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Eduardo Da Rocha
SEFAZ-AC - Legislação Tributária do
Estado do Acre - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Eduardo Da Rocha, Fábio Dutra,
Rafael Rocha (Caverna) , Equipe
Legislação Específica Estratégia
Concursos
15 de Janeiro de 2024
Sumário
1 – Não cumulatividade.................................................................................................................................. 3
4 – Vedações ao Crédito................................................................................................................................. 8
8 – Pagamento .............................................................................................................................................. 21
10 – Fiscalização .......................................................................................................................................... 28
Gabarito ............................................................................................................................................................ 84
INTRODUÇÃO
E aí, pessoal!? Tudo certo? Chegamos a nossa aula 07! Já vimos bastante coisa, hein?
Hoje vamos falar um pouco dos créditos e apuração do ICMS. Não se esqueçam que estou disponível no
fórum para tirar dúvidas.
1 – Não cumulatividade
Art. 31. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação, com o montante cobrado nas anteriores, pelo Estado
do Acre Federal ou por outra unidade federada.
Art. 32. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito
passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que
tenha resultado a entrada, real ou simbólica, de bem ou mercadoria no estabelecimento,
inclusive se destinados ao seu uso, consumo ou ativo permanente, ou o recebimento de
serviço de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação.
A não cumulatividade é o mais importante atributo do ICMS. Tanto é verdade que se classifica como uma
garantia constitucional, enxerta no § 2º do art. 155 e reafirmada pelo art. 31 da lei 55/97.
Peço encarecidamente que não confunda imposto cobrado com imposto pago. Não importa se o remetente
pagou ou não o ICMS, não importa se a operação é interna ou interestadual, destinada a contribuinte ou
não: a não cumulatividade é um princípio constitucional e deve ser respeitado, inclusive nos casos de
substituição tributária e diferencial de alíquotas.
Repare que a LC 55/97 trouxe também possibilidade de creditamento sobre as entradas de mercadorias
destinadas ao uso/consumo ou ao ativo permanente. Entretanto, veremos adiante que, assim como trazido
na lei Kandir, certos limites devem ser respeitados.
Art. 31. Parágrafo único. Considera-se não cobrada e ineficaz para efeitos da compensação
de que trata este artigo, a parcela do imposto decorrente de aquisição interestadual de
mercadorias ou serviços, quando, em desacordo com o que dispõe a Lei Complementar
n.º 24, de 7 de janeiro de 1975, for concedido, pela unidade federada do remetente ou
prestador, qualquer benefício ou incentivo fiscal de que resulte exoneração ou devolução
do imposto, total ou parcial, condicionada ou incondicionadamente.
A guerra fiscal é um assunto sempre presente quando o tema é ICMS. Existem Estados que em determinados
momentos efetuam a devolução do imposto pago (ou parte dele) ao contribuinte ou concedem qualquer
outro benefício fiscal em desacordo com a lei complementar 24/75. Se em uma operação interestadual o
contribuinte destaca R$ 5.000 de ICMS, o normal é que o destinatário se credite desse valor. Entretanto, nos
casos em que de alguma forma haja um benefício fiscal concedido à revelia do CONFAZ, não será permitido
o creditamento pelo destinatário. Um exemplo? O remetente destacar R$ 5.000, mas o estado de origem
conceder 90% de crédito presumido sem autorização do CONFAZ.
Art. 33. O direito ao crédito, para efeito de compensação com o débito do imposto
declarado pelo contribuinte, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido bens ou
mercadorias ou para o qual tenham sido prestados serviços, se condiciona à idoneidade
da documentação fiscal respectiva e, nos termos do regulamento, à sua escrituração.
Vimos no estudo da lei Kandir que somente documentos idôneos podem gerar crédito tributário. Intuitivo,
não é? Não se pode escrever uma nota fiscal em um papel de pão e creditar-se do imposto ali destacado.
Também não há possibilidade de creditamento se o documento fiscal emitido não for o exigido pela
legislação. Assim, se o contribuinte A remete mercadorias para B e emite um Conhecimento de Transporte,
ao invés de uma NF-e, B não poderá se creditar.
Será que o crédito fiscal é eterno? Posso escriturar a qualquer tempo? Não. A legislação prevê o prazo de 5
anos contados da emissão do documento fiscal que originou o crédito. Não é a data de entrada da
mercadoria, não é a data de venda, não é a data de nada a não ser a de emissão do documento fiscal!
Ademais, além da nota fiscal ser idônea e estar acobertando a operação, para haver o creditamento faz-se
necessário que o destinatário descrito na nota seja o mesmo onde se dê a entrada da mercadoria. No caso
de escrituração de crédito indevida o Fisco deve glosá-lo, ou seja, desconsiderá-lo. Veja:
Exemplo 129) A empresa THOR, varejista do ramo de martelo localizada no Acre, creditou-se em 20/01/2023
de R$ 5.000 de ICMS. Em 10/05/2023, o auditor mais famoso do Brasil, o Dimulé, efetuou uma fiscalização
no estabelecimento da THOR e solicitou a documentação fiscal que deu origem a esse crédito. O gerente da
THOR mostrou uma nota fiscal que realmente continha o destaque de R$ 5.000, porém a nota estava
endereçada para a CLARK S/A. Tendo em vista que o documento fiscal indicava estabelecimento destinatário
diferente do recebedor da mercadoria o crédito foi glosado.
I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a
primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
III – para aplicação do disposto nos incisos I e II deste parágrafo, o montante do crédito a
ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator
igual a 1/48 (um quarenta e oito avos) da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período,
equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino
ao exterior ou as saídas de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos;
Como julgo esse assunto sobre crédito do ativo permanente (AP) de suma importância, apesar de já ter
explicado através de exemplo, irei colocar mais um para fixarmos o conteúdo. Antes de partir para o exemplo
relembre a fórmula do AP abaixo.
Exemplo 130) A empresa VUAD, fabricante do ramo de bermudas localizada em Rio Branco-AC, adquiriu em
01 de maio (em uma operação interna) uma máquina para corte de bermudas por R$ 400.000, mas por
questões logísticas tal máquina só deu entrada no estabelecimento da VUAD em 01 de junho. Supondo uma
alíquota de 20%, o ICMS destacado na nota fiscal foi de R$ 80.0000 (R$ 400.000 x 20%).
Crédito AP = R$ 1.250.
Gostaria que você prestasse muita atenção a isso: o creditamento se dá no mês em que ocorrer a entrada
no estabelecimento! Não é na data da compra, na data do desembaraço, na data do título do campeonato
do time da sua rua...Copiado?
Chamo ainda atenção para os casos em que a apuração não se dá mensalmente uma vez que a forma que
demonstrei pode ser usada apenas no caso em que o período de apuração seja mensal. Se um ano possui 12
meses e a legislação autoriza que se credite o ativo permanente por 4 anos então na fórmula entrará 1/48.
Se por um acaso a apuração for bimestral teremos apenas 6 apurações no ano e, portanto, 24 apurações
para se completar 4 anos, o que faz que a fração da fórmula seja 1/24. Se a apuração for quinzenal teremos
2 por mês, 24 por ano e 96 em 4 anos, o que nos traz uma fração de 1/96 para a fórmula.... Agora me
responda: e se a apuração for a cada dez dias? Teremos 3 por mês, 36 por ano e 144 em 4 anos e por isso
chegamos à fração 1/144, beleza?
Nossa legislação simplesmente copiou os mesmos dispositivos da lei Kandir referente ao crédito de
mercadoria para uso/consumo, energia elétrica e comunicações que vimos em aulas anteriores. Não
percamos tempo! Caso tenha dúvidas volte e reveja as explicações.
4 – Vedações ao Crédito
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
No que tange às vedações ao crédito, quase todos os dispositivos acima já foram estudados na lei Kandir.
Importante destacar o fato de nossa legislação ter elencado as presunções de serviços e mercadorias alheios
à atividade do estabelecimento além do previsto a lei Kandir. Na verdade, a lei Kandir citou apenas o
transporte de pessoal, mas deixou margem para que a legislação estadual elencasse novas situações.
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
O contribuinte pode optar, em detrimento à sistemática de débitos e créditos, por uma apuração mais
simples, onde aplica-se um percentual sobre o total de entradas tributadas ou sobre o total de saídas
tributadas. Caso realize essa opção, perde o direito ao cotejo crédito x débito.
Exemplo 131) A empresa CRF, em detrimento à apuração pelo cotejo de débitos e créditos, optou por um
regime de abatimento sobre o total de entradas tributadas. O percentual previsto em legislação era,
hipoteticamente, de 20%. No mês de maio, adquiriu R$ 100.000 em operações tributadas e R$ 40.000 em
operações não tributadas. Recolheu então R$ 20.000 a título de ICMS (20% x R$ 100.000). Repare que não
houve utilização de créditos por expressa vontade do contribuinte, que preferiu aderir à apuração por regime
diferenciado de apuração.
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
Como já dissemos, somente o documento fiscal idôneo dá direito a crédito do adquirente da mercadoria ou
do tomador do serviço.
Também não há que se falar em creditamento quando o valor não tiver destacado no documento fiscal. Ora,
se o adquirente olha para o documento fiscal e não vê nada de ICMS, não há por que se creditar. O mesmo
vale para os casos em que o ICMS está calculado de forma errônea, situação em que o creditamento é
vedado.
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
Outro dispositivo que já vimos. Para haver o creditamento faz-se necessário que o destinatário descrito na
nota seja o mesmo onde se dê a entrada da mercadoria.
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Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
A "antecipação com encerramento de fase" ou "antecipação com liberação" ocorre nos casos em que a
mercadoria não terá débito na futura saída, ou seja, o ICMS antecipado já é definitivo, ainda que ocorra uma
futura saída com valor diverso do que foi calculado antecipadamente. Por isso, como a mercadoria irá sair
liberada, ou seja, sem débito, não há que se falar em crédito do valor antecipado.
Se a mercadoria estiver inicialmente liberada do débito na saída, mas, posteriormente, mudar o seu " status",
com necessidade de tributação na saída, o contribuinte passará a poder se creditar do ICMS recolhido por
antecipação.
Imagina a cadeia formada por A, B, C e D. Imagine também que a legislação determina que A recolha o ICMS
de toda a cadeia. Quando C, por exemplo, der saída para D, não irá de debitar, uma vez que o ICMS já foi
recolhido de maneira antecipada por A. Assim, para que C irá se creditar quando receber a mercadoria de B
se quando vender para D não terá débito? Lembre-se que o crédito serve, em regra, para compensar com
débito. Se não há débito, não há que se falar, em regra, em crédito.
O crédito relativo à entrada de mercadorias para uso ou consumo só poderá ser utilizado a partir de 2033,
conforme vimos na lei Kandir e nesta aula. Mesmo assim esse crédito não será integral. De maneira similar
ao cálculo do ativo permanente, tanto a utilização de serviços quanto a aquisição de mercadoria para uso ou
consumo só darão direito a crédito de maneira proporcional às operações tributadas na saída. Vamos clarear
a ideia?
Exemplo 132) A empresa VUAD, fabricante do ramo de bermudas localizada no Acre, adquiriu em 01 de maio
(em uma operação interna) R$ 400.000 em mercadorias para uso e consumo. Supondo uma alíquota de 20%,
o ICMS destacado na nota fiscal foi de R$ 80.0000 (R$ 400.000 x 20%).
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De maneira semelhante ao crédito do ativo permanente, a VUAD só poderá se creditar do valor proporcional
à soma das saídas tributadas e das vendas para o exterior (não poderá se creditar de todo o ICMS destacado,
ou seja, R$ 80.000).
