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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Unidade Técnica da Reforma da Administração Financeira do Estado


- UTRAFE –

Autoridade Tributária de Moçambique


-AT-

Modelo Conceptual do
e-Tributação

Maputo, 16 de Julho de 2009

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Modelo Conceptual
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Modelo Conceptual
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4
2. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ACTUAL ....................................................................................................... 5
2.1 CONCEITOS ....................................................................................................................................................... 5
2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO ................................................................................................................................. 5
3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL ............................................................................................................. 8
3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE NEGÓCIO .............................................................................. 8
3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SISTEMAS INFORMÁTICOS ....................................................................... 8
3.3 VISÃO GERAL DA SITUAÇÃO ACTUAL ..................................................................................................... 10
4. MODELO PROPOSTO ..................................................................................................................................11
4.1 PREMISSAS ...................................................................................................................................................... 11
4.2 DEFINIÇÕES ESSENCIAIS ............................................................................................................................. 12
4.3 RESULTADOS ESPERADOS .......................................................................................................................... 13
4.4 ADMINISTRAÇÃO DAS RECEITAS DO ESTADO ....................................................................................... 13
4.5 E-TRIBUTAÇÃO ..................................................................................................................................................... 14
4.6 REQUISITOS BÁSICOS DOS MÓDULOS DO E-TRIBUTAÇÃO ........................................................................ 15
4.7 RELACIONAMENTO INTERNO..................................................................................................................... 17
4.8 RELACIONAMENTO EXTERNO ................................................................................................................... 17
4.9 VISÃO GERAL A PARTIR DO CONTRIBUINTE .......................................................................................... 18
4.10 VISÃO GERAL DO INTER-RELACIONAMENTO ................................................................................... 19
4.11 VISÃO GERAL DOS FLUXOS DE TRABALHO ....................................................................................... 20
4.12 RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................................................................. 20
ANEXO A - DISCRIMINAÇÃO DOS IMPOSTOS NACIONAIS .........................................................................23
ANEXO B - DISCRIMINAÇÃO DOS IMPOSTOS AUTÁRQUICOS...................................................................25
ANEXO C - DISCRIMINAÇÃO DAS TAXAS NACIONAIS ................................................................................26
ANEXO D - DISCRIMINAÇÃO DAS TAXAS AUTÁRQUICAS ..........................................................................27
ANEXO E - DISCRIMINAÇÃO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS .............................................................................28
ANEXO F - DISCRIMINAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AFECTA À ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ..............29
ANEXO G - COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE O MODELO CONCEPTUAL DO E-TRIBUTAÇÃO E O
REGULAMENTO DO SISTAFE ............................................................................................................................31
ANEXO H - LISTA DE SIGLAS .............................................................................................................................33

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Modelo Conceptual
1. INTRODUÇÃO

A reforma no sector público levada a efeito a partir de 2002, com a aprovação da Lei n.º
9/2002, de 12 de Fevereiro, que criou o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE),
tem inúmeras finalidades dentre as quais destacam-se a melhoria dos serviços públicos e a
integração regional.

Neste contexto, é que se insere o projecto e-Tributação, que tem por objectivo a
implementação de acções de modernização dos serviços de administração tributária, tendo o suporte
de sistema electrónico de gestão e cobrança de receitas, com vista, em última análise, a melhorar a
cobrança de receitas do Estado e a reduzir os níveis de evasão fiscal, contribuindo decisivamente
para o incremento das receitas e consequente aumento da capacidade de investimento pelo Estado,
com inegáveis benefícios sociais para o País como um todo.

Trata-se, portanto, de projecto de importância capital e que, por isso mesmo, consta de
várias matrizes assinadas entre o Governo de Moçambique e os parceiros internacionais de
cooperação e está listado como acção prioritária no Plano Estratégico da Autoridade Tributária de
Moçambique – AT.

A experiência adquirida no âmbito da UTRAFE e da AT na implementação de projectos


mostra que o desenvolvimento do Projecto e-Tributação será uma actividade complexa e que irá
requerer a mobilização cuidada de recursos humanos especializados em várias matérias e a contínua
interacção e acompanhamento por parte da gestão sénior dessas duas instituições, para além de
acurado planeamento, que deve ser consubstanciado em dois documentos básicos, nomeadamente: o
Modelo Conceptual, com a discriminação das linhas mestras a serem observadas; e, posteriormente,
o Modelo de Negócio, elaborado a partir do primeiro e que deve contemplar o detalhe de todos os
processos.

O presente documento apresenta o Modelo Conceptual proposto para desenvolvimento do


Projecto e-Tributação, tendo como escopo todas as receitas do Estado (receitas que constam do
Orçamento do Estado). Excepcionalmente, poderá contemplar a cobrança de tributos autárquicos,
até a finalização do processo de descentralização da execução das receitas autárquicas.

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Modelo Conceptual
2. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ACTUAL

2.1 CONCEITOS

a) Em conformidade com o disposto no art. 3 da Lei n.º 2/2006, de 22 de Março, os tributos


são agrupados conforme a designação que se segue:

 Os impostos, nacionais e autárquicos;


 As taxas, nacionais e autárquicas;
 As contribuições especiais, nacionais e autárquicas; e
 As demais contribuições financeiras estabelecidas por lei a favor de entidades
públicas, desde que a gestão das mesmas seja da competência da administração tributária.

b) A discriminação dos impostos nacionais, impostos autárquicos e taxas nacionais e


autárquicas, com as correspondentes designações, características gerais e bases legais, para além
dos benefícios fiscais previstos na Lei n.º 4/2009, de 12 de Janeiro, constam, respectivamente, dos
quadros-resumos dos Anexos A, B, C, D e E.

c) A legislação afecta à administração dos tributos encontra-se discriminada no Anexo F.

2.2 PROCESSO DE NEGÓCIO

a) Actualmente, o processo de negócio no âmbito da administração tributária está assente


em três sistemas, nomeadamente:

 Número Único de Identificação Tributária (NUIT), responsável pelo registo de


contribuintes e autenticação no ingresso de declarações e pagamentos no Sistema Interino de
Cobrança de Receita (SICR);

 SICR, que suporta os processos operacionais inerentes à gestão da receita tributária


de todos os impostos; e

 Trade Information Management System (TIMS), utilizado para controlo dos


processos aduaneiros.

b) Para cada um dos sistemas descritos na alínea anterior, há um sistema informático de


apoio implementado na Direcção Geral de Impostos (DGI), no caso do NUIT e SICR, e na Direcção
Geral das Alfândegas (DGA), no caso do TIMS.

