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Índice

1) Receita Pública II - Análise Estatística CASP FGV v2


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2) Receita Pública II - Roteiro de Revisão 5

3) Receita Pública II - Aposta Estratégica 17


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4) Receita Pública II - Questões Estratégicas FGV 18


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5) Receita Pública II - Questionário de Revisão 27

6) Receita Pública II - Lista de Questões FGV 32


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7) Receita Pública II - Gabarito FGV 37

8) Receita Pública II - Referências Bibliográficas 38


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RECEITA PÚBLICA (ESTÁGIOS E DÍVIDA ATIVA)
ANÁLISE ESTATÍSTICA

Tópico % de cobrança

Despesa Pública 25,16

MCASP: Procedimentos Contábeis Patrimoniais 24,62

Receita Pública. 16,01


Contabilidade Pública: - Noções Gerais: conceito, objeto, campo de
8,31
aplicação e abrangência
Introdução DCASP e Balanço Orçamentário 5,53

Balanço Patrimonial 4,30

Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 4,00

DFC e DMPL 3,39

Sistemas de Custos 3,07

Balanço Financeiro 2,46

Demonstração das Variações Patrimoniais 1,84

SIAFI e Conta Única 0,61

Sistema de Contabilidade Federal 0,61


O que é mais cobrado dentro do assunto?

TÓPICO % DE COBRANÇA

Classificações 53,85

Estágios 23,08

Conceitos 17,31

Dívida Ativa 5,76


ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE
MERECEM DESTAQUE

Estágios da Receita
A receita pública é dividida nos seguintes estágios:

P L A R

Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Planejamento Execução

Enquanto a previsão é uma etapa de planejamento, o lançamento, a arrecadação e o


recolhimento são etapas de execução.

Previsão
• Compreende a previsão de arrecadação da receita orçamentária constante da Lei
Orçamentária Anual (LOA), resultante de metodologias de projeção usualmente
adotadas, observada as disposições constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
o De acordo com a LRF:

Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais,


considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice
de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante
e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três
anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da
metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
Evolução nos últimos 3 anos Projeção para os 2 seguintes

Ano a que
se refere

• No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas orçamentárias busca assimilar


o comportamento da arrecadação de determinada receita em exercícios anteriores, a fim
de projetá-la para o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos e
matemáticos.
• A previsão de receitas antecede a fixação das despesas que irão constar nas leis de
orçamento, além de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do
governo.

Lançamento
• A Lei nº 4.320/64 define o lançamento como:

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica


a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.

• O Código Tributário Nacional (CTN) também traz uma definição de lançamento.

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,
propor a aplicação da penalidade cabível.

• No âmbito do CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição do


crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e contribuições de melhoria. A Lei
nº 4.320/64, por sua vez, informa que são objeto de lançamento os impostos diretos e as
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

• Tanto a definição da Lei nº 4.320/64 como a do CTN podem ser consideradas corretas.
Em nossa disciplina, geralmente é a da 4.320/64 que é cobrada, portanto, maior atenção
a ela.
• Observe, portanto, que nem todas as receitas passam pela etapa de lançamento.
o É muito comum que ocorram receitas que não tenham sido previstas e também
não passam pela etapa de lançamento, tendo sua cronologia iniciada direto pela
fase de arrecadação.

Os lançamentos podem ser dos seguintes tipos:


• Lançamento por declaração (ou misto) – Feito pela autoridade administrativa em face
de uma declaração do contribuinte realizada anteriormente ao recolhimento.
o Ex.: Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e Imposto de
Exportação (IE).
• Lançamento por homologação (ou autolançamento) – o contribuinte realiza o
pagamento de forma antecipada, sem necessidade de exame prévio pela autoridade
administrativa, a qual posteriormente o homologa.
o Ex.: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
• Lançamento de ofício (ou direto) – utilizado para tributos em que os dados para
lançamento constam dos cadastros fiscais, sendo efetuado pela Administração sem a
participação do contribuinte.
o Ex.: Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Arrecadação
• Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas
pelo ente.
o Ou seja, é o momento em que o contribuinte faz, por exemplo, o pagamento da
guia de recolhimento.
• Importante destacar que, como vimos em aulas anteriores, é nessa etapa que ocorre o
reconhecimento da receita orçamentária, o que representa a adoção do regime de
caixa para o ingresso das receitas públicas.

Recolhimento
• É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável
pela administração e controle da arrecadação e programação financeira, observando-se
o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa, previsto na Lei nº 4.320, de 1964.

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao


princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para
criação de caixas especiais.

Cronologia das Etapas


Para consolidar o entendimento das etapas, vamos pensar no exemplo prático do IPTU, que é
um imposto de competência municipal e recorrentemente usado como exemplo nos manuais
de contabilidade pública e em provas de concursos.
1º) A Prefeitura deve verificar a evolução da arrecadação nos últimos exercícios, variação do
índice de preços e outros fatores que possam influenciar no valor a ser arrecadado, e então
projetar a receita de IPTU que será arrecadada no exercício seguinte e inserir a sua previsão no
projeto da Lei Orçamentária Anual.
2º) O fato gerador do IPTU e a propriedade imobiliária, portanto, ocorre no dia 1º de janeiro do
exercício, momento em que é feito o lançamento do crédito tributário.
3º) O contribuinte faz o pagamento da sua guia de recolhimento no banco, momento esse em
que ocorre a arrecadação da receita.
4º) O banco transfere o valor da receita arrecadada para a conta da Prefeitura, momento esse
em que ocorre o recolhimento da receita.