Como possui um total de vendas de R$ 2.000.000, não poderá se creditar do valor proporcional das vendas
não tributadas no país (R$ 500.000). Assim, dividindo R$ 500.000 por R$ 2.000.000 percebemos que há
vedação de 25% do crédito de entrada. 25% x R$ 80.000 = R$ 20.000. Ou seja, dos R$ 80.000 o contribuinte
não pode se creditar de R$ 20.000 e pode se creditar do restante, R$ 60.000. * Crédito a partir de 2033.
Exemplo 133) Tomando como base o exemplo anterior, suponha que os R$ 800.000 vendidos com tributação
dentro do país tenham recebido 60% de redução de base de cálculo. Perceba que de fato apenas R$ 320.000
(40% x R$ 800.000) foi realmente tributado e por isso veda-se o creditamento do material de uso ou consumo
do restante do valor, ou seja, R$ 480.000 (60% x R$ 800.000). Desta forma temos como vedação de
creditamento o valor de R$ 980.000 (R$ 480.000 + R$ 500.000, sendo esse último valor referente às vendas
não tributadas dentro do país).
Calculando temos R$ 980.000/R$ 2.000.000 = 49% de vedação de crédito. 49% x R$ 80.000 = R$ 39.200. Ou
seja, dos R$ 80.000 o contribuinte não pode se creditar de R$ 39.200 e pode se creditar do restante, R$
40.800. * Crédito a partir de 2033.
Art. 34. § 3º Operações tributadas posteriores à saída de que tratam os incisos III e IV do
caput deste artigo, permitem ao estabelecimento que as praticar, na forma que dispuser
o regulamento, creditar-se do imposto cobrado nas operações anteriores às isentas ou
não tributadas, sempre que a saída isenta ou não tributada seja relativa a produtos
agropecuários.
Lembra quando vimos a recuperação de créditos anteriores às operações isentas? Não? Rapaz....tem que
lembrar.... Vamos rever o exemplo trazido em aulas anteriores?
Exemplo 85) Conforme ilustração abaixo, uma loja vendeu produtos agropecuários por R$ 150 para uma
fábrica, incidindo ICMS no valor de R$ 15. A fábrica por sua vez vendeu por R$ 200 com isenção para uma
outra loja, não podendo se creditar dos R$ 15 pois sua operação de saída se deu amparada pela isenção. A
outra loja então vendeu com tributação de R$ 30 para o Da Rochinha. Em regra, não poderia a loja se creditar
dos R$ 15 do início da cadeia uma vez que o crédito ocorreu em uma fase anterior e a sua entrada se deu
por isenção. Entretanto, quis a lei Kandir que, quando se tratar de produtos agropecuários ou quando a lei
estadual assim autorizar, possa-se “buscar” o crédito de operações anteriores desde que a saída seja
tributada.
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“Beleza, Da Rocha, lembrei! Mas onde está a novidade?” A novidade é o fato de a nossa legislação propor
uma forma alternativa de recuperação dos créditos. E qual seria essa forma? Aplicar 1% sobre o valor de
entrada da operação isenta (preste atenção!). Significa dizer que ao invés de buscar o crédito da loja para
fábrica (R$ 15) a “outra loja” (que adquire com isenção) pode aplicar 1% sobre os R$ 200 (R$ 2) da aquisição
da fábrica.
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5 – Estorno de Crédito
Depois de vermos as possibilidades em que o crédito é vedado, passemos ao estudo do estorno do crédito.
Uma diferença crucial entre estorno e vedação é que enquanto esta impede o creditamento desde o
surgimento do crédito, o estorno é devido por uma situação posterior, ainda não conhecida no momento da
utilização do crédito, ou por ter ocorrido o creditamento de maneira contrária à legislação. Vamos ver como
dispôs a lei.
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
Perceba que até agora nenhuma novidade substancial foi trazida no que tange ao estorno de créditos
estudado na lei Kandir. Vejamos agora alguns dispositivos que merecem maior destaque.
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
Situação interessante que merece atenção ocorre quando uma mercadoria que seria integralmente
tributada na saída é tributada apenas de maneira parcial (inciso V). Exemplificarei:
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Exemplo 134) A empresa THOR, varejista do ramo de martelo localizada no Acre, adquiriu 100 unidades para
revenda pelo valor total de R$ 1.000. Na nota fiscal a vendedora, localizada na mesma cidade, destacou o
ICMS de R$ 180 (alíquota de 18%) e, após conferir o cálculo do ICMS destacado, a THOR se creditou do valor
integral (R$ 180). Passados 2 meses, THOR não havia vendido martelos estando tocos os 100 em seu estoque.
Entretanto, houve uma concessão de redução de base de cálculo de 50% para martelos, fazendo com que as
vendas das 100 unidades restantes fossem realizadas com a cobrança de apenas metade do imposto (se
reduziu em 50% a base de cálculo, reduziu o débito de ICMS pela metade). Por essa razão, a THOR efetuou
o estorno de R$ 90 de crédito, referente a 50% do crédito de entrada dos martelos em seu estabelecimento.
Exemplo 135) A empresa THOR, varejista do ramo de martelo localizada no Acre, adquiriu 100 unidades para
revenda pelo valor total de R$ 1.000. Na nota fiscal a vendedora, localizada na mesma cidade, destacou o
ICMS de R$ 180 (alíquota de 18%) e, após conferir o cálculo do ICMS destacado, a THOR se creditou do valor
integral (R$ 180). Passados 2 meses, vendeu todos os martelos, porém com alíquota de 15%, uma vez que
houve diminuição por lei. Por essa razão, a THOR efetuou o estorno de R$ 30 de crédito, referente a 3%
(18%-15%) do crédito de entrada dos martelos em seu estabelecimento.
O art. 35, § 1º, possui a mesma explicação lógica trazida no art. 34, § 5º. O crédito de uso e consumo só
poderá ser utilizado em 2033 e mesmo assim não será integral. Só poderá haver apropriação de crédito de
maneira proporcional às operações tributadas na saída. Assim, o crédito proporcional às operações isentas
e não tributadas deve ser estornado.
Muita atenção a esse parágrafo. Quando o crédito for vedado ou estornado, isso não quer dizer que seja
para sempre! Significa dizer que se algum acontecimento posterior mudar a situação de vedação ou de
estorno o crédito poderá ser utilizado. Veja:
Exemplo 136) A empresa THOR, varejista do ramo de martelo localizada no Acre, adquiriu 100 unidades para
revenda pelo valor total de R$ 1.000. Na nota fiscal a vendedora, localizada na mesma cidade, destacou o
ICMS de R$ 180 (alíquota de 18%). Após conferir o cálculo do ICMS destacado, THOR se creditou dos R$ 180.
15 dias depois foi concedida isenção para martelos e THOR efetuou o estorno dos R$ 180 uma vez que suas
operações de saída seriam isentas de ICMS. Passados 6 meses a isenção foi revogada e como o mercado
estava desaquecido THOR não havia vendido um martelo sequer. Como a partir da revogação da isenção sua
saída será tributada, poderá se creditar dos R$ 180 que era vedado à época da entrada em seu
estabelecimento.
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6 – Regime de Apuração
Art. 36. O regime de apuração normal consiste no cálculo do montante do imposto, por
período, o qual resultará da diferença, a maior, entre o devido nas operações e
prestações tributadas com mercadorias ou serviços e o cobrado, relativamente às
operações e prestações anteriores.
II – se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a diferença será paga
no prazo fixado no regulamento; e
III – se o montante dos créditos superar o dos débitos, a diferença será transportada para
o período subseqüente.
Parágrafo único. Para efeito de aplicação do disposto neste artigo, os débitos e créditos
devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos credores e
devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no Estado do
Acre, na forma da legislação.
Para relembrar a apuração, devemos multiplicar a alíquota pela BC, obtendo-se o débito.
Já o crédito é obtido através do imposto destacado nas notas fiscais de entradas de mercadoria (ou serviço).
O creditamento se dá, em regra, pela entrada de mercadorias para comercialização, matéria prima para
industrialização (inclusive embalagens) e pela utilização de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal relacionados com essas mercadorias e matérias primas. Também se somam aos créditos os
créditos presumidos concedidos e os valores autorizados a serem restituídos ao contribuinte.
Também dão direito a crédito as devoluções e retornos. Tais creditamentos visam reestabelecer o statu quo
ante, ou seja, "zerar a operação de saída. Assim, se uma saída se deu com R$ 500 de débito do imposto, o
retorno da mercadoria deve gerar R$ 500 em crédito, para anulas o débito anterior e "voltar à estaca zero".
Ainda que a pessoa que esteja devolvendo não seja obrigada à emissão de documento fiscal, o creditamento
poderá ocorrer.
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Você sabe a diferença entre devolução e retorno? Simples! Na devolução o destinatário chegou a receber a
mercadoria e, posteriormente, a devolve. No retorno a mercadoria sequer chega a ser entregue, como por
exemplo, nos casos em que o destinatário não se encontra no estabelecimento (loja fechada).
Fazendo o cotejo entre débitos e créditos obtemos o saldo a recolher ou o saldo que permanecerá como
crédito para o mês subsequente.
Débito Crédito
Alíquota x BC (Saídas e Prestações) Entradas e Prestações
+ Outros Débitos + Outros Créditos
+ Estorno de Créditos + Estorno de Débitos
+ Saldo Credor do mês anterior
Ao findar o período (mês) tem-se o cotejo débito x crédito, podendo-se chegar a 3 possibilidades:
1) débitos do mês < créditos do mês + sobra de créditos do mês anterior – o crédito deve ser transportado
para o mês seguinte.
2) débitos do mês > créditos do mês + sobra de créditos do mês anterior – deve-se recolher o valor da
diferença em dinheiro, sendo parte do débito do imposto liquidado por compensação de crédito.
3) débitos do mês = créditos do mês + sobra de créditos do mês anterior – nada se deve fazer uma vez que
o crédito é liquidado integralmente sem “sobras”.
Caso determinado estabelecimento apure saldo credor e outro estabelecimento do mesmo titular apure
saldo devedor esses saldos serão compensados, desde que dentro do mesmo Estado.
Exemplo 137) A contabilidade da empresa MADMAX, empresa inaugurada em maio de 2023, apontou os
seguintes saldos:
Maio
Reparem que “sobrou” crédito e por isso não é necessário que a empresa faça recolhimento do ICMS durante
maio pois a liquidação do débito de R$ 100 se dará por compensação com os créditos.
Junho
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Reparem que houve a completa compensação dos débitos e créditos, não havendo saldo a pagar em
dinheiro.
Julho
Reparem que houve a compensação parcial dos R$ 70 em débitos, porém R$ 10 ficou sem crédito para
compensar e por isso deverá ser realizada a liquidação em dinheiro.
Em que pese esse método “padrão” de apuração também temos outros, os quais passamos a estudar.
Nossa primeira maneira alternativa de apuração se dá por mercadoria ou serviço dentro do período
(normalmente o mês). Ao contrário da apuração padrão, nesse método confrontam-se todos os créditos e
débitos do sal, depois confrontam-se todos os créditos e débitos do açúcar, depois da lasanha....
O cotejo entre créditos e débitos por mercadoria ou serviço em cada operação ocorre quando é necessário
fazer a confrontação débito x crédito por mercadoria/serviço não mais dentro de um período determinado,
mas sim a cada operação que se realize. Comprou lasanha e depois a vendeu? Apura-se o ICMS.
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§ 1º Ao final do período de estimativa de que trata a alínea “c” do inciso I do caput deste
artigo, será feito o ajuste com base na escrituração regular do contribuinte, que pagará a
diferença apurada, se positiva, ou a receberá em devolução, sob forma de utilização de
crédito fiscal, se a ele favorável.
