar
da guarda do local e das instalações. Em consequência, terá que suportar custos com vigias e segurança,
enquanto aguarda a autorização para o início dos demais serviços afetos à obra. Perceba que isso acabará
onerando, de forma desnecessária, uma das partes, ou a contratada ou a administração, no caso de aditivos.
Assim, é recomendável que as ordens de início sejam emitidas apenas quando forem autorizados, pelo
menos, alguns serviços da construção propriamente dita.
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EXEMPLO PRÁTICO:
A ordem de início foi emitida um ano após, em dezembro de 2015, porém autorizava
apenas a limpeza do terreno e a instalação da placa e do canteiro de obras. Depois
de concluídos esses serviços e passados mais alguns meses sem que houvesse ordem
autorizando o início dos demais serviços, aconteceram diversos problemas.
Outro problema foi que, depois de instalado o canteiro de obras, com a demora
para iniciar os demais serviços, a contratada manteve vigias na obra durante
24 horas, tendo esses custos sido pleiteados por meio de aditivo. Ou seja,
novamente o contrato ficou mais caro para a Administração Pública.
Por fim, uma vez que o canteiro de obras estava instalado e a obra não
se iniciava, a mídia fez matéria sobre essa demora no jornal local, o que
prejudicou a imagem de todos os órgãos públicos envolvidos.
Outro ponto importante a ser destacado é que a demora entre a emissão de sucessivas ordens de serviço
parciais acaba gerando diversas paralisações (descontinuidade) do objeto, o que prejudica tanto a imagem
da Administração Pública como da empresa contratada, que tem de desmobilizar e depois mobilizar
novamente sua equipe, ensejando custos não previstos.
EXEMPLO PRÁTICO:
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Nas obras custeadas por meio de convênios ou contratos de repasse, além da Ordem de Serviços que
acabamos de ver, emitida pelo órgão contratante (Prefeitura, companhia de saneamento etc.), existe ainda
outro documento denominado Autorização de Início do Objeto (AIO), cuja emissão é de responsabilidade,
em regra, do Ministério repassador dos recursos, que pode delegar essa competência para a mandatária da
União (Caixa).
Erroneamente, alguns tomadores entendem que o Ministério ou a Caixa, ao expedirem essa AIO, estariam
autorizando o início das obras. Isso não procede, pois nenhum órgão ou entidade do Governo Federal possui
competência para autorizar a empresa a iniciar serviços em contratos celebrados por outro ente federado
(município ou estado).
Na verdade, o Ministério ou a Caixa, ao emitirem a Autorização de Início de Objeto (AIO), apenas autoriza
a realização de desembolsos financeiros no âmbito do convênio ou contrato de repasse. Por consequência, é
um documento que autoriza o ente contratante (tomador do recurso) a expedir, para a empresa contratada,
a respectiva ordem de serviço.
Assim, mesmo nos casos de obras custeadas por convênio ou contrato de repasse, a empresa contratada
só pode dar início à execução do contrato após a manifestação do ente contratante (estado, prefeitura,
companhia de saneamento etc.) quanto à possibilidade de iniciar a execução do serviço, o que é feito, como
dito anteriormente, por meio da emissão da Ordem de Início de Serviços.
A emissão da ordem de serviços anterior à AIO representa riscos ao contratado, pois, enquanto ela não
for emitida, o Ministério não vai autorizar a utilização dos seus recursos para remunerar os serviços que
estiverem sendo executados.
Assim, a AIO não se confunde com eventual ordem de serviço emitida pelo tomador à empresa por ele
contratada.
Se, por exemplo, o tomador renunciar ao repasse de recursos da União, poderá iniciar/prosseguir com
a obra baseado exclusivamente na ordem de execução de serviço por ele emitida, já que não será mais
necessária a AIO.
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A ART/RRT é um documento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo empreendimento
de engenharia, arquitetura e agronomia (Lei nº 6496/1977, art. 2º). É feita por meio do preenchimento de
formulário eletrônico, disponível nos sítios eletrônicos dos respectivos Conselhos Regionais de Engenharia
e Agronomia - CREA ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU, na Internet, em que são declarados
os principais dados do contrato firmado entre o contratado e o contratante.
