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Aula 07

ISS-Caruaru (Técnico Fazendário)


Código Tributário Municipal - 2023
(Pós-Edital)

Autor:
Bruno Langoni

02 de Março de 2023

09653778498 - Yuri Douglas


Bruno Langoni
Aula 07

Sumário

1) As taxas na Constituição Federal e no CTN ............................................................................. 4

2) As taxas na Lei Complementar 015/09 ................................................................................... 12

2.1 Taxa de Licença Para Localização e Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais,


Industriais, Prestadores de Serviços e Similares da Licença para Localização e Funcionamento
.................................................................................................................................................... 14

2.1.1 Do comércio Ambulante Eventual ................................................................................. 19

2.1.2 Circos, teatros de arena, parques de diversões, pavilhões e feiras ............................... 20

2.1.3 Cinemas, teatros e auditórios, clubes recreativos e dos salões de festas ..................... 22

2.1.4 Funcionamento de garagem comercial, estacionamento e Guarda de Veículos........... 22

2.1.5 Funcionamento de oficinas de conserto de veículos ..................................................... 23

2.1.6 Armazenamento e comércio de inflamáveis e explosivos ............................................. 23

2.1.7 Exploração de recursos minerais ................................................................................... 24

2.2 Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de Estabelecimento


.................................................................................................................................................... 25

2.3 Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e Parcelamento............... 28

Questões Comentadas .................................................................................................................. 32

Lista de Questões .......................................................................................................................... 52

Gabarito ......................................................................................................................................... 60

Anexo - Lei Seca ............................................................................................................................ 61

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INTRODUÇÃO
Olá, meu amigo concurseiro (a)!

Como foram na aula anterior? Espero que tenham conseguido compreender adequadamente os
conceitos trabalhados em aula.

Lembrem-se, sempre, de inserir suas dúvidas no fórum, de modo que consigamos esgotar,
sempre, todo conteúdo tratado em aula. Combinado?

.............................................................................................................................

A regra aqui é não deixar nada passar em branco, então não se esqueçam de compartilhar suas
dúvidas.

Portanto, caso surja qualquer dúvida, tanto com relação à exposição do conteúdo teórico ou,
ainda, com relação aos exercícios propostos, conte com a minha ajuda através do Fórum de
Dúvidas.

Estarei à disposição para auxiliá-lo a superar qualquer dificuldade no aprendizado da nossa


disciplina.

Conte comigo para que, juntos, vençamos essa batalha!

Caso, ainda, queira ficar por dentro das notícias relativas a concursos em geral, você também me
encontra no Instagram. Lá nós conversamos sobre diversos temas relacionados à preparação, de
uma forma geral, e ainda compartilho diversas questões comentadas da disciplina Legislação
Tributária Municipal.

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Conforme previsto em nosso cronograma, hoje estudaremos as Taxas, conforme disciplina da Lei
Complementar 015/09.

Antes de começarmos o estudo da legislação específica, analisaremos, assim como fizemos com
os demais tributos, as disposições da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional.

Vale destacar que os tópicos que hoje estudaremos são mais "decorebas", motivo pelo qual a
leitura da lei seca, que se encontra ao final desta aula, é extremamente recomendável.

Ao final da aula trabalharemos questões acerca do conteúdo estudado, para nos acostumarmos
ao padrão de cobrança das provas de Legislação Tributária Municipal.

Sem mais delongas, mãos à obra!!

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1) AS TAXAS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E NO CTN

As taxas são tributos de competência comum à União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Poderão as taxas ser criadas desde que existem uma das duas hipóteses previstas no artigo 145,
II, da Constituição Federal:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:

(...)

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

Vejamos, ainda, o artigo 77 do CTN, que traz disposições bem semelhantes:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia , ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço
público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos
que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.

Com base no que aprendemos em Direito Tributário, precisamos nos lembrar de que as taxas são
tributos vinculados, no sentido de que seu fato gerador sempre estará relacionado a uma atividade
estatal prestada ao contribuinte. Daí sua completa dissociação dos impostos, cujo fato gerador
independente de qualquer atividade prestada pelo Estado ao contribuinte.

As taxas visam satisfazer o custo dos serviços a ela relacionados, inobstante o produto de sua
arrecadação não seja vinculado.

Poderão as taxas, essencialmente, ser de duas naturezas:

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Dispõe, ainda, o parágrafo único do artigo 77 que as taxas:

 Não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto,
 Não pode ser calculada em função do capital das empresas.

Com relação à primeira asserção, é importante que nos lembremos de Súmula que vimos quando
do estudo do IPTU, que dispõe:

Súmula Vinculante 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de


taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de
STF determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma
base e outra.

Portanto, a utilização de um ou mais elementos da base de cálculo de imposto, para cálculo da


taxa, é admitida, de acordo com a Corte Suprema. O que se veda é a completa identidade entre
uma base (impostos) e outra (taxa).

No que tange à segunda asserção, de que as taxas não podem ser calculadas em função do capital
das empresas, observa-se que essa é uma consequência direta da diferença entre as naturezas
tributárias dos dois tributos, eis que as taxas deverão se vincular a uma atividade estatal relativa
ao contribuinte, ao passo que os impostos não guardam qualquer relação com contraprestações
estatais. Uma taxa que fosse calculada em função, exclusivamente, do capital das empresas, se
afastaria do seu próprio conceito de taxa.

Alguns requisitos para a instituição das taxas de polícia são muito importantes. Vejamos as
disposições do Código Tributário Nacional relacionados:

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Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade , regula a prática de ato
ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à
higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício
de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público,
à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos.

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância
do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem
abuso ou desvio de poder.

Portanto, de acordo com o artigo 78, poder de polícia é a atividade da administração pública que
regula e fiscaliza o desempenho de certas atividades pelos particulares, tendo em vista razões de
interesse público. Com base nesse poder, poderá a administração limitar ou disciplinar direito,
interesse ou liberdade, relacionadas às atividades desempenhadas pelos particulares, de modo a
buscar o interesse da coletividade, que deve prevalecer frente a interesses individuais.

É, ainda, considerado regular o poder de polícia quando desempenhado nos limites da lei, pelo
órgão competente, abuso ou desvio de poder.

Com relação à cobrança de taxas de polícia, entendem doutrina e jurisprudência que, quando se
refere ao desempenho pelo "órgão competente", é suficiente que haja estrutura administrativa
organizada e em efetivo funcionamento, não sendo necessário que, para que se cobre a taxa,
todos os contribuintes sejam efetivamente fiscalizados. Em âmbito municipal, algumas taxas no
exercício do poder de polícia são usualmente cobradas:

 Taxa de Fiscalização Sanitária,


 Taxa de Funcionamento de Estabelecimentos,
 Taxa de Alvará para a Execução de Obras.

Com relação à taxa de serviços, vejamos os dispositivos relacionados:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:

I - utilizados pelo contribuinte:

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a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;

b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória , sejam postos à sua


disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento ;

II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de


intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;

III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente , por parte de cada um


dos seus usuários.

Os serviços públicos que podem ser objeto de taxas de serviços dividem-se em: específicos e
divisíveis. É comum que as provas costumem cobrar os conceitos de cada um deles. Vejamos,
então:

As taxas poderão ser cobradas em razão de serviços utilizados efetiva ou potencialmente pelos
contribuintes.

No caso dos serviços utilizados efetivamente pelo contribuinte, não há margens para dúvidas:
utilizou o serviço, será devida a taxa.

Já no caso de utilização potencial, no caso dos serviços de utilização compulsória , há que se


verificar dois requisitos :

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 Serviços estejam em efetivo funcionamento ,


 Serviços sejam colocados à disposição do contribuinte .

Um bom exemplo é a taxa de coleta de lixo domiciliar que, dada sua importância, costuma ser
classificado como de utilização compulsória . Nesse caso, ainda que o contribuinte não usufrua
efetivamente do serviço, dele será cobrada a taxa de lixo, desde que o serviço esteja em efetivo
funcionamento e seja colocado a sua disposição.

Com relação ao tema, inclusive, já decidiu o STF:

Súmula Vinculante 19: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos


serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo
STF ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da
Constituição Federal.

Entende o STF que a coleta de lixo domiciliar é atividade dotada de especificade e divisibilidade,
requisitos essenciais à instituição de toda sorte de taxa de serviço.

Para a Corte Suprema, a atividade de coleta domiciliar de lixo que pode dar ensejo à cobrança da
taxa não se confunde com a atividade de limpeza realizada em benefício da população em geral
(uti universi) e de forma indivisível, tais como a de limpeza de logradouros e bens públicos.

Vale destacar, também, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria
de impostos para a instituição da taxa de coleta domiciliar de lixo, que o STF admite a
constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos
elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto , desde que não
se verifique identidade integral entre uma base e a outra.

Por fim, é importante destacar os conceitos de serviços uti singuli e uti universi:

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No que concerne o serviço de iluminação pública, há a seguinte Súmula Vinculante do STF:

Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode


ser remunerado mediante taxa.
STF

Para remunerar os serviços de iluminação pública deve ser instituída a COSIP - Contribuição para
o Custeio do Serviço de Iluminação Pública, conforme prevê o art. 149-A da Constituição Federal.

(CEBRASPE - Auditor Fiscal da Receita Estadual - SEFAZ-AL - 2020) A respeito da


competência tributária e do conceito e da classificação dos tributos, julgue o item a seguir.

O conceito de taxa pressupõe a utilização efetiva de serviços públicos específicos e divisíveis, ou


o exercício do regular poder de polícia.

Comentários:

Incorreto. Há possibilidade de instituição de taxas, nos casos de serviços de utilização


compulsória, quando os serviços sejam utilizados apenas potencialmente pelos contribuintes,
desde que:

- Estejam em efetivo funcionamento,


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- Sejam colocados à disposição do contribuinte.

Logo, incorre em erro a assertiva ao limitar a instituição de taxas aos serviços efetivamente
utilizados pelos contribuintes.

Gabarito: errado

(Instituto AOCP - Auditor Fiscal de Tributos Municipais - Pref. Betim - 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o
exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido,
assinale a alternativa incorreta.

A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.

B) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão


competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

C) Os serviços públicos consideram-se divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente,


por parte de cada um dos seus usuários.

D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.

E) Os serviços públicos consideram-se específicos, quando possam ser destacados em unidades


autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas.

Comentários:

Analisemos cada uma das alternativas:

A) Correto. É o que dispõe, de forma literal, o artigo 77 do Código Tributário Nacional.

B) Correto. É o que dispõe expressamente o artigo 78, parágrafo único, do Código Tributário
Nacional.

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C) Correto. De acordo com o artigo 79, II, a divisibilidade relaciona-se ao fato de ser possível de
utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

D) Incorreto. O conceito trazido pela alternativa relaciona-se ao preço público (ou tarifa)
submetido à regime contratual, e não de Direito Público. Dada o regime contratual, é necessário
que haja expressa manifestação de vontade para a formação da relação.

E) Correto. É a disciplina do artigo 79, I, do Código Tributário Nacional.

Gabarito: D

A seguir, veremos os principais pontos acerca das taxas previstas na Lei Complementar 015/09.

Importante salientar que o estudo dos tópicos a seguir não dispensa a leitura atenta da lei seca,
indispensável em tópicos em que a literalidade é mais exigida.

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2) A S TAXAS NA LEI COMPLEMENTAR 015/09

Como método alternativo de estudo, o presente tópico será abordado através de esquemas,
resumos e comentários pontuais, quando estes se mostrarem necessários para a adequada
compreensão do tópico.

Entendo ser essa a melhor forma de trabalharmos o assunto "Taxas", tendo em vista a pouca
tecnicidade do assunto. Dito de outro modo, é assunto em que se exige, principalmente, a
memorização do texto legal.

Dito isso, é indispensável que, de forma concomitante ao estudo dos tópicos reproduzidos em
aula, seja realizada, também, leitura atenta do texto "seco" da lei , que se encontra ao final desta
aula.

Conforme estudamos acima, a cobrança das taxas de competência municipal decorre:

1. Do exercício regular do poder de polícia municipal,


2. Da utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos à sua disposição.

Para aquecer os motores, vejamos, para os fins de incidência das taxas, como a LC 015/09
conceitua poder de polícia:

Conceito de poder de
polícia

A atividade da administração pública municipal que, limitando ou disciplinando direito, interesse


ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato , em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos.

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Destacou ainda o legislador que a incidência e o lançamento das taxas em razão do poder de
polícia municipal:

A incidência das taxas:


1. não produzem efeitos licenciatórios

a) da denominação contratual, contábil ou gerencial da


atividade desempenhada
b) da existência de estabelecimento fixo
c) do cumprimento de quaisquer exigências legais,
2. independem: regulamentares ou administrativas relativas à atividade,
sem prejuízo das cominações cabíveis
d) do resultado financeiro da atividade ou do pagamento
pelo serviço prestado, pela mercadoria vendida ou pelo
produto industrializado ou extraído

Vejamos, agora, as taxas que integram o Sistema Tributário do Município de Caruaru:

TAXAS
1) Taxa de Licença para Localização e Funcionamento

2) Taxa de Fiscalização para Localização e Funcionamento de


Atividades

Decorrentes 3) Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e


do exercício Parcelamento do Solo
regular e
4) Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade
efetivo do
poder de 5) Taxa de Fiscalização Sanitária
polícia
6) Taxa de Fiscalização de Veículo de Transporte de Passageiro

7) Taxa de Fiscalização de Máquina, de Motor e de Equipamento


Eletromecânico

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8) Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em


Horário Extraordinário

1) Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de Vias Públicas


Decorrentes da
prestação de 2) Taxa de Coleta de Resíduos
serviços
públicos 3) Taxa de Expediente

Feita essa breve introdução, comecemos o nosso estudo pela Taxa de Licença Para Localização e
Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais, Industriais, Prestadores de Serviços e Similares
da Licença para Localização e Funcionamento.

2.1 Taxa de Licença Para Localização e Funcionamento de Estabelecimentos


Comerciais, Industriais, Prestadores de Serviços e Similares da Licença para
Localização e Funcionamento

A Taxa de Licença Para Localização e Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais, Industriais,


Prestadores de Serviços e Similares da Licença para Localização e Funcionamento, que se funda
no poder de polícia do Município, está prevista nos artigos 345 a 381 da LC 015/09, apresentando
algumas especificidades em razão da natureza da atividade desenvolvida.

Vejamos, de forma esquemática, os elementos estruturantes da presente taxa:

Fato gerador: a localização e o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial,


industrial, de crédito, seguro, capitalização, agropecuário, de prestação de serviço de qualquer
natureza profissional ou decorrente de profissão, arte, oficio ou função, depende do
pagamento da taxa de licença .

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Observação adicional: nenhum estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços


ou similar, poderá iniciar suas atividades no Município, sem que tenha sido previamente obtida
a licença para localização e funcionamento, expedida pela Secretaria de Finanças do Município.

Diante do exposto, precisamos conhecer alguns importantes conceitos:

 Considera-se estabelecimento: o local do exercício de qualquer atividade sujeita à taxa,


ainda que exercida no interior de residência, com localização fixa ou não, excetuando-se
apenas aqueles isentos por lei.
 A concessão e renovação da licença : será condicionada à prévia regularização da
situação fiscal do imóvel onde funcionará a sede do estabelecimento, exceto no caso do
Microempreendedor Individual-MEI .

Momento de ocorrência do fato gerador:

A taxa será devida :


I – Na instalação: no caso de abertura de estabelecimento

II – Na renovação anual da
relativa aos estabelecimentos em funcionamento
licença:

III – Nos demais casos: Conforme disciplina na própria LC 015/09

Destaque-se que a licença para localização, instalação inicial ou renovação , será concedida
mediante despacho, expedindo-se o alvará respectivo.

Acerca da licença concedida, vejamos alguns importantes aspectos:

1) A licença será válida somente para o exercício em que for concedida ou renovada .

2) A taxa independe de lançamento e será arrecadada quando da concessão da licença

3) Nenhum estabelecimento poderá prosseguir nas suas atividades sem estar de posse do
Alvará de Licença , após decorrido o prazo para pagamento da taxa de renovação

4) O Alvará de Licença será conservado em lugar visível e de acesso à fiscalização.

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Vejamos abaixo algumas importantes informações sobre os estabelecimentos:

Ademais, para efeito de pagamento da taxa, considera-se em funcionamento o estabelecimento


até a data do efetivo fim das suas atividades .

Sobre a baixa, consigne-se:

1) Para fins de comprovação tanto da data do início, quanto do fim das atividades das
atividades, deverá a fiscalização efetuar as diligências necessárias para tal, sendo
insuficiente apenas a apresentação de qualquer documento que venha a comprovar a
inatividade,
2) A concessão da baixa ficará condicionada ao recolhimento da taxa , que será cobrada de
forma proporcional ao número de meses em que o estabelecimento esteve em
funcionamento naquele exercício, sem prejuízo do pagamento dos tributos devidos em
exercícios anteriores,
3) A data da baixa da inscrição, em caso de falecimento de contribuinte pessoa física, será a
do óbito, inclusive para fins de cobrança da taxa ,
4) No caso de transferência ou sucessão de firma , os tributos vencidos e vincendos serão de
responsabilidade do adquirente ou sucessor .

Cabe ressaltar que a dispensa de tributos municipais não implica na dispensa da licença ora em
análise.

Uma vez concedida a licença, será expedido, em favor do interessado, o respectivo alvará.

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A licença para localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais,


prestadores de serviços e similares, deverá ser requerida à Secretaria da Fazenda do Município ,
nos seguintes momentos:

1) antes do início das atividades ,


2) quando se verificar mudança de atividade ,
3) quando ocorrerem alterações nas características essenciais constantes no alvará
anteriormente expedido, e
4) quando da renovação anual.

Frise-se que o fato de já ter funcionado no mesmo local , estabelecimento igual ou semelhante,
não cria direito para a altura de estabelecimento similar.