A apuração por estimativa ocorre quando se estipula um percentual que incidirá sobre uma determinada
BC de maneira que não se utilize o cotejo entre débitos e créditos inicialmente. Ao final de um determinado
período compara-se o valor arrecadado por estimativa e o valor real devido, recolhendo-se a diferença caso
seja em favor do Fisco ou deduzindo-se de futuros recolhimentos caso favorável ao contribuinte. Antes de
ver um exemplo gostaria que você ficasse atento ao fato de o enquadramento no regime de estimativa não
dispensar o cumprimento de obrigações acessórias como por exemplo a escrituração de livros fiscais.
Exemplo 138) A empresa MADMAX apurou em janeiro R$ 100.000 a título de ICMS. A partir do mês de
fevereiro entrou no regime de apuração por estimativa com percentual de 70% e por isso recolheu em
fevereiro R$ 70.000 por estimativa (70% x R$ 100.000). Após o encerramento de fevereiro apurou que o
ICMS efetivamente devido era de R$ 300.000. Desta forma recolheu o ajuste de fevereiro no valor de R$
300.000 – R$ 70.000 = R$ 230.000. Já em março recolheu por estimativa R$ 210.000 (70% x R$ 300.000).
Posteriormente apurou que o valor efetivamente devido em março era de R$ 100.000. Desta forma ficou
com crédito para o mês seguinte no valor de R$ 110.000 (R$ 210.000 - R$ 100.000).
Outra possibilidade é de creditamento através de um percentual sobre o valor da operação anterior. Neste
caso não se olha para o valor destacado em documento fiscal. Faz-se a multiplicação do valor da operação
do documento fiscal por um percentual definido pela legislação.
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Art. 39. O saldo do imposto, verificado a favor do contribuinte, apurado com base em
qualquer dos regimes estabelecidos no art. 36 ou no inciso I do art. 37, transfere-se para o
período ou períodos subseqüentes, segundo o respectivo regime de apuração.
Como já citamos, o saldo credor apurado em um período fiscal é transferido para o período seguinte em
forma de crédito.
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Art. 44. Salvo disposição regulamentar em contrário, fica atribuído ao contribuinte o dever
de, sem prévio exame pela autoridade fiscal, efetuar o pagamento do imposto apurado.
Art. 45. Quando o crédito tributário for constituído de imposto e demais acréscimos
legais, como atualização monetária, juros de mora e penalidades, o pagamento parcial
do montante devido, ainda que atribuído pelo contribuinte a uma só dessas rubricas, será
imputado proporcionalmente a cada uma de suas parcelas constitutivas.
O ICMS é lançado por homologação, ou seja, cabe ao contribuinte realizar toda a apuração e recolher aos
cofres públicos sem precisar de qualquer ato do Fisco. O que a Fazenda faz é apenas homologar ou não o
pagamento realizado pelo contribuinte. Caso constate alguma incorreção, lança o imposto de ofício,
autuando e cobrando multa e acréscimos legais como por exemplo juros.
Caso o contribuinte impute um pagamento parcial a apenas uma rubrica, o Fisco irá, de ofício, distribuir
proporcionalmente o pagamento. Veja um exemplo:
Exemplo 139) A empresa ABC possui um crédito tributário (CT) em aberto no valor de R$ 1.000, distribuídos
hipoteticamente da seguinte forma:
Suponha que a ABC resolva recolher apenas R$ 300, afirmando que está abatendo uma parte do ICMS. O
Fisco, de ofício não irá aceitar, distribuindo o pagamento entre as 3 rubricas. Teríamos:
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8 – Pagamento
A lei do Acre trouxe também alguns dispositivos sobre pagamento. Vamos a eles.
Art. 46. O imposto devido será pago na forma e nos prazos estabelecidos no regulamento.
Estudamos o momento da ocorrência do fato gerador, que define quando se intaura a relação jurídico-
tributária entre o sujeito passivo e o sujeito ativo. Já a data de pagamento e a forma como será feito será
definido no RICMS.
Art. 46. § 1º O imposto poderá ser exigido por antecipação, nas seguintes hipóteses:
Em aulas anteriores definimos a antecipação tributária pura e simples, hipótese em que o polo passivo
continua sendo a mesma pessoa que praticará o fato gerador, porém cobra-se o imposto antes da ocorrência
desse fato gerador. Difere da substituição (que também pode ser uma forma de antecipar o recolhimento
antes da ocorrência do fato gerador), uma vez que na substituição há mudança do polo passivo. A recolhe
de maneira antecipada o ICMS devido por B em uma futura operação.
Na antecipação "com encerramento de tributação" as saída futuras são liberadas, não havendo que se falar
em débitos. Imagine então que A receba uma mercadoria e recolha R$ 500 de ICMS de forma antecipada
referente a uma futura operação. Nesse caso, quando essa futura operação ocorrer, não precisará se debitar,
pois a antecipação encerrou a tributação.
Já nos casos de antecipação "sem encerramento de tributação", quando A recolhe R$ 500 de forma
antecipada, se creditará desse valor. Na futura saída, se tiver um débito de R$ 700, terá R$ 500 de
abatimento, recolhendo mais R$ 200. Repare a cadeia tributária não foi encerrada.
II – saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada, inclusive nas
hipóteses dos §§ 6º e 7º do art. 24;
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O parágrafo § 2º repete os dizeres da lei Kandir, ao nos ensinar quando o pagamento será realizado nos
casos de diferimento (substituição das operações antecedentes). Entretanto, ao contrário da lei Kandir,
temos 4 situações, uma vez que a LC 55 traz o inciso IV. De todo modo, em nada acrescentou, uma vez que
o inciso IV tem o mesmo teor do inciso II, somente acrescentando "outra situação prevista no regulamento".
22
9 – Obrigações Acessórias
As obrigações tributárias dividem-se entre obrigações principais e acessórias, como você já deve ter visto em
Direito Tributário. Por obrigação principal, entende-se como aquela obrigação de “dar”, ou seja, de entregar
aos cofres públicos o valor do tributo devido. Já a obrigação acessória não está relacionada ao pagamento
em si do tributo, mas sim com obrigações de “fazer ou deixar de fazer” algo no interesse da Administração
Tributária. Assim, pagar o ICMS é uma obrigação principal (dar algo) e emitir nota fiscal uma obrigação
acessória (fazer algo).
Nossa lei elencou uma série de obrigações acessórias. Irei listá-las abaixo. Vários dispositivos são óbvios.
Algúem tem dúvida que, como descrito no inciso IV, o contribuinte tem que emitir documentos fiscais? E
cumprir as exigências da Fazendano prazo (inciso XIII)?
VIII – exibir ou entregar ao Fisco, quando exigido, os livros e documentos fiscais e outros
elementos auxiliares relacionados com sua condição de contribuinte;
IX – exigir de outro contribuinte, nas operações ou prestações que com ele realizar, a
exibição dos documentos de identificação fiscal;
XXIV – deverá ser consignado no respectivo documento fiscal, ainda que emitido por meio
de Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica – NFC-e, o número do CPF ou do CNPJ do
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Parágrafo único. Decreto do Poder Executivo poderá dispor sobre a ampliação do valor
fixado no inciso XXIV.
A lei segue com mais obrigações acessórias, mas desta vez falando especificamente sobre uma das mais
importantes delas: a inscrição no cadastro de contribuintes.
Art. 48. Os contribuintes definidos nesta Lei, inclusive o substituto tributário estabelecido
em outra unidade federada, inscrever-se-ão no Cadastro Fiscal do Estado do Acre, antes
do início de suas atividades, nos termos do regulamento.
§ 2º A inscrição será condicional, pelo prazo de até 24 meses, prorrogável por até igual
período, quando o contribuinte, à ocasião, não puder apresentar a documentação exigida
em lei ou regulamento.
I – reincida na infração descrita no art. 61, X, alínea b, por si ou pela pessoa dos sócios ou
acionistas controladores, ainda que integrado outra pessoa jurídica;
25
A inscrição é obrigatória para todos os contribuintes do Acre. No caso de substituto tributário que esteja em
outro Estado e envie mercadorias para o Acre, essa inscrição também é obrigatória. A inscrição deve ser feita
antes (antes!!!) do início das atividades do contribuinte, ou seja, antes de ele praticar fato gerador do ICMS.
Se adquirir ativo permanente ou mercadoria para estoque, não estará praticando fato gerador, mas deverá
ter sua inscrição realizada antes dessas atividades.
Para se inscrever, o contribuinte deve requerer ao Fisco, e não o fazendo, o Fisco fará de ofício, aplicando
ainda as penalidades cabíveis. No encerramento das atividades, o contribuinte deve requerer a baixa da
inscrição.
A Fazenda reserva-se no direito de recusar ou cancelar uma inscrição já concedida, ou até mesmo exigir
garantias adicionais de determinados contribuintes. Veja o esquema:
Por fim, se o contribuinte não puder apresentar toda a documentação exigida por ocasião da inscrição, será
concedida uma inscrição sob condição, por prazo de 24 vezes prorrogados por mais 24.
Art. 50. Os livros e documentos fiscais, as faturas, duplicatas, guias, recibos, arquivos
magnéticos e demais livros, registros e documentos relacionados com o imposto, emitidos,
escriturados ou arquivados por quaisquer meios, ficarão à disposição do Fisco pelo prazo
de cinco anos, contados a partir do primeiro dia do exercício subseqüente ao da
ocorrência do fato gerador.
Art. 51. O regulamento, com base em convênio celebrado com as unidades federadas,
disporá sobre a exigência ou a dispensa de escrituração de livros de controle fiscal e
respectivo modelos, a confecção, o prazo de validade, a forma de emissão, escrituração e
arquivamento de documento fiscal ou de outros documentos a serem utilizados por
contribuintes do imposto.
Apesar de ser um assunto importante, a lei trouxe pouquíssimas informações relevantes sobre o tema.
Preocupe-se em saber que:
1) mesmo que o cliente não solicite documento fiscal, o contribuinte é obrigado a emiti-lo.
2) para evitar confundir o cliente, o contribuinte não pode imprimir, emitir ou utilizar documentos comerciais
que são entregues ao cliente (um orçamento, por exemplo) com características parecidas com a dos
documentos fiscais.
3) os livros fiscais, documento fiscais, recibos etc. deverão ficar à disposição do Fisco por 5 anos a partir do
ano seguinte da ocorrência do fato gerador.
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10 – Fiscalização
O que seria dos tributos sem o controle e a fiscalização por parte da Secretaria da Fazenda? A atividade de
fiscalização que em breve você irá exercer é uma das mais importantes do Estado. É através dela que se
moldam comportamentos levando recursos aos cofres públicos. A Fazenda Pública recebeu da CF/88 um
tratamento privilegiado e diferenciado. De acordo com o inciso XVIII do artigo 37, a administração fazendária
e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os
demais setores administrativos, na forma da lei. Nossa lei tratou de definir aspectos importantes acerca do
controle e da fiscalização do ICMS. Vamos conhecer?
Art. 52. A fiscalização do imposto e das obrigações acessórias a ele relativas compete ao
órgão próprio da Secretaria da Fazenda do Estado do Acre, e far-se-á em obediência às
normas fixadas na legislação tributária.
Art. 53. Mediante notificação escrita, são obrigados a exibir documentos, prestar à
autoridade tributária todas as informações de que disponham com relação a bens e
atividades de contribuintes do imposto e facilitar a ação dos funcionários fiscais:
II – os serventuários da justiça;
A fiscalização, por óbvio, é realizada pelo Fisco, que poderá ser em qualquer local onde se exerçam atividades
tributáveis (praça, rua, estabelecimentos...).
Através de notificação escrita (nada verbal), não só os contribuintes, como todas as pessoas que tenham
relação com operações do ICMS, devem prestar informações ao Fisco.