Observe que as etapas da receita orçamentária seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos
econômicos, levando-se em consideração o modelo de orçamento existente no país e a
tecnologia utilizada.
PROCEDIMENTOS REFERENTES À RECEITA ORÇAMENTÁRIA
Para finalizar essa etapa do nosso estudo sobre a receita orçamentária, trabalharemos alguns
procedimentos contábeis trazidos pelo MCASP. Nosso foco aqui não será nos aspectos
contábeis propriamente ditos, mas sim na lógica das transações, que é o que tem maior chance
de ser cobrado e mais importante que você compreenda.

Deduções da Receita Orçamentária


No âmbito da administração pública, a dedução de receita orçamentária é o procedimento
padrão a ser utilizado no caso de:
a. Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertencem a outro ente
(transferências constitucionais ou legais);
b. Restituição de receitas recebidas a maior ou indevidamente; e.
c. Renúncia de receita orçamentária;

Recursos cuja Tributação e Arrecadação Competem a um Ente da Federação, mas


são Atribuídos a Outro Ente
• Deverá ser registrado o valor total arrecadado e registrada uma dedução da receita a ser
transferida, que será reconhecida como uma obrigação para com o ente beneficiário.
• Como as transferências constitucionais ou legais constituem valores que não são
passíveis de alocação em despesas pelo ente público arrecadador, não há
desobediência ao princípio do orçamento bruto, segundo o qual receitas e despesas
devem ser incluídas no orçamento em sua totalidade, sem deduções.
• Alguns entes podem optar pela inclusão dessa receita no orçamento, e, nesse caso, o
recebimento será integralmente computado como receita, sendo efetuada uma despesa
orçamentária quando da entrega ao beneficiário para balancear os recursos que lhe são
próprios (é possível, mas não é o comum, pois impacta nos índices de aplicação
obrigatória do ente).

Restituições de Receitas Orçamentárias


• São feitas em após o reconhecimento das receitas orçamentárias, em razão de fatos
supervenientes que ensejem a necessidade de restituições.
• O processo de restituição consiste na devolução total ou parcial de receitas
orçamentárias que foram recolhidas a maior ou indevidamente.
• É válido conhecer a orientação do Decreto nº 93.872/1986:

Art. 14 A restituição de receitas orçamentárias, descontadas ou recolhidas a


maior, e o ressarcimento em espécie a título de incentivo ou benefício fiscal,
dedutíveis da arrecadação, qualquer que tenha sido o ano da respectiva
cobrança, serão efetuados como anulação de receita, mediante expresso
reconhecimento do direito creditório contra a Fazenda Nacional, pela
autoridade competente, a qual, observado o limite de saques específicos
estabelecido na programação financeira de desembolso, autorizará a entrega
da respectiva importância em documento próprio.
Parágrafo único. A restituição de rendas extintas será efetuada com os recursos
das dotações consignadas na Lei de Orçamento ou em crédito adicional, desde
que não exista receita a anular.

• Com o objetivo de possibilitar uma correta consolidação das contas públicas, deve-se
proceder à restituição de receitas orçamentárias recebidas em qualquer exercício por
dedução da respectiva natureza de receita orçamentária.
o O seja, a restituição de uma receita de 2020 pode ser deduzida das receitas de
2022.
• No caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres, deve-se
adotar os seguintes procedimentos:
o Se a restituição ocorrer no mesmo exercício em que foram recebidas
transferências -> Deve-se contabilizar como dedução de receita orçamentária
até o limite de valor das transferências recebidas no exercício.
o Se o valor da restituição ultrapassar o valor das transferências recebidas no
exercício -> o montante que ultrapassar esse valor deve ser registrado como
despesa orçamentária.
o Se a restituição for feita em exercício em que não houve transferência do
respectivo convênio/contrato -> deve ser contabilizada como despesa
orçamentária.

Renúncia de Receita Orçamentária


• As condições para a realização de renúncias de receitas constam no art. 14 da LRF:

Art. 14 – A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza


tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar
sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes
orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
I – demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não
afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias;
II – estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado
no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de
alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição.
§1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido,
concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou
modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos
ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento
diferenciado.
§2º Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata
o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só
entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado
inciso.
§3º O disposto neste artigo não se aplica:
I – às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do
art. 153 da Constituição, na forma do seu §1°;
II – ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos
custos de cobrança.

