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Prefeitura de São José dos Campos-SP
(Analista em Gestão Municipal - Direito)
Direito Tributário - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Fábio Dutra
09 de Setembro de 2023
Fábio Dutra
Aula 10 - Somente em PDF
Índice
1) Execução Fiscal
..............................................................................................................................................................................................3
4) Ilícito Tributário
..............................................................................................................................................................................................
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EXECUÇÃO FISCAL
Antes de iniciarmos o estudo do processo judicial tributário propriamente dito, é necessário
relembrarmos de alguns conceitos cruciais ao bom entendimento da matéria que está por vir.
Para entender com clareza o que será visto neste tópico, é importante relembrarmos como ocorre a
constituição definitiva do crédito tributário. Vamos lá: ao ser notificado do lançamento, o sujeito passivo tem
um prazo fixado em lei para pagar ou impugnar o lançamento.
Caso o sujeito passivo cumpra a obrigação tributária, pagando o tributo contra ele lançado, o crédito
tributário é extinto pelo próprio pagamento (CTN, art. 156, I).
Se, por outro lado, o sujeito passivo impugnar o lançamento, instaura-se um litígio entre a Fazenda
Pública e o contribuinte ou responsável, em que se discute o crédito tributário. Ao final, caso a decisão seja
desfavorável ao sujeito passivo, mantendo o crédito lançado, ocorre a constituição definitiva do crédito
tributário.
Imaginemos, ainda, que o sujeito passivo, notificado do lançamento, não tome qualquer medida para
efetuar o pagamento ou impugnar o lançamento. Nesse caso, também haverá a constituição definitiva do
crédito tributário.
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza,
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o
prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Veja, então, que a após a constituição definitiva do crédito tributário, e não havendo pagamento por
parte do sujeito passivo ou qualquer medida judicial que suspenda a exigibilidade do crédito tributário,
cabe à Fazenda Pública proceder à inscrição do crédito tributário em dívida ativa. A título de exemplo, em
se tratando de tributos de competência da União, a inscrição compete à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN).
É de se destacar que, embora já possa ter havido controle de legalidade pela Fazenda Pública (no
curso do processo administrativo), em face do julgamento em processo administrativo, a inscrição em dívida
ativa é o último controle de legalidade do crédito tributário constituído. Podemos dizer, ainda, que é o único
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Não se trata do único controle de legalidade, como vimos logo acima, mas sim do único
realizado obrigatoriamente por bacharéis em Direito.
Observação: É evidente que o Poder Judiciário, quando provocado, pode efetuar o controle
da legalidade do lançamento, devendo anular o ato praticado pela autoridade
administrativa, quando estiver em desacordo com a lei. Contudo, nossa abordagem, no
momento, se restringe ao controle administrativo da legalidade.
“A inscrição evita a propositura pela Fazenda de execuções indevidas, resguarda os direitos individuais, protege o cidadão;
faz valer o princípio da reserva legal e da propriedade privada. Instituída a inscrição como controle de legalidade,
fundamentalmente com essas qualidades, apresenta ainda várias vantagens marginais, tais como desonerar o judiciário de
causas temerárias e livrar a administração de condenações moral e patrimonialmente lesivas”.
Mas, afinal de contas, em que consiste a inscrição em dívida ativa? Trata-se de inclusão do nome do
sujeito passivo no cadastro de devedores inadimplentes, mediante a lavratura de termo no livro da dívida
ativa do respectivo ente federado. Atualmente, tal procedimento é realizado de forma eletrônica.
O objetivo da inscrição do crédito tributário em dívida ativa é extrair a Certidão de Dívida Ativa
(CDA), título executivo extrajudicial, que viabiliza a posterior propositura da ação de execução fiscal.
Estando a dívida regularmente inscrita, goza de presunção relativa (juris tantum) de certeza e
liquidez, admitindo, obviamente, prova em contrário por parte do sujeito passivo:
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o
efeito de prova pré-constituída.
1
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25ª Edição. 2013 Pág. 534.
2
ATALIBA, Geraldo. GIARDINO, Cleber. Inscrição de dívida ativa – Função Privativa dos
Advogados
Públicos. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Jul/Set. de 1982, p. 340.
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Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
Como exemplo, se o contribuinte realizar o pagamento de determinado tributo, como o IR, por
exemplo, e o sistema da RFB não detectá-lo, certamente o contribuinte terá o seu débito inscrito em dívida
ativa. Tomando ciência do fato, pode imediatamente apresentar suas provas inequívocas de que houve o
correto pagamento.
Destaque-se que o par. único do art. 201, do CTN, estabelece que a fluência de juros de mora não
exclui a liquidez do crédito. Portanto, ainda que os juros de mora sejam acrescentados ao valor total da
dívida, a liquidez (o valor exato) do crédito tributário não deixa de existir, pois sempre será possível calcular
o montante devido, a título de tributo.
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente,
indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro
e da folha da inscrição.
Não é difícil de decorar tais requisitos. Em primeiro lugar, deve-se lembrar que é mais do que básico
que o termo de inscrição contenha a quantidade devida, o nome do devedor e o fundamento legal (natureza
e origem do crédito tributário). Isso é básico, para que o contribuinte tenha condições de apresentar provas
em contrário.
Lembre-se também que, sendo o caso (nem sempre, portanto), deve haver o número do processo
administrativo. Em qualquer caso, a certidão deverá conter a indicação do livro e da folha de inscrição.
Cumpre-nos ressaltar que a omissão ou erro relativamente aos requisitos previstos no art. 202 do
CTN são causas de nulidade da inscrição em dívida ativa, bem como do respectivo processo de cobrança dela
decorrente, conforme se expõe abaixo:
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Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior (202), ou o erro
a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela
decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância,
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
Contudo, o STF (AI-AgR 81.681/MG) entende que “há de atentar-se para a substância e não para os
defeitos formais que não comprometem o essencial do documento tributário”.
Havendo erros ou omissão dos requisitos estabelecidos, será nula a inscrição e o processo de
cobrança dela decorrente. No entanto, a nulidade pode ser sanada até a decisão de primeira instância,
substituindo-se a certidão nula, e devolvendo ao sujeito passivo o prazo para defesa, que somente versará
sobre a parte modificada.
Súmula STJ 392 - A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação
da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a
modificação do sujeito passivo da execução.
O que o STJ deixou claro, e que tem sido demonstrado pela jurisprudência deste Tribunal, é que só
se admite substituição de CDA para corrigir erro material ou formal, relativos à inscrição e à certidão, mas
não se estendendo ao lançamento propriamente dito. Portanto, não é possível substituir a CDA como meio
de alterar o próprio lançamento anteriormente realizado.
Nesse mesmo sentido, o STJ (REsp 87.768/SP) já determinou que é inadmissível substituição de CDA,
para alteração do valor do débito de IPTU, já que se constitui modificação do próprio lançamento:
- Inadmissível a substituição de CDA referente à cobrança de IPTU e Taxas lançados sobre área
a maior, por isso que não se trata de simples correção de erro material ou formal do título
executivo, mas de modificação do próprio lançamento, com alteração do valor do débito, o que
não guarda apoio no art. 2º, § 8º da Lei 6.830/80.
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(...)
(STJ, REsp 87.768/SP, Segunda Turma, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, julgamento em
03/10/2000)
A LEF estabeleceu que a inscrição do crédito tributário em Dívida Ativa tem o efeito de suspender o
curso do prazo prescricional.
Pela redação do art. 2º, § 3º, da LEF, a inscrição do crédito em Dívida Ativa suspende a prescrição,
para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes
de findo aquele prazo:
Art. 2º:
(...)
Seguindo esse preceito legal, teríamos a seguinte situação: com a constituição definitiva do crédito
tributário, inicia-se o prazo prescricional. Ao inscrevê-lo em dívida ativa, o referido prazo se suspende por
180 dias, o que faz com que a prescrição se retarde ainda mais.
Posteriormente, promovida a ação de execução fiscal, o despacho do juiz que ordenar a citação do
devedor (como já visto) tem o efeito de interromper o prazo prescricional, restituindo prazo de 05 anos por
completo.
De acordo com o art. 146, III, b, da CF/88, a regulamentação da prescrição em matéria tributária deve
ser promovida por lei complementar. Sendo assim, o STJ tem entendido que o dispositivo da LEF cuida
apenas das dívidas de natureza não tributária:
TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –PRESCRIÇÃO – ART. 2º, § 3º, DA LEI 6.830/80 (SUSPENSÃO
POR 180 DIAS) – NORMA APLICÁVEL SOMENTE ÀS DÍVIDAS NÃO TRIBUTÁRIAS – ART. 40 DA LEF:
SUSPENSÃO.
1. A norma contida no art. 2º, § 3º da Lei 6.830/80, segundo a qual a inscrição em dívida ativa
suspende a prescrição por 180 (cento e oitenta) dias ou até a distribuição da execução fiscal, se
anterior àquele prazo, aplica-se tão-somente às dívidas de natureza não-tributárias, porque a
prescrição das dívidas tributárias regula-se por lei complementar, no caso o art. 174 do CTN.
(STJ, REsp 881.607/MG, Segunda Turma, Rel Min. Eliana Calmon, Julgamento em 10/06/2008)
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Como a redação literal do dispositivo não especifica tratar-se de dívida tributária ou não
tributária, se a questão transcrevê-lo na íntegra, pode ser considerada correta.
Acredito que já aprendemos o suficiente sobre a inscrição do crédito tributário em dívida ativa, e já
somos capazes de estudar o processo de execução fiscal sem dificuldades.
Vamos lá!
O estudo da execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e respectivas autarquias toma por base a Lei 6.830/1980 (Lei de Execução Fiscal ou
simplesmente LEF) e, subsidiariamente, o Código de Processo Civil (CPC).
A execução fiscal é ação ajuizada pela Fazenda Pública, no âmbito do Poder Judiciário, com o objetivo
de ver satisfeito o seu direito de receber o crédito tributário. A propósito, lembre-se de que, com o
lançamento, a dívida se torna exigível, mas é somente após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa
que este se torna exequível, isto é, passível de execução judicial.
Cabe destacar também que a Dívida Ativa da Fazenda Pública abrange tanto os créditos tributários
como os créditos não tributários, abrangendo também a correção monetária, os juros, as multas e os
demais encargos legais ou contratuais (LEF, art. 2º, § 2º).
A Dívida Ativa da Fazenda Pública não é composta apenas de créditos tributários, mas
também de créditos não tributários.
Sendo assim, é possível dizer que qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e às respectivas autarquias, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública
(LEF, art. 2º, § 1º).
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Por conseguinte, a execução fiscal é aplicável para a cobrança de qualquer dívida titularizada pela
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, seja de natureza tributária ou
não.
Por outro lado, no polo passivo, o art. 4º, da LEF prevê que a execução fiscal poderá ser promovida
contra:
I - o devedor;
II - o fiador;
III - o espólio;
IV - a massa;
V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas
de direito privado; e
O dispositivo esclarece quais pessoas poderão ser chamadas a responder pela dívida objeto da
execução fiscal. Sabemos que a definição de capacidade tributária passiva é bastante ampla, independendo
até mesmo da capacidade civil das pessoas naturais bem como de estar a pessoa jurídica regularmente
constituída. Ademais, o art. 202, I, do CTN, prevê que deve constar no termo de inscrição da dívida ativa o
nome do devedor e dos corresponsáveis pelo adimplemento da dívida.
Título executivo
Neste tópico, iremos repetir, com maior riqueza de detalhes, alguns conceitos já estudados durante
a aula, mas que são importantíssimos para a nossa prova.
Antes que você me pergunte a importância do título executivo, é necessário que você saiba que para
ajuizar um processo de execução (cobrança do devedor, mesmo contra sua vontade), é necessário que se
tenha certeza da existência da dívida. A certeza é presumida quando o credor possui um título legalmente
definido como executivo. Vamos ver quais são os títulos aos quais a lei conferiu tal privilégio?
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V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Caro(a) aluno(a), como estamos tratando de execução fiscal, o que nos importa neste momento é
estudar o art. 784, IX, do Novo CPC, ou seja, a Certidão de Dívida Ativa (CDA).
A CDA é título executivo elaborado unilateralmente pelo credor (Fazenda Pública), sem a
participação do devedor, como ocorre os cheques, por exemplo (CPC, art. 784, I).
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Sendo assim, podemos dizer, com base no que foi exposto até o momento, que há dois requisitos
necessários para promover a ação de execução fiscal:
Inadimplemento do devedor;
Inscrição em dívida ativa (título executivo).
Ora, se o devedor ainda não se encontra em estado de inadimplência, por não ter vencido o prazo,
por exemplo, não há que se falar em qualquer razão para ajuizar a ação de execução. Da mesma forma, se
não há título executivo, não há certeza da existência da dívida, o que implica a carência da execução.
“[...] não nos encontramos mais perante duas partes que reciprocamente disputam entre si a razão e um juiz que busca qual
das duas a tenha na verdade, e sim perante uma parte que quer ter uma coisa e outra que não quer dar, enquanto que o
órgão do processo retira a esta para ser dada àquela.”
O processo de execução fiscal nunca se inicia de ofício, sendo sempre desencadeado por uma
petição inicial, formulada pelo autor da ação, que no nosso caso específico é a Fazenda Pública.
II - o pedido; e
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte
integrante, como se estivesse transcrita.
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CARNELUTTI, Francesco. SISTEMA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, tradução de Hiltomar Martins
de Oliveira. São Paulo. 2000. Pág. 294.
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O CPC possui aplicação subsidiária à execução fiscal. Logo, não é necessário observar os
requisitos da inicial previstos no art. 319, do CPC e que não constem no art. 6º, da LEF!
Nesse sentido, vejamos duas importantes súmulas do STJ para a sua prova:
Súmula STJ 558 - Em ações de execução fiscal, a petição inicial não pode ser indeferida sob o
argumento da falta de indicação do CPF e/ou RG ou CNPJ da parte executada.
Súmula STJ 559 - Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com
o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no artigo 6º da Lei
6.830/1980.