Mercadoria em trânsito é aquela que está saindo de um estabelecimento para um destinatário, ou seja,
aquela que se encontra "em rota". Apesar disso, para efeitos de regras e procedimentos de fiscalização,
outras mercadorias que não "em rota" também se consideram em trânsito. São elas: aquela encontrada em
terminais de passageiros, de encomendas ou de cargas, em recintos de feira, exposição, leilão ou evento
similar, ou em estabelecimentos em situação cadastral irregular. Os procedimentos para elas, salvo
peculiaridades inerentes, serão os mesmos que os aplicados para as mercadorias em trânsito.
Dentro do horário de funcionamento dos estabelecimentos, mesmo sendo de noite, os agentes do Fisco
têm a prerrogativa de examinar mercadorias, livros, documentos etc. e adentrar em todos os
compartimentos do estabelecimento com o intuito de efetuar diligências.
Caso o sujeito passivo esteja embaraçando o exercício da sua função oute desacatando você poderá convocar
a polícia, mesmo que o fato não esteja definido em lei como crime ou contravenção. Guarde bem isso! Não
é necessário que haja crime ou contravenção para justificar um apoio policial em uma fiscalização.
Art. 55. Quando, em procedimento fiscal, se apurar fraude ou sonegação, à vista de livros
e documentos, serão estes apreendidos, se necessários à prova e devolvidos, mediante
recibo, a requerimento do interessado, desde que a devolução não prejudique a instrução
do processo fiscal respectivo.
Se o Auditor identificar fraude ou sonegação em livros e documentos, deverá apreendê-los sempre que for
necessário para prova. Posteriormente, se não for prejudicial para o processo, irá devolvê-los, mediante
recibo assinado pelo contribuinte.
§ 1º No levantamento fiscal, o Fisco poderá utilizar todos os meios legais disponíveis para
identificar quaisquer irregularidades no estabelecimento do contribuinte, bem como usar
quaisquer meios indiciários, de aplicação de coeficientes médios de lucro bruto ou de valor
acrescido e de preços unitários, consideradas a atividade econômica, a localização e a
categoria do estabelecimento.
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Existem situações em que o ICMS apurado pelo contribuinte não condiz com o real movimento por ele
realizado no período. Para encontrar o Real Movimento Tributável do contribuinte utiliza-se o levantamento
fiscal. A técnica consiste em “estudar” todo o movimento do contribuinte verificando quanto ele comprou,
quanto ele possui em estoque, qual foi sua despesa, índices etc.
Diversas são as maneiras de se efetuar o levantamento fiscal. No dia a dia fica a cargo da habilidade do
Auditor. A título de exemplo, veja uma maneira através do controle de estoque.
Ora, se a empresa tinha R$ 9.000 e adquiriu R$ 3.000 ficou com um estoque de R$ 12.000. Como no final do
ano restaram apenas R$ 5.000, então podemos facilmente ver que R$ 7.000 em mercadorias foram vendidos,
(R$ 12.000 – R$ 5.000 = R$ 7.000). Se o contribuinte informou algo diferente disso, está sujeito à autuação
com cobrança do ICMS devido. Assim, se o contribuinte informou movimento de R$ 3.000, deve-se aplicar
sobre a diferença (R$ 7.000 - R$ 3.000 = R$ 4.000) as alíquotas internas das mercadorias. Caso não seja
possível identificar a quais mercadorias correspondem, deve-se utilizar a maior alíquota utilizada pelo
contribuinte.
Quando não for possível apurar o montante real tributável, faremos o arbitramento, que nada é mais do que
tentar chegar no valor mais próximo possível do real. A título de exemplo, poderíamos pegar uma filial da
mesma loja e assumir que o movimento de uma é o mesmo da outra. Como o próprio nome diz, estamos
arbitrando algo.
Art. 55-A. § 2º Quando não for possível apurar o montante real da base de cálculo, far-se-
á o arbitramento da base cálculo do ICMS, desde que se comprove qualquer dos casos
seguintes:
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I – falta de apresentação, dos livros fiscais e contábeis, ou sua apresentação sem que
estejam devidamente escriturados, bem como dos documentos necessários à
comprovação de registro ou lançamento em livro fiscal ou contábil, inclusive sob alegação
de perda, extravio, desaparecimento ou sinistro dos mesmos;
Após o arbitramento, cabe ao contribuinte provar que os fatos geradores não ocorreram ou que houve o
recolhimento do imposto.
Caso o contribuinte não tenha escriturado o LRI (Livro Registro de Inventário), não se poderá saber o real
estoque inicial dele. Desta forma, o Fisco também poderá arbitrar o seu estoque.
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Como não podia deixar de ser, as informações prestadas pelo próprio contribuinte ao Fisco servirão de
provas pré-constituídas contra ele.
Art. 56. No curso de ação fiscal, uma vez reconhecido pelo contribuinte o cometimento
de qualquer infração à obrigação tributária e pagos os valores relativos a imposto ou
penalidade e seus acréscimos legais, o procedimento do sujeito passivo, para fins de sua
homologação, será objeto de relatório circunstanciado elaborado pelo agente fiscal.
Durante a ação fiscal, se o contribuinte reconhecer uma infração e pagar o valor do imposto, penalidade ou
acréscimos, o agente fiscal irá elaborar um termo, indicando essa situação.
Art. 56-A. Sem prejuízo de ação fiscal individual, a administração tributária poderá, em
ação de monitoramento, disponibilizar ou enviar comunicado de indícios de divergência
visando a autorregularização, na forma e nos prazos definidos no regulamento.
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A autorregulação vem sendo cada vez mais utilizada, e consiste na possibilidade de o contribuinte ser
comunicado pelo Fisco, em uma ação de monitoramento, de um indício de irregularidade. Caso o
contribuinte se regularize, não estará sujeito à multa punitiva, mas somente a multa de mora, aquela por
atraso. Isso pois não se considera iniciado procedimento fiscal.
A ação de monitoramento nada mais é de do que o Fisco observar e avaliar o comportamento fiscal-tributário
do sujeito passivo, a partir da análise de dados econômico-fiscais, verificação de documentos e registros ou
processamento ou análise de dados e indicadores, sem que haja solicitação de novas informações. Em
resumo: o Fisco monitora o contribuinte de posse de todas as informações que possui, podendo comparar
por exemplo com outros contribuintes.
33
Art. 58. A situação irregular de mercadoria ou serviço não se corrige pela ulterior emissão
de documentação fiscal idônea, sendo considerado em integração dolosa no movimento
comercial do Estado do Acre, sujeitando os responsáveis às penalidades previstas em lei.
Parágrafo único. Quando o titular dos bens ou das mercadorias apreendidas for
contribuinte regulamente inscrito no Cadastro Fiscal do Estado do Acre, estes serão
liberados assim que produzidas, para fins de instrução processual, as provas do ilícito,
nas condições e nos prazos estabelecidos no regulamento.
A apreensão de mercadorias por parte do Fisco é uma situação bastante comum no dia a dia da fiscalização,
embora de acordo com o STF não seja possível a apreensão apenas com o intuito de forçar o contribuinte a
pagar o ICMS. Significa dizer que, pelo menos em tese, não se pode apreender uma mercadoria de um
devedor apenas para forçá-lo a quitar seus débitos perante à Fazenda, o que não é o que ocorre no dia a dia.
Para a legislação, o Fisco está autorizado a apreender mercadorias e levar para a repartição sempre
estiverem desacompanhadas de documentação fiscal ou acompanhadas de documentação fiscal fraudulenta
ou inidônea. Também serão apreendidas, por também serem consideradas em situação irregular, qualquer
mercadoria exposta à venda destinada à formação de estoque ou de ativo permanente, ou oculta ao Fisco
por qualquer artifício, sempre que sem documentação que comprove a origem, o valor da operação ou o
pagamento do imposto.
As mercadorias apreendidas serão liberadas assim que produzidas, para fins de instrução processual, as
provas do ilícito. Ou seja, em tese, pelo menos em tese, só ficam aprendidas para servirem de prova, mas
não como meio coercitivo para pagar o tributo.
Por fim, caso uma mercadoria seja apreendida por documentação inidônea ou sem documentação, a
irregularidade não será corrigida pela emissão de documento fiscal idôneo após a apreensão. O contribuinte
será autuado e, posteriormente, a mercadoria as mercadorias serão liberadas após a produção de provas do
ilícito.
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Bom, pessoal. Fico por aqui. Foco nos estudos. Falta menos do que faltava para você ser aprovado!
Um abraço,
Eduardo da Rocha
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QUESTÕES COMENTADAS
Considerando as informações acima e alíquota interna de 18% para fins didáticos, assinale a seguir a
afirmativa correta.
c) Em cada um dos meses de fevereiro e de março o contribuinte pode se creditar de R$ 150,00, relativos à
máquina adquirida.
e) Os débitos a serem lançados na escrita fiscal do contribuinte no mês de março totalizam R$ 17.000,00.
Comentários:
Questão bem interessante para treinarmos o crédito do ativo imobilizado. De cara já podemos excluir a
alternativa (a) pois sabemos que a máquina, por ser um ativo imobilizado, dá direito a crédito. Resta-nos
calcular para achar quanto esse crédito será nos meses de fevereiro e março.
Achamos então que o crédito relativo a fevereiro é de R$ 150, o que já nos deixa eliminar a alternativa (b).
Achamos então que o crédito relativo a março é de R$ 100, o que já nos deixa eliminar a alternativa (c) e
marcar a alternativa (d) como correta.
Para efeito de treino, vamos calcular os débitos de março para confirmarmos que a alternativa (e) está
errada.
Na operação de venda dentro do Estado por R$ 60.000 temos um débito de ICMS de R$ 10.800 (R$ 60.000 x
18%).
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Na operação interestadual para contribuinte por R$ 40.000 temos um débito de ICMS de R$ 4.800 (R$ 40.000
x 12%).
Gabarito: Letra D.
Tendo em vista a situação descrita, e considerando as normas relativas ao ICMS, assinale a afirmativa
correta.
e) Y está obrigado a estornar integralmente o crédito escriturado relativo aos produtos a e c e 50% do crédito
relativo ao produto b.
Comentários:
Questão também bem interessante que foi anulada à época, mas para aproveitarmos a ideia acabei
“corrigindo” os erros da banca para que pudéssemos treinar.
Vamos analisar...
Quando o estabelecimento industrial Y adquire os produtos imagina que a posterior saída da mercadoria
fabricada será totalmente tributada e por isso se credita do ICMS referente aos produtos a, b e c. Entretanto
ocorreram situações imprevisíveis posteriormente.
O produto a foi vendido para ser enviado ao exterior e por isso nenhuma ação deve ser tomada quanto ao
seu crédito (não é necessário estornar).
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Art. 35. § 2° Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o
papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
O produto c foi usado em uma industrialização de um produto que foi vendido com isenção e por isso deve-
se estornar o crédito de maneira integral.
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
(e) Falso. Y não é obrigado a estornar o crédito relativo ao produto a e deve estornar b e c integralmente.
Gabarito: Letra C.
Com relação ao crédito do ICMS, relativo à aquisição de bem destinado ao ativo permanente, o
contribuinte efetuou regular apropriação em prazo inferior a 4 (quatro) anos _____.
a) porque o bem do ativo foi alienado antes de decorrido o prazo de 4 (quatro) anos, contado da data de sua
aquisição.
c) porque o total das operações de saídas tributadas no período foi inferior ao das saídas com destino ao
exterior, no mesmo período.
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d) porque a escrituração da nota fiscal relativa à aquisição do bem se deu fora do prazo regulamentar,
embora no mesmo período de apuração da respectiva entrada.
e) porque a atividade desenvolvida pelo contribuinte adquirente do bem era exclusivamente comercial.
