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Aula 09

Noções de Administração p/ ANVISA (Técnico Administrativo) - Com videoaulas

Professores: Rodrigo Rennó, Tulio Gomes

04491090386 - Adriana Vasconcelos Araújo


Noções de Administração Pública p/ Técnico da Anvisa
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 09

Aula 9: Noções de Administração Financeira e


LAI

Olá pessoal, tudo bem?


Nessa aula, iremos cobrir os seguintes tópicos:

 Noções de administração financeira. Acesso à informação: Lei


nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e Decreto nº 7.724,
de 16 de maio de 2012.
Espero que gostem da aula!

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Sumário
Administração Financeira e Orçamentária. ....................................................... 3
O Ciclo de Gestão ............................................................................... 3
O Plano Plurianual - PPA .................................................................... 4
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO .................................................. 10
Lei Orçamentária Anual – LOA ........................................................... 17
Orçamento Fiscal ........................................................................... 18
Orçamento da Seguridade Social .......................................................... 19
Orçamento de Investimentos das Empresas .............................................. 20
Período administrativo e exercício financeiro ............................................... 21
Ciclo Orçamentário ........................................................................ 21
Análise e Controle do Processo de Orçamento .............................................. 25
Princípios Orçamentários ..................................................................... 27
Princípio da Unidade ou Totalidade ....................................................... 27
Princípio da Universalidade ............................................................... 28
Princípio da Anualidade ................................................................... 28
Princípio da Exclusividade ................................................................ 28
Princípio do Orçamento Bruto ............................................................. 29
Princípio da Legalidade .................................................................... 29
Princípio da Publicidade ................................................................... 29
Princípio da Não-Vinculação da Receita de Impostos ................................... 30
Princípio do Equilíbrio ..................................................................... 31
Princípio da Discriminação ................................................................ 31
Lei e Decreto de Acesso à Informação (Decreto nº 7.724/2012 e Lei nº 12.527/2011). ..... 32
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Acesso às Remunerações – debate ........................................................... 40


Regulamentação da LAI na Prefeitura de São Paulo ........................................ 40
Questões Comentadas ........................................................................... 43
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 72
Gabaritos. ........................................................................................ 87
Bibliografia ...................................................................................... 87

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Administração Financeira e Orçamentária.

O Ciclo de Gestão

O ciclo de gestão é o processo de planejamento e orçamento público.


Este processo é formado por três instrumentos principais, estipulados pela
Constituição Federal de 1988: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.
Este processo foi instaurado pela CF/88, com a criação do Plano
Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, o
Estado brasileiro buscou aliar os objetivos de longo prazo com as ações de
curto prazo.
Desta forma, com estes instrumentos, passou a existir uma
integração entre a figura do planejamento governamental e a do
orçamento1. Antes da CF/88, cada ente definia seus instrumentos de
planejamento.
Portanto, não existia uma obrigação de que os entes se planejassem
a médio e longo prazo. Esta obrigatoriedade do planejamento nas diversas
esferas de poder público somente aconteceu com a nova Constituição
Federal2.
Continuando, o processo orçamentário, apesar de conter etapas
diferenciadas, deve ser coordenado e integrado para que possa funcionar.
Veja que a própria CF/88 menciona em seu artigo n° 165 estes
instrumentos de forma conjunta:
“Art. 165.
Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
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III - os orçamentos anuais.”


Desta forma, cabe ao Poder Executivo dos entes (União, Estados
e Municípios) a iniciativa de propor as leis orçamentárias. Assim
sendo, vamos ver em detalhes cada um destes instrumentos abaixo.

1
(Mendes, 2010)
2
(Giacomoni, 2010)

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O Plano Plurianual - PPA

O Plano Plurianual (PPA) é o principal instrumento governamental de


médio e longo prazo. Com este instrumento, busca-se instituir o
planejamento da gestão dos recursos em toda a administração pública.
O PPA, de acordo com a CF/88, deve ser feito de modo a estabelecer
as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal,
de modo regionalizado, para as despesas de capital e outras dela
recorrentes, além das despesas relativas aos programas de duração
continuada. Veja abaixo o trecho da CF/883 que se refere ao PPA:
“§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. ”
Portanto, um dos primeiros conceitos é o que indica a forma
regionalizada. O PPA deve ser feito levando-se em conta as diferenças
entre as diversas regiões.
No caso do governo federal, as diferenças entre as regiões mais
debilitadas economicamente e as mais avançadas devem ser atacadas. O
Nordeste, por exemplo, deve ter um tratamento diferenciado ao fornecido
ao Sudeste.
Desta forma, busca-se um crescimento mais homogêneo e
sustentável de nosso país. Este é inclusive um dos objetivos da Constituição
Federal, ou seja, de reduzir as desigualdades sociais.
Veja como este ponto é descrito no Manual de Elaboração do PPA de
2008/20114:
“O desenvolvimento do Brasil tem sido
territorialmente desigual. As diversas regiões
brasileiras não possuem as mesmas condições para
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fazer frente às transformações socioeconômicas em


curso, especialmente aquelas associadas ao
processo de inserção do país na economia mundial.
Assim, um grande desafio do planejamento é
promover, de maneira integrada, oportunidades de
investimentos que sejam definidas a partir das
realidades regionais e locais, levando a um

3
Constituição Federal, Art.°165, Inciso 1°
4
(Brasil, 2007)

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desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas


regiões do país.
Nesse sentido, as políticas públicas devem ser
pensadas tendo em vista a organização do território
e o atendimento das demandas de forma mais
equilibrada no longo prazo, visando prover os
territórios de infra-estrutura social e econômica e
de capacidade de inovação, contribuindo para a
redução das desigualdades inter e intra-regionais.
Tais mudanças são estruturais e demandam um
amplo horizonte de tempo e perseverança para se
concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas
na perspectiva do planejamento de longo prazo. O
papel do Plano Plurianual nesse contexto é o de
implementar o necessário elo entre o planejamento
de longo prazo e os orçamentos anuais. O
planejamento de longo prazo encontra, assim, nos
sucessivos planos plurianuais, as condições para
sua materialização. ”
Nos planos dos estados e municípios, cada ente deve definir suas
próprias regiões, de modo a definir o PPA de acordo com as características
do território de cada um. Mesmo dentro dos estados mais ricos (São Paulo,
por exemplo), existem áreas menos desenvolvidas que devem ser
priorizadas.
Desta maneira, um estado pode definir suas regiões de acordo com
um agrupamento de cidades, de acordo com as mesorregiões definidas pelo
IBGE ou outra forma de regionalizar seu território5.
Assim sendo, a preocupação principal no caso do PPA são os
investimentos. Este item está claro quando a CF menciona as despesas
de capital. Neste caso, são despesas que contribuem diretamente para a
formação ou aquisição de um bem de capital.
Seriam, portanto, as diversas obras públicas (como a construção de
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um hospital, de um aeroporto, etc.), a compra de equipamentos, as


inversões financeiras e as amortizações de dívidas. Entretanto, o fator novo
nesta constituição foi a preocupação com as despesas decorrentes das
despesas de capital.
Os governos, em geral, sempre se preocupam com os investimentos.
Isto ocorre, pois estes são muito visíveis e geram uma percepção na
população de que o governante é um executor e seu governo é eficiente.
Pense você: quantas vezes você viu um político inaugurando uma obra?
Imagino que diversas vezes.

5
(Giacomoni, 2010)

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Mas você já viu algum político fazer um discurso quando a pintura de


uma estrada ou de um hospital é retocada? Acho pouco provável, não é
mesmo?
Assim sendo, constrói-se uma escola, mas não se fazem as
necessárias provisões para as despesas que serão exigidas quando a escola
fique pronta.
Deste modo, a escola fica pronta e não existem verbas para a
contratação de professores e compra de materiais. Ou ainda, a escola não
recebe mais nenhuma manutenção (como pinturas e consertos elétricos)
tendo sua vida útil reduzida.
Portanto, a CF/88 buscou coibir este tipo de comportamento,
estipulando que estas despesas também sejam consideradas no PPA. Desta
forma, deve existir uma visão mais realista do impacto de cada
investimento nas despesas do ente.
Outro ponto importante são os programas de duração
continuada. Estes são definidos como os programas relacionados à
prestação de serviços à comunidade que ultrapassem dois exercícios
financeiros.

O PPA se relaciona com


Dica: o DOM (Diretrizes,
Objetivos e Metas)
Mas afinal, o que são estas Diretrizes, Objetivos e Metas?
As diretrizes são orientações que norteiam as medidas que o
governo utilizará para poder alcançar os seus objetivos. São normas gerais
que “mostram o caminho” que deverá ser seguido nos quatro anos de
vigência do PPA6. 04491090386

Já os objetivos são os alvos a serem atingidos7. Desta forma, cada


programa que é incluído no PPA tem seu objetivo especificado, que seja
possível de ser mensurado, ou seja, medido. Portanto, devem conter seus
indicadores e metas que possibilitem o monitoramento e a avaliação dos
resultados associados aos programas e às políticas governamentais.

6
(Mendes, 2010)
7
(Paludo, 2010)

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Assim sendo, as metas são os desdobramentos dos objetivos. Estas


devem ser sempre quantificáveis, de modo que possam servir para a
avaliação do desempenho dos programas.
O Plano Plurianual tem a duração de quatro anos, sendo que sua
vigência se inicia no segundo ano do mandato do Presidente da República
(ou do governador e dos prefeitos) e termina no final do primeiro ano do
mandato subsequente. Ou seja, o PPA não coincide com o mandato
presidencial, mas tem a mesma duração – quatro anos.
Veja o texto da Constituição Federal (ADCT) que menciona os prazos
relacionados ao PPA8:
“§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar
a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até
o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subsequente, será
encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa; ”
Desta forma, no seu primeiro ano de mandato, o Presidente estará
cumprindo o PPA que o seu antecessor propôs. Assim, o PPA de 2012 a
2015 do governo da presidente Dilma tem validade até o primeiro ano do
próximo mandato presidencial (que, neste caso, é executado pela mesma,
uma vez que ela foi reeleita).
Desta forma, veja que o chefe do executivo (presidentes,
governadores e prefeitos) pode sim executar todo o PPA. Para isso, basta
que ele seja reeleito e cumpra dois mandatos, não é verdade?
Pela CF/88, como vimos no texto supracitado, o chefe do Poder
Executivo deverá encaminhar o projeto de lei do PPA ao Congresso Nacional
até quatro meses antes do encerramento do exercício (portanto, na data
de 31 de agosto).
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Além disso, o projeto deverá ser devolvido para sanção do Presidente


até o encerramento da sessão legislativa (que ocorre em 22 de dezembro).
Os outros entes federados (estados e municípios) poderão definir outras
datas, de acordo com as características de cada ente9.
O PPA 2012-2015 inovou no método de elaboração. Houve uma troca
de estrutura e conceitos relacionados, principalmente, com a finalidade de
elaborar um plano que corresponda mais com a realidade do país, isto é,

8
Constituição Federal de 1988, ADCT: Art. 35.
9
(Giacomoni, 2010)

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com políticas públicas necessárias à sociedade e mais próximas da


capacidade de implantação pelo governo.
Dessa forma, o PPA 2012-2015 tinha como prioridade a busca de
políticas públicas de longo prazo, com o fortalecimento da visão estratégica
do plano.
Vejamos as diretrizes do PPA 2012-2015 no gráfico abaixo:

Diretrizes PPA 2012-2015:


A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades
sociais, regionais, étnico-raciais e de gênero;
A ampliação da participação social;
A promoção da sustentabilidade ambiental;
A valorização da diversidade cultural e da identidade nacional;
A excelência na gestão para garantir o provimento de bens e serviços
à sociedade;
A garantia da soberania nacional;
O aumento da eficiência dos gastos públicos;
O crescimento econômico sustentável; e
O estímulo e a valorização da educação, da ciência e da tecnologia.

Figura 1. Diretrizes PPA.

Segundo a mensagem presidencial, no PPA 2016-2019, “não foram


realizadas alterações significativas quanto a sua estrutura e conceitos. As
mudanças concentraram-se em dois pontos. O primeiro foi reforçar o
caráter estratégico do plano, estruturando-o em uma dimensão
estratégica, contendo uma Visão de Futuro e um conjunto de eixos e
diretrizes estratégicas. 04491090386

(...)
O segundo ponto teve como foco qualificar o conteúdo dos
programas temáticos, que passam a expressar com maior clareza as
escolhas estratégicas para cada área por meio de seus objetivos e
respectivas metas, que por sua vez destacam de forma concisa as entregas
mais relevantes e estruturantes para a implementação das políticas
públicas”.
Vale salientar um aspecto importante no PPA 2016-2019:
participação social. Essa participação não se deu apenas como uma
diretriz para as políticas públicas. Ela foi mais abrangente, pois esteve
presente na fase de elaboração e de planejamento por meio de canais
como, encontros presenciais e interatividade em canais virtuais.

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A sociedade continuará atuando constantemente durante a


implementação do Plano, monitorando-o e avaliando-o, ok?
A Dimensão Estratégica do PPA 2016-2019 baseia-se em quatro
pontos: Visão de Futuro, Cenário Macroeconômico, Eixos Estratégicos e
Diretrizes Estratégicas. Na primeira dimensão, observa-se uma afirmação
da vontade da coletividade, de forma clara e exequível. Na segunda, busca-
se mudanças por meio da construção e solidificação de um modelo de
desenvolvimento com inclusão social.
Quanto à terceira dimensão, o PPA 2016-2019 relembra o dever com
o desenvolvimento econômico e social, por meio da diminuição da
desigualdade e criação de amplas oportunidades, representado por quatro
eixos estratégicos que são:

 Educação de qualidade como caminho para a cidadania e o


desenvolvimento social e econômico;
 Inclusão social e redução de desigualdades, com melhor
distribuição das oportunidades e do acesso a bens e serviços
públicos de qualidade;
 Ampliação da produtividade e da competitividade da economia,
com fundamentos macroeconômicos sólidos, sustentabilidade e
ênfase nos investimentos públicos e privados, especialmente
em infraestrutura;
 Fortalecimento das instituições Públicas, com participação e
controle social, transparência e qualidade na gestão.
Por último, tem-se a quarta dimensão que possui relação com
algumas diretrizes norteadoras, como, por exemplo:

 Combate à pobreza e redução das desigualdades, promovendo


o acesso equitativo aos serviços públicos e ampliando as
oportunidades econômicas no campo e na cidade.
 Promoção da qualidade e ampliação do acesso à educação com
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equidade, articulando os diferentes níveis, modalidades e


sistemas, garantindo condições de permanência e aprendizado
e valorizando a diversidade.
 Promoção do emprego e do trabalho decente, com garantia de
direitos trabalhistas, qualificação profissional e o fortalecimento
do sistema público de emprego.
 Garantia de acesso universal aos serviços de atenção básica e
especializada em saúde, com foco na integralidade e qualidade
do atendimento e no fortalecimento do sistema único de saúde
- sus.

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 Garantia de acesso da população ao sistema previdenciário,


com qualidade e equidade no atendimento e melhoria da
gestão, contribuindo para a sustentabilidade do sistema.
 Garantia de acesso com qualidade aos serviços de assistência
social, por meio da consolidação do sistema único de
Assistência social - sus.
 Garantia do direito humano à alimentação adequada e
saudável, com promoção da soberania e da segurança
alimentar e nutricional.
 Promoção da igualdade de gênero e étnico-racial e superação
do racismo, respeitando a diversidade das relações humanas.
 Promoção do desenvolvimento rural sustentável, visando a
ampliação da produção e da produtividade agropecuária, com
geração de emprego, renda, divisas e o acesso da população
rural aos bens e serviços públicos.
 Promoção do direito à comunicação e à inclusão digital,
ampliando o acesso à Internet banda larga e expandindo a
oferta de serviços e conteúdos de telecomunicações.
 Promoção da conservação, da recuperação e do uso sustentável
dos recursos naturais.
 Promoção do desenvolvimento cultural e artístico e acesso à
cultura, com valorização da diversidade e fortalecimento da
economia da cultura.
 Promoção do desenvolvimento econômico, melhoria do
ambiente de negócios e da concorrência, com justiça fiscal e
equilíbrio das contas públicas.

Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO 04491090386

A LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias foi criada pela CF/88 para


que se tornasse uma ligação entre o plano estratégico determinado pelo
PPA e o plano operacional, relacionado à Lei Orçamentária Anual – LOA.
Antes de sua criação, ficava muito difícil incorporar as diretrizes
estratégicas na Lei Orçamentária Anual10. Portanto, a LDO veio suprir uma
lacuna nesta orientação da LOA em relação ao planejamento estratégico do
governo.

10
(Mendes, 2010)

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Conforme Giacomoni, a LDO foi uma inovação importante no sistema


orçamentário brasileiro. De acordo com o autor11:
“a LDO representa uma colaboração positiva no
esforço de tornar o processo orçamentário mais
transparente e, especialmente, contribui para
ampliar a participação do Poder Legislativo no
disciplinamento das finanças públicas.
Efetivamente, da maneira como são estruturados
os orçamentos brasileiros, apenas a tramitação
legislativa da proposta orçamentária anual tende a
não ensejar, ao legislador, o conhecimento da real
situação das finanças do Estado, pois essa visão-
síntese é obscurecida pela atenção que é concedida
à programação detalhada que caracteriza as
autorizações orçamentárias, na forma de uma
miríade de créditos e dotações.”
Desta forma, a LDO veio encadear este processo de planejamento
com o orçamento, pois ela indica, para a elaboração da LOA, quais
são os programas prioritários.
De acordo com a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias deve12:
“§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. ”
Desta maneira, a LDO, pela Constituição, deverá conter os seguintes
aspectos: 04491090386

11
(Giacomoni, 2010)
12
Constituição Federal de 1988. Art. 165.

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Orientará a
elaboração da
LOA
Disporá sobre as
Despesas de
alterações na
Capital para o
legislação
próximo ano
tributária

Estabelecerá a
política de
Metas e
Prioridades LDO aplicação das
agências de
fomento

Figura 2 - Aspectos Constitucionais da LDO

Assim sendo, a LDO definirá as metas e prioridades que deverão


ser observadas no momento da elaboração da LOA. Desta maneira, os
recursos orçamentários deverão ser distribuídos na LOA de forma que estas
metas e prioridades sejam atendidas.
Isto reforça o caráter orientador que a LDO tem sobre a LOA. Como
vimos no texto da CF/88, a LDO tem esta função. Portanto, a LOA deverá
seguir as orientações descritas na LDO.
Outro ponto importante é a disposição sobre as alterações na
legislação tributária. Entre outros fatores, os tributos afetam a atividade
econômica e tem a função de arrecadar recursos para a manutenção da
máquina pública.
Com isso, busca-se trazer o cenário de mudanças nesta legislação
para que sejam observados ou previstos os impactos que estas mudanças
trarão na economia como um todo e na arrecadação do Estado.
Outra preocupação referente a estes impactos econômicos verifica-
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se na definição da política de aplicação das agências de fomento. Estas


agências de fomento (como o BNDES) executam investimentos de grande
vulto. Portanto, estes investimentos devem ser monitorados, pois
impactam fortemente o cenário econômico13.

13
(Mendes, 2010)

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a LDO se relaciona com as


Dica: MP´s (Metas e
Prioridades)

Cabe aqui um aviso: as bancas de concurso “adoram” embaralhar


os conceitos do PPA e da LDO! Veja você que, apesar da LDO ter diretrizes
em seu nome, quem estabelece as diretrizes é o PPA.
Portanto, veja abaixo o gráfico para nunca mais esquecer:

PPA LDO
DOM MP

Diretizes, Objetivos e
Metas e Prioridades
Metas

Figura 3 - PPA e LDO

Continuando, o projeto da LDO deve ser encaminhado pelo Executivo


ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril do ano anterior. Entretanto,
este deve ser devolvido ao Executivo até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa, que ocorre no dia 17 de julho. Enquanto não
for aprovada, não se poderá interromper a sessão legislativa.
Pessoal, embora a LDO (aprovada até o fim do primeiro período
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legislativo) sirva para orientar a elaboração da LOA no semestre seguinte


(que vigorará no ano subsequente), isto é, com vigência total superior a
um ano, uma parcela da doutrina ressalta que a LDO apresenta vigência de
um ano.
Para Paludo, a LDO será encaminhada ao Congresso Nacional até o
dia 15 de abril de cada ano. Embora sendo encaminhada periodicamente a
cada ano, a sua vigência é superior a um exercício, ou seja, desde a
sua aprovação até o final do exercício seguinte.
Bom, agora veremos que a LDO teve várias mudanças com a
“famosa” Lei de Responsabilidade Fiscal14. A LRF incluiu diversas atribuições

14
Lei Complementar n° 101/2000

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e funções à LDO. De acordo com Nascimento e Debus15, a LRF trouxe como


novas atribuições da LDO, entre outras:
 dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas;
 estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na
ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo
a comprometer as metas de resultado primário e nominal previstas
para o exercício;
 dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos
programas financiados pelo orçamento;
 disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e
privadas;
 quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à redução do
montante da dívida e das despesas com juros;
 estabelecer limitações à expansão de despesas obrigatórias de
caráter continuado.
Veja o texto original da LRF abaixo:
“Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá
o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
b) critérios e forma de limitação de empenho,
a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b
do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do
§ 1o do art. 31;
...
e) normas relativas ao controle de custos e à
avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
f) demais condições e exigências para
transferências de recursos a entidades públicas e
privadas;”
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A LRF ainda inseriu dois anexos que devem integrar a LDO: o


Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais. Vamos ver agora
cada um deles em detalhes.
O Anexo de Metas Fiscais deverá estabelecer, segundo a LRF,
metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da
dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois
seguintes.

15
(Nascimento & Debus)

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Além disso, deverá analisar se as metas do ano anterior foram


cumpridas, ou seja, deve-se fazer uma avaliação do desempenho do ano
anterior.
Após isso, a LRF determina que deve existir um demonstrativo das
metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos
três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as
premissas e os objetivos da política econômica nacional.
Desta forma, busca-se criar um mecanismo de controle, pois se a
toda hora mudarmos a metodologia de cálculo, ficará extremamente difícil
fazer qualquer análise de uma situação, não é mesmo?
Este era um “subterfúgio” comum dos governos anteriores, que
faziam mudanças nos métodos de cálculo e nos parâmetros de controle, de
maneira que fosse extremamente difícil se fazer uma avaliação do
desempenho de seus governos.
O Anexo de Metas Fiscais também deverá conter a evolução
do patrimônio líquido, nos últimos três exercícios, destacando a origem
e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos.
Desta maneira, procura-se analisar como o patrimônio do Estado se
comportou. Assim sendo, ficaria evidenciada uma excessiva venda de
ativos do ente, sem a respectiva aplicação destes recursos em outra área
importante.
Outra preocupação deste instrumento é com os regimes de
previdência e do FAT. Antigamente, muitos governos não utilizavam estes
recursos para o fim especificado16.
Agora, a LRF especifica que deverá existir uma avaliação da situação
financeira e atuarial dos regimes geral de previdência social e próprio dos
servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador e dos demais
fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial17.
Além disso, devem ser reconhecidas e estimadas todas as
renúncias de receitas próprias dos entes. Outra preocupação é com a
04491090386

expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado. Desta forma,


deve-se ter em mente o bom comportamento das finanças públicas no
longo prazo, evitando-se criar uma situação de insolvência para o próximo
governante.
Outro instrumento importante é o Anexo de Riscos Fiscais. De
acordo com a LRF:
“§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá
Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os

16
(Nascimento & Debus)
17
Lei Complementar n° 101/2000

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passivos contingentes e outros riscos capazes


de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se
concretizem. ”
Portanto, neste documento, devem estar previstos os possíveis
riscos ao bom desempenho fiscal, ou seja, todos os principais
acontecimentos que poderiam prejudicar o desempenho das contas
públicas.
Desta forma, qualquer possível despesa importante deve ser
mencionada. Imagine uma ação na justiça contra o estado do Rio de Janeiro
(por exemplo) em que milhares de contribuintes estejam questionando
uma determinada cobrança. Se estes contribuintes saírem vitoriosos, o
estado do RJ terá uma despesa excepcional, não é mesmo?
Logo, o estado do RJ terá de mencionar, neste Anexo de Riscos
Fiscais, esta ação judicial, avaliando o possível impacto de uma derrota.
Desta maneira, as providências a serem tomadas nestes casos (de derrota)
deveriam ser especificadas.
Dentre os outros riscos, podemos citar:
Riscos fiscais orçamentários, como, por exemplo, o risco de a receita
prevista ser ou não realizada.
Riscos fiscais da Dívida, como, por exemplo, a variação da inflação,
cambial e taxa de juros.
Veja, no gráfico abaixo, os dois anexos que integram a LDO:

Anexo de Anexo de
Metas Riscos
Fiscais Fiscais
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LDO
Figura 4 - Anexos na LDO

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Lei Orçamentária Anual LOA

A Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito. Nesta


Lei, o poder público estima as receitas e fixa a realização de despesas.
Desta maneira, a LOA cumpre ano a ano as etapas do PPA, em
conformidade com as determinações da LDO18.

a LOA apenas prevê (ou estima) as

Dica: receitas, pois estas dependerão do


comportamento da economia.
As despesas é que são fixadas!

A LOA é o instrumento que define como os recursos serão utilizados


durante um ano pelo poder público. Desta maneira, nenhuma despesa
poderá ser efetuada se não estiver autorizada na LOA ou por lei, em
forma de créditos adicionais19.
Assim sendo, a LOA especifica quais serão as despesas de modo
detalhado. Portanto, atua no plano operacional, mas seguindo as
determinações da LDO e do PPA (plano estratégico).
Na verdade, um termo mais preciso seria autorização de despesas
(ao contrário de fixação de despesas). Isto acontece porque as despesas
podem ser revistas no decorrer do ano. Portanto, pode ser que alguma
despesa não seja mais necessária, ou que as receitas não estejam sendo
realizadas, de modo que algum corte seja necessário.
A competência para iniciativa do projeto de lei em matéria
orçamentária é do Poder Executivo. Desta maneira, o projeto da LOA
deve ser enviado pelo Presidente para o Congresso Nacional até o dia 31
de agosto do ano anterior, e deve ser aprovado pelo Legislativo até a data
final da sessão legislativa (que ocorre no dia 22 de dezembro).
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Pessoal, a proposta orçamentária (projeto de LOA) que o Poder


Executivo encaminhará ao Poder Legislativo será acompanhada de:
I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação
econômico-financeira, documentada com demonstração da dívida fundada
e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros
compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política
econômico-financeira do governo; justificação da receita e despesa,
particularmente no tocante ao orçamento de capital;

18
(Mendes, 2010)
19
(Paludo, 2010)

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II - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita


e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, a Lei Orçamentária
Anual deverá conter três orçamentos:
“Art, 165.
(...)
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da
União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das
empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social,
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta,
bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público. ”
Desta forma, vamos analisar cada um deles abaixo:

Orçamento Fiscal

Este orçamento é o principal dos três orçamentos e engloba não só a


administração direta, mas também a administração indireta (como as
autarquias, fundações e algumas empresas públicas e sociedades de
economia mista)20.
Desta maneira, neste orçamento, estão relacionadas as ações de
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governo propriamente dito, mais as receitas e despesas relativas às


autarquias e fundações (que normalmente recebem poucas receitas
próprias e, portanto, dependem dos recursos do ente criador). Além disso,
entram neste orçamento as receitas e despesas das empresas
dependentes.
Aqui cabe trazer alguns conceitos importantes para vocês. Uma
empresa controlada é qualquer empresa em que o ente público tenha a
maioria das ações com direito a voto. Desta forma, o ente então controla

20
(Giacomoni, 2010)

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as principais decisões da empresa. Entretanto, dentro desta categoria,


temos dois tipos: as empresas dependentes e as não-dependentes.
Uma empresa dependente é uma sociedade em que o ente
controlador necessita aportar recursos para que ela se mantenha. Ou seja,
como o próprio nome diz: a empresa não caminha com as “próprias
pernas”.
Assim sendo, depende do controlador (a União, os estados, etc.) para
suas despesas de custeio em geral (despesas de pessoal, despesas
administrativas, etc.) e para as despesas de capital (investimentos).
As únicas exceções (que não são consideradas despesas para
“manter a empresa rodando”) são as despesas de capital oriundas do
aumento de participação acionária (que ocorre quando o ente aumenta sua
participação no total das ações).
Já uma empresa não-dependente não necessita do ente
controlador para suas despesas comuns. Desta forma, a Petrobrás, por
exemplo, é uma empresa controlada (pois a União detém a maioria das
ações com direito a voto), mas é uma empresa não-dependente, pois não
depende de recursos da União para se manter. Desta maneira, as despesas
da Petrobrás não estão incluídas no orçamento fiscal.
Este conceito de empresa dependente então é importante, pois estas
empresas estarão no orçamento fiscal. Já as empresas não-
dependentes só entrarão no orçamento de investimento das
empresas.

Orçamento da Seguridade Social

Conforme a Constituição Federal de 1988, o orçamento da seguridade


social inclui todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta e indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos
pelo poder público. 04491090386

Este orçamento tem a função de garantir que os direitos


constitucionais relacionados à saúde, à previdência e à assistência
social sejam atendidos. Cuidado, pois as bancas costumam colocar a
educação como parte desse orçamento, o que não é verdade, ok?
De acordo com Giacomoni21:
“trata-se de um orçamento de áreas funcionais, que
cobre todas as despesas classificáveis como de
seguridade social e não apenas as entidades e
órgãos da seguridade social.”

21
(Giacomoni, 2010)

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Desta forma, as despesas de um órgão público com seus pensionistas


e servidores inativos estão incluídas neste orçamento, pois se inserem no
contexto das despesas de seguridade social.

Orçamento de Investimentos das Empresas

Como vimos acima, as empresas não-dependentes não têm suas


receitas e despesas operacionais incluídas no orçamento fiscal. Estas
empresas sustentam-se sozinhas, sem a necessidade de ajuda financeira
do ente controlador.
Entretanto, o Estado necessita controlar e monitorar seus
investimentos. Isto ocorre por dois motivos principais: o primeiro é que
estes investimentos muitas vezes têm origem em recursos ou garantias do
poder público (como dividendos retidos, aumentos de capital, garantias de
financiamento, etc.).
O segundo motivo é que estes investimentos são indicadores do
comportamento destas empresas no crescimento econômico do país. Esta
programação de investimentos, portanto, dá uma sinalização à sociedade
das áreas e dos setores que estarão sendo ampliados pelas empresas
estatais.
Cabe aqui ressaltar, todos os investimentos efetuados pelas
empresas não-dependentes, independente da fonte de financiamento dos
recursos (públicos ou privados) deverão ser incluídos.
Por fim, o parágrafo 7º do artigo 165 da CF/88, dispõe que os
orçamentos fiscais e de investimentos das estatais compatibilizados
com o plano plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Percebam que
o orçamento da Seguridade Social não realiza essa função, ok? Não caiam
nesse tipo de pegadinha em provas, ok? 04491090386

Vamos praticar agora?


(CESPE – CORREIOS - ANALISTA) O plano plurianual é um
modelo de planejamento estratégico utilizado pelo governo
federal. Sua duração, por este motivo, coincide com o
mandato do presidente da República.

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Apesar da duração do PPA ser também de quatro anos, ele


não coincide com o mandato do Presidente da República (ou dos
governadores e prefeitos).
Ao assumir o mandato, o presidente recebe o PPA do ocupante
anterior e o executará em seu primeiro ano de mandato. O gabarito
é questão errada.

Abaixo podemos ver no gráfico os três orçamentos da LOA:

Orçamento
Fiscal

LOA
Orçamento Orçamento
de da
Investimento Seguridade
das Empresas Social
04491090386

Figura 5 - Lei Orçamentária Anual

Período administrativo e exercício financeiro

Ciclo Orçamentário

O exercício financeiro do orçamento tem o prazo de doze meses e


ocorre de 1° de janeiro a 31 de dezembro de cada ano, de acordo com o

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artigo n° 35 da Lei nº 4320/64. Entretanto, o ciclo orçamentário ultrapassa


em muito este prazo.
Antes de poder ser executado, o orçamento passa por diversas
etapas. Inicia-se com a elaboração do projeto de lei orçamentária, passa
pela apreciação do Poder Legislativo, a proposição de emendas e a votação
da lei pelo Congresso, a execução do orçamento e seu acompanhamento e
sua avaliação posterior.