• Espécies de renúncia de receita:


o Anistia - perdão da multa, que visa excluir o crédito tributário na parte relativa à
multa aplicada por infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a
concedeu.
▪ Não abrange o crédito tributário já em cobrança.
▪ Deve-se proceder ao controle orçamentário da receita e sua respectiva
dedução, bem como o controle patrimonial, provocando a baixa de
eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa para os
recursos relativos à anistia.
o Remissão - perdão da dívida, que se dá em determinadas circunstâncias previstas
na lei, tais como valor diminuto da dívida, situação difícil que torna impossível ao
sujeito passivo solver o débito, inconveniência do processamento da cobrança
dado o alto custo não compensável com a quantia em cobrança, probabilidade de
não receber, erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, entre outros.
▪ Não implica em perdoar a conduta ilícita, concretizada na infração penal,
nem em perdoar a sanção aplicada ao contribuinte.
▪ Deve-se proceder ao controle orçamentário da receita e sua respectiva
dedução, bem como o controle patrimonial, provocando a baixa de
eventuais ativos já constituídos, sem envolver fluxo de caixa para os
recursos relativos à remissão.
o Crédito presumido - representa o montante do imposto cobrado na operação
anterior e objetiva neutralizar o efeito de recuperação dos impostos não
cumulativos, pelo qual o Estado se apropria do valor da isenção nas etapas
subsequentes da circulação da mercadoria.
▪ É o caso dos créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser
objeto de operações e prestações destinadas ao exterior.
▪ Não é considerada renúncia de receita o crédito tributário real ou simbólico
do ICMS previsto na legislação instituidora do tributo.
o Isenção - dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.
▪ É a espécie mais usual de renúncia.
▪ O montante da renúncia será considerado no momento da elaboração
da LOA, ou seja, a estimativa da receita orçamentária já contempla a
renúncia e, portanto, não há registro orçamentário ou patrimonial.
o Modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de
tributos ou contribuições - incentivo fiscal por meio do qual a lei modifica para
menos sua base tributável pela exclusão de quaisquer de seus elementos
constitutivos.
▪ Pode ocorrer isoladamente ou associada a uma redução de alíquota,
expressa na aplicação de um percentual de redução.
• A evidenciação de renúncia de receitas poderá ser efetuada de diversas maneiras, sendo
contabilizada somente nos casos em que seja possível mensurar um valor confiável.
o Deve-se utilizar a metodologia da dedução de receita orçamentária para
evidenciar as renúncias, com o registro na natureza de receita orçamentária objeto
da renúncia pelo seu total em contrapartida a uma dedução de receita.
• Sob o ponto de vista patrimonial, havendo renúncia de receitas após o registro do ativo
pelo regime de competência, deve haver a baixa patrimonial pelos valores renunciados.
Dívida Ativa
Primeiramente é essencial saber que a Dívida Ativa é um crédito em favor da Administração
Pública, portanto, não confunda:

Dívida Ativa Dívida Pública

São dívidas de São dívidas da


terceiros perante a Administração
Administração

São registradas no São registradas no


Ativo Passivo

A Dívida Ativa corresponde a créditos em favor da Administração que não tenham sido
recebidos no prazo estipulado e cuja certeza e liquidez foram apuradas.

Nos termos da Lei nº 4.320/64:

Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,


serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo
para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida
Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva
receita será escriturada a esse título.
A Dívida Ativa pode ser tributária ou não tributária:
• Dívida Ativa Tributária - proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos
adicionais e multas.
• Dívida Ativa não Tributária - demais créditos da Fazenda Pública. Exemplos trazidos pela
Lei nº 4.320/64:
o empréstimos compulsórios;
o contribuições estabelecidas em lei;
o multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias;
o foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação;
o custas processuais;
o preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos;
o indenizações;
o reposições; restituições;
o alcances dos responsáveis definitivamente julgados;
o créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de
hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras
obrigações legais.

De acordo com o Código Tributário Nacional:

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez


e tem o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser
ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que
aproveite.

Se o valor do crédito da Fazenda Nacional for em moeda estrangeira, deverá ser convertido na
moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da notificação ou intimação do
devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa,
incidindo, a partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora.
A receita da Dívida Ativa também abrange os valores correspondentes a atualização monetária,
multa, juros de mora e outros encargos relacionados à cobrança.
No âmbito federal, a competência para a gestão administrativa e judicial da dívida ativa é da
Advocacia Geral da União (AGU), sendo a dívida ativa tributária gerida pela Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional (PGFN) e a dívida ativa das autarquias e fundações públicas federais
geridas pela Procuradoria-Geral Federal.
Nos demais entes, serão apuradas e inscritas pelas suas Procuradorias ou demais órgãos
jurídicos, conforme legislação própria.

Algumas orientações a respeito da contabilização da Dívida Ativa:


• Verificado o não recebimento do crédito no prazo de vencimento, cabe ao órgão ou
entidade de origem do crédito encaminhá-lo ao órgão ou entidade competente para sua
inscrição em dívida ativa, com observância dos prazos e procedimentos estabelecidos.
o Observe que ambos são órgãos pertencentes ao mesmo ente federativo.
• A inscrição do crédito em dívida ativa configura fato contábil permutativo, pois não
altera o valor do patrimônio líquido do ente público.
o Entretanto, devem ser registradas variações patrimoniais no âmbito do próprio
ente:
▪ No órgão ou entidade de origem é baixado o crédito a receber contra uma
variação patrimonial diminutiva (VPD).
▪ No órgão ou entidade competente para inscrição é reconhecido um crédito
de dívida ativa contra uma variação patrimonial aumentativa (VPA).
o Considerando-se o ente como um todo, há apenas a troca do crédito a receber
não inscrito pelo crédito inscrito em dívida ativa, sem alteração do valor do
patrimônio líquido.
o O cancelamento da dívida ativa, por sua vez, provoca uma redução na situação
patrimonial líquida, tendo em vista que se reconhece uma VPD em contrapartida à
baixa do direito no Ativo.
• Quanto à expectativa de realização:
o É baixado o crédito a receber no ativo circulante (registrado no órgão de origem
do crédito).
o É reconhecido o crédito de dívida ativa no ativo não circulante (registrado no
órgão ou entidade competente para inscrição do crédito em dívida ativa), tendo
em vista que o inadimplemento torna incerto o prazo para realização do crédito.
o Caso o ente tenha condições de estimar com razoável certeza o montante de
créditos inscritos em dívida ativa com expectativa de recebimento em até 12
meses da data das demonstrações contábeis, esta parcela poderá ser
reclassificada para o ativo circulante.
• O crédito encaminhado deve ser acompanhado de ajustes para perdas, tendo em vista
que a Dívida Ativa é reconhecida pelo valor bruto do crédito a receber.
• A atualização monetária, juros, multas e outros encargos moratórios incidentes sobre os
créditos inscritos em dívida ativa, previstos em contratos ou normativos legais, devem ser
incorporados ao valor original inscrito, de acordo com o regime de competência.
APOSTA ESTRATÉGICA
Dentre os temas trabalhados nesta aula, é essencial que você saiba quais são os estágios da
receita pública:

P L A R

Previsão Lançamento Arrecadação Recolhimento

Planejamento Execução

Importante saber também que elas seguem a ordem de ocorrência dos fenômenos
econômicos, contudo, nem todas as receitas passam por todas as etapas.
Além disso, tome cuidado para não confundir as etapas de arrecadação e de recolhimento:
Arrecadação - Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou
devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo
ente.
Recolhimento - É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro,
responsável pela administração e controle da arrecadação e programação financeira,
observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa.
QUESTÕES ESTRATÉGICAS

Estágios

1. (FGV/2022/SEFAZ ES/Consultor do Tesouro Estadual)


De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assinale a opção
que indica a etapa da receita orçamentária que antecede a fixação do montante de
despesas que irão constar nas leis de orçamento e que serve como base para se estimar
as necessidades de financiamento do governo.
a) Empenho.
b) Previsão.
c) Lançamento.
d) Arrecadação.
e) Recolhimento.
Comentários
Antes de serem fixadas as despesas, devem ser estimadas as receitas, portanto, a etapa da
receita que antecede a fixação é a previsão, conforme alternativa B.
Gabarito: B

2. (FGV/2022/SEFAZ ES/Consultor do Tesouro Estadual)


O lançamento é a etapa da receita orçamentária que representa o ato da repartição
competente, em que há verificação da procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é
devedora e a inscrição do débito desta. Assinale a opção que indica quando há o
lançamento por ofício.
a) ICMS e IPI.
b) IPTU e IPVA.
c) PIS e COFINS.
d) IR e CSSL.
e) ITBI e ITCMD.
Comentários
Conforme trouxemos em nosso roteiro de revisão, os lançamentos podem ser dos seguintes
tipos:
• Lançamento por declaração (ou misto) – Feito pela autoridade administrativa em face
de uma declaração do contribuinte realizada anteriormente ao recolhimento.
o Ex.: Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e Imposto de
Exportação (IE).
• Lançamento por homologação (ou autolançamento) – o contribuinte realiza o
pagamento de forma antecipada, sem necessidade de exame prévio pela autoridade
administrativa, a qual posteriormente o homologa.
o Ex.: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
• Lançamento de ofício (ou direto) – utilizado para tributos em que os dados para
lançamento constam dos cadastros fiscais, sendo efetuado pela Administração sem a
participação do contribuinte.
o Ex.: Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto
Predial e Territorial Urbano (IPTU).
Sendo o IPTU e o IPVU lançados de ofício, o gabarito é a letra B.
Gabarito: B

3. (FGV/2022/CGU/Técnico Federal de Finanças e Controle)


A atividade de planejamento que dá suporte aos pilares do orçamento público – receitas e
despesas públicas – requer o uso de informações de qualidade, para que seja efetiva
como ferramenta para o gestor público.
Uma etapa crucial na elaboração de qualquer orçamento é a previsão das receitas. Essa
etapa antecede a fixação das despesas a serem incluídas no orçamento, além de ser base
para se estimarem as necessidades de financiamento do governo.
Nessa etapa devem ser selecionadas informações relevantes e dispensadas aquelas que
podem afetar a qualidade da previsão.
Uma informação que pode ser dispensada nessa etapa refere-se:
a) à arrecadação registrada nos exercícios anteriores;
b) aos efeitos de alterações na legislação tributária;
c) à expectativa de crescimento econômico;
d) ao valor inscrito em restos a pagar no exercício anterior;
e) à variação do índice de preços ao consumidor.
Comentários
Questão para respondermos com a lógica. A arrecadação registrada nos exercícios anteriores,
as alterações na legislação tributária, a expectativa de crescimento econômico e variação do
índice de preços ao consumidor são fatores diretamente relacionados à arrecadação das
receitas e devem ser utilizados para estimá-la.
O valor inscrito em restos a pagar no exercício anterior, por sua vez, diz respeito à diferença
entre as despesas empenhadas e as despesas pagas, não tendo impacto na estimativa de
receitas a serem arrecadadas, o que nos leva à alternativa D como gabarito da questão.
Gabarito: D

4. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju/Contador)


Entre os estágios da realização da receita orçamentária, está o lançamento, definido na Lei
nº 4.320/1964 e também no Código Tributário Nacional.
Uma das características desse estágio é o(a):
a) apuração da origem e do objeto do que se deve pagar;
b) exame dos títulos e documentos comprobatórios do crédito;
c) identificação do sujeito passivo;
d) transferência dos valores arrecadados à conta do tesouro;
e) verificação do direito adquirido pelo credor.
Comentários
Como a questão trata da Lei nº 4.320/64 e do Código Tributário Nacional, vamos começar
vendo a literalidade.

