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Diogénia João
Lichinga
2023
Diogénia João
Universidade
Lichinga
2023
Índic
e
1. Introdução.........................................................................................................................................4
1.1. Objectivos.................................................................................................................................4
2.9.3. Isenções..........................................................................................................................13
2.9.5. Como os recursos arrecadados são utilizados para financiar os gastos públicos...........15
3. Conclusão.......................................................................................................................................17
4. Referências bibliográficas..............................................................................................................18
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1. Introdução
Abordara também sobre a relação do código civil com a política de impostos, bem como a
importância do código civil na arrecadação de impostos e a politica de impostos e dentre mais
conteúdos que iremos destacar no trabalho.
1.1. Objectivos
Código civil: é um conjunto de leis que regula as relações jurídicas entre pessoas físicas e
jurídicas, estabelecendo normas sobre direitos e obrigações. Ele abrange diversas áreas do
direito civil, como direito das obrigações, direito das coisas, direito de família, entre outros.
Embora o Código Civil possa estabelecer algumas regras relacionadas a impostos, como por
exemplo, no âmbito das obrigações tributárias é importante ressaltar que a política de
impostos é regulada por leis específicas, como o Código Tributário Nacional e outras normas
tributárias, essas leis definem as obrigações e direitos dos contribuintes em relação aos
impostos e estabelecem as bases legais para a arrecadação e fiscalização dos tributos.
A relação entre o Código Civil e a política de impostos está relacionada aos aspectos legais e
jurídicos que envolvem a tributação, embora o Código Civil não trate especificamente da
política de impostos ele estabelece as bases legais para as relações jurídicas que podem ter
impacto na área tributária.
Além disso, o Código Civil também trata da responsabilidade civil, ou seja, das
consequências legais em caso de danos causados a terceiros, essa responsabilidade pode estar
relacionada a questões fiscais como a obrigação de indemnizar danos causados por sonegação
fiscal ou práticas ilegais relacionadas aos impostos.
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Portanto, embora o Código Civil não trate directamente da política de impostos, ele estabelece
as bases legais para as relações jurídicas que podem ter implicações na área tributária,
influenciando a forma como os impostos são aplicados e cobrados.
A seguir algumas leis da autoridade tributaria de Moçambique (lei n.º /2006), que recorrem e
fazem menção ao código civil:
seus interesses, os quais devem pagar os tributos devidos pelos bens que administram
e cumprir todas as obrigações tributárias com eles relacionadas.
Artigo 20 (substituto tributário), a entrega de tributo por parte do substituto, sem ter
existido a necessária retenção do mesmo, confere direito de regresso por parte do
substituto em relação ao substituído, a exercer nos termos da lei civil.
O código civil é importante para a área tributária porque estabelece as bases legais para as
relações jurídicas que podem ter impacto na tributação. Ela define os direitos e obrigações das
pessoas físicas e jurídicas incluindo aspectos relacionados à propriedade, contratos,
responsabilidade civil, entre outros, que podem influenciar directamente a forma como os
impostos são aplicados e cobrados.
Por exemplo, no âmbito dos contratos, a lei civil estabelece as regras para a formação e
execução dos contratos, incluindo os contratos de compra e venda, esses contratos podem
gerar obrigações tributárias como o pagamento de impostos sobre a transferência de
propriedade de bens.
Outro exemplo de importância da lei civil nos impostos é a questão da sucessão, a lei civil
estabelece as regras para a transmissão de bens e direitos após a morte de uma pessoa,
incluindo as obrigações fiscais relacionadas à herança.
Além disso, a política de impostos pode ser usada como instrumento de regulação da
economia, incentivando ou desestimulando determinados sectores ou actividades. Por
exemplo, a redução de impostos para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento
pode estimular a inovação e o crescimento económico, da mesma forma, a criação de
impostos sobre produtos nocivos à saúde, como o tabaco e o álcool, pode ajudar a
desestimular o consumo desses produtos.
consideração a capacidade financeira de cada um, isso pode ser feito por meio da
progressividade das alíquotas, em que aqueles com maior renda contribuem
proporcionalmente mais.
Estímulo ao desenvolvimento económico: através da política de impostos, o governo
pode incentivar determinadas actividades económicas, sectores ou regiões, por meio
de benefícios fiscais, redução de alíquota ou outras medidas que visam estimular o
investimento, a produção e o crescimento económico.