Admitindo a ação proposta pela Fazenda Pública, o despacho do juiz importa em ordem para:
Citação* do devedor, para no prazo de 5 dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos
indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução**;
Penhora, se não for paga a dívida, nem garantida a execução, por meio de depósito, fiança ou seguro
garantia;
Observação:
* A citação do devedor deverá ocorrer nas sucessivas modalidades previstas no art. 8º, da
LEF.
** Estudaremos logo adiante como poderá ser garantida a execução pelo devedor, caso
opte por não pagar a dívida.
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O art. 14, da LEF determina que o Oficial de Justiça entregará contrafé e cópia do termo ou
do auto de penhora ou arresto, com a ordem de registro constante no despacho do juiz:
Não se pode esquecer de que o despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal interrompe o
curso do prazo prescricional (CTN, art. 174, I e LEF, art. 8º, § 2º). Ou seja, o prazo é completamente
reiniciado após o despacho citatório.
Explique-se melhor: conforme comentado, ao ser citado (intimado), o devedor possui o prazo de 05
dias para pagar a dívida ou garantir a execução (LEF, art. 8°), caso deseje levar adiante o litígio. Se não
houver nenhuma dessas providências, caberá ao Poder Judiciário proceder à penhora dos bens e direitos
que integram o patrimônio do devedor.
No que se refere à citação, esta deve ocorrer da forma como foi previsto no art. 8º:
I - a citação será feita pelo correio, com aviso de recepção, se a Fazenda Pública não a requerer por outra
forma;
II - a citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do executado, ou, se a
data for omitida, no aviso de recepção, 10 (dez) dias após a entrega da carta à agência postal;
III - se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15 (quinze) dias da entrega da carta à agência postal, a
citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital;
IV - o edital de citação será afixado na sede do Juízo, publicado uma só vez no órgão oficial, gratuitamente,
como expediente judiciário, com o prazo de 30 (trinta) dias, e conterá, apenas, a indicação da exeqüente, o
nome do devedor e dos co-responsáveis, a quantia devida, a natureza da dívida, a data e o número da
inscrição no Registro da Dívida Ativa, o prazo e o endereço da sede do Juízo.
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A citação ao executado pode ocorrer das seguintes formas: por correio, por meio do Oficial
de Justiça ou por edital.
Nesse sentido, o entendimento do STJ é o de que só é admissível a citação por edital nas execuções
fiscais quando não exitosas as outras modalidades de citação ali previstas (citação por correio e a citação
por Oficial de Justiça):
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR EDITAL. CONDIÇÃO DE
CABIMENTO: FRUSTRAÇÃO DAS DEMAIS MODALIDADES DE CITAÇÃO (POR CORREIO E POR
OFICIAL DE JUSTIÇA). LEI 6830/80, ART. 8º.
1. Segundo o art. 8º da Lei 6.830/30, a citação por edital, na execução fiscal, somente é cabível
quando não exitosas as outras modalidades de citação ali previstas: a citação por correio e a
citação por Oficial de Justiça. Precedentes de ambas as Turmas do STJ.
(...)
(STJ, Primeira Seção, REsp 1.103.050/BA, Rel. Min. Teori Zavascki, Julgamento em 25/03/2009)
Efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure
atualização monetária;
Oferecer fiança bancária ou seguro garantia;
Nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11 (transcrito logo abaixo); ou
Indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
O art. 11, da LEF, determina que a ordem a ser seguida para penhora é a seguinte (também se aplica
ao arresto de bens):
I - dinheiro;
II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
IV - imóveis;
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V - navios e aeronaves;
VI - veículos;
O seguro garantia é uma nova modalidade de garantir a execução fiscal, incluída na LEF pela Lei
13.043/2014, e, portanto, muito relevante para nossa prova, já que é bastante recente!
A mudança foi importante, já que o STJ possuía jurisprudência pacífica de que o seguro garantia não servia
como garantia da execução fiscal em virtude da ausência de previsão na LEF.
O seguro garantia já era previsto, na esfera federal, pela Portaria PGFN 164/2014. Admitia-se, então, antes
mesmo da edição da Lei 13.043/2014, o seguro garantia no âmbito federal. Contudo, a inclusão foi relevante,
pois a partir de agora vale para todas as esferas (federal, estadual, distrital e municipal).
O executado pode, ainda, pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a
execução do saldo devedor (LEF, art. 9º, § 6º).
Sendo assim, perceba que a penhora dos bens pode ser oferecida espontaneamente pelo sujeito passivo,
como também pode ser procedida pelo Poder Judiciário.
Nessa esteira, garantida a execução, o devedor possui 30 dias para opor embargos à execução fiscal,
sendo tal prazo contado do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou seguro garantia ou da
intimação da penhora (LEF, art. 16, caput). Contudo, deve ser ressaltado que não são admissíveis embargos
do executado antes de garantida a execução LEF, art. 16, § 1°).
No que se refere à penhora, o entendimento do STJ (REsp 79.097/SP) é o de que se o executado não
possui condições de efetuar a penhora no valor integral, ou seja, se o valor dos bens penhoráveis é inferior
ao da execução, não tem seu direito aos embargos restringido. Observe a forma como decidiu esta Corte:
- Circunstancia de o bem penhorado ser insuficiente para garantir a Satisfação integral do credito,
não retira do devedor a faculdade de Embargar a execução.
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- aproveitar a penhora, apenas para dar curso a execução, sem abrir ao devedor o direito de
embargar e praticar odiosa restrição ao Direito de defesa. E transformar a execução em confisco.
(STJ, Primeira Turma, REsp 79.097/SP, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, Julgamento em
18/03/1996)
Por fim, se o executado não possui quaisquer bens penhoráveis ou até mesmo se o executado não
for localizado, o art. 40 da LEF determina que haja a suspensão da execução fiscal. Nesse caso, não correrá
o prazo de prescrição.
Suspensa a execução, os autos são remetidos ao representante judicial da Fazenda Pública. O objetivo
dessa providência é oportunizar ao credor que diligencie no sentido de identificar bens passíveis de penhora.
Um ano após a suspensão do referido processo, se não for localizado o devedor, ou se não forem
encontrados bens passíveis de penhora, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos, providência que poderá
ser revertida a qualquer tempo, desde que encontrados os bens ou o executado.
Com o arquivamento do processo, retoma-se a contagem do prazo prescricional, findo o qual o Juiz,
após ouvir a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato, extinguindo o processo, com base no inciso II, do art. 487, do CPC.
Súmula STJ 314 – Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo
por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.
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Qual seria o juízo competente para julgar a ação de execução fiscal? A competência para julgar a
execução fiscal depende da Fazenda Pública que for autora da ação. Assim sendo, podemos fazer as
seguintes considerações:
Se a ação for proposta pelos Estados ou Municípios: em regra, a competência será da Justiça Estadual.
Contudo, se a Fazenda Estadual ou Municipal estiver cobrando débito da União, suas autarquias,
fundações ou empresas públicas, a execução será julgada pela Justiça Federal.
Se a ação for proposta pela União: a competência para julgamento será da Justiça Federal (CF/88, art.
109, I)
Se a União, suas autarquias e fundações ajuizarem execução fiscal elas serão sempre
processadas e julgadas pela Justiça Federal, mesmo que o executado more em uma
comarca do interior onde não funcione vara da Justiça Federal.
É válido ressaltar que, seguindo a mesma linha do que consta no art. 187, do CTN, o art. 29 da LEF
dispôs que a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento:
Art. 29 - A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em
falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento.
A respeito desse tema, o entendimento do STJ é o de que nada impede a habilitação de créditos
tributários no juízo universal da falência:
(...)
3. Escolhendo um rito, ocorre a renúncia da utilização do outro, não se admitindo uma garantia
dúplice. Precedentes.
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(...)
(STJ, Segunda Turma, REsp 1.103.405/MG, Rel. Min. Castro Meira, Julgamento em 02/04/2009)
É válido ressaltar que o art. 15, I, da Lei 5.010/66, previa que, nas comarcas do interior onde não
funcionar Vara da Justiça Federal, os juízes estaduais seriam competentes para processar e julgar os
executivos fiscais da União e de suas autarquias, ajuizados contra devedores domiciliados nas respectivas
comarcas.
Contudo, com a revogação do art. 15, I, da Lei 5.010/66, pela Lei 13.043/2014, as execuções fiscais
federais serão sempre processadas e julgadas pela Justiça Federal.
Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem
apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o
juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão,
preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros
de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades
supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de
suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.
§ 1º A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível,
devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou
valores que excederem esse limite.
§ 2º Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste
artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja
indisponibilidade houverem promovido.
De acordo com o art. 185-A, do CTN, a penhora online só poderia ser utilizada após o esgotamento
de todas as diligências na tentativa de encontrar bens suficientes à garantia da execução, já que o legislador
mencionou que é aplicável quando “o devedor não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e
nem forem encontrados bens penhoráveis”.
Embargos à Execução
Os embargos acompanham a execução fiscal a que se refere. Por esse motivo, são apensados ao
processo principal. De acordo com o art. 914, §1º, do CPC, os embargos são distribuídos por dependência,
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de forma que o mesmo juiz da vara que é responsável pela execução fiscal será também responsável pelo
julgamento dos embargos.
Acerca da legislação aplicável aos embargos, também devemos seguir a regra disposta no art. 1º, da
Lei 6.830/80:
Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e,
subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.
Como se sabe, os embargos à execução, evidentemente, são opostos quando o contribuinte não quer
pagar. Como já estudamos, se o executado não paga, deve garantir a execução. Isso porque é condição para
a oposição dos embargos a garantia do juízo que poderá ocorrer nas seguintes modalidades:
A Lei 6.830/80 previu um prazo para oposição dos embargos à execução diferenciado e mais extenso
(30 dias) do que o previsto no Código de Processo Civil, previsto para os embargos do devedor (15 dias).
Portanto, vale a regra prevista na norma especial.
Deve-se destacar que, de acordo com o art. 16, da Lei 6.830/80, o prazo de 30 dias é contado:
I - do depósito;
Exceção de Pré-Executividade
Utilizada como meio para requerer a extinção da execução fiscal e a consequente desconstituição do
título extrajudicial, seja porque o valor cobrado é indevido ou porque o contribuinte não tem
responsabilidade pelo seu pagamento, a Exceção de Pré-Executividade constitui mera petição, não
possuindo caráter inicial.
Vale ressaltar que esta forma de defesa não possui previsão legal, sendo fruto de construção doutrinária e
jurisprudencial, com base no direito de petição e na garantia de livre acesso ao Poder Judiciário. É
comumente admitida em casos como decadência, prescrição, responsabilidade, imunidades etc.
Deve ficar claro que o objetivo da exceção (ou objeção) de pré-executividade é evitar que o
executado tenha que garantir a execução, quando esta mostra-se claramente improcedente. Como se
sabe, na LEF, norma específica sobre execução fiscal, a garantia continua sendo conditio sine qua non para
a admissibilidade dos Embargos (LEF, art. 16, § 1°).
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Observação: Deve-se tomar cuidado, pois a exceção de pré-executividade não pode ser
utilizada para obter a certidão positiva com efeitos de negativa, já que não suspende a
exigibilidade do crédito tributário.
Contudo, há que se destacar que a oposição de exceção de pré-executividade não é possível em qualquer
situação. Nessa linha, a questão objetada não pode demandar dilação probatória, já que deve ser possível
ser resolvida apenas a partir de elementos documentais. Com base no entendimento do STJ (REsp
1.110.925) acerca da matéria, podemos definir dois requisitos cruciais para a admissibilidade da exceção de
pré-executividade:
Cabe destacar que não existe prazo para apresentação da exceção de pré-executividade, embora o
contribuinte seja o maior interessado em agilizá-la, já que a demora implica prejuízo, tal como a penhora dos
seus bens e rendas. Devemos saber, então, que a exceção de pré-executividade é aceita mesmo após o
término do prazo para embargar a execução.
A medida cautelar fiscal está prevista na Lei 8.397/92 como uma ação judicial a ser interposta pela
Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, visando tornar indisponíveis
os bens do devedor para garantia do crédito tributário.
A cautelar fiscal é definida por Hugo de Brito Machado Segundo, da seguinte forma:
“(...) processo de natureza cautelar, utilizado pela Fazenda para ver assegurado o adimplemento de crédito tributário
lançado, ou a efetividade da execução desse mesmo crédito, tornando indisponíveis os bens do sujeito passivo, de sorte a
que este não possa utilizar de meios sub-reptícios para não adimplir o crédito da Fazenda Pública (pondo seus bens em
nome de terceiros, contraindo dívidas fictícias etc.).”
Nesse contexto, a Fazenda Pública poderá instaurar procedimento cautelar fiscal após a constituição do
crédito, inclusive no curso da execução judicial da dívida ativa da União, nas seguintes hipóteses:
I - sem domicílio certo, intenta ausentar-se ou alienar bens que possui ou deixa de pagar a obrigação no
prazo fixado;
II - tendo domicílio certo, ausenta-se ou tenta se ausentar, visando a elidir o adimplemento da obrigação;
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V - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito fiscal:
VI - possui débitos, inscritos ou não em Dívida Ativa, que somados ultrapassem trinta por cento do seu
patrimônio conhecido;
VII - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente,
quando exigível em virtude de lei;
VIII - tem sua inscrição no cadastro de contribuintes declarada inapta, pelo órgão fazendário;
A medida cautelar fiscal é cabível antes da propositura da execução fiscal ou no curso desta.
Ressalte-se que, não obstante a regra seja a propositura de cautelar fiscal após a constituição do crédito
tributário, é possível o requerimento da medida cautelar mesmo sem a prévia constituição definitiva do
crédito tributário quando o sujeito passivo:
I - notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito tributário, põe ou tenta por
seus bens em nome de terceiros; ou
II - aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda Pública competente,
quando exigível em virtude de lei.
É interessante entendermos que a medida cautelar fiscal produz efeitos imediatos, conforme
estabelece o art. 4º, da Lei 8.397/1992:
Ademais, cumpre destacarmos que, na hipótese de a medida cautelar ser proposta contra pessoa
jurídica, a indisponibilidade dos bens recairá somente sobre os bens do ativo permanente, podendo
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estender-se para os bens do acionista controlador e aos dos que em razão do contrato social ou estatuto
tenham poderes para fazer a empresa cumprir suas obrigações fiscais, ao tempo:
Tratando-se de ação judicial, a medida cautelar fiscal deve ser requerida ao Juiz competente para a
execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública. Se a execução judicial estiver em Tribunal, será
competente o relator do recurso.