Agora, apresentemos alguns requisitos especiais, que demandam certa dose de memorização:

Circunstâncias especiais sobre a taxa:


1) O estabelecimento industrial que tiver máquinas, fornalhas, fornos e outros dispositivos
onde se produza ou concentre calor, mediante combustão, deverá dispor de locais
apropriados para depósito de combustíveis e manipulação de materiais inflamáveis

2) A licença para a localização e funcionamento deve ser precedida de inspeção local, com
a constatação de estarem satisfeitas todas as exigências legais

3) Só será expedido alvará de funcionamento mediante parecer favorável dos órgãos


competentes, com atribuições inerentes ao requerido no processo, conforme legislação
específica vigente.

Observação inclui-se nessa previsão o parecer favorável pelo Corpo de Bombeiros Militar de
Pernambuco, nas hipóteses previstas no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico para o
Estado de Pernambuco e demais normas complementares.
4) Poderá ser aberto processo especial de licenciamento , com concessão de alvará
provisório, desde que após protocolado o pedido da licença, haja pendências apenas
documentais ou de procedimentos, e que os órgãos com atribuições legais em relação a
fiscalização não declarem impedimento ao funcionamento

Observação: a previsão em comento também se aplica aos estabelecimentos com pendências


de regularização de endereço pela Prefeitura ou Correios

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5) O alvará provisório terá prazo de validade de 30 a 180 dias , podendo ser prorrogado,
pela autoridade fiscalizadora, comprovada a efetiva necessidade

6) A licença para o funcionamento de açougues, padarias, hotéis, bares restaurantes,


farmácias e outros estabelecimentos congêneres, será sempre precedida de vistoria
local e de aprovação de autoridade sanitária competente

Ademais, destacou a LC 015/09 que o alvará de localização e funcionamento deverá ser


conservado no estabelecimento permanentemente, em lugar visível e de fácil acesso ao
público.

A licença de localização e funcionamento poderá ser cassada ou suspensa , conforme o caso:

Situações que ensejam a suspensão ou cassação da licença:


a) quando se tratar de negócio diferente do requerido
b) como medida preventiva a bem da higiene, da
moral, do sossego, do trânsito e da segurança pública
c) se o licenciado se negar a exibir o alvará de
1) A licença será cassada:
localização à autoridade competente, quando
solicitado a fazê-lo
d) por solicitação da autoridade competente,
provados os motivos que fundamentem a solicitação
a) quando a irregularidade constatada seja passível de
ser sanada
2) A licença será suspensa : b) quando não houver recolhimento das taxas
incidentes sobre a licença
c) nos demais casos previstos em lei

Cassada ou suspensa à licença, o estabelecimento será imediatamente interditado até que sejam
sanadas as irregularidades. Veículos serão imediatamente descredenciados

Nesse sentido, destaquem-se:

 Será interditado todo estabelecimento que exercer atividades sem a licença , expedida em
conformidade com o que preceitua este Código.

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 Será apreendido todo veículo que exercer atividades com características de transporte
público de passageiros sem a devida licença , até regularização dos procedimentos fiscais
pertinentes.

2.1.1 Do comércio Ambulante Eventual

Vejamos agora aspectos relacionados ao licenciamento do exercício do ambulante e eventual.

Nesses termos, vejamos os conceitos de cada uma das atividades:

Aspectos conceituais :
para os efeitos desta lei, o exercício de venda
de porta em porta ou de maneira móvel, nos
Considera-se comércio ou serviço
logradouros públicos ou em locais de acesso
ambulante:
ao público, sem direito a permanência
definitiva
para os efeitos desta lei, o exercício de vendas
com apoio para mercadorias, em locais
Considera-se comércio eventual: predeterminados e autorizados pelo órgão
de Planejamento Municipal e de fácil acesso ao
público

Destaque-se que o exercício do comércio ambulante e do eventual dependem de licença prévia


do órgão competente da Prefeitura Municipal, em conformidade com as prescrições da Legislação
Tributária do Município e do que preceitua este Código.

Ainda, prescreve o art. 360 que o vendedor que usa veículos ou equipamentos, deverá atender
ainda às normas de controle sonoro da SUDEMA ou do órgão Ambiental Municipal, quando for
o caso.

Frise-se, também, que o profissional ambulante, inclusive aquele com autorização para
estacionamento de veículo ou outro equipamento temporário em logradouros públicos, será
responsável pela manutenção e limpeza do seu ponto ou em torno da área do logradouro , e
pelo acondicionamento do lixo e detritos.

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Vejamos agora, nos termos do art. 362, algumas hipóteses que são proibidas ao profissional
ambulante e eventual, sob pena de apreensão do material:

É proibido ao profissional ambulante e do comércio eventual, so b pena de apreensão do


material:
1) estacionar, por qualquer tempo, nos logradouros públicos, ou quando autorizado,
fora do local previamente indicado
2)
impedir ou dificultar o trânsito nos passeios públicos

3) ceder a outro a sua placa, a sua licença, bem como o equipamento ou veículo utilizado
no exercício de sua atividade, ressalvados os casos fortuitos plenamente justificados
4) usar placa, licença, equipamento ou veículo alheio para o exercício desta atividade,
sem que esteja devidamente autorizado por quem de direito
5)
negociar com ramo de atividade não licenciado

6)
estacionar em rótulas, ilhas, áreas ajardinadas, arborizadas ou gramadas

Observação: a comprovada violação às hipóteses acima é causa suficiente para impedir ou


suspender a renovação da licença para o exercício do comércio ambulante e eventual.

A renovação anual das licenças estabelecidas neste Código será efetuada pela Secretaria da
Fazenda e o alvará expedido após parecer satisfatório dos demais órgãos com competência legal
para controle da atividade.

Destaque-se, também, que a concessão de licença para localização de atividade do comercio


eventual, será previamente requerida e concedida através da Secretaria de Finanças.

Por derradeiro, prescreve a LC 015/09 ser proibido ao comércio ambulante e eventual, venda de
armas e munições, substâncias inflamáveis ou explosivos , carvão e, os artigos que ofereçam
perigo a saúde ou segurança pública.

2.1.2 Circos, teatros de arena, parques de diversões, pavilhões e feiras

Depende de prévia licença dos órgãos competentes da Prefeitura, mediante requerimento do


interessado, a localização e o funcionamento de:

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Depende de prévia licença a localização e o funcionamento de :


1) circos, teatros de arena, parques de diversões e similares

2) pavilhões e feiras

3) ranchos juninos, forrós e assemelhados, e outros espetáculos de divertimento público e


de funcionamento provisório

Ademais, deixou assente a lei municipal que a licença para localização será concedida após
atendimento às seguintes exigências adicionais:

1) apresentar parecer favorável da entidade municipal de urbanismo, com exceção de


unidades hospitalares e escolares instaladas num raio inferior de 200m de distância,
2) receber aprovação expressa do órgão Municipal de Transportes, Meio Ambiente e
Vigilância Sanitária,
3) atender a outras exigências julgadas necessárias, especialmente a proteção do ambiente,
dos equipamentos e das instalações urbanas,
4) mediante quitação dos tributos ou preços públicos pertinentes,
5) receber aprovação do Órgão competente, do CREA e da CELPE quanto às suas instalações,
inclusive quando da renovação da licença.

Observação: licença para o funcionamento é fornecida para o prazo máximo de 60 dias e só


será renovada por igual período, mediante nova vistoria e atendidas as seguintes exigências:

 apresentação de certidão de aprovação para o funcionamento, expedida pelo Corpo


de Bombeiros,
 observância das condições gerais de higiene, comodidade, conforto e segurança,
previamente constatadas pela fiscalização do órgão competente,
 compromisso formal de limpeza total do terreno ocupado e de suas imediações,
compreendendo a remoção do lixo, entulhos, detritos, assim como demolição e
aterramento de quaisquer instalações, inclusive as sanitárias, sendo exigida a prestação de
caução, como garantia da execução dos serviços.

Destaque-se que o não cumprimento das exigências acima importará na imediata suspensão
da licença concedida.

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A autorização e aprovação das normas acima, inclusive as de segurança expedidas pelos órgãos
competentes, serão afixadas em local visível ao público .

As instalações de circos, teatros de arena, parques de diversões e similares, pavilhões e feiras, não
poderão ser alteradas ou acrescidas de novos mecanismos ou aparelhos, sem a prévia
autorização do Órgão competente, da CELPE e do CREA (vale ressaltar que os mecanismos e
aparelhos só poderão iniciar seu funcionamento após vistoria.

2.1.3 Cinemas, teatros e auditórios, clubes recreativos e dos salões de festas

Os cinemas, teatros, auditórios e outros estabelecimentos similares, devem obedecer as


prescrições do Código Sanitário e de Segurança Contra Incêndios além das normas do Código
de Obras e Urbanismo.

Ainda, os cinemas, teatros, auditórios, clubes recreativos e salões de festas, só poderão funcionar
mediante a licença do órgão competente da Prefeitura Municipal.

Por derradeiro, deixou assente o art. 370 que os clubes recreativos e os salões de festas deverão
ser organizados e equipados de modo que sua vizinhança fique preservada de ruído ou incômodo
de qualquer natureza.

2.1.4 Funcionamento de garagem comercial, estacionamento e Guarda de


Veículos

Os estacionamentos, estabelecimentos de guarda de veículos e as garagens comerciais, só


poderão funcionar mediante alvará da Secretaria da Fazenda Municipal, exigindo-se
adicionalmente que:

1) apresente parecer favorável da entidade municipal de urbanismo ,


2) receba prévia aprovação expressa do Órgão Executivo de Trânsito, Meio Ambiente e
Vigilância Sanitária.

Observação: entende-se por garagem comercial, o estabelecimento que se dedica à


comercialização de estacionamento e guarda de veículos

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2.1.5 Funcionamento de oficinas de conserto de veículos

A localização e o funcionamento de oficina de conserto de veículos em geral, somente será


permitida mediante o recebimento de aprovação expressa do órgão Municipal de Transportes,
Urbanismo, Meio Ambiente e Vigilância Sanitária, além das demais disposições estabelecidas
neste código.

2.1.6 Armazenamento e comércio de inflamáveis e explosivos

Destacou o art. 373 da LC 015/09 que somente será permitido o armazenamento e comércio de
substâncias inflamáveis ou explosivos quando, além da licença para a localização e o
funcionamento, o interessado atender as exigências legais quanto a zona permitida, a
edificação e a segurança , sem prejuízo da observância das normas pertinentes apontadas por
outras esferas de governo.

Nesse passo, não será permitido depositar ou conservar nos logradouros públicos, mesmo que
temporariamente, inflamáveis ou explosivos , sob pena de os infratores terem os materiais
apreendidos, sem prejuízo da aplicação de outras penalidades.

Segundo o art. 375, em todo depósito, posto de abastecimento de veículos, armazenamento e


comércio de inflamáveis ou explosivos, será obrigatória a instalação de dispositivos de combate
a incêndios mantidos em perfeito estado de conservação e funcionamento, na forma estabelecida
pela Legislação pertinente.

Ademais, antes da formalização de processo para abertura de Posto de Abastecimento de


Combustíveis, Fabrica ou Depósito de Explosivos, o interessado deverá requerer um termo de
viabilidade do projeto junto a Secretaria de Planejamento do Município, que terá validade de 06
meses. A aprovação de projeto e consequentemente expedição de Alvará para construção ou
instalação de Postos de Revenda de Combustíveis ou Explosivos fica condicionada à apresentação
do laudo de análise do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Meio Ambiente do Município e
SUDEMA.

Por derradeiro, prescreveu o art. 377 que nos postos de serviços, dentre os quais se incluem os
lavajatos e de abastecimento de combustíveis, os serviços de lavagem e lubrificação de veículos
só poderão ser realizados em recintos apropriados, devendo ser dotados de drenagem adequada,
impedindo a acumulação de água, resíduos e detritos no solo, bem como o seu escoamento para
logradouro público ou para a rede de drenagem das águas pluviais.
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2.1.7 Exploração de recursos minerais

O aproveitamento de substâncias minerais, além de argilas empregadas no fabrico de cerâmica


vermelha e de calcário dolomítico empregado como corretivo de solo na agricultura, especificados
pelo regulamento do Código de Mineração (Decreto Lei Nº 227/67, e legislação pertinente),
dependerá de licença de exploração, expedida pelo órgão competente do Município. Destaque-
se que a referida licença só terá validade após o registro no Departamento Nacional de
Produção Mineral - DNPM e consequente publicação no Diário Oficial da União.

A licença será processada mediante apresentação de requerimento assinado pelo proprietário


do solo ou a quem dele tiver expressa autorização .

Observação: somente as pessoas jurídicas poderão habilitar-se a concessão de Licença para


Exploração de Recursos Minerais.

Após a devida tramitação, a autoridade Municipal competente, ou quem dela receber delegação
de competência, emitirá a devida Licença, que deverá conter o prazo, a data de exploração e o
número da Licença.

Por derradeiro, vejamos alguns aspectos importantes relacionados à licença em comento:

1) A Licença para exploração de recursos é intransferível e temporária, não podendo


exceder o prazo de 2 anos.

2) A renovação da licença dependerá de novo requerimento , obedecendo todas as


exigências legais.

3) Será interditada toda atividade de exploração mineral referida neste Capítulo, embora
licenciada, desde que posteriormente se verifique que a exploração não se efetue
conforme o estabelecido na licença ambiental expedida, e portanto esteja acarretando
danos ambientais e paisagísticos irrecuperáveis.

4) Não serão concedidas autorizações para localização e exploração de recursos minerais


situados nas proximidades de edificações ou de passagens de veículos ou pedestres ,
de modo a preservar a circulação, a segurança e a estabilidade dos imóveis, as localizadas
nas áreas de preservação e a integridade física das pessoas de acordo com as legislações
pertinentes.

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2.2 Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de


Estabelecimento

A Taxa de Licença Para Funcionamento de Estabelecimentos Industriais, Comerciais e de


Prestação de Serviços em Horário Especial, fundada no poder de polícia do Município, encontra
amparo nos artigos 382 a 399 da Lei Complementar 015/09.

Vejamos abaixo seus elementos estruturantes de forma esquemática:

Fato gerador: o exercício, pelo Município, de atividade de Poder de Polícia , relativa à


fiscalização exercida sobre a localização, instalação e funcionamento de estabelecimento,
observando as condições de localização, segurança, higiene, saúde, bem como de respeito à
ordem, aos costumes, à tranquilidade pública, à propriedade, aos direitos individuais e coletivos
e à legislação urbanística.

 O disciplinamento e ordenamento obedecerão às normas administrativas constantes de


lei municipal específica.

Momento da ocorrência do fato gerador: sempre que o órgão municipal competente


executar ato tendente a verificar a adequação da atividade às normas administrativas
constantes de lei municipal específica.

 Observação: entende-se instalada neste Município a atividade que se configure em


unidade econômica, profissional ou não-econômica, onde sejam, total ou parcialmente,
executadas, administradas, fiscalizadas, planejadas, contratadas ou organizadas as
atividades, de modo permanente, temporário ou itinerante

Sujeito Passivo: o contribuinte da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de


Funcionamento de Estabelecimento (TLF) é a pessoa física ou jurídica sujeita ao desempenho,
pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável e com observância do processo legal , da
fiscalização exercida sobre a localização, a instalação e o funcionamento de estabelecimento,
pertinente ao zoneamento urbano, em observância às normas municipais de posturas.

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 Solidariedade Tributária: por terem interesse comum na situação que constitui o fato
gerador da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de
Estabelecimento – TLF – ou por estarem expressamente designados, são pessoalmente
solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:
I. titulares da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel onde está
localizado, instalado e funcionando o estabelecimento
II. responsáveis pela locação do bem imóvel onde está localizado, instalado e
funcionando o estabelecimento

Lançamento: vejamos abaixo de que forma ocorrerá o lançamento da TLF:

Lançamento da TLF oc orrerá:


Na inscrição cadastral : Na data da inscrição cadastral
Conforme Calendário Anual Fiscal de
Lançamento e de Recolhimento de Tributos
Municipais, estabelecido através de Portaria
Nos exercícios subsequentes: baixada, até 31 de dezembro do exercício
anterior ao do lançamento e recolhimento,
pelo Secretário Municipal responsável pela
Administração Fazendária
Havendo alteração de endereço e/ou
Em qualquer exercício:
atividade, na data da alteração cadastral

Ademais, o lançamento da TLF dar-se-á:

 por declaração do sujeito passivo


 ex officio , quando o sujeito passivo não efetuar a declaração.

No que concerne à declaração, observemos os seguintes aspectos:

Declaração do sujeito passivo :


a) antes da instalação da atividade sujeita ao
exercício do poder de polícia municipal
b) no prazo estipulado em l ei municipal
Será efetuada:
específica, quando se tratar da comunicação
de alteração em quaisquer das características
do licenciamento anteriormente concedido

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a autoridade administrativa responsável pelo


Não vincula:
lançamento

 Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens, a autoridade


administrativa utilizará aquele que conduza ao maior valor .
 O lançamento da TLF deverá ter em conta a situação fática do estabelecimento no
momento do lançamento.