Comentários:
Questão bem simples! O contribuinte pode se creditar no ativo permanente durante 4 anos, mas se aliená-
lo antes desse período deverá parar de se creditar. Como a frase da questão afirmou que o contribuinte
efetuou regular apropriação em prazo inferior a 4 (quatro) anos, então chegamos a conclusão que o motivo
foi a venda desse ativo permanente.
Art. 32. Parágrafo único. V – na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente,
antes de decorrido o prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será
admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em
relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio;
Gabarito: Letra A.
II. Os créditos eram referentes a mercadorias que se destinaram à integração ou consumo em processo de
industrialização de produtos, cujas saídas resultantes gozam de isenção do ICMS.
IV. Os créditos eram referentes a operações tributadas (praticadas por Sociedade empresarial 'X'),
posteriores a saídas isentas de produtos agropecuários, e correspondiam ao imposto cobrado nas
operações anteriores a estas.
Assinale a quantidade de afirmativas que justifiquem a glosa dos créditos promovida pela fiscalização.
a) Uma.
b) Duas.
c) Três.
40
d) Quatro.
e) Nenhuma.
Comentários:
(I) Não dão direito a crédito (deve-se glosar). Mercadorias destinados ao uso e consumo somente darão
direito a crédito em 2033.
(II) Não dão direito a crédito (deve-se glosar). Se a saída posterior é isenta não há que se falar em
creditamento.
(III) Não dão direito a crédito (deve-se glosar). Vimos que se a mercadoria se deteriorou ou extraviou não
ocorrerá posterior saída e por isso os créditos devem ser estornados.
(IV) Dão direito a crédito (não se deve glosar). Esse é o caso que comentei na lei Kandir que se “resgatam”
créditos passados de produtos agropecuários, lembram? De qualquer forma também está inclusa na
legislação do Acre.
Art. 34. § 3º Operações tributadas posteriores à saída de que tratam os incisos III e IV do
caput deste artigo, permitem ao estabelecimento que as praticar, na forma que dispuser
o regulamento, creditar-se do imposto cobrado nas operações anteriores às isentas ou
não tributadas, sempre que a saída isenta ou não tributada seja relativa a produtos
agropecuários.
Gabarito: Letra C.
- Operação 1: A Sociedade Anônima O2B vende à empresa Laranjeira Ltda. matérias-primas no valor de R$
100,00, em operação sujeita ao ICMS.
- Operação 2: A partir das matérias-primas adquiridas de O2B e de energia elétrica, adquirida ao custo de
R$ 20,00 da concessionária local, tributada normalmente, a empresa Laranjeira Ltda. aplica mão-de-obra
ao custo de R$ 10,00 para elaborar produtos e os vende, com isenção do ICMS, à empresa Pinto da Silva e
Cia., para quem tais produtos são insumos para a sua produção.
- Operação 3: A empresa Pinto da Silva e Cia. efetua transformação dos insumos adquiridos, com
tributação normal, da Laranjeira Ltda., e vende seu produto em operação tributada ao consumidor final
por R$ 200,00.
a) R$ 40,00.
b) R$ 42,00.
c) R$ 44,00.
d) R$ 48,00.
e) R$ 64,00.
Comentários:
Como a operação 2 será isenta, a Laranjeira não pode se creditar dos R$ 20.
Operação 2 – O2B adquire energia elétrica da concessionária por R$ 20 e vende à empresa Pinto da Silva
e Cia. com isenção.
Como a operação de venda à Pinto da Silva é isenta, a Laranjeira não pode se creditar dos R$ 4 e tampouco
pode se creditar a Pinto da Silva.
Operação 3 – Pinto da Silva e Cia. vende para consumidor final por R$ 200.
O2B → C = 0 e D = R$ 20
Concessionária → C = 0 e D = R$ 4
42
Gabarito: Letra E.
a) R$ 600,00 e R$ 20,00.
b) R$ 750,00 e R$ 25,00.
c) R$ 600,00 e nihil.
d) R$ 750,00 e nihil.
e) R$ 36.000,00 e R$ 1.200,00.
Comentários:
Sempre que precisarmos calcular o crédito do Ativo permanente precisamos utilizar a fórmula abaixo.
Referente ao bem:
Gabarito: Letra A.
07. (SEFAZ-RJ/FGV/2007/Adaptada) Considerando a lei do ICMS do Acre, o contribuinte não terá que
efetuar o estorno do ICMS creditado na entrada da mercadoria no estabelecimento quando ela:
b) for objeto de saída não tributada ou isenta, sendo essa circunstância imprevisível na data da entrada da
mercadoria.
Comentários:
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
Gabarito: Letra E.
08. (SEFAZ-RJ/FGV/2007/Adaptada) SOL Ltda., indústria de móveis sediada no Acre, apresenta em sua
escrituração os seguintes registros:
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valor do ICMS incidente sobre as mercadorias recebidas no mês para serem utilizadas como matérias-
primas na industrialização de seus produtos: R$ 15.000,00;
valor do ICMS referente à energia elétrica consumida no mês no estabelecimento industrial: R$ 2.500,00;
vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Fortaleza-CE, para
ser revendido: valor total das operações = R$ 100.000,00;
vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Curitiba-PR, para ser
revendido: valor total das operações = R$ 200.000,00;
valor do ICMS referente à máquina entrada no estabelecimento em 15 de janeiro de 2008 e adquirida para
integrar seu ativo imobilizado: R$ 9.600,00;
a) R$ 3.690,00.
b) R$ 18.090,00.
c) R$ 13.090,00.
d) R$ 12.090,00.
e) R$ 18.290,00.
Comentários:
2) valor do ICMS incidente sobre as mercadorias recebidas no mês para serem utilizadas como matérias-
primas na industrialização de seus produtos: R$ 15.000,00.
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3) valor do ICMS referente à energia elétrica consumida no mês no estabelecimento industrial: R$ 2.500,00.
4) vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Fortaleza-CE, para
ser revendido: valor total das operações = R$ 100.000,00.
Como é uma saída de Estado pobre para pobre a alíquota interestadual é de 12%. ICMS = 12% x R$ 100.000
= R$ 12.000. D: R$ 12.000
5) vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Curitiba-PR, para ser
revendido: valor total das operações = R$ 200.000,00;
Como é uma saída de Estado pobre para rico a alíquota interestadual é de 12%. ICMS = 12% x R$ 200.000 =
R$ 24.000. D: R$ 24.000
Débito Crédito
R$ 12.000 R$ 210
R$ 24.000 R$ 15.000
R$ 2.500
R$ 200
APURAÇÃO
R$ 36.000 R$ 17.910
RESULTADO
R$ 18.090
Gabarito: Letra B.
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a) 1º de janeiro de 2008.
b) 1º de janeiro de 2033.
c) 1º de janeiro de 2010.
d) 1º de janeiro de 2009.
e) 1º de janeiro de 2012.
Comentários:
Gabarito: Letra B.
II. Adicionam-se aos débitos os estornos de créditos e o saldo credor apurado no período anterior.
III. Os créditos do período são constituídos, dentre outros, pelos valores do imposto relativo às operações
de que decorrerem as entradas de mercadorias no estabelecimento.
Assinale:
Comentários:
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(I) Correto. Débito é o que se calcula operação por operação. Somente após o cotejo entre os débitos e os
créditos é que se obtém um saldo devedor (que é o imposto devido) ou um saldo credor (que é levado para
o próximo período.
(II) Falso. Pegadinha. O saldo credor do período anterior se soma aos créditos do período e não aos débitos!
(III) Correto. Fizemos diversas vezes o cálculo do crédito, que é devido na entrada. Débitos = Saída. Créditos
= Entrada.
Gabarito: Letra D.
I. Quando o crédito tributário for constituído de imposto e demais acréscimos legais, como atualização
monetária, juros de mora e penalidades, o pagamento parcial do montante devido, ainda que atribuído
pelo contribuinte a uma só dessas rubricas, será imputado proporcionalmente a cada uma de suas parcelas
constitutivas.
II. O pagamento do ICMS não pode ser exigido antes da ocorrência do fato gerador.
III. O contribuinte deve entregar ao destinatário o documento fiscal correspondente à operação, desde
que solicitado.
Assinale:
Comentários:
(I) Correto. Caso o contribuinte impute um pagamento parcial a apenas uma rubrica, o Fisco irá, de ofício,
distribuir proporcionalmente o pagamento.
Art. 45. Quando o crédito tributário for constituído de imposto e demais acréscimos
legais, como atualização monetária, juros de mora e penalidades, o pagamento parcial
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do montante devido, ainda que atribuído pelo contribuinte a uma só dessas rubricas, será
imputado proporcionalmente a cada uma de suas parcelas constitutivas.
(II) Falso. Vimos alguns casos em que o ICMS deve ser pago antes mesmo do fato gerador ocorrer.
Art. 46. § 1º O imposto poderá ser exigido por antecipação, nas seguintes hipóteses:
(III) Falso. Ainda que não solicitado, o contribuinte deve entregar ao destinatário o documento fiscal
correspondente à operação.
Gabarito: Letra A.
De forma legal e correta, a autoridade fazendária deu por válida tal apropriação, porquanto:
e) não existe restrição legal alguma acerca do aproveitamento de crédito de ICMS relativo ao recebimento
de serviços de comunicação.
49
Comentários:
Em 2033 o serviço de comunicações dará direito a crédito em qualquer ocasião. Hoje só pode haver
creditamento em duas hipóteses: se utilizados na prestação de serviço da mesma natureza ou se for o caso
de exportação. Como não existe nenhuma alternativa falando sobre exportações só podemos marcar a letra
(d).
Gabarito: Letra D.
13. (SEFAZ-AP/FGV/2010) Certo contribuinte lançou a crédito o ICMS relativo a determinada mercadoria
entrada no estabelecimento e, posteriormente, efetivou seu estorno integral. Dentre as alternativas a
seguir apenas uma não justifica adequadamente o procedimento do contribuinte.
Assinale-a.
a) A mercadoria integrou processo de industrialização, sendo isenta a saída do produto dele resultante.
b) A respectiva nota fiscal tinha sido emitida há quatro anos antes da apropriação do crédito nela destacado.
e) O respectivo documento fiscal deparou-se inidôneo, por não ser o exigido para a operação.
Comentários:
Mesmo quem nunca estudou legislação de cara já iria eliminar a letra (e), certo? Como que um documento
fiscal inidôneo pode dar direito a crédito? Se o contribuinte se creditou utilizando um documento que não
seja idôneo deve efetuar o estorno, certo?
Na letra (b) não é necessário realizar o estorno pois o contribuinte tem até 5 anos para utilizar o crédito
contados a partir da emissão da nota fiscal.
Art. 33. § 1º O direito de utilizar o crédito extingue-se após decorridos cinco anos
contados da data de emissão do documento que lhe deu origem.
As demais alternativas, mais uma vez, estão no importantíssimo art. 35. Decore-o!
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
50
Gabarito: Letra B.
a) violará a legislação, pois não é permitido que a empresa credite ICMS de valores cobrados pela entrada
de energia elétrica.
b) poderá creditar o ICMS incidente somente sobre a entrada de energia no estabelecimento onde funciona
a área administrativa.
c) poderá creditar o ICMS incidente somente sobre a entrada de energia no estabelecimento onde se realiza
atividade de exclusiva industrialização.
e) violará a legislação, pois tal operação é restrita a empresas que fabriquem produtos destinados à
exportação.
Comentários:
(a), (b) e (e) Falsos. Hoje permite-se o creditamento de energia elétrica desde que a operação de saída seja
de energia elétrica ou que seja consumida no processo de industrialização ou quando seu consumo resultar
em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais.