Controle da inflação: a política de impostos pode ser utilizada como uma ferramenta
para controlar a inflação, ajustando as alíquota e os incentivos fiscais de acordo com a
situação económica do país.
Regulação e incentivo a comportamentos desejados: o governo pode utilizar a
política de impostos para regular e incentivar comportamentos desejados na sociedade,
como a protecção ambiental, a saúde pública ou o uso de energias renováveis. Isso
pode ser feito através de incentivos fiscais para actividades sustentáveis ou impostos
sobre actividades prejudiciais.
Transparência e previsibilidade: uma política de impostos bem definida proporciona
transparência e previsibilidade aos contribuintes, permitindo que eles conheçam as
obrigações fiscais e possam se planejar adequadamente.
Alíquotas e base tributária: a definição das alíquotas dos impostos e a abrangência da base
tributária têm um efeito directo na arrecadação; alíquotas mais altas tendem a gerar uma
arrecadação maior, enquanto alíquotas mais baixas podem incentivar a actividade económica,
mas podem resultar em menos recursos arrecadados e da mesma forma, uma base tributária
ampla, com mais contribuintes e sectores abrangidos, pode levar a uma arrecadação maior.
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Evasão fiscal: a política de impostos também pode afectar a evasão fiscal; quando as
alíquotas são muito altas ou as regras são complexas, os contribuintes podem ser incentivados
a buscar meios de evitar o pagamento de impostos, resultando em uma redução na
arrecadação.
Estímulo à actividade económica: uma política de impostos bem planejada pode estimular a
actividade económica, resultando em um aumento da produção, do emprego e dos lucros
empresariais, isso pode levar a uma maior arrecadação de impostos sobre a renda e o
consumo.
A definição da política de impostos é fundamental para a gestão das finanças públicas e para a
promoção do desenvolvimento económico e social do país. A política de impostos define as
regras e as alíquotas aplicáveis aos diferentes tipos de tributos, bem como as isenções,
deduções e outros benefícios fiscais concedidos pelo governo.
Alíquota é o percentual definido em lei, que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o
montante do tributo a ser pago.
A alíquota é um conceito utilizado na área tributária que se refere à taxa percentual aplicada
sobre a base de cálculo de um imposto, ela determina a parcela do valor a ser paga pelo
contribuinte como obrigação tributária, ou seja, a alíquota representa a proporção do valor
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sujeito à tributação que deve ser destinada ao pagamento do imposto. Ela é expressa em forma
de percentagem e varia de acordo com o tipo de imposto e a legislação tributária vigente.
Segundo o Direito Tributário, as alíquotas podem ser cobradas pelo Estado em função de
uma contraprestação de serviços, que é quando a parte contratante deverá remunerar a parte
contratada financeiramente.
Além disso, em alguns casos as alíquotas podem ser reduzidas ou aumentadas por meio de
incentivos fiscais ou penalidades. Por exemplo, um governo pode reduzir a alíquota do
Imposto de Renda para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento, como forma
de incentivar a inovação tecnológica.
A definição das alíquotas é estabelecida pela legislação tributária de cada país e pode ser
alterada ao longo do tempo por meio de reformas ou actualizações da legislação. É importante
consultar a legislação tributária vigente ou buscar orientação junto às autoridades fiscais para
obter informações actualizadas sobre as alíquotas aplicáveis em cada caso específico.
Fixas: quando vale para todos os contribuintes, sem critérios que os diferencie;
Variáveis: quando muda conforme a base de cálculo sendo na maioria das vezes,
progressiva, ou seja, aumenta proporcionalmente ao valor na base de cálculo e tem
como objectivo promover a justiça fiscal, ou seja, garantir que quem tem mais
capacidade contributiva pague mais impostos.
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As alíquotas podem ser fixas, ou seja, possuem um valor constante para todos os
contribuintes, ou podem ser progressivas, ou seja, aumentam conforme a faixa de renda ou
lucro do contribuinte. Além disso, em alguns casos, podem existir alíquotas diferenciadas para
determinados sectores económicos, produtos ou serviços.
É o valor sobre o qual é aplicada a alíquota (%) para apurar o valor do tributo a pagar. Esta
base deve ser definida em lei complementara e sua alteração está sujeita aos princípios da
legalidade, da anterioridade e da irretroactividade. É a grandeza económica onde se aplica a
alíquota para calcular a quantia de composto a ser pago.