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Modelo Conceptual
c) O processo de negócio no âmbito da administração tributária é operacionalizado por
intermédio de 33 áreas fiscais, sendo 29 Direcções de Áreas Fiscais (DAF’s), 3 Unidades de
Grandes Contribuintes (UGC´s) e 2 Juízos Privativos das Execuções Fiscais (JPEF’s), das quais
apenas 22 encontram-se informatizadas, conforme distribuição por região a seguir discriminada:

Áreas fiscais informatizadas Áreas fiscais não informatizadas


Regiões
DAF’s UGC´s JPEF´s DAF’s UGC´s JPEF’s
Sul 11 1 0 3 0 1
Centro 5 1 0 2 0 1
Norte 4 1 0 4 0 0

d) O pagamento de tributos é realizado, actualmente, de acordo com os procedimentos


operacionais a seguir resumidos:

 Etapa 1 - Recepção da guia de pagamento de tributo em triplicado, utilizando-se


modelos adquiridos e preenchidos pelo próprio contribuinte, específicos para cada tributo
(exemplos: M/19 para o Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares - IRPS; M/39 para o
Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas - IRPC; M/A para o Imposto sobre Valor
Acrescentado – IVA; etc.);

 Etapa 2 - Verificação das informações básicas em relação à guia de pagamento (se é


legível, completa e sem erros aritméticos; se não possui rasuras; se está dentro do prazo legal; se
possui a assinatura do sujeito passivo ou de seu representante legal; e se a Classificação da Receita
está correctamente preenchida, isto é, se foi correctamente extraída da tabela de receitas do ano em
curso); caso haja erros, a guia de pagamento é devolvida ao sujeito passivo com as explicações
detalhadas do que é necessário para efectuar as correcções devidas;

 Etapa 3 (específica para as DAF’s e UGC’s informatizadas) - Inserção de dados no


SICR, permitindo ao utilizador comparar a informação da liquidação do imposto calculado no
sistema com o montante declarado na guia de pagamento, para além dos juros compensatórios, se
forem devidos; caso haja diferenças entre a informação contida no SICR e o montante do imposto
constante da guia de pagamento, a guia de pagamento é devolvida ao sujeito passivo com as
explicações detalhadas do que é necessário para efectuar as correcções devidas;

 Etapa 4 – Atribuição, para cada guia, do “n.º de entrada” (número sequencial, por
exercício, que comprova a entrada da guia) e do “n.º da receita” (número sequencial utilizado
apenas nas guias que tenham valor a pagar). Nas unidades informatizadas, esses números são
gerados automaticamente pelo SICR, ao final da etapa anterior. Nas unidades não informatizadas,
esses números são extraídos de controlo de numeração manual. Em ambos os casos, os números são
transcritos manualmente para os campos apropriados da guia, após o que esta é devolvida ao
contribuinte para que ele a apresente na Recebedoria (na própria DAF ou UGC) para efetuar o
pagamento;

 Etapa 5 - Processamento do pagamento pela Recebedoria mediante conferência e aceite


do meio do pagamento (numerário, cheque, comprovante de transferência bancária, etc.), introdução
do cheque no leitor de cheques (caso seja pagamento por cheque), preenchimento e assinatura no
local reservado para o efeito e colocação do carimbo de “pago” na guia, nos três exemplares
(guardando o duplicado e enviando o triplicado à secção correspondente do tributo) e impressão e
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entrega ao contribuinte do recibo, acompanhado do original da guia de pagamento. Caso o
pagamento seja efectuado nas DAF´s e Juízos Privativos das Execuções Fiscais Não-
Informatizados, o recibo é a própria guia devidamente carimbada com o dizer: PAGO. O
contribuinte tem a opção, também, de efectuar o pagamento mediante depósito na conta bancária da
Recebedoria. Neste caso, após o depósito, ele deve apresentar o correspondente comprovativo (talão
de depósito, ou borderaux de transferência) na própria Recebedoria, junto com as guias;

 Etapa 6 – Envio de carta das DAF’s/UGC’s ao Banco de Moçambique (BM) ou Bancos


Comerciais (BCOM´s), com cópia para a Direcção Nacional do Tesouro (DNT), solicitando a
transferência dos valores recebidos na conta da recebedoria para a Conta Única do Tesouro (CUT),
acompanhada de “Modelo 51”, que apresenta a discriminação dos valores recebidos no período;

 Etapa 7 – Com base no “Modelo 51” recebido, classificação da receita pela DNT, no
Módulo de Execução Orçamental (MEX) do sistema informático do Sistema de Administração
Financeira do Estado (e-SISTAFE), dos valores que ingressaram na CUT; e

 Etapa 8 - Confirmação, pela DNT, do recebimento e classificação dos valores recebidos,


mediante envio às DAF’s/UGC’s da Guia de Recolhimento (GR) gerada automaticamente pelo
MEX aquando da classificação da receita.

e) Quando o contribuinte não paga o tributo dentro do prazo legal, o sector respectivo
extrai uma certidão de relaxe, nos termos do art. 44 do Código das execuções fiscais, aprovado pelo
Decreto n.º 38.088, de 12 de Dezembro de 1950, e envia ao JPEF para a cobrança coerciva.

f) A UGC de Nampula e todas as DAF´s, exceptuando as de Maputo e Beira, possuem um


JPEF dentro da própria UGC/DAF, e, nesses casos, o director da DAF acumula a função de juiz.

g) As dívidas encaminhadas aos JPEF’s são pagas nas Recebedorias das DAF’s/UGC ou
dos próprios JPEF’s (quando estes estiverem fora da estrutura das DAF’s/UGC). A partir do
pagamento, os procedimentos para recolha à CUT, classificação da receita e confirmação pela DNT
são idênticos aos anteriormente descritos para as demais arrecadações.

h) No caso das receitas próprias, a cobrança e a arrecadação são efectuadas nas próprias
instituições beneficiárias. Posteriormente, as instituições transferem os valores arrecadados para as
contas das recebedorias e formalizam essas transferências, junto às DAF’s, encaminhando as
correspondentes guias “Modelo B” (para contabilização). A partir daí, as DAF’s efectuam a recolha
à CUT nos mesmos moldes descritos em relação aos tributos.

i) Actualmente, os litígios são tratados em primeira instância a nível do contencioso


tributário da AT, em segunda instância pelo Tribunal Administrativo; entretanto, foi aprovada a
legislação para a criação dos Tribunais Fiscais.

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Modelo Conceptual
3. ANÁLISE DA SITUAÇÃO ACTUAL

3.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE NEGÓCIO

De forma geral, são pertinentes as seguintes considerações em relação ao actual status quo
do processo de negócio no âmbito da administração tributária:

 O NUIT não é o ponto central de todas as informações e processos;

 Há necessidade de aprimorar os procedimentos operacionais, incluindo os de


fiscalização, para os grandes contribuintes;

 O sistema não permite a utilização da rede bancária para a cobrança de receitas


tributárias, aduaneiras ou próprias;

 Somente é evidenciada a contabilização no e-SISTAFE (MEX) da terceira fase da


receita, tanto para tributos quanto para as demais receitas;

 O sistema não permite o atendimento ao contribuinte por intermédio da Internet;

 Os conceitos inerentes a receitas tributárias, receitas próprias e receitas consignadas


necessitam de ser revistos pois, em várias situações, apresentam contradições;

 O SICR e o TIMS administram sua própria receita, pois não estão integrados;

 Em relação aos três sistemas, não é explorada a possibilidade de harmonização com


outros cadastros (Bilhete de Identidade, Cadastro das Empresas, etc.) e a possibilidade de interacção
com as demais instituições públicas, como por exemplo o Instituto Nacional de Segurança Social
(INSS), o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Instituto Nacional de Viação (INAV), o
Ministério da Indústria e Comércio, o Ministério do Interior, o Ministério da Justiça, etc., apesar de
em termos técnicos não haver obstáculos para tal. Como excepção a esta situação, o e-SISTAFE
(MEX) acessa o NUIT aquando do registo dos Funcionários, Pensionistas, Fornecedores e Agentes
do Estado, evitando dessa forma inconsistências nos cadastros daquele Sistema; e

 Actualmente, a AT utiliza uma classificação própria para as receitas e que é


elaborada com base no Classificador Económico da Receita (CER).