São requisitos da inicial, conforme art. 6º (petição que instaura o processo jurídico):
Ainda sobre a cautelar fiscal, julgamos relevante conhecer os seguintes dispositivos da Lei 8.397/92:
Art. 8° O requerido será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido, indicando
as provas que pretenda produzir.
Art. 9° Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como
verdadeiros, os fatos alegados pela Fazenda Pública, caso em que o Juiz decidirá em dez
dias.
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Quanto à eficácia da medida cautelar fiscal, o art. 12, da referida norma, prescreve que tal medida
conserva a sua eficácia no prazo de 60 dias, quando sua concessão se dá no curso de procedimento
preparatório, e na pendência do processo de execução judicial da Dívida Ativa, mas pode, a qualquer tempo,
ser revogada ou modificada.
Por fim, acreditamos ser interessante memorizar (ou pelo menos conhecer) a redação do art. 13, da
Lei 8.397/92, que dispõe sobre as condições em que a cautelar fiscal perde a sua eficácia:
I - se a Fazenda Pública não propuser a execução judicial da Dívida Ativa no prazo fixado no
art. 11 desta lei;
III - se for julgada extinta a execução judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública;
Observação: O art. 11 define que, quando a medida cautelar fiscal for concedida em
procedimento preparatório, deverá a Fazenda propor a execução judicial da dívida ativa no
prazo de 60 dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera
administrativa.
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Ação Declaratória
Observação: Em todos os casos em que é cabível a ação declaratória, também será cabível
o mandado de segurança, exceto no caso em que seja necessária a produção de provas,
caso em que a ação a ser proposta deverá ser a ação declaratória.
A ação declaratória é utilizada quando ainda não foi constituído o crédito tributário pelo lançamento.
Ressaltamos que a propositura de ação declaratória não suspende por si só a exigibilidade do crédito
tributário, caso este venha a ser constituído no curso da ação judicial, cabendo ao contribuinte pedir a
antecipação de tutela, para suspendê-la, nos termos do art. 151, V, do CTN.
Ressalte-se que não existe prazo fixado na lei para o contribuinte propor ação declaratória,
contanto que seja proposta antes do lançamento.
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A ação anulatória do débito fiscal é uma ação de conhecimento, de rito ordinário e de natureza
constitutiva. Consequentemente, tem como efeitos modificar uma situação jurídica já existente ou
simplesmente extingui-la. É movida com o objetivo de anular o ato administrativo de lançamento
tributário, por conta de uma nulidade verificada.
A nulidade pode ensejar a anulação do lançamento por vícios formais ou materiais (substanciais).
Podemos citar como exemplo de vício formal a incompetência da autoridade lançadora, e como exemplo de
vício material a não ocorrência do fato gerador. Portanto, a ação anulatória do débito fiscal pode resultar
na desconstituição do lançamento, para que se providencie outro com a correção dos vícios formais, ou
mesmo na declaração de inexistência da obrigação tributária, quando a nulidade decorrer de vício material.
Um caso bastante comum é o ingresso da ação anulatória para desconstituir crédito que o
contribuinte entende como já extinto pela decadência. Como se sabe, a decadência se refere à perda do
direito à constituição do crédito tributário pelo lançamento, importando na extinção do crédito tributário,
conforme prevê o art. 156, V, do CTN.
Por se tratar de ação de conhecimento, admite-se dilação probatória. Nesse sentido, de acordo com Hugo
de Brito Machado Segundo1:
O processo de conhecimento, de rito ordinário, que é originado pela propositura de uma ação anulatória, permite
ampla instrução probatória. Todas as provas em direito admitidas, ou não vedadas, podem ser produzidas no interesse de
que seja esclarecida a verdade quanto às afirmações sobre os fatos desde que não sejam impertinentes, irrelevantes ou
desnecessárias.”
Nesse ínterim, vale ressaltar que, a partir do momento em que há o lançamento, a ação cabível não é mais
a declaratória, mas sim a anulatória. Nesse contexto, pouco importa se já se esgotou o prazo para pagamento
ou impugnação do crédito tributário (findo o qual o lançamento se dá por definitivamente constituído) ou
se já houve a inscrição do crédito em dívida ativa. Em qualquer desses momentos, é cabível a ação anulatória.
1
SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo Tributário. São Paulo: Editora Atlas. 2014. Pág. 406.
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mão da via administrativa, por meio da impugnação, a qual suspende por si só a exigibilidade do crédito
tributário, nos precisos termos do art. 151, III, do CTN.
Evidentemente, o sujeito passivo pode optar primeiramente pela esfera administrativa. Caso não
logre êxito na decisão administrativa final nessa esfera, a consequência é que o crédito retorna à sua
exigibilidade, sendo permitido ao contribuinte (não só ao final, como durante todo processo administrativo)
socorrer-se na via judicial.
Por último, vale frisar que o mandado de segurança também é cabível após o lançamento. Contudo,
há a limitação temporal de 120 dias contados da data da ciência do ato coator (lançamento).
Cabe ressaltar que apenas com a antecipação de tutela é que será possível suspender a exigibilidade
do crédito já constituído pelo lançamento em momento posterior ao da propositura da ação anulatória e
obter a certidão positiva com efeitos de negativa, para comprovar sua regularidade fiscal. Caso não seja
requerida ou indeferida a antecipação de tutela, nada impede que o crédito tributário seja inscrito em
dívida ativa e executado judicialmente.
Deve-se destacar também a possibilidade de o autor realizar o depósito do montante integral, nos
termos do art. 151, II, do CTN, como medida alternativa para suspender a exigibilidade do crédito tributário,
quando a antecipação de tutela seja indeferida pelo juiz. Diz-se alternativa, pois se trata de medida mais
onerosa ao contribuinte.
Por último, cabe relembrar que, de acordo com a Súmula 112, do STF, o depósito deve ser integral e em
dinheiro.
A rigor, o prazo para se apresentar uma ação anulatória do débito fiscal, com o objetivo de
desconstituir o crédito tributário, se iniciar com o lançamento, como já explicado, e perdura até o momento
anterior àquele em que é ajuizada a execução fiscal. A partir de então, a defesa da execução fiscal ocorre
mediante a ação de Embargos à Execução ou, alternativamente, Exeção de Pré-executividade.
Ocorre que, após o ajuizamento da execução fiscal, para suspender a exigibilidade do crédito
tributário o sujeito passivo poderia opor embargos à execução, medida que requer a garantia do juízo,
conforme determina o art. 16, § 1º, da Lei 6.830/80. Ademais, a Exceção de Pré-executividade não suspende
a exigibilidade do crédito tributário.
Deste modo, se não há meios para a garantia do juízo, para serem admitidos os embargos à execução,
o contribuinte pode ingressar com ação anulatória mesmo após a execução fiscal, requerendo a
antecipação de tutela, a qual iria suspender a exigibilidade do crédito tributário, permitindo-lhe a emissão
de certidão positiva com efeitos de negativa. É interessante observar, contudo, que a ação anulatória não
ataca a execução fiscal, mas sim o lançamento.
Mandado de Segurança
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ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. Esse é o denominado mandado
de segurança individual.
O art. 1º, da Lei 12.016/2009, na linha do dispositivo constitucional supracitado, traz uma definição ampla
de “autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”, trouxe a
seguinte definição:
Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de
poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la
por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que
exerça.
§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público.
§ 3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá
requerer o mandado de segurança.
Não cabe mandado de segurança: contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público.
Temos, ainda, o mandado de segurança coletivo, previsto no art. 5º, LXX, da CF/88, cuja legitimidade para
impetração se restringe aos partidos políticos, sindicatos e entidades de classe e associações legalmente
constituídas há pelo menos um ano. Cumpre ressaltar que tais entidades também podem impetrar
mandado de segurança individual, quando destinado a defender direito próprio.
Trata-se de ação judicial, de rito sumário, a ser utilizada quando direito líquido e certo do indivíduo
for violado por ato de autoridade governamental (autoridade coatora). No Direito Tributário, o lançamento
é obrigatório, revestindo-se na condição de ato coator, podendo ser objeto da ação mandamental.
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Destaque-se que não há necessidade que o ato coator já tenha sido praticado. Logo, não há
necessidade de o crédito tributário ter sido constituído pelo lançamento para justificar o mandado de
segurança. Esta ação pode ser impetrada antes ou depois da prática do lançamento. Se for impetrada antes,
estamos diante do mandado de segurança preventivo; se for impetrada após o lançamento, o mandado de
segurança é repressivo.
Ainda sobre o mandado de segurança, por ser ação submetida ao rito sumário, consequentemente
mais célere, não se admite dilação probatória, já que as provas devem ser pré-constituídas, levadas aos
autos no momento da impetração do writ.
Por fim, na seara tributária, deve-se lembrar que a aceitação do mandado de segurança pelo
magistrado não tem como consequência a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, o que só
ocorrerá com a concessão da liminar, se esta for pedida na inicial. De qualquer modo, o contribuinte pode
efetuar o depósito do montante integral para obter a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
==bec==
Vejamos alguns requisitos definidos no art. 6º, da Lei 12.016/2009, no tocante à petição
inicial do mandado de segurança:
-Indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha
vinculada ou da qual exerce atribuições.
Inicialmente, devemos ter em mente que o mandado de segurança é cabível antes ou após da
constituição do crédito tributário. Portanto, a ação mandamental pode servir como alternativa tanto à ação
declaratória como à ação anulatória.
Podemos dizer que os requisitos para cabimento da referida ação são os seguintes:
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Em termos práticos, são exemplos de situações que ensejam a impetração de mandado de segurança:
Liberação de mercadorias sem o pagamento de tributo, tendo em vista uma imunidade tributária ou
isenção;
Afastamento de auto de infração lavrado contra o sujeito passivo;
Emissão de certidão negativa ou certidão positiva com efeitos de negativa;
Declaração do direito à compensação tributária.
Nesta última hipótese, o mandado de segurança já foi reconhecido pelo STJ como ação adequada
declaração do direito à compensação tributária, conforme a redação da Súmula 213:
Súmula STJ 213 - O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à
compensação tributária.
Cabe ressaltar que a Lei 12.016/2009 permite impetrar mandado de segurança até mesmo por
telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada, em caso de urgência:
§ 2º O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes.
Por outro lado, o art. 5º, da Lei 12.016/2009, define que nas quais não se deve impetrar o mandado
de segurança quando se tratar:
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;
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Pedido de Liminar
Na inicial, o impetrante pode pedir a concessão de medida liminar, que, se aceito pelo magistrado,
suspenderá desde já o ato que deu motivo à ação mandamental. Vejamos a redação do art. 7º, da Lei
12.016/2009:
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento
relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo
de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.
Receio de ineficácia da sentença (periculum in mora), caso não seja atendido o pedido do
impetrante para concessão da liminar.
A concessão da limitar traz como consequência a suspensão da exigibilidade do crédito tributário, nos termos
do art. 151, IV, do CTN. Pode o contribuinte, na hipótese de ser indeferida a liminar, efetuar o depósito do
montante integral, que também terá como efeito a suspensão do crédito tributário.
Cabe lembrar que, embora o art. 7º, III, da Lei 12.016/09, estabeleça que é facultado ao juiz exigir do
impetrante caução, fiança ou depósito, na seara tributária, de acordo com Hugo de Brito Machado Segundo2,
tal medida é excepcional, em função da já prevista possibilidade de o contribuinte efetuar o depósito integral
opcionalmente, caso deseje obter o efeito suspensivo.
2
SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Processo Tributário. São Paulo: Editora Atlas. 2014. Pág. 380.
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Além disso, concedida a liminar, esta não perde os seus efeitos até a prolação da sentença, salvo se revogada
ou cassada. Porém, com a revogação, os efeitos da decisão serão retroativos ao estado original da situação:
Destaque-se que, pela redação dos §§ 2º e 5º, da Lei 12.016/09, nem a medida liminar no mandado de
segurança nem a tutela antecipada em outras espécies de ação judicial são meios adequados para requerer
a extinção do crédito tributário pela via da compensação bem como para requerer a liberação de
mercadorias de origem estrangeira:
Art. 7º
(...)
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos
tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou
equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens
ou pagamento de qualquer natureza.
(...)
Vale citar que o STJ possui jurisprudência pacificada quanto a esta vedação:
Súmula STJ 212 - A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida
liminar.
O que você precisa saber sobre este assunto é que a tutela de urgência pode ser dividida
em tutela cautelar e tutela antecipada. Logo, quando o CTN menciona tutela antecipada,
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está tratando de uma tutela de urgência. É importante saber também que as duas tutelas
(cautelar e antecipada) ensejam a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Este
é o ponto mais importante para sua prova!
Prazo
De acordo com o art. 23, da Lei 12.016/09, o direito de requerer mandado de segurança extinguir-
se-á decorridos 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Assim sendo, o prazo
de 120 dias é contado a partir da data da notificação do lançamento.
Diante de tal previsão, podemos dizer que somente há prazo expresso para impetração do mandado
de segurança repressivo. Em relação ao mandado de segurança preventivo, o impetrante não possui prazo
definido na norma, desde que antes da realização do lançamento.
A ação de consignação em pagamento ou ação consignatória é uma ação utilizada pelo contribuinte
quando este tem a pretensão de pagar o tributo. Por esse motivo, o art. 162, § 4º, do CTN estabelece que a
consignação julgada procedente extingue o crédito tributário.
Trata-se de ação com rito especial de tramitação, previsto no art. 539 a 549 do CPC.
Em matéria tributária, o Código Tributário Nacional admite a consignação em pagamento pelo sujeito
passivo nas seguintes situações:
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo
fato gerador.
Não se pode confundir a ação consignatória com o depósito do montante integral. A ação
consignatória é proposta quando o contribuinte deseja pagar o tributo, culminando na extinção do crédito
tributário, quando julgada procedente. No depósito, o objetivo do sujeito passivo é suspender a exigibilidade
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do crédito tributário para discuti-lo judicialmente sem perder a regularidade fiscal e, claro, sem estar sujeito
à execução fiscal.