Elaboração

Conforme artigo 165 da CF/88, as leis de iniciativa do Poder


Executivo estabelecerão: o plano plurianual; as diretrizes orçamentárias;
os orçamentos anuais.
A elaboração do projeto de lei inicia-se com a proposta de cada
Unidade Gestora. Assim, estas encaminham suas propostas ao órgão
setorial que então encaminha uma proposta consolidada ao órgão central
do sistema de orçamento e gestão (Secretaria de Orçamento Federal do
MPOG).
Este órgão central consolida as propostas de todos os órgãos e
poderes para elaborar a proposta de lei orçamentária, que deve estar de
acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Os demais poderes têm autonomia funcional e administrativa para
elaborar suas respectivas propostas. Mas, se estas não estiverem de acordo
com a LDO, o Poder Executivo fará os ajustes necessários antes de
consolidar o projeto de lei orçamentária22.
Se estes órgãos não apresentarem estas propostas no tempo
estabelecido na LDO, o Poder Executivo levará em consideração a proposta
do ano anterior.

04491090386

Aprovação

Após a elaboração, a proposta orçamentária deverá ser encaminhada


para a Comissão Mista Permanente de Orçamento do Congresso Nacional.
De acordo com o artigo n° 166 da CF/88, o projeto de lei relativo à
lei orçamentária será apreciado pelas duas casas do Congresso Nacional.
Assim, o legislativo examinará o projeto, efetuará emendas e deverá
aprovar a LOA.

22
(Gama, 2009)

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Atenção para um detalhe: o Presidente da República poderá enviar


mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos de
PPA, LDO e LOA enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da
parte cuja alteração é proposta, ok?

Execução

Após a aprovação da Lei Orçamentária – LOA, o Poder Executivo


publicará o quadro de detalhamento da despesa – QDD, com o
detalhamento dos créditos orçamentários relacionados com cada órgão.
Assim, cada órgão poderá executar o orçamento aprovado, desde os
empenhos necessários, as liquidações etc.
Pessoal, a execução orçamentária que antigamente era considerada
como autorizativo (com alguns itens impositivos), com a publicação da
Emenda Constitucional nº 86, de 17 de março de 2015, o rol de situações
impositivas foi ampliado.
O artigo 166 da CF/88 recebeu algumas emendas que comentaremos
agora.
As emendas individuais, aquelas de autoria de cada senador ou
deputado, ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida
(RCL) prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo.
Importante lembrar de que a metade deste percentual, ou seja, 0,6% (seis
décimos por cento), deve ser destinada a ações e serviços públicos de
saúde.
Percebam, agora, a primeira obrigação de execução orçamentária
inserida por meio da EC nº 85/2015: o §11 do artigo 166 da CF/88 dispõe
que se torna obrigatória a execução orçamentária e financeira das
programações a que se refere às emendas individuais, em montante
correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da RCL
04491090386

realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução


equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º
do art. 165.
Entretanto, se for verificado que a reestimativa da receita e da
despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado
fiscal estabelecida na LDO, o montante previsto de execução
obrigatória referente às emendas individuais poderá ser reduzido em até
a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das despesas
discricionárias.
Vale ressaltar que será realizada a transferência obrigatória da
União para a execução da programação prevista no §11 do artigo 166
da CF/88, (mencionada no parágrafo anterior) destinada a Estados, ao
Distrito Federal e a Municípios, independe da adimplência do ente

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federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da RCL para


fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal ativo e inativo dos entes
federativos. Isto significa que as transferências obrigatórias para a
execução orçamentária e financeira das programações a que se refere às
emendas individuais não serão afetadas, mesmo que o ente federativo
destinatário esteja inadimplente.
Atenção para mais um retalhe referentes às emendas individuais. As
programações orçamentárias referentes às emendas individuais ao projeto
de lei orçamentária não serão de execução obrigatória caso haja
impedimentos de ordem técnica.
Nesse caso, se ocorrer impedimento de ordem técnica, o empenho
de despesa que integre a programação observará as seguintes medidas:
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária,
o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Ministério
Público e a Defensoria Pública enviarão ao Poder Legislativo as
justificativas do impedimento;
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I,
o Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da
programação cujo impedimento seja insuperável;
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto
no inciso II, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei sobre o
remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término
do prazo previsto no inciso III, o Congresso Nacional não deliberar
sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do
Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
Após essa data final, as programações orçamentárias que tinham
execução obrigatória (em montante correspondente a 1,2% da RCL) pelo
fato de se referirem às emendas individuais deixam de ter execução
obrigatória devido aos impedimentos justificados.
Ainda sobre as emendas individuais, os restos a pagar poderão
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ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até


o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da RCL realizada no exercício
anterior.

Acompanhamento e Avaliação

Durante e após a execução orçamentária ocorre o necessário


acompanhamento e a avaliação das despesas e receitas orçamentárias.
O ideal é que este controle seja feito antes ou durante a execução,
mas o mais comum é que este controle seja feito somente após a execução
ter acontecido.

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Análise e Controle do Processo de Orçamento

O orçamento público é uma ferramenta fundamental para que o


Estado possa organizar-se para atender aos desejos e às necessidades da
população. Além disso, sem uma maneira de se evidenciar como os
recursos estão sendo destinados e para que áreas estão sendo alocadas,
dificilmente poderemos avaliar a atuação dos governos.
Dessa forma, um orçamento bem conduzido tem um efeito grande na
eficiência e na efetividade da máquina pública. Sem a previsibilidade dos
recursos necessários, nenhum órgão conseguirá ter um planejamento para
atender aos seus objetivos estratégicos.
Atualmente, o processo orçamentário brasileiro conta com alguns
problemas que reduzem a capacidade do Estado de adaptar sua atuação de
acordo com as mudanças na sociedade ou de acordo com uma mudança
em seus governantes (e suas plataformas de governo). A principal
característica é a rigidez orçamentária.
Isto quer dizer que os governantes não conseguem, em grande
medida, redirecionar a alocação de recursos de acordo com a plataforma
de governo ou com os anseios dos seus eleitores.
Ou seja, a maior parte do orçamento já “nasce carimbada”. Não
existe muita manobra para alteração dos recursos destinados. A parte
desvinculada (de livre utilização) é relativamente pequena. Normalmente,
não supera os 10% do orçamento23.
Essa rigidez foi construída com o passar do tempo. Os principais
fatores que causaram esse cenário foram24:

 Compromissos financeiros acumulados no passado;


 Direitos assegurados em lei a grupos sociais mais bem organizados;
 Regras que estabelecem os mecanismos de transferência de recursos
fiscais na Federação;
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 Garantias instituídas no tocante ao financiamento de determinados


programas governamentais (vinculações de receita).
Com a Constituição Federal de 1988, muitos direitos (como o acesso
gratuito à saúde e à educação) foram ampliados e os recursos para
financiar estes gastos reservados. A ampliação também do alcance da
previdência causou um grande aumento dos recursos públicos destinados
ao pagamento de aposentadorias e pensões.

23
(Cunha & Rezende, 2005)
24
(Cunha & Rezende, 2005)

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Finalmente, a dificuldade de se atrair empréstimos e financiamentos


externos e internos levaram os congressistas a instituir garantias legais em
relação ao pagamento destes credores. Tudo isso gerou um enrijecimento
do orçamento federal.
Uma tentativa da União para contornar essa situação foi a DRU
(Desvinculação da Receita da União). Através deste mecanismo, a
parcela das receitas disponíveis aumentou, de modo que o governo pudesse
alocar livremente recursos públicos.
De acordo com Cunha e Rezende25,
“Ao longo dos últimos anos, o fenômeno da rigidez
orçamentária vem-se constituindo em uma das
maiores preocupações dos governantes brasileiros.
Premidos pela necessidade de atender a
compromissos acumulados e garantir os direitos
legalmente instituídos, governantes e políticos
encontram grandes dificuldades para
satisfazes as demandas de seus eleitores”.
Como uma mudança nos direitos constitucionais seria muito difícil, o
setor em que existiria uma maior chance de melhora é o do custo da dívida
pública (interna e externa). Com o avanço do processo de estabilização
econômica pelo qual passamos, será possível uma redução nos juros pagos
por esta dívida.
Com juros mais baixos, o custo dessa dívida se reduzirá, aumentando
a parcela dos recursos públicos sem vinculação, ou seja, livres para
qualquer alocação.
Outro problema do nosso processo orçamentário é o seu caráter
incremental. Esse incrementalismo do orçamento ocorre porque o
orçamento do ano seguinte acaba sendo elaborado com base no orçamento
do ano anterior.
Com o aumento da democracia e da força do Poder Legislativo no
processo orçamentário, começaram a aparecer demandas diversas por
recursos públicos por parte da população em direção aos seus
04491090386

representantes no parlamento (pedindo novas creches, a recuperação de


estradas vicinais, a construção de quadras esportivas, etc.).
Finalmente, um aspecto dos mais nocivos no processo de
planejamento e orçamento é a prática do contingenciamento. Como as
receitas normalmente são superestimadas pelos parlamentares, esse
método é utilizado para garantir o equilíbrio entre as receitas e despesas.

25
(Cunha & Rezende, 2005)

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Entretanto, o contingenciamento dificulta o planejamento dos órgãos


públicos (pois estes não conseguem saber quando terão os recursos e quais
serão os recursos disponíveis). De acordo com Cunha e Rezende,
“Não obstante a necessidade de sustentar o
equilíbrio fiscal, o uso do contingenciamento como
salvaguarda da “saúde” orçamentária ao longo do
ano prejudica uma das principais “virtudes” do
orçamento público, qual seja, a sua utilização como
um instrumento de orientação para os agentes
públicos e privados”.
Dessa forma, o contingenciamento prejudica a oferta de serviços
públicos para a sociedade, além de dificultar uma estabilidade e uma
previsibilidade dos dispêndios governamentais nas diversas políticas
públicas.

Vamos praticar agora?


(FGV – SEFAZ-RJ – AUDITOR) O exercício financeiro terá a
duração de um ano e coincidirá com o ano civil, salvo nos
casos em que houver créditos adicionais. Nessa situação, o
exercício financeiro será estendido e poderá ultrapassar o
prazo de um ano.

O exercício financeiro coincide com o ano civil, mas não será


estendido nestes casos citados. O gabarito é questão errada.

Princípios Orçamentários
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Os princípios orçamentários visam estabelecer regras norteadoras


básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos
processos de elaboração, execução e controle do orçamento público26.
Vejamos os principais princípios orçamentários:

Princípio da Unidade ou Totalidade

26
(Secretaria de Orçamento Federal, 2015)

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O artigo 2º da Lei nº 4.320/64 expressamente previu esse princípio.


De acordo com ele, todas as receitas previstas e despesas fixadas devem
constar num único documento legal, a Lei Orçamentária Anual (LOA), em
cada exercício financeiro.
Dessa forma, garante-se que não existem vários orçamentos
distintos dentro de um mesmo ente federado.

Princípio da Universalidade

Esse princípio também consta expressamente no caput do art. 2º da


Lei nº 4.320/1964. Segundo o princípio da universalidade, a LOA de cada
ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os
Poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público.

Princípio da Anualidade

Também conhecido como Princípio da Periodicidade, é o terceiro


previsto de forma expressa no artigo 2º da Lei nº 4.320/64.
Esse princípio estipula que o exercício financeiro orçamentário
corresponderá ao período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas serão estabelecidas. Por fim, o artigo 34 da mesma
Lei dispõe que o exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Princípio da Exclusividade
04491090386

Este princípio foi previsto no parágrafo 8º do artigo 165 da CF/88,


senão vejamos:
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
(...)
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à

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fixação da despesa, não se incluindo na proibição


a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei”.

Dessa forma, esse princípio preza que a LOA deva referir-se apenas
à previsão de receita e à fixação de despesa. Entretanto, há uma ressalva
que é a abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, ok? Isso normalmente é
pegadinha de prova!

Princípio do Orçamento Bruto

Esse princípio está previsto no artigo 6º da Lei nº 4.320/64, senão


vejamos:
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da
Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções”.

Dessa forma, as despesas fixadas e as receitas previstas na LOA


deverão constar pelos valores totais e brutos, sendo proibidas as deduções.

Princípio da Legalidade

Esse é um princípio “básico” não é verdade? A partir dele extrai-se


que cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a
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lei expressamente autorizar.


Dessa forma, leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o
PPA, a LDO e a LOA.

Princípio da Publicidade

Mais um princípio considerado “básico”, estipulado para toda a


administração pública. Segundo esse princípio, após o orçamento ser
estabelecido por meio de lei, ele deverá sofrer publicidade, buscando a
transparência dos atos da administração.

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Princípio da Não-Vinculação da Receita de Impostos

Também conhecido como Princípio da Não-Afetação da Receita de


Impostos, ele está previsto na CF/99, senão vejamos:
“Art. 167. São vedados:
(...)
IV - a vinculação de receita de impostos a
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição
do produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de
saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, §2º, 212 e 37,
XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no art.
165, §8º, bem como o disposto no §4º deste artigo;
(...)
§4º É permitida a vinculação de receitas próprias
geradas pelos impostos a que se referem os arts.
155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts.
157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de
garantia ou contragarantia à União e para
pagamento de débitos para com esta”.

Dessa forma, de acordo com esse princípio, não se pode vincular a


receita proveniente dos impostos. No entanto, são permitidas algumas
exceções, como as relacionadas: à repartição do produto da arrecadação
dos impostos relativas aos Fundos de Participação dos Estados (FPE),
Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e Fundos de Desenvolvimento
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das Regiões Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO).


Do mesmo modo, é ressalvada a vinculação no caso de destinação de
recursos para as áreas de saúde e educação e do oferecimento de garantias
às operações de crédito por antecipação de receitas.
Apenas uma observação quanto ao tema. O princípio da não
vinculação da receita de impostos não está totalmente previsto na CF/88.
O que fora previsto na Carta Maior foram as suas ressalvas, que já citamos
acima, ok?

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Princípio do Equilíbrio

De acordo com Sanches, o princípio do equilíbrio27 é “princípio


orçamentário, de natureza complementar, segundo o qual, no orçamento
público, deve haver equilíbrio financeiro entre receita e despesa”.
Na mesma linha, Jund28 refere-se ao princípio do equilíbrio
orçamentário afirmando que seria um instrumento necessário ao
desenvolvimento da nação, devendo ser perseguido pelo gestor, pois parte
do pressuposto da boa economia doméstica, segundo o qual não se deve
gastar mais do que se arrecada, premissa reforçada com a publicação da
Lei de Responsabilidade Fiscal.

Princípio da Discriminação

Também conhecido como princípio da especialização, ou da


especificação, ele possui como principal finalidade um maior
acompanhamento e, portanto, controle, do gasto público.
Isso se dá devido à regra presente nos artigos 5º e 15º da Lei nº
4.320/64 que dispõe o seguinte:
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará
dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material,
serviços de terceiros, transferências ou quaisquer
outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.
(...)
Art. 15. Na Lei de Orçamento, a discriminação da
despesa far-se-á no mínimo por elementos”.
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Com isso, evita que não sejam concedidas autorizações


genéricas (e inclusão de dotações globais na LOA), já que tanto as
despesas, quanto as receitas devem ser discriminadas de modo a identificar
as origens dos recursos, assim como as suas destinações.

27
(Sanches, 2004)
28
(Jund, 2008)

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Lei e Decreto de Acesso à Informação (Decreto nº 7.724/2012 e


Lei nº 12.527/2011).