3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SISTEMAS INFORMÁTICOS

a) Por intermédio do sistema NUIT são realizadas as diversas operações relacionadas


com o registo de contribuintes, tais como atribuição e manutenção de registos dos NUIT’s que são
usados para efeitos de declaração e pagamento de tributos, início e encerramento de actividades,
alteração de dados, abertura de sucursais, etc.; tal sistema apresenta as seguintes deficiências
básicas:

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Modelo Conceptual
 Há duplicidade no registo de um mesmo contribuinte, situação ocasionada pela
migração de dados do sistema antigo e também pela simplificação nos procedimentos operacionais
e validações informáticas para a concessão do NUIT; e

 Existem algumas falhas na funcionalidade do aplicativo que não permitem uma boa
gestão do sistema.

b) Essencialmente, o SICR suporta os processos operacionais e a gestão da receita


tributária originária de qualquer imposto vigente em Moçambique; trata-se de um sistema, de uso
exclusivo da AT (DGI), que foi concebido para ser temporário, mas que ao longo do tempo vem
sendo corrigido e incrementado com novas funcionalidades, e apresenta as seguintes deficiências
básicas:

 Usa uma arquitectura de base de dados distribuída, exigindo alto custo financeiro
(por necessitar de instalação de equipamentos e de programas nos locais em que o sistema deverá
funcionar) e tecnológico (por necessitar de um complexo sistema de sincronismo de dados);

 Não possui conta corrente tributária abrangente que permita o controlo das
obrigações com o seguimento das respectivas transacções (possui, apenas, um controlo do
documento gerado e seu respectivo pagamento, sendo que os eventos que geram movimentos de
crédito e débito não são automatizados);

 Não dispõe de controlo das dívidas que são enviadas a Juízo;

 Não contempla o controlo de reembolsos para o IVA, IRPC e IRPS;

 Todos os documentos de cobrança são preenchidos de forma manual pelo próprio


contribuinte e submetidos às DAF’s/UGC’s/JPEF’s para digitação no sistema; e

 Em relação aos processos de fiscalização, não contempla uma solução tanto para o
controlo da substituição das declarações de períodos fiscalizados quanto para a cobrança da multa
por ela gerada.

c) O TIMS, de uso exclusivo da AT (DGA), é o principal sistema informático utilizado


para o controlo dos processos aduaneiros; sua principal funcionalidade contempla o processamento
da declaração aduaneira, a verificação dos dados e processo do cálculo da receita e cobrança. Ele
tem uma arquitectura cliente-servidor com instalações a nível central e local e apresenta as
seguintes deficiências básicas:

 Não controla todas as cobranças efectuadas nos locais da DGA, mantendo a


necessidade de que alguns procedimentos continuem a ser feitos de forma manual;

 Utiliza uma arquitectura de base de dados distribuída, exigindo alto custo financeiro
(por necessitar de uma grande infra-estrutura informática) e tecnológico (por necessitar de um
complexo sistema de sincronismo de dados);

 Utiliza a versão de base de dados “Oracle 7.3”, já descontinuada pelo fornecedor; e

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Modelo Conceptual
 Determinadas funções de alguns módulos necessitam de ser feitas de forma manual
(isenções, contabilidade, armazenagem, etc.).

3.3 VISÃO GERAL DA SITUAÇÃO ACTUAL

a) Áreas fiscais informatizadas

Declaração
preenchida DAFs (Balcão): Declaração
Verificar NUIT
(em Triplicado) Recepção da Guia de preenchida
Digitação dos
Pagamento e NUIT
Declaração Dados
Verificação NUIT NUIT
Incorrecta
Invalido valido/invalido
(Falta de Informação)

Declaração Declaração Declaração


Solicitar (número de entrada inserida Inserida
Declaração
meio e Receita) (número de (número da
preenchida
de entrada de entrada e
pagamento receita) da receita)

NUIT (Solicitar Guia)


Receber Devolver Guia preenchida (existente no sistema)
o Recebedoria
SICR
valor Pagamento
Imprimir Recibo

Entregar
Recibo e
Guia
original

Guia de Recolhimento Legenda:

Talão de Modelo 51 Informação a vermelho – processo manual


Ordem de Valor Deposito
transferencia Creditado (cheques e numerários)
para
a
CUT

BM/BCOM Valor transferido CUT

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Modelo Conceptual
b) Áreas fiscais não informatizadas
Declaração
preenchida
DAFs (Balcão):
(em Triplicado)
Recepção da Guia de
Declaração Pagamento e
Incorrecta verificação
(Falta de Informação)

Declaração
Solicitar Declaração
meio (número de entrada e receita
de
pagto

Receber Recebedoria Numeração


o
valor

Entregar
Guia
original

Guia de Recolhimento

Talão Modelo 51
Ordem de Valor de
transferência Creditado Deposito
para (cheques e numerarios)
a
CUT

BANCO Valor transferido CUT

4. MODELO PROPOSTO

4.1 PREMISSAS

No que diz respeito aos desafios na área da política tributária, continua a ser necessário
desenvolver várias acções para o alcance de uma tributação simples, abrangente, justa e equilibrada,
elevando a arrecadação dos recursos para os programas públicos sem descurar das medidas de
incentivo ao desenvolvimento económico.

É nesse âmbito que se enquadra o projecto e-Tributação, que tem como um dos objectivos,
como referido anteriormente, a implementação de acções de modernização dos serviços de
administração tributária, com vistas, em última análise, a melhorar a cobrança de tributos e a reduzir
os níveis de evasão fiscal, contribuindo decisivamente para o incremento das receitas do Estado.

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Modelo Conceptual
Deste modo, o modelo ora proposto tem as seguintes premissas:

 A facilitação dos processos a serem utilizados pelos contribuintes para a declaração e


pagamento de tributos contribui decisivamente para a diminuição da evasão fiscal. Nesse sentido, a
internet é um instrumento fundamental;

 Um sistema integrado de administração tributária, que tenha interligações com


sistemas externos relevantes, confere maior transparência e melhor gestão a todos os processos,
diminuindo tanto a fuga fiscal quanto o desvio de receitas; e

 No caso específico das actualmente designadas receitas próprias, a observância do


princípio de unidade de tesouraria não implica perda de autonomia para os órgãos e instituições
beneficiárias, para além de facilitar e agilizar a cobrança e aprimorar o controlo.

4.2 DEFINIÇÕES ESSENCIAIS

O modelo ora proposto foi concebido a partir das seguintes definições essenciais:

 O NUIT deve ser o ponto central de todas as informações e processos inerentes à


administração tributária;

 A cobrança de receitas deve ser efectuada em estrita observância ao princípio de


unidade de tesouraria e utilizando-se uma única guia (para a cobrança de todas as receitas, inclusive
as receitas próprias), com discriminação compulsória do NUIT e da Célula Orçamental da Receita
(COR) em todos os casos;

 A cobrança de receitas deve ser efectuada, exclusivamente, por intermédio da rede


bancária (utilizando-se os diferentes meios disponíveis, tais como: balcão, Automatic Teller
Machine - ATM, Post of Sell – POS, etc.), excepto nas localidades que não possuam ainda rede
bancária;

 A utilização da rede bancária deverá ser objecto de uma campanha de


consciencialização do contribuinte;

 A COR deve ser utilizada, de forma compulsória, em todos os processos inerentes à


administração tributária, garantido a correcta e individualizada contabilização de cada receita;

 Os processos inerentes à gestão, cobrança, contabilização, fiscalização e controlo de


tributos devem ser automatizados, em substituição aos actuais processos manuais;

 O contribuinte deve merecer maior atenção; nesse sentido, o atendimento on-line e a


disponibilização de serviços via Internet devem ser priorizados, incentivando-se a auto declaração e
minimizando-se a necessidade da presença do contribuinte nas instalações da AT para regularização
de sua situação fiscal; e

 As três fases das receitas devem ser contabilizadas, de forma automática, integrada e
consolidada, no e-SISTAFE (MEX).