Ainda, destaquem-se os seguintes aspectos:

Aspectos relacionados ao lançamento:


1. É obrigatória a exposição, em local visível ao público, no estabelecimento, do
certificado de licença de Localização, de Instalação e de Funcionamento de
Estabelecimento (Alvará) expedido pela Secretaria da Fazenda
2. No caso de abertura ou quando ocorrer mudança de ramo de atividade, modificação
nas características do estabelecimento ou transferência do local, a taxa será devida
proporcionalmente ao número de meses restantes para o término do exercício
3. Não será concedida ou renovada qualquer licença para funcionamento de atividades
comerciais, industriais ou prestadoras de serviço em imóvel cujo proprietário não esteja
quite para com a Fazenda Municipal, em relação ao mesmo
4. A localização e/ou funcionamento de estabelecimento comercial, industrial ou de
prestação de serviços sem a devida licença, fica sujeita à lacração, sem prejuízo das
demais penalidades cabíveis
5. Será considerado abandono de pedido de licença a falta de qualquer providência da
parte interessada que importe em arquivamento do processo

Por fim, prescreve o art. 390 que será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

1. notificação de lançamento ou emissão de documento de arrecadação municipal


2. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração

Destaque-se que no caso de ciência efetuada por meio de documento de arrecadação municipal
prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo lançamento

Recolhimento: a taxa será recolhida no seguinte prazo:

Prazos de recolhimento da taxa:


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contadas a partir da ciência do lançamento,


nos casos de atividades classificadas como
24 horas:
diversões públicas de caráter itinerante ou
provisória

contadas a partir da ciência do lançamento ,


72 horas:
nos demais casos

Vejamos, ainda, nos termos da Lei Municipal 015/09, algumas situações isentas do pagamento da
TLF:

Isenções:

1) as associações de classe, associações religiosas, escolas sem fins


A Lei 015/09 lucrativos, orfanatos e asilos
determinou serem 2) os parques de diversões com entrada gratuita
isentas da TLF:
3) os órgãos da Administração Pública Estadual e Federal

2.3 Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e


Parcelamento

A Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e Parcelamento, fundada no


poder de polícia do Município, encontra amparo nos artigos 399 a 406 da Lei Complementar
015/09.

Vejamos abaixo seus elementos estruturantes de forma esquemática:

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Fato gerador: o exercício regular do poder de polícia municipal sobre o disciplinamento e


ordenamento do uso, aproveitamento, remanejamento e parcelamento do solo , pelo órgão
competente, nos limites da lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização
exercida sobre a execução de obra particular, no que respeita à construção e reforma de
edificação e à execução de loteamento de terreno, pertinente à lei de uso e de ocupação do
solo e ao zoneamento urbano, em observância às normas municipais de obras, de edificações e
de posturas.

Nesse passo, considera-se:

 devida a taxa no Município de Caruaru quando o solo cujo uso, aproveitamento,


remanejamento ou parcelamento a ser disciplinado ou ordenado estiver dentro dos
seus limites territoriais ,
 ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal competente executar ato
tendente a verificar a adequação do uso, aproveitamento, remanejamento ou
parcelamento relativo à determinada fatia de solo às normas administrativas constantes
de Lei municipal específica.

Sujeito Passivo: o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título do


imóvel cujo uso, aproveitamento, remanejamento ou parcelamento encontra-se sujeito ao
exercício do poder de polícia municipal.

É solidariamente responsável pela Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento o responsável pela promoção do uso, aproveitamento,
remanejamento ou parcelamento relativo à determinada fatia do solo.

Base de cálculo: é o custo de execução do ato tendente a verificar a adequação do uso,


aproveitamento, remanejamento ou parcelamento relativo à determinada fatia de solo às
normas administrativas constantes de Lei municipal específica.

Lançamento: vejamos abaixo de que forma ocorrerá o lançamento da Taxa de Fiscalização para
Execução de Obras, Remanejamento e Parcelamento:

 por declaração do sujeito passivo


 ex officio , quando o sujeito passivo não efetuar a declaração.

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No que concerne à declaração, observemos os seguintes aspectos:

Declaração do sujeito passivo :


a) no prazo estipulado em lei municipal
Será efetuada antes da execução
específica, quando se tratar da comunicação
da obra, do remanejamento ou
de alteração em quaisquer das características
do parcelamento do solo sujeito
do licenciamento anteriormente concedido
ao exercício do poder de polícia
b) não vincula a autoridade administrativa
municipal:
responsável pelo lançamento

 Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens, a autoridade Ainda,
destaquem-se os seguintes aspectos:

Por fim, prescreve o art. 405 que será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

1. notificação de lançamento ou emissão de documento de arrecadação municipal


2. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração

Destaque-se que no caso de ciência efetuada por meio de documento de arrecadação municipal
prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo lançamento

O incorporador ou titular de direito de imóvel edificado , no caso de construção,


acréscimo, reforma ou reconstrução, deverá instruir o pedido de habite-se com a
comprovação do recolhimento do ISS da mão de obra utilizada, sob pena de
indeferimento do pedido.

Recolhimento: o recolhimento da taxa deverá ser efetuado no ato da protocolização do


processo pertinente, por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DAM).

 Os recursos arrecadados com a Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento do Solo serão destinados a entidade municipal de
urbanismo.

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Bem, chegamos ao final de mais uma aula. Espero que tenham gostado e conseguido
compreender as explanações teóricas realizadas.

Na próxima aula concluiremos o estudo das taxa no Município de Caruaru e, também, realizaremos
algumas questões inéditas sobre os temas abordados.

Fiquem com Deus e bons estudos!

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (Instituto AOCP - Perito Oficial Criminal - PC-ES - 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.

A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.

B) A taxa é a modalidade de tributo contraprestacional, que depende sempre de uma ação estatal.

C) A taxa não é tributo, segundo a legislação nacional vigente a respeito da matéria.

D) A taxa é o tributo instituído para atender despesas extraordinárias em razão de calamidade


pública, guerra externa ou de sua iminência.

E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.

Comentários:

A) Incorreto. O tributo que incide em função de valorização imobiliária, decorrente de obras


públicas, é a contribuição de melhoria

B) Correto. Essa é a definição clássica da taxa, que pode se dividir em: taxa de polícia e taxa de
serviços

C) Incorreto. Nos termos do artigo 5º do CTN, "tributos são impostos, taxas e contribuições de
melhoria

D) Incorreto. A assertiva trouxe o conceito de empréstimos compulsórios.

E) Incorreto. Esta é a definição de impostos.

Gabarito: B

2. (CEBRASPE - Analista Judiciário de Procuradoria - PGE-PE - 2019) À luz dos dispositivos


constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.

Comentários:

Incorre em erro a assertiva eis que a disposição constitucional se limita a dispor que as taxas não
podem ter base de cálculo própria de impostos.
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Art. 145
(...)
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

É a jurisprudência do STF, através da Súmula Vinculante 29, que traça os contornos precisos do
que vem a ser "própria de impostos"

Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais


elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral
identidade entre uma base e outra.

Gabarito: errado

3. (VUNESP - Analista - Pref. Itapevi - 2019) No que se refere às taxas cobradas pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se

A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.

B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.

C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

D) divisíveis, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,


ou de necessidades específicas.

E) indivisíveis quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição do contribuinte


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

Comentários:

A) Correto, é a disciplina literal do artigo 79, I, a, do CTN.

B) Incorreto. No caso dos serviços de utilização compulsória, a potencial utilização se dá quando


sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

C) Incorreto. Pegadinha clássica das bancas. Serviços ESpecíficos são aqueles que podem ser
dEStacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas.

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D) Incorreto. Serviços divisíveis são aqueles suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de
cada um dos seus usuários.

E) Incorreto. Confusão da banca, que tentou definir os serviços utilizados potencialmente pelos
usuários.

Gabarito: A

4. (VUNESP - Auditor Fiscal Pref. Francisco Morato - 2019) A respeito das taxas, assinale a
alternativa correta.

A) A cobrança de taxa de polícia somente pode ocorrer caso haja efetivo exercício do poder de
polícia, sendo suficiente para tal fim a comprovação de que existe órgão de fiscalização e que seja
integrado por servidores para o exercício da atividade.

B) É inconstitucional a taxa que adota um ou mais elementos da base de cálculo própria de


determinado imposto, ainda que não haja identidade integral entre uma base e outra.

C) A taxa de serviços somente pode ser cobrada caso haja o uso efetivo de utilidade que se
caracterize pela divisibilidade e especificidade.

D) A taxa possui por característica a não vinculação, de modo que a base de cálculo pode ser
constituída por uma atividade econômica sem vínculo com a atividade estatal.

E) A Constituição define exaustivamente as modalidades de taxas que podem ser criadas e os


entes que possuem a atribuição para institui-las.

Comentários:

A) Correto. Este é o entendimento da doutrina e jurisprudência pátrias, no sentido de que, a


cobrança da taxa de polícia se faz legítima quando comprovada a existência de órgão de
fiscalização e que seja integrado por servidores para o exercício da atividade.

B) Incorreto. A assertiva contraria a Súmula Vinculante 29 do STF, sendo legítima a adoção de um


ou mais elementos da base de cálculo de imposto na taxa, desde que não haja completa
identidade entre elas.

C) Incorreto. No caso de serviços de utilização compulsória, a mera colocação a disposição do


usuário, dá ensejo à cobrança da taxa.

D) Incorreto. As taxas devem guardar correspondência entre o fato gerador e a atuação estatal
específica em relação ao contribuinte.

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E) Incorreto. São as legislações locais que, de acordo com os serviços que vierem a prestar, que
deverão instituir as taxas. Há no texto constitucional mera previsão de competência comum desse
tributo.

Gabarito: A

5. (VUNESP - Fiscal Tributário - Pref. Osasco - 2019) Com relação às taxas, é correto afirmar
que

A) sempre que possível, terão caráter pessoal.

B) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

C) serão graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte.

D) são decorrentes de obras públicas.

E) são tributos desvinculados da atividade do estado.

Comentários:

A) Incorreto. São os impostos que, sempre que possível, terão caráter pessoal.

B) Correto. É a dicção literal do Art. 145, § 2º, da Constituição Federal. Lembrando que, de acordo
com a SV 29 do STF, há possibilidade de um ou mais elementos serem comuns à base de cálculo
de impostos, desde que não haja completa identidade.

C) Incorreto. São os impostos que, sempre que possível, deverão ser graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte

D) Incorreto. São as contribuições de melhoria que se originam de valorização imobiliária


decorrente de obras públicas.

E) Incorreto. As taxas são tributos cujos fatos geradores estão diretamente vinculados à atuação
estatal específica.

Gabarito: B

6. (CESPE – Analista de Controle Externo/Direito – TCE-RJ – 2021) Acerca do Sistema


Tributário Nacional, julgue o item que se segue.

O serviço público de coleta domiciliar de lixo pode ser financiado pela cobrança de taxa.

Comentários:
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A Constituição Federal, em seu artigo 145, II, outorga a todos os entes políticos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) a competência pela instituição de taxas pela prestação de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.

É importante destacar, também, que a instituição das taxas de serviços deverão se restringir à
competência administrativa atribuída a cada um dos entes.

Analisando a questão relativa à instituição da taxa de serviço público de coleta domiciliar de lixo,
o STF editou a Súmula Vinculante 19, que assim estabelece:

“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento
ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o art. 145, II, da CF”.

Portanto, entendeu o STF que a coleta de lixo domiciliar é atividade dotada de especificade e
divisibilidade, requisitos essenciais à instituição de toda sorte de taxa de serviço.

Entendeu a Corte Suprema que a atividade de coleta domiciliar de lixo que dá ensejo à cobrança
da taxa não se confunde com a atividade de limpeza realizada em benefício da população em
geral (uti universi) e de forma indivisível, tais como a de limpeza de logradouros e bens públicos.

Vale destacar, também, no que diz respeito ao argumento da utilização de base de cálculo própria
de impostos para a instituição da taxa de coleta domiciliar de lixo, que o STF admite a
constitucionalidade de taxas que, na apuração do montante devido, adote um ou mais dos
elementos que compõem a base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não se
verifique identidade integral entre uma base e a outra.

Gabarito: certo

7. (CESPE – Analista de Controle Externo/Direito – TCE-RJ – 2021) Acerca do Sistema


Tributário Nacional, julgue o item que se segue.

É compatível com a Constituição Federal de 1988 a cobrança de taxa municipal em virtude do


serviço de combate a incêndios prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Comentários

A Constituição Federal, em seu artigo 145, II, outorga aos entes políticos a competência pela
instituição das seguintes espécies de taxas:

1. Taxas de polícia

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2. Taxas de serviço

Nesse passo, cabe-nos perquerir acerca da constitucionalidade de eventual taxa instituída em face
de serviço público de combate a incêndios, prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Apreciando o tema em sede de repercussão geral (RE 643247/SP), o STF fixou o seguinte
entendimento:

“A segurança pública, presentes a prevenção e o combate a incêndios, faz-se, no campo da


atividade precípua, pela unidade da Federação, e, porque serviço essencial, tem como a viabilizá-
la a arrecadação de impostos, não cabendo ao Município a criação de taxa para tal fim.”

Portanto, sendo o serviço de combate a incêndios condiderado “atividade de segurança pública”,


serviço essencial e de utilidade à toda coletividade, entendeu o STF que deverá ser custeada por
meio de impostos.

Frise-se que, quando do julgamento da ADI 2908, decidiu o STF ser inconstitucional, também,
taxa de incêndio instituída por Estado-membro.

Gabarito: errado

8. (Instituto AOCP – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Betim – 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido, assinale a alternativa incorreta.

A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.

B) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão


competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

C) Os serviços públicos consideram-se divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente,


por parte de cada um dos seus usuários.

D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.

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E) Os serviços públicos consideram-se específicos, quando possam ser destacados em unidades


autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas.

Comentários:

Atenção ao comando da questão, que requer que assinalemos a alternativa incorreta.

Analisemos cada uma das alternativas:

A) Correto, a alternativa reproduz, de forma literal, o artigo 77, parágrafo único, do CTN, que
prescreve:

Art. 77, parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
A respeito da temática, vale destacar o SV 29, que determina ser constitucional “a adoção, no
cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado
imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.”

B) Perfeito, a assertiva reproduz o artigo 78, parágrago único do CTN:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interEsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em
razão de intEresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqUilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
C) Correto, nos termos do artigo 79, III do CTN, os serviços públicos consideram-se divisíveis
quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Em linguagem mais simples, podemos relacionar a divisibilidade com a possibilidade de se


mensurar a utilização do serviço por cada contribuinte.

D) Incorreto, sendo o nosso gabarito. O conceito abordado pela alternativa é o de tarifa, que não
se confunde com a espécie tributária “taxa”.

A tarifa (ou preço público), diferentemente da taxa, deriva de uma relação contratual em que a
obrigação relacionada ao serviço decorre de vontade das partes (é a “sujeição alternativa”
aventada pela alternativa).

E) Correto, é o que estabelece o artigo 79, II do CTN. Lembrem-se de que a especificidade é


atributo que se relaciona à possibilidade de o contribuinte identificar, precisamente, a atividade
estatal realizada que dá ensejo à cobrança da taxa.

Gabarito: alternativa D
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9. (UFPR – Procurador – Câmara Municipal de Curitiba – 2020) O Município Alpha decidiu


instituir uma taxa como contraprestação ao serviço de licenciamento para localização e
funcionamento de estabelecimentos comerciais. A lei instituidora da referida taxa dispunha sobre
todos os elementos da regra matriz de incidência do tributo, bem como hipóteses de isenção e
não incidência. Nas disposições referentes à alíquota, contudo, a lei limitava-se a estabelecer o
percentual máximo que poderia ser cobrado pelo Município. Sobre a situação hipotética descrita
acima, assinale a alternativa correta.

A) O serviço descrito não pode ser remunerado mediante taxa, por não se tratar de serviço
específico e divisível, tampouco de exercício de poder de polícia administrativa.

B) Essa lei não viola a legalidade tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia
ser cobrado pelo Município, ela possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em
proporção razoável aos custos da atuação estatal.

C) Apenas os critérios material e subjetivo da regra matriz de incidência das taxas precisam figurar
em lei.

D) O Município não detém competência para exercer o serviço mencionado, logo, a taxa em
comento é inconstitucional.

E) A base de cálculo do referido tributo não pode contemplar elemento(s) da base de cálculo
própria de determinado imposto.

Comentários:

A questão se pauta em decisão do STF, em sede de repercussão geral, a respeito da Lei 6.994/82,
que estabelece limites máximos para a cobrança da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
e atribui ao Conselho Profissinal a fixação do valor exato da taxa.

No julgamento em tela, fixou-se o seguinte entendimento:

“Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo
infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse
que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior
aos índices de correção monetária legalmente previstos. (RE 838284/SC)”
Portanto, de acordo com o que entende o STF, a lei instituidora da taxa de licenciamento para
localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais não viola o princípio da legalidade
tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia ser cobrado pelo Município,
possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável aos custos da
atuação estatal.
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Gabarito: alternativa B

10. (Vunesp – Auditor de Controle Interno – Pref. Morro Agudo – 2020) A respeito da base de
cálculo de taxas, assinale a alternativa correta.

A) A taxa de serviço de iluminação pública pode ter como base de cálculo a metragem do imóvel
urbano.

B) É possível instituir taxa pela matrícula em universidades públicas e em escolas da rede pública,
desde que a base de cálculo seja proporcional ao valor do serviço prestado.

C) É possível adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria
de impostos, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

D) É possível reduzir base de cálculo de taxa em razão do exercício do poder de polícia por ato
administrativo normativo de caráter concreto e específico.

E) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta de resíduos sólidos
deve ter base de cálculo diferenciada em relação à localização e metragem do imóvel.

Comentários:

Analisemos cada uma das alternativas:

A) Incorreto! Com o advento da EC 39/2002, foi acrescido à Constituição Federal o artigo149-A,


que outorga competência aos Municípios para instituitem, no âmbito de seus territórios, a
Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP).

Dessa forma, não há que se falar, como aventado pela alternativa, em “taxa de serviço de
iluminação pública”, já que ausente o atributo da divisibilidade (impossibilidade de se mensurar a
utilização do serviço por parte de cada contribuinte).

B) Incorreto! Com a edição da Símula Vinculante de nº 12 (reproduzida abaixo) restou consignada


a impossibilidade de cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas e, por extensão,
aos demais níveis de ensino público, cuja gratuitade encontra amparo no artigo 206, IV. Vejamos
o teor da SV 12:

SV 12: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206,
inciso IV, da Constituição Federal.