Não há prazo previsto para a propositura da ação consignatória, podendo ocorrer antes ou após a
constituição do crédito tributário pelo lançamento. Vale lembrar, no entanto, que o depósito em juízo deve
correr mediante autorização determinada pelo magistrado no prazo de 05 dias, conforme prevê o art. 542,
I, do CPC.
Quando a pretensão do contribuinte é ver restituído valor por ele pago indevidamente ou maior que
o devido, não há dúvidas de que se trata da ação de repetição ou ação repetitória.
Chama-nos atenção o caso em que o tributo possui fatos geradores periódicos, acarretando em
exigências também periódicas (cobranças mensais, por exemplo). Em tais casos, não será proposta apenas
ação de repetição pura e simples, mas uma ação declaratória com repetição. Explique-se melhor: a ação
declaratória se refere aos valores que ainda serão objetos de posteriores lançamentos, e a repetição se
refere aos valores já pagos, os quais o sujeito passivo pretende receber a restituição.
Observação: Neste caso, não é cabível ação anulatória, pois os valores já pagos se referem
a créditos já extintos. Não se pode anular algo que não existe mais.
Neste caso, deve-se pedir também a antecipação de tutela, com o objetivo de suspender a
exigibilidade do crédito tributário, referente às posteriores cobranças.
Observe também que, na restituição, o contribuinte passa a ser credor, e a Fazenda Pública,
devedora. Temos, portanto, inversão dos polos. Assim sendo, existe a possibilidade de o sujeito passivo
compensar esse crédito contra a Fazenda, configurando a denominada compensação, modalidade de
extinção do crédito tributário, conforme estabelece o art. 156, II, do CTN.
O art. 170, do Código Tributário Nacional, prevê que a compensação depende de lei autorizativa do ente
tributante. Vejamos a sua redação:
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Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em
cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra
a Fazenda pública.
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os
efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução
maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer
entre a data da compensação e a do vencimento.
Ademais, é interessante observar as situações previstas no art. 165, do CTN, que ensejam a restituição do
tributo:
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação
tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido;
Os incisos I e II do art. 165 do CTN querem dizer a mesma coisa. Podemos dizer que se referem as mais
diversas situações que levam o contribuinte a realizar o pagamento indevidamente, com exceção da hipótese
prevista no inciso III do mesmo artigo, referente ao pagamento indevido realizado no curso de processo
administrativo ou judicial.
O Fisco lançou um tributo em nome de determinada pessoa, e esta pessoa pagou o tributo sem prestar
atenção a que se referia. Posteriormente, notou que pagou um tributo que não era devido, ou seja, não
havia ocorrido qualquer fato gerador, isto é, inexistia uma obrigação tributária subjacente ao tributo
cobrado. Este erro também poderia ocorrer em face da incorreta identificação do sujeito passivo da
obrigação tributária;
O Fisco lançou um tributo em valor maior que o devido, por erro na determinação da alíquota aplicável.
Entendeu-se que era 10%, mas na verdade era 5%. O erro também poderia ocorrer na determinação da
base de cálculo.
Quanto ao inciso III, trata-se de situação de difícil verificação prática, que consiste no seguinte: o sujeito
passivo ao obter uma decisão desfavorável, seja ela administrativa ou judicial, paga o tributo, oferecendo,
em seguida, recurso contra a decisão condenatória.
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do crédito tributário. No que se refere ao processo judicial, o sujeito passivo normalmente efetua o
depósito do montante integral, que também suspende o crédito tributário, em vez de pagar o tributo.
O que se quis dizer na redação do dispositivo foi que o pagamento foi efetuado diante de decisão
condenatória contra a qual cabia recurso. No julgamento desse recurso, o sujeito passivo obteve anulação
da decisão anterior, obtendo decisão favorável.
Prazo
Pois bem, a partir de agora, estudaremos os prazos para pleitear a restituição nas situações previstas
no art. 165, do CTN, que foram definidas no art. 168, do Codex. O que você deve saber, de antemão, é que
o prazo é sempre de 5 anos, variando apenas o termo inicial (termo a quo) da contagem desse prazo.
Seguindo o raciocínio esposado acima, o art. 168, I, determina que o prazo para pleitear a restituição
nas hipóteses tratadas nos incisos I e II do art. 165 é de 5 anos, contados da data da extinção do crédito
tributário.
Uma observação deve ser feita neste ponto: na sistemática do lançamento de ofício e por declaração,
o pagamento extingue de imediato o crédito tributário. Contudo, no lançamento por homologação ou
autolançamento, não é assim que ocorre.
Quando o tributo é lançado por homologação, o sujeito passivo tem o dever de efetuar o pagamento
sem prévio exame da autoridade administrativa, de sorte que a extinção definitiva do crédito tributário só
ocorre com a homologação.
Como sabemos que o prazo que a autoridade possui para homologar é de 5 anos, e que muitas vezes
a homologação ocorre tacitamente (automática, após o curso do prazo quinquenal), na prática, o sujeito
passivo teria o prazo de 10 anos para pleitear a restituição.
Art. 3º Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro
de 1966 – Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de
tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado
de que trata o § 1o do art. 150 da referida Lei.
Com base no dispositivo acima citado, podemos afirmar que o prazo estabelecido no art. 168, I, é
contado a partir do momento do pagamento antecipado, nos tributos que seguem a sistemática do
lançamento por homologação. Desse modo, o prazo de 5 anos conta-se do pagamento, da mesma forma
como ocorre com as outras modalidades de lançamento.
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Finalizado o estudo do inciso I, do art. 168, vamos entender o inciso II deste artigo, que se refere ao
prazo para pleitear restituição de pagamento indevido, realizado no curso de processo administrativo ou
judicial, em que se discute a legitimidade do lançamento (art. 165, III). Neste caso, a regra é simples: o prazo
de 5 anos é contado da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a
decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
Tributos indiretos são aqueles em que o contribuinte de direito é efetua apenas o recolhimento da obrigação
tributária, mas quem realmente arca com o ônus tributário é o contribuinte de fato, ocorrendo a
repercussão do tributo. Assim, ao realizar, por exemplo, a venda de mercadorias, o comerciante inclui o
valor do tributo no preço da mercadoria.
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do
respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o
referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este
expressamente autorizado a recebê-la.
Se o contribuinte de direito comprovar ter assumido o encardo do tributo, isto é, não o ter transferido;
ou
Se o contribuinte de fato autorizar expressamente o contribuinte de direito a receber a restituição.
Em síntese, o contribuinte de direito (quem efetuou o recolhimento) deve comprovar que não houve
transferência do ônus tributário a terceiro. Se houver transferido, que o contribuinte de fato o autorize a
pleitear a restituição. Caso contrário, não haverá restituição.
O entendimento do STF tem seguido essa linha, conforme fica demonstrado na seguinte súmula:
Súmula STF 546 - Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por
decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de facto" o "quantum"
respectivo.
Deve-se destacar também que o entendimento do STJ (REsp 903.394/AL) é, como regra, no sentido
de que o contribuinte de fato não possui legitimidade para pleitear a restituição do que foi pago
indevidamente, no que se refere aos tributos indiretos.
Existem alguns julgados, porém, nos quais o STJ tem sido favorável à restituição demandada pelos
consumidores finais (contribuintes de fato): trata-se dos casos envolvendo serviços prestados por
concessionárias de serviços públicos, em relação aos quais o ICMS é indevidamente cobrado pelo ente
tributante.
Um exemplo muito relevante é o caso do ICMS cobrado sobre demanda de energia que fora
contratada e não efetivamente utilizada. Ocorreu, por exemplo, quando uma empresa tem uma grande
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demanda de energia elétrica e paga pela reserva de uma certa quantidade de energia, que ficará a sua
disposição para eventual utilização.
Em tais casos, a jurisprudência do STJ é bastante pacífica quanto à incidência do ICMS apenas sobre
a demanda de energia efetivamente utilizada pela empresa, como se nota na súmula abaixo:
Súmula STJ 391 - O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energia elétrica correspondente à
demanda de potência efetivamente utilizada.
A despeito da pacífica jurisprudência do STJ, ocorrem indevidas cobranças de ICMS sobre a demanda
de energia contratada, mesmo que não tenha sido integralmente utilizada. Considerando que as empresas
fornecedoras de energia elétrica são concessionárias de serviços públicos, havendo, por conseguinte, uma
relação de submissão com o ente tributante, o STJ entende cabível o ajuizamento de ação de repetição do
indébito pelo consumidor final:
1. A Primeira Seção/STJ, ao apreciar o REsp 1.299.303/SC (Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de
14.8.2012), aplicando a sistemática prevista no art. 543-C do CPC, pacificou entendimento no
sentido de que o usuário do serviço de energia elétrica (consumidor em operação interna), na
condição de contribuinte de fato, é parte legítima para discutir a incidência do ICMS sobre a
demanda contratada de energia elétrica ou para pleitear a repetição do tributo mencionado,
não sendo aplicável à hipótese a orientação firmada no julgamento do REsp 903.394/AL (1ª
Seção, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 26.4.2010 -
2. Tal entendimento é aplicável, mutatis mutandis, ao caso concreto, não obstante se refira a
pedido de repetição de indébito do ICMS supostamente indevido em relação a serviço de
provedor de acesso à Internet (fornecido por concessionária de serviço público de
telecomunicação).
3. Agravo regimental não provido. (STJ, REsp 447.690/PR, Segunda Turma, Rel. Min Eliana
Calmon, Julgamento em 05/06/2003)
Veja que o mesmo raciocínio se aplica em relação ao ICMS indevido quando se refira a serviço de
provedor de acesso à Internet que seja fornecido por concessionária de serviço público de telecomunicação.
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Ainda sobre a ação repetitória, vale citar as duas súmulas do STF, importantes para a prova:
Súmula STF 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do
pagamento indevido.
Súmula STF 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito, são devidos a partir do trânsito
em julgado da sentença.
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A eminente autora ainda destaca que o processo já surge a partir da existência do contraditório,
definindo processo como “procedimento animado pela relação processual, regida pelo contraditório”.
Dessa forma, fica fácil perceber que, por exemplo, no caso de uma fiscalização, até o lançamento
realizado pela autoridade fiscal temos a realização de um mero procedimento. A partir do momento em
que o contribuinte se insurge contra o lançamento, oferecendo impugnação ao auto de infração, instaura-
se o litígio, tomando a forma de processo.
Feita tal consideração acerca da distinção entre procedimento e processo, partiremos para o estudo
dos princípios norteadores do processo administrativo tributário.
Princípios Básicos
Hugo de Brito Machado Segundo2 cita como princípios jurídicos aplicados ao processo administrativo
tributário:
Utilidade do processo administrativo: Não se pode impor gravames ao contribuinte se o fato que
supostamente enseja a aplicação de tais gravames ainda está sob a apreciação da administração pública.
Não submissão do órgão julgador ao poder hierárquico: os agentes fiscais quando no exercício de sua
atividade típico, ou seja, administrativa, estão vinculados à estrutura hierárquica. Contudo, ao exercerem
julgamento em instância administrativa não podem estar submetidos ao poder hierárquico, tal como
ocorre no Judiciário, no exercício de sua função típica, que é julgar.
Verdade material: a administração não pode exigir que determinada afirmação sobre um fato só se
considera provada através de um meio de prova, se através de outros meios é possível chegar á certeza
de que aquele mesmo fato ocorreu. A busca da verdade material é o norte central do processo
administrativo3.
1
RIBAS, Lídia Maria Lopes Rodrigues. Processo Administrativo Tributário. Editora Malheiros. 2008. Págs.
54-55
2
MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito. Processo Tributário. Editora Atlas. 2014. Págs. 41-47
3
OLIVEIRA, José Jayme de Macêdo. Processo Administrativo Tributário. Editora Lumen Juris. 2012. Pág.
11.
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Oficialidade: compete à autoridade competente zelar pelo impulso célere do processo, bem como sua
conclusão. Quando o processo administrativo não dependa de provocação do sujeito passivo, a própria
administração pública deve promover de ofício a instauração do processo.
Quanto aos princípios, é relevante citar que a insigne autora Lídia Maria Lopes Rodrigues Ribas4 ainda
acrescentar alguns princípios específicos, aplicáveis ao processo administrativo tributário:
Legalidade objetiva: visa realçar o caráter impessoal (objetivo) da atuação do agente, com adstrição à
norma jurídica que disciplina e instrumentaliza coma finalidade de aplicar a lei e o Direito.
Revisibilidade: a revisibilidade é, na verdade, a faculdade que a Administração Pública tem de rever seus
próprios atos, respeitado o princípio da estrita legalidade. Nesse sentido, o art. 145, I e II, do CTN, permite
que o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo seja alterado em virtude da impugnação
por parte deste ou pelo recurso de ofício, os quais ocorrem no âmbito do processo administrativo
tributário.
Não vislumbramos a cobrança de qualquer questão difícil sobre este assunto. Com o conhecimento
geral sobre o processo administrativo, não é difícil acertar os seus princípios balizadores.
Vale lembrar que existem princípios gerais que se aplicam ao processo administrativo tributário,
assim como em várias outras áreas do direito processual, como o princípio da igualdade, de forma que em
qualquer campo de atuação do Direito existe a necessária obediência a esse postulado inseparável da
existência da justiça e do Estado de Direito.
Tão importante quanto o princípio da igualdade é o princípio da legalidade, garantindo que somente
por meio de norma representativa da vontade do povo, é que se pode criar deveres e sanções pelo
descumprimento deles.
Art. 5°:
4
RIBAS, Lídia Maria Lopes Rodrigues. Processo Administrativo Tributário. Editora Malheiros. 2008. Págs.
47 a 52.
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(...)
Veja, portanto, que tais garantias existem tanto no âmbito do processo administrativo tributário ou
processo judicial tributário, estando ligadas ao princípio do devido processo legal.
Cumpre destacar também que, no âmbito do processo administrativo tributário, ocorre a presunção
relativa de legitimidade do lançamento tributário (juris tantum), cabendo, evidentemente, prova em
contrário, a ser apresentada pelo sujeito passivo.