O acesso à informação pública está sendo uma revolução dentro da


relação entre o Estado e o cidadão. Naturalmente, o Estado só será um dia
“controlado” pelos cidadãos no momento em que estes tiverem em mãos
informações corretas e atuais sobre as atividades governamentais e seu
processo decisório.
O conceito republica postula que os cidadãos devem ter
informações sobre o funcionamento do Estado para poderem,
assim, fiscalizá-lo. E com esta fiscalização, irão cobrar mais e melhorar
a atuação deste Estado na promoção das políticas públicas.
A Lei de Acesso à Informação veio, portanto, dar uma ferramenta
a mais para que os cidadãos fiquem bem informados sobre as ações e
decisões tomadas no âmbito estatal.
Este movimento para alterar a condição do cidadão veio assegurar
e possibilitar o controle social estabelecido pela Constituição Federal
em 1988. De acordo com a CF/88, em seu artigo n° 5,
“Todos têm direito a receber dos órgãos
públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo
seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado. ”
Dessa maneira, a nova lei veio instrumentalizar um direito que já
estava expresso na Constituição Federal. De acordo com Abrucio29,
“A nova legislação não caiu do céu. A Lei de
Acesso à Informação é resultado de um
processo histórico, cujo marco inicial foi a
Constituição de 1988. A partir dela, novas
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instituições e direitos dos cidadãos foram


incorporados, nos últimos 20 anos, à vida política
brasileira. De forma gradual, órgãos de controle,
como Ministério Público, Tribunal de Contas da
União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU)
e, mais recentemente, uma Polícia Federal
renovada e autônoma, tornaram-se instrumentos
poderosos de fiscalização do poder público. ”

29
(Abrucio, 2012)

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Entretanto, esta lei deverá encontrar muitas barreiras e resistências


dentro da máquina estatal, pois deixará as claras as deficiências do setor
público na geração de informação e na tomada de decisão.
Um dos problemas que deverão ser enfrentados é a falta de
informações consolidadas sobre diversos aspectos das políticas públicas,
que são geridas por entes subnacionais.
Os estados mais pobres e, principalmente, os municípios não
contam com uma burocracia capacitada e qualificada para lidar com
estas novas demandas por informação que virão dos cidadãos.
Além disso, outra barreira importante será a falta de sistemas de
informação nestes entes para tratar, proteger e disponibilizar os dados
demandados pelos cidadãos de maneira rápida e eficiente.
Sem um sistema capacitado para tratar os dados, será muito
trabalhoso e lento o processo de disponibilizar as informações sobre o
funcionamento da máquina pública.
Mas este é um passo fundamental para que o relacionamento entre
o cidadão e o Estado passe para um plano superior e que a própria noção
de cidadania seja alterada em nossa sociedade. De acordo com Abrucio,
“O objetivo mais nobre da Lei de Acesso à
Informação: ser uma escola de cidadania para
a sociedade brasileira. Isso ocorrerá, em
primeiro lugar, com a abertura de um canal mais
eficaz para conhecer o que os governos fazem. Um
dos grandes problemas para controlar os
governantes, e depois exercer o mecanismo de
avaliação contido no voto, é que sabemos menos
do que deveríamos sobre a gestão das
políticas públicas”.
Assim, espera-se que o normativo avance na descoberta pela
população de como efetivamente funciona o Estado e como ele pode ser
melhorado. 04491090386

Com a entrada em vigor do Decreto 7.724/2012, já existe


regulamentação para a lei 12.527/2011, a LAI. Assim, os órgãos não
podem mais afirmar que não estão cumprindo a lei por falta de
regulamentação específica.
A regra é, portanto, de que a informação deve ser pública e
aberta a todos. A nova lei busca alterar a cultura do sigilo que é
predominante em muitas áreas do setor público.
Em uma cultura de segredo, a gestão pública é pautada pelo
princípio de que a circulação de informações representa riscos. Isto

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favorece a criação de obstáculos para que as informações sejam


disponibilizadas, devido a percepções incorretas do tipo30:

 O cidadão só pode solicitar informações que lhe digam respeito


direto;
 Os dados podem ser utilizados indevidamente por grupos de
interesse;
 A demanda do cidadão é um problema: sobrecarrega os
servidores e compromete outras atividades;
 Cabe sempre à chefia decidir pela liberação ou não da
informação;
 Os cidadãos não estão preparados para exercer o direito de
acesso à informação.
Mas as informações devem ser públicas. Com isto, devem estar
disponíveis nos meios mais acessíveis ao cidadão normal e em
linguagem simples, de modo que sirva para incrementar o controle
social. O novo paradigma deve ser o da cultura do acesso.
Em uma cultura do acesso, os agentes públicos têm consciência de
que a informação pública pertence ao cidadão e que cabe ao Estado provê-
la de forma tempestiva e compreensível e atender eficazmente às
demandas da sociedade. Forma-se um círculo virtuoso31:

 A demanda do cidadão é vista como legítima;


 O cidadão pode solicitar a informação pública sem
necessidade de justificativa;
 São criados canais eficientes de comunicação entre
governo e sociedade;
 São estabelecidas regras claras e procedimentos para a
gestão das informações;
Mas existem exceções, naturalmente. A Lei de Acesso a Informações
no Brasil prevê como exceções à regra de acesso os dados pessoais e as
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informações classificadas por autoridades como sigilosas32.


De acordo com a lei, os dados pessoais podem ser classificados
como restritos por até 100 anos, a contar de sua data de produção.
Estes dados seriam relacionados com a vida privada e a intimidade de
um indivíduo identificado ou identificável. Os dados sobre o pagamento de
pensões alimentícias, por exemplo, seria um caso de informação que deve
ser restrita.

30
(Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011)
31
(Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011)
32
Fonte: CGU

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Estes dados poderiam sempre ser acessadas pelos próprios


indivíduos, naturalmente. Além disso, os dados pessoais poderiam ser
acessados por terceiros, mas apenas nos casos excepcionais previstos na
Lei.
Já as informações sigilosas são aquelas em que a lei previu alguma
restrição de acesso, mediante classificação por autoridade competente,
visto que são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade
(à vida, segurança ou saúde da população) ou do Estado (soberania
nacional, relações internacionais, atividades de inteligência).
De acordo com a Lei de Acesso às Informações, estes prazos de
restrição serão os seguintes:

Tipo de Informação Prazo

25 anos, renovável uma


Ultrassecreta
única vez

Secreta 15 anos

Reservada 5 anos

Figura 6. Prazos estipulados nos tipos de informações

Vejam que a própria lei estabelece que a informação sigilosa fique


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neste estado por um tempo limitado. Deste modo, o estado natural da


informação pública é aberto e franqueado a todos os que desejem ter
acesso.
Além disso, a informação deve ter qualidade e ter sido coletada,
sempre que possível, na fonte. O órgão público tem um prazo para
responder ao pedido do cidadão. A resposta deve ser dada
imediatamente, se estiver disponível, ou em até 20 dias,
prorrogáveis por mais 10 dias33.

33
(Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011)

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Além disso, o pedido do cidadão não precisa ser justificado,


apenas deve conter a identificação do requerente e a especificação da
informação solicitada. O serviço de busca e fornecimento das informações
deve ser gratuito, a não ser que inclua cópias de documentos, que podem
ser cobradas.
Cabe lembrar que os órgãos públicos devem não só garantir o acesso
à informação, mas garantir que a informação não se perca e que mantenha
sua integridade. Além disso, deve garantir que as informações sigilosas
e pessoais sejam mantidas protegidas.
Estão submetidos à nova lei tanto a Administração Direta quanto a
Administração Indireta de todos os entes nacionais. Além disso, estão
também submetidos às entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam recursos públicos.
Um dos exemplos de iniciativas de disponibilização de informações
governamentais é a Carta de Serviços ao Cidadão, que tem como
objetivo estabelecer compromissos e padrões de qualidade de atendimento
ao público, pelos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal34.
Conforme o parágrafo único do artigo primeiro da LAI, todos os
órgãos da administração direta dos três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), assim como o Ministério Público, assim como a entidades da
Administração Indireta se submeterão ao disposto nesta Lei.
E, um pouco mais a frente, no artigo segundo, o rol de abrangência
aumenta, pois as entidades sem fins lucrativos, que recebem recursos
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres, também devem observam os comandos desta
Lei.
Aqui cabe apenas uma atenção: essas entidades citadas no parágrafo
anterior devem atentar à publicidade exigida pela Lei apenas no que toca
a parcela dos recursos públicos recebidos e nas prestações de contas a que
estejam legalmente obrigadas, ok?
Vocês devem se perguntar sobre os municípios com pouca população.
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Quais as suas obrigações referentes a este tema de divulgação imposta por


lei? Pois bem, o artigo 8o da LAI que trata sobre o dever dos órgãos e
entidades em divulgar as informações de interesses gerais, dispõe o
seguinte no quarto parágrafo:
“Art. 8o (...)
(...)
§4o Os Municípios com população de até 10.000
(dez mil) habitantes ficam dispensados da

34
(Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011)

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divulgação obrigatória na internet a que se refere o


§ 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em
tempo real, de informações relativas à execução
orçamentária e financeira, nos critérios e prazos
previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101,
de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade
Fiscal) ”.
Dessa forma, os municípios com população de até 10.000
habitantes não precisam divulgar na internet, isto é, em páginas
oficiais dos órgãos ou entidades da rede mundial de computadores,
informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou
custodiadas.
No entanto, continua obrigatório que se promova a divulgação de
informações relativas à execução orçamentária e financeira que a Lei de
Responsabilidade Fiscal impõe. Logo, com a finalidade de garantir a
transparência na gestão fiscal, fica mantida a divulgação dos seguintes
instrumentos, para os municípios com até 50.000 (cinquenta mil)
habitantes:

Planos, Orçamentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias;

Prestação de Contas e respectivo parecer prévio;

Relatório Resumido de Execução Orçamentária RREO;

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Relatório de Gestão Fiscal RGF.

Figura 7. Instrumentos de transparência na Gestão Fiscal

Pessoal, enfatizei, aqui, que essa obrigação seria para municípios de


até 50.000 mil habitantes porque estamos nos referindo a essa margem,
mas não se esqueçam de que tais imposições servem para os pequenos e
para os grandes municípios, ok?
Continuando a nossa aula, vocês devem ter em mente que essa LAI
também vincula seu comando aos princípios básicos da Administração

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Pública: Legalidade, Impessoalidade, Publicidade e Eficiência. Mas não só


isso, pois a Lei impõe observância às seguintes diretrizes:

Divulgação de
Publicidade como regra informações de
geral e o sigilo como interesse público,
exceção; mesmo que não seja
solicitado;

Uso de meios de
comunicação Incentivo à cultura de
viabilizados pela transparência na
tecnologia da administração pública;
informação;

Desenvolvimento do
controle social da
administração pública.

Figura 8. Diretrizes impostas pela LAI

Outro ponto observado na LAI é que a gestão transparente da


informação, assim como a garantia de sua disponibilidade e autenticidade
devem ser protegidas pelos órgãos e entidades do poder público. Da
mesma forma, os dados sigilosos e as informações pessoais devem ser
resguardados, com a garantia da integridade e autenticidade.
Vamos insistir um pouco mais sobre o tema do controle de dados
sigilosos? Quando o tema tratado for referente a projetos de pesquisa e
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desenvolvimento científicos ou tecnológicos, cujo sigilo seja


imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, o acesso a esse tipo
de informação fica restringido.
Agora, se for autorizado apenas acesso parcial à informação pelo fato
de ela ser considerada como parcialmente sigilosa, essa parte não
guardada pelo sigilo poderá ser acessada por meio de certidão, extrato ou
cópia, ocultando, claro, a parte sob sigilo.
Os órgãos e entidades podem negar o acesso a informações
solicitadas, desde que a negativa seja fundamentada e que se trate de
informações sigilosas ou parcialmente sigilosas. Uma vez que é direito do
requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por
certidão ou cópia.

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Caso contrário, isto é, se recusar fornecer informações ou retardar


propositalmente o fornecimento delas ou ainda fornecê-las
intencionalmente de forma incorreta, o responsável ficará submetido a
medidas disciplinares.
Lembrem-se de que não é permitido negar informação necessária à
tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Entretanto, o
que se pode fazer é negar informações protegidas por segredo de justiça
ou hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de
atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada
que tenha qualquer vínculo com o poder público.
Existem algumas formas de se assegurar o acesso a informações
públicas, como a criação de serviços de informações ao cidadão e a
realização de audiências ou consultas públicas, com incentivo à participação
popular.
Os serviços de informações devem ocorrer em locais bem adaptados
para atender e orientar o público. Devem, também, possuir meios
adequados para protocolizar documentos e requerimentos de acesso a
informações, bem como para informar adequadamente sobre a tramitação
de documentos.
O artigo décimo da LAI dispõe que qualquer interessado poderá
apresentar pedido de acesso a informações. No entanto, o pedido deve
ser feito por meio legítimo e deve apresentar a identificação do
requerente, assim como a especificação da informação requerida.
Pessoal, é fato que o requerente deve ser identificado, entretanto
esta identificação não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
E, também, fica proibido que se exija algo relativo aos motivos da
solicitação de informações que sejam de interesse público.
Quando uma informação for solicitada, o órgão ou entidade pública
deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação. No entanto,
todos sabem que, às vezes, o acesso imediato é impraticável.
Caso isso ocorra, o responsável terá um prazo de até vinte dias
(prorrogável por mais dez dias, conforme justificativa expressa) para
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informar um dos três caminhos a ser percorridos:

 Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,


efetuar a reprodução ou obter a certidão;
 Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
parcial, do acesso pretendido; ou
 Comunicar que não possui a informação, indicar, se for do
seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou,
ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade,
cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
informação.

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Como estamos na era digital, a informação dada pelo órgão ou


entidade poderá também ser armazenada neste formato. Caso isso venha
a ocorrer, o requerente, se concordar, poderá receber a informação
solicitada por este meio.

Acesso às Remunerações debate

Dentre os exemplos de informação que já estão disponíveis, temos


as informações relativas aos salários e vantagens recebidas pelos
servidores públicos.
O Governo Federal passou a disponibilizar, por exemplo, no Portal
da Transparência as informações relativas às remunerações dos
servidores do Poder Executivo Federal35.
As únicas exceções são os descontos de caráter pessoal, incidentes
sobre a remuneração, como pagamento de pensões e de empréstimos
consignados.
Estes dados não são exibidos por serem considerados informações de
natureza privada e, por isso, estarem protegidos de divulgação, de acordo
com a Lei de Acesso à Informação.
O acesso aos dados chegou a ser contestado por diversos sindicatos
e indivíduos na justiça, conseguindo inclusive algumas liminares. Mas o
Supremo Tribunal Federal tem entendido que a lei deve ser cumprida e o
próprio Poder Judiciário tem cumprido a lei, disponibilizando os valores
remuneratórios.

Regulamentação da LAI na Prefeitura de São Paulo

A Lei de Acesso à Informação foi regulamentada na cidade de São


Paulo pelo Decreto Nº 53.623, de 12 de dezembro de 2012 e pelos Decretos
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Nº 54.779/2014 e Nº 56.519/2015.
Dentre as regras criadas pelo decreto municipal, temos que as
informações serão classificadas por uma comissão, a Comissão Municipal
de Acesso à Informação.
Essa comissão será integrada pelos seguintes membros36:

35
Fonte: CGU
36
Fonte:
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.
asp?alt=17102015D%20565190000

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“Art. 52. A Comissão Municipal de Acesso à


Informação será integrada na seguinte
conformidade:

I – o Secretário do Governo Municipal;

II – o Secretário Municipal dos Negócios Jurídicos;

III – o Secretário Executivo de Comunicação;

IV – o Secretário Municipal de Finanças e


Desenvolvimento Econômico;

V – o Secretário Municipal de Gestão;

VI – o Secretário Municipal de Direitos Humanos e


Cidadania;

VII – o Controlador Geral do Município;

VII – 1(um) representante do Gabinete do Prefeito.


