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Contabilidade Pública

• Conceito
• Objecto
• Objectivo
• Âmbito
• Regime Contabilístico

Docente: Msc, Marcelino Mocola, C/A, CP


08/04/2024 1
4o Ano UR
1. Conceito
• A Contabilidade Pública em Moçambique é
regulado pelo Decreto nº 23/2004, de 20 de
Agosto, que a prova o Regulamento do
Sistema de Administração Financeira do
Estado (SISTAFE).

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4o Ano UR
1. Conceito
• A Contabilidade Pública: Regista a previsão
da receita e afixação da despesa, estabelecida
no Orçamento do Estado aprovado para o
exercício, escritura a execução orçamentária da
receita e despesas, faz a comparação entre a
previsão e a realização das receitas e despesas,
controla as operações créditos e obrigações e
revela as variações patrimoniais.

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4o Ano UR
1. Conceito
• Contabilidade Pública: é um ramo da
contabilidade que colecta, regista e controla os
actos e factos da Administração Pública,
mostra o Património Público e suas variações,
bem como acompanha e demonstra a execução
do orçamento.

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4o Ano UR
2. Objecto
• O objecto de qualquer contabilidade é o
património. O da Contabilidade Pública é o
Património Público, excepto os bens de
domínio público, tais como: lagos, lagoas, rios
etc.
• A Contabilidade Pública está interessada nos
actos e factos de natureza orçamentária, visto
que tudo se origina no orçamento.

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4o Ano UR
3. Objectivo
• O objectivo da Contabilidade Pública é
fornecer informações actualizadas e exactas ao
Administrador Público para subsidiar no
processo de tomadas de decisões.

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4o Ano UR
4. Âmbito
• O Contabilidade Pública é restrito à
administração Pública, compreende quadro
níveis de abrangência, nomeadamente:
Governo Central, Provincial, Distrito e
Autarquias.

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4o Ano UR
5. Regime Contabilístico
• O Orçamento é uma previsão anual de
receitas a cobrar e despesas a pagar e que em
princípio, a sua vigência cessa a 31 de
Dezembro do ano a que respeita.
• As cobranças efectuadas e as despesas
realizadas durante período financeiro constarão
de uma conta por forma a poder avaliar-se o
resultado da execução orçamental

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6. Princípios Orçamentais
• Os princípios tem como objectivo: (i) tornar o
orçamento claro, simples e verdadeiro e (ii)
garantir a realização das funções económica,
política e Jurídica.
• Função económica: determinar as receitas e
despesas
• Função Politica: Legitimado pela AR
• Função Jurídica: Orçamento é instrumento
Legal (uma vez aprovado é de cumprimento
obrigatório)
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4o Ano UR
6. Princípios Orçamentais
1 Anualidade
• o orçamento tem uma vigência anual, em
referência ao ano financeiro, o qual pode ou
não coincidir com o ano civil. Em
Moçambique, as receitas e as despesas são
orçamentadas para o período compreendido
entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro, o qual
coincide com o ano civil.

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4o Ano UR
6. Princípios Orçamentais
2. Unidade e da Universalidade
• Unidade significa que existe apenas um único
orçamento do Estado.
• Universalidade implica que todas as receitas e
despesas devem ser inscritas no orçamento.
• Juntos os 2 princípios querem dizer, um só
orçamento e tudo no orçamento.

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6. Princípios Orçamentais
3. Não Consignação
• Este principio estabelece que não se pode
afectar o produto do quaisquer receitas a
cobertura de despesas pré-determinadas.
• Todas as receitas devem servir para cobrir
todas as despesas.
• Não se pode consignar certas receitas a certas
despesas.
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4o Ano UR
6. Princípios Orçamentais
4. Especificação
• Este principio obriga o governo a individualizar
suficientemente cada receita e cada despesa,
segundo classificações que fixam o grau de
discriminação das mesmas.
• Em Moçambique, as despesas públicas são
especificadas de acordo com a sua natureza
• económica, funcional, orgânica, programática e
territorial.
• A especificação das receitas públicas é feita de
acordo com o classificador económico e territorial.
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6. Princípios Orçamentais
5. Orçamento Bruto ou da Não Compensação
• Orçamento bruto diz-nos que todas as receitas
e despesas são inscritas no orçamento pela
importância ou valor integral em que foram
avaliadas.
• As receitas e despesas devem ser inscritas no
orçamento de forma bruta e não líquida.
• Nas receitas por Exemplo não se deduzem, os
encargos de cobrança. Nas despesas não se
deduzem as receitas por elas geradas.
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6. Princípios Orçamentais
6. Equilíbrio
• É obrigatório no orçamento do Estado prever os
recursos necessários para cobrir todas as
despesas.
• Todas as despesas têm que estar cobertas por
receitas.
• Em última instância, as despesas serão
cobertas parcialmente por donativos e
empréstimos contraídos no país ou no exterior.
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6. Princípios Orçamentais
7. Publicidade
• Um orçamento do Estado não publicado não representa
lei orçamental.
• É através da publicação do orçamento que se concretiza
a autorização política das receitas e despesas e se dá
conhecimento formal à administração pública do
conteúdo desta autorização.
• Os cidadãos tomam conhecimentos do mesmo, estando
em condições de controlar e criticar a sua natureza e
execução.
• Em Moçambique, o orçamento é publicado no boletim
da República.
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4o Ano UR
Referência Bibliográfica
• Uamusse, L. (2008) MANUAL DE FINANÇAS
PÚBLICAS, Maputo