4.320/64 - Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente,


que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e
inscreve o débito desta.

CTN - Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo
devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Podemos concluir então que a alternativa correta é a letra C.
A alternativa D diz respeito à etapa de recolhimento. As letras A, B e D fazem parte dos estágios
da despesa.
Gabarito: C

5. (FGV /2021/Prefeitura de Paulínia/Auditor Fiscal Tributário)


De acordo com a Lei nº 4.320/64, o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta, é
denominado
a) empenho da despesa.
b) liquidação da despesa.
c) lançamento da receita.
d) arrecadação da receita.
e) recolhimento da receita.
Comentários
Questão literal:

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica


a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.

Gabarito: C

6. (FGV/2019/DPE-RJ/Técnico Superior - Economia)


A receita pública é processada em estágios que contribuem para o controle do fluxo de
recursos previstos no orçamento.
O primeiro estágio de execução da receita é o lançamento, que tem como característica:
a) ser processado em regime de caixa;
b) ser exclusivo para os impostos diretos e indiretos;
c) ser condição para a arrecadação efetiva dos recursos;
d) referir-se à verificação da procedência do crédito fiscal;
e) referir-se à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores.
Comentários
A – Errada. O lançamento é processado pelo regime de competência, pois verifica o fato
gerador da receita.
B – Errada. Não somente. Conforme a Lei nº 4.320/64:
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras
rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.

C – Errada. Nem todas as receitas passam pela etapa de lançamento, portanto, ela não é
condição para que ocorra a arrecadação.
D – Certa. É no lançamento que se verifica a procedência do crédito fiscal.

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a


procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.

E – Errada. A entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores diz
respeito à etapa de arrecadação.
Gabarito: D

7. (FGV/2019/TJ-CE/Técnico Judiciário)
No processo de registro dos estágios da receita orçamentária, os procedimentos que
envolvem a verificação da procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e a
inscrição do débito desta corresponde a:
a) previsão;
b) liquidação;
c) lançamento;
d) arrecadação;
e) inscrição em dívida ativa.
Comentários
Mais uma questão que trata da etapa de lançamento, conforme definição da Lei nº 4.320/64:

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica


a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.

Gabarito: C

8. (FGV/2018/Câmara Municipal de Salvador/Analista Legislativo)


O Banco Beta transferiu para a conta da Prefeitura de Rio Alegria, em 20 de fevereiro de
20X1, o valor de R$250.000,00, referente aos carnês de IPTU pagos. A etapa da receita
orçamentária a que essa situação se refere é o(a):
a) previsão;
b) recolhimento;
c) empenho;
d) arrecadação;
e) lançamento.
Comentários
Quando o contribuinte fez o pagamento do IPTU no Banco Beta, ocorreu a etapa de
arrecadação. No momento que o Banco Beta transferiu esses recursos para a conta da
Prefeitura, ocorreu a etapa de recolhimento, o que nos leva à alternativa B como gabarito.
Gabarito: B

9. (FGV/2022/SEFAZ AM/Assistente Administrativo)


Assinale a opção que indica o estágio da receita pública que corresponde à entrega dos
recursos devidos ao Tesouro.
a) Previsão.
b) Lançamento.
c) Arrecadação.
d) Recolhimento.
e) Recebimento.
Comentários
Olha uma pegadinha da banca dando uma rasteira até em quem sabe o conteúdo rsrsrrs.
Vejamos a definição do MCASP:

3.5.3. Arrecadação
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes
ou devedores, por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras
autorizadas pelo ente.
3.5.4. Recolhimento
É a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro,
responsável pela administração e controle da arrecadação e programação
financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa

Observe que “a entrega dos recursos devidos ao Tesouro”, mesmo que para a instituição
financeira, faz parte da etapa da arrecadação. A etapa de recolhimento consiste na
transferência dos valores arrecadados à conta do Tesouro. Portanto, a alternativa correta é a
letra C. Certamente o uso do termo “Tesouro” no enunciado confundiu muita gente.
Gabarito: C
Dívida Ativa

10. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A União todos os anos cobra, referente aos chamados “terrenos de marinha”, valores de
foro ou de taxa de ocupação.
Não pagos espontaneamente tais valores pelos devedores, após o vencimento da
obrigação, eles serão inscritos:
a) em Dívida Ativa Não Tributária da União, tanto no caso de valores de foro como de taxa
de ocupação;
b) em Dívida Ativa Tributária da União, tanto no caso de valores de foro como de taxa de
ocupação;
c) em registro próprio não componente da Dívida Ativa da União, mantido pela Secretaria
de Patrimônio da União;
d) em Dívida Ativa Não Tributária da União, no caso de valores de foro, e em Dívida Ativa
Tributária da União, no caso de valores de taxa de ocupação;
e) em Dívida Ativa Não Tributária da União, no caso de valores de taxa de ocupação, e em
Dívida Ativa Tributária da União, no caso de valores de foro.
Comentários
Foros e taxas de ocupação fazem parte da Dívida Ativa Não Tributária, conforme orientação da
própria Lei nº 4.320/64:

Art. 39. § 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza,
proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e
Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como
os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei,
multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados
por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de
obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra
garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais.