No entanto, frise-se que a gratuidade em comento não contempla as atividades relacionadas à


pesquisa e extensão, que poderão ser objeto de cobrança.

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É o caso, por exemplo, dos cursos de pós-graduação (especialização) ministrados por entidades
públicas, que poderão ser custeados por recursos privados.

A garantia constitucional da gratuidade de ensino não obsta a cobrança por universidades públicas
de mensalidade em cursos de especialização.

STF. RE 597854/GO

C) Perfeito, é o nosso gabarito! Esse é o entendimento do STF consignado na Súmula Vinculante


29, que assim estabelece:

SV 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base


de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma
base e outra.

Dessa forma, é constitucional a lei municipal que institua taxa de coleta domiciliar de lixo e adote,
como parâmetro para seu cálculo, o tamanho do imóvel que será objeto da tributação.

Entendeu o STF que é possível presumir que imóveis maiores produzem mais lixo e que, sendo a
área do imóvel apenas um dos elementos para se chegar ao valor venal do imóvel (base de cálculo
do IPTU), não há identidade integral entre a base de cálculo da taxa e do IPTU.

D) Incorreto, o artigo 150, I da Constituição Federal estabelece o princícpio da legalidade, que se


traduz na vedação imposta à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Município para que se
exija ou aumente tributo sem lei prévia.

Nesse passo, o dispositivo em comento deve ser interpretado de forma ampla, já que, tendo em
conta a indisponibilidade do patrimônio público, a redução de base de cálculo de taxa somente
poderá ser feita por meio de lei específica (artigo 150, § 6º da Constituição Federal.

E) Incorreto, conforme demonstrado na alternativa C, o que foi estabelecido pelo STF é a


possibilidade de adoção como parâmetro para o cálculo da taxa de alguns dos elementos
utilizados para o cálculo de impostos, a exemplo do tamanho do imóvel (metragem).

O que se veda, portanto, é a identidade integral de todos os elementos que compõem a base de
cálculo.

Gabarito: alternativa C

11. (FAUEL – Advogado – Câmara Municipal Apucarana – 2020) A respeito das taxas, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

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A) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.

B) A regularidade do exercício do poder de polícia é prescindível para a cobrança da taxa de


localização e fiscalização.

C) À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo é


condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e
fiscalização.

D) É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo


o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes
para o respectivo exercício.

Comentários:

Analisemos cada uma das alternativas, buscando aquela que esteja em consonância com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:

A) Incorreto, já que a própria Constituição Federal, no artigo 145, § 2º, determina que as taxas
não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

B) Incorreto, estabeleceu o STF, no julgamento do RE 588.322/RO, que a regularidade do


exercício do poder de polícia é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e
fiscalização.

C) Incorreto, no julgamento do mesmo RE acima transcrito, prescreveu a Corte Suprema que à luz
da jurisprudência do STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o
reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e fiscalização ,
mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo exercício do poder de polícia,
exigido constitucionalmente.

D) Correto, fixou o STF que é constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização


municipal, desde que efetivo o exercício do poder de polícia , demonstrado pela existência de
órgão e estrutura competentes para o respectivo exercício (tema de repercussão geral 217).

Gabarito: alternativa D

12. (IDIB – Técnico de Dívida Ativa e Benefícios Fiscais – Pref. Jaguaribe – 2020) A respeito
das taxas, assinale a alternativa correta.

A) Taxa é um tributo que é devido, assim como os impostos, toda vez que o contribuinte utiliza
atividades estatais relacionadas ao serviço público.

B) As taxas têm competência exclusiva de Estados e Distrito Federal.


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C) O valor arrecadado por meio de taxas tem destinação específica.

D) A taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas.

Comentários:

Façamos a análise de cada uma das alternativas cobradas pela questão:

A) Incorreto! A alternativa possui dois erros. O primeiro deles se refere ao fato de que as taxas,
diferentemente dos impostos, são tributos cuja exigência pressupõe uma atuação administrativa
do Estado diretamente relacionada ao contribuinte.

O segundo erro da alternativa encontra amparo no artigo 145, II da Constituição Federal, que
possibilita aos entes políticos a instituição de taxas em decorrência da utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível , prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição e, também, do exercício regular do poder de polícia .

Frise-se que não se admite a cobrança de taxa pela prestação de serviços que a própria CF
estabelece dever de gratuidade, a exemplo da taxa de matrícula em universidades públicas.

B) Incorreto! Nos termos do que estabelece o artigo 145, II da CF/88, todos os entes federados
gozam de competência para instituir taxas em decorrência do exercício regular do poder de polícia
ou da prestação de serviços que estejam inseridos em sua competência administrativa.

C) A assertiva está incorreta, mas precisamos analisá-la um pouco mais detidamente.


Primeiramente, cabe destacar que as taxas são tributos que possuem fatos geradores vinculados,
ou seja, o nascimento da obrigação tributária decorre da realização de atividades estatais
relacionadas ao contribuinte.

As receitas decorrentes das taxas, como regra, não são vinculadas. Isto é, diferentemente dos
impostos, em que há vedação expressa à vinculação do produto de sua arrecadação, as taxas
podem ou não ter sua receita afeta à determinada despesa.

É o caso, por exemplo, das custas e emolumentos (espécies de taxas), que, de acordo com o artigo
98, § 2º da CF/88, serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades
específicas da Justiça.

D) Correto, é o nosso gabarito! Prescreve o artigo 77, parágrafo único do CTN que “a taxa não
pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser
calculada em função do capital das empresas”.
Gabarito: alternativa D

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13. IBADE – Advogado – Pref. Santa Luzia D’Oeste – 2020) Assinale a alternativa que apresenta
o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição:

A) tarifa pública.

B) contribuição de melhoria.

C) empréstimo compulsório.

D) imposto.

E) taxa.

Comentários:

A questão versa sobre as taxas, que nos termos do artigo 145, II da Constituição Federal, são
devidas “em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”.
Gabarito: alternativa E

14. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC/ES – 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.

A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.

B) A taxa é a modalidade de tributo contra prestacional, que depende sempre de uma ação estatal.

C) A taxa não é tributo, segundo a legislação nacional vigente a respeito da matéria.

D) A taxa é o tributo instituído para atender despesas extraordinárias em razão de calamidade


pública, guerra externa ou de sua iminência.

E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.

Comentários:

A) Incorreto! De fato, a taxa é um tributo vinculado, já que sua incidência pressupõe uma atividade
estatal prévia relacionada ao contribuinte.

No entanto, a alternativa descreve a hipótese de incidência da contribuição de melhoria, conforme


previsão do artigo 81 do CTN:

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Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel
beneficiado.
B) Correto, é o nosso gabarito!

A taxa é uma espécie tributária que tem fato gerador uma atividade estatal, sendo, portanto, um
tributo vinculado.

As atividades estatais que poderão dar ensejo à incidência das taxas são: o exercício regular do
poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

A taxa é um tributo retributivo (contraprestacional ou sinalagmático), ou seja, o pagamento da


taxa se dá em retribuição à atividade estatal realizada em benefício do contribuinte.

C) Incorreto! A taxas é sim uma espécie tributária, conforme prevê o artigo 5º do CTN:

Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.


D) Incorreta! A alternativa descreve o conceito de empréstimo compulsório, espécie tributária de
competência da União, conforme previsto no artigo 15 do CTN:

Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos
compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.
E) Incorreto! São os impostos que, tributando as manifestações de riqueza (fatos do contribuinte),
têm sua incidência desvinculada de qualquer atividade estatal relacionada ao contribuinte.

Vejamos o artigo 16 do CTN:

Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Gabarito: alternativa B

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15. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.

Comentários:

Incorreto, pessoal!

O artigo 77, parágrafo único do CTN estabelece que “a taxa não pode ter base de cálculo ou
fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do
capital das empresas.”
A respeito da base de cálculo das taxas, precisamos nos lembrar do entendimento do STF,
consignado na Súmula Vinculante 29:

SV 29: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base


de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma
base e outra.

Dessa forma, é constitucional, por exemplo, a lei municipal que, ao instituir taxa de coleta
domiciliar de lixo, adote como parâmetro para seu cálculo o tamanho do imóvel que será objeto
da tributação.

Entendeu o STF que é possível presumir que imóveis maiores produzem mais lixo e que, sendo a
área do imóvel apenas um dos elementos para se chegar ao valor venal do imóvel (base de cálculo
do IPTU), não há identidade integral entre a base de cálculo da taxa e do IPTU.

A questão em tela meramente trocou o “desde que não haja integral identidade entre uma base
e outra” pelo trecho “desde que ambos não tenham vigência concomitante”, tentando induzir o
candidato a erro.

Gabarito: errado

16. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

As pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não têm legitimidade
para criar taxas de serviços públicos postos à disposição dos contribuintes.

Comentários:

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As taxas são espécies tributárias que possuem competência tributária comum, isto é, todos os
entes federados são competentes para instituir taxas:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes
tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Dessa forma, perceba que a questão está correta, já que apenas os entes políticos possuem
competência para instituir (criar) as taxas (e quaisquer outros tributos).

Lembremo-nos de que a competência tributária (em sentido amplo) engloba 4 atribuições:


instituir, arrecadar, fiscalizar e executar.

Dentre elas, apenas o atributo relacionado à instituição de tributos revela-se indelegável, sendo
as demais delegáveis (inserindo-se no conceito de capacidade tributária).

Assim, as pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não gozam
de competência tributária (em sentido estrito) para instituir tributos, podendo, no entanto, receber
a capacidade tributária ativa para arrecadar, fiscalizar e executar leis, serviços e atos relacionados
aos tributos objeto da delegação.

Gabarito: certo

17. (Unifil – Advogado – Câmara Municipal Ourizona – 2019) Conforme disposto na Lei nº
5.172, de 25 de Outubro de 1966 - Taxas, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.

I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.

II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.

IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

A) Somente uma assertiva está correta.


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B) Somente duas assertivas estão corretas.

C) Todas as assertivas estão corretas.

D) Somente três assertivas estão corretas.

Comentários:

A questão versa sobre os principais elementos concernentes às taxas de serviço, quais sejam:

1. Serviços utilizados efetiva ou potencialmente pelos contribuintes,

2. Os serviços devem ser específicos e divisíveis,

Nesse passo, tendo como parâmetro o artigo 79 do CTN, analisemos cada uma das assertivas:

I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.

Correto, é o que prevê o artigo 79, I, a do CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:


I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título ;

II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

Perfeito, é o que estabelece o artigo 79, I, b do CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:


I - utilizados pelo contribuinte:
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória , sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
Nesses casos, é a lei que deverá definir, com base no interesse público, quais serviços serão de
utilização compulsória, sendo devida a taxa ainda que o contribuinte não use efetivamente os
serviços.

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III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.

Correto, é o que estabelece o artigo 79, II do CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:


II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de
utilidade, ou de necessidades públicas;
O atributo da especificidade especificidade está relacionado à possibilidade de o contribuinte
identificar, precisamente, a atividade estatal realizada que dá ensejo à cobrança da taxa.

IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

Correto, é o que prevê o artigo 79, III do CTN:

Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:


III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.
A divisibilidade, atributo essencial das taxas, relaciona-se com a possibilidade de se mensurar a
utilização do serviço por cada contribuinte.

Gabarito: alternativa C

18. (Vunesp – Analista Jurídico – Pref. Itapevi – 2019) No que se refere às taxas cobradas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se

A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.

B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.

C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

D) divisíveis, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,


ou de necessidades específicas.
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E) indivisíveis quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição do contribuinte


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

Comentários:

A taxa é espécie tributária de competência comum a todos os entes federados (artigo 145, II da
CF/88), estando sempre relacionada a um “fazer estatal”, ou seja, somente podendo ser exigida
em função:

1. do exercício do poder de polícia (taxas de polícia), ou

2. da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao


contribuinte ou postos a sua disposição (taxas de serviço).

As taxas de serviço serão legítimas se os serviços públicos gozarem dos atributos da


especificidade e divisibilidade .

Vale destacar, também, que os serviços públicos que poderão dar ensejo às taxas poderão ser
efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título (artigo 79,
I, a do CTN) ou, quando definidos por lei como de utilização compulsória, quando posto à sua
disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento (artigo 79, I, b do CTN).

Dessa forma, está correta a alternativa A da questão, já que os consideram-se efetivamente


utilizados pelo contribuinte os serviços por ele usufruídos a qualquer título.

Os serviços de utilização compulsória (assim definidos em lei) poderão dar ensejo à cobrança de
taxas ainda que apenas postos à disposição dos contribuintes, o que torna incorreta a alternativa
B.

Relativamente aos atributos da especificidade e divisibilidade, devemos nos recordar que:

1. Serviços específicos: quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção,


de utilidade, ou de necessidades públicas

2. Serviços divisíveis: quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos
seus usuários.

Perceba, portanto, que as alternativas C e D invertem os conceitos acima expostos.

Já a alternativa E descreve os serviços de utilização compulsória, cuja “utilização potencial” poderá


dar ensejo à cobrança de taxas.

Gabarito: alternativa A

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19. (FUNDEP – Procurador da Fazenda – Pref. Lagoa Santa – 2019) Considere o caso hipotético
a seguir.

O município B instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, em razão do poder de polícia na


fiscalização de funcionamento de imóveis que se destinem a atividade com agrupamento de mais
de 50 pessoas. O templo religioso Y, com sede no município B, realiza suas celebrações em imóvel
de sua propriedade e com capacidade para presença máxima 100 pessoas. O templo religioso Y
foi notificado do lançamento com a cobrança da referida taxa.

Sobre a hipótese apresentada, assinale a alternativa correta:

A) Os templos de qualquer culto são imunes, portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo
município B.

B) A taxa é inconstitucional, uma vez que o município B não é competente para a instituição de
taxas de poder de polícia.

C) A taxa é constitucional e o templo religioso Y não é imune.

D) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.

Comentários:

A questão versa sobre a constitucionalidade de lançamento de taxa para templo religioso.

Dessa forma, para iniciarmos nossa análise, devemos nos recordar do artigo 150, VI, b, da
Constituição Federal, que assim estabelece:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
VI - instituir impostos sobre:
(...)
b) templos de qualquer culto;
Da análise do dispositivo acima, podemos pugnar pela constitucionalidade do lançamento, já que
os templos de qualquer culto são imunes apenas aos impostos.

Com isso, já podemos eliminar as alternativas A, B e D e chegar ao nosso gabarito: alternativa C.

Façamos ainda algumas considerações importantes.

O Município B é sim competente, diferentemente do que assevera a alternativa B, para instituir a


taxa em comento, por expressa atribuição constitucional no artigo 145, II.

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Com relação à alternativa D, que diz a taxa não atender a especificidade e divisibilidade, vale
destacar que tais atributos são necessários para legitimar, exclusivamente, as taxas de serviço, não
se relacionando com as taxas cobradas em razão do poder de polícia.

Gabarito: alternativa C

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LISTA DE QUESTÕES

1. (Instituto AOCP - Perito Oficial Criminal - PC-ES - 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.

A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.

B) A taxa é a modalidade de tributo contraprestacional, que depende sempre de uma ação estatal.

C) A taxa não é tributo, segundo a legislação nacional vigente a respeito da matéria.

D) A taxa é o tributo instituído para atender despesas extraordinárias em razão de calamidade


pública, guerra externa ou de sua iminência.

E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.

2. (CEBRASPE - Analista Judiciário de Procuradoria - PGE-PE - 2019) À luz dos dispositivos


constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.

3. (VUNESP - Analista - Pref. Itapevi - 2019) No que se refere às taxas cobradas pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se

A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.

B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.

C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

D) divisíveis, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,


ou de necessidades específicas.

E) indivisíveis quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição do contribuinte


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

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4. (VUNESP - Auditor Fiscal Pref. Francisco Morato - 2019) A respeito das taxas, assinale a
alternativa correta.

A) A cobrança de taxa de polícia somente pode ocorrer caso haja efetivo exercício do poder de
polícia, sendo suficiente para tal fim a comprovação de que existe órgão de fiscalização e que seja
integrado por servidores para o exercício da atividade.

B) É inconstitucional a taxa que adota um ou mais elementos da base de cálculo própria de


determinado imposto, ainda que não haja identidade integral entre uma base e outra.

C) A taxa de serviços somente pode ser cobrada caso haja o uso efetivo de utilidade que se
caracterize pela divisibilidade e especificidade.

D) A taxa possui por característica a não vinculação, de modo que a base de cálculo pode ser
constituída por uma atividade econômica sem vínculo com a atividade estatal.

E) A Constituição define exaustivamente as modalidades de taxas que podem ser criadas e os


entes que possuem a atribuição para institui-las.

5. (VUNESP - Fiscal Tributário - Pref. Osasco - 2019) Com relação às taxas, é correto afirmar
que

A) sempre que possível, terão caráter pessoal.

B) não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

C) serão graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte.

D) são decorrentes de obras públicas.

E) são tributos desvinculados da atividade do estado.

6. (CESPE – Analista de Controle Externo/Direito – TCE-RJ – 2021) Acerca do Sistema


Tributário Nacional, julgue o item que se segue.

O serviço público de coleta domiciliar de lixo pode ser financiado pela cobrança de taxa.

7. (CESPE – Analista de Controle Externo/Direito – TCE-RJ – 2021) Acerca do Sistema


Tributário Nacional, julgue o item que se segue.

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É compatível com a Constituição Federal de 1988 a cobrança de taxa municipal em virtude do


serviço de combate a incêndios prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar.

8. (Instituto AOCP – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Betim – 2020) Segundo o
Código Tributário, as taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular
do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Nesse sentido, assinale a alternativa incorreta.

A) A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto
nem ser calculada em função do capital das empresas.

B) Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão


competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.

C) Os serviços públicos consideram-se divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente,


por parte de cada um dos seus usuários.

D) A taxa é uma remuneração devida por um serviço público, de sujeição alternativa, que se
estabelece em virtude de uma relação contratual entre o cidadão e o Poder Público, quase sempre
representado por uma concessionária ou permissionária.

E) Os serviços públicos consideram-se específicos, quando possam ser destacados em unidades


autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas.

9. (UFPR – Procurador – Câmara Municipal de Curitiba – 2020) O Município Alpha decidiu


instituir uma taxa como contraprestação ao serviço de licenciamento para localização e
funcionamento de estabelecimentos comerciais. A lei instituidora da referida taxa dispunha sobre
todos os elementos da regra matriz de incidência do tributo, bem como hipóteses de isenção e
não incidência. Nas disposições referentes à alíquota, contudo, a lei limitava-se a estabelecer o
percentual máximo que poderia ser cobrado pelo Município. Sobre a situação hipotética descrita
acima, assinale a alternativa correta.

A) O serviço descrito não pode ser remunerado mediante taxa, por não se tratar de serviço
específico e divisível, tampouco de exercício de poder de polícia administrativa.

B) Essa lei não viola a legalidade tributária, pois, ao prescrever o percentual máximo que poderia
ser cobrado pelo Município, ela possibilita a ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em
proporção razoável aos custos da atuação estatal.
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C) Apenas os critérios material e subjetivo da regra matriz de incidência das taxas precisam figurar
em lei.

D) O Município não detém competência para exercer o serviço mencionado, logo, a taxa em
comento é inconstitucional.

E) A base de cálculo do referido tributo não pode contemplar elemento(s) da base de cálculo
própria de determinado imposto.

10. (Vunesp – Auditor de Controle Interno – Pref. Morro Agudo – 2020) A respeito da base de
cálculo de taxas, assinale a alternativa correta.

A) A taxa de serviço de iluminação pública pode ter como base de cálculo a metragem do imóvel
urbano.

B) É possível instituir taxa pela matrícula em universidades públicas e em escolas da rede pública,
desde que a base de cálculo seja proporcional ao valor do serviço prestado.

C) É possível adotar, no cálculo do valor de taxa, um ou mais elementos da base de cálculo própria
de impostos, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

D) É possível reduzir base de cálculo de taxa em razão do exercício do poder de polícia por ato
administrativo normativo de caráter concreto e específico.

E) A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta de resíduos sólidos
deve ter base de cálculo diferenciada em relação à localização e metragem do imóvel.

11. (FAUEL – Advogado – Câmara Municipal Apucarana – 2020) A respeito das taxas, de
acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

A) As taxas poderão ter base de cálculo própria de impostos.

B) A regularidade do exercício do poder de polícia é prescindível para a cobrança da taxa de


localização e fiscalização.

C) À luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a existência do órgão administrativo é


condição para o reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e
fiscalização.

D) É constitucional taxa de renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo


o exercício do poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes
para o respectivo exercício.

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12. (IDIB – Técnico de Dívida Ativa e Benefícios Fiscais – Pref. Jaguaribe – 2020) A respeito
das taxas, assinale a alternativa correta.

A) Taxa é um tributo que é devido, assim como os impostos, toda vez que o contribuinte utiliza
atividades estatais relacionadas ao serviço público.

B) As taxas têm competência exclusiva de Estados e Distrito Federal.

C) O valor arrecadado por meio de taxas tem destinação específica.

D) A taxa não pode ser calculada em função do capital das empresas.

13. IBADE – Advogado – Pref. Santa Luzia D’Oeste – 2020) Assinale a alternativa que apresenta
o tributo que tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização,
efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à
sua disposição:

A) tarifa pública.

B) contribuição de melhoria.

C) empréstimo compulsório.

D) imposto.

E) taxa.

14. (Instituto AOCP – Perito Oficial Criminal – PC/ES – 2019) A respeito da classificação dos
Tributos, assinale a alternativa que se refere à Taxa.

A) A taxa é o tributo vinculado que incide porque o imóvel foi valorizado em decorrência de obra
pública.

B) A taxa é a modalidade de tributo contra prestacional, que depende sempre de uma ação estatal.

C) A taxa não é tributo, segundo a legislação nacional vigente a respeito da matéria.

D) A taxa é o tributo instituído para atender despesas extraordinárias em razão de calamidade


pública, guerra externa ou de sua iminência.

E) A taxa é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.

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15. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

Taxa pela utilização de serviço público pode ter a mesma base de cálculo própria de um imposto,
desde que ambos não tenham vigência concomitante.

16. (CESPE – Analista Judiciário de Procuradoria – PGE/PE – 2019) À luz dos dispositivos
constitucionais que regem o direito tributário, julgue o item a seguir.

As pessoas jurídicas que integram a administração pública indireta do Estado não têm legitimidade
para criar taxas de serviços públicos postos à disposição dos contribuintes.

17. (Unifil – Advogado – Câmara Municipal Ourizona – 2019) Conforme disposto na Lei nº
5.172, de 25 de Outubro de 1966 - Taxas, analise as assertivas e assinale a alternativa correta.

I. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título.

II. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

III. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,
ou de necessidades públicas.

IV. Quando se trata deste tema, são considerados serviços públicos os utilizados pelo contribuinte
divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

A) Somente uma assertiva está correta.

B) Somente duas assertivas estão corretas.

C) Todas as assertivas estão corretas.

D) Somente três assertivas estão corretas.

18. (Vunesp – Analista Jurídico – Pref. Itapevi – 2019) No que se refere às taxas cobradas pela
utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição, é correto afirmar que tais serviços consideram-se

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A) efetivamente utilizados pelo contribuinte quando por ele usufruídos a qualquer título.

B) potencialmente utilizados pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, por ele
usufruídos a qualquer título.

C) específicos, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus
usuários.

D) divisíveis, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade,


ou de necessidades específicas.

E) indivisíveis quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à disposição do contribuinte


mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.

19. (FUNDEP – Procurador da Fazenda – Pref. Lagoa Santa – 2019) Considere o caso hipotético
a seguir.

O município B instituiu taxa a ser cobrada, exclusivamente, em razão do poder de polícia na


fiscalização de funcionamento de imóveis que se destinem a atividade com agrupamento de mais
de 50 pessoas. O templo religioso Y, com sede no município B, realiza suas celebrações em imóvel
de sua propriedade e com capacidade para presença máxima 100 pessoas. O templo religioso Y
foi notificado do lançamento com a cobrança da referida taxa.

Sobre a hipótese apresentada, assinale a alternativa correta:

A) Os templos de qualquer culto são imunes, portanto, não devem pagar a taxa instituída pelo
município B.

B) A taxa é inconstitucional, uma vez que o município B não é competente para a instituição de
taxas de poder de polícia.

C) A taxa é constitucional e o templo religioso Y não é imune.

D) A taxa é inconstitucional, pois não é específica e divisível.

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GABARITO

1-B 11 - D
2 - ERRADO 12 - D
3-A 13 - E
4-A 14 - B
5-B 15 - ERRADO
6 - CERTO 16 - CERTO
7 - ERRADO 17 - C
8-D 18 - A
9-B 19 - C
10 - C -

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ANEXO - LEI S ECA

SUB-TÍTULO I

DAS TAXAS EM RAZÃO DO PODER DE POLÍCIA

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 343. O exercício regular do poder de polícia municipal dá origem as seguintes


taxas:
==29f5c6==

I. Taxa de Licença para Localização e Funcionamento;

II. Taxa de Fiscalização para Localização e Funcionamento de Atividades;

III. Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e


Parcelamento do Solo;

IV. Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade;

V. Taxa de Fiscalização Sanitária;

VI. Taxa de Fiscalização de Veículo de Transporte de Passageiro;

VII. Taxa de Fiscalização de Máquina, de Motor e de Equipamento


Eletromecânico;

VIII. Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em Horário


Extraordinário;

Parágrafo único. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública


municipal que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou

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autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à


propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

Art. 344. A incidência e o lançamento das taxas em razão do poder de polícia


municipal:

I. não produzem efeitos licenciatórios; e

II. independem:

a) da denominação contratual, contábil ou gerencial da atividade


desempenhada;

b) da existência de estabelecimento fixo;

c) do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou


administrativas relativas à atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis;

d) do resultado financeiro da atividade ou do pagamento pelo serviço prestado,


pela mercadoria vendida ou pelo produto industrializado ou extraído.

CAPÍTULO II

DA TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE


ESTABELECIMENTOS COMERCIAS, INDUSTRIAIS, PRESTADORES DE SERVIÇOS
E SIMILARES DA LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Art. 345. A localização e o funcionamento de qualquer estabelecimento comercial,


industrial, de crédito, seguro, capitalização, agropecuário, de prestação de serviço
de qualquer natureza profissional ou decorrente de profissão, arte, oficio ou
função, depende do pagamento da taxa de licença.

§1º. Considera-se estabelecimento o local do exercício de qualquer atividade


referida nesta artigo, ainda que exercida no interior de residência, com localização
fixa ou não, excetuando-se apenas aqueles isentos por Lei.

§ 2º A concessão e renovação da licença de que trata o caput deste artigo será


condicionada à prévia regularização da situação fiscal do imóvel onde funcionará

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a sede do estabelecimento, exceto no caso do Microempreendedor Individual-


MEI, nos termos do § 2º do art. 246 desta Lei Complementar.

Art. 346. A taxa será devida:

I. na instalação ou abertura do estabelecimento;

II. na renovação anual da licença, relativa aos estabelecimentos em


funcionamento;

III. nos demais casos conforme disciplinamento estabelecido nos parágrafos


seguintes.

§ 1º A licença para localização, instalação inicial ou renovação, será concedida


mediante despacho, expedindo-se o alvará respectivo.

§ 2º. A licença será válida somente para o exercício em que for concedida ou
renovada;

§ 3º. A taxa independe de lançamento e será arrecadada quando da concessão da


licença.

Art. 347. Nenhum estabelecimento poderá prosseguir nas suas atividades sem
estar de posse do Alvará de Licença, após decorrido o prazo para pagamento da
taxa de renovação.

Parágrafo único. O Alvará de Licença será conservado em lugar visível e de acesso


à fiscalização.

Art. 348. Para efeito de pagamento de taxa, são considerados estabelecimentos


distintos:

I. os que embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de negócio,
pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

II . os que, embora sob as mesmas responsabilidades e ramo de negócio,


estejam situados em prédios distintos ou locais diversos.

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Art.350. Para efeito do pagamento da taxa, considera-se em funcionamento o


estabelecimento até a data do efetivo fim das suas atividades.

§ 1º. Para fins de comprovação tanto da data do início, quanto do fim das
atividades das atividades a que se refere o caput deste artigo, deverá a fiscalização
efetuar as diligências necessárias para tal, sendo insuficiente apenas a
apresentação de qualquer documento que venha a comprovar a inatividade.

§ 2º. A concessão da baixa ficará condicionada ao recolhimento da taxa de que


trata este capítulo, que será cobrada de forma proporcional ao número de meses
em que o estabelecimento esteve em funcionamento naquele exercício, sem
prejuízo do pagamento dos tributos devidos em exercícios anteriores.

§ 3º. A data da baixa da inscrição, em caso de falecimento de contribuinte pessoa


física, será a do óbito, inclusive para fins de cobrança da taxa de que trata este
capítulo.

§ 4º. No caso de transferência ou sucessão de firma, os tributos vencidos e


vincendos serão de responsabilidade do adquirente ou sucessor.

Art. 352. Nenhum estabelecimento comercial, industrial, prestador de serviços ou


similar, poderá iniciar suas atividades no Município, sem que tenha sido
previamente obtida a licença para localização e funcionamento, expedida pela
Secretaria de Finanças do Município.

§ 1º. A eventual isenção de Tributos Municipais não implica na dispensa da licença


de que trata este artigo.

§ 2º. Concedida a licença, expedir-se à, em favor do interessado, o alvará


respectivo.

Art. 353. A licença para localização e funcionamento de estabelecimentos


comerciais, industriais, prestadores de serviços e similares, deverá ser requerida a
Secretaria da Fazenda do Município, antes do início das atividades, quando se
verificar mudança de atividade, quando ocorrerem alterações nas características
essenciais constantes no alvará anteriormente expedido, e quando da renovação
anual.

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§ 1º. O fato de já ter funcionado no mesmo local, estabelecimento igual ou


semelhante, não cria direito para a altura de estabelecimento similar.

§ 2º. O estabelecimento industrial que tiver máquinas, fornalhas, fornos e outros


dispositivos onde se produza ou concentre calor, mediante combustão, deverá
dispor de locais apropriados para depósito de combustíveis e manipulação de
materiais inflamáveis.

§ 3º. A licença para a localização e funcionamento deve ser precedida de inspeção


local, com a constatação de estarem satisfeitas todas as exigências legais.

§ 4º. Só será expedido alvará de funcionamento mediante parecer favorável dos


órgãos competentes, com atribuições inerentes ao requerido no processo,
conforme legislação específica vigente.

§ 5º. Inclui-se no parágrafo anterior, o parecer favorável pelo Corpo de Bombeiros


Militar de Pernambuco, nas hipóteses previstas no Código de Segurança Contra
Incêndio e Pânico para o Estado de Pernambuco e demais normas
complementares.

§ 6º. Poderá ser aberto processo especial de licenciamento, com concessão de


alvará provisório, desde que após protocolado o pedido da licença, haja
pendências apenas documentais ou de procedimentos, e que os órgãos com
atribuições legais em relação a fiscalização não declarem impedimento ao
funcionamento.

§ 7º. O disposto no parágrafo anterior também se aplica aos estabelecimentos


com pendências de regularização de endereço pela Prefeitura ou Correios.

§ 8º. O alvará provisório terá prazo de validade de 30 (trinta) a 180 (cento e oitenta)
dias, podendo ser prorrogado, pela autoridade fiscalizadora, comprovada a
efetiva necessidade.

Art. 354. A licença para o funcionamento de açougues, padarias, hotéis, bares


restaurantes, farmácias e outros estabelecimentos congêneres, será sempre
precedida de vistoria local e de aprovação de autoridade sanitária competente.

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Art. 355. O alvará de localização e funcionamento deverá ser conservado no


estabelecimento permanentemente, em lugar visível e de fácil acesso ao público.

Art. 356. A licença de localização e funcionamento poderá ser cassada ou


suspensa, conforme o caso:

I. Será cassada:

a) quando se tratar de negócio diferente do requerido;

b) como medida preventiva a bem da higiene, da moral, do sossego, do trânsito


e da segurança pública;

c) se o licenciado se negar a exibir o alvará de localização à autoridade


competente, quando solicitado a fazê-lo;

d) por solicitação da autoridade competente, provados os motivos que


fundamentem a solicitação.

II. Será suspensa:

a) quando a irregularidade constatada seja passível de ser sanada;

b) quando não houver recolhimento das taxas incidentes sobre a licença;

c) nos demais casos previstos em lei.

§ 1º. Cassada ou suspensa à licença, o estabelecimento será imediatamente


interditado até que sejam sanadas as irregularidades. Veículos serão
imediatamente descredenciados.

§ 2º. Será interditado todo estabelecimento que exercer atividades sem a licença,
expedida em conformidade com o que preceitua este Código.

§ 3º. Será apreendido todo veículo que exercer atividades com características de
transporte público de passageiros sem a devida licença, até regularização dos
procedimentos fiscais pertinentes.

§ 4º. As disposições sobre cassação ou suspensão serão aplicadas, no couber, a


qualquer licença ou alvará estabelecido no artigo 236 deste Código Tributário.
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CAPÍTULO III

SEÇÃO I

DO COMÉRCIO AMBULANTE E EVENTUAL

Art. 357. Considera-se comércio ou serviço ambulante, para os efeitos desta Lei,
o exercício de venda de porta em porta ou de maneira móvel, nos logradouros
públicos ou em locais de acesso ao público, sem direito a permanência definitiva.

Art. 358. Considera-se comércio eventual para os efeitos desta Lei, o exercício de
vendas com apoio para mercadorias, em locais predeterminados e autorizados
pelo órgão de Planejamento Municipal e de fácil acesso ao público.

Art. 359. O exercício do comércio ambulante e do eventual dependem de licença


prévia do órgão competente da Prefeitura Municipal, em conformidade com as
prescrições da Legislação Tributária do Município e do que preceitua este Código.

Art. 360. O vendedor que usa veículos ou equipamentos, deverá atender ainda às
normas de controle sonoro da SUDEMA ou do órgão Ambiental Municipal,
quando for o caso.

Art. 361. O profissional ambulante, inclusive aquele com autorização para


estacionamento de veículo ou outro equipamento temporário em logradouros
públicos, será responsável pela manutenção e limpeza do seu ponto ou em torno
da área do logradouro, e pelo acondicionamento do lixo e detritos.

Art. 362. É proibido ao profissional ambulante e do comércio eventual, sob pena


de apreensão do material:

I. estacionar, por qualquer tempo, nos logradouros públicos, ou quando


autorizado, fora do local previamente indicado;

II. impedir ou dificultar o trânsito nos passeios públicos;

III. ceder a outro a sua placa, a sua licença, bem como o equipamento ou veículo
utilizado no exercício de sua atividade, ressalvados os casos fortuitos plenamente
justificados;

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IV. usar placa, licença, equipamento ou veículo alheio para o exercício desta
atividade, sem que esteja devidamente autorizado por quem de direito;

V. negociar com ramo de atividade não licenciado;

VI. estacionar em rótulas, ilhas, áreas ajardinadas, arborizadas ou gramadas.

Art. 363. A comprovada violação do disposto no artigo anterior, é causa suficiente


para impedir ou suspender a renovação da licença para o exercício do comércio
ambulante e eventual.