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Modelo Conceptual
4.3 RESULTADOS ESPERADOS

De forma geral, os resultados esperados em relação ao modelo proposto são:

 Melhoria substancial na gestão, cobrança, fiscalização e controlo de tributos;

 Melhoria substancial na contabilização, controlo e agilidade na disponibilização das


receitas do Estado;

 Incremento substancial da receita em função da modernização dos serviços de


administração tributária, da simplificação de procedimentos para declaração e pagamento de
tributos e do consequente alargamento da base tributária;

 Redução dos custos administrativos inerentes à gestão de receitas de Estado; e

 Disponibilização atempada de informações de gestão (operacionais e estratégicas),


para acompanhamento, fiscalização e controlo atempado de todos os processos.

4.4 ADMINISTRAÇÃO DAS RECEITAS DO ESTADO

Os serviços inerentes à administração das receitas do Estado devem ser organizados de


acordo com as seguintes directrizes básicas:

a) Composição do Macro-processo de Administração das Receitas do Estado com os


seguintes processos:

 Gestão do Registo de NUIT’s;

 Gestão das Receitas do Estado; e

 Gestão da Rede de Cobrança;

b) Apoio informático por intermédio de sistema específico designado e-Tributação,


conforme discriminação descrita no n.º 4.5;

c) Interligação do e-Tributação com o Módulo de Elaboração Orçamental (MEO) do e-


SISTAFE para possibilitar o tratamento da previsão da receita com base nos dados do e-Tributação;

d) Interligação do e-Tributação com MEX (e-SISTAFE), para possibilitar que o MEX


tenha acesso à actualização de NUIT’s, para que ambos os sistemas possam efectuar o registo das
fases da receita, a reclassificação de receitas, o controlo das recolhas à CUT, etc;

e) Aperfeiçoamento de processos e procedimentos operacionais relativos a “grandes


contribuintes”, inclusive no que se refere à fiscalização;

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Modelo Conceptual
f) Utilização compulsória da COR (conjunto de classificadores que qualificam uma
rubrica do Orçamento do Estado) em todos os registos e controlos, conforme composição prevista
no SISTAFE, nomeadamente:

 Gestão + Unidade Orçamentária (UO) + Fonte de Recurso (FR) + CER;

g) Designação das áreas fiscais e demais órgãos e instituições do Estado que cobram
receitas do Estado como UO’s na composição das COR’s;

h) Utilização das FR’s constantes da base de dados do e-SISTAFE para composição das
COR’s;

i) Composição dos CER’s (que têm por objectivo identificar a natureza da receita) de
acordo com o previsto no SISTAFE;

j) Normalização dos procedimentos inerentes a cada um dos processos descritos na


alínea a no Manual de Administração de Receitas (MAR); e

k) Aquando da elaboração do Modelo de Negócio, observância do necessário sigilo


fiscal, para além dos princípios de segregação de funções e controlo intercorrente na definição dos
procedimentos e correspondentes agentes responsáveis de cada um dos processos descritos na alínea
a.

4.5 e-Tributação

a) O e-Tributação deverá ser estruturado com os seguintes módulos:

 Registo de NUIT’s (RN), para concessão e controlo de NUIT’s, pilar fundamental,


que deve atender às actividades relacionadas ao ciclo de vida dos contribuintes;

 Receitas do Estado (RE), para gestão das receitas do Estado e controlo fiscal de cada
contribuinte em relação a todos os tributos e de cada tributo em relação a todos os contribuintes;

 Rede de Cobrança (RC), para gestão e controlo da cobrança, arrecadação e recolha à


CUT de todas as receitas do Estado, cuja arrecadação, deve ser efectuada, de forma prioritária, nos
BCOM’s; e

 Apoio à Gestão (AG), para apoio administrativo (controlo de acesso, etc.) e apoio à
alta direcção em relação à gestão das receitas do Estado, viabilizando a geração de informações ad-
hoc.

b) O módulo de RN deverá criar os contribuintes, atribuindo-lhes o NUIT, através do


qual passarão a ser identificados em todas as transacções e operações em diversas instituições. É
este NUIT que vai gerar uma conta corrente no módulo RE onde ficarão registadas todas as
transacções e operações inerentes. Por sua vez, o módulo RC utilizará a informação contida no
módulo RE para efeitos de cobrança e arrecadação das receitas do Estado e para informação de
eventuais declarações ou pagamentos oficiosos. Como o módulo RE terá toda a informação relativa
aos contribuintes, esta informação poderá ser disponibilizada ao módulo AG, sempre que este a
solicite. O módulo AG poderá obter, ainda, informação proveniente do módulo RN sobre o número
de contribuintes totais, por zona, etc., e também do módulo RC sobre dívidas cobradas num
determinado período.

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Modelo Conceptual
4.6 REQUISITOS BÁSICOS DOS MÓDULOS DO e-Tributação

a) O módulo RN deverá atender aos seguintes requisitos básicos: Definição como


núcleo de todo o sistema, sendo o NUIT de uso obrigatório pelos demais módulos e demais sistemas
de outras entidades públicas e privadas;

 Atribuição de NUIT’s de acordo com novos procedimentos administrativos a serem


estabelecidos para maior controlo e segurança na validação dos documentos apresentados, dentre os
quais, por exemplo: não permitir abreviações do nome e sobrenome de pessoas singulares,
incorporando na base de dados a obrigatoriedade da filiação e, em caso de homónimos com a
mesma data de nascimento, accionar dispositivo específico de segurança a partir da informação de
todos os homónimos relacionados;

 Associar os NUIT’s de pessoas colectivas aos NUIT’s das pessoas singulares que
compõem a entidade correspondente, dos seus respectivos gestores, dos respectivos agregados
familiares, etc.;

 Definição de um novo modelo de dados que permita gravar atributos que serão
necessários para a integração interna e externa do NUIT, tais como: endereço para as filiais, número
de identificação dos importadores e despachantes, NUIT’s dos técnicos de contas, endereço
electrónico (e-mail), telefone, telemóveis e fax, etc;

 Permissão para que as actualizações de dados possam ser feitas por intermédio da
Internet, sempre que para o trâmite não se exija a apresentação de comprovativos. Se for necessário
apresentar documentos, o sistema deverá informar essa necessidade e, automaticamente, agendar o
local, o dia e a hora para apresentá-los;

 Previsão de dispositivos para controlo de actualização de endereços dos


contribuintes, como por exemplo: quando se verificar que uma notificação foi devolvida por
“destinatário não encontrado”, essa informação deverá ser mantida no registo deste contribuinte,
como inconsistência, de forma que qualquer transacção que ele tente realizar em relação a tributos
ou a comércio internacional somente seja possível após a correcção de tal discrepância; e

 Interligação com o e-SISTAFE (MEX) e com o Cadastro único dos Funcionários


Públicos e Agentes do Estado (e-CAF) como forma que aquele sistema possa manter actualizados
os cadastros de credores e de funcionários públicos e de pensionistas, a partir do acesso à base de
dados de NUIT’s.

b) O módulo RE deverá atender aos seguintes aspectos básicos:

Utilização, como elemento fundamental, do NUIT fornecido pelo módulo RN;

 Manutenção de registos contabilísticos, individualizados por NUIT-receita-fases da


receita-COR, para gestão e controlo fiscal de tributos;