Gabarito: A

11. (FGV/2019/DPE-RJ/Técnico Superior - Economia)


O conjunto de valores relativos a créditos tributários e não tributários em favor da Fazenda
Pública, não recebidos no prazo e inscritos pelo órgão ou entidade competente, após
apuração de certeza e liquidez, pode ser concebido como:
a) um saldo redutor dos restos a pagar da entidade;
b) um saldo que deve ser provisionado como perdas em cada exercício;
c) um saldo que ajusta os direitos já reconhecidos no patrimônio;
d) uma fonte de receita orçamentária do exercício em que forem lançados;
e) uma fonte potencial de fluxos de caixa reconhecida contabilmente no ativo da
entidade.
Comentários
E enunciado traz a definição da Dívida Ativa, a qual corresponde um direito de entidade e,
como tal, deve ser reconhecida contabilmente do ativo da entidade, o que nos leva à letra E
como gabarito da questão.
Gabarito: E

12. (FGV/2018/SEFIN RO/Contador)


De acordo com o Art. 9º da Lei nº 4.320/64, “as importâncias relativas a tributo, multas e
créditos da Fazenda Pública, lançadas, mas não cobradas ou não recolhidas no exercício
de origem, constituem
a) os créditos adicionais.”
b) os fundos especiais.”
c) a dívida ativa.”
d) a dívida fundada.”
e) a dívida flutuante.”
Comentários
Questão estranha, pois mesmo sendo de 2018, traz a redação original do artigo 39 da Lei nº
4.320/64, a qual foi alterada em 1979:

Art. 39. As importâncias relativas a tributo, multas e créditos da Fazenda


Pública, lançados mas não cobrados ou não recolhidos no exercício de origem,
constituem Dívida Ativa a partir da data de sua inscrição.

Observe que o enunciado ainda fala em artigo 9º, o qual não tem relação nenhuma com a
questão.
De qualquer forma, o artigo trata da Dívida Ativa e a resposta é a letra C. A redação atual do
artigo é a seguinte:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,
serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo
para pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida
Ativa, em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva
receita será escriturada a esse título.

Gabarito: C
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO
Perguntas
1) Quais os estágios da receita pública?

2) Quais os estágios de execução da receita?

3) Todas as receitas passam por todas as etapas?

4) Qual o estágio da receita em que se verifica a procedência do crédito fiscal, a


pessoa que lhe é devedora e é inscrito o débito?

5) Qual estágio da receita consiste na transferência dos valores arrecadados à conta


específica do Tesouro?

6) Em qual estágio da receita é estipulado na Lei Orçamentária Anual o valor que


será arrecadado?

7) Em qual estágio da receita o contribuinte faz o pagamento do débito por meio de


agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas?

8) Na elaboração da Lei Orçamentária Anual, primeiramente deve ser fixada a


despesa ou prevista a receita?

9) De acordo com a Lei nº 4.320/64, quais receitas são objeto de lançamento?

10) Qual o tipo de lançamento em que o contribuinte realiza o pagamento de forma


antecipada, sem necessidade de exame prévio pela autoridade administrativa, a qual
posteriormente o homologa?
11) Qual o tipo de lançamento utilizado para tributos em que os dados para
lançamento constam dos cadastros fiscais, sendo efetuado pela Administração sem a
participação do contribuinte?

12) Qual o tipo de lançamento que é feito pela autoridade administrativa em face de
uma declaração do contribuinte realizada anteriormente ao recolhimento?

13) No caso de recursos de um convênio serem devolvidos em exercício posterior ao


do repasse, eles deverão ser contabilizados como uma dedução da receita ou como
uma despesa?

14) No caso de recursos de um convênio serem devolvidos no mesmo exercício do


repasse, eles deverão ser contabilizados como uma dedução da receita ou como uma
despesa?

15) Dívida Ativa é um direito ou uma obrigação da Administração? É uma espécie de


Dívida Pública?

16) O que diferencia a Dívida Ativa Tributária da Dívida Ativa não Tributária?

17) As contribuições e as contribuições de melhoria fazem parte da Dívida Ativa


Tributária ou da não Tributária?

18) A inscrição da Dívida Ativa é um fato contábil permutativo ou modificativo?

19) Quando de sua inscrição, a Dívida Ativa deve ser reconhecida no ativo circulante
ou no ativo não circulante?