A Secretaria Executiva da Comissão Municipal de Acesso à


Informação ficará a cargo da Controladoria Geral do Município. Além disso,
compete à Controladoria Geral do Município37:
“I - Promover o treinamento dos agentes
públicos e, no que couber, a capacitação das
entidades privadas sem fins lucrativos, no que se
refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas
à transparência na Administração Pública;
II - Monitorar a implementação da Lei nº
12.527, de 2011, concentrando e consolidando a
publicação de informações estatísticas relacionadas
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no artigo 51;
III - Preparar relatório anual com informações
referentes à implementação da Lei nº 12.527,
de 2011, a ser encaminhado à Câmara Municipal;
IV - Monitorar a aplicação deste decreto,
especialmente o cumprimento dos prazos e
procedimentos;

37
Fonte:
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.
asp?alt=23012014D%20547790000

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V - Definir, em conjunto com a Secretaria do


Governo Municipal, diretrizes e procedimentos
complementares necessários à implementação da
Lei nº 12.527, de 2011”
Outra medida foi a instituição do Catálogo Municipal de Bases de
Dados – CMBD, que é de responsabilidade da Coordenadoria de Promoção
da Integridade – COPI, da Controladoria Geral do Município, em articulação
institucional com o Departamento de Produção e Análise de Informação –
DEINFO, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

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Questões Comentadas

1. (ESAF – CVM – ANALISTA – 2010) Nos termos da Constituição


Federal, é correto afirmar que:
a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento
fiscal, o orçamento de investimento das estatais e o orçamento
da seguridade social.
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o
encerramento de cada trimestre, relatório resumido da execução
orçamentária.
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital
para o exercício financeiro subsequente.
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem,
entre outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional.

A primeira alternativa está errada, pois o PPA tem status de lei


ordinária, e não de lei complementar. A letra B está fácil, pois é a LOA que
engloba estes orçamentos, não a LDO.
A letra C tem uma “pegadinha”, pois o RREO deve ser publicado a
cada bimestre e não trimestre. A letra D também tem uma pegadinha, pois
está trocando A LDO pelo PPA. Já a letra E está correta e é o nosso gabarito.

2. (ESAF – MPU – TÉCNICO – 2004) Afirma-se que a sequência das


etapas desenvolvidas pelo processo orçamentário é intitulada:
a) avaliação orçamentária
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b) ciclo orçamentário
c) aprovação orçamentária
d) execução orçamentária
e) elaboração orçamentária

Questão bem tranquila esta, não é mesmo? Como vimos, o ciclo


orçamentário se consiste das fases de elaboração da proposta, apreciação
e aprovação, execução e avaliação e acompanhamento. O gabarito é a letra
B.

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3. (ESAF – MTE - AUDITOR – 2010) Sobre o ciclo de gestão do


governo federal, é correto afirmar:
a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso
Nacional a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de
programação de despesa incompatível com o Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do
Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos
Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da
República, presume-se prorrogada por mais quatro anos a
vigência do Plano Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter
impositivo para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras
leis ordinárias.

A letra A está errada, pois as emendas só podem ser aprovadas se


compatíveis com o PPA. A opção B está errada, pois a LOA é de competência
privativa do chefe do poder executivo.
A letra C está também incorreta, pois o PPA não será prorrogado no
caso de reeleição. Mesmo que a pessoa ocupante do cargo não mude, outro
PPA deverá ser feito nos mesmos prazos previstos (início no segundo ano
do mandato e vigência até o primeiro ano do próximo mandato).
No caso da letra D, o orçamento no Brasil é, na sua maioria,
autorizativo, não impositivo. Ou seja, há recursos que não são executados
de modo obrigatório, podendo ser contingenciados e/ou cancelados. Mas
também, há execução orçamentária obrigatória, como nos casos de
emendas individuais, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e
dois décimos por cento) da RCL realizada no exercício anterior. Nas áreas
de defesa, diplomacia e fiscalização não se pode afirmar que possuem
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execução da LOA em caráter impositivo.


Já a letra E está perfeita. Todas estas leis são leis ordinárias, e não
complementares. O gabarito é, portanto, a letra E.

4. (ESAF – RFB - AUDITOR – 2009) A compreensão adequada do


ciclo de gestão do governo federal implica saber que:
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de
diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do
projeto de lei do plano plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.

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c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias


impede o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei
complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais
passou a integrar o plano plurianual.

A letra A está “facinha”, pois a LDO baliza a LOA, e não o PPA.


Questão incorreta. A letra B também está errada, pois o controle
normalmente é executado após a execução orçamentária (apesar do
controle também poder ser prévio e concomitante).
A letra C está correta. A não aprovação da LDO impede o início do
recesso parlamentar. Já a letra D está errada. Todas as leis do ciclo de
gestão (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias, e não complementares.
No caso da letra E, o orçamento de investimento das empresas
estatais faz parte da LOA. E, obviamente, não foi o PAC que levou este
orçamento a existir. Os investimentos das empresas estão refletidos no
PPA, mas não em forma de um orçamento detalhado. Assim, o gabarito é
mesmo a letra C.

5. (ESAF – MPOG - APO – 2008) O Plano Plurianual, a Lei de


Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual são
componentes básicos do planejamento governamental.
Identifique a única opção incorreta no que diz respeito ao
planejamento governamental.
a) O planejamento governamental estratégico tem como
documento básico o Plano Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e,
ainda, o orçamento das autoridades monetárias e das empresas
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financeiras de economia mista.


c) O planejamento governamental operacional tem como
instrumentos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do
Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de
metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente
dito e possui a denominação de LOA por ser a consignada pela
Constituição Federal.

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A primeira frase foi polêmica na época da prova, pois está escrito na


mensagem presidencial do PPA 2008-2011,
“o PPA é um instrumento de planejamento mediador
entre o planejamento de longo prazo e os
orçamentos anuais que consolidam a alocação dos
recursos públicos a cada exercício.”
Como o planejamento estratégico é relacionado com o planejamento
de longo prazo, ficou esta “confusão” entre as definições. Existem
planejamentos governamentais de prazo mais longo do que o PPA, que
estariam então “acima” do próprio PPA na gestão estratégica. Entretanto,
a banca considerou mesmo o PPA como o documento básico do
planejamento estratégico governamental.
Já a letra B está bem fácil! De acordo com a CF/88:
““§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da
União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das
empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social,
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta,
bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.”
Portanto, a letra B está incorreta e é o nosso gabarito. Já a letra C
está perfeita. A LDO e a LOA são os desdobramentos do planejamento
estratégico (PPA). São assim, os planejamentos operacionais (mais
detalhados). As alternativas D e E não apresentam muita dificuldade. São
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as definições da LOA e da LDO. O gabarito é mesmo a letra B.

6. (ESAF – MPOG - EPPGG – 2008) As afirmativas a seguir se


referem ao Plano Plurianual (PPA).
I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo
prazo e os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos
recursos públicos a cada exercício.
II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa,
entendido como um conjunto articulado de ações orçamentárias,
na forma de projetos, atividades e operações especiais, e ações
não-orçamentárias, com intuito de alcançar um objetivo
específico.

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III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de


avaliações externas conduzidas por uma equipe de especialistas
independentes.
IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de
programação deslizante (Rolling Plan).
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II, III e IV.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV.
c) Apenas as afirmativas I, II e III.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Apenas as afirmativas I e II.

A primeira frase está correta e reflete o texto da mensagem


presidencial ao PPA 2008-201138:
“O planejamento da ação governamental no
horizonte de curto, médio e longo prazos é uma
exigência sem a qual a Estratégia de
Desenvolvimento não se viabiliza. O PPA ,como um
dos instrumentos de planejamento previstos na
Constituição Federal, organiza os principais
objetivos, diretrizes e metas da Administração
Pública Federal (APF) para o período de quatro anos
e deve orientar os demais planos e programas
nacionais, regionais e setoriais. Nesse sentido, o
PPA é um instrumento de planejamento
mediador entre o planejamento de longo
prazo e os orçamentos anuais que consolidam
a alocação dos recursos públicos a cada
exercício.”
Da mesma maneira que a primeira afirmativa, a segunda afirmativa
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está também nesta mensagem presidencial:


“O elemento organizativo central do PPA é o
Programa, entendido como um conjunto
articulado de ações orçamentárias, na forma
de projetos, atividades e operações especiais,
e ações não-orçamentárias, com intuito de
alcançar um objetivo específico. Os programas
estruturam o planejamento da ação governamental

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http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/plano_plurianual/PPA/081015_PPA_2008_me
sPres.pdf

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para promover mudanças em uma realidade


concreta, sobre a qual o Programa intervém, ou
para evitar que situações ocorram de modo a gerar
resultados sociais indesejáveis. Os programas
também funcionam como unidades de integração
entre o planejamento e o orçamento. O fato de que
todos os eventos do ciclo de gestão do Governo
Federal estão ligados a programas garante maior
eficácia à gestão pública.”
Já a terceira frase está incorreta. Os programas deverão ser
monitorados permanentemente por uma comissão de monitoramento e
avaliação do próprio Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão –
MPOG. Estes serão avaliadores independentes, mas são classificados como
avaliadores internos e não externos.
No caso da quarta frase, o “rolling plan” é um instrumento que
possibilita que o PPA tenha sempre um panorama de quatro anos. Assim,
ele é “deslizante”, pois mantém este “prazo” de quatro anos mesmo quando
“avançamos” no plano. O gabarito é mesmo a letra B.

7. (ESAF – CGU - ANALISTA– 2008) Considerando a premissa


constitucional de elaboração do Plano Plurianual – PPA, o
Governo Federal desde 1998 vem adotando ações no sentido de
organizar a forma de elaboração e gestão do PPA e consolidou
conceitos em relação ao Ciclo de Gestão do PPA. Segundo o
previsto na legislação federal, indique a opção correta.
a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados
que viabilizam o alcance dos objetivos de governo e compreende
os processos de elaboração da programação orçamentária, a
implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão dos
projetos.
b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da
implementação do Plano, referenciado na estratégia de
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desenvolvimento e nos desafios, com o objetivo de subsidiar a


alocação dos recursos, identificar e superar restrições
sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar elementos para
subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,
contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.
c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de
orientações estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em
programas com vistas ao alcance do projeto de Governo.
d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição
periódica dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os
critérios de eficiência, eficácia e efetividade, permitindo o

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aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos


de governo.
e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças
internas e externas da conjuntura política, social e econômica,
por meio da alteração, exclusão ou inclusão de programa,
resultante do processo de avaliação.

De acordo com o PPA 2008-2011, o processo de gestão do PPA é


composto pelas etapas de elaboração, implementação, monitoramento,
avaliação e revisão dos programas.
Assim sendo, a letra A trouxe uma “pegadinha”. A “elaboração da
programação orçamentária” só ocorre após a aprovação da LOA. Não é a
mesma coisa que a elaboração do PPA.
Já a letra B trocou o conceito de monitoramento pelo conceito de
revisão do PPA, tornando-se incorreta. Entretanto, a letra C está perfeita e
é o nosso gabarito.
A letra D está errada, pois trocou o conceito de avaliação do PPA pelo
processo de monitoramento. O mesmo ocorreu na letra E, com a troca do
conceito de revisão do PPA pelo conceito de avaliação do mesmo. O
gabarito é mesmo a letra C.

8. (ESAF – MPOG - EPPGG – 2009) Acerca dos mecanismos e


procedimentos adotados pelo sistema de planejamento e
orçamento do Governo Federal, é incorreto afirmar que:
a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o
Plano Plurianual, tem por princípio promover a integração entre
as ações de planejamento e orçamento.
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações
governamentais, o Plano Plurianual subordina todas as
iniciativas orçamentárias aos seus propósitos.
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c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se


caracteriza, entre outras, por facilitar a mensuração total dos
custos necessários ao alcance de um dado objetivo.
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou
como de apoio às políticas públicas e áreas especiais.
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de
integração entre o Plano Plurianual, os orçamentos anuais, a
execução e o controle.

A letra A está errada e é o nosso gabarito. Naturalmente, é o PPA que


“norteia” a LDO, e não o contrário. Molezinha, não é mesmo?

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A letra B está correta, o PPA deve “subordinar” tanto a LDO quanto a


LOA. Ou seja, estas leis devem seguir as diretrizes do PPA. A alternativa C
também está perfeita. O orçamento programa busca organizar os recursos
em torno de certos objetivos e resultados desejados.
A letra D também está certa. Os programas podem ser:

 Finalísticos – voltados para a geração de bens e serviços


voltados diretamente a população;
 de Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais – voltados “para
dentro”, ou seja, para as atividades de planejamento,
formulação de políticas públicas, coordenação e avaliação dos
programas;
A letra E também está correta. De acordo com a mensagem
presidencial do PPA 2008-2011,
“O elemento organizativo central do PPA é o
Programa, entendido como um conjunto
articulado de ações orçamentárias, na forma de
projetos, atividades e operações especiais, e ações
não-orçamentárias, com intuito de alcançar um
objetivo específico. Os programas estruturam o
planejamento da ação governamental para
promover mudanças em uma realidade concreta,
sobre a qual o Programa intervém, ou para evitar
que situações ocorram de modo a gerar resultados
sociais indesejáveis. Os programas também
funcionam como unidades de integração entre
o planejamento e o orçamento. O fato de que
todos os eventos do ciclo de gestão do Governo
Federal estão ligados a programas garante maior
eficácia à gestão pública. ”
Portanto, o gabarito é mesmo a letra A.
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9. (FGV - TJ-RO – ADMNISTRADOR – 2015) Um dos objetivos da


elaboração do Plano Plurianual é:
a) avaliar efeito das renúncias de receitas e os respectivos
mecanismos compensatórios;
b) definir as diretrizes relativas aos programas de duração
continuada;
c) definir as metas e prioridades da administração pública
federal;
d) estabelecer a política de aplicação das agências financeiras
oficiais de fomento;

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e) orientar a elaboração do orçamento de investimento das


empresas estatais.

Conforme vimos, o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as


metas da Administração Pública Federal, de modo regionalizado, para as
despesas de capital e outras dela recorrentes, além das despesas relativas
aos programas de duração continuada. As diretrizes são normas gerais que
“mostram o caminho” que deverá ser seguido nos quatro anos de
vigência do PPA. Dessa forma, a única letra correta é a B, sendo o
gabarito da questão.

10. (IF-TO - IF-TO – TÉCNICO – 2015) Assinale a alternativa correta.


O Plano Plurianual tem vigência de:
a) 2 (dois) anos.
b) 4 (quatro) anos.
c) 3 (três) anos.
d) 6 (seis) anos.
e) Todas as alternativas estão incorretas.

O PPA tem vigência de quatro anos, iniciando no segundo ano do


mandato e terminando no primeiro ano do mandato seguinte. Gabarito,
portanto, letra B.

11. (FUNRIO – UFRB – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – 2015) A


etapa do processo orçamentário público em que as despesas são
empenhadas e as receitas legalmente arrecadadas, denomina-
se:
a) projeção dos dados.
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b) estratégia de avaliação.
c) programação.
d) elaboração.
e) execução.

É na fase de execução orçamentária que a arrecadação de receitas e


a execução de despesas ocorrem. Gabarito, portanto, letra E.

12. (FGV - TCM-SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – 2015) Poderá ser


previsto (a) na Lei Orçamentária Anual:

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a) Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas


anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas e
despesas;
b) documento com a estipulação das diretrizes, objetivos e
metas da administração pública para as despesas de capital e
outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de
duração continuada;
c) política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento;
d) autorização para a contratação de operações de crédito;
e) demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de
receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado.

A letra A se refere à LDO. A letra B, PPA. A letra C e E dizem respeito


à LDO. Por fim, o item que se refere à LOA é o D, sendo o gabarito da
questão.

13. (FGV - TJ-SC – ANALISTA – 2015) As competências dos poderes


em matéria orçamentária, os conteúdos e os prazos dos
instrumentos de planejamento são tratados na Constituição, na
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e na Lei nº 4.320/1964. O
Poder Executivo envia a proposta orçamentária no prazo
estabelecido no ADCT, mas poderá propor modificações:
a) antes do início do exercício a que o orçamento se refere;
b) antes de iniciada a discussão do orçamento;
c) antes de encerrada a votação do orçamento;
d) antes de iniciada a votação da parte a que se refere a
alteração; 04491090386

e) antes da proposição de emendas pelos parlamentares.

Questão tranquila, não é verdade. Na fase de aprovação, o Presidente


da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação no projeto enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta. Gabarito, portanto, letra D.

14. (FUNRIO – UFRB – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – 2015)


São princípios do orçamento público:
a) licitação, empenho e pagamento.
b) estimativa, execução e avaliação.

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c) procedimento formal, adjudicação e publicidade.


d) exclusividade, equilíbrio e unidade.
e) licitação, pagamento e publicidade.