Este tema já foi abordado ao longo do curso, e se refere ao contencioso instaurado entre o sujeito
passivo e a Fazenda Pública, com a impugnação administrativa do lançamento. Por essa razão, não
prolongaremos os comentários.
O contencioso administrativo é composto normalmente por duas instâncias. Assim sendo, ao ser
impugnado, o processo é remetido à primeira instância. Sendo a decisão favorável à Fazenda Pública, o
sujeito passivo pode recorrer à segunda instância, por meio de recurso voluntário, ou desistir, a qualquer
tempo, do contencioso. Por outro lado, se a decisão for desfavorável à Fazenda Pública, cabe recurso de
ofício ao órgão de segunda instância, para nova análise e julgamento do caso concreto.
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Em razão de a primeira instância ser, em alguns casos, composta por apenas um julgador, o recurso
voluntário cria uma garantia ao contribuinte de ver o processo ser julgado geralmente por um colegiado,
com composição paritária entre representantes da Fazenda Pública e dos contribuintes.
Já o recurso de ofício é interposto pelo próprio órgão julgador de primeira instância, no próprio ato
da decisão proferida.
Ao final do processo administrativo, seguindo todo o rito previsto na legislação tributária do ente
tributante, a decisão administrativa pode ser favorável ou desfavorável ao sujeito passivo. No primeiro caso,
pode-se ter a extinção do crédito tributário, com base no art. 156, IX, do CTN. Por outro lado, sendo a
decisão desfavorável, o crédito volta a ser exigível, e a Fazenda Pública pode realizar os atos cabíveis com
vistas à propositura da ação de execução fiscal, para cobrança judicial do crédito tributário.
É relevante destacar, neste ponto, que, ao término do processo administrativo tributário, e havendo
decisão irreformável desfavorável ao sujeito passivo, cabe à Fazenda Pública inscrever o crédito tributário
em dívida ativa, extraindo a Certidão de Dívida Ativa, que constitui título executivo extrajudicial, nos termos
do art. 784, IX, do Código de Processo Civil, com vistas à viabilizar o ajuizamento da ação de execução fiscal.
Para encerrar, não menos importante é a redação do art. 145, I, do CTN, segundo o qual a
impugnação pode implicar, inclusive, alteração do lançamento que já foi regularmente notificado ao
sujeito passivo.
É importante não perder de vista que as decisões proferidas no âmbito do processo administrativo
tributário não possuem caráter definitivo, sendo este caráter exclusivo da decisão judicial transitada em
julgado. Não há que se falar, pois, em coisa julgada administrativa em nosso ordenamento jurídico.
Sabe-se que a função típica do Poder Executivo é a atividade administrativa, não impedindo, contudo,
que exerça atividade legislativa e judicante. Assim sendo, não são inconstitucionais os órgãos julgadores
administrativos, mas, por outro lado, as decisões por eles proferidas não afastam o acesso ao Poder
Judiciário, por conta do princípio da inafastabilidade da jurisdição, consignado no art. 5º, XXXV, da CF/88.
Nesse sentido, o art. 156, IX, do CTN, ao estabelecer como causa de extinção do crédito tributário a
decisão administrativa irreformável (favorável ao contribuinte, evidentemente), tomou o cuidado de
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continuar sua redação, esclarecendo que tal decisão deve ser entendida como aquela definitiva na órbita
administrativa. Vale ressaltar que, neste caso, estando o crédito tributário extinto, não há porque a Fazenda
Pública ajuizar ação judicial para cobrá-lo, e não há causa que justifique ao contribuinte ir ao Judiciário, uma
vez que seu pleito foi atendido administrativamente.
Outra informação importante é que nada impede que o contribuinte desista da via administrativa
antes mesmo da sua decisão definitiva, ingressando na via judicial. Tal opção implica a renúncia da lide
instaurada no âmbito administrativo.
A consulta fiscal ou consulta tributária, também comumente definida como processo administrativo
de consulta é o meio pelo qual o sujeito passivo busca solucionar suas dúvidas quanto à interpretação da
legislação tributária junto ao órgão administrativo fiscal competente. O objetivo é que o contribuinte atue
==bec==
em conformidade com as normas e, sobretudo, com a forma como a Fazenda Pública interpreta a legislação
tributária.
O processo administrativo de consulta encontra amparo no art. 161, § 2º, do CTN, ao estabelecer que
não se aplicam juros de mora na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para
pagamento do crédito.
Com a resposta oficial pela Administração Fiscal, o contribuinte passa a ter a certeza do Direito
aplicável à sua situação específica.
A representação fiscal para fins penais (RFFP) já foi conceituada, quando estudamos o assunto
“Administração Tributária”. Naquela ocasião, foi dito que se um sujeito passivo pratica ilícito administrativo,
fica sujeito ao lançamento da respectiva multa, ou da aplicação de outra penalidade, como a pena de
perdimento de mercadorias, por exemplo. Em se tratando de atos que configurem ilícito penal, cabe ao
Poder Judiciário a aplicação da penalidade cabível. Sendo assim, a autoridade fiscal deve representar à
autoridade competente para propor a ação penal, ou seja, o representante do Ministério Público.
Portanto, a representação fiscal para fins penais se trata de uma representação elaborada pela
autoridade fiscal, com intuito de responsabilizar o infrator penalmente, isto é, com fins penais.
Cabe ressaltar que, nos crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/1990, arts. 1º e 2º), a
configuração do crime está condicionada à existência do crédito tributário. Se não há crédito tributário,
não há crime.
O grande problema é que, com o lançamento, o crédito tributário está constituído, mas não
definitivamente constituído, pois pode ser impugnado pelo sujeito passivo. Está lembrado?
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Sendo assim, só temos certeza da existência do crédito tributário, quando este estiver
definitivamente constituído, isto é, após proferida a decisão final na esfera administrativa. Portanto, é
somente a partir de então que pode ser formulada a representação fiscal para fins penais (RFFP), a ser
encaminhada ao Ministério Público.
Art. 83. A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem
tributária previstos nos arts. 1o e 2o da Lei no 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e aos
crimes contra a Previdência Social, previstos nos arts. 168-A e 337-A do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), será encaminhada ao Ministério Público
depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do
crédito tributário correspondente. (Redação dada pela Lei nº 12.350, de 2010)
Vamos frisar: a RFFP só deve encaminhada ao Ministério Público Federal quando o crédito tributário
se tornar definitivo na esfera administrativa. Isso ocorre porque a existência do crime está condicionada à
constituição do crédito tributário. Portanto, enquanto não houver decisão definitiva em âmbito
administrativo, o crédito tributário ainda pode ser anulado nessa esfera.
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ILÍCITO TRIBUTÁRIO
O tema mais importante sobre ilícito tributário são os crimes contra a ordem tributária, que foram
tipificados na Lei 8.137/1990, dividindo-se em dois grupos: crimes praticados por particulares e crimes
praticados por funcionários públicos.
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a
legislação.
Acrescentamos, ainda, a redação do art. 2º, o qual considera como crime da mesma natureza:
I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para
eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na
qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a
parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto
liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação
tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
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Vamos verificar quais são os crimes contra a ordem tributária praticados por funcionários públicos?
Eles foram dispostos no art. 3º, da Lei 8.137/1990, conforme se transcreve a seguir:
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no Decreto-
Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal (Título XI, Capítulo I):
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou qualquer documento, de que tenha a guarda em
razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento
indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou
aceitar promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição
==bec==
Para facilitar a compreensão e memorização, vou expor a seguir uma comparação desses delitos com
os demais crimes tipificados no Código Penal, e também praticados por funcionários públicos. Vejamos:
Inciso II – Trata-se de união do crime de concussão com a corrupção passiva, acrescentando um fim especial:
“para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente”.
Extinção da Punibilidade
A extinção da punibilidade dos crimes contra a ordem tributária era prevista no art. 14, da Lei
8.137/1990, o qual determinava que se extinguia a punibilidade dos crimes previstos nos arts. 1º a 3º, da
referida norma, quando o agente promovesse o pagamento de tributo ou contribuição social, inclusive
acessórios, antes do recebimento da denúncia. Contudo, o art. 98 da Lei 8.383/91 revogou tal dispositivo.
Em 1995, o art. 34, da Lei 9.249/1995 voltou a admitir a citada extinção da punibilidade. Vejamos a
sua redação:
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Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes definidos na Lei nº 8.137, de 27 de dezembro
de 1990, e na Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, quando o agente promover o pagamento
do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, antes do recebimento da denúncia.
Deve ser ressaltado que nos crimes contra a ordem tributária há aplicabilidade de multas, como se
observa na redação do art. 8º, da Lei 8.137/90:
Art. 8° Nos crimes definidos nos arts. 1° a 3° desta lei, a pena de multa será fixada entre 10
(dez) e 360 (trezentos e sessenta) dias-multa, conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime.
Parágrafo único. O dia-multa será fixado pelo juiz em valor não inferior a 14 (quatorze) nem
superior a 200 (duzentos) Bônus do Tesouro Nacional BTN.
Ainda sobre as multas o art. 10 concedeu ao juiz a possibilidade de reduzir ou majorar as multas
aplicadas:
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a situação econômica do réu, verifique a
insuficiência ou excessiva onerosidade das penas pecuniárias previstas nesta lei, poderá
diminuí-las até a décima parte ou elevá-las ao décuplo.
Previu-se, ainda, que o coautor ou partícipe que, através de confissão espontânea, relevar à
autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa, terá sua pena reduzida de um a dois terços:
Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a iniciativa do Ministério Público nos crimes
descritos nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informações sobre o fato e a autoria, bem
como indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o
co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou
judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. (Parágrafo
incluído pela Lei nº 9.080, de 19.7.1995)
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Comentário: De acordo com o art. 4º, § 2º, da Lei 6.830/1980, À Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer
natureza, aplicam-se as normas relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária, civil e
comercial.
Gabarito: Letra A
2. VUNESP/DESENVOLVESP-Advogado/2014
Encontra previsão expressa no procedimento que rege a execução fiscal:
a) a exceção de pré-executividade.
b) a prescrição intercorrente.
c) a presunção absoluta de liquidez e certeza da Dívida Ativa regularmente inscrita.
d) a denúncia espontânea.
e) a impenhorabilidade de plantações.
Comentário:
Alternativa B: A prescrição intercorrente encontra-se prevista no art. 40, da Lei 6.830/80. Alternativa correta.
Alternativa C: A presunção de liquidez e certeza da Dívida Ativa regularmente inscrita é relativa. Alternativa
errada.
Alternativa D: A denúncia espontânea não consta expressamente no procedimento que rege a execução
fiscal. Trata-se do disposto no art. 138, do CTN, aplicável antes mesmo do início da realização de qualquer
procedimento tendente ao lançamento de ofício do tributo. Alternativa errada.
Alternativa E: As plantações podem, excepcionalmente, ser penhoradas (Lei 6.830/80, art. 11, § 1º).
Alternativa errada.
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Gabarito: Letra B
3. VUNESP/MPE-ES-Promotor de Justiça/2013
De acordo com a Lei de Execução Fiscal, à Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer natureza, aplicam-se
as normas relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária,
a) administrativa e financeira.
b) civil e penal
c) administrativa e penal
d) civil e comercial
e) financeira e orçamentária
Comentário: De acordo com o art. 4º, § 2º, da Lei 6.830/1980, À Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer
natureza, aplicam-se as normas relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária, civil e
comercial.
Gabarito: Letra D
4. VUNESP/TJ-RJ-Juiz/2011
A medida cautelar fiscal será requerida ao juiz competente para a execução judicial da Dívida Ativa da
Fazenda Pública. Sobre a referida medida, é correto afirmar que
a) se a execução judicial estiver em Tribunal, será competente o relator do recurso.
b) a Fazenda Pública pleiteará a medida cautelar fiscal em petição devidamente fundamentada na qual será
dispensada a indicação das provas que serão produzidas.
c) quando concedida em procedimento preparatório, deverá a Fazenda Pública propor a execução judicial
da Dívida Ativa no prazo de 180 dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera
administrativa.
d) cessará a eficácia da medida cautelar fiscal se não for executada dentro de 60 dias, podendo a Fazenda
Pública repetir o pedido pelo mesmo fundamento.
Comentário:
Alternativa A: Conforme prevê o art. 5º, par. único, da Lei 8.397/92, se a execução judicial estiver em
Tribunal, será competente o relator do recurso. Alternativa correta.
Alternativa B: O art. 6º, III, da Lei 8.397/92, determina a necessidade de se indicar as provas que serão
produzidas. Alternativa errada.
Alternativa C: De acordo com o art. 11, da Lei 8.397/92, quando a medida cautelar fiscal for concedida em
procedimento preparatório, deverá a Fazenda Pública propor a execução judicial da Dívida Ativa no prazo de
sessenta dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera administrativa. Alternativa
errada.
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Alternativa D: De acordo com o art. 13, par. único, se, por qualquer motivo, cessar a eficácia da medida, é
defeso à Fazenda Pública repetir o pedido pelo mesmo fundamento. Alternativa errada.
Gabarito: Letra A
5. VUNESP/Câmara Municipal-Barretos-SP-Advogado/2017
De acordo com o Código Tributário Nacional, o direito de pleitear a restituição de tributo indevido ou maior
que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido pago espontaneamente extingue-se com o decurso do prazo de
a) cinco anos, contados da decisão administrativa que denegar a restituição.
b) dois anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
c) um ano, contado da data da extinção do crédito tributário.
d) dez anos, contados da decisão administrativa que denegar a restituição.
e) cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
Comentário: Conforme estabelece o art. 168, I, do CTN, o direito de pleitear a restituição extingue-se com o
decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
Gabarito: Letra E
Comentário:
Alternativa A: Na verdade, o executado será citado para, no prazo de 5 dias, pagar a dívida com os juros e
multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a execução. Alternativa errada.
Alternativa B: A citação pelo correio considera-se feita na data da entrega da carta no endereço do
executado, ou, se a data for omitida, no aviso de recepção, 10 dias após a entrega da carta à agência postal.
Alternativa errada.