20) Atualização monetária, juros e outros encargos legais devem ser adicionados à
Dívida Ativa?
Perguntas com respostas
1) Quais os estágios da receita pública?
Previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
2) Quais os estágios de execução da receita?
Lançamento, arrecadação e recolhimento.
3) Todas as receitas passam por todas as etapas?
Não.
4) Qual o estágio da receita em que se verifica a procedência do crédito fiscal, a
pessoa que lhe é devedora e é inscrito o débito?
Lançamento.
5) Qual estágio da receita consiste na transferência dos valores arrecadados à conta
específica do Tesouro?
Recolhimento.
6) Em qual estágio da receita é estipulado na Lei Orçamentária Anual o valor que
será arrecadado?
Previsão.
7) Em qual estágio da receita o contribuinte faz o pagamento do débito por meio de
agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas?
Arrecadação.
8) Na elaboração da Lei Orçamentária Anual, primeiramente deve ser fixada a
despesa ou prevista a receita?
A previsão da receita deve anteceder a fixação das despesas.
9) De acordo com a Lei nº 4.320/64, quais receitas são objeto de lançamento?
Os impostos diretos e as rendas com vencimento determinado em lei, regulamento ou
contrato.
10) Qual o tipo de lançamento em que o contribuinte realiza o pagamento de forma
antecipada, sem necessidade de exame prévio pela autoridade administrativa, a qual
posteriormente o homologa?
Lançamento por homologação (ou autolançamento).
11) Qual o tipo de lançamento utilizado para tributos em que os dados para
lançamento constam dos cadastros fiscais, sendo efetuado pela Administração sem a
participação do contribuinte?
Lançamento de ofício (ou direto).
12) Qual o tipo de lançamento que é feito pela autoridade administrativa em face de
uma declaração do contribuinte realizada anteriormente ao recolhimento?
Lançamento por declaração (ou misto).
13) No caso de recursos de um convênio serem devolvidos em exercício posterior ao
do repasse, eles deverão ser contabilizados como uma dedução da receita ou como
uma despesa?
Deverão ser contabilizados como despesa orçamentária.
14) No caso de recursos de um convênio serem devolvidos no mesmo exercício do
repasse, eles deverão ser contabilizados como uma dedução da receita ou como uma
despesa?
Deverão ser contabilizados como dedução até o limite das transferências realizadas no
exercício. Acima disso, serão despesas orçamentárias.
15) Dívida Ativa é um direito ou uma obrigação da Administração? É uma espécie de
Dívida Pública?
A Dívida Ativa é um direito da Administração, que deve ser reconhecido no ativo. Não se
confunde com a Dívida Pública, a qual é uma obrigação que deve ser reconhecida no
Passivo.
16) O que diferencia a Dívida Ativa Tributária da Dívida Ativa não Tributária?
A Dívida Ativa Tributária é a proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos
adicionais e multas e a Dívida Ativa não Tributária corresponde aos demais créditos da
Fazenda Pública.
17) As contribuições e as contribuições de melhoria fazem parte da Dívida Ativa
Tributária ou da não Tributária?
As contribuições de melhoria são espécies de tributos, portanto, são inscritas como Dívida
Ativa Tributária. As demais contribuições estabelecidas em lei são inscritas como Dívida
Ativa não Tributária.
18) A inscrição da Dívida Ativa é um fato contábil permutativo ou modificativo?
É um fato contábil permutativo, pois não altera a situação patrimonial líquida do ente. Cabe
destacar, contudo, que ocorrem variações patrimoniais dentro do próprio ente, sendo uma
Variação Patrimonial Aumentativa no órgão competente para inscrição e uma Variação
Patrimonial Diminutiva no órgão de origem.
19) Quando de sua inscrição, a Dívida Ativa deve ser reconhecida no ativo circulante
ou no ativo não circulante?
O crédito da Dívida Ativa deve ser reconhecido no ativo não circulante. Quando o ente tiver
condições de estimar com razoável certeza o montante dos créditos e tiver expectativa de
recebê-los em até 12 meses, então o crédito poderá ser reclassificado para o ativo
circulante.
20) Atualização monetária, juros e outros encargos legais devem ser adicionados à
Dívida Ativa?
Sim. Devem ser incorporados ao valor original inscrito, em conformidade com o regime de
competência.
LISTA DE QUESTÕES

Estágios

1. (FGV/2022/SEFAZ ES/Consultor do Tesouro Estadual)


De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assinale a opção
que indica a etapa da receita orçamentária que antecede a fixação do montante de
despesas que irão constar nas leis de orçamento e que serve como base para se estimar
as necessidades de financiamento do governo.
a) Empenho.
b) Previsão.
c) Lançamento.
d) Arrecadação.
e) Recolhimento.

2. (FGV/2022/SEFAZ ES/Consultor do Tesouro Estadual)


O lançamento é a etapa da receita orçamentária que representa o ato da repartição
competente, em que há verificação da procedência do crédito fiscal, a pessoa que lhe é
devedora e a inscrição do débito desta. Assinale a opção que indica quando há o
lançamento por ofício.
a) ICMS e IPI.
b) IPTU e IPVA.
c) PIS e COFINS.
d) IR e CSSL.
e) ITBI e ITCMD.
3. (FGV/2022/CGU/Técnico Federal de Finanças e Controle)
A atividade de planejamento que dá suporte aos pilares do orçamento público – receitas e
despesas públicas – requer o uso de informações de qualidade, para que seja efetiva
como ferramenta para o gestor público.
Uma etapa crucial na elaboração de qualquer orçamento é a previsão das receitas. Essa
etapa antecede a fixação das despesas a serem incluídas no orçamento, além de ser base
para se estimarem as necessidades de financiamento do governo.
Nessa etapa devem ser selecionadas informações relevantes e dispensadas aquelas que
podem afetar a qualidade da previsão.
Uma informação que pode ser dispensada nessa etapa refere-se:
a) à arrecadação registrada nos exercícios anteriores;
b) aos efeitos de alterações na legislação tributária;
c) à expectativa de crescimento econômico;
d) ao valor inscrito em restos a pagar no exercício anterior;
e) à variação do índice de preços ao consumidor.