 Utilização de sistema de registo contabilístico que seja compatível com o Plano


Básico de Contabilidade Pública (PBCP), visando possibilitar a transferência para o e-SISTAFE
(MEX) das informações necessárias ao registo e controlo naquele sistema, de forma consolidada por
COR, das fases da receita, das eventuais necessidades de reclassificação de receitas e das recolhas
efectuadas à CUT;

 Registo e controlo da recepção de declarações;

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Modelo Conceptual
 Registo e controlo dos omissos na entrega da declaração;

 Impressão de documentos fiscais (recibos, facturas, modelos, etc.), exclusivamente,


em tipografias previamente autorizadas mediante “Autorização de Impressão de Documentos
Fiscais” (AIDF);

 Controlo de demonstrativos fiscais, inclusive em relação às empresas que possuam


contabilidade informatizada;

 Fiscalização, com o registo de todas as informações básicas daí resultantes (exemplo:


registo automático do valor de tributos, multas e juros a pagar);

 Controlo e gestão dos processos administrativos referentes a contencioso;

 Controlo de dívidas e de antecipações (por exercício económico);

 Controlo do envio das dívidas ao juízo, não permitindo ao contribuinte o pagamento


dessas dívidas fora do juízo;

 Controlo de processos em substituição ao controlo de documentos;

 Registo e controlo de reembolso e de compensação de crédito e débito (encontro de


contas);

 Disponibilização para os contribuintes de declarações simplificadas e previamente


preenchidas em relação aos vários tributos, mantendo-se o princípio da auto declaração
(confirmação pelo contribuinte);

 Ratificação pelo contribuinte, com ou sem rectificações, das declarações


simplificadas utilizando-se os vários canais de comunicação;

 Possibilidade de acesso pelo contribuinte, pelos vários canais de comunicação, ao


calendário e demais informações fiscais;

 Controlo de faltosos no pagamento; e

 Registo e controlo de pagamento em prestações.

c) O módulo RC deverá atender aos seguintes aspectos básicos:

 Utilização de uma única guia de recolhimento, designada Guia de Arrecadação de


Receitas do Estado (GARE), a ser gerada exclusivamente por este módulo. Esta guia deverá
respeitar os princípios de integridade, validade e segurança da informação e servirá para a
arrecadação de todas as receitas do Estado, incluindo antecipações, com informação compulsória do
NUIT e da COR, sem o qual a rede bancária não deverá aceitar o pagamento. Este procedimento
garante a contabilização de qualquer receita no respectivo domicílio fiscal (de acordo com a
legislação), independentemente do local em que se efectue o pagamento;

 Pagamento exclusivo via rede bancária, utilizando as várias modalidades disponíveis


no sistema bancário, excepto nas localidades onde ainda não exista posto ou balcão bancário;

 Processamento de ficheiros de cobrança recebidos da rede bancária; e

16
Modelo Conceptual
 Manutenção de registos contabilísticos, individualizados por NUIT e COR, para
gestão e controlo de arrecadações.

d) O módulo AG deverá atender aos seguintes aspectos básicos:

 Controlo de acesso, inclusive para fim de controlo interno e externo;

 Correio electrónico;

 Protocolo e controlo de processos;

 Geração de informações macroeconómicas (simulações, acesso a dados históricos,


metas orçamentais, etc.);

 Elaboração de subsídios necessários para que o e-Tributação possa transferir ao e-


SISTAFE (MEO) as informações necessárias ao registo da previsão da receita;

 Geração de informações de gestão; e

 Pesquisa de legislação.

4.7 RELACIONAMENTO INTERNO

Os módulos descritos no n.º 4.5 deverão estar perfeitamente integrados visando ao


atendimento dos seguintes aspectos básicos:

 Utilização, exclusiva e compulsória, pelos módulos RE, RC e AG, dos NUIT’s


constantes da base de dados do módulo RN;

 Criação de registo individualizado, no módulo RE, para cada NUIT activo existente
na base de dados do módulo RN;

 Migração automática das informações entre os módulos RE e RC dos saldos por


NUIT e COR visando possibilitar a geração das GARE’s; e

 Migração automática das informações entre os módulos RC e RE dos


pagamentos/dívidas por GARE’s.

4.8 RELACIONAMENTO EXTERNO

O e-Tributação deverá possibilitar o atendimento dos seguintes aspectos básicos em termos


de relacionamento com os módulos do e-SISTAFE e outros sistemas:

 Envio, pelo módulo AG ao e-SISTAFE (MEO), das informações necessárias ao


registo da previsão da receita para o exercício subsequente;

 Manutenção de rotina de acesso, aos NUIT’s constantes da base de dados do módulo


RN, por todos os interlocutores relevantes tais como: e-SISTAFE (MEX) e e-CAF, como forma de
manter actualizados os cadastros de credores e de funcionários públicos e de pensionistas, bancos
comerciais para abertura de contas, INSS, etc.;

17
Modelo Conceptual
 Manutenção de rotina de envio, pelo módulo RE ao e-SISTAFE (MEX), dos
montantes agregados, por COR, em relação às duas primeiras fases da receita (lançamento e
liquidação);

 Conciliação periódica, entre o módulo RE e o e-SISTAFE (MEX), em relação aos


montantes registados para cada uma das fases da receita;

 Recebimento dos BCOM’s, pelo módulo RC, da confirmação e individualiza por


NUIT das arrecadações, bem como da informação das ordens de transferência diárias efectuadas
para o BM, para crédito na CUT;

 Possibilidade de harmonização com outros cadastros (bilhete de identidade, cadastro


das empresas, INSS, INE, etc.), para providenciar o preenchimento da declaração prévia e a
uniformização ou validação do NUIT; e

 Compatibilidade com o ICMS (que está sendo desenvolvido dentro do projecto JUE).

4.9 VISÃO GERAL A PARTIR DO CONTRIBUINTE

18
Modelo Conceptual
4.10 VISÃO GERAL DO INTER-RELACIONAMENTO

19
Modelo Conceptual
4.11 VISÃO GERAL DOS FLUXOS DE TRABALHO

4.12 RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES

a) A especificação, no Modelo de Negócios, dos processos pertinentes a cada receita


deverá ser efectuada de forma a contemplar também a relação entre e-Tributação e Tribunais
Fiscais.

b) Os detalhes pertinentes à necessária compatibilização entre o Modelo Conceptual ora


proposto e a legislação que dá suporte ao SISTAFE (em especial o seu Regulamento aprovado pelo
Decreto n.º 23/2004, de 20 de Agosto) constam do Anexo G.

c) O CER deverá ser revisto de forma a contemplar todo o tipo de receitas do Estado.
Os conceitos de receita tributária, receita própria e receita consignada deverão ser revistos de forma
a diferenciar o conceito de receita própria dos órgãos, que decorre normalmente do esforço próprio
na geração de bens e serviços facultativos, das receitas tributárias consignadas aos órgãos e que
estes arrecadam e controlam directamente, como acontece com algumas taxas instituídas pelo poder
público e cobrada pelas instituições do Estado.

d) Se a AT julgar necessário, por questões administrativas, que a classificação de uma


receita deva possuir uma desagregação superior à estabelecida no CER, poderá ser criado o
Classificador Tributário da Receita (CTR), desde que tenha como base o CER, acrescido do código
do detalhe requerido. Neste caso, este classificador substituiria o CER em todos os documentos e
transacções do e-Tributação, excepto no que se refere aos interfaces com o e-SISTAFE.

