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Exercício 4 – Princípios
orçamentais
2- “(...) se as receitas e as despesas fossem previstas em globo (...), o orçamento não nos
indicaria as diversas fontes de onde o Estado vai tirar os seus recursos nem os diversos
gastos que cada serviço há de realizar” (Teixeira Ribeiro, Lições de Finanças Públicas,
Coimbra Editora, Coimbra, 1997, p. 60).
4- “As receitas obtidas com as reprivatizações serão utilizadas apenas para amortização
de dívida pública e do sector empresarial do Estado, para o serviço da dívida resultante
de nacionalizações ou para novas aplicações de capital no sector produtivo” (Artigo
293º, nº 1, alínea b) da Constituição da República Portuguesa).
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Finanças Públicas TA – 2022-2023 – Sub-turmas 1, 4 e 8
Exercício 4 – Princípios
orçamentais
7- “A relevância deste princípio não é apenas política/concreta, ela é também uma
relevância teórica/analítica e até, no limite, de ordem académica, tendo contribuído para
a renovação do objecto de análise, do discurso e do tratamento dogmático que se dá aos
‘temas de escola’ estudados pela literatura de Finanças Públicas.
A óptica [deste princípio] é o longo prazo, pois nunca como antes as preocupações em
torno dos factores de impacto intergeracional se fizeram sentir tanto. Nesta medida, ela
contrapõe-se quer à regra do equilíbrio orçamental, que se funda numa perspectiva anual,
de curto prazo, quer à consolidação orçamental, que assenta, por sua vez, sobretudo numa
perspetiva de médio prazo (a que tem sido dada aliás grande importância no quadro da
aplicação do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC) aos países membros da União
Europeia).” (Nazaré da Costa Cabral, in Eduardo Paz Ferreira et al., Estudos em
Homenagem ao Professor Doutor Paulo de Pitta e Cunha, Almedina, Coimbra, 2010, p.
613.)
9- “(...) pode ser entendida como a capacidade para satisfazer necessidades atuais sem
comprometer a satisfação de necessidades futuras. Ela é normalmente vista na ótica da
utilização dos recursos naturais, defendendo-se que a sua utilização não deve ser mais
célere do que a capacidade da natureza em repô-los. (…) o desenvolvimento das
sociedades humanas deve ser estruturado de modo a alcançar um elevado grau de
satisfação das necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades.” (João Ricardo Catarino,
Finanças Públicas e Direito Financeiro, Almedina, Coimbra, 2019, p. 289.)