Art. 364. A renovação anual das licenças estabelecidas neste Código será efetuada
pela Secretaria da Fazenda e o alvará expedido após parecer satisfatório dos
demais órgãos com competência legal para controle da atividade.

Art. 365. É proibido ao comércio ambulante e eventual, venda de armas e


munições, substâncias inflamáveis ou explosivos, carvão e, os artigos que
ofereçam perigo a saúde ou segurança pública.

Art. 366. A concessão de licença para localização de atividade do comercio


eventual, será previamente requerida e concedida através da Secretaria de
Finanças.

CAPÍTULO IV

DO FUNCIONAMENTO DE CASAS E LOCAIS DE DIVERSÕES PÚBLICAS

SEÇÃO I

DOS CIRCOS, TEATROS DE ARENA, PARQUES DE DIVERSÕES, PAVILHÕES E


FEIRAS

Art. 367. Depende de prévia licença dos órgãos competentes da Prefeitura,


mediante requerimento do interessado, a localização e o funcionamento de:

I. circos, teatros de arena, parques de diversões e similares;

II. pavilhões e feiras;

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III. ranchos juninos, forrós e assemelhados, e outros espetáculos de divertimento


público e de funcionamento provisório;

§ 1º. A licença para localização será concedida após atendimento às seguintes


exigências adicionais:

I. apresentar parecer favorável da entidade municipal de urbanismo, com exceção


de unidades hospitalares e escolares instaladas num raio inferior de 200m de
distância.

II. receber aprovação expressa do órgão Municipal de Transportes, Meio


Ambiente e Vigilância Sanitária;

III. atender a outras exigências julgadas necessárias, especialmente a proteção


do ambiente, dos equipamentos e das instalações urbanas;

IV. mediante quitação dos tributos ou preços públicos pertinentes.

V. receber aprovação do Órgão competente, do CREA e da CELPE quanto às suas


instalações, inclusive quando da renovação da licença.

§ 2º. A licença para o funcionamento é fornecida para o prazo máximo de 60


(sessenta) dias e só será renovada por igual período, mediante nova vistoria e
atendidas as seguintes exigências:

I. apresentação de certidão de aprovação para o funcionamento, expedida


pelo Corpo de Bombeiros;

II. observância das condições gerais de higiene, comodidade, conforto e


segurança, previamente constatadas pela fiscalização do órgão competente;

III. compromisso formal de limpeza total do terreno ocupado e de suas


imediações, compreendendo a remoção do lixo, entulhos, detritos, assim como
demolição e aterramento de quaisquer instalações, inclusive as sanitárias, sendo
exigida a prestação de caução, como garantia da execução dos serviços.

§ 3º. O não cumprimento das exigências deste artigo, importará na imediata


suspensão da licença concedida.

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§ 4º A autorização e aprovação das normas estabelecidas nesta Seção, inclusive as


de segurança expedidas pelos órgãos competentes, serão afixadas em local visível
ao público.

Art. 368. As instalações de circos, teatros de arena, parques de diversões e


similares, pavilhões e feiras, não poderão ser alteradas ou acrescidas de novos
mecanismos ou aparelhos, sem a prévia autorização do Órgão competente, da
CELPE e do CREA.

Parágrafo único. Os mecanismos ou aparelhos referidos neste artigo, só


poderão iniciar seu funcionamento após vistoria.

SEÇÃO II

DOS CINEMAS, TEATROS E AUDITÓRIOS, CLUBES RECREATIVOS E DOS


SALÕES DE FESTAS

Art. 369. Os cinemas, teatros, auditórios e outros estabelecimentos similares,


devem obedecer as prescrições do Código Sanitário e de Segurança Contra
Incêndios além das normas do Código de Obras e Urbanismo.

Parágrafo único. Os cinemas, teatros, auditórios, clubes recreativos e salões de


festas, só poderão funcionar mediante a licença do órgão competente da
Prefeitura Municipal.

Art. 370. Os clubes recreativos e os salões de festas deverão ser organizados e


equipados de modo que sua vizinhança fique preservada de ruído ou incômodo
de qualquer natureza.

CAPÍTULO V

DO FUNCIONAMENTO DE GARAGEM COMERCIAL, ESTACIONAMENTO E


GUARDA DE VEÍCULOS.

Art. 371. Os estacionamentos, estabelecimentos de guarda de veículos e as


garagens comerciais, só poderão funcionar mediante alvará da Secretaria da
Fazenda Municipal, exigindo-se adicionalmente que:

I. apresente parecer favorável da entidade municipal de urbanismo;


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II. receba prévia aprovação expressa do Órgão Executivo de Trânsito, Meio


Ambiente e Vigilância Sanitária.

§ 1º - Entende-se por garagem comercial, o estabelecimento que se dedica à


comercialização de estacionamento e guarda de veículos.

CAPÍTULO VI

DO FUNCIONAMENTO DE OFICINAS DE CONSERTO DE VEÍCULOS.

Art. 372. A localização e o funcionamento de oficina de conserto de veículos em


geral, somente será permitida mediante o recebimento de aprovação expressa do
órgão Municipal de Transportes, Urbanismo, Meio Ambiente e Vigilância Sanitária,
além das demais disposições estabelecidas neste código.

I. apresentar parecer favorável da entidade municipal de urbanismo;

II. receba prévia aprovação da entidade responsável pelo meio ambiente e da


Vigilância Sanitária do Município de Caruaru.

CAPÍTULO VII

DO ARMAZENAMENTO E COMÉRCIO DE INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS.

Art. 373. Somente será permitido o armazenamento e comércio de substâncias


inflamáveis ou explosivos quando, além da licença para a localização e o
funcionamento, o interessado atender as exigências legais quanto a zona
permitida, a edificação e a segurança, sem prejuízo da observância das normas
pertinentes apontadas por outras esferas de governo.

Art. 374. Não será permitido depositar ou conservar nos logradouros públicos,
mesmo que temporariamente, inflamáveis ou explosivos.

Parágrafo único. Os infratores deste artigo terão os materiais apreendidos, sem


prejuízo da aplicação de outras penalidades.

Art. 375. Em todo depósito, posto de abastecimento de veículos, armazenamento


e comércio de inflamáveis ou explosivos, será obrigatória a instalação de

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dispositivos de combate a incêndios mantidos em perfeito estado de conservação


e funcionamento, na forma estabelecida pela Legislação pertinente.

Art. 376. Antes da formalização de processo para abertura de Posto de


Abastecimento de Combustíveis, Fabrica ou Depósito de Explosivos, o
interessado deverá requerer um termo de viabilidade do projeto junto a Secretaria
de Planejamento do Município, que terá validade de 06 (seis) meses.

Parágrafo único. A aprovação de projeto e consequentemente expedição de


Alvará para construção ou instalação de Postos de Revenda de Combustíveis ou
Explosivos fica condicionada à apresentação do laudo de análise do Corpo de
Bombeiros, da Secretaria de Meio Ambiente do Município e SUDEMA.

Art. 377. Nos postos de serviços, dentre os quais se incluem os lavajatos e de


abastecimento de combustíveis, os serviços de lavagem e lubrificação de veículos
só poderão ser realizados em recintos apropriados, devendo ser dotados de
drenagem adequada, impedindo a acumulação de água, resíduos e detritos no
solo, bem como o seu escoamento para logradouro público ou para a rede de
drenagem das águas pluviais.

CAPÍTULO VIII

DA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS

Art. 378. O aproveitamento de substâncias minerais da classe II, além de argilas


empregadas no fabrico de cerâmica vermelha e de calcário dolomítico empregado
como corretivo de solo na agricultura, especificados pelo regulamento do Código
de Mineração, Decreto Lei Nº 227, de 28 de fevereiro de 1967, e legislação
pertinente, dependerá de licença de exploração, expedida pelo órgão
competente do Município.

Parágrafo único. A referida licença só terá validade após o registro no


Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM e consequente publicação
no Diário Oficial da União.

Art. 379. A licença será processada mediante apresentação de requerimento


assinado pelo proprietário do solo ou a quem dele tiver expressa autorização.

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Parágrafo único. Somente as pessoas jurídicas poderão habilitar-se a concessão


de Licença para Exploração de Recursos Minerais.

Art. 380. Após a devida tramitação, a autoridade Municipal competente, ou quem


dela receber delegação de competência, emitirá a devida Licença, que deverá
conter além dos dados referidos no § 1º do Art. 261, o prazo, a data de exploração
e o número da Licença.

§ 1º. A Licença para exploração de recursos é intransferível e temporária, não


podendo exceder o prazo de 02 (dois) anos.

§ 2º. A renovação da licença dependerá de novo requerimento, obedecendo todas


as exigências desta Lei.

§ 3º. Será interditada toda atividade de exploração mineral referida neste


Capítulo, embora licenciada, desde que posteriormente se verifique que a
exploração não se efetue conforme o estabelecido na licença ambiental
expedida, e portanto esteja acarretando danos ambientais e paisagísticos
irrecuperáveis.

§ 4º. A atividade de mineração licenciada deverá manter estreita harmonia com o


meio ambiente físico, biológico e antrópico.

Art. 381. Não serão concedidas autorizações para localização e exploração de


recursos minerais situados nas proximidades de edificações ou de passagens de
veículos ou pedestres, de modo a preservar a circulação, a segurança e a
estabilidade dos imóveis, as localizadas nas áreas de preservação e a integridade
física das pessoas de acordo com as legislações pertinentes.

§ 1º. Aquele que explorar os recursos minerais em pauta, fica obrigado a recuperar
o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão
Ambiental competente, na forma da Lei.

CAPÍTULO IX

DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE


ATIVIDADES

SEÇÃO I
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DA INCIDÊNCIA

Art. 382. A Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento


de Estabelecimento - TLF -, tem como fato gerador o exercício, pelo Município,
de atividade de Poder de Polícia, relativa à fiscalização exercida sobre a
localização, instalação e funcionamento de estabelecimento, observando as
condições de localização, segurança, higiene, saúde, bem como de respeito à
ordem, aos costumes, à tranquilidade pública, à propriedade, aos direitos
individuais e coletivos e à legislação urbanística.

Parágrafo único. O disciplinamento e ordenamento descritos no caput deste artigo


obedecerão às normas administrativas constantes de Lei municipal específica.

Art. 383. Considera-se ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal
competente executar ato tendente a verificar a adequação da atividade às normas
administrativas constantes de Lei municipal específica.

Parágrafo único. Entende-se instalada neste Município a atividade que se


configure em unidade econômica, profissional ou não-econômica, onde sejam,
total ou parcialmente, executadas, administradas, fiscalizadas, planejadas,
contratadas ou organizadas as atividades, de modo permanente, temporário ou
itinerante.

SEÇÃO II

BASE DE CÁLCULO

Art. 384. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização para Localização e


Funcionamento é o custo de execução do ato tendente a verificar a adequação da
atividade às normas administrativas constantes de Lei municipal específica.

§ 1º. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os critérios
fixados no Anexo VI desta Lei.

§2º No caso de estabelecimento onde se exerçam atividades diversas, exploradas


pelo mesmo contribuinte, a taxa será calculada e devida sobre a atividade sujeita
à maior alíquota, acrescida de 10% (dez por cento) desse valor para cada uma das
demais atividades, incidindo o acréscimo de 10% (dez por cento) referido neste

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parágrafo sobre, no máximo, 5 (cinco) atividades, além da atividade principal,


independentemente do total de atividades exploradas pelo contribuinte.

SEÇÃO III

DO CONTRIBUINTE

Art. 385. O contribuinte da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e


de Funcionamento de Estabelecimento - TLF - é a pessoa física ou jurídica sujeita
ao desempenho, pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável e com
observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre a localização, a
instalação e o funcionamento de estabelecimento, pertinente ao zoneamento
urbano, em observância às normas municipais de posturas.

SEÇÃO IV

SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

Art. 386. Por terem interesse comum na situação que constitui o fato gerador da
Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento de
Estabelecimento – TLF – ou por estarem expressamente designados, são
pessoalmente solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:

I. titulares da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel onde


está localizado, instalado e funcionando o estabelecimento;

II. responsáveis pela locação do bem imóvel onde está localizado, instalado e
funcionando o estabelecimento.

SEÇÃO V

LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 387. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de


Funcionamento de Estabelecimento - TLF - ocorrerá:

I. no primeiro exercício, na data da inscrição cadastral;

II. nos exercícios subsequentes, conforme Calendário Anual Fiscal de


Lançamento e de Recolhimento de Tributos Municipais, estabelecido através de
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Portaria baixada, até 31 de dezembro do exercício anterior ao do lançamento e


recolhimento, pelo Secretário Municipal responsável pela Administração
Fazendária;

III. em qualquer exercício, havendo alteração de endereço e/ou de atividade,


na data da alteração cadastral.

Art. 388. O Lançamento da Taxa de Fiscalização para Localização e Funcionamento


dar-se-á:

I. por declaração do sujeito passivo;

II. ex officio, quando o sujeito passivo não efetuar a declaração prevista no


inciso anterior.

§1º. A declaração efetuada pelo sujeito passivo, nos termos do inciso I:

I. será efetuada:

a) antes da instalação da atividade sujeita ao exercício do poder de polícia


municipal;

b) no prazo estipulado em Lei municipal específica, quando se tratar da


comunicação de alteração em quaisquer das características do licenciamento
anteriormente concedido.

II. não vincula a autoridade administrativa responsável pelo lançamento.

Art. 389. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens
descritos no Anexo VI desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que
conduza ao maior valor.

Art. 390. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

I. notificação de lançamento ou emissão de documento de arrecadação


municipal; ou

II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.

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Parágrafo único. A ciência efetuada por meio de documento de arrecadação


municipal prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo
lançamento.

Art. 391. A Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de Funcionamento


de Estabelecimento - TLF - será recolhida através de Documento de Arrecadação
de Receitas Municipais - DAM -, pela rede bancária devidamente autorizada pelo
Órgão Fazendário, quando ocorrerem as hipóteses previstas no art. 386 desta Lei
Complementar.

Art. 392. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Localização, de Instalação e de


Funcionamento de Estabelecimento - TLF - deverá ter em conta a situação fática
do estabelecimento no momento do lançamento.

Art. 393. É obrigatória a exposição, em local visível ao público, no


estabelecimento, do certificado de licença de Localização, de Instalação e de
Funcionamento de Estabelecimento (Alvará) expedido pela Secretaria da Fazenda.

Art. 394. No caso de abertura ou quando ocorrer mudança de ramo de atividade,


modificação nas características do estabelecimento ou transferência do local, a
taxa será devida proporcionalmente ao número de meses restantes para o término
do exercício.

Art. 395. Não será concedida ou renovada qualquer licença para funcionamento
de atividades comerciais, industriais ou prestadoras de serviço em imóvel cujo
proprietário não esteja quite para com a Fazenda Municipal, em relação ao
mesmo.

Art. 396. A localização e/ou funcionamento de estabelecimento comercial,


industrial ou de prestação de serviços sem a devida licença, fica sujeita à lacração,
sem prejuízo das demais penalidades cabíveis.

Art. 397. Será considerado abandono de pedido de licença a falta de qualquer


providência da parte interessada que importe em arquivamento do processo.

SEÇÃO VI

DO RECOLHIMENTO

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Art. 398. O recolhimento da taxa será efetuado no prazo de:

I. 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir da ciência do lançamento, nos


casos de atividades classificadas como diversões públicas de caráter itinerante ou
provisória;

II. 72 (setenta e duas) horas, contadas a partir da ciência do lançamento, nos


demais casos.

SEÇÃO VII

DAS ISENÇÕES

Art. 398-A. São isentos de pagamento da Taxa de Fiscalização de Localização, de


Instalação e de Funcionamento de Estabelecimento - TLF:

I. as associações de classe, associações religiosas, escolas sem fins lucrativos,


orfanatos e asilos;

II. os parques de diversões com entrada gratuita;

III. os órgãos da Administração Pública Estadual e Federal.

DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE OBRAS, REMANEJAMENTO


E PARCELAMENTO DO SOLO

SEÇÃO I

DA INCIDÊNCIA

Art. 399. A Taxa de Fiscalização para Execução de Obras, Remanejamento e


Parcelamento tem como fato gerador o exercício regular do poder de polícia
municipal sobre o disciplinamento e ordenamento do uso, aproveitamento,
remanejamento e parcelamento do solo, pelo órgão competente, nos limites da
lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre a
execução de obra particular, no que respeita à construção e reforma de edificação
e à execução de loteamento de terreno, pertinente à lei de uso e de ocupação do
solo e ao zoneamento urbano, em observância às normas municipais de obras, de
edificações e de posturas.

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Parágrafo único. O disciplinamento e ordenamento descritos no caput deste artigo


obedecerão às normas administrativas constantes de Lei municipal específica.

Art. 400. Considera-se:

I. devida a taxa no Município de Caruaru quando o solo cujo uso, aproveitamento,


remanejamento ou parcelamento a ser disciplinado ou ordenado estiver dentro
dos seus limites territoriais;

II. ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal competente executar
ato tendente a verificar a adequação do uso, aproveitamento, remanejamento ou
parcelamento relativo à determinada fatia de solo às normas administrativas
constantes de Lei municipal específica.

SEÇÃO II

DO CONTRIBUINTE

Art. 401. É contribuinte da Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento o proprietário, o titular do domínio útil ou o
possuidor a qualquer título do imóvel cujo uso, aproveitamento, remanejamento
ou parcelamento encontra-se sujeito ao exercício do poder de polícia municipal.

SEÇÃO III

DA SOLIDARIEDADE

Art. 402. É solidariamente responsável pela Taxa de Fiscalização para Execução


de Obras, Remanejamento e Parcelamento o responsável pela promoção do uso,
aproveitamento, remanejamento ou parcelamento relativo à determinada fatia do
solo.

SEÇÃO IV

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 403. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento é o custo de execução do ato tendente a verificar
a adequação do uso, aproveitamento, remanejamento ou parcelamento relativo à

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determinada fatia de solo às normas administrativas constantes de Lei municipal


específica.