Dentre os princípios orçamentários, temos:


 Princípio da unidade;
 Princípio da universalidade;
 Princípio do orçamento bruto;
 Princípio da anualidade ou periodicidade;
 Princípio da não-afetação das receitas;
 Princípio da discriminação ou especialização;
 Princípio da exclusividade;
 Princípio do equilíbrio.

Dessa forma, o gabarito é letra D.

15. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) As diretrizes, os objetivos e as


metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras dela decorrentes, bem como para os programas
de duração continuada, são previstos:
a) no orçamento público
b) nas diretrizes orçamentárias
c) no plano plurianual.
d) no planejamento operacional.

Questão tranquila. O DOM (diretrizes, objetivos e metas) é previsto


no PPA. Dessa forma, o gabarito é letra C.
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16. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) O PPA deve ser avaliado de


forma:
a) anual.
b) bianual
c) trienal
d) quadrienal

Pessoal, embora o PPA seja elaborado a cada quatro anos,


anualmente ele deve ser avaliado com a finalidade de se rever o cenário
atual de demandas necessárias. Gabarito, portanto, letra A.

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17. (UFG - IF-GO – ADMINISTRADOR – 2014) A lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO) tem periodicidade:
a) anual
b) bienal
c) trienal
d) quadrienal

Questão tranquila da banca, não é verdade? Todo ano é elaborada


uma nova LDO, logo, a sua periodicidade é anual. Gabarito, portanto, letra
A.

18. (UFG - IF-GO – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – 2014) A Lei


n. 4.320/1964, em seu art. 2º. destaca que a Lei do Orçamento
conterá a discriminação da receita e despesa de forma a
evidenciar a política econômica financeira e o programa de
trabalho do governo, obedecidos aos princípios de unidade,
universalidade e anualidade. Segundo o princípio da unidade, o
orçamento público deve:
a) ser uno para cada ente de governo da federação.
b) conter as receitas e despesas referentes aos poderes da
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta
e indireta.
c) incluir receitas e despesas nos seus montantes brutos.
d) evitar a inclusão de matérias estranhas à previsão das
receitas e fixação das despesas quando da elaboração e
aprovação da lei.

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A letra que se refere ao princípio da unidade é a letra A, sendo,


portanto, o gabarito da questão.

19. (UFG – UEAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Para a


elaboração do orçamento público, deve-se levar em
consideração vários princípios, dentre os quais o princípio da
exclusividade. Esse princípio determina que o orçamento deve
evitar:
a) remanejamento ou transferência de recursos sem autorização
do Legislativo.
b) matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das
despesas.

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c) aprovação sem a observância do devido processo legislativo.


d) organização de um orçamento para cada ente da Federação,
em cada exercício financeiro.

Questão bem tranquila. Esse princípio dispõe que a LOA não conterá
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei. Gabarito, portanto, letra B.

20. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) O princípio orçamentário que


dispõe que nenhum recurso oriundo de imposto possa ser
reservado ou comprometido para atender a gastos determinados
é o princípio;
a) da publicidade
b) da não afetação das receitas
c) do equilíbrio orçamentário
d) da exclusividade

Conforme vimos, o princípio da não-afetação das receitas ou princípio


da não-vinculação das receitas dispõe que não se pode vincular a receita
proveniente dos impostos. Gabarito, portanto, letra B.

21. (FCC - TCE-CE – ACE – 2015) A proposta da Lei Orçamentária


Anual deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Legislativo
acompanhada de exposição circunstanciada da situação
econômico-financeira. Essa exposição é denominada:
a) razão orçamentária.
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b) tabela explicativa.
c) mensagem.
d) exposição orçamentária.
e) fundamentação orçamentária.

Conforme vimos, juntamente com o projeto de LOA, serão


encaminhados: mensagem e tabelas explicativas. Na mensagem, constará
a exposição circunstanciada da situação econômico-financeira.
Nas tabelas, haverá as estimativas de receita e despesa. Gabarito,
portanto, letra C.

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22. (FCC - TCE-CE – TCE – 2015) A iniciativa para a elaboração do


Plano Plurianual − PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias −
LDO e da Lei Orçamentária Anual − LOA é:
a) do Poder Executivo.
b) do Poder Legislativo.
c) do Poder Judiciário.
d) dos Poderes Executivo e Legislativo.
e) dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

O Poder Executivo possui a iniciativa para a elaboração do PPA, etapa


inicial do ciclo orçamentário. Gabarito, portanto, letra A.

23. (FCC – MANAUSPREV – ANALISTA – 2015) Após ser eleito,


determinado governante autorizou a realização de despesa com
investimento cuja execução será de vinte meses. Nestas
condições, de acordo com a Constituição Federal, o investimento
cuja execução ultrapasse um exercício financeiro:
a) não é exigida a inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, se
comprovada à necessidade de sua realização.
b) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Anexo de
Metas de Investimentos, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de improbidade administrativa.
c) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime
de responsabilidade.
d) só poderá ser iniciado com prévia autorização na lei de
responsabilidade fiscal e comprovação da existência de recursos
financeiros para arcar com os pagamentos.
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e) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão na lei de diretrizes


orçamentárias, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.

De acordo com o §1º do artigo 167 da CF/88, “nenhum investimento


cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade”. Dessa forma, o gabarito é letra C.

24. (FCC - TRT - 2ª REGIÃO - ANALISTA - 2014) A inclusão de


dispositivos que autorizam a criação de cargos públicos na Lei

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Orçamentária Anual é vedada porque fere o princípio


orçamentário:
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do orçamento bruto.
e) da publicidade.

O princípio da exclusividade, disposto no §8º do artigo 165 da CF/88,


preza que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Percebam que há exceção, no entanto, ela se refere à abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito.
Mais à frente, no §1º do artigo 169, a Carta Maior é bem clara ao
dispor sobre a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de
estrutura de carreiras. Isso só pode ser feito se houver prévia dotação
orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal
e aos acréscimos dela decorrentes, além de autorização específica na
LDO, ok?
Dessa forma, o gabarito é letra A.

25. (FCC - TRT - 16ª REGIÃO – ANALISTA – 2014) Na elaboração de


seus orçamentos, os entes públicos deverão atender às regras
norteadoras básicas estabelecidas pelos princípios
orçamentários. O princípio orçamentário da exclusividade:
a) obriga registrarem-se receitas e despesas na Lei
Orçamentária Anual - LOA pelo valor total e bruto, vedadas
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quaisquer deduções.
b) veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição
Federal.
c) delimita o exercício financeiro orçamentário: período de
tempo ao qual a previsão das receitas e a fixação das despesas
registradas na LOA irão se referir.
d) estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à
previsão da receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa
proibição a autorização para abertura de crédito suplementar e
a contratação de operações de crédito, nos termos da lei.

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e) determina que a LOA de cada ente federado deverá conter


todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos,
entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público.

A letra A se refere ao princípio do orçamento bruto. A letra B refere-


se ao princípio da não vinculação. Já a letra C refere-se ao princípio da
anualidade ou periodicidade e a letra E, ao princípio da universalidade.
A única letra que se refere ao princípio da exclusividade é a letra D,
sendo o gabarito da questão.

26. (FCC - TRT - 19ª REGIÃO – ANALISTA – 2014) Os débitos de


tesouraria compõem a dívida flutuante e são resultantes de
operações de crédito por antecipação da receita orçamentária
(ARO). A previsão desse tipo de operação de crédito na Lei
Orçamentária Anual - LOA configura exceção ao princípio
orçamentário da
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Anualidade.
d) Exclusividade.
e) Discriminação.

De acordo com o parágrafo 8º do artigo 165 da CF/88 “a lei


orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei”. 04491090386

Esse dispositivo refere-se ao princípio orçamentário da


exclusividade. Percebam que há ressalva ao comando legal. Logo, há
exceção a esse princípio quanto à autorização para abertura de
créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita (ARO). Gabarito, portanto, letra D.

27. (FCC – TRT 24°-MS – ANALISTA – 2011) Instrumento de


planejamento utilizado no setor público no qual devem ser
estabelecidas, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos
e as metas da Administração Pública Federal para as despesas
de capital e outras delas decorrentes. Trata-se de
a) Plano Plurianual.

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b) Lei Orçamentária Anual.


c) Orçamento Plurianual.
d) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) Plano Diretor.

Como vimos acima, o instrumento de planejamento do setor público,


que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as
metas da Administração Pública (não só a Federal, como já vimos) para as
despesas de capital e outras decorrentes é o Plano Plurianual (PPA).
Lembre-se sempre do DOM! Se aparecerem as Diretrizes, Objetivos
e Metas, normalmente a banca está se referindo ao PPA. Portanto, nosso
gabarito é a letra A.

28. (FCC – TRT 24°-MS – ANALISTA – 2011) As metas e prioridades


da Administração Pública, incluindo as despesas de capital para
o exercício subsequente, são definidas
a) no Plano Plurianual.
b) na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) no Orçamento Fiscal.
d) no Plano de Investimento.
e) no Orçamento de Investimentos.

Como já pudemos ver em nossa aula, o instrumento que estabelece


as metas e prioridades da Administração Pública é a Lei de Diretrizes
Orçamentária – LDO.
Portanto, sempre que a banca nos trouxer na questão as MP (Metas
e Prioridades), já podemos procurar a LDO nas alternativas. O nosso
gabarito é, portanto, a letra B. 04491090386

29. (VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) Assinale a alternativa


correta a respeito da Lei de Acesso à Informação – LAI (Lei no
12.527/2011).
(A) Os prazos para respostas às demandas são definidos pelas
próprias organizações.
(B) O solicitante de informações públicas deve justificar o motivo
da solicitação.
(C) Estão submetidas à LAI as organizações não governamentais
que receberem recursos públicos.

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(D) A Lei foi criada estritamente para as organizações do Poder


Executivo.
(E) O Tribunal de Contas da União é responsável por monitorar a
implementação da Lei nas organizações.

Os prazos para respostas às demandas são definidos na LAI e não


pela própria organização. A preferência inicial é que o órgão ou entidade
pública autorize ou conceda o acesso imediato à informação disponível. Não
sendo possível, a Lei concede um prazo que é prorrogável mediante
justificativa expressa. Letra A, portanto, errada.
A letra B está errada, pois conforme o §3º do artigo 10 da Lei, “são
vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público. ” Logo, não se deve
justificar o motivo da solicitação.
A letra C está correta, pois as entidades privadas sem fins lucrativos
que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres submetem-se aos dispositivos da Lei.
Subordinam-se aos dispositivos da Lei, os órgãos públicos integrantes
da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as
Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público. Portanto, a
letra D está errada, pois a Lei não foi criada estritamente para o Poder
Executivo.
A letra E está errada, pois, de acordo com a Lei, o dirigente máximo
de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta
designará autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no
âmbito do respectivo órgão ou entidade, monitorar a implementação da Lei
e apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento. Gabarito,
portanto, letra C.
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30. (VUNESP – TJ-SP – ESTATÍSTICO – 2015) Nos termos do que


dispõe a Lei n° 12.527/2011, promover a divulgação em local de
fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de
interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas
a) é dever dos órgãos e entidades públicas, independentemente
de requerimentos.
b) é facultada a todos os órgãos públicos, entidades públicas e
entidades privadas.
c) é dever de todos os órgãos, entidades públicas e privadas.
d) depende de requerimentos para ser implementada pelos
órgãos públicos.

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e) é prática que poderá ser adotada pelos órgãos e entidades


públicos, se entenderem que possibilitará mais transparência de
sua gestão.

A letra A está perfeita e é o gabarito da banca. Já a letra B está


negando a afirmação contida na letra A e está incorreta. A letra C tem um
equívoco, pois as entidades privadas não estão todas obrigadas a seguir a
LAI.
Apenas as entidades sem fins lucrativos, que recebem recursos
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres, devem observam os comandos desta Lei, apenas
no que toca a parcela dos recursos públicos recebidos e nas prestações de
contas a que estejam legalmente obrigadas.
A letra D está também equivocada, pois a implementação dos
instrumentos para o cumprimento da Lei não depende de requerimentos.
E, finalmente, a lei não faculta, mas obriga, os órgãos e entidades a seu
cumprimento. O gabarito é mesmo a letra A.

31. (VUNESP – DESENVOLVE-SP – CONTADOR – 2014) Assinale a


alternativa que apresenta a Lei que representa um dos principais
avanços éticos recentes na Administração Pública brasileira.
a) Lei n.º 11.819/10, de igualdade entre gêneros.
b) Lei n.º 12.884/12, de Direitos Humanos.
c) Lei n.º 11.923/11, de meritocracia.
d) Lei n.º 12.527/11, de acesso à informação.
e) Lei n.º 12.158/12, da isonomia trabalhista.

Questão bem tranquila, não é mesmo? Cabe ressaltar que as demais


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leis foram simplesmente “inventadas” pela banca. A única lei destas citadas
que existe é mesmo a LAI. O gabarito é letra D.

32. (VUNESP – MPE-SP – AUXILIAR – 2014) Em relação ao que


dispõe a Lei n.º 12.527/2011, assinale a alternativa correta.
a) Subordina-se ao regime da Lei de Acesso à Informação o
Ministério Público.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não
estão obrigadas a divulgar informações sobre suas atividades.
c) No pedido de acesso à informação de interesse público, é
obrigatório constarem os motivos determinantes da solicitação.

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d) Quando se tratar de informação contida em documento cuja


manipulação possa prejudicar sua integridade, não será
concedido o acesso à informação.
e) O acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais poderá ser negado por
qualquer agente público.

Conforme o parágrafo único do artigo primeiro da LAI, todos os


órgãos da administração direta dos três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário), assim como o Ministério Público, assim como a entidades da
Administração Indireta se submeterão ao disposto na Lei de Acesso à
Informação.
Deste modo, a letra A está correta e é o gabarito da banca. A letra B
está incorreta, pois essas instituições estão sim sujeitas aos ditames da
LAI. A letra C está incorreta também, pois não existe essa obrigação de
que os motivos estejam descritos.
A letra D está igualmente incorreta. De acordo com a LAI, quando se
tratar de informação contida em documento cuja manipulação possa
prejudicar sua integridade (como pode ocorrer com documentos muito
antigos), poderá ser oferecida uma cópia com certificação de que essa
confere com o documento original.
Finalmente, a letra E é claramente incorreta. O acesso à essa
informação não poderá ser negado. O gabarito é mesmo a letra A.

33. (VUNESP – MPE-SP – AUXILIAR – 2014) A respeito da Lei de


Acesso à Informação (Lei n.o 12.527/2011), é correto afirmar
que
a) nos municípios em que não se exige a veiculação pela internet,
as informações referentes à execução orçamentária e financeira
devem ser disponibilizadas à população e renovadas, ao menos
semestralmente.
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b) nas cidades com mais de 10 mil habitantes, os órgãos e


entidades públicas devem promover pela internet o acesso a
informações de interesse coletivo por eles
produzidas ou custodiadas.
c) qualquer interessado pode requerer informações aos órgãos e
entidades públicas, assegurado, independentemente de
justificação, o anonimato do requerente.
d) o prazo máximo de restrição de acesso à informação
considerada “ultrassecreta” não pode ultrapassar a 01 (um) ano.
e) Somente o Presidente da República pode classificar uma
informação como sendo “ultrassecreta”.

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A letra A está incorreta, pois os municípios com menos de 10 mil


habitantes devem manter essas informações disponibilizadas em tempo
real, não semestralmente. Já a letra B está correta e é o nosso gabarito.
A letra C está errada, pois o anonimato é vedado. O pedido de
informações deve conter a identificação do requerente. A letra D é
igualmente equivocada, pois o prazo máximo de restrição de acesso à
informação considerada “ultrassecreta” é de 25 anos.
Finalmente, não é somente o Presidente da República que pode
classificar uma informação como ultrassecreta. A lista conta com os
seguintes cargos:

a) Presidente da República;

b) Vice-Presidente da República;

c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas


prerrogativas;

d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e

e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no


exterior;

Deste modo, o gabarito é mesmo a letra B.

34. (FGV - FBN – ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013) O


Art. 9° da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações
públicas será assegurado mediante a criação do serviço de
informações ao cidadão. Com relação às condições que devem
ser cumpridas para o apropriado cumprimento desta lei, analise
os itens a seguir.
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I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.


