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AÇÃO DE FORMAÇÃO SOBRE

ORÇAMENTO

PRAIA, JANEIRO DE 2022


Processo de elaboração
Quadro Despesas de Médio Prazo (QDMP) e
Orçamento
Quadro Despesas de Médio Prazo (QDMP)
QDMP - Conceito e Enquadramento Legal
 O Quadro de Despesa de Médio Prazo (QDMP) é um instrumento de
programação financeira que relaciona as políticas, o planeamento e o
orçamento público num período de médio prazo (3 anos), sendo um exercício
deslizante, sujeito a uma atualização anual no contexto do ciclo orçamental.
Está estruturado sob a forma de um conjunto de Programas, Projetos e
Unidades Orçamentais…

 A Lei nº 72/VIII/2014 de 19 de Setembro define o QDMP como sendo: “…um


instrumento de planeamento de médio prazo que estabelece,
descendentemente, os plafonds plurianuais e ascendentemente uma
estimativa das despesas plurianuais das políticas atuais contidas nos
programas, de forma a compatibilizar tais previsões com a disponibilidade de
recursos”.

 O Decreto-Lei nº 42/2019, de 24 de setembro, define as normas e os


procedimentos necessários para a elaboração, monitoramento, avaliação e
atualização do QDMP.
QDMP – PRINCIPAIS OBJETIVOS

 Assegurar a disciplina orçamental com vista a manter o equilíbrio macroeconómico, com


base num quadro de recursos consistentes e realistas, visando manter o défice público
controlado e uma melhor estabilidade das finanças públicas;

 Adequar a afetação dos recursos financeiros às metas e prioridades estratégicas


definidas no Programa do Governo, no Documento de Planeamento e de Estratégia
Nacional (DPEN) e nos Planos Setoriais;

 Permitir a articulação entre o Planeamento e o Orçamento;

 Promover a aplicação mais eficiente dos recursos, através de uma maior previsibilidade
na distribuição dos plafons por Programa e de uma maior autonomia na gestão