Parágrafo único. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os
critérios fixados no Anexo VII desta Lei.

SEÇÃO V

DO LANÇAMENTO

Art. 404. O lançamento da Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento dar-se-á:

I. por declaração do sujeito passivo;

II. ex officio, quando o sujeito passivo não efetuar a declaração prevista no inciso
anterior.

§1º. A declaração efetuada pelo sujeito passivo, nos termos do inciso I, será
efetuada:

I. antes da execução da obra, do remanejamento ou do parcelamento do solo


sujeito ao exercício do poder de polícia municipal;

a) no prazo estipulado em Lei municipal específica, quando se tratar da


comunicação dealteração em quaisquer das características do licenciamento
anteriormente concedido.

b) não vincula a autoridade administrativa responsável pelo lançamento.

§2º. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens descritos
no Anexo VII desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que conduza
ao maior valor.

Art. 405. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

I. notificação de lançamento ou emissão de documento de arrecadação


municipal; ou

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II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.

Parágrafo único. A ciência efetuada por meio de documento de arrecadação


municipal prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo
lançamento.

Art.405-A. O incorporador ou titular de direito de imóvel edificado, no caso de


construção, acréscimo, reforma ou reconstrução, deverá instruir o pedido de
habite-se com a comprovação do recolhimento do Imposto Sobre Servicos de
Qualquer Natureza-ISS da mão de obra utilizada, sob pena de indeferimento do
pedido.

SEÇÃO VI

DO RECOLHIMENTO

Art. 406. O recolhimento da taxa deverá ser efetuado no ato da


protocolização do processo pertinente.

§ 1°. A Taxa será recolhida através de Documento de Arrecadação de Receitas


Municipais - DAM.

§ 2°. Os recursos arrecadados com a Taxa de Fiscalização para Execução de Obras,


Remanejamento e Parcelamento do Solo serão destinados a entidade municipal
de urbanismo.

CAPÍTULO XI

DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DOS MEIOS DE PUBLICIDADE

SEÇÃO I

DA INCIDÊNCIA

Art. 407. A Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade tem
como fato gerador o exercício regular do poder de polícia municipal sobre o
disciplinamento e ordenamento da veiculação, por qualquer meio, de publicidade:

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I. em espaço público;

II. em local visível a partir de espaço público;

III. em local acessível ao público.

Parágrafo único. O disciplinamento e ordenamento descritos no caput deste artigo


obedecerão às normas administrativas constantes de Lei municipal específica.

Art. 408. Considera-se:

I. devida a taxa no Município de Caruaru quando a veiculação da publicidade


instalar-se dentro dos seus limites territoriais;

II . ocorrido o fato gerador sempre que o órgão municipal competente executar


ato tendente a verificar a adequação da veiculação da publicidade às normas
administrativas constantes de Lei municipal específica.

SEÇÃO II

DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 409. A Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de Publicidade não
incide sobre:

I. publicidade veiculada por rádio, jornal e televisão;

II. os dísticos ou denominações de estabelecimentos comerciais, industriais ou


prestadores de serviços, desde que colocados nas paredes e vitrinas internas do
estabelecimento, recuados no mínimo três metros do alinhamento do imóvel.

III. propaganda eleitoral de partidos, coligações e candidatos, durante o


período autorizado pela Justiça Eleitoral;

IV. Anúncios indicativos, especiais ou orientadores, satisfeitas as normas


administrativas constantes de Lei municipal específica.

Parágrafo único. Ficam os contribuintes, obrigados a colocar nas publicidades


sujeitas a taxa, um número de identificação fornecido pela repartição competente
conforme disciplinado em portaria do Secretário dos Negócios da Fazenda.
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SEÇÃO III

DO CONTRIBUINTE

Art. 410. É contribuinte da Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de


Publicidade aquele que promove a veiculação da publicidade sujeita ao exercício
do poder de polícia municipal, além daqueles definidos em Lei municipal
específica.

SEÇÃO IV

DA SOLIDARIEDADE

Art. 411. É solidariamente responsável Taxa de Fiscalização para Utilização


dos Meios de Publicidade:

I. aquele que explora o meio utilizado para veiculação da publicidade sujeita


ao exercício do poder de polícia municipal;

II. o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título do


imóvel de onde se veicula a publicidade sujeita ao exercício do poder de polícia
municipal.

SEÇÃO V

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 412. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de
Publicidade é o custo de execução do ato tendente a verificar a adequação da
veiculação da publicidade às normas administrativas constantes de Lei municipal
específica.

Parágrafo único. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os
critérios fixados no Anexo VIII desta Lei.

SEÇÃO VI

DO LANÇAMENTO

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Art. 413. O lançamento da Taxa de Fiscalização para Utilização dos Meios de


Publicidade dar-se-á:

I. por declaração do sujeito passivo;

II . ex officio, quando o sujeito passivo não efetuar a declaração prevista no


inciso anterior.

§1º. A declaração efetuada pelo sujeito passivo, nos termos do inciso I:

I. será efetuada:

a) antes da veiculação da publicidade sujeita ao exercício do poder de polícia


municipal;

b) no prazo estipulado em Lei municipal específica, quando se tratar da


comunicação dealteração em quaisquer das características do licenciamento
anteriormente concedido.

II . não vincula a autoridade administrativa responsável pelo lançamento.

§2º. O lançamento descrito no inciso II do caput deste artigo não será efetuado
por mais de uma vez, para a mesma veiculação, dentro do mesmo exercício.

§3º. Sendo possível o lançamento do tributo por mais de um dos itens descritos
no Anexo VIII desta Lei, a autoridade administrativa utilizará aquele que conduza
ao maior valor.

Art. 414. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

I. notificação de lançamento ou emissão de documento de arrecadação


municipal; ou

II. auto de infração, caso o sujeito passivo não tenha efetuado a declaração
prevista no artigo anterior.

Parágrafo único. A ciência efetuada por meio de documento de arrecadação


municipal prescindirá da assinatura da autoridade administrativa responsável pelo
lançamento.

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SEÇÃO VII

DO RECOLHIMENTO

Art. 415. O recolhimento da taxa será efetuado no prazo de 72 (setenta e duas)


horas, contadas a partir da ciência do lançamento.

CAPÍTULO XII

TAXA DE FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA

SEÇÃO I

FATO GERADOR E INCIDÊNCIA

Art. 416. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS tem como fato gerador o
desempenho, pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável e com
observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre a localização, a
instalação e o funcionamento de estabelecimento onde é fabricado, produzido,
manipulado, acondicionado, conservado, depositado, armazenado, transportado,
distribuído, vendido ou consumido alimentos ou exercida outra atividade
pertinente à higiene pública, em observância às normas sanitárias.

Art. 417. O fato gerador da Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - considera-se


ocorrido:

I. no primeiro exercício, na data de início de atividade;

II. nos exercícios subsequentes, pelo desempenho, pelo órgão competente, nos
limites da lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização
exercida sobre o funcionamento de estabelecimento;

III. em qualquer exercício, ante a alteração de endereço e/ou ato ou fato que
modifiquem os dados da inscrição.

Art. 418. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - não incide sobre as


pessoas físicas não estabelecidas.

Parágrafo único. Consideram-se não estabelecidas as pessoas físicas que:

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I. exerçam suas atividades em suas próprias residências, desde que não abertas ao
público em geral;

II . prestam seus serviços à domicilio.

SEÇÃO II

BASE DE CÁLCULO

Art. 419. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - será


determinada, para cada atividade, conforme constante no Anexo XI desta Lei
Complementar.

Art. 420. O sujeito passivo da Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - é a pessoa


física ou jurídica sujeita ao desempenho, pelo órgão competente, nos limites da
lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre a
localização, a instalação e o funcionamento de estabelecimento onde é fabricado,
produzido, manipulado, acondicionado, conservado, depositado, armazenado,
transportado, distribuído, vendido ou consumido alimentos ou exercida outra
atividade pertinente à higiene pública.

SEÇÃO IV

SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

Art. 421. Consideram-se solidariamente responsáveis pela pagamento da Taxa


todo aquele que tenha interesse comum na situação que constitui o fato gerador
da Taxa de Fiscalização Sanitária – TFS - além das pessoas previstas nesta Lei.

SEÇÃO V

LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 422. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - será lançada, de ofício pela
Autoridade Fazendária, conforme Anexo XI desta Lei Complementar.

Art. 423. O pagamento da Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - ocorrerá:

I. no primeiro exercício, na data da inscrição cadastral;

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II. nos exercícios subsequentes, de acordo com as datas fixadas em Calendário


Fiscal estabelecido pela Secretaria de Fazenda do Município as Finanças;

III. na data de ocorrência do fato gerador nos casos de alteração de endereço


e/ou de atividade, ou outros fatos que venham a modificar os dados da inscrição.

Art. 424. A Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - será recolhida através de


Documento de Arrecadação de Receitas Municipais - DAM -, pela rede bancária
devidamente autorizada pelo Órgão Fazendário, quando ocorrerem as hipóteses
previstas no art. 215 desta Lei Complementar.

Art. 425. O lançamento da Taxa de Fiscalização Sanitária - TFS - deverá ter em


conta a situação fática do estabelecimento no momento do lançamento.

CAPÍTULO XIV

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE MÁQUINA, MOTOR E EQUIPAMENTO

ELETROMECÂNICO

SEÇÃO I

FATO GERADOR E INCIDÊNCIA

Art. 433-A. A Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor, Equipamento


Eletromecânico e Eletromecânicos – TFM – fundada no poder de polícia do
Município – limitado ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato em razão de interesse público concernente à
tranquilidade pública – tem como fato gerador o desempenho pelo órgão
competente, nos limites da lei aplicável e com observância do processo legal, da
fiscalização exercida sobre a localização, instalação, conservação, funcionamento
e segurança de máquina, motor, equipamento eletromecânico ou
eletromagnético, pertinente à disciplina da produção e ao respeito aos direitos
individuais ou coletivos, em observância às normas de meio ambiente e de
posturas.

Art. 433-B. O fato gerador da Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e


Equipamento Eletromecânico - TFM - considera-se ocorrido:

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I – No primeiro exercício, na data da localização e da instalação da máquina,


motor, equipamento eletromecânico ou eletromagnético;

II – Nos exercícios subsequentes, pelo desempenho, pelo órgão competente nos


limites da lei aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização
exercida sobre o funcionamento da máquina, motor, equipamento eletromecânico
ou eletromagnético;

III - Em qualquer exercício, na data do conserto, de restauração ou reforma da


máquina, motor, equipamento eletromecânico ou eletromagnético;

Art. 433-C A Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor, Equipamento


Eletromecânico ou Eletromagnético – TFM– não incide sobre a máquina, motor,
ou equipamento eletromecânico ou eletromagnético utilizado:

I. em residência particular;

II. em atividade comercial ou prestadora de serviço.

Parágrafo único. A não incidência somente se aplica a máquinas de uso ou modelo


não industrial.

SEÇÃO II

BASE DE CÁLCULO

Art. 433-D. A Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e Equipamento


Eletromecânico ou Eletromagnético – TFM – será determinada no Anexo XIII desta
Lei Complementar.

Art. 433-E. O sujeito passivo da Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e


Equipamento Eletromecânico ou Eletromagnético – TFM, é a pessoa física ou
jurídica sujeita à fiscalização exercida sobre a localização, instalação e
funcionamento da máquina, motor ou equipamento eletromecânico ou
eletromagnético.

SEÇÃO IV

SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

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Art. 433–F. Por terem interesse na situação que constitui o fato gerador da Taxa
de Fiscalização de Máquina, Motor e Equipamento Eletromecânico ou
Eletromagnético – TFM – ou por estarem expressamente designados, são
pessoalmente solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas:

I. Titulares da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel onde


está localizada, instalada e funcionando a máquina, motor ou equipamento
eletromecânico ou eletromagnético;

II. Responsáveis pela locação, bem como locatário do bem imóvel onde está
localizada, instalada e funcionando a máquina, motor ou equipamento
eletromecânico ou eletromagnético;

SEÇÃO V

LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 433-G. A Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e Equipamento


Eletromecânico ou Eletromagnético - TFM - será lançada, de ofício conforme
tabela definida no Anexo XIII desta Lei Complementar.

Art. 433-H. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e


Equipamento Eletromecânico ou Eletromagnético - TFM - ocorrerá:

I. no primeiro exercício, na data da inscrição cadastral da máquina, motor,


equipamento eletromecânico ou eletromagnético;

II. nos exercícios subsequentes, conforme Calendário Fiscal.

III. em qualquer exercício, havendo conserto, restauração ou reforma da


máquina, motor ou equipamento eletromecânico.

III. em qualquer exercício, havendo conserto, restauração ou reforma da


máquina, motor, equipamento eletromecânico ou eletromagnético.

Art. 433-I. A Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e Equipamento


Eletromecânico ou Eletromagnético – TFM – será recolhida através de Documento
de Arrecadação Municipal – DAM

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I. no primeiro exercício, na data da inscrição cadastral da máquina, motor,


equipamento eletromecânico ou eletromagnético;

II. nos exercícios subsequentes, conforme Calendário Fiscal;

III. em qualquer exercício, havendo conserto, restauração ou reforma da máquina,


motor, equipamento eletromecânico ou eletromagnético, na data da vistoria fiscal.

Art. 433-J. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Máquina, Motor e


Equipamento Eletromecânico ou Eletromagnético - TFM - deverá ter em conta a
situação fática da máquina, motor, equipamento eletromecânico ou
eletromagnético no momento do lançamento.

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTO EM


HORÁRIO

ESPECIAL

SEÇÃO I

FATO GERADOR E INCIDÊNCIA

Art. 433-L. A Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em


Horário Especial TFHE -, fundada no Poder de Polícia do Município – limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente ao exercício de
atividades dependentes de concessão ou autorização do Poder Público – tem
como fato gerador o desempenho, pelo órgão competente, nos limites da lei
aplicável e com observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre o
funcionamento de estabelecimento em horário especial, pertinente ao
zoneamento urbano, em observância às normas municipais de posturas.

Art. 433-M. O fato gerador da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de


Estabelecimento em Horário Especial - TFHE - considera-se ocorrido:

I. no primeiro exercício ou mês ou semana ou dia ou hora, na data ou na hora


de início de funcionamento do estabelecimento em horário especial;

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II. nos exercícios ou meses ou semanas ou dias ou horas subsequentes, na data


ou na hora de funcionamento do estabelecimento em horário especial;

III. em qualquer exercício ou mês ou semana ou dia ou hora, na data ou na hora


de reinício de funcionamento do estabelecimento em horário especial.

Art.433-N. A Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em


Horário Especial TFHE - não incide sobre as pessoas físicas não estabelecidas.

Parágrafo único. Consideram-se não estabelecidas as pessoas físicas que:

I. exerçam suas atividades em suas próprias residências, desde que não abertas
ao público em geral;

II. prestam seus serviços no estabelecimento ou na residência dos respectivos


tomadores de serviços.

SEÇÃO II

BASE DE CÁLCULO

Art. 433-O. A base de cálculo da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de


Estabelecimento em Horário Especial - TFHE - será determinada, para cada
atividade, conforme constante no Anexo XIV desta Lei Complementar.

SEÇÃO III

SUJEITO PASSIVO

Art. 433-P. O sujeito passivo da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de


Estabelecimento em Horário Especial - TFHE - é a pessoa física ou jurídica sujeita
ao desempenho, pelo órgão competente, nos limites da lei aplicável e com
observância do processo legal, da fiscalização exercida sobre o funcionamento de
estabelecimento em horário especial, pertinente ao zoneamento urbano, em
observância às normas municipais de posturas.

SEÇÃO IV

SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA

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Art. 433-Q. Por terem interesse comum na situação que constitui o fato gerador
da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em Horário
Especial - TFHE - ou por estarem expressamente designados, são pessoalmente
solidários pelo pagamento da taxa, as pessoas físicas ou jurídicas.

I. titulares da propriedade, do domínio útil ou da posse do bem imóvel onde está


localizado, instalado e funcionando o estabelecimento;

II . responsáveis pela locação, bem como locatário, do bem imóvel onde


está localizado, instalado e funcionando o estabelecimento.

SEÇÃO V

LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art.433-R. A Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em


Horário Especial TFHE - será lançada, de ofício pela Autoridade Fazendária de
acordo com a tabela de valores definida no Anexo XIV desta Lei Complementar.

Art. 433-S. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de


Estabelecimento em Horário Especial - TFHE - ocorrerá:

I. no primeiro exercício ou mês ou semana ou dia ou hora, na data da


autorização e do licenciamento municipal;

II. nos exercícios subsequentes, conforme Calendário Anual Fiscal de Lançamento


e de Recolhimento de Tributos Municipais, estabelecido através de Portaria
baixada, até 31 de dezembro do exercício anterior ao do lançamento e
recolhimento, pelo Secretário Municipal responsável pela Administração
Fazendária;

III . em qualquer exercício ou mês ou semana ou dia ou hora, na data da nova


autorização e do novo licenciamento municipal.

Art. 433-T. A Taxa de Fiscalização de Funcionamento de Estabelecimento em


Horário Especial TFHE - será recolhida através de Documento de Arrecadação de
Receitas Municipais – DAM –, pela rede bancária devidamente autorizada pelo
Órgão Fazendário, quando ocorrerem as hipóteses previstas no art. 433-S desta
Lei Complementar.
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Art. 433-U. O lançamento da Taxa de Fiscalização de Funcionamento de


Estabelecimento em Horário Especial - TFHE - deverá ter em conta a situação
fática do estabelecimento no momento do lançamento.