20
Modelo Conceptual
e) Visando à integração do e-Tributação e do e-SISTAFE (MEX), aquando do
desenvolvimento do modelo de negócio, há necessidade de minuciosa revisão do PBCP,
particularmente no que se refere às contas de receita e contas e operações contabilísticas referentes
a dívida activa; no caso das contas de receita, deve-se ter especial atenção para a necessária
harmonia em relação às demais receitas não tributárias.

f) A especificação da GARE no Modelo de Negócios deverá ser definida de forma a


garantir que existem todos os elementos requeridos para a sua correcta identificação e
contabilização.

g) Os serviços dos BCOM’s deverão ser definidos no âmbito dos acordos existentes
entre o Ministério das Finanças e o BM, que visam, entre outros, a redução do tempo de
transferências dos saldos das contas bancárias de arrecadação para a CUT.

h) Os créditos na CUT oriundos do e-Tributação não deverão ser acessíveis pelas


funcionalidades actuais da recolha da receita no e-SISTAFE (MEX).

i) Toda a cobrança deverá ser igual a toda a receita do Estado (ou seja: todo o valor
cobrado como receita deve ser convertido em receita do Estado).

j) No âmbito do e-Tributação, só se deverá considerar uma cobrança após vencidos os


prazos de compensação pelos Bancos (boa cobrança).

k) Deverá ser observado o “regime de caixa” no tratamento das receitas (são


consideradas no exercício económico respectivo as receitas nele cobradas e recebidas), conforme
disposto no art. 9, n.º 2, da alínea a da Lei n.º 09/2002, de 12 de Fevereiro.

l) Somente deverão ser cobradas receitas em Meticais.

m) O e-SISTAFE (MEX) deverá manter a actual interface com o BM e deverá criar nova
interface com o e-Tributação, para os eventos de seu interesse.

n) O e-Tributação deverá implementar as interfaces com os contribuintes e com os


BCOM’s. A interface do e-SISTAFE (MEX) com os BCOM’s e com os contribuintes deverá ser feita
de forma indirecta, via e-Tributação.

o) Enquanto durarem os processos de implementação, implantação e roll-out do e-


Tributação, e também o processo de integração do e-Tributação com o e-SISTAFE (MEX), no lado
do e-SISTAFE (MEX), deverão permanecer activas as funcionalidades para recolha da receita do
Estado. Estas funcionalidades somente serão desactivadas aquando da conclusão com sucesso do
roll-out do e-Tributação.

p) O registo contabilístico no e-SISTAFE (MEX) da dívida activa deverá ser feito de


forma agregada, por COR, ao final de cada exercício, com base no saldo final da receita liquidada e
não cobrada.

q) Em conformidade com o princípio de unidade de tesouraria, aquando da implantação


do modelo ora proposto, as contas correntes bancárias das instituições actualmente utilizadas para
arrecadação de receitas próprias deverão ser encerradas, visto que a arrecadação deverá ser
efectuada, via rede bancária, nos mesmos moldes das receitas tributárias.

21
Modelo Conceptual
r) A legislação tributária deverá ser revista de forma a revogar a obrigatoriedade de
preenchimento manual dos livros fiscais.

s) O sistema de facturação das empresas deverá ser integrado ao e-Tributação.

t) A definição dos processos referentes a receitas aduaneiras, a cargo da JUE, deverá


considerar a utilização dos módulos do e-Tributação.

u) O Modelo de Negócio deverá prever o arquivo físico apenas para documentos


externos, relacionados aos respectivos processos, eliminando a possibilidade de arquivo físico de
quaisquer documentos gerados pelo e-Tributação.

22
Modelo Conceptual
ANEXO A - DISCRIMINAÇÃO DOS IMPOSTOS NACIONAIS

BASE DE
DESIGNAÇÃO SIGLA TIPO PERIODICIDADE SUPORTE LEGAL
CÁLCULO

Taxa a aplicar
Indirecto
Imposto de Selo IS conforme a No Acto da Selagem Decreto n.º 6/2004, de 1 de Abril
tabela específica

VQPM extraído
10% Para
diamante metais
preciosos (ouro,
platina e prata)
e pedra
preciosa.
Imposto Especifico da
IEAM 6% Para (pedras Indirecto Mensal Lei n.º 11/2007, de 27 de Junho
Actividade Mineira
semi-preciosa)
5%minerais
básicos
3%para carvão e
os restantes
produtos
mineira.

VP*10%
Imposto Especifico da (Petróleo Bruto)
IEAP Indirecto Mensal Lei n.º 12/2007, de 27 de Junho
Actividade Petrolífera VP * 6% (Gás
Natural)

Taxa a aplicar
Imposto sobre Sucessões e Pagamento no acto da Lei n.º 28/2007, de 4 de
ISD conforme a Indirecto
Doações doação Dezembro
tabela específica

VV * 17% -
Regime Normal
Imposto sobre Valor Lei n.º 32/2007, de 31 de
IVA VV*5%- Indirecto Mensal e Trimestral
Acrescentado Dezembro
Regime
Simplificado
Imposto sobre o Taxa a aplicar Mensal (Retenção na
Lei n.º 33/2007, de 31 de
Rendimento das Pessoas IRPS conforme a Directo fonte) Anual (Acerto
Dezembro
Singulares tabela específica final)
Lucro * 32%
(geral) Mensal Maio/Julho /
Lucro*10% Setembro (pagto por
(actividade conta)
agrícola e Junho/Agosto/
Imposto sobre o pecuária) Outubro (pagto
Lei n.º 34/2007, de 31 de
Rendimento das Pessoas IRPC Despesas*35% ( Directo especial por conta)
Dezembro
Colectivas n.º 4 do artigo Mensal (Retenção na
61) fonte)
Anual (Acerto final
VV*20% (Retenção na fonte)
(retenção na Anual (Acerto final
fonte)

23
Modelo Conceptual
(continuação do Anexo A)

BASE DE
DESIGNAÇÃO SIGLA TIPO PERIODICIDADE SUPORTE LEGAL
CÁLCULO

Imposto Simplificado para VV do trimestre


ISPC Indirecto Trimestral Lei n.º 5/2009, de 12 de Janeiro
Pequenos Contribuintes * 3%

Especificamente em relação ao IRPS, são previstas as seguintes categorias:

Categoria Discriminação

1.ª Rendimentos do trabalho dependente


2.ª Rendimentos empresariais e profissionais
3.ª Rendimentos de capitais e das mais-valias
4.ª Rendimentos prediais
5.ª Outros rendimentos

24
Modelo Conceptual
ANEXO B - DISCRIMINAÇÃO DOS IMPOSTOS AUTÁRQUICOS

BASE DE
DESIGNAÇÃO SIGLA CÁLCULO TIPO PERIODICIDADE SUPORTE LEGAL

Taxa a aplicar
Imposto Municipal e Veículos IMV de acordo com a Indirecto Anual
tabela específica

Valor de
Pagamento no acto da
Transmissão do
Imposto Autárquico de Sisa SISA Indirecto promessa ou compra
Património *
do imóvel
2%

VPat * 0,4%
(Habitação)VPat
* 0,7%
Imposto Predial Autárquico IPA Indirecto Anual Decreto n.º 63/2008, de
(Actividade
Comercial ou 30 de Dezembro
Industrial)

4% Nível A 3%
Nível B 2%
Nível C 1 %
Imposto Pessoal Autárquico IPA Anual
Nível DDo
salário mínimo
mais alto

Insere sobre o
Contribuição de Melhoria CM Total da Indirecto
Despesa

25
Modelo Conceptual
ANEXO C - DISCRIMINAÇÃO DAS TAXAS NACIONAIS

DESIGNAÇÃO SIGLA PERIODICIDADE SUPORTE LEGAL

Emolum.Serv.Regist.Not. ESRN ANUAL Decreto n.º 23/1989, de 5 de Agosto


Taxa de Licenc.Act.Emprei. OPCC TAE/OPCC ANUAL Decreto n.º 68/1999, de 5 de Outubro
Vendas serv.Publicid. IPI VSPIPI ANUAL Decreto n.º 50/2003, de 24 de Dezembro