Alternativa C: O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 dias. Alternativa errada.
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Alternativa D: Na realidade, o art. 174, par. único, I, do CTN, estabelece que o despacho do juiz que ordenar
a citação do executado interrompe o prazo prescricional. Alternativa errada.
Alternativa E: Sendo a citação realizada pelo correio, se o aviso de recepção não retornar no prazo de 15
dias da entrega da carta à agência postal, a citação será feita por Oficial de Justiça ou por edital. Alternativa
correta.
Gabarito: Letra E
Comentário: De acordo com a Súmula Vinculante 28, é inconstitucional a exigência de depósito prévio como
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Gabarito: Letra D
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Comentário: Existem duas situações estabelecidas na lei que dispõe sobre a medida cautelar fiscal que
independem da prévia constituição do crédito tributário:
Quando o devedor notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito
fiscal põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;
Quando o devedor aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda
Pública competente, quando exigível em virtude de lei;
Gabarito: Letra E
Comentário: De acordo com o art. 40, § 4º, da LEF, se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido
o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato.
Gabarito: Letra D
Comentário:
Alternativa A: O prazo para cessar a eficácia da medida cautelar é de 30 dias, caso não seja executada neste
prazo. Alternativa errada.
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Alternativa B: O prazo para contestação do pedido é de 15 dias, e não 30, como afirmado na assertiva.
Alternativa errada.
Alternativa C: O art. 17, da referida norma, prevê que da sentença que decretar a medida cautelar fiscal
caberá apelação, sem efeito suspensivo, salvo se o requerido oferecer garantia. Alternativa errada.
Alternativa D: A medida cautelar fiscal será requerida ao Juiz competente para a execução judicial da Dívida
Ativa da Fazenda Pública. Se a execução judicial estiver em Tribunal, será competente o relator do recurso.
Alternativa errada.
Alternativa E: De acordo com o art. 12, par. único, da Lei 8.397/92, salvo decisão em contrário, a medida
cautelar fiscal conservará sua eficácia durante o período de suspensão do crédito tributário ou não tributário.
Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
Comentário: A CF/88, em seu art. 156, § 2º, I, estabelece que o ITBI não incide sobre a transmissão de bens
ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital. Logo, a referida ação é
de ser julgada procedente, por se tratar de imunidade tributária.
Gabarito: Letra A
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d) 60 (sessenta) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida
Ativa, ou garantir a execução.
e) 5 (cinco) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida
Ativa, ou garantir a execução.
Comentário: De acordo com o art. 8º, da LEF, o executado será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar
a dívida com os juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, ou garantir a
execução.
Gabarito: Letra E
Comentário: O art. 169, do CTN, prevê que prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão
administrativa que denegar a restituição.
Gabarito: Letra B
14. VUNESP/IPSMI-Procurador/2016
No processo de execução fiscal,
a) será admitida a reconvenção, a compensação e as exceções, inclusive as de suspeição, incompetência e
impedimentos, que serão arguidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os
embargos.
b) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda para impugná-los no prazo de 60 (sessenta)
dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
c) não sendo embargada ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia prestada por terceiro, será
este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no prazo de 15 (quinze)
dias, remir o bem, se a garantia for real.
d) a Fazenda Pública não poderá adjudicar os bens penhorados antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a
execução não for embargada ou se rejeitados os embargos.
e) se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
independentemente da manifestação da Fazenda Pública, deverá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato.
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Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 16, § 3º, da LEF, não será admitida reconvenção, nem compensação, e
as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como matéria preliminar
e serão processadas e julgadas com os embargos. Alternativa errada.
Alternativa B: O prazo para a Fazenda impugnar os embargos é de 30 dias, e não 60. Alternativa errada.
Alternativa C: Não sendo embargada a execução ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia
prestada por terceiro, será este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos,
para, no prazo de 15 dias:
II - pagar o valor da dívida, juros e multa de mora e demais encargos, indicados na Certidão de Divida Ativa
==bec==
Alternativa D: O art. 24, da LEF, permite que a Fazenda Pública adjudique os bens penhorados antes do leilão
, pelo preço da avaliação, se a execução não for embargada ou se rejeitados os embargos. Alternativa errada.
Alternativa E: A LEF impõe ao Juiz a necessidade de ouvir a Fazenda Pública antes de reconhecer a prescrição
intercorrente. Alternativa errada.
Gabarito: Letra C
Comentário:
Alternativa A: O art. 11, § 1º, da LEF, estabelece que, excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre
estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção.
Alternativa errada.
Alternativa B: De fato, a LEF estabelece que a garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro,
fiança bancária ou seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora. Alternativa correta.
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Alternativa C: A LEF dispõe que, em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e
encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá indicar à penhora bens oferecidos por
terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. Alternativa errada.
Alternativa D: O executado ausente do País será citado por edital, com prazo de 60 dias. Alternativa errada.
Alternativa E: Somente poderá haver a adjudicação dos bens penhorados antes do leilão, caso sejam
rejeitados os embargos. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
Comentário: Conforme prevê o art. 34, da LEF, das sentenças de primeira instância proferidas em execuções
de valor igual ou inferior a 50 Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, só se admitirão embargos
infringentes e de declaração.
Gabarito: Letra D
Comentário: Existem duas situações estabelecidas na lei que dispõe sobre a medida cautelar fiscal que
independem da prévia constituição do crédito tributário:
Quando o devedor notificado pela Fazenda Pública para que proceda ao recolhimento do crédito
fiscal põe ou tenta por seus bens em nome de terceiros;
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Quando o devedor aliena bens ou direitos sem proceder à devida comunicação ao órgão da Fazenda
Pública competente, quando exigível em virtude de lei;
Gabarito: Letra C
Comentário: O art. 11, § 3º, da LEF, estipula que o Juiz ordenará a remoção do bem penhorado para depósito
judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente, sempre que esta o requerer, em qualquer fase do
processo.
Gabarito: Letra A
Comentário: O art. 169, do CTN, prevê que prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão
administrativa que denegar a restituição. O par. único, do mesmo artigo, prevê que o prazo de prescrição é
interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação
validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.
Gabarito: Letra B
20. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
A respeito da penhora, a Lei das Execuções Fiscais (Lei no 6.830/1980) determina:
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Comentário:
Alternativa A: A penhora poderá recair sobre direitos e ações, nos termos do art. 11, VIII, da Lei 6.830/80.
Alternativa errada.
Alternativa B: A penhora do dinheiro ocorre com prioridade sobre as pedras e os metais preciosos, conforme
estabelece o art. 11, da Lei 6.830/80. Alternativa errada.
Alternativa C: Na verdade, o que art. 11, § 2º, da Lei 6.830/80, prevê que a penhora efetuada em dinheiro
será convertida no depósito. Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 11, § 3º, da Lei 6.830/80, o Juiz ordenará a remoção do bem penhorado
para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente, sempre que esta o requerer, em qualquer
fase do processo. Portanto, não é apenas na fase final do processo. Alternativa errada.
Alternativa E: É o que prevê o art. 11, § 1º, da Lei 6.830/80: excepcionalmente, a penhora poderá recair
sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em
construção. Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
21. FCC/PGE-MT-Procurador/2016
O depósito prévio previsto no art. 38, da LEF − Lei de Execução Fiscal, constitui condição de procedibilidade
da ação anulatória de débito fiscal.
Comentário: De acordo com a Súmula Vinculante 28, é inconstitucional a exigência de depósito prévio como
requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
Gabarito: Errada
Comentário: Realmente, conforme prevê o art. 11, da Lei 6.830/80, a ordem é a que consta acima.
Gabarito: Correta
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23. FCC/PGE-SP-Procurador/2012
Ao ser citado para responder à execução fiscal, no dia 10/10/11, diante da inexistência de bens para oferecer
à penhora, “Cicrano”, por seu advogado, no dia 10/01/12, por simples petição, sem a observância dos
requisitos de uma petição inicial, interpôs exceção de pré-executividade. Seu principal argumento reside em
prova testemunhal que seria capaz de atestar a não realização de determinada operação comercial tributada.
Ao final da petição de exceção, postulou pela produção de prova oral e ofertou o rol de testemunhas. A
exceção foi encaminhada ao juízo competente. Diante desse contexto, observando a doutrina e a
jurisprudência majoritárias, a exceção deve ser
a) recebida e, após a oitiva das testemunhas, deve ser julgada.
b) rejeitada, já que desrespeitou os requisitos de uma petição inicial.
c) rejeitada, já que foi oposta intempestivamente.
d) rejeitada, já que é inadmissível a dilação probatória no rito de tal instrumento processual.
e) recebida e processada nos moldes dos embargos à execução fiscal, regulados pela Lei no 6.830/80.
Comentário: A oposição de exceção de pré-executividade não é possível em qualquer situação. Como vimos
na aula, a questão objetada não pode demandar dilação probatória, já que deve ser possível ser resolvida
apenas a partir de elementos documentais. Com base no entendimento do STJ (REsp 1.110.925) acerca da
matéria, podemos definir dois requisitos cruciais para a admissibilidade da exceção de pré-executividade: a
matéria invocada deve ser suscetível de conhecimento de ofício pelo juiz; e a decisão deve poder ser tomada
sem necessidade de dilação probatória.
Desse modo, as alternativas “A” e “E” são, de pronto, descartadas, por considerarem que a exceção de pré-
executividade deveria ser aceita pelo juiz.
A alternativa B está errada porque não há formalidade nesta medida, e a Letra C está errada porque a
exceção de pré-executividade pode ser oposta a qualquer tempo.
Gabarito: Letra D
24. FCC/PGE-SP-Procurador/2012
Nos termos do disposto na Lei de Execução Fiscal - Lei no 6.830/80, é INCORRETO afirmar:
a) Podem ser cobrados créditos de natureza não tributária.
b) O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e
encargos indicados na certidão da dívida ativa ou garantir a execução.
c) O devedor citado somente poderá oferecer defesa mediante garantia do juízo.
d) Faculta-se ao credor a substituição dos bens penhorados por qualquer outro, em qualquer fase do
processo e, ao executado, tão somente a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança
bancária.
e) Dependendo do valor da causa, o recurso interposto pelo fisco contra a procedência de embargos à
execução poderá ser analisado tão somente pelo mesmo juiz prolator da sentença.
Comentário:
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Alternativa A: A Lei de Execução Fiscal se aplica á cobrança de créditos de natureza tributária e não tributária.
Alternativa correta.
Alternativa C: De fato, a defesa mediante embargos só pode ocorrer após a garantia da execução. Ocorre
que o devedor também pode opor a exceção de pré-executividade, independentemente de garantia do juízo.
Mas o enunciado desta questão solicitou a resposta nos termos da Lei 6.830/80. Portanto, cuidado!
Alternativa correta.
Alternativa D: De fato, ao credor é facultado, em qualquer fase do processo, a substituição dos bens
penhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no art. 11, bem como o reforço da
penhora insuficiente. Ao executado, cabe a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança
bancária ou seguro garantia (esta última não consta na redação da alternativa, por ser inovação legislativa,
ocorrida em 2014). Alternativa correta.
Alternativa E: Vimos que, da sentença que julgar procedente os embargos do executado, será incabível a
apelação nos casos de execução fiscal de valor inferior a 50 ORTN (Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional). É o que consta no art. 34, da LEF, já considerado constitucional pelo STF. Desse modo, só se
admitirão embargos infringentes e de declaração, julgados pelo próprio juiz que proferiu a decisão.
Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
25. FCC/TJ-AP/Juiz/2009
Na execução fiscal, se houver decorrido o prazo prescricional a partir da decisão que ordenar o arquivamento
dos autos, o juiz poderá, depois de ouvida a Fazenda Pública, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente
e decretá-la de imediato.
Comentário: De fato, atualmente, a prescrição intercorrente pode ser decretada de ofício pelo juiz, depois
de ouvida a Fazenda Pública.
Gabarito: Correta
26. FCC/TRT-CE-Analista/2009
Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de quinze dias,
designando, em seguida, se o caso, audiência de instrução e julgamento.
Comentário: Na verdade, o prazo para a Fazenda apresentar impugnação contra os embargos do executado
é de 30 dias, e não 15, como informado na questão. Portanto, a questão está errada.
Gabarito: Errada
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II Mesmo após a apresentação dos embargos do executado, o juiz pode deferir-lhe pedido para substituir a
penhora de veículos por seguro garantia.
III A cobrança de dívida não tributária que tenha sido inscrita em dívida ativa por autarquia estadual não se
pode dar por meio do rito da execução fiscal.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e II estão certos.
b) Apenas os itens I e III estão certos.
c) Apenas os itens II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.
Comentário:
Item I: De acordo com a Lei 6.830/1980, realmente, a inscrição em dívida ativa feita pelo órgão competente
suspenderá a prescrição por cento e oitenta dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer
antes de findo aquele prazo. Item correto.
Item II: Conforme estabelece o art. 15, da Lei 6.830/1980, em qualquer fase do processo, será deferida pelo
Juiz ao executado, a substituição da penhora por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia.
Item correto.
Item III: A execução fiscal de dívida ativa não tributária inscrita por autarquia pode ser por meio da execução
fiscal. Item errado.
Gabarito: Letra A
Comentário: De acordo com o art. 9º, da Lei 6.830/1980, a garantia da execução abrange o valor da dívida,
juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa.
Gabarito: Correta
29. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
A garantia integral do crédito tributário é condição específica de procedibilidade para os embargos à
execução fiscal, ensejando a extinção liminar da ação quando constatada a insuficiência da constrição
judicial.
Comentário: Vimos que o entendimento do STJ (REsp 79.097/SP) é o de que se o executado não possui
condições de efetuar a penhora no valor integral, ou seja, se o valor dos bens penhoráveis é inferior ao da
execução, não tem seu direito aos embargos restringido.
Gabarito: Errada
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30. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O efeito da medida cautelar fiscal é a indisponibilidade patrimonial do sujeito passivo em consequência de
crédito tributário constituído, ainda que não definitivamente, uma vez que pode ser proposta durante a fase
administrativa de impugnação do lançamento.