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4o Ano UR
Despesas
1 - Orçamento do Estado
2 - Demais Despesas com o pessoal;
3 - Transferências Correntes;
4 - Bens e Serviços
5 - Prestações de contas ;
6 - Livros obrigatórios;
7 – Arquivo

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4o Ano UR
Despesas
1-Orçamento do Estado
Dotação orçamental, Cativo, Dotação Disponível;
Redistribuições de dotações e Reforços.
2-Demais Despesas com o pessoal;
Ajudas de custo dentro do País (CED: 112101 e
112201);
Ajudas de custo fora do País (CED:112102 e 112202);
Representação (CED: 112105 e 112203);
Subsídio de Combustível e Manutenção de
viaturas(112106);
Subsídio de Telefone Celular (CED:112109)
3 -Transferências Correntes;
Subsídio de Funeral (CED: 143406).
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Despesas
4-Bens e Serviços
Fundo de Maneio;
Fases da Execução da Despesa;
Observações para os agentes.
5 - Prestações de Contas
Composição e Prazos;
Desvios de aplicação;
Incorporação de Balancetes de Fundos Externos.
6- Livros Obrigatórios
Escrituração
7 - Arquivo

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4o Ano UR
ORÇAMENTO DO ESTADO

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4o Ano UR
Orçamento do Estado

Orçamento do Estado
É o documento no qual estão previstas as receitas a
arrecadar e fixadas as despesas a realizar num determinado
exercício económico e tem por objectivo a prossecução da
política económica do Estado.

Dotação Orçamental (DO)


DO = limite aprovado no OE para se efectuar a despesa.
DO >> OE >> Celula orcamental = conjunto de
classificadores orcamentais, que qualifica e individualiza
uma rúbrica do OE;
A discriminação das DO >> UGB >> Tabela de Despesa
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4o Ano UR
Orçamento do Estado
Celulas Orçamentais

CED Programa UGB FR Dotação

121001 MRM02-00-MRM-2008-0004 39A000141 10100000 90.000,00


122001 MRM01-00-MRM-2009-0003 39A000141 134DANIDA 85.000,00

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Orçamento do Estado - OE
Cativo Obrigatório

É o montante que resulta da aplicação de uma percentagem,


definida nos termos da Legislação Especifica, sobre as
dotações orçamentais. Isto é, parte das dotações orçamentais
são obrigatoriamente cativadas.

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4o Ano UR
Cativo Obrigatorio

•Componente Interna da
25% Despesa de Investimento

CATIVO
OBRIGATÓRIO •Salários e Remunerações
•Transferências as Famílias
•Demais Despesas com o Pessoal;
20% •Despesas com Bens e Serviços;
•Demais Despesas Correntes;
•Despesas de Capital

Até 30
Autorização do Ministro das Finanças
LIBERTACAO com base em solicitação devidamente
Setembro
fundamentada
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4o Ano UR
Orçamento do Estado
Não são abrangidas pelo Cativo
Obrigatório:
As dotações orçamentais das despesas
financiadas por:
Receitas próprias e por receitas consignadas;
Donativos e créditos externos;
Fundos de investimento de iniciativa
autárquica, de compensação autárquica e de
desenvolvimento distrital.
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Orçamento do Estado

Dotação Disponível – (DD)

Corresponde à parcela da D.Orçamental que se encontra


livre para movimentação, após a dedução do COB e
eventuais contenções, ou seja:
D.Disponível = (DO–COB)
Nota:
É com base na Dotação Disponível no início do exercício
que as UGBs devem elaborar o Plano de Tesouraria
mensualizado por rúbricas orçamentais e enviar a
DNT/DPPFs.

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4o Ano UR
Orçamento do Estado

Redistribuição Orçamental
Não são permitidas redistribuições de dotações
orçamentais entre grupos agregados de despesa, nas tabelas
de despesas de funcionamento.
Ex: Da CED 112000 >Ø> 122000
No grupo agregado de Despesa com o Pessoal” não é
permitida a redistribuição de dotações das rúbricas de
“Salários e remunerações” para “Demais despesas com o
pessoal”, sendo admissíveis apenas o inverso.
Ex: Da CED 11100 >Ø>112000; Da CED 112000 >>
111000

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4o Ano UR
Orçamento do Estado

Limites de Redistribuições

Para um mesmo órgão ou instituição podem ocorrer


apenas seis redistribuições, sendo três para as despesas de
funcionamento e três para a componente interna das
despesas de investimento, devendo ser efectuadas até 31 de
Outubro do corrente exercício económico.

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4o Ano UR
PRINCIPIOS DAS DESPESAS

Docente: Msc, Marcelino Mocola, C/A, CP


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4o Ano UR
Princípios Fundamentais na Realização da Despesa

Observância integral das normas legais vigentes


Legalidade

Minimização dos custos


Economia

Maximização dos resultados


Eficiência

 Obtenção dos resultados pretendidos com a


medida adoptada;
Eficácia  Maximização do seu Impacto no
08/04/2024 desenvolvimento Economico
Docente: Msc, Marcelino Mocola, C/A, CP e Social. 31
4o Ano UR
Princípios Fundamentais na Realização da Despesa

Legalidade

Nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada


sem que, sendo legal, se encontre inscrita devidamente no
OE aprovado, tenha cabimento na correspondente verba
orçamental e seja justificada quanto a sua economicidade,
eficiência e eficácia;

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4o Ano UR

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