Reforçando essa necessidade prevista em lei, o TCU expediu a Súmula nº 260, prevendo que é dever do
gestor exigir a apresentação de Anotação/Registro de Responsabilidade Técnica – ART/RRT referente a
projeto, execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de engenharia.
Quanto à participação técnica, a ART/RRT de obra ou serviço pode ser classificada da seguinte forma:
• individual - indica que a atividade, objeto do contrato, é desenvolvida por um único profissional;
• de coautoria - indica que uma atividade técnica caracterizada como intelectual, objeto de contrato
único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de mesma competência;
• de corresponsabilidade - indica que uma atividade técnica caracterizada como executiva, objeto de
contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de mesma competência; e
• de equipe - indica que diversas atividades complementares, objetos de contrato único, são
desenvolvidas em conjunto por mais de um profissional com competências diferenciadas.
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
EXEMPLO PRÁTICO:
• de obra ou serviço de rotina - denominada ART múltipla, que especifica vários contratos referentes à
execução de obras ou à prestação de serviços em determinado período; e
• de cargo ou função - relativa ao vínculo com pessoa jurídica para desempenho de cargo ou função
técnica.
• inicial - utilizada nos casos de registro de um contrato escrito ou verbal de prestação de serviços
técnicos ou de execução de obra. A ART/RRT deve ser registrada antes do início da respectiva
atividade técnica, de acordo com as informações constantes do contrato firmado entre as partes.
» for realizada alteração contratual que ampliar o objeto, o valor do contrato ou a atividade técnica
contratada, ou prorrogar o prazo de execução; ou
» houver a necessidade de detalhar as atividades técnicas, desde que não impliquem a modificação
da caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada.
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ISC // EAD // OBRAS PÚBLICAS DE EDIFICAÇÃO E SANEAMENTO
Com certeza! Antes de iniciar uma obra, seja ela pública ou privada, deve-se verificar quais as autorizações
que o município exige.
Não existe uma regra única para todas as obras e cada município pode exigir autorizações diversas.
Entretanto, a quase totalidade exige que se providencie, pelo menos, o Alvará de Construção ou Reforma.
Para que esse alvará seja aprovado, o tamanho da construção e sua implantação no terreno devem
seguir as regras impostas pelo município, geralmente previstas na Lei de Zoneamento. Para sua
emissão, deve-se apresentar o projeto do empreendimento, a Anotação de Responsabilidade Técnica ou
o Registro de Responsabilidade Técnica do Executor e mais uma série de memoriais e outros documentos
complementares, que variam conforme as regras de cada município.
• Alvará Sanitário - comumente exigido para empreendimentos de saúde (hospitais, unidades de pronto
atendimento etc.); e
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
Antes de iniciar a obra, e mesmo antes de licitá-la, o órgão contratante deve ficar atento quanto à
obrigatoriedade de licenciamento ambiental.
Segundo a legislação vigente (Resolução Conama nº 237/1997, art. 2º), dependerão de prévio licenciamento
do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis:
Esse licenciamento ambiental é composto por três tipos de licenças, discriminadas no quadro a seguir.
Deve-se atentar, também, para a validade de cada licença.
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O Anexo I da Resolução nº 237/1997, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), lista as atividades
e os empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, dentre os quais se destacam os seguintes
comumente encontrados em municípios:
g) parcelamento do solo;
c) usinas de asfalto.
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As referidas licenças devem ser obtidas no órgão ambiental competente. A definição desse órgão licenciador
segue o critério da abrangência do impacto:
• se extrapola mais de um município dentro de um mesmo estado, cabe a este estado o licenciamento;
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Além das licenças e autorizações anteriormente mencionadas, outras ainda podem ser necessárias em
algumas situações especiais. É o caso, por exemplo, de obras de reforma em edifícios tombados como
patrimônio histórico. Nesses casos, deve-se solicitar a autorização do órgão competente, que, no caso do
Governo Federal, é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Além desse exemplo, que ocorre com mais frequência, outros tipos de licença podem ser necessários,
devendo o gestor estar atento à sua correta identificação e obtenção.