II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas
respectivas unidades.
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às
informações.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.

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Questão pode ser respondida com a leitura do artigo 9º da Lei


estudada, senão vejamos:
Art. 9º O acesso a informações públicas será
assegurado mediante:

I - criação de serviço de informações ao


cidadão, nos órgãos e entidades do poder público,
em local com condições apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao


acesso a informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos


nas suas respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos


de acesso a informações.

II - realização de audiências ou consultas públicas,


incentivo à participação popular ou a outras formas
de divulgação.

Todos os itens estão corretos, pois apresentam meios que asseguram


o acesso à informação pública. O gabarito, dessa forma, é letra A.

35. (VUNESP - PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – 2013) De


acordo com o disposto, expressamente, na Lei Federal nº
12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), se depois de
solicitar a informação, o interessado souber que houve o extravio
da informação solicitada:
a) poderá pedir indenização 04491090386
à autoridade administrativa
competente.
b) poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura
de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
documentação.
c) deverá providenciar dados e documentos que tiver e fornecê-
los à autoridade competente para restituição da respectiva
informação.
d) deverá requerer judicialmente a restituição da informação.
e) poderá requerer a abertura de processo administrativo para
punição do responsável e obtenção de respectiva indenização
por danos morais.

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Conforme a Lei, se depois de solicitar a informação, o interessado


souber que houve o extravio da informação solicitada, ele poderá
requerer à autoridade competente a imediata abertura de
sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
documentação.
Seguindo a linha de raciocínio, o responsável pela guarda da
informação extraviada ainda deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua
alegação. Dessa forma, o gabarito da questão é letra B.

36. (MPT - MPT - PROCURADOR – 2013) Sobre o princípio da


transparência na administração pública, analise as seguintes
proposições:
I - A Constituição da República assegura de forma expressa o
acesso dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o direito à intimidade, à vida
privada, à honra e à imagem das pessoas.
II - Subordina-se aos ditames da Lei nº 12.527/2011 (Lei de
Transparência) a administração pública direta e indireta da
União, dos Estados e Municípios.
III - O Ministério Público não se sujeita aos ditames da Lei nº
12.527/2011, uma vez que não integra o Poder Executivo,
estando sujeito à normatização própria pelo Conselho Nacional
do Ministério Público.
IV - Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.527/2011, no que
couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam,
para realização de ações de interesse público, recursos públicos
diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo,
ajustes ou outros instrumentos congêneres.
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Assinale a alternativa CORRETA:


a) apenas as assertivas I e III estão corretas;
b) apenas as assertivas II e IV estão corretas;
c) apenas as assertivas III e IV estão corretas;
d) apenas a assertiva IV está correta;
e) não respondida.

Pessoal, o item I está errado, senão vejamos o que diz a nossa Carta
Magna:
“Art. 37. A administração pública direta e indireta

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de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte:

(...)

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do


usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente:

(...)

II - o acesso dos usuários a registros


administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o disposto no art. 5º, X e
XXXIII”.

Logo, a CF/88 não assegura de forma expressa o acesso dos usuários


a registros administrativos e a informações sobre atos de governo. Ela
“passa a bola” para que essa questão seja disciplinada, e, portanto,
assegurada, por uma lei.
Os outros itens podem ser respondidos com a leitura dos artigos
primeiro e segundo da Lei:
“Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a
serem observados pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, com o fim de garantir o
acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do
art. 216 da Constituição Federal.
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Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta


Lei:

I - os órgãos públicos integrantes da


administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
Judiciário e do Ministério Público;

II - as autarquias, as fundações públicas, as


empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios.

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Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que


couber, às entidades privadas sem fins
lucrativos que recebam, para realização de
ações de interesse público, recursos públicos
diretamente do orçamento ou mediante
subvenções sociais, contrato de gestão, termo
de parceria, convênios, acordo, ajustes ou
outros instrumentos congêneres”.

Vê-se, portanto, no inciso I, do parágrafo primeiro do artigo I da Lei,


que o Ministério Público se sujeita aos ditames dessa Lei de Acesso a
Informações, logo o item III também está errado.
Os demais estão corretos. Dessa forma, o gabarito é letra B.

37. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O Art. 9º


da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas
será assegurado mediante a criação do serviço de informações
ao cidadão. Com relação às condições que devem ser cumpridas
para o apropriado cumprimento desta lei, analise os itens a
seguir.
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas
respectivas unidades.
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às
informações.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
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d) se somente os itens II e III estiverem corretos.

A questão pede atenção à letra do artigo 9º da Lei que regula o acesso


à informação. Vejamos, portanto, o que dispõe esse artigo?
“Art. 9º O acesso a informações públicas será
assegurado mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão,
nos órgãos e entidades do poder público, em local
com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao
acesso a informações;

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b) informar sobre a tramitação de documentos


nas suas respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos
de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas,
incentivo à participação popular ou a outras formas
de divulgação.”
Como podemos observar, os itens I, II e III da questão são cópias
fieis dos das alíneas do inciso I do artigo em questão. Dessa forma, o
gabarito é letra A, pois todos estão corretos.

38. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O artigo


décimo da Lei n. 12.527/11 afirma que qualquer interessado
poderá apresentar pedido de acesso às informações aos órgãos
e entidades, por qualquer meio legitimo, devendo o pedido
conter a identificação do requerente e a especificação da
informação requerida. (Adaptado)
Caso não seja possível aos órgãos e entidades concederem o
acesso imediato à informação, assinale a afirmativa que indica o
procedimento a ser adotado.
a) Os órgãos ou entidades devem realizar audiências ou
consultas públicas, para auxiliar o requerente.
b) Os órgãos ou entidades devem viabilizar alternativa de
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios
oficiais na Internet.
c) Os órgãos ou entidades devem indicar as razões de fato ou de
direito da recusa do acesso pretendido.
d) Os órgãos ou entidades devem protocolar novo requerimento
de acesso à informação.
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Pessoal, a Lei dispõe que o órgão ou entidade pública DEVE conceder


acesso imediato à informação disponível. No entanto, se não for possível
que se conceda a informação requerida, o órgão ou entidade que tiver
recebido o pedido deverá tomar providências dentro do prazo de vinte dias
(que pode chegar a trinta dias, mediante justificativa expressa)
Dentre as providências, a Lei cita que se deve indicar a data, local e
modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão.
O órgão ou entidade também deve informar o motivo da recusa,
parcial ou total, do acesso pretendido. E se não tiver a informação, deverá
indicar qual órgão ou entidade que a possui, podendo, inclusive, enviar o
requerimento do usuário ao local competente. Diante do que foi visto, o
gabarito é letra C.

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39. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O Art. 3°


da Lei n. 12.527/11 assegura o direito fundamental de acesso à
informação, que deve ser executado em conformidade com os
princípios básicos da Administração Pública. Assinale a
alternativa que contém a diretriz a ser adotada para o
cumprimento do Artigo mencionado.
a) Preservar o sigilo como regra.
b) Resguardar as informações de interesse público.
c) Cadastrar os órgãos cujo acesso seja permitido.
d) Desenvolver o controle social da Administração Pública

Ao fazermos a leitura deste artigo citado no enunciado da questão,


observamos que os procedimentos que assegurarem o direito fundamental
de acesso à informação devem ser executados em conformidade com as
diretrizes dispostas a seguir:
I - observância da publicidade como preceito
geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público,
independentemente de solicitações;
III - utilização de meios de comunicação
viabilizados pela tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de
transparência na administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da
administração pública.
Diante do que foi visto, o gabarito da questão é a letra D.

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40. (FAURGS - TJ-RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012) Para os


efeitos da Lei nº 12.527/2011 ("Lei de Acesso às Informações
Públicas"):
a) não há tratamento específico para as informações sigilosas e
para as informações pessoais.
b) há identidade de tratamento quanto às informações pessoais
e sigilosas.
c) as informações sigilosas são aquelas submetidas
temporariamente à restrição de acesso público.
d) as informações pessoais são, necessariamente, sigilosas,
muito embora as informações sigilosas não necessariamente
sejam pessoais.

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e) as informações pessoais são assim definidas por cada servidor


público, a partir da análise de sua situação particular de proteção
da privacidade.

A questão trata sobre informações pessoais e sigilosas. A letra A está


errada, pois há tratamento específico para as informações sigilosas e
pessoais. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem
das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
Essas informações pessoais terão seus acessos restritos a agentes
públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem, pelo
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção. Agora
a divulgação ou o acesso a terceiros dessas informações poderá ocorrer
desde que haja previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que
elas se referirem.
Já as o acesso, a divulgação e o tratamento de informação
classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham
necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na
forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos
autorizados por lei.
A letra B está errada, pois vimos que não há identidade de tratamento
entra as informações classificadas como sigilosas e pessoais.
A letra D está errada, uma vez que não há previsão na Lei de que
informação pessoal é sigilosa.
Claro que um servidor, a bel prazer, não definirá se um assunto é ou
não caracterizado como pessoal. A Lei impôs que o tratamento de
informação pessoal será disposto em regulamento, logo a letra E também
está errada. O gabarito, portanto, é letra C.

41. (FAURGS - TJ-RS - HISTORIÓGRAFO – 2012) A Lei n.º 12.527,


sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de
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2011, tem o propósito de regulamentar o direito constitucional


de acesso dos cidadãos às informações públicas, sendo que seus
dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
No que se refere a essa lei, considere as afirmações abaixo.
I - Sua regulamentação torna essencial o princípio de que o
acesso é a regra, e o sigilo é a exceção.
II - Sua regulamentação consolida e define o marco regulatório
em relação ao acesso à informação pública sob a guarda do
Estado e à informação privada em arquivos pessoais.

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III - Sua regulamentação estabelece os procedimentos para que


a Administração responda a pedidos de informação do cidadão.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Há previsão, no artigo 3º da Lei de que a publicidade deve ser um


preceito geral, e o sigilo seria a exceção à regra. O item I, portanto, está
correto.
A regulamentação do direito constitucional a que se refere a questão
seria apenas relativas às informações públicas sob a guarda do Estado. Não
tem ligação com as informações privadas guardadas em arquivos pessoais.
Percebam que se isso fosse possível, o princípio constitucional da
inviolabilidade da intimidade e da vida privada estaria sendo violado, não é
verdade? O item II está incorreto.
A Lei, no seu capítulo II, traz dispositivos que orientam os
procedimentos que assegurem o acesso a informações e a divulgação delas,
como:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e
entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:
atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; informar
sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades;
protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo
à participação popular ou a outras formas de divulgação.
Dessa forma, o item III também está correto. O gabarito da questão
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é letra D.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1. (ESAF – CVM – ANALISTA – 2010) Nos termos da Constituição Federal,


é correto afirmar que:
a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade
social.
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento
de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente.
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre
outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

2. (ESAF – MPU – TÉCNICO – 2004) Afirma-se que a sequência das etapas


desenvolvidas pelo processo orçamentário é intitulada:
a) avaliação orçamentária
b) ciclo orçamentário
c) aprovação orçamentária
d) execução orçamentária
e) elaboração orçamentária

3. (ESAF – MTE - AUDITOR – 2010) Sobre o ciclo de gestão do governo


federal, é correto afirmar:
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a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional a


inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de
despesa incompatível com o Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do Judiciário
é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República,
presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano
Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo para
as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis ordinárias.

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4. (ESAF – RFB - AUDITOR – 2009) A compreensão adequada do ciclo de


gestão do governo federal implica saber que:
a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de diretrizes
orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de lei do plano
plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias impede
o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
o orçamento de investimento das empresas estatais passou a integrar o
plano plurianual.

5. (ESAF – MPOG - APO – 2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes


Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do
planejamento governamental. Identifique a única opção incorreta no que
diz respeito ao planejamento governamental.
a) O planejamento governamental estratégico tem como documento
básico o Plano Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o
orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras de
economia mista.
c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos
a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas
e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subseqüente.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e
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possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição


Federal.

6. (ESAF – MPOG - EPPGG – 2008) As afirmativas a seguir se referem ao


Plano Plurianual (PPA).
I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo prazo e
os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos públicos
a cada exercício.
II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido
como um conjunto articulado de ações orçamentárias, na forma de

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projetos, atividades e operações especiais, e ações não-orçamentárias,


com intuito de alcançar um objetivo específico.
III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de
avaliações externas conduzidas por uma equipe de especialistas
independentes.
IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de programação
deslizante (Rolling Plan).
Estão corretas:
a) As afirmativas I, II, III e IV.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV.
c) Apenas as afirmativas I, II e III.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Apenas as afirmativas I e II.

7. (ESAF – CGU - ANALISTA– 2008) Considerando a premissa


constitucional de elaboração do Plano Plurianual – PPA, o Governo
Federal desde 1998 vem adotando ações no sentido de organizar a
forma de elaboração e gestão do PPA e consolidou conceitos em relação
ao Ciclo de Gestão do PPA. Segundo o previsto na legislação federal,
indique a opção correta.
a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que
viabilizam o alcance dos objetivos de governo e compreende os
processos de elaboração da programação orçamentária, a
implementação, o monitoramento, a avaliação e a revisão dos projetos.
b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da
implementação do Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento
e nos desafios, com o objetivo de subsidiar a alocação dos recursos,
identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar
elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,
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contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.


c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações
estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com
vistas ao alcance do projeto de Governo.
d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição
periódica dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os
critérios de eficiência, eficácia e efetividade, permitindo o
aperfeiçoamento do Plano Plurianual e o alcance dos objetivos de
governo.
e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas
e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da

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alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante do processo de


avaliação.

8. (ESAF – MPOG - EPPGG – 2009) Acerca dos mecanismos e


procedimentos adotados pelo sistema de planejamento e orçamento do
Governo Federal, é incorreto afirmar que:
a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano
Plurianual, tem por princípio promover a integração entre as ações de
planejamento e orçamento.
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações
governamentais, o Plano Plurianual subordina todas as iniciativas
orçamentárias aos seus propósitos.
c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza,
entre outras, por facilitar a mensuração total dos custos necessários ao
alcance de um dado objetivo.
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de
apoio às políticas públicas e áreas especiais.
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração
entre o Plano Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o controle.

9. (FGV - TJ-RO – ADMNISTRADOR – 2015) Um dos objetivos da


elaboração do Plano Plurianual é:
a) avaliar efeito das renúncias de receitas e os respectivos mecanismos
compensatórios;
b) definir as diretrizes relativas aos programas de duração continuada;
c) definir as metas e prioridades da administração pública federal;
d) estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento;
e) orientar a elaboração do orçamento de investimento das empresas
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estatais.

10. (IF-TO - IF-TO – TÉCNICO – 2015) Assinale a alternativa correta. O


Plano Plurianual tem vigência de:
a) 2 (dois) anos.
b) 4 (quatro) anos.
c) 3 (três) anos.
d) 6 (seis) anos.
e) Todas as alternativas estão incorretas.

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11. (FUNRIO – UFRB – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – 2015) A etapa


do processo orçamentário público em que as despesas são empenhadas
e as receitas legalmente arrecadadas, denomina-se:
a) projeção dos dados.
b) estratégia de avaliação.
c) programação.
d) elaboração.
e) execução.

12. (FGV - TCM-SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – 2015) Poderá ser previsto


(a) na Lei Orçamentária Anual:
a) Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais,
em valores correntes e constantes, relativas a receitas e despesas;
b) documento com a estipulação das diretrizes, objetivos e metas da
administração pública para as despesas de capital e outras delas
decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada;
c) política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento;
d) autorização para a contratação de operações de crédito;
e) demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e
da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter
continuado.

13. (FGV - TJ-SC – ANALISTA – 2015) As competências dos poderes em


matéria orçamentária, os conteúdos e os prazos dos instrumentos de
planejamento são tratados na Constituição, na Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF) e na Lei nº 4.320/1964. O Poder Executivo envia a proposta
orçamentária no prazo estabelecido no ADCT, mas poderá propor
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modificações:
a) antes do início do exercício a que o orçamento se refere;
b) antes de iniciada a discussão do orçamento;
c) antes de encerrada a votação do orçamento;
d) antes de iniciada a votação da parte a que se refere a alteração;
e) antes da proposição de emendas pelos parlamentares.

