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Índice
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3.1 Fluxograma
3.2 Questionários padronizados
3.3 Narrativa
3.4 Forma mista
5 Notas
6 Fontes
A SAP nº 54 define:
Norma 100 - Independência - “Os auditores internos devem ser independentes da actividade
que auditam”;
Norma 200 – Proficiência profissional – “A auditoria interna deve ser realizada com a devida
proficiência e cuidado profissional”.
Norma 300 – Âmbito de trabalho – “O âmbito da auditoria interna deve conter a examinação e
avaliação da adequação e eficiência do sistema de controlo interno da entidade e a qualidade
do desempenho na realização das actividades atribuídas”.
Dentro deste âmbito, a IIA identificou cinco objectivos primordiais do controlo interno:
Posteriormente, em 1985, o IIA publicou um “white paper” criado pela “Task Force on Control”
(o mesmo grupo que desenvolveu a aludida SIAS N.º 1). Essa monografia, “Control: Its Meaning
and Implications for the Professional Pratice of Internal Auditng”, proporcionou uma maior
fundamentação lógica dos principais conceitos emanados pela SIAS N.º1, assim como uma
maior definição das definições e conceitos de controlo.
Posteriormente, a COSO estabeleceu que o controlo interno consiste nos seguintes objectivos:
Ambiente de controlo;
Avaliação de risco;
Nos Estados Unidos da América, em 1995, a AICPA estabeleceu esta definição de controlo
interno na SAS n.º 78 (AICPA 1995).<ref>Auditing Standards Board, AICPA, Statement on
Auditing Standards N.º 78, "Consideration of Internal Control in a Financial Statement Audit:
An Amendment to SAS No. 55" (1995).</ref>
O ambiente de controlo;
Compromisso de competência;
Participação pelos encarregados da governação;
Estrutura organizacional;
"O processo de avaliação do risco da entidade é o seu processo para identificar e responder a
riscos e a respectivas consequências. Para finalidades de relato financeiro, o processo de
avaliação de risco da entidade inclui como a gerência identifica os riscos relevantes à
preparação de demonstrações financeiras que apresentem uma imagem verdadeira e
apropriada (ou apresentem apropriadamente, em todos os aspectos materiais) de acordo com
a estrutura de relato financeiro aplicável à entidade, estime o seu significado, avalie a
probabilidade da sua ocorrência e decida sobre as acções para geri-las. (...) Os riscos relevantes
ao relato financeiro incluem eventos e circunstâncias externos e internos que possam ocorrer
e adversamente afectar a capacidade de uma entidade iniciar, registar, processar e relatar
dados financeiros consistentes com as asserções da gerência nas demonstrações financeiras."
(Apêndice 2 - ISA 315)
"O sistema de informação relevante aos objectivos de relato financeiro, que inclui o sistema de
relato financeiro, consiste dos procedimentos e registos estabelecidos para iniciar, registar,
processar e relatar as transacções da entidade (assim como eventos e condições) e para
manter responsabilidade perante, pelos activos relacionados, passivos e capital próprio (...) A
comunicação envolve proporcionar compreensão dos papéis individuais e responsabilidades
relacionados com o controlo interno para além do relato financeiro. Isso inclui a extensão até
que o pessoal compreende como as suas actividades no sistema de informação de relato
financeiro se relacionam com o trabalho de outros e os meios de relatar excepções a um nível
mais elevado apropriado dentro da entidade. Canais de comunicação abertos ajudam a
assegurar que excepções são relatadas e sobre as quais se agiu." (Apêndice 2 - ISA 315)
Actividades de controlo;
"As actividades de controlo são as políticas e procedimentos que ajudam que as directivas da
gestão sejam levadas a efeito." (Apêndice 2 - ISA 315)
As mais relevantes podem ser classificadas como políticas e procedimentos que se relacionam
com revisões de desempenho; processamento de informação; controlos físicos; e segregação
de deveres.
Monitorização de controlos.
Esta divisão nestes cinco componentes permite ao auditor considerar como é que cada um
destes cincos aspectos do controlo interno de uma entidade pode afectar a auditoria.
Fraude;
A falta de integridade moral e idoneidade não pode ser suprimida por nenhum sistema de
controlo.
Por vezes a gestão, mais preocupada com a contenção de custos e na ausência de uma cultura
de gestão de controlo, não encontra motivação para a implementação de um bom sistema de
controlo interno e nem promove acções nesse sentido, outras vezes é porque a própria gestão
não esta interessada em garantir que a informação prestada aos accionistas e restantes
[stakeholder]s não seja integra, verdadeira e apropriada de forma a que eles não possam fazer
um juízo fundamentado sobre o valor da entidade.
Rácio custo/benefício
A implementação de um sistema de gestão representa, necessariamente, um custo, que é
preciso balancear com o benefício que pode trazer. Por vezes pode-se correr o risco de
implementar um sistema em que o custo seja muito maior que o benéefício ou vice-versa. É
importante pensar que é preferível correr certos riscos pela não implementação de
determinados processos de controlo interno, quando estes se traduzem num custo maior que
o benefício que podem trazer, do que incorrer em faltas de eficiência financeira por esta razão.
É necessário haver uma relação directa entre os objectivos de benefícios que a entidade
pretende atingir com a implementação de um sistema de controlo interno e a segurança
razoável que este poderá proporcionar.
Neste caso deverá fazer um juízo sobre a materialidade, complexidade das operações,
dimensão e natureza da entidade e a própria natureza do negócio, para além de eventuais
exigências legais e refutatórias.
Nas transacções pouco comuns à entidade, por não serem usuais, podem fugir ao crivo de um
sistema de controlo interno que pode não estar preparado para lidar com as mesmas, uma vez
que está pensado para outro tipo de transacções.