(d) Falso. Somente poderá se creditar da energia elétrica consumida no processo de industrialização.
Gabarito: Letra C.
51
15. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Os seguintes eventos foram realizados por um estabelecimento comercial, não
optante pelo Simples Nacional, localizado em Blumenau/SC.
1. recebe, para revenda, 5 camisas masculinas, fabricadas na Bolívia, de fornecedor paulista, no valor de
R$ 100,00 cada e 12 calças masculinas, fabricadas em Minas Gerais, com matéria-prima de Mato Grosso,
de fornecedor local, no valor de R$ 160,00 cada;
3. recebe 100 unidades de sacola com a marca da loja, de material reciclável, nacional, para embalar os
produtos vendidos, no valor de R$ 1,50 cada, de fornecedor local;
4. dá saída, a título de venda, em 3 camisas para consumidor local e 1 camisa para consumidor mineiro,
que saiu da loja já vestindo a camisa, ao valor de R$ 180,00 cada; e dá saída em 6 calças para consumidor
local e 3 calças para consumidor goiano, com entrega via Sedex, ao valor de R$ 250,00 cada;
6. utiliza 40 sacolas para embrulhar os produtos vendidos e entregues, perde 10 e fica com o restante em
estoque.
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. Os produtos importados têm similar nacional e não são fabricados conforme
processos produtivos básicos.
Os valores referentes ao crédito de ICMS passível de escrituração e ao total do ICMS a recolher, no período,
pelo estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 346,40 e R$ 174,10.
b) R$ 346,40 e R$ 150,70.
c) R$ 371,90 e R$ 151,15.
d) R$ 346,40 e R$ 101,65.
e) R$ 371,90 e R$ 133,00.
Comentários:
Item 1:
52
Operação 1 – Aquisição de 5 camisas a R$ 100 cada. Como se trata de mercadoria importada com similar
nacional e não fabricadas conforme processos produtivos básicos, devemos utilizar a alíquota de 4%.
C: R$ 20
Operação 2 – Aquisição de 12 calças masculinas de fornecedor local, no valor de R$ 160,00 cada. Por ser uma
operação interna devemos utilizar a alíquota de 17%.
12 x R$ 160 x 17% = R$ 20. Como se trata de uma entrada, tem-se um crédito de ICMS.
C: R$ 326,40
Item 2:
Operação 1 – Recebimento de 8 caixas de material de limpeza para uso, o que só gera direito a crédito a
partir de 2033. Entretanto temos um débito referente ao DIFAL, por se tratar de uma operação interestadual
para uso.
D: R$ 15,60
Item 3:
Operação 1 – Recebimento, em operação interna, de 100 sacolas para embalar produtos vendidos, a R$ 1,50
cada.
C: R$ 25,50
Item 4:
D: R$ 91,80
Operação 2 – Venda de 1 camisa para consumidor mineiro a R$ 180, que saiu vestindo a camisa, ou seja,
mesmo sendo de Minas a operação é considerada interna pois o mineiro foi até a loja adquirir.
53
D: R$ 30,60
D: R$ 255,00
* A alíquota interestadual utilizada foi de 7% por se tratar de operação entre Estado Rico x Pobre.
D: R$ 52,50
Além disso, por se tratar de um consumidor final não contribuinte teremos o DIFAL, que deverá ser recolhido
pelo contribuinte de SC.
Obs: Aqui precisamos subentender que o consumidor final goiano é não contribuinte para acertarmos a
questão, mas confesso que ela poderia ter sido mais clara.
D: R$ 75,00
Item 5:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Item 6:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Deve haver o estorno do crédito da entrada. As 100 sacolas geraram um crédito de R$ 25,50. Como 10 foram
perdidas, devemos estornar 10% (10 de 100). O estorno de um crédito é um débito, portanto deve-se debitar
de R$ 2,55 (10% x R$ 25,50).
D: R$ 2,55
54
Débito Crédito
R$ 15,60 R$ 20,00
R$ 91,80 R$ 326,40
R$ 30,60 R$ 25,50
R$ 255,00
R$ 52,50
R$ 75,00
R$ 2,55
APURAÇÃO
R$ 523,05 R$ 371,90
RESULTADO
R$ 151,15
Gabarito: Letra C.
1. recebe, para revenda, 5 caixas de bebida, fabricadas na França, com 12 garrafas em cada caixa, de
fornecedor capixaba, no valor de R$ 80,00 cada garrafa e 3 caixas de doces, fabricados em Minas Gerais,
com matéria-prima oriunda de Goiás, de fornecedor paranaense, no valor de R$ 60,00 cada;
2. recebe 7 vassouras limpeza leve, com pelos macios, para uso no departamento de pessoal, para limpar
as fichas e arquivos, no valor de R$ 15,00 cada, fabricadas na China, de fornecedor gaúcho;
3. recebe 120 unidades de embalagem de isopor, para embalar as garrafas de bebida vendidas, com a
marca do estabelecimento, no valor de R$ 4,00 cada, nacionais, de fornecedor local;
4. promove a saída, a título de venda, de 3 caixas de bebida, com 12 garrafas em cada caixa, para
consumidor local, que pediu entrega domiciliar, e de 1 caixa de bebida, de igual quantidade de garrafas,
para consumidor estrangeiro, que retirou no balcão, ao valor de R$ 170,00 e R$ 230,00 respectivamente,
cada garrafa;
5. promove a saída de 2 caixas de doces para um bufê infantil local e de 1 caixa de doce para um cliente
não identificado, que retirou no local e pagou em dinheiro, a R$ 90,00 cada;
6. utilizou 5 vassouras no departamento de pessoal, mas perdeu outras duas durante uma operação de
lavagem rápida no estabelecimento;
7. utilizou 48 embalagens de isopor, nas vendas realizadas, mas 12 se estragaram com o calor, restando as
demais 60 em perfeito estado.
55
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. Os produtos importados têm similares nacionais e não são produzidos em
conformidade com processos produtivos básicos
O valor do crédito de ICMS passível de escrituração e o valor do ICMS a recolher ao Estado de Santa
Catarina, no período, pelo estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 295,20 e R$ 1.282,11.
b) R$ 679,20 e R$ 898,11
c) R$ 213,60 e R$ 1.363,71.
d) R$ 295,20 e R$ 812,91.
e) R$ 213,60 e R$ 1.396,35.
Comentários:
Item 1:
Operação 1 – Aquisição de 60 garrafas a R$ 80 cada. Como se trata de mercadoria importada com similar
nacional e não fabricadas conforme processos produtivos básicos, devemos utilizar a alíquota de 4%.
C: R$ 192,00
Operação 2 – Aquisição de 3 caixas de doces do Paraná, no valor de R$ 60,00 cada. Por ser uma operação
interestadual entre Estados Ricos devemos utilizar a alíquota de 12%.
C: R$ 21,60
Item 2:
Operação 1 – Recebimento de 7 vassouras para uso a R$ 15,00 cada, o que só gera direito a crédito a partir
de 2033. Entretanto temos um débito referente ao DIFAL, por se tratar de uma operação interestadual para
uso.
56
D: R$ 13,65
Item 3:
Operação 1 – Recebimento, em operação interna, de 120 embalagens para as garrafas, a R$ 4,00 cada.
C: R$ 81,60
Item 4:
D: R$ 1.040,40
Operação 2 – Venda de 12 garrafas para consumidor estrangeiro a R$ 230, que retirou no balcão, ou seja,
mesmo sendo estrangeiro a operação é considerada interna pois o estrangeiro foi até a loja adquirir.
D: R$ 469,20
Item 5:
2 x R$ 90 x 17% = R$ 30,60
D: R$ 30,60
Operação 2 – Saída de 1 caixa de doce, em operação interna uma vez que retirou no local, a R$ 90,00.
1 x R$ 90 x 17% = R$ 15,30
D: R$ 15,30
Item 6:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Não há que se falar em estorno de crédito uma vez que não houve creditamento na entrada.
Item 7:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Deve haver o estorno do crédito da entrada. As 120 embalagens geraram um crédito de R$ 81,60. Como 12
foram perdidas, devemos estornar 10% (12 de 120). O estorno de um crédito é um débito, portanto deve-se
debitar de R$ 8,16 (10% x R$ 81,60).
D: R$ 8,16
Débito Crédito
R$ 13,65 R$ 192,00
R$ 1.040,40 R$ 21,60
R$ 469,20 R$ 81,60
R$ 30,60
R$ 15,30
R$ 8,16
APURAÇÃO
R$ 1.577,31 R$ 295,20
RESULTADO
R$ 1.282,11
Gabarito: Letra A.
17. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Considere os seguintes eventos realizados por um estabelecimento varejista, não
optante pelo Simples Nacional, localizado em Chapecó/SC.
1. recebe, para revenda, 6 aparelhos eletrônicos fabricados na China, de fornecedor localizado em Foz do
Iguaçu/PR, no valor de R$ 1.500,00 cada, e 15 cadeiras de madeira, fabricadas em Minas Gerais, com
matéria-prima proveniente do Pará, de fornecedor localizado em Uberaba/MG, no valor de R$ 1.050,00
cada;
2. recebe 6 baldes de sabão líquido sem odor, destinado à limpeza do escritório administrativo do
estabelecimento, no valor de R$ 200,00 cada, fabricados no Rio de Janeiro, de fornecedor paulista;
58
3. recebe 40 caixas de papelão com a marca da loja, para embalar os produtos vendidos, no valor de R$
10,00 cada, nacionais, de fornecedor local;
4. dá saída, a título de venda, em 2 aparelhos eletrônicos para consumidor local e 12 cadeiras para
consumidor gaúcho, que foram remetidas por transportadora, para sua residência, ao valor
respectivamente de R$ 2.250,00 e R$ 1.750,00 cada;
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. O produto importado da China não tem similar nacional e está definido em lista
editada pela Camex para fins da Resolução n° 13/2012, do Senado Federal.
Os valores do crédito de ICMS passível de escrituração e o do ICMS total a recolher, no período, pelo
estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 3.330,00 e R$ 1.315,00
b) R$ 2.678,00 e R$ 1.717,00.
c) R$ 2.460,50 e R$ 1.934,50
d) R$ 3.038,00 e R$ 1.357,00.
e) R$ 3.300,00 e zero.
Comentários:
Item 1:
Operação 1 – Aquisição de 6 aparelhos eletrônicos a R$ 1.500 cada. Como se trata de mercadoria importada
sem similar nacional não devemos utilizar a alíquota de 4%, mas sim a alíquota interestadual, que entre
Estados Ricos é de 12%.
6 x R$ 1.500 x 12% = R$ 1.080,00. Como se trata de uma entrada, tem-se um crédito de ICMS.
C: R$ 1.080,00
Operação 2 – Aquisição de 15 cadeiras de fornecedor mineiro, no valor de R$ 1.050,00 cada. Por ser uma
operação interestadual entre Estados Ricos devemos utilizar a alíquota de 12%.
59
15 x R$ 1.050 x 12% = R$ 1.890,00. Como se trata de uma entrada, tem-se um crédito de ICMS.
C: R$ 1.890,00
Item 2:
Operação 1 – Recebimento de 6 baldes de sabão para uso a R$ 200 cada, o que só gera direito a crédito a
partir de 2033. Entretanto temos um débito referente ao DIFAL, por se tratar de uma operação interestadual
para uso.
6 x R$ 200 x DIFAL = 6 x R$ 200 x (Alíquota interna – Alíquota interestadual*) = 6 x R$ 200 x (17% - 12%) = R$
60,00
D: R$ 60,00
* A alíquota interestadual utilizada foi de 12% por se tratar de operação entre Estados Ricos.