4. (FGV/2021/Câmara Municipal de Aracaju/Contador)


Entre os estágios da realização da receita orçamentária, está o lançamento, definido na Lei
nº 4.320/1964 e também no Código Tributário Nacional.
Uma das características desse estágio é o(a):
a) apuração da origem e do objeto do que se deve pagar;
b) exame dos títulos e documentos comprobatórios do crédito;
c) identificação do sujeito passivo;
d) transferência dos valores arrecadados à conta do tesouro;
e) verificação do direito adquirido pelo credor.

5. (FGV /2021/Prefeitura de Paulínia/Auditor Fiscal Tributário)


De acordo com a Lei nº 4.320/64, o ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta, é
denominado
a) empenho da despesa.
b) liquidação da despesa.
c) lançamento da receita.
d) arrecadação da receita.
e) recolhimento da receita.

6. (FGV/2019/DPE-RJ/Técnico Superior - Economia)


A receita pública é processada em estágios que contribuem para o controle do fluxo de
recursos previstos no orçamento.
O primeiro estágio de execução da receita é o lançamento, que tem como característica:
a) ser processado em regime de caixa;
b) ser exclusivo para os impostos diretos e indiretos;
c) ser condição para a arrecadação efetiva dos recursos;
d) referir-se à verificação da procedência do crédito fiscal;
e) referir-se à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores.

7. (FGV/2019/TJ-CE/Técnico Judiciário)
No processo de registro dos estágios da receita orçamentária, os procedimentos que
envolvem a verificação da procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e a
inscrição do débito desta corresponde a:
a) previsão;
b) liquidação;
c) lançamento;
d) arrecadação;
e) inscrição em dívida ativa.

8. (FGV/2018/Câmara Municipal de Salvador/Analista Legislativo)


O Banco Beta transferiu para a conta da Prefeitura de Rio Alegria, em 20 de fevereiro de
20X1, o valor de R$250.000,00, referente aos carnês de IPTU pagos. A etapa da receita
orçamentária a que essa situação se refere é o(a):
a) previsão;
b) recolhimento;
c) empenho;
d) arrecadação;
e) lançamento.
9. (FGV/2022/SEFAZ AM/Assistente Administrativo)
Assinale a opção que indica o estágio da receita pública que corresponde à entrega dos
recursos devidos ao Tesouro.
a) Previsão.
b) Lançamento.
c) Arrecadação.
d) Recolhimento.
e) Recebimento.

Dívida Ativa

10. (FGV/2021/TCE-AM/Auditor de Controle Externo)


A União todos os anos cobra, referente aos chamados “terrenos de marinha”, valores de
foro ou de taxa de ocupação.
Não pagos espontaneamente tais valores pelos devedores, após o vencimento da
obrigação, eles serão inscritos:
a) em Dívida Ativa Não Tributária da União, tanto no caso de valores de foro como de taxa
de ocupação;
b) em Dívida Ativa Tributária da União, tanto no caso de valores de foro como de taxa de
ocupação;
c) em registro próprio não componente da Dívida Ativa da União, mantido pela Secretaria
de Patrimônio da União;
d) em Dívida Ativa Não Tributária da União, no caso de valores de foro, e em Dívida Ativa
Tributária da União, no caso de valores de taxa de ocupação;
e) em Dívida Ativa Não Tributária da União, no caso de valores de taxa de ocupação, e em
Dívida Ativa Tributária da União, no caso de valores de foro.

11. (FGV/2019/DPE-RJ/Técnico Superior - Economia)


O conjunto de valores relativos a créditos tributários e não tributários em favor da Fazenda
Pública, não recebidos no prazo e inscritos pelo órgão ou entidade competente, após
apuração de certeza e liquidez, pode ser concebido como:
a) um saldo redutor dos restos a pagar da entidade;
b) um saldo que deve ser provisionado como perdas em cada exercício;
c) um saldo que ajusta os direitos já reconhecidos no patrimônio;
d) uma fonte de receita orçamentária do exercício em que forem lançados;
e) uma fonte potencial de fluxos de caixa reconhecida contabilmente no ativo da
entidade.

12. (FGV/2018/SEFIN RO/Contador)


De acordo com o Art. 9º da Lei nº 4.320/64, “as importâncias relativas a tributo, multas e
créditos da Fazenda Pública, lançadas, mas não cobradas ou não recolhidas no exercício
de origem, constituem
a) os créditos adicionais.”
b) os fundos especiais.”
c) a dívida ativa.”
d) a dívida fundada.”
e) a dívida flutuante.”
GABARITO

7. C
1. B
8. B
2. B
9. C
3. D
10. A
4. C
11. E
5. C
12. C
6. D
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Possati, G. Contabilidade Pública. Estratégia Concursos.
Mendes, S. Administração Financeira e Orçamentária. Estratégia concursos.
STN. (2021). Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 9ª edição.
Giacomoni, J. (2017). Orçamento Público

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