Taxa de INP TINP ANUAL Decreto n.º 25/2004, de 20 de Agosto

Taxa sobre embarcações TSE ANUAL Decreto n.º31/2004, de 18 de Agosto

Taxa de INCM TINCM ANUAL Decreto n.º 63/2004, de 29 de Dezembro

Taxa de Com.Prod.Minerais TCPM ANUAL Decreto n.º 16/2005, de 24 de Junho

Taxa Prest.serv.INIP TPSINIP ANUAL Decreto n.º 18/2005, de 24 de Junho

26
Modelo Conceptual
ANEXO D - DISCRIMINAÇÃO DAS TAXAS AUTÁRQUICAS

DESIGNAÇÃO SIGLA PERIODICIDADE SUPORTE LEGAL

Taxa por Actividade Económica TAE


Taxa por Licença Concedida TLC
Decreto n.º 63/2008, de 30 de
Tarifas e Taxas pela Prestação de Serviços TTPS Anual
Dezembro

Taxa por Pagamento por Espécie


TPE

27
Modelo Conceptual
ANEXO E - DISCRIMINAÇÃO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS

Em conformidade com o n.º 2 do art. 2 da Lei n.º 4/2009, de 12 de Janeiro, são previstos os
seguintes benefícios fiscais:

 Deduções à matéria colectável;

 Deduções à colecta;

 Amortizações e reintegrações aceleradas;

 Crédito fiscal por investimento;

 Isenção; e

 Redução da taxa de impostos e diferimento do pagamento destes.

28
Modelo Conceptual
ANEXO F - DISCRIMINAÇÃO DA LEGISLAÇÃO AFECTA À
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

 Lei n.º 15/2002, de 26 de Junho – estabelece princípios de organização do sistema


tributário da República de Moçambique, define as garantias e obrigações do contribuinte e da
administração tributária, determina os procedimentos básicos de liquidação e cobrança de impostos
e institui o regime de infracções tributárias;

 Lei n.º 1/2006, de 22 de Março – cria a Autoridade Tributária de Moçambique;

 Lei n.º 2/2006, de 22 de Março – estabelece os princípios e normas gerais de ordenamento


jurídico tributário moçambicano aplicáveis a todos os tributos nacionais e autárquicos;

 Lei n.º 11/2007, de 27 de Junho – actualiza a legislação tributária, especialmente a relativa


a actividade mineira;

 Lei n.º 12/2007, de 27 de Junho - actualiza a legislação tributária, especialmente a relativa


a actividade petrolífera;

 Lei n.º 13/2007, de 27 de Junho - aprova regime dos incentivos fiscais das áreas mineiras e
petrolífera;

 Lei n.º 28/2007, de 4 de Dezembro – aprova o código do imposto sobre sucessões e


doações;

 Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro - aprova o código do IVA;

 Lei n.º 33/2007, de 31 de Dezembro - aprova o código do IRPS;

 Lei n.º 34/2007, de 31 de Dezembro - aprova o código do IRPC;

 Lei n.º 3/2009, de 12 de Janeiro – aprova alterações ao Código Comercial;

 Lei n.º 4/2009, de 12 de Janeiro - aprova o código de benefícios fiscais;

 Decreto n.º 38.088, de 12 de Dezembro de 1950 - Aprova o Código das Execuções Fiscais;

 Decreto n.º 46/2002, de 26 de Dezembro - aprova o Regime Geral das Infracções


Tributárias;

 Decreto n.º 52/2003, de 24 de Dezembro – aprova o Regulamento do Número Único de


Identificação Tributária (NUIT);

 Decreto n.º 19/2005, de 22 de Junho - Aprova Regulamento de Fiscalização Tributário;

 Decreto n.º 38/2005, de 29 de Agosto - Introduz alterações ao Código de Imposto de Selo;


29
Modelo Conceptual
(continuação do Anexo F)

 Decreto n.º 7/2008, de 16 de Abril - aprova o Regulamento do IVA;

 Decreto n.º 8/2008, de 16 de Abril - aprova o Regulamento do IRPS;

 Decreto n.º 9/2008, de 16 de Abril - aprova o Regulamento do IRPC;

 Decreto n.º 63/2008, de 30 de Dezembro - aprova o Código Tributário Autárquico;

 Diploma Ministerial n.º 82/2005, de 20 de Abril – aprova o Regulamento do reembolso do


IRPS e IRPC; e

 Diploma Ministerial n.º 109/2008, de 27 de Novembro – aprova o regime de retenção na


fonte do IRPS incidente sobre rendimentos do trabalho dependente.

30
Modelo Conceptual
ANEXO G - COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE O MODELO
CONCEPTUAL DO e-TRIBUTAÇÃO E O REGULAMENTO DO
SISTAFE

REGULAMENTO DO SISTAFE COMENTÁRIOS EM RELAÇÃO AO MODELO


REFERÊNCIA DISPOSITIVO CONCEPTUAL DO e-TRIBUTAÇÃO
 No caso da receita tributária, a execução das fases
da receita no e-SISTAFE (MEX) será feita de forma
Execução das fases da receita
agregada, por COR.
como um dos processos do
Art. 8, n.º 1  No e-Tributação a mesma execução será
macro-processo de Execução
evidenciada, detalhada, por NUIT e COR.
do Orçamento do Estado
 Este procedimento atende, inclusive, ao sigilo
fiscal requerido.
 A exemplo do que já ocorre actualmente
(conforme Diploma Ministerial n.º 261/2004, de 20 de
Dezembro), as áreas fiscais existentes no País, apesar de
subordinadas administrativamente à AT, irão actuar como
UI’s-R do STP.
Consolidação da execução  O referido diploma deve ser revisto, para inclusão
das fases da receita como de nova(s) área(s) fiscal(is) e adequação de nomenclatura
Art. 19, n.º 6
competência das UI’s-R do (pois lá estão designadas como “SLATI – Serviços Locais
STP da Administração Tributária dos Impostos”).
 Na prática, a consolidação das fases da receita
como UI’s-R do STP, no caso da receita tributária, diz
respeito à validação dos registos contabilísticos
correspondentes a serem efectuados no e-SISTAFE (MEX),
de forma agregada, por COR.
 As Áreas Fiscais existentes no País também
actuarão como UGE’s do STP, devendo tal facto ser
evidenciado por ocasião da revisão do Diploma Ministerial
n.º 261/2004, de 20 de Dezembro.
 Na prática, a execução das fases da receita, no
caso da receita tributária, diz respeito aos registos
Execução das fases da receita contabilísticos correspondentes a serem efectuados, no e-
Art. 20, n.º 1, alínea c e a sua recolha ao Tesouro SISTAFE (MEX), em cada uma das Áreas Fiscais, na
Público pelas UGE’s do STP qualidade de UGE’s do STP.
 Tais UGE’s também serão responsáveis pela
supervisão, fiscalização e controlo da recolha à CUT de
toda a receita tributária arrecadada, tanto pela rede
bancária quanto pela própria UGE (nas localidades onde
ainda não exista posto ou balcão de instituição bancária
credenciada).