Item 3:
Operação 1 – Recebimento, em operação interna, de 40 caixas de papelão para embalar produtos vendidos,
a R$ 10,00 cada.
40 x R$ 10 x 17% = R$ 68,00
C: R$ 68,00
Item 4:
D: R$ 765,00
Operação 2 – Venda de 12 cadeiras para consumidor gaúcho a R$ 1.750,00, em operação interestadual entre
2 Estados Ricos, sugerindo uma alíquota de 12%.
D: R$ 2.520,00
Além disso, por se tratar de um consumidor final não contribuinte teremos o DIFAL, que deverá ser recolhido
pelo contribuinte de SC.
D: R$ 1.050,00
60
Obs: Aqui precisamos subentender que o consumidor final gaúcho é não contribuinte para acertarmos a
questão, mas confesso que ela poderia ter sido mais clara.
Item 5:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Item 6:
Não há que se falar em débito ou crédito pois sequer temos fato gerador do ICMS.
Não há que se falar em estorno de crédito uma vez que não houve creditamento na entrada.
Débito Crédito
R$ 60,00 R$ 1.080,00
R$ 765,00 R$ 1.890,00
R$ 2.520,00 R$ 68,00
R$ 1.050,00
APURAÇÃO
R$ 4.395,00 R$ 3.038,00
RESULTADO
R$ 1.357,00
Gabarito: Letra D.
61
e) o serviço tomado vier a ser utilizado para outra prestação de serviço, tributada ou não.
Comentários:
(a) Falso. Não há limitações para o creditamento na prestação de serviço de transporte de carga. Quanto ao
transporte de pessoas, o STF já decidiu pela não incidência.
(c) Correto. Se a mercadoria pereceu, salvo exceções, deverá haver o estorno de crédito da entrada, uma
vez que não haverá mais saídas.
(d) Falso. Não há impedimento para o creditamento de embalagens, uma vez que irão acompanhar a saída
==590be==
das mercadorias. Também se permite o creditamento do ativo permanente, desde que respeitadas as regras
da legislação.
(e) Falso. O serviço tomado dá direito ao creditamento caso a posterior saída do serviço também seja
tributada. Nos casos em que a saída for não tributada realmente não há que se falar em creditamento.
Gabarito: Letra C.
19. (SEFAZ-RO/FGV/2017) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de mercadoria em seu
estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com alíquota inferior a de entrada.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações destinadas ao
exterior, devem ser estornados.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
62
Comentários:
(I) Falso. O fato de a saída possuir uma alíquota inferior a da entrada não é hipótese de estorno. Não
confunda com saídas com redução de alíquota ou BC, hipótese em que o crédito da entrada deve ser
estornado proporcionalmente. Por redução de alíquota entenda aquela que em regra é de 18%, mas que
excepcionalmente se utiliza 50% dela, ou seja, 9%.
(II) Correto.
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
(III) Falso.
Art. 35. § 2° Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a
ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior ou de operações com o
papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos.
Gabarito: Letra C.
b) Se a mercadoria recebida com intuito de revenda em operação tributada pelo ICMS vier a perecer ou
deteriorar-se, enquanto estiver armazenada no estabelecimento de contribuinte, o crédito de ICMS
escriturado no momento da entrada da mercadoria deve ser estornado.
c) As entradas de mercadorias resultantes de operações isentas ou não tributadas dão direito a crédito de
ICMS, mas tal crédito será vedado, se tais mercadorias forem utilizadas para fins alheios à atividade essencial
do estabelecimento.
d) Se, por ocasião da entrada da mercadoria, não existir razoável certeza de que a saída da mercadoria estará
sujeita a incidência do ICMS, o contribuinte deverá efetuar o crédito na entrada e o débito na saída, podendo
estornar eventuais acréscimos legais referentes à diferença entre o crédito e o débito.
63
Comentários:
(a) Falso. O crédito é vedado e não há previsão para manutenção na Constituição Federal e tampouco em lei
complementar nacional.
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
(b) Correto.
Art. 35. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado,
sempre que o serviço recebido ou o bem ou mercadoria entrada no estabelecimento vier
a ser:
(c) Falso. As entradas de mercadorias resultantes de operações isentas ou não tributadas não dão direito a
crédito.
(d) Falso. Alternativa bem confusa. Se na entrada o contribuinte entende que a saída será não tributada, não
deverá se creditar na entrada. Caso a saída se dê com débito, poderá se creditar extemporaneamente do
ICMS da entrada. Já se ele entende que a saída será tributada, se credita na entrada e, caso a saída seja não
tributada, deve efetuar o estorno.
(e) Falso. Não se estornam créditos referente a mercadorias que dão saída para o exterior.
Gabarito: Letra B.
21. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
II. A inscrição no Cadastro Fiscal do Estado do Acre pode ser feita de ofício.
64
III. É proibida a impressão, emissão e utilização de documentos estritamente comerciais a serem entregues
ao adquirente de bens, mercadorias ou serviços, com características semelhantes às dos documentos
fiscais, bem como a utilização de equipamentos ou máquinas de débito ou crédito registradas para pessoa
ou estabelecimento diverso.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
Comentários:
(I) Falso. A inscrição deve ser feita antes do início das atividades.
Art. 48. Os contribuintes definidos nesta Lei, inclusive o substituto tributário estabelecido
em outra unidade federada, inscrever-se-ão no Cadastro Fiscal do Estado do Acre, antes
do início de suas atividades, nos termos do regulamento.
(II) Correto. Caso o contribuinte não faça, a autoridade fiscal irá fazer de ofício.
(III) Correto.
Gabarito: Letra D.
22. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
65
II. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias quando o contribuinte tenha optado por
regime de abatimento de percentagem fixa a título do montante do imposto cobrado nas operações ou
prestações anteriores.
III. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias consideradas já tributadas nas demais
fases de sua comercialização.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - V.
Comentários:
(I) Correto.
(II) Correto.
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
(III) Correto.
66
Art. 34. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias, inclusive se
destinados ao uso, consumo ou ativo permanente do estabelecimento, ou a utilização de
serviços:
Gabarito: Letra E.
23. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
I. As obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos créditos escriturados no
mesmo período, acrescido do saldo devedor advindo de período ou períodos anteriores, se for o caso.
II. Em substituição ao regime de apuração normal mencionado no artigo anterior, o Poder Executivo
poderá determinar que o montante do imposto seja apurado por mercadoria ou serviço, dentro de
determinado período bem como por estimativa fixa ou variável.
III. O valor do crédito a ser transferido entre estabelecimentos do mesmo titular não poderá ser superior
ao saldo devedor apurado pelo estabelecimento destinatário.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - V.
Comentários:
(II) Correto.
(III) Correto.
Art. 44-C. O valor do crédito a ser transferido não poderá ser superior ao saldo devedor
apurado pelo estabelecimento destinatário.
Gabarito: Letra D.
24. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
II. A mercadoria ou bem encontrado em situação irregular não poderá será apreendida e removido para a
repartição fiscal competente, devendo a autoridade fiscal lavrar todos os procedimentos onde eles se
encontrem.
III. A situação irregular de mercadoria ou serviço não se corrige pela ulterior emissão de documentação
fiscal idônea.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - V.
68
Comentários:
(I) Correto.
(II) Falso. Poderá haver apreensão, mas serão liberados assim que produzidas, para fins de instrução
processual, as provas do ilícito.
(III) Correto.
Art. 58. A situação irregular de mercadoria ou serviço não se corrige pela ulterior emissão
de documentação fiscal idônea, sendo considerado em integração dolosa no movimento
comercial do Estado do Acre, sujeitando os responsáveis às penalidades previstas em lei.
Gabarito: Letra B.
69
LISTA DE QUESTÕES
Considerando as informações acima e alíquota interna de 18% para fins didáticos, assinale a seguir a
afirmativa correta.
c) Em cada um dos meses de fevereiro e de março o contribuinte pode se creditar de R$ 150,00, relativos à
máquina adquirida.
e) Os débitos a serem lançados na escrita fiscal do contribuinte no mês de março totalizam R$ 17.000,00.
Tendo em vista a situação descrita, e considerando as normas relativas ao ICMS, assinale a afirmativa
correta.
e) Y está obrigado a estornar integralmente o crédito escriturado relativo aos produtos a e c e 50% do crédito
relativo ao produto b.
Com relação ao crédito do ICMS, relativo à aquisição de bem destinado ao ativo permanente, o
contribuinte efetuou regular apropriação em prazo inferior a 4 (quatro) anos _____.
a) porque o bem do ativo foi alienado antes de decorrido o prazo de 4 (quatro) anos, contado da data de sua
aquisição.
c) porque o total das operações de saídas tributadas no período foi inferior ao das saídas com destino ao
exterior, no mesmo período.
d) porque a escrituração da nota fiscal relativa à aquisição do bem se deu fora do prazo regulamentar,
embora no mesmo período de apuração da respectiva entrada.
e) porque a atividade desenvolvida pelo contribuinte adquirente do bem era exclusivamente comercial.
II. Os créditos eram referentes a mercadorias que se destinaram à integração ou consumo em processo de
industrialização de produtos, cujas saídas resultantes gozam de isenção do ICMS.
IV. Os créditos eram referentes a operações tributadas (praticadas por Sociedade empresarial 'X'),
posteriores a saídas isentas de produtos agropecuários, e correspondiam ao imposto cobrado nas
operações anteriores a estas.
Assinale a quantidade de afirmativas que justifiquem a glosa dos créditos promovida pela fiscalização.
a) Uma.
71
b) Duas.
c) Três.
d) Quatro.
e) Nenhuma.
- Operação 1: A Sociedade Anônima O2B vende à empresa Laranjeira Ltda. matérias-primas no valor de R$
100,00, em operação sujeita ao ICMS.
- Operação 2: A partir das matérias-primas adquiridas de O2B e de energia elétrica, adquirida ao custo de
R$ 20,00 da concessionária local, tributada normalmente, a empresa Laranjeira Ltda. aplica mão-de-obra
ao custo de R$ 10,00 para elaborar produtos e os vende, com isenção do ICMS, à empresa Pinto da Silva e
Cia., para quem tais produtos são insumos para a sua produção.
- Operação 3: A empresa Pinto da Silva e Cia. efetua transformação dos insumos adquiridos, com
tributação normal, da Laranjeira Ltda., e vende seu produto em operação tributada ao consumidor final
por R$ 200,00.
a) R$ 40,00.
b) R$ 42,00.
c) R$ 44,00.
d) R$ 48,00.
e) R$ 64,00.
a) R$ 600,00 e R$ 20,00.
72
b) R$ 750,00 e R$ 25,00.
c) R$ 600,00 e nihil.
d) R$ 750,00 e nihil.
e) R$ 36.000,00 e R$ 1.200,00.
07. (SEFAZ-RJ/FGV/2007/Adaptada) Considerando a lei do ICMS do Acre, o contribuinte não terá que
efetuar o estorno do ICMS creditado na entrada da mercadoria no estabelecimento quando ela:
b) for objeto de saída não tributada ou isenta, sendo essa circunstância imprevisível na data da entrada da
mercadoria.
