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Extensão de Niassa

Departamento de Ciências Económicas e Empresariais

Contabilidade de Custos

Docente: Pedro Fazenda


Que é Isso
Conceito , âmbito, objectivo da C.C

“A Contabilidade Analítica/ Contabilidade de Custos é a parte da contabilidade


que consiste em determinar por ramos de actividade, produto, serviços,
clientes ou por outros elementos normais ou extraordinários:
O montante das vendas
O conjunto dos custos correspondentes
Os proveitos e os custos por cada uma daquelas categorias, com o fim de
obter ou lucro ou prejuízo de cada uma delas.”

Charles Brunet
Conceito, âmbito, objectivo da C.C

O Plano de Contas Francês (1957) define Contabilidade Analítica/


Contabilidade de Custos como uma forma de tratamento de dados que
visa pôr em evidência elementos constituintes dos custos e dos
proveitos que apresentam maior interesse para a gestão da empresa.

O seu Objectivo são os custos, proveitos e resultados das organizações, que


determina e analisa, não de uma forma globalizante como acontece na
Contabilidade Geral, mas sim de forma analítica e de acordo com as
necessidades da gestão da organização.
Objectivos da Contabilidade Analítica
Dar informação sobre Custos;
Satisfazer novas necessidades de informação, face às fornecidas pela
Contabilidade financeira;
Contribuir para a elaboração de documentos que permitam determinar os custos
de fabricação dos produtos;
Permitir determinar os preços de venda dos produtos ou serviços no sentido de
contribuir para uma maior rendibilidade da empresa;
Possibilitar o exame das condições internas de exploração da empresa;
Fornecer à empresa as bases de avaliação de certos elementos do seu activo
(ex: Existências de matérias-primas, produtos acabados, produtos semi-
acabados).
Contabilidade Analítica Vs Contabilidade Geral

CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE DE GESTÃO


 Custos e proveitos classificados por  Custos e proveitos classificados de acordo
natureza com o destino (função, produto,...)

 Prevalece óptica patrimonial e  Prevalece óptica económica e produtiva


financeira
 Informações monetárias  Informações quantitativas e físicas
 Valorização dos fluxos externos  Valorização dos fluxos internos
 Enfoque nas relações com o exterior  Enfoque no interior da organização
 Submetida a imperativos de ordem  Liberdade de organização de acordo com
técnica, jurídica e fiscal os objectivos da gestão

 Registo histórico  Apoio ao planeamento ou seja previsional


 Apuramento do resultado global  Informação detalhada para o Planeamento
Contabilidade Analítica Vs Contabilidade Geral

Contudo:
•Dois subsistemas interligados de informação para apoio àgestão
•Duas formas de tratamento da mesma realidade, de acordo com perspectivas próprias e informações diferentes
para responder a questões distintas
•Em princípio são “duas contabilidades”autónomas, mas podem e devem ser articuladas

Questões Importantes:
• Como se distribuem os custos pelos produtos ou serviços da organização?
• Qual a contribuição de cada produto para o resultado final da organização?
Insuficiencia da Contabilidade Financeira
Não determina o custo unitário de cada unidade produzida (ou serviço prestado);

Não apura em quanto é que cada produto contribui para a formação do


resultado do período;

É incapaz de determinar se é mais vantajoso adquirir ou fabricar as matérias-


primas e outros factores produtivos;

É incapaz de responder se é mais vantajoso para a empresa ter uma oficina de


reparações ou se deve recorrer ao exterior;