31
Modelo Conceptual
(continuação do Anexo G)

REGULAMENTO DO SISTAFE COMENTÁRIOS EM RELAÇÃO AO MODELO


REFERÊNCIA DISPOSITIVO CONCEPTUAL DO e-TRIBUTAÇÃO
Utilização da Rede de  A Rede de Cobrança será utilizada nos termos
Cobrança como instrumento previstos.
Art. 35, n.º 5
de integração dos
Subsistemas do SISTAFE
Composição da Rede de  A Rede de Cobrança será operacionalizada pelas
Cobrança por todas as UI’s áreas fiscais existentes em todo o País, na qualidade de
Art. 82
ou UGE’s de receita do STP UI’s e UGE’s, de receita, do STP, utilizando a rede
bancária credenciada.
Responsabilidade das US’s  A exemplo do que já ocorre actualmente, a
do STP pela administração e actuação das áreas fiscais na qualidade de UI’s e UGE’s
Art. 83
supervisão da Rede de de receita do STP, no caso da receita tributária, será
Cobrança supervisionada pela US’s do STP (DNT).
 O modelo conceptual prevê a fiel observância
Utilização da CUT como do princípio de unidade de tesouraria, de tal forma que
instrumento de arrecadação toda a receita tributária arrecadada (tanto pela rede
Art. 84, n.º 1 para atender as fases da bancária quanto pelas próprias áreas fiscais, nas
receita localidades onde ainda não exista posto ou balcão de
instituição bancária credenciada) seja integral e
atempadamente recolhida à CUT.
Registo contabilístico das  O modelo conceptual prevê que, em relação à
fases da receita a nível das receita tributária, os registos contabilísticos
Art. 84, n.º 2 UI’s e UGE’s da receita do correspondentes às fases da receita serão efectuados no e-
STP, e de acordo com o SISTAFE (MEX), de forma agregada por COR, em uma
PBCP das Áreas Fiscais (que actuam como UI’s e UGE’s, de
receita, do STP).
 Da forma como está sendo idealizado, o e-
Previsão de que o e-SISTAFE Tributação já irá prover todos os requisitos requeridos
possua o “Módulo de gestão para apoio à administração da Rede de Cobrança, sem
Art. 99, n.º 2, alínea g da Rede de Cobrança” para necessidade de que seja desenvolvido módulo específico
apoio à administração da do e-SISTAFE para atender a tal finalidade.
Rede de Cobrança  Aquando da primeira revisão do Regulamento
do SISTAFE, esse dispositivo deverá ser excluído.

32
Modelo Conceptual
ANEXO H - LISTA DE SIGLAS

 AccountEngine - Máquinda de contabilidade do e-SISTAFE (MEX)


 AdFundos - Módulo de envio e recebimento de transferências bancárias entre o e-
SISTAFE (MEX) e o BM
 AG - Apoio à Gestão (módulo do e-Tributação)
 AIDF - Autorização de Impressão de Documentos Fiscais
 AT - Autoridade Tributária de Moçambique
 ATM - Automatic Teller Machine
 BCOM - Banco Comercial
 BM - Banco de Moçambique
 CAP - Cadastro único de Pensionistas
 CC - Conta Corrente do contribuinte
 CER - Classificador Económico da Receita
 COR - Célula Orçamental da Receita
 CM - Contribuição de Melhoria
 CTR - Classificador Tributário da Receita
 CUT - Conta Única do Tesouro
 DAF - Direcção de Área Fiscal
 DGA - Direcção Geral das Alfândegas
 DGI - Direcção Geral de Impostos
 DNT - Direcção Nacional do Tesouro
 DW - Datawarehouse (módulo de saldos contabilísticos do e-SISTAFE-MEX)
 e-CAF - Cadastro único dos Funcionários Públicos e Agentes do Estado
 e-Património - Funcionalidade específica, operacionalizada na rede do e-SISTAFE,
em apoio à elaboração dos mapas que reflectem a posição patrimonial
para constituir a Conta Geral do Estado
 e-SISTAFE - Sistema informático do SISTAFE
 ESRN - Emolumentos dos Serviços de Registos Notariados
 e-Tributação - Sistema informático de apoio à administração tributária
 FR - Fonte de Recurso
 FTB - Ficheiro de Transacções Bancárias
 GARE - Guia de Arrecadação de Receitas do Estado
 GR - Guia de Recolhimento
 ICE - Imposto sobre Consumo Específico
33
Modelo Conceptual
(continuação do Anexo H)

 ICMS - Integrated Customs Management System


 IEAM - Imposto Específico da Actividade Mineira
 IEAP - Imposto Específico da Actividade Petrolífera
 IMV - Imposto Municipal de Veículos
 INAV - Instituto Nacional de Viação
 INE - Instituto Nacional de Estatística
 INSS - Instituto Nacional de Segurança Social
 IPA - Imposto Predial Autárquico
 IRPC - Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Colectivas
 IRPS - Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares
 IS - Imposto de Selo
 ISD - Imposto sobre Sucessões e Doações
 ISPC - Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes
 IVA - Imposto sobre Valor Acrescentado
 JPEF - Juízo Privativo das Execuções Fiscais
 JUE - Janela Única Electrónica
 MAR - Manual de Administração de Receitas
 MEO - Módulo de Elaboração Orçamental
 MEX - Módulo de Execução Orçamental
 NUIT - Número Único de Identificação Tributária
 PBCP - Plano Básico de Contabilidade Pública
 PC - Pessoa Colectiva
 POS - Post of Sell
 PS - Pessoa Singular
 RC - Rede de Cobrança (módulo do e-Tributação)
 RE - Receitas do Estado (módulo do e-Tributação)
 RN - Registo de NUIT’s (módulo do e-Tributação)
 SICR - Sistema Interino de Cobrança de Receita
 SISA - Imposto autárquico de SISA
 SISTAFE - Sistema de Administração Financeira do Estado
 SLATI - Serviços Locais da Administração Tributária dos Impostos
 STF - Sistema de Transferências Financeiras
 STP - Subsistema do Tesouro Público
34
Modelo Conceptual
(continuação do Anexo H)

 TAE - Taxa por Actividade Económica


 TAE/OPCC - Taxa de licença de actividade Empreiteira de Obras Publicas de
Construção Civil
 TC - Taxa Consignada
 TCID - Taxa diversa Consignada de Instituição Distrital
 TCPM - Taxa de comercialização de Produtos Minerais
 TDS - Taxa Diversa de Serviços
 TIMS - Trade Information Management System
 TINP- - Taxa de licença de Instituto Nacional de Petróleo
 TINCM- - Taxa de licença de Instituto Nacional de Comunicações de
Moçambique
 TLC - Taxa por Licença Concedida
 TP - Taxa de Portagem
 TPE - Taxa por Pagamento por Espécie
 TPSINIP- - Taxa de Prestação de serviços do Instituto Nacional de Inspecção
Pesqueira
 TSA - Taxa dos Serviços das Alfândegas
 TSE- - Taxa relativo a prestação de Serviços sobre Embarcações
 TTPS - Tarifas e Taxas pela Prestação de Serviços
 TVCC - Taxa sobre Valorização de Castanha de Caju
 TVI - Taxa de Venda de Imóveis MOPH
 UGC - Unidade de Grande Contribuinte
 UGE - Unidade Gestora Executora
 UI-R - Unidade Intermédia de Receita
 UO - Unidade Orçamentária
 US - Unidade de Supervisão
 UTRAFE - Unidade Técnica da Reforma da Administração Financeira do Estado
 VP - Volume de Produção
 VSPIPI - Vendas ou Serviços e Publicações do Instituto de Propriedade
Industrial
 VQPM - Valor da Quantidade da Produção Mineral
 VV - Volume de Vendas
 VPat - Valor Patrimonial
35
Modelo Conceptual

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