14. (FUNRIO – UFRB – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO – 2015) São


princípios do orçamento público:
a) licitação, empenho e pagamento.

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b) estimativa, execução e avaliação.


c) procedimento formal, adjudicação e publicidade.
d) exclusividade, equilíbrio e unidade.
e) licitação, pagamento e publicidade.

15. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) As diretrizes, os objetivos e as metas


da administração pública federal para as despesas de capital e outras
dela decorrentes, bem como para os programas de duração continuada,
são previstos:
a) no orçamento público
b) nas diretrizes orçamentárias
c) no plano plurianual.
d) no planejamento operacional.

16. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) O PPA deve ser avaliado de forma:
a) anual.
b) bianual
c) trienal
d) quadrienal

17. (UFG - IF-GO – ADMINISTRADOR – 2014) A lei de Diretrizes


Orçamentárias (LDO) tem periodicidade:
a) anual
b) bienal
c) trienal
d) quadrienal 04491090386

18. (UFG - IF-GO – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – 2014) A Lei n.


4.320/1964, em seu art. 2º. destaca que a Lei do Orçamento conterá a
discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos
aos princípios de unidade, universalidade e anualidade. Segundo o
princípio da unidade, o orçamento público deve:
a) ser uno para cada ente de governo da federação.
b) conter as receitas e despesas referentes aos poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta.
c) incluir receitas e despesas nos seus montantes brutos.

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d) evitar a inclusão de matérias estranhas à previsão das receitas e


fixação das despesas quando da elaboração e aprovação da lei.

19. (UFG – UEAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2014) Para a


elaboração do orçamento público, deve-se levar em consideração vários
princípios, dentre os quais o princípio da exclusividade. Esse princípio
determina que o orçamento deve evitar:
a) remanejamento ou transferência de recursos sem autorização do
Legislativo.
b) matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas.
c) aprovação sem a observância do devido processo legislativo.
d) organização de um orçamento para cada ente da Federação, em cada
exercício financeiro.

20. (UFG – UEAP – TÉCNICO – 2014) O princípio orçamentário que dispõe


que nenhum recurso oriundo de imposto possa ser reservado ou
comprometido para atender a gastos determinados é o princípio;
a) da publicidade
b) da não afetação das receitas
c) do equilíbrio orçamentário
d) da exclusividade

21. (FCC - TCE-CE – ACE – 2015) A proposta da Lei Orçamentária Anual


deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao Legislativo acompanhada
de exposição circunstanciada da situação econômico-financeira. Essa
exposição é denominada:
a) razão orçamentária.
b) tabela explicativa. 04491090386

c) mensagem.
d) exposição orçamentária.
e) fundamentação orçamentária.

22. (FCC - TCE-CE – TCE – 2015) A iniciativa para a elaboração do Plano


Plurianual − PPA, da Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO e da Lei
Orçamentária Anual − LOA é:
a) do Poder Executivo.
b) do Poder Legislativo.
c) do Poder Judiciário.

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d) dos Poderes Executivo e Legislativo.


e) dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

23. (FCC – MANAUSPREV – ANALISTA – 2015) Após ser eleito, determinado


governante autorizou a realização de despesa com investimento cuja
execução será de vinte meses. Nestas condições, de acordo com a
Constituição Federal, o investimento cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro:
a) não é exigida a inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, se
comprovada à necessidade de sua realização.
b) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Anexo de Metas de
Investimentos, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
improbidade administrativa.
c) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
d) só poderá ser iniciado com prévia autorização na lei de
responsabilidade fiscal e comprovação da existência de recursos
financeiros para arcar com os pagamentos.
e) não poderá ser iniciado sem prévia inclusão na lei de diretrizes
orçamentárias, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.

24. (FCC - TRT - 2ª REGIÃO - ANALISTA - 2014) A inclusão de dispositivos


que autorizam a criação de cargos públicos na Lei Orçamentária Anual é
vedada porque fere o princípio orçamentário:
a) da exclusividade.
b) da unidade.
c) da universalidade.
d) do orçamento bruto.
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e) da publicidade.

25. (FCC - TRT - 16ª REGIÃO – ANALISTA – 2014) Na elaboração de seus


orçamentos, os entes públicos deverão atender às regras norteadoras
básicas estabelecidas pelos princípios orçamentários. O princípio
orçamentário da exclusividade:
a) obriga registrarem-se receitas e despesas na Lei Orçamentária Anual
- LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções.
b) veda vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa,
salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição Federal.

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c) delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao


qual a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA
irão se referir.
d) estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa. Ressalvam-se dessa proibição a
autorização para abertura de crédito suplementar e a contratação de
operações de crédito, nos termos da lei.
e) determina que a LOA de cada ente federado deverá conter todas as
receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

26. (FCC - TRT - 19ª REGIÃO – ANALISTA – 2014) Os débitos de tesouraria


compõem a dívida flutuante e são resultantes de operações de crédito
por antecipação da receita orçamentária (ARO). A previsão desse tipo
de operação de crédito na Lei Orçamentária Anual - LOA configura
exceção ao princípio orçamentário da
a) Unidade.
b) Universalidade.
c) Anualidade.
d) Exclusividade.
e) Discriminação.

27. (FCC – TRT 24°-MS – ANALISTA – 2011) Instrumento de planejamento


utilizado no setor público no qual devem ser estabelecidas, de forma
regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes.
Trata-se de
a) Plano Plurianual.
b) Lei Orçamentária Anual. 04491090386

c) Orçamento Plurianual.
d) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) Plano Diretor.

28. (FCC – TRT 24°-MS – ANALISTA – 2011) As metas e prioridades da


Administração Pública, incluindo as despesas de capital para o exercício
subsequente, são definidas
a) no Plano Plurianual.
b) na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) no Orçamento Fiscal.

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d) no Plano de Investimento.
e) no Orçamento de Investimentos.

29. (VUNESP – PREF. S.P. – APPGG – 2015) Assinale a alternativa correta a


respeito da Lei de Acesso à Informação – LAI (Lei no 12.527/2011).
(A) Os prazos para respostas às demandas são definidos pelas próprias
organizações.
(B) O solicitante de informações públicas deve justificar o motivo da
solicitação.
(C) Estão submetidas à LAI as organizações não governamentais que
receberem recursos públicos.
(D) A Lei foi criada estritamente para as organizações do Poder
Executivo.
(E) O Tribunal de Contas da União é responsável por monitorar a
implementação da Lei nas organizações.

30. (VUNESP – TJ-SP – ESTATÍSTICO – 2015) Nos termos do que dispõe a


Lei n° 12.527/2011, promover a divulgação em local de fácil acesso, no
âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou
geral por eles produzidas ou custodiadas
a) é dever dos órgãos e entidades públicas, independentemente de
requerimentos.
b) é facultada a todos os órgãos públicos, entidades públicas e entidades
privadas.
c) é dever de todos os órgãos, entidades públicas e privadas.
d) depende de requerimentos para ser implementada pelos órgãos
públicos.
e) é prática que poderá ser adotada pelos órgãos e entidades públicos,
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se entenderem que possibilitará mais transparência de sua gestão.

31. (VUNESP – DESENVOLVE-SP – CONTADOR – 2014) Assinale a


alternativa que apresenta a Lei que representa um dos principais
avanços éticos recentes na Administração Pública brasileira.
a) Lei n.º 11.819/10, de igualdade entre gêneros.
b) Lei n.º 12.884/12, de Direitos Humanos.
c) Lei n.º 11.923/11, de meritocracia.
d) Lei n.º 12.527/11, de acesso à informação.
e) Lei n.º 12.158/12, da isonomia trabalhista.

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32. (VUNESP – MPE-SP – AUXILIAR – 2014) Em relação ao que dispõe a Lei


n.º 12.527/2011, assinale a alternativa correta.
a) Subordina-se ao regime da Lei de Acesso à Informação o Ministério
Público.
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não estão
obrigadas a divulgar informações sobre suas atividades.
c) No pedido de acesso à informação de interesse público, é obrigatório
constarem os motivos determinantes da solicitação.
d) Quando se tratar de informação contida em documento cuja
manipulação possa prejudicar sua integridade, não será concedido o
acesso à informação.
e) O acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa
de direitos fundamentais poderá ser negado por qualquer agente
público.

33. (VUNESP – MPE-SP – AUXILIAR – 2014) A respeito da Lei de Acesso à


Informação (Lei n.o 12.527/2011), é correto afirmar que
a) nos municípios em que não se exige a veiculação pela internet, as
informações referentes à execução orçamentária e financeira devem ser
disponibilizadas à população e renovadas, ao menos semestralmente.
b) nas cidades com mais de 10 mil habitantes, os órgãos e entidades
públicas devem promover pela internet o acesso a informações de
interesse coletivo por eles
produzidas ou custodiadas.
c) qualquer interessado pode requerer informações aos órgãos e
entidades públicas, assegurado, independentemente de justificação, o
anonimato do requerente.
d) o prazo máximo de restrição de acesso à informação considerada
“ultrassecreta” não pode ultrapassar a 01 (um) ano.
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e) Somente o Presidente da República pode classificar uma informação


como sendo “ultrassecreta”.

34. (FGV - FBN – ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – 2013) O Art. 9°


da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas será
assegurado mediante a criação do serviço de informações ao cidadão.
Com relação às condições que devem ser cumpridas para o apropriado
cumprimento desta lei, analise os itens a seguir.
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas
unidades.

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III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às informações.


Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.

35. (VUNESP - PC-SP – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – 2013) De acordo


com o disposto, expressamente, na Lei Federal nº 12.527/2011 (Lei de
Acesso à Informação), se depois de solicitar a informação, o interessado
souber que houve o extravio da informação solicitada:
a) poderá pedir indenização à autoridade administrativa competente.
b) poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura de
sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
documentação.
c) deverá providenciar dados e documentos que tiver e fornecê-los à
autoridade competente para restituição da respectiva informação.
d) deverá requerer judicialmente a restituição da informação.
e) poderá requerer a abertura de processo administrativo para punição
do responsável e obtenção de respectiva indenização por danos morais.

36. (MPT - MPT - PROCURADOR – 2013) Sobre o princípio da transparência


na administração pública, analise as seguintes proposições:
I - A Constituição da República assegura de forma expressa o acesso
dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de
governo, observado o direito à intimidade, à vida privada, à honra e à
imagem das pessoas.
II - Subordina-se aos ditames da Lei nº 12.527/2011 (Lei de
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Transparência) a administração pública direta e indireta da União, dos


Estados e Municípios.
III - O Ministério Público não se sujeita aos ditames da Lei nº
12.527/2011, uma vez que não integra o Poder Executivo, estando
sujeito à normatização própria pelo Conselho Nacional do Ministério
Público.
IV - Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.527/2011, no que couber,
às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização
de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do
orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo
de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos
congêneres.

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Assinale a alternativa CORRETA:


a) apenas as assertivas I e III estão corretas;
b) apenas as assertivas II e IV estão corretas;
c) apenas as assertivas III e IV estão corretas;
d) apenas a assertiva IV está correta;
e) não respondida.

37. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O Art. 9º da Lei


n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas será
assegurado mediante a criação do serviço de informações ao cidadão.
Com relação às condições que devem ser cumpridas para o apropriado
cumprimento desta lei, analise os itens a seguir.
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações.
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas
unidades.
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às informações.
Assinale:
a) se todos os itens estiverem corretos.
b) se somente os itens I e II estiverem corretos.
c) se somente os itens I e III estiverem corretos.
d) se somente os itens II e III estiverem corretos.

38. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O artigo décimo


da Lei n. 12.527/11 afirma que qualquer interessado poderá apresentar
pedido de acesso às informações aos órgãos e entidades, por qualquer
meio legitimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e
a especificação da informação requerida. (Adaptado)
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Caso não seja possível aos órgãos e entidades concederem o acesso


imediato à informação, assinale a afirmativa que indica o procedimento
a ser adotado.
a) Os órgãos ou entidades devem realizar audiências ou consultas
públicas, para auxiliar o requerente.
b) Os órgãos ou entidades devem viabilizar alternativa de
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais
na Internet.
c) Os órgãos ou entidades devem indicar as razões de fato ou de direito
da recusa do acesso pretendido.

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d) Os órgãos ou entidades devem protocolar novo requerimento de


acesso à informação.

39. (FGV - FBN – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – 2013) O Art. 3° da Lei


n. 12.527/11 assegura o direito fundamental de acesso à informação,
que deve ser executado em conformidade com os princípios básicos da
Administração Pública. Assinale a alternativa que contém a diretriz a ser
adotada para o cumprimento do Artigo mencionado.
a) Preservar o sigilo como regra.
b) Resguardar as informações de interesse público.
c) Cadastrar os órgãos cujo acesso seja permitido.
d) Desenvolver o controle social da Administração Pública

40. (FAURGS - TJ-RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012) Para os efeitos da


Lei nº 12.527/2011 ("Lei de Acesso às Informações Públicas"):
a) não há tratamento específico para as informações sigilosas e para as
informações pessoais.
b) há identidade de tratamento quanto às informações pessoais e
sigilosas.
c) as informações sigilosas são aquelas submetidas temporariamente à
restrição de acesso público.
d) as informações pessoais são, necessariamente, sigilosas, muito
embora as informações sigilosas não necessariamente sejam pessoais.
e) as informações pessoais são assim definidas por cada servidor
público, a partir da análise de sua situação particular de proteção da
privacidade.

41. (FAURGS - TJ-RS - HISTORIÓGRAFO – 2012) A Lei n.º 12.527,


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sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de 2011,


tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos
cidadãos às informações públicas, sendo que seus dispositivos são
aplicáveis aos três Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
No que se refere a essa lei, considere as afirmações abaixo.
I - Sua regulamentação torna essencial o princípio de que o acesso é a
regra, e o sigilo é a exceção.
II - Sua regulamentação consolida e define o marco regulatório em
relação ao acesso à informação pública sob a guarda do Estado e à
informação privada em arquivos pessoais.

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III - Sua regulamentação estabelece os procedimentos para que a


Administração responda a pedidos de informação do cidadão.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

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Gabaritos.
1. E 15. C 29. C
2. B 16. A 30. A
3. E 17. A 31. D
4. C 18. A 32. A
5. B 19. B 33. B
6. B 20. B 34. A
7. C 21. C 35. B
8. A 22. A 36. B
9. B 23. C 37. A
10. B 24. A 38. C
11. E 25. D 39. D
12. D 26. D 40. C
13. D 27. A 41. D
14. D 28. B

Bibliografia
Abrucio, F. (15 de Junho de 2012). A Lei de Acesso à Informação e a
cidadania. Época.
Brasil, Controladoria-Geral da União. (2011). Acesso à Informação Pública:
Uma introdução à Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011. Brasilia.
Brasil, M. d. (2007). Manual de Elaboração : plano plurianual 2008-2011.
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Brasilia.
Cunha, A., & Rezende, F. (2005). Orçamento e Desenvolvimento. Em B. S.
Cavalcanti, M. A. Ruediger, & R. Sobreira, Desenvolvimento e
construção nacional: políticas públicas (pp. 57-72). Rio de Janeiro:
FGV.
Gama, F. (2009). Fundamentos de orçamento público e direito financeiro.
Rio de Janeiro: Elsevier.
Giacomoni, J. (2010). Orçamento público (15° Ed. ed.). São Paulo: Atlas.
Jund, S. (2008). AFO, Administração Financeira e Orçamentária: Teoria e
750 questões (3° Ed. ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

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Mendes, S. (2010). Administração financeira e orçamentária. São Paulo:


Metodo.
Nascimento, E. R., & Debus, I. (s.d.). Entendendo a Lei de Responsabilidade
Fiscal (2° Ed. ed.). Brasília: STN - Ministério da Fazenda.
Paludo, A. V. (2010). Administração pública: teoria e questões (1° ed.). Rio
de Janeiro: Elsevier.
Sanches, O. (2004). Dicionário de orçamento, planejamento e áreas afins.
Brasília: OMS.
Secretaria de Orçamento Federal. (2015). Manual Técnico de Orçamento -
MTO. Brasília/DF: SOF/MPOG.

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