Não informa a empresa sobre quando é que deve optar por substituir uma máquina
em lugar de a reparar.
Conceitos fundamentais
Proveito:Acréscimo no património, por exemplo, valor da produção
acabada,trabalhopara aprópria empresa,etc.
Receita:Venda ou prestação de serviços (nossa facturação, aceitação de
um direito).
Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços.
Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a
obtenção de receitas.
Recebimento – em sentido restrito corresponde ao fluxo de entrada de
meios líquidos na organização, constituindo a contrapartida dos bens ou
serviços cedidos a terceiros.
Para se prosseguir os objectivos fixados numa empresa há que suportar
custos, que têm contrapartida nos benefícios (proveitos),resultados desses
objectivos.
O custo, é pois, um sacrifício de recursos com vista a atingir determinado
objectivo:
custo tecnológico ou material – que é o conjunto formado pelas
quantidades de bens que se consomem ou utilizam;
Custo psíquico – e o valor correspondente a ao uso da sua capacidade
mental na produção de um determinado bem.
Custo monetário – que é o valor que resulta do somatório dos produtos
daquelas quantidades pelos respectivos preços, ou seja, a expressão
monetária do custo tecnológico.
A contabilidade analítica privilegia o apuramento do custo monetário, que
designaremos simplesmente por custo.
Outros conceitos:
Custo de aprovisionamento – estes respeitam aos custos de
armazenamento dos ( PA, PVF, MP);
Custo de Produção – são o conjunto de todos custos ligados a fabricação
ou produção; MP, MO, CGP;
Custos de distribuição - são custos ligados com a distribuição ou venda dos
produtos.
Custos Administrativos – são todos aqueles custos lidados ao
funcionamento da administração da empresa;
Custos financeiros – são custos relacionados com a utilização de capitais
alheios.
Matérias-primas - são todas as matérias ou materiais consumidos na
fabricação que, após as operações de transformação, dão origem ao
produto terminado;
Mão-de-obra directa MOD–é constituída pelas remunerações e encargos
do pessoal fabril que trabalha directamente na produção;
Custos gerais de fabrico–abrangem todos os custos da fábrica que não
são matéria-prima nem mão-de-obra directa;
Lucro puro –é igual à diferença entre o preço de venda e o custo
económico-técnico.
Lucro líquido–é igual à diferença entre o preço de venda e o custo
complexivo.
Lucro bruto –é igual à diferença entre o preço de venda e o custo
industrial.
Classificação dos Custos

Quanto à Identificação com a Actividade Económica e com o Produto :


Industriais (incorporaveis e não incorporaveis)
NãoIndustriais ( incorporaveis)
Classificação Quanto a Funcional
Industriais ( MP, MO, CGP);
Não Industriais (administrativos, financeiros e comerciais)
Quanto à imputação de responsabilidades
Controláveis
Custos Não Controláveis
Classificação dos Custos

Quanto à Valorimetria das prestações internas


 Reais Custos
 Teóricos

Quanto à Imputação e à Relação com o Volume de Produção


 Industriais (directos e indirectos) - variaveis , fixo e semi-variaveis;
 Não Industriais Directos

Quanto à sua relevância


Relevantes
Custos Irrelevantes
Formulário
K = X+Y+Z ; onde K = custo tecnológico; X,Y,Z = são as quantidades

CM = Xp1+Yp2+Zp3 ; onde CM = custo monetário; Xp1 = é o produto das


quantidades e o preço.
Formulário
 MPc = Ei MP + C – Ef M
 CIPV = CIPA + Ei PA – Ef PA
 Custo Primo ou Custo directo = MPc + MOD
 C. Transformação = MOD + GGF
 C.I. ou de Fabricação = C. Primo + GGF
 C.I. ou de Fabricação = MPc + C. Transformação
 C. Comercial = CIPV + CV + CA + CF
 Custo Económico ou Técnico ou Completo (ou preço de venda normal) =
 Custo Comercial ou Complexivo + Gastos Figurativos
 CIPV = Qtd. Vendidas × CIPA
 Lucro Bruto (MB) = Vendas – CIPV
 Lucro Liquido = Vendas – Custo Comercial
 Lucro Puro = Vendas – Custo Económico
 CI. unitario = CIPA / Qtd. produzida
Bibliografia
CAIADO, Antonio C. Pires (2003); Contabilidade de Gestão, 3ª ed, Areas Editora;

MARTINS, Eliseu (2003); Contabilidade de Custos , 9. ed. Atlas, São Paulo;

CHING, Hong (2006): Contabilidade Gerencial, 1ª ed. Pearson, São Paulo

ROCHA, Armandino (2006)(Análise de Custos e a sua Contabilização, Universidade Lusíada Editora,


Lisboa;

PEREIRA, Carlos Caiano et al. (1994): Vítor Seabra, Casos Práticos de Contabilidade Analítica, 1.ª
edição, Lisboa;

FRANCO, Victor Seabra, (2005): Contabilidade de Gestao – volume I, 1ª edicao, Publicher Team.
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