Depois da obtenção de todos esses documentos e da formal designação do fiscal ou da equipe de fiscalização,
ou até mesmo da contratação de empresa para apoiar a fiscalização, pode-se, então, dar início à execução
da obra.
Chega, então, o momento de o fiscal da obra (seja individualmente ou em equipe) se preparar para exercer
adequadamente suas atribuições. Veremos como ele poderá fazer isso no próximo tópico.
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
Na sua opinião,
quais documentos o fiscal deve guardar em arquivo próprio?
Elencamos a seguir os principais documentos que o fiscal deve guardar em seu arquivo e consultar
frequentemente:
O edital é o documento que estabeleceu as regras que deverão ser observadas ao longo da execução do
contrato. Por isso, o fiscal deve estar atento a elas, em especial no que se refere às:
• exigências realizadas para qualificação técnica das licitantes: as alterações contratuais não
poderão ser de tal monta a descaracterizar as exigências que nortearam a escolha da contratada,
sob o risco de desfigurar o objeto inicialmente contratado; e
• regras para subcontratação: o fiscal deve acompanhar quais serviços a contratada está
subcontratando e aprovar previamente sua subcontratação.
b. Projeto básico
É fundamental o fiscal conhecer o projeto básico que foi utilizado na licitação, para saber exatamente o que
foi contratado. O projeto básico contempla os seguintes documentos:
• desenhos;
• memorial descritivo;
• cronograma físico-financeiro; e
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c. Desenhos
São a representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua visualização
em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e especificações, perfeitamente
definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes, obedecendo às normas técnicas pertinentes.
O memorial descritivo é o documento, na forma de texto, onde são apresentadas as soluções técnicas
adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno entendimento do projeto, complementando as
informações contidas nos desenhos.
As especificações técnicas é o documento, em formato de texto, no qual se fixam todas as regras e condições
que se deve seguir para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente: os
materiais, equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados; e o modo como
serão executados cada um dos serviços apontando; e também os critérios para a sua medição.
Esses documentos, geralmente, encontram-se em um único anexo do edital. É fundamental o fiscal tê-los
em mãos, para comparar com frequência os serviços em execução e os materiais empregados, conferindo
se estão de acordo com o que foi previsto nesses documentos.
Além disso, nesses documentos também estão definidas as regras para medição dos serviços, informação
essencial para o cálculo da remuneração das empresas.
e. Cronograma físico-financeiro
No início das obras, o fiscal deve fazer uma reunião com o contratado, para discutir o cronograma de
execução e verificar eventuais necessidades de adequações. Por isso, deve ter em mãos o cronograma
físico-financeiro, anexo ao edital, pois nele consta a previsão de desembolsos originalmente feita pela
Administração, bem como a sequência construtiva prevista.
f. Orçamento
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
Cada Composição de Custo Unitário define o valor financeiro a ser despendido na execução do respectivo
serviço e é elaborada com base em coeficientes de produtividade, de consumo e aproveitamento de insumos
e seus preços coletados no mercado, devendo conter, no mínimo, o (a):
• discriminação de cada insumo, unidade de medida, sua incidência na realização do serviço, preço
unitário e custo parcial; e
• custo unitário total do serviço, representado pela soma dos custos parciais de cada insumo.