08. (SEFAZ-RJ/FGV/2007/Adaptada) SOL Ltda., indústria de móveis sediada no Acre, apresenta em sua
escrituração os seguintes registros:
valor do ICMS incidente sobre as mercadorias recebidas no mês para serem utilizadas como matérias-
primas na industrialização de seus produtos: R$ 15.000,00;
valor do ICMS referente à energia elétrica consumida no mês no estabelecimento industrial: R$ 2.500,00;
vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Fortaleza-CE, para
ser revendido: valor total das operações = R$ 100.000,00;
vendas de produtos de sua fabricação para estabelecimento comercial localizado em Curitiba-PR, para ser
revendido: valor total das operações = R$ 200.000,00;
valor do ICMS referente à máquina entrada no estabelecimento em 15 de janeiro de 2008 e adquirida para
integrar seu ativo imobilizado: R$ 9.600,00;
73
a) R$ 3.690,00.
b) R$ 18.090,00.
c) R$ 13.090,00.
d) R$ 12.090,00.
e) R$ 18.290,00.
a) 1º de janeiro de 2008.
b) 1º de janeiro de 2033.
c) 1º de janeiro de 2010.
d) 1º de janeiro de 2009.
e) 1º de janeiro de 2012.
II. Adicionam-se aos débitos os estornos de créditos e o saldo credor apurado no período anterior.
III. Os créditos do período são constituídos, dentre outros, pelos valores do imposto relativo às operações
de que decorrerem as entradas de mercadorias no estabelecimento.
Assinale:
74
I. Quando o crédito tributário for constituído de imposto e demais acréscimos legais, como atualização
monetária, juros de mora e penalidades, o pagamento parcial do montante devido, ainda que atribuído
pelo contribuinte a uma só dessas rubricas, será imputado proporcionalmente a cada uma de suas parcelas
constitutivas.
II. O pagamento do ICMS não pode ser exigido antes da ocorrência do fato gerador.
III. O contribuinte deve entregar ao destinatário o documento fiscal correspondente à operação, desde
que solicitado.
Assinale:
De forma legal e correta, a autoridade fazendária deu por válida tal apropriação, porquanto:
e) não existe restrição legal alguma acerca do aproveitamento de crédito de ICMS relativo ao recebimento
de serviços de comunicação.
13. (SEFAZ-AP/FGV/2010) Certo contribuinte lançou a crédito o ICMS relativo a determinada mercadoria
entrada no estabelecimento e, posteriormente, efetivou seu estorno integral. Dentre as alternativas a
seguir apenas uma não justifica adequadamente o procedimento do contribuinte.
Assinale-a.
a) A mercadoria integrou processo de industrialização, sendo isenta a saída do produto dele resultante.
b) A respectiva nota fiscal tinha sido emitida há quatro anos antes da apropriação do crédito nela destacado.
e) O respectivo documento fiscal deparou-se inidôneo, por não ser o exigido para a operação.
a) violará a legislação, pois não é permitido que a empresa credite ICMS de valores cobrados pela entrada
de energia elétrica.
b) poderá creditar o ICMS incidente somente sobre a entrada de energia no estabelecimento onde funciona
a área administrativa.
c) poderá creditar o ICMS incidente somente sobre a entrada de energia no estabelecimento onde se realiza
atividade de exclusiva industrialização.
e) violará a legislação, pois tal operação é restrita a empresas que fabriquem produtos destinados à
exportação.
76
15. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Os seguintes eventos foram realizados por um estabelecimento comercial, não
optante pelo Simples Nacional, localizado em Blumenau/SC.
1. recebe, para revenda, 5 camisas masculinas, fabricadas na Bolívia, de fornecedor paulista, no valor de
R$ 100,00 cada e 12 calças masculinas, fabricadas em Minas Gerais, com matéria-prima de Mato Grosso,
de fornecedor local, no valor de R$ 160,00 cada;
3. recebe 100 unidades de sacola com a marca da loja, de material reciclável, nacional, para embalar os
produtos vendidos, no valor de R$ 1,50 cada, de fornecedor local;
4. dá saída, a título de venda, em 3 camisas para consumidor local e 1 camisa para consumidor mineiro,
que saiu da loja já vestindo a camisa, ao valor de R$ 180,00 cada; e dá saída em 6 calças para consumidor
local e 3 calças para consumidor goiano, com entrega via Sedex, ao valor de R$ 250,00 cada;
6. utiliza 40 sacolas para embrulhar os produtos vendidos e entregues, perde 10 e fica com o restante em
estoque.
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. Os produtos importados têm similar nacional e não são fabricados conforme
processos produtivos básicos.
Os valores referentes ao crédito de ICMS passível de escrituração e ao total do ICMS a recolher, no período,
pelo estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 346,40 e R$ 174,10.
b) R$ 346,40 e R$ 150,70.
c) R$ 371,90 e R$ 151,15.
d) R$ 346,40 e R$ 101,65.
e) R$ 371,90 e R$ 133,00.
1. recebe, para revenda, 5 caixas de bebida, fabricadas na França, com 12 garrafas em cada caixa, de
fornecedor capixaba, no valor de R$ 80,00 cada garrafa e 3 caixas de doces, fabricados em Minas Gerais,
com matéria-prima oriunda de Goiás, de fornecedor paranaense, no valor de R$ 60,00 cada;
77
2. recebe 7 vassouras limpeza leve, com pelos macios, para uso no departamento de pessoal, para limpar
as fichas e arquivos, no valor de R$ 15,00 cada, fabricadas na China, de fornecedor gaúcho;
3. recebe 120 unidades de embalagem de isopor, para embalar as garrafas de bebida vendidas, com a
marca do estabelecimento, no valor de R$ 4,00 cada, nacionais, de fornecedor local;
4. promove a saída, a título de venda, de 3 caixas de bebida, com 12 garrafas em cada caixa, para
consumidor local, que pediu entrega domiciliar, e de 1 caixa de bebida, de igual quantidade de garrafas,
para consumidor estrangeiro, que retirou no balcão, ao valor de R$ 170,00 e R$ 230,00 respectivamente,
cada garrafa;
5. promove a saída de 2 caixas de doces para um bufê infantil local e de 1 caixa de doce para um cliente
não identificado, que retirou no local e pagou em dinheiro, a R$ 90,00 cada;
6. utilizou 5 vassouras no departamento de pessoal, mas perdeu outras duas durante uma operação de
lavagem rápida no estabelecimento;
7. utilizou 48 embalagens de isopor, nas vendas realizadas, mas 12 se estragaram com o calor, restando as
demais 60 em perfeito estado.
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. Os produtos importados têm similares nacionais e não são produzidos em
conformidade com processos produtivos básicos
O valor do crédito de ICMS passível de escrituração e o valor do ICMS a recolher ao Estado de Santa
Catarina, no período, pelo estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 295,20 e R$ 1.282,11.
b) R$ 679,20 e R$ 898,11
c) R$ 213,60 e R$ 1.363,71.
d) R$ 295,20 e R$ 812,91.
e) R$ 213,60 e R$ 1.396,35.
17. (SEFAZ-SC/FCC/2018) Considere os seguintes eventos realizados por um estabelecimento varejista, não
optante pelo Simples Nacional, localizado em Chapecó/SC.
1. recebe, para revenda, 6 aparelhos eletrônicos fabricados na China, de fornecedor localizado em Foz do
Iguaçu/PR, no valor de R$ 1.500,00 cada, e 15 cadeiras de madeira, fabricadas em Minas Gerais, com
matéria-prima proveniente do Pará, de fornecedor localizado em Uberaba/MG, no valor de R$ 1.050,00
cada;
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2. recebe 6 baldes de sabão líquido sem odor, destinado à limpeza do escritório administrativo do
estabelecimento, no valor de R$ 200,00 cada, fabricados no Rio de Janeiro, de fornecedor paulista;
3. recebe 40 caixas de papelão com a marca da loja, para embalar os produtos vendidos, no valor de R$
10,00 cada, nacionais, de fornecedor local;
4. dá saída, a título de venda, em 2 aparelhos eletrônicos para consumidor local e 12 cadeiras para
consumidor gaúcho, que foram remetidas por transportadora, para sua residência, ao valor
respectivamente de R$ 2.250,00 e R$ 1.750,00 cada;
Considere que os produtos são sujeitos à alíquota interna de 17% em todos os Estados e tributados
normalmente, sem substituição tributária, antecipação de pagamento, isenção, redução de base de cálculo
ou crédito outorgado. O produto importado da China não tem similar nacional e está definido em lista
editada pela Camex para fins da Resolução n° 13/2012, do Senado Federal.
Os valores do crédito de ICMS passível de escrituração e o do ICMS total a recolher, no período, pelo
estabelecimento, são, respectivamente,
a) R$ 3.330,00 e R$ 1.315,00
b) R$ 2.678,00 e R$ 1.717,00.
c) R$ 2.460,50 e R$ 1.934,50
d) R$ 3.038,00 e R$ 1.357,00.
e) R$ 3.300,00 e zero.
e) o serviço tomado vier a ser utilizado para outra prestação de serviço, tributada ou não.
79
19. (SEFAZ-RO/FGV/2017) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
( ) O sujeito passivo do ICMS deverá estornar crédito decorrente de entrada de mercadoria em seu
estabelecimento, quando esta mercadoria for objeto de saída com alíquota inferior a de entrada.
( ) Os créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações destinadas ao
exterior, devem ser estornados.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
b) Se a mercadoria recebida com intuito de revenda em operação tributada pelo ICMS vier a perecer ou
deteriorar-se, enquanto estiver armazenada no estabelecimento de contribuinte, o crédito de ICMS
escriturado no momento da entrada da mercadoria deve ser estornado.
c) As entradas de mercadorias resultantes de operações isentas ou não tributadas dão direito a crédito de
ICMS, mas tal crédito será vedado, se tais mercadorias forem utilizadas para fins alheios à atividade essencial
do estabelecimento.
d) Se, por ocasião da entrada da mercadoria, não existir razoável certeza de que a saída da mercadoria estará
sujeita a incidência do ICMS, o contribuinte deverá efetuar o crédito na entrada e o débito na saída, podendo
estornar eventuais acréscimos legais referentes à diferença entre o crédito e o débito.
80
21. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
II. A inscrição no Cadastro Fiscal do Estado do Acre pode ser feita de ofício.
III. É proibida a impressão, emissão e utilização de documentos estritamente comerciais a serem entregues
ao adquirente de bens, mercadorias ou serviços, com características semelhantes às dos documentos
fiscais, bem como a utilização de equipamentos ou máquinas de débito ou crédito registradas para pessoa
ou estabelecimento diverso.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - F.
22. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
II. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias quando o contribuinte tenha optado por
regime de abatimento de percentagem fixa a título do montante do imposto cobrado nas operações ou
prestações anteriores.
III. Não dão direito a crédito as entradas de bens ou mercadorias consideradas já tributadas nas demais
fases de sua comercialização.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
81
e) V - V - V.
23. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
I. As obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos créditos escriturados no
mesmo período, acrescido do saldo devedor advindo de período ou períodos anteriores, se for o caso.
II. Em substituição ao regime de apuração normal mencionado no artigo anterior, o Poder Executivo
poderá determinar que o montante do imposto seja apurado por mercadoria ou serviço, dentro de
determinado período bem como por estimativa fixa ou variável.
III. O valor do crédito a ser transferido entre estabelecimentos do mesmo titular não poderá ser superior
ao saldo devedor apurado pelo estabelecimento destinatário.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
d) F - V - V.
e) V - V - V.
24. (Inédita) Analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para a verdadeira e (F) para falsa.
II. A mercadoria ou bem encontrado em situação irregular não poderá será apreendida e removido para a
repartição fiscal competente, devendo a autoridade fiscal lavrar todos os procedimentos onde eles se
encontrem.
III. A situação irregular de mercadoria ou serviço não se corrige pela ulterior emissão de documentação
fiscal idônea.
a) V - F - F.
b) V - F - V.
c) F - V - F.
82
d) F - V - V.
e) V - V - V.
83
GABARITO
1. D 10. D 19. C
2. C 11. A 20. B
3. A 12. D 21. D
4. C 13. B 22. E
5. E 14. C 23. D
6. A 15. C 24. B
7. E 16. A
8. B 17. D
9. B 18. C
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