Comentário: A medida cautelar fiscal está prevista na Lei 8.397/92 como uma ação judicial a ser interposta
pela Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, visando tornar
indisponíveis os bens do devedor para garantia do crédito tributário. Com vimos durante a aula, trata-se de
ação que pode ser proposta ainda durante a discussão do crédito tributário na via administrativa, como
garantia do crédito tributário. Assim, a questão está correta.
Gabarito: Correta
31. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
A penhora não poderá recair, em nenhuma hipótese, sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola.
Comentário: De acordo com o art. 11, § 1º, da Lei 6.830/80, excepcionalmente, a penhora poderá recair
sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em
construção.
Gabarito: Errada
32. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
A produção de provas pela fazenda pública depende de requerimento na petição inicial.
Comentário: De acordo com o art. 6º, § 3º, da Lei 6.830/80, a produção de provas pela Fazenda Pública
independe de requerimento na petição inicial.
Gabarito: Errada
33. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Comentário: De acordo com o art. 16, § 1º, não são admissíveis embargos do executado antes de garantida
a execução.
Gabarito: Errada
34. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: na execução fiscal, a dívida
executada, definida, exclusivamente, como tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora;
a dívida não tributária não integra a dívida ativa da fazenda pública.
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Comentário: O erro da questão está em dizer que a dívida não tributária não integra a dívida ativa da fazenda
pública. De acordo com o art. 2º, § 2º, da LEF, a Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária
e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei
ou contrato. Sendo assim, a questão está errada.
Gabarito: Errada
35. CESPE/DPE-RO/2012
Parcelado regularmente o crédito tributário, não pode a fazenda pública propor execução fiscal, dada a
consequente suspensão da exigibilidade do referido crédito.
Comentário: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário, com o próprio nome diz, impede que o Fisco
promova a ação de execução fiscal, enquanto estiver suspenso. Não podemos esquecer que o parcelamento
é uma das causas suspensivas.
Gabarito: Correta
36. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: O prazo para a substituição da
certidão de dívida ativa prescreve na data de citação do executado.
Comentário: O prazo para substituição da certidão de dívida ativa é a decisão de primeira instância.
Gabarito: Errada
37. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: A citação, na execução fiscal, deve
ser feita, obrigatoriamente, por oficial de justiça, não havendo previsão de citação pelo correio.
Comentário: A citação em execução fiscal pode ser feita por oficial de justiça, por correio ou mesmo por
edital.
Gabarito: Errada
Comentário: De fato, a data em que a dívida foi inscrita na Dívida Ativa da Fazenda Pública é um dos itens
que deve constar obrigatoriamente no termo de inscrição. Caso não conste, trata-se de causa de nulidade
da inscrição, podendo ser sanada mediante a substituição da certidão nula, até a decisão de primeira
instância.
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Gabarito: Errada
39. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
A inscrição do crédito tributário na dívida ativa e a consequente expedição da certidão é pressuposto para a
cobrança por meio de execução fiscal.
Comentário: Realmente, a inscrição do crédito na dívida ativa e a expedição da CDA é pressuposto para o
ajuizamento da ação de execução fiscal, pois é necessário a posse do o título executivo extrajudicial (CDA).
Gabarito: Correta
40. CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011
Após apurar o ICMS devido em razão das notas fiscais de entrada e saída de mercadoria, determinado
contribuinte declarou ao fisco o montante do imposto devido. Caso não seja recolhido valor devido, o fisco
deverá promover o lançamento tributário para viabilizar a execução fiscal.
Comentário: A declaração prestada pelo sujeito passivo reconhecendo a dívida constitui o crédito tributário,
independentemente de qualquer outra providência do fisco. Sendo assim, não é necessário promover o
lançamento para viabilizar a execução fiscal, mas tão somente a inscrição do crédito tributário em dívida
ativa.
Gabarito: Errada
41. CESPE/PGE-Procurador-PI/2008
Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito de natureza tributária regularmente inscrita, cujo
prazo para pagamento esteja esgotado.
Comentário: A dívida ativa tributária provém do crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa, por
não ter sido pago no prazo. Lembre-se de que nem toda dívida ativa é de natureza tributária.
Gabarito: Correta
42. CESPE/TRF5/2005
Em relação às Execuções Fiscais, segundo o entendimento atualmente dominante no STJ, é cabível a
apresentação, pelo executado, de Exceção de Pré-Executividade para arguir a ocorrência de prescrição,
desde que possível a analise de plano desta, independente de dilação probatória.
Comentário: Como vimos, é possível ao executado ajuizar exceção de pré-executividade diante de execução
de crédito tributário prescrito, desde que, evidentemente, não haja dilação probatória.
Gabarito: Correta
43. CESPE/TRF5/2005
Na Execução Fiscal, o prazo de trinta dias para oposição dos Embargos do Devedor conta-se da intimação
pessoal do representante legal da devedora, com expressa advertência quanto ao prazo, e não da juntada
aos autos do respectivo mandado.
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Comentário: De fato, na Execução Fiscal, o executado possui o prazo de 30 dias para opor Embargos,
contando-se tal prazo do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou da intimação da penhora.
Gabarito: Correta
44. CESPE/TRF5/2006
Consoante jurisprudência pacificada, se, em determinada Execução Fiscal, a União não conseguiu localizar
bens penhoráveis, o processo ficará suspenso por cinco anos, após o que será considerada ocorrida a
prescrição quinquenal intercorrente.
Comentário: O processo fica suspenso apenas por um ano. Findo tal prazo o juiz ordenará o arquivamento
dos autos, hipótese em que continua a contagem do prazo de prescrição intercorrente.
Gabarito: Errada
45. FUNDATEC/PGM-POA-Procurador/2016
Segundo a Lei nº 6.830/1980, assinale a alternativa correta.
a) A inscrição em Dívida Ativa da Fazenda Pública definida como tributária ou não tributária se constitui no
ato de controle judicial da legalidade.
b) O número da carteira de identidade do sujeito passivo não está previsto como elemento obrigatório para
constar no Termo de Inscrição de Dívida Ativa.
c) Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado.
d) Na execução fiscal, o juiz não poderá, de ofício ou provocado pelo devedor, reconhecer a prescrição
intercorrente.
e) A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou habilitação
em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento, nem se submete ao concurso de preferência
entre pessoas jurídicas de qualquer natureza.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com o art. 2º, § 3º, da Lei 6.830/80, a inscrição em Dívida Ativa da Fazenda Pública
definida como tributária ou não tributária se constitui no ato de controle administrativo da legalidade.
Alternativa errada.
Alternativa B: Os elementos obrigatórios para constar no Termo de Inscrição de Dívida Ativa foram previstos
no art. 2º, § 5º, da Lei 6.830/80, não constando nesta relação o número da carteira de identidade do sujeito
passivo. Alternativa correta.
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Alternativa C: Conforme estabelece o art. 20, da Lei 6.830/80, na execução por carta, os embargos do
executado serão oferecidos no Juízo deprecado, que os remeterá ao Juízo deprecante, para instrução e
julgamento. Alternativa errada.
Alternativa D: De acordo com o art. 40, § 4º, da Lei 6.830/80, quando não for localizado o devedor ou
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, após a suspensão do curso da execução pelo prazo
de um ano, o juiz ordenará o arquivamento dos autos. Caso já tenha decorrido o prazo prescricional, o juiz,
depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de
imediato. Alternativa errada.
Alternativa E: A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou
habilitação em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento, mas há concurso de preferência
entre pessoas jurídicas de direito público. É o que se extrai da redação do art. 29, da Lei 6.830/80. Alternativa
errada.
Gabarito: Letra B
46. ESAF/PGFN/2015
De acordo com a Lei de Execução Fiscal:
a) o prazo para substituição da certidão de dívida ativa caduca na data de citação do executado.
b) a dívida ativa executada, exclusivamente tributária, abrange atualização monetária, juros e multa; a dívida
não tributária não se sujeita ao rito especial da Lei n. 6.830/80.
c) os embargos na execução fiscal independem de garantia da execução e, em regra, não têm efeito
suspensivo, salvo comprovação, pelo executado, de risco de dano irreparável ou de difícil reparação, por
aplicação subsidiária do CPC.
d) a citação deve ser feita obrigatoriamente por oficial de justiça.
e) a intimação da penhora é feita por publicação na imprensa oficial do ato de juntada do termo ou auto de
penhora, sendo também admitida a intimação pessoal ou por via postal.
Comentário:
Alternativa A: De acordo com a Súmula 392, do STJ, a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida
ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou
formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. Alternativa errada.
Alternativa B: A Dívida Ativa da Fazenda Pública abrange tanto os créditos tributários como os créditos não
tributários, abrangendo também a correção monetária, os juros, as multas e os demais encargos legais ou
contratuais. Alternativa errada.
Alternativa C: Conforme estabelece o art. 16, § 1º, da LEF, os embargos na execução fiscal não são
admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. Alternativa errada.
Alternativa D: A citação pode ocorrer nas várias modalidades previstas no art. 8º, da LEF, como correio, por
exemplo. Alternativa errada.
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Alternativa E: De acordo com o art. 12, da LEF, na execução fiscal, far-se-á a intimação da penhora ao
executado, mediante publicação, no órgão oficial, do ato de juntada do termo ou do auto de penhora.
Alternativa correta.
Gabarito: Letra E
47. ESAF/PGFN/2015
Sobre a Execução Fiscal, é correto afirmar:
a) a substituição da penhora pelo executado, por bens de valor equivalente ao constrito, não depende de
anuência da Fazenda Pública.
b) efetuado o pagamento integral da dívida executada, a penhora não poderá ser liberada se houver outra
execução pendente.
c) a execução fiscal é meio idôneo para a cobrança judicial de dívida que teve origem em fraude relacionada
com a concessão de benefício previdenciário.
d) a pendência de recurso administrativo não inviabiliza o ajuizamento da execução fiscal.
e) o despacho do juiz que ordena a citação interrompe a prescrição, gerando efeitos a partir da sua prolação.
Comentário:
Alternativa A: Quanto a este assunto, o STJ (REsp 1.377.626/RJ) já decidiu que a substituição da penhora é
direito do devedor, que poderá obtê-la em qualquer fase do processo e independentemente da anuência do
credor, apenas nos casos do art. 15, I (substituição por depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro
garantia). Fora desses casos, o direito à substituição permanece, porém condicionado à concordância da
Fazenda Pública. Portanto, a alternativa está errada.
Alternativa B: O STJ (REsp 1.319.171) também já decidiu, na linha do que consta no art. 53, da Lei 8.212/91,
ainda que diante de pagamento integral, logo após a citação, os bens penhorados liminarmente não devem
ser liberados, caso haja outras execuções pendentes. Alternativa correta.
Alternativa C: A execução fiscal não é meio idôneo para a cobrança judicial de dívida que teve origem em
fraude relacionada com a concessão de benefício previdenciário. Neste caso, a via adequada é a ação de
cobrança por enriquecimento sem causa. Alternativa errada.
Alternativa D: Se há pendência de recurso administrativo, o crédito tributário ainda não foi definitivamente
constituído, encontrando-se suspenso, nos termos do art. 151, III, até a decisão final no âmbito
administrativo. Assim, não se deu por iniciado o prazo prescricional, não havendo que se falar em
ajuizamento da ação fiscal. Alternativa errada.
Alternativa E: O prazo é realmente interrompido, conforme consta no art. 174, par. único, I, do CTN, mas os
efeitos retroagem à data do ajuizamento da ação, conforme prevê o art. 240, §1º, do CPC. Alternativa errada.
Gabarito: Letra B
48. ESAF/PGFN/2012
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Tendo em vista que a execução fiscal se submete a um procedimento especial regulado pela Lei n. 6.830/80,
a ela não se aplicam as últimas reformas processuais que alteraram substancialmente a execução de títulos
executivos extrajudiciais regrada pelo Código de Processo Civil.
Comentário: A execução fiscal toma como base a LEF e, subsidiariamente, o Código de Processo Civil.
Alterações no CPC, relativas a execução de títulos executivos extrajudiciais, interferem na execução fiscal,
haja vista que a Certidão de Dívida Ativa é um título executivo extrajudicial.
Gabarito: Errada
Comentário: De acordo com o art. 8°, da LEF, o executado citado possui prazo de 05 dias, e não apenas 03,
para pagar a dívida ou garantir a execução fiscal, oferecendo bens à penhora ou mesmo oferecendo outras
garantias, como o seguro garantia, previsto com a Lei 13.043/2014, por exemplo.
Gabarito: Errada
Comentário: Como vimos, com o arquivamento do processo, um anos após a suspensão da execução fiscal,
pelo fato de o executado não possuir bens penhoráveis ou não ser localizado, retoma-se a contagem do
prazo prescricional, findo o qual o Juiz, após ouvir a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a
prescrição intercorrente e decretá-la de imediato, extinguindo o processo, com base no inciso IV, do art. 269,
do CPC.
Gabarito: Errada
51. ESAF/PGFN/2012
Diferentemente do regime geral regrado no Código de Processo Civil, a Lei de Execução Fiscal não admite o
ajuizamento de embargos do executado antes de garantida a execução.
Comentário: De fato, a LEF não admite o ajuizamento de embargos do executado antes de garantida a
execução.
Gabarito: Correta
52. ESAF/PROCURADOR-DF/2007
Opostos e recebidos os Embargos à Execução Fiscal, a Fazenda Pública é intimada para oferecer a respectiva
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, podendo o magistrado designar, em seguida, audiência de instrução
e julgamento.
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Comentário: De acordo com o art. 17, da LEF, recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda,
para impugná-los no prazo de 30 dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
Gabarito: Correta
53. INÉDITA
Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei à União, aos Estados, ao Distrito Federal e às respectivas
autarquias, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
Comentário: Trata-se da literalidade do art. 2º, § 1º, da LEF. A questão, portanto, está correta.
Gabarito: Correta
54. INÉDITA
A Certidão de Dívida Ativa constitui título executivo judicial.
Comentário: Conforme dispõe o art. 585 do CPC, a CDA é título executivo extrajudicial, e não judicial, como
foi dito.
Gabarito: Errada
55. INÉDITA
São requisitos para a propositura de ação de execução fiscal: inadimplemento do devedor e existência de
título executivo.