As composições de encargos sociais e de BDI, por sua vez, detalham as rubricas e os percentuais que o compõem.
h. Licenças e autorizações
As licenças, os alvarás e demais autorizações necessárias devem sempre estar afixadas, em local visível,
no canteiro da obra, para o caso de haver visitas por parte de equipes de fiscalização de outros órgãos
competentes, como: órgão ambiental, prefeitura etc.
i. Contrato assinado
O contrato possui diversas cláusulas cujo conhecimento é de grande importância para o fiscal, em especial
as que se referem a:
• condições para o cálculo do reajuste: mês a partir do qual a contratada fará jus a ter seus preços
reajustados, índice(s) que deve(m) ser utilizado(s) e fórmula de cálculo;
• prazo a partir da ordem de serviços, para que a contratada inicie efetivamente a execução destes;
• regras para execução das medições: forma de medição – por itens (preço unitário) ou por etapas
(demais regimes) –, data para elaboração da medição e sua periodicidade;
É a planilha vencedora, acompanhada das composições de custo de cada serviço e as composições dos
encargos sociais e do BDI. É com base nessa planilha que serão realizadas as medições.
Note que, nas Composições de Custo Unitário, estão discriminados os insumos que a contratada considerou
em cada serviço, podendo ser bastante útil para consulta em caso de:
• pleitos de aditivos; e
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ISC // EAD // OBRAS PÚBLICAS DE EDIFICAÇÃO E SANEAMENTO
O fiscal deve guardar em seu arquivo o registro de cada ordem de serviço emitida, para ter conhecimento
dos serviços ou etapas que tiveram sua execução autorizada pela Administração Pública.
Uma das principais atribuições do fiscal é acompanhar o que está sendo executado/construído.
O projeto executivo é o documento que contém os desenhos e demais informações técnicas que
reproduzem o que será efetivamente executado pela contratada. Logo, é um dos principais documentos a
serem utilizados para a fiscalização das obras. Além de possuir cópia desse documento, o fiscal deve estar
atento para todas as atualizações de projeto que vierem a ser feitas, mantendo-o sempre atualizado em seu
arquivo.
n. Outros
Além dos documentos acima, o fiscal deve manter em seu arquivo alguns outros documentos que
serão vistos em aulas seguintes deste curso. São eles: registros do diário de obras dos meses anteriores,
devidamente rubricados; medições efetuadas; laudos de controle tecnológico dos materiais aplicados na
obra; termos aditivos celebrados; dentre outros documentos que julgar importantes.
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
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ISC // EAD // OBRAS PÚBLICAS DE EDIFICAÇÃO E SANEAMENTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudamos, ainda, um assunto muito importante para garantir o bom andamento do contrato: os critérios
que devem ser observados para a escolha do fiscal ou da equipe de fiscalização. Sobre esse assunto,
chamamos atenção para a capacidade técnica, que deve ser compatível com o objeto a ser executado, e
para a disponibilidade, que deve ser compatível com o porte da obra, sua complexidade e a quantidade
de contratos que o fiscal já acompanha. Caso o fiscal designado não atenda a esses requisitos, ele deverá
registrar suas limitações por escrito.
Por último, identificamos os documentos que devem compor o arquivo do fiscal e ficar à sua disposição
para consulta. Somado a isso, compreendemos a importância de cada um deles para a fiscalização e vimos
as principais informações neles constantes.
Na aula seguinte, vamos detalhar o dia a dia do fiscal e as atividades que ele deve executar, bem como
apresentar várias boas práticas a respeito. Então, vamos em frente!
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MÓDULO EXECUÇÃO // AULA 2
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal de
1988, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
BRASIL. Lei nº 13.655, de 25 de abril de 2018. Inclui no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), disposições sobre segurança jurídica e eficiência na criação
e na aplicação do direito público.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1930/2006. Plenário. Rel. Min. Augusto Nardes.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2632/2007. Plenário. Rel. Min. Augusto Nardes.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2917/2010. Plenário. Rel. Min. Valmir Campelo.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 839/2011. Plenário. Rel. Min. Raimundo Carreiro.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2831/2011. Plenário. Rel. Min. Aroldo Cedraz.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1094/2013. Plenário. Rel. Min. José Jorge.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2296/2014. Plenário. Rel. Min. Benjamin Zymler.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 10868/2018. Segunda Câmara. Rel. Min. Ana Arraes.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2973/2019. Segunda Câmara. Rel. Min. Ana Arraes.
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