Desta forma, a base de cálculo mensura de forma efectiva a grandeza económica do facto
gerador que sofreu o impacto da incidência
2.9.3. Isenções
Isenções fiscais são benefícios concedidos pelo governo que permitem a determinados
contribuintes a não pagar ou reduzir o valor dos impostos devidos. Em outras palavras, as
isenções fiscais são uma forma de incentivar ou estimular determinadas actividades
económicas ou sociais, concedendo benefícios tributários para aqueles que se enquadram em
determinadas condições.
As isenções fiscais podem ser concedidas com o objectivo de estimular determinados sectores
da economia, como agricultura, indústria, comércio, turismo, entre outros, também podem ser
concedidas para promover acções sociais, como doações para entidades filantrópicas,
investimentos em educação, cultura ou esportes.
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As isenções fiscais podem ser concedidas por meio de diferentes instrumentos legais, como
leis, decretos, portarias ou resoluções. É importante ressaltar que as isenções fiscais devem ser
concedidas de forma transparente e objectiva, evitando a discriminação ou o favorecimento
indevido de determinados contribuintes em detrimento de outros.
Os benefícios fiscais são medidas adoptadas pelo governo para conceder vantagens tributárias
a determinados contribuintes, com o objectivo de promover actividades específicas, estimular
o desenvolvimento económico, incentivar investimentos ou atender a necessidades sociais.
Esses benefícios podem ser concedidos na forma de redução de impostos, isenções fiscais,
créditos tributários ou postergação de obrigações fiscais.
É importante ressaltar que os benefícios fiscais devem ser estabelecidos por meio de
legislação específica e estar em conformidade com as normas e regulamentos vigentes. Além
disso, devem ser monitorados e avaliados periodicamente para garantir sua efectividade e
evitar abusos ou distorções no sistema tributário.
Os benefícios fiscais são medidas adoptadas pelo governo para conceder vantagens tributárias
a determinados contribuintes, com o objectivo de promover actividades específicas, estimular
o desenvolvimento económico, incentivar investimentos ou atender a necessidades sociais.
Esses benefícios podem ser concedidos na forma de redução de impostos, isenções fiscais,
créditos tributários ou postergação de obrigações fiscais.
2.9.5. Como os recursos arrecadados são utilizados para financiar os gastos públicos
Os recursos arrecadados por meio dos impostos são utilizados pelo governo para financiar os
gastos públicos, que englobam uma ampla variedade de áreas e serviços essenciais para a
sociedade, esses recursos são utilizados de acordo com as prioridades estabelecidas pelo
governo e podem incluir:
Defesa nacional: uma parcela dos recursos é destinada às Forças Armadas e à defesa
nacional, incluindo investimentos em equipamentos militares, treinamento de pessoal
e manutenção das estruturas de defesa.
Além dessas áreas, os recursos também podem ser utilizados para pagamento da
dívida pública, administração pública, cultura, esportes, meio ambiente e outras
políticas públicas conforme as necessidades e prioridades do governo.
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3. Conclusão
Em jeito de conclusão dizer que a política de impostos pode ter um impacto significativo na
arrecadação de impostos do nosso país, pela forma como os impostos são estruturados e as
decisões tomadas em relação a alíquotas, benefícios fiscais e outras medidas podem
influenciar directamente a quantidade de recursos arrecadados pelo governo, já em relação ao
Código Civil é um conjunto de leis que regula as relações jurídicas entre pessoas físicas e
jurídicas dentro do nosso país, estabelecendo as devidas normas sobre direitos e obrigações
em que cada pessoa jurídica ou física possui.
A definição da política de impostos num país é fundamental para a gestão das finanças
públicas e para a promoção do desenvolvimento económico e social do país, também serve
para estabelecer as regras, alíquotas e benefícios fiscais relacionados aos impostos que serão
aplicados em um determinado país ou região dum país garantindo assim a arrecadação de
recursos necessários ao funcionamento do Estado, promover a justiça fiscal, estimular o
desenvolvimento económico e regular comportamentos sociais desejados.
A política de impostos em Moçambique é regulada por leis específicas dentro do nosso país
como o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) e Colectivas
(IRPC) e outras normas tributárias definindo as obrigações e direitos dos contribuintes em
relação aos impostos e estabelecem as bases legais para a arrecadação e fiscalização dos
tributos.
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4. Referências bibliográficas
Balera, W., (1982). Base de cálculo dos tributos. In Martins, I. G. da S. caderno de pesquisas
tributárias base de calculo. São Paulo: resenha tributária