Risco informático.
O acesso indevido ou falhas nos meios de informática pode constituir uma falha no sistema de
controlo interno.
Um dos primeiros requisitos que o trabalho de campo requer é ser adequadamente planeado.
Nesse sentido, o auditor deve efectuar um estudo e avaliação apropriada aos sistemas de
controlo internos afim de determinar o grau de confiança nos mesmos. Deve considerar os
métodos que a entidade usa para processar a informação contabilística no seu plano de
auditoria porque esses métodos influenciam a função do controlo interno (N.º 9 da AU Section
311A - SAS nº22).
De acordo com a ISA 315, torna-se necessário ao auditor proceder ao levantamento e recolha
de documentos relativamente aos elementos chave da compreensão obtida com respeito a
cada um dos aspectos do controlo interno de forma a poder avaliar “os riscos de distorção
material nas demonstrações financeiras, as fontes de informação das quais a compreensão foi
obtida e os procedimentos de avaliação do risco, pelo que, conforme orienta a ISA 230, deverá
começar por analisar:
Cópias das comunicações trocadas com outros auditores, peritos ou terceiras entidades.
Importa, atendendo ao ¶73 da ISA 330, que o auditor documente “as respostas globais para
tratar os riscos avaliados de distorção material ao nível de demonstração financeira e a
natureza, tempestividade e extensão dos procedimentos de auditoria adicionais, a ligação
desses procedimentos com os riscos avaliados ao nível de asserção, e os resultados dos
procedimentos de auditoria.”; ou seja, é fundamental ficar com a prova (audit evidence) desse
trabalho, conseguidas através de algumas técnicas comuns usadas só ou em combinação e que
incluem questionários padronizados (listas de verificações) , descrições narrativas, fluxogramas
e forma mista.
Fluxograma
Questionários padronizados
Este tipo de questionários são apenas importantes para permitir ao auditor aferir se a empresa
esta minimamente organizada, já que a forma de registo é a menos vantajosa pela falta de
uma visão rapida e global.
Narrativa
Esta forma de descrição se por um lado permite um registo mais pormenorizado por outro tem
tendência para uma demasiada pormenorização e consequente perda de uma visão rápida e
global do conjunto da área descrita e dos seus aspectos mais significativos.
Começa-se por preencher o lado esquerdo da folha que serve para registar os procedimentos e
medidas em vigor à data do levantamento do sistema. O lado direito da folha só será
preenchido quando forem registadas alterações ao procedimento indicado no lado esquerdo,
que será rasurado, dando a seguinte redacção: “A partir da data de --/--/---- o procedimento
adoptado passou a ser: … ”
Forma mista
A forma mista surge da necessidade de relevar determinada operação que por vezes é difícil
representar apenas por fluxogramas (normalmente no caso dos fluxogramas verticais (como o
apresentado em cima), ou que, mesmo que possível, o mesmo resultaria de tal forma confuso
que a sua interpretação seria difícil.
O fluxograma, como apresentado na imagem acima, tem uma coluna para observações, que
será utilizada para indicar a página da narrativa da respectiva descrição, quando a operação
seja demasiado complexa. Assim, a operação em causa é “cortada” e descrita numa narrativa
feita em folha à parte após a conclusão do fluxograma.
Tal entendimento cabe na SAS N.º 94, assim como na ISA 315, que estipula que o auditor deve
procurar entender os procedimentos tanto das tecnologias de informação como dos sistemas
manuais, através de que forma a entidade usas as TI para iniciar, gravar, processar, corrigir
quando necessário, transferir para o [livro razão] reportar as transacções para as
demonstrações financeiras.
Obviamente que o propósito da auditoria não se vai alterar apenas porque esta é efectuada
em ambiente de tecnologias de informação. No entanto, a verdade é a entidade que usa as TI
pode ser afectada em qualquer um dos cincos elementos do controlo interno já mencionados
e que são relevantes para consecução das demonstrações financeiras, operações ou
cumprimento dos objectivos da entidade e das suas unidades operacionais ou funções de
negocio.
O uso das IT também afecta a base e a maneira na qual as transacções são iniciadas, gravadas,
processadas e reportadas. Num sistema manual, a entidade usa procedimentos manuais e
registo em formato papel, que num sistema de tecnologias de informação são substituídos por
procedimentos, registos, processos e relato das transacções de forma automática e
electrónica.
O uso das IT permite obter potenciais benefícios de eficácia e eficiência para o controlo interno
das entidades porque permite à entidade:
Melhorar a habilidade e capacidade para atingir uma efectiva segregação de funções através
da implementação de controlos de segurança nas aplicações, bases de dados e sistemas
operativos.
Por outro lado, o uso das IT também comporta riscos específicos para o controlo interno da
entidade, incluindo:
Acesso não autorizado a dados que possa resultar na destruição dos dados ou alteração
inapropriada dos mesmos, incluindo gravar transacções não autorizadas, inexistentes ou
incorrectas;
A natureza e a extensão destes riscos e benefícios para o controlo interno vão depender muito
da natureza e características do sistema de informação da entidade, que o auditor deve tomar
sempre em consideração.
Notas
<references />
Fontes
ISA 230
AS N.º 4 PCAOB
“The internal auditor’s role in deterring, detecting, and reporting of financial frauds” –
Documento elaborado por David S. Ruder, ex-presidente (1987-89) da United States Securities
and Exchange Comission (SEC)
"Controlo Interno" - Documento elaborado por Prof. Dr. Francisco Banha, presidente da
Gesbanha e presidente do Conselho Consultivo da ATM.
Obtida de "https://www.thinkfn.com/wiki/index.php?title=Controlo_interno&oldid=20950"
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