SUBTÍTULO II

DAS TAXAS EM RAZÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

CAPÍTULO I

TAXA DE SERVIÇO DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DE VIAS PÚBLICAS

SEÇÃO I

FATO GERADOR E INCIDÊNCIA

Art. 434. A Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de Vias Públicas - TSM,


tem como fato gerador a utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos,
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição pelo
Município, diretamente ou através de autorizados, de permissionários, de
concessionários ou de contratados, de conservação e manutenção de vias públicas
de rodagem, mediante recapeamento asfáltico e reposição de paralelepípedos e
blocos de cimento no leito do logradouro.

SEÇÃO II

BASE DE CÁLCULO

Art. 435. A Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de Vias Públicas - TSM


- será cobrada, anualmente, considerando-se para sua determinação o maior
desgaste provocado pelo veículo em razão do seu peso, conforme constante no
Anexo XII desta Lei Complementar.

SEÇÃO III

SUJEITO PASSIVO

Art. 436. O sujeito passivo da Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de


Vias Públicas - TSM - é o proprietário de veículos automotores matriculados no

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órgão de trânsito com jurisdição no Município de Caruaru, usuário de vias de


rodagem que compõem o complexo viário deste Município.

SEÇÃO IV

LANÇAMENTO E RECOLHIMENTO

Art. 437. A Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de Vias Públicas - TSM


- será lançada de ofício e devida quando da primeira matrícula do veículo e em
cada renovação anual subsequente.

Art. 438. A Taxa de Serviço de Conservação e Manutenção de Vias Públicas - TSM


- deverá ser paga de uma vez ou parceladamente, na forma e nos prazos previstos
em calendário próprio.

Parágrafo único. O pagamento das parcelas vincendas só poderá ser efetuado


após o pagamento das parcelas vencidas.

CAPÍTULO II

DA TAXA DE COLETA DE RESÍDUOS

SEÇÃO I

DA INCIDÊNCIA

Art. 439. A Taxa de Coleta de Resíduos tem como fato gerador a utilização efetiva
ou potencial, do serviço público municipal de coleta, transporte e destinação final
dos resíduos sólidos relativos ao imóvel, prestado ao contribuinte ou posto à sua
disposição.

Art. 440. Para fins desta Lei, considera-se serviço de coleta de resíduos a remoção
periódica destes, quando gerados em imóvel edificado ou não, até o limite
máximo de:

I. cem litros/dia para coleta de resíduos domiciliares;

II. cento e cinquenta litros/dia para coleta de resíduos de serviço;

III. duzentos litros/dia para coleta de resíduos comerciais;


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IV. até quinhentos litros/dia para coleta de resíduos industriais.

Parágrafo único. A coleta de resíduos em níveis superiores aos limites tratados


considera-se especial, sujeitando-se a preço público.

Art. 441. Sendo prestado o serviço ou posto à disposição, a incidência independe:

I. da forma, estrutura, superfície, destinação ou utilização do imóvel;

II. da existência de edificação no imóvel;

III. da edificação existente no imóvel encontrar-se interditada, paralisada,


condenada, em ruínas ou em demolição;

IV. do atendimento a quaisquer exigências legais ou regulamentares relativas ao


uso ou aproveitamento do imóvel, sem prejuízo das penalidades cabíveis.

Art. 442. O sujeito passivo da TCR é cobrado em virtude da prestação especifica


e divisível, efetiva ou potencial, do serviço público de coleta e transporte de
resíduos é seu fruidor a qualquer título

Art. 443. Está sujeito a preço público a remoção ou retirada de resíduos


hospitalares dos estabelecimentos geradores, em razão do que estabelece a
Resolução n.º 05/93, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, a de
entulhos, detritos industriais, galhos de arvores e, ainda, a realizada em horário
especial por solicitação do interessado.

Art. 444. A TCR será lançada anualmente, ocorrendo seu fato gerador a partir de
1º de janeiro do exercício financeiro respectivo e cobrada tomando-se por base o
custo dos serviços, definidos no art. 1º, tomados por grupos distintos de
contribuintes que serão categorizados, a partir de elementos de cálculo de
produção de lixo, medindo-se conforme a formula constante do Anexo IX desta
Lei, cuja resultante multiplicada pelo número de meses do exercício totalizará o
valor devido do tributo.

§ 1º. Os grupos de contribuintes para fins de cobrança da TCR serão formados a


partir da aplicação de modelo matemático, através de fórmula de apuração de
produção de lixo, que levará em conta dados censitários e de consumo, incluindo
benefícios e quantidades de utilização de serviços públicos postos à disposição
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dos contribuintes, pelo Município, ou por outros entes estatais, produção do lixo
local, categoria do imóvel e dados de ocupação populacional por região do
Município

§ 2º. A TCR terá como base de cálculo a estimativa oficial do custo total da coleta,
transporte, destino final e administração de resíduos sólidos do exercício de sua
cobrança, e será dividida, para fixação de seu valor, por grupos de consumidores
categorizados na forma do parágrafo anterior .

§ 3º. Nas hipóteses de utilização diversificada do imóvel, será aplicado o maior


fator de utilização do imóvel no cálculo da TCR .

Art. 445. A cobrança da TCR será feita em até seis vezes com pagamentos
ocorrendo bimestralmente.

Art. 446. O transporte e a destinação final do lixo, em desacordo com o


Regulamento de Limpeza Urbana e as normas disciplinares a matéria, sujeitará o
infrator às penalidades previstas na legislação de regência, nesta incluída a que
trata dos crimes ambientais e de recomposição dos danos causados de qualquer
natureza, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal .

SEÇÃO II

DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 447. A Taxa de Coleta de Resíduos não incide sobre os serviços de


coleta, transporte e destinação final de resíduos sólidos:

I. classificados com hospitalares, nos termos da Resolução nº 05/93, do


Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;

II. que se constituam em entulhos, galhos de árvores e restos de materiais de


construção;

III. realizado em horário especial por solicitação do interessado.

Parágrafo único. Os serviços de coleta, transporte e destinação final de resíduos


sólidos descritos neste artigo ficarão sujeitos à cobrança de preço público.

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SEÇÃO III

DAS ISENÇÕES

Art. 448. São isentos da Taxa de Coleta de Resíduos os imóveis classificados como
habitação popular, nos termos desta Lei, cujo contribuinte atenda,
cumulativamente, aos seguintes requisitos:

I. não possuir outro imóvel no Município, considerando-se inclusive aqueles


em nome do seu cônjuge ou companheiro;

II. não auferir renda bruta mensal familiar superior a um salário mínimo;

III. residir no imóvel;

IV. utilizar o imóvel apenas para fins residenciais.

§1º. Em todas as hipóteses de isenção, o contribuinte deverá ser, em relação ao


imóvel:

I. proprietário; ou

II. cessionário de promessa de compra e venda firmada perante entidade


governamental; ou

III. titular da posse direta nos contratos de alienação fiduciária firmados perante
entidade governamental; ou

IV. arrendatário nos contratos de leasing firmados perante entidade


governamental.

§2º. As isenções de que trata este artigo não implicam na dispensa do


cumprimento das obrigações acessórias fixadas em Lei, regulamento ou outro ato
normativo, bem como não desqualificam os beneficiários da condição de
responsáveis pelo imposto, na forma da Lei.

§3º. O descumprimento reiterado do disposto no parágrafo anterior sujeitará o


infrator, na forma do regulamento, a perda do benefício.

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§4º. As isenções de que trata este artigo serão requeridas à Secretaria Municipal
de Finanças em processo administrativo, com periodicidade fixada nos termos do
regulamento.

§5º. A eficácia da decisão que deferir o requerimento tratado no parágrafo


anterior alcançará os fatos geradores posteriores à data em que o interessado
protocolou o pedido respectivo.

§6º. Não será concedida isenção com base neste artigo a imóvel enquanto não
seja efetivada a regularização da sua respectiva construção ou reforma.

Art. 449. São, ainda, isentos da Taxa de Coleta de Resíduos, independentemente


da formulação de qualquer requerimento, os imóveis inseridos em áreas de
invasão, considerados como favelas, urbanizadas ou não, além das entidades
religiosas de qualquer culto.

Parágrafo único. O Poder Executivo delimitará, através de critérios de classificação


fixados em regulamento, as áreas que atendem às exigências deste artigo.

SEÇÃO IV

DO CONTRIBUINTE

Art. 450. São contribuintes da Taxa de Coleta de Resíduos é o proprietário, o


titular do domínio útil ou o possuidor, a qualquer título, do imóvel que se utilize,
efetiva ou potencialmente, do serviço público municipal de coleta, transporte e
destinação final dos resíduos sólidos.

SEÇÃO V

DA SOLIDARIEDADE

Art. 451. São solidariamente responsáveis pela Taxa de Coleta de Resíduos:

I. o proprietário em relação:

a) aos demais co-proprietários;

b) ao titular do domínio útil;

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c) ao possuidor a qualquer título.

II. o titular do domínio útil em relação:

a) aos demais co-titulares do domínio útil;

b) ao possuidor a qualquer título.

III. os compossuidores a qualquer título.

SEÇÃO VI

DA BASE DE CÁLCULO

Art. 452. A base de cálculo da Taxa de Coleta de Resíduos é a estimativa oficial


do custo do serviço público municipal de coleta, transporte e destinação final dos
resíduos sólidos relativo ao imóvel.

§1º. O custo referido no caput deste artigo será aferido conforme os critérios
fixados no Anexo IX desta Lei.

§2º. A definição dos fatores de cálculo descritos no Anexo IX desta Lei tomará por
base dados:

I. Fator de periodicidade da coleta;

II. Fator distância do imóvel;

III. Fator de utilização do imóvel, subdividido em residencial, comercial, serviço,


industrial e vazio urbano;

IV. Fator de enquadramento do imóvel, em razão de sua produção de lixo;

V. Fator seletividade da coleta.

§ 3º. O Fator Distancia será estipulado por ato do Poder Executivo Municipal.

§4º. Ato do Poder Executivo atualizará monetariamente os valores estabelecidos


na Lei de que trata o parágrafo anterior nos mesmos índices e períodos fixados
para a atualização dos créditos tributários.

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§5º. O somatório dos valores lançados para todos os imóveis sujeitos ao tributo
não excederá ao custo total anual do serviço público municipal de coleta,
transporte e destinação final dos resíduos sólidos, conforme fixado na Lei
Orçamentária Anual elaborada para viger no exercício a que se referir o
lançamento.

SEÇÃO VII

DO LANÇAMENTO

Art. 453. O lançamento da Taxa de Coleta de Resíduos dar-se-á:

I. ex officio, através de procedimento interno embasado nos dados constantes


do Cadastro Imobiliário Fiscal;

II. ex officio, através de ação fiscal in loco, para imóveis não inscritos no
Cadastro Imobiliário Fiscal;

III. por declaração do sujeito passivo, após ação fiscal in loco, para imóveis não
inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal.

§1º. Na hipótese do inciso I deste artigo, o imposto será lançado anualmente, nas
datas fixadas pela Secretaria Municipal de Finanças.

§2º. Sendo possível o enquadramento do imóvel em mais de uma modalidade


classificatória, nos termos do Anexo IX desta Lei, será utilizada no lançamento
aquela que conduza ao maior valor.

Art. 454. Sem prejuízo do disposto no artigo 73, o lançamento da taxa será revisto
ex officio ou mediante impugnação do sujeito passivo, através de ação fiscal in
loco, para imóveis onde seja constatada alteração nos dados do Cadastro
Imobiliário Fiscal.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a revisão substituirá ou complementará


o lançamento precedente, sem prejuízo da aplicação da penalidade cabível.

Art. 455. A critério da Administração Fazendária, o lançamento será efetuado em


nome:

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I. do contribuinte;

II. do responsável solidário, nos termos desta Lei;

III. daquele qualificado como responsável tributário, nos termos desta Lei.

§1º. Para os imóveis sob o regime de condomínio ou composse, o lançamento será


efetuado:

I. individualizadamente, em nome do co-proprietário ou do compossuidor, para


cada unidade autônoma, ainda que contíguos ou vizinhos e pertencentes a um
mesmo titular; quando o regime de condomínio ou composse seja pro-diviso;

II. em nome de um, de alguns, ou de todos os condôminos ou compossuidores,


sem prejuízo, nas duas primeiras situações, da responsabilidade solidária dos
demais, quando o regime de condomínio ou composse seja pro-indiviso.

§2º. O imposto relativo aos imóveis objeto de fracionamento ou fusão será lançado
com base na nova situação em relação aos fatos geradores posteriores à
concessão da respectiva licença pela Secretaria Municipal de Planejamento.

Art. 456. Será dada ciência do lançamento ao sujeito passivo através de:

I. notificação de lançamento, quando se tratar de denúncia espontânea para


imóveis não inscritos no Cadastro Imobiliário Fiscal ou revisão do lançamento
mediante impugnação do sujeito passivo para imóveis onde seja constatada
alteração nos dados do Cadastro Imobiliário Fiscal; ou

II. auto de infração, quando se tratar de imóveis inscritos ex officio no Cadastro


Imobiliário Fiscal ou revisão ex officio do lançamento para imóveis onde seja
constatada alteração nos dados do Cadastro Imobiliário Fiscal; ou

III. edital veiculado em publicação oficial, quando se tratar ciência acerca da


emissão anual dos carnês de recolhimento.

Parágrafo único. O lançamento efetuar-se-á obrigatoriamente por edital para


imóveis cujo sujeito passivo e o responsável solidário sejam desconhecidos ou
estejam em local incerto e não sabido.

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SEÇÃO VIII

DO RECOLHIMENTO

Art. 457. O recolhimento da Taxa de Coleta de Resíduos será efetuado


anualmente, nas datas fixadas em calendário fiscal da Secretaria Municipal de
Finanças.

Parágrafo único. É facultado ao poder executivo instituir descontos de até 15%


(quinze por cento) para recolhimento integral e antecipado do tributo.

Art. 458. Realizando-se o lançamento na forma do parágrafo 2º do art. 65, fica


vedado o lançamento de cota com prazo de recolhimento a ser efetuado no
exercício seguinte àquele em que ocorreu o fato gerador.

SEÇÃO IX

DAS INFRAÇÕES REFERENTES ÀS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Art. 459. É infração considerada levíssima, referente ao descumprimento das


obrigações acessórias, o seguinte procedimento:

I. erro, deficiência, omissão ou irregularidade definida em regulamento quando da


apresentação de informações ou declarações econômico-fiscais, que não importe
na redução ou supressão do tributo devido;

§1º. A multa somente será considerada levíssima no caso do atendimento ao prazo


estabelecido em intimação ou outro ato de autoridade fiscal solicitando os
referidos documentos ou regularização;

§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.

Art. 460. São infrações consideradas médias, referentes ao descumprimento


das obrigações acessórias, as seguintes situações e procedimentos:

I. inexistência de inscrição no Cadastro Imobiliário Fiscal;

II. atraso na apresentação de informações ou declarações fiscais;

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III. ausência de comunicação de qualquer alteração nos dados constantes do


Cadastro Imobiliário Fiscal, desde que não implique em gozo indevido de isenção,
não incidência ou reconhecimento de imunidade.

§1º. A multa somente será considerada leve no caso do atendimento ao prazo


estabelecido em intimação ou outro ato de autoridade fiscal solicitando os
referidos documentos ou regularização;

§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.

Art. 461. São infrações consideradas graves, referentes ao descumprimento


das obrigações acessórias, as seguintes situações e procedimentos:

I. inserir elementos falsos ou inexatos ou, ainda, omitir situação de qualquer


natureza, em informações ou declarações fiscais, que resultem ou possam resultar
na redução ou supressão do tributo devido;

II. comunicação de qualquer alteração efetivamente não ocorrida nos dados


constantes do Cadastro Imobiliário Fiscal;

III. inserir elementos falsos ou inexatos ou, ainda, omitir situação de qualquer
natureza em processo administrativo que resultem ou possam resultar na
concessão ou reconhecimento indevido de isenção, não incidência ou imunidade;

IV. ausência de comunicação de qualquer alteração nos dados constantes do


Cadastro Imobiliário Fiscal que implicaria na perda de isenção, não incidência ou
imunidade.

§1º. A multa somente será considerada grave no caso do atendimento ao prazo


estabelecido em intimação ou outro ato de autoridade fiscal solicitando os
referidos documentos ou regularização;

§2º. Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.

SEÇÃO X

DAS PENALIDADES REFERENTES ÀS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


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Art. 462. As infrações referentes ao descumprimento das obrigações


acessórias serão punidas consoante a tabela do Anexo II desta Lei.

Art. 463. São circunstâncias que agravam a pena referente ao descumprimento


das obrigações acessórias, obrigando à autoridade responsável pelo lançamento
a sua majoração em 50% (cinqüenta por cento):

I. a reincidência, conforme definida em Lei;

II. ter sido a infração cometida com a participação de servidor ou empregado


público municipal.

§1º Ocorrerá majoração em 100% (cem por cento), no caso de adulteração, vício
ou falsificação de qualquer livro ou documento fiscal.

§2º. O agravamento será aplicado cumulativamente com os anteriores, quando se


tratar da hipótese definida no inciso I do caput e §1º.deste artigo.

CAPÍTULO III

TAXAS DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

SEÇÃO I

TAXA DE EXPEDIENTE

Art. 463-A. A Taxa de Expediente tem como hipótese de incidência a


apresentação de documentos às repartições do Órgão Fazendário para apreciação
e despacho pelas Autoridades Municipais, a lavratura de termos e contratos com
o Município, bem como outras hipóteses, conforme constante no Anexo XV desta
Lei Complementar.

§ 1º A cobrança da taxa será feita por meio de guia, conhecimento ou processo


mecânico, na ocasião em que o ato for praticado, assinado ou visado ou em que
o instrumento formal for protocolado, expedido ou anexado, desentranhado ou
devolvido.

§ 2º Ficam isentos da taxa os requerimentos e certidões relativas aos servidores


municipais, ao serviço de alistamento militar ou para fins eleitorais e as certidões

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para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, além


daqueles emitidos por meio eletrônico.

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