Comentário: De fato, conforme o Código de Processo Civil, os requisitos para o ajuizamento da ação de
execução fiscal são o inadimplemento do devedor e a existência de título executivo.
Gabarito: Correta
Comentário: Realmente, o executado possui o prazo de 30 dias para opor embargos à execução, contando-
se tal prazo do depósito, da juntada da prova da fiança bancária ou da intimação da penhora.
Gabarito: Correta
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2. VUNESP/DESENVOLVESP-Advogado/2014
Encontra previsão expressa no procedimento que rege a execução fiscal:
a) a exceção de pré-executividade.
b) a prescrição intercorrente.
c) a presunção absoluta de liquidez e certeza da Dívida Ativa regularmente inscrita.
d) a denúncia espontânea.
e) a impenhorabilidade de plantações.
3. VUNESP/MPE-ES-Promotor de Justiça/2013
De acordo com a Lei de Execução Fiscal, à Dívida Ativa da Fazenda Pública, de qualquer natureza, aplicam-se
as normas relativas à responsabilidade prevista na legislação tributária,
a) administrativa e financeira.
b) civil e penal
c) administrativa e penal
d) civil e comercial
e) financeira e orçamentária
4. VUNESP/TJ-RJ-Juiz/2011
A medida cautelar fiscal será requerida ao juiz competente para a execução judicial da Dívida Ativa da
Fazenda Pública. Sobre a referida medida, é correto afirmar que
a) se a execução judicial estiver em Tribunal, será competente o relator do recurso.
b) a Fazenda Pública pleiteará a medida cautelar fiscal em petição devidamente fundamentada na qual será
dispensada a indicação das provas que serão produzidas.
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c) quando concedida em procedimento preparatório, deverá a Fazenda Pública propor a execução judicial
da Dívida Ativa no prazo de 180 dias, contados da data em que a exigência se tornar irrecorrível na esfera
administrativa.
d) cessará a eficácia da medida cautelar fiscal se não for executada dentro de 60 dias, podendo a Fazenda
Pública repetir o pedido pelo mesmo fundamento.
5. VUNESP/Câmara Municipal-Barretos-SP-Advogado/2017
De acordo com o Código Tributário Nacional, o direito de pleitear a restituição de tributo indevido ou maior
que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido pago espontaneamente extingue-se com o decurso do prazo de
a) cinco anos, contados da decisão administrativa que denegar a restituição.
b) dois anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
c) um ano, contado da data da extinção do crédito tributário.
d) dez anos, contados da decisão administrativa que denegar a restituição.
e) cinco anos, contados da data da extinção do crédito tributário.
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d) a medida cautelar fiscal será requerida ao Juiz competente para a execução judicial da Dívida Ativa da
Fazenda Pública e não poderá ser requerida se a execução judicial estiver em Tribunal.
e) salvo decisão em contrário, a medida cautelar fiscal conservará sua eficácia durante o período de
suspensão do crédito tributário ou não tributário.
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c) 1 (um) ano a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição do pagamento indevido.
d) 3 (três) anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição do pagamento
indevido.
e) 10 (dez) anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição do pagamento
indevido.
14. VUNESP/IPSMI-Procurador/2016
No processo de execução fiscal,
a) será admitida a reconvenção, a compensação e as exceções, inclusive as de suspeição, incompetência e
impedimentos, que serão arguidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os
embargos.
b) recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda para impugná-los no prazo de 60 (sessenta)
dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
c) não sendo embargada ou sendo rejeitados os embargos, no caso de garantia prestada por terceiro, será
este intimado, sob pena de contra ele prosseguir a execução nos próprios autos, para, no prazo de 15 (quinze)
dias, remir o bem, se a garantia for real.
d) a Fazenda Pública não poderá adjudicar os bens penhorados antes do leilão, pelo preço da avaliação, se a
execução não for embargada ou se rejeitados os embargos.
e) se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz,
independentemente da manifestação da Fazenda Pública, deverá, de ofício, reconhecer a prescrição
intercorrente e decretá-la de imediato.
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a) mandado de segurança.
b) agravo de instrumento.
c) apelação.
d) embargos infringentes.
e) recurso especial.
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20. FCC/PGE-MA-Procurador/2016
A respeito da penhora, a Lei das Execuções Fiscais (Lei no 6.830/1980) determina:
a) São impenhoráveis direitos e ações.
b) Deverá ser penhorado em primeiro lugar pedras e metais preciosos e, em segundo lugar, dinheiro.
c) A penhora efetuada em dinheiro não poderá ser convertida no depósito.
d) Somente na fase final do processo, o Juiz ordenará de ofício a remoção do bem penhorado para depósito
judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente.
e) Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem
como em plantações ou edifícios em construção.
21. FCC/PGE-MT-Procurador/2016
O depósito prévio previsto no art. 38, da LEF − Lei de Execução Fiscal, constitui condição de procedibilidade
da ação anulatória de débito fiscal.
23. FCC/PGE-SP-Procurador/2012
Ao ser citado para responder à execução fiscal, no dia 10/10/11, diante da inexistência de bens para oferecer
à penhora, “Cicrano”, por seu advogado, no dia 10/01/12, por simples petição, sem a observância dos
requisitos de uma petição inicial, interpôs exceção de pré-executividade. Seu principal argumento reside em
prova testemunhal que seria capaz de atestar a não realização de determinada operação comercial tributada.
Ao final da petição de exceção, postulou pela produção de prova oral e ofertou o rol de testemunhas. A
exceção foi encaminhada ao juízo competente. Diante desse contexto, observando a doutrina e a
jurisprudência majoritárias, a exceção deve ser
a) recebida e, após a oitiva das testemunhas, deve ser julgada.
b) rejeitada, já que desrespeitou os requisitos de uma petição inicial.
c) rejeitada, já que foi oposta intempestivamente.
d) rejeitada, já que é inadmissível a dilação probatória no rito de tal instrumento processual.
e) recebida e processada nos moldes dos embargos à execução fiscal, regulados pela Lei no 6.830/80.
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24. FCC/PGE-SP-Procurador/2012
Nos termos do disposto na Lei de Execução Fiscal - Lei no 6.830/80, é INCORRETO afirmar:
a) Podem ser cobrados créditos de natureza não tributária.
b) O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, pagar a dívida com os juros e multa de mora e
encargos indicados na certidão da dívida ativa ou garantir a execução.
c) O devedor citado somente poderá oferecer defesa mediante garantia do juízo.
d) Faculta-se ao credor a substituição dos bens penhorados por qualquer outro, em qualquer fase do
processo e, ao executado, tão somente a substituição da penhora por depósito em dinheiro ou fiança
bancária.
e) Dependendo do valor da causa, o recurso interposto pelo fisco contra a procedência de embargos à
execução poderá ser analisado tão somente pelo mesmo juiz prolator da sentença.
25. FCC/TJ-AP/Juiz/2009
Na execução fiscal, se houver decorrido o prazo prescricional a partir da decisão que ordenar o arquivamento
dos autos, o juiz poderá, depois de ouvida a Fazenda Pública, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente
e decretá-la de imediato.
26. FCC/TRT-CE-Analista/2009
Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de quinze dias,
designando, em seguida, se o caso, audiência de instrução e julgamento.
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29. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
A garantia integral do crédito tributário é condição específica de procedibilidade para os embargos à
execução fiscal, ensejando a extinção liminar da ação quando constatada a insuficiência da constrição
judicial.
30. CESPE/PGM-Fortaleza-Procurador/2017
O efeito da medida cautelar fiscal é a indisponibilidade patrimonial do sujeito passivo em consequência de
crédito tributário constituído, ainda que não definitivamente, uma vez que pode ser proposta durante a fase
administrativa de impugnação do lançamento.
31. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
A penhora não poderá recair, em nenhuma hipótese, sobre estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola.
32. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
A produção de provas pela fazenda pública depende de requerimento na petição inicial.
33. CESPE/PC-PE-Delegado/2016
Os embargos do devedor na fase de execução fiscal prescindem de garantia à execução.
34. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: na execução fiscal, a dívida
executada, definida, exclusivamente, como tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora;
a dívida não tributária não integra a dívida ativa da fazenda pública.
35. CESPE/DPE-RO/2012
Parcelado regularmente o crédito tributário, não pode a fazenda pública propor execução fiscal, dada a
consequente suspensão da exigibilidade do referido crédito.
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36. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: O prazo para a substituição da
certidão de dívida ativa prescreve na data de citação do executado.
37. CESPE/PROMOTOR-MP-PI/2012-Adaptada
Com base no que dispõe a Lei n.º 6.830/1980, julgue a assertiva a seguir: A citação, na execução fiscal, deve
ser feita, obrigatoriamente, por oficial de justiça, não havendo previsão de citação pelo correio.
39. CESPE/JUIZ-TJ-PB/2011
A inscrição do crédito tributário na dívida ativa e a consequente expedição da certidão é pressuposto para a
cobrança por meio de execução fiscal.
40. CESPE/PROMOTOR-MP-RR/2011
Após apurar o ICMS devido em razão das notas fiscais de entrada e saída de mercadoria, determinado
contribuinte declarou ao fisco o montante do imposto devido. Caso não seja recolhido valor devido, o fisco
deverá promover o lançamento tributário para viabilizar a execução fiscal.
41. CESPE/PGE-Procurador-PI/2008
Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito de natureza tributária regularmente inscrita, cujo
prazo para pagamento esteja esgotado.
42. CESPE/TRF5/2005
Em relação às Execuções Fiscais, segundo o entendimento atualmente dominante no STJ, é cabível a
apresentação, pelo executado, de Exceção de Pré-Executividade para arguir a ocorrência de prescrição,
desde que possível a analise de plano desta, independente de dilação probatória.
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43. CESPE/TRF5/2005
Na Execução Fiscal, o prazo de trinta dias para oposição dos Embargos do Devedor conta-se da intimação
pessoal do representante legal da devedora, com expressa advertência quanto ao prazo, e não da juntada
aos autos do respectivo mandado.
44. CESPE/TRF5/2006
Consoante jurisprudência pacificada, se, em determinada Execução Fiscal, a União não conseguiu localizar
bens penhoráveis, o processo ficará suspenso por cinco anos, após o que será considerada ocorrida a
prescrição quinquenal intercorrente.
45. FUNDATEC/PGM-POA-Procurador/2016
Segundo a Lei nº 6.830/1980, assinale a alternativa correta.
a) A inscrição em Dívida Ativa da Fazenda Pública definida como tributária ou não tributária se constitui no
ato de controle judicial da legalidade.
b) O número da carteira de identidade do sujeito passivo não está previsto como elemento obrigatório para
constar no Termo de Inscrição de Dívida Ativa.
c) Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado.
d) Na execução fiscal, o juiz não poderá, de ofício ou provocado pelo devedor, reconhecer a prescrição
intercorrente.
e) A cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública não é sujeita a concurso de credores ou habilitação
em falência, concordata, liquidação, inventário ou arrolamento, nem se submete ao concurso de preferência
entre pessoas jurídicas de qualquer natureza.
46. ESAF/PGFN/2015
De acordo com a Lei de Execução Fiscal:
a) o prazo para substituição da certidão de dívida ativa caduca na data de citação do executado.
b) a dívida ativa executada, exclusivamente tributária, abrange atualização monetária, juros e multa; a dívida
não tributária não se sujeita ao rito especial da Lei n. 6.830/80.
c) os embargos na execução fiscal independem de garantia da execução e, em regra, não têm efeito
suspensivo, salvo comprovação, pelo executado, de risco de dano irreparável ou de difícil reparação, por
aplicação subsidiária do CPC.
d) a citação deve ser feita obrigatoriamente por oficial de justiça.
e) a intimação da penhora é feita por publicação na imprensa oficial do ato de juntada do termo ou auto de
penhora, sendo também admitida a intimação pessoal ou por via postal.
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47. ESAF/PGFN/2015
Sobre a Execução Fiscal, é correto afirmar:
a) a substituição da penhora pelo executado, por bens de valor equivalente ao constrito, não depende de
anuência da Fazenda Pública.
b) efetuado o pagamento integral da dívida executada, a penhora não poderá ser liberada se houver outra
execução pendente.
c) a execução fiscal é meio idôneo para a cobrança judicial de dívida que teve origem em fraude relacionada
com a concessão de benefício previdenciário.
d) a pendência de recurso administrativo não inviabiliza o ajuizamento da execução fiscal.
e) o despacho do juiz que ordena a citação interrompe a prescrição, gerando efeitos a partir da sua prolação.
48. ESAF/PGFN/2012
Tendo em vista que a execução fiscal se submete a um procedimento especial regulado pela Lei n. 6.830/80,
a ela não se aplicam as últimas reformas processuais que alteraram substancialmente a execução de títulos
executivos extrajudiciais regrada pelo Código de Processo Civil.
51. ESAF/PGFN/2012
Diferentemente do regime geral regrado no Código de Processo Civil, a Lei de Execução Fiscal não admite o
ajuizamento de embargos do executado antes de garantida a execução.
52. ESAF/PROCURADOR-DF/2007
Opostos e recebidos os Embargos à Execução Fiscal, a Fazenda Pública é intimada para oferecer a respectiva
impugnação no prazo de 30 (trinta) dias, podendo o magistrado designar, em seguida, audiência de instrução
e julgamento.
53. INÉDITA
Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei à União, aos Estados, ao Distrito Federal e às respectivas
autarquias, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública.
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54. INÉDITA
A Certidão de Dívida Ativa constitui título executivo judicial.
55. INÉDITA
São requisitos para a propositura de ação de execução fiscal: inadimplemento do devedor e existência de
título executivo.
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1. A 20. E 39. C
2. B 21. E 40. E
3. D 22. C 41. C
4. A 23. D 42. C
5. E 24. B 43. C
6. E 25. C 44. E
7. D 26. E 45. B
8. E 27. A 46. E
9. D 28. C 47. B
10. E 29. E 48. E
11. A 30. C 49. E
12. E 31. E 50. E
13. B 32. E 51. C
14. C 33. E 52. C
15. B 34. E 53. C
16. D 35. C 54. E
17. C 36. E 55. C
18. A 37. E 56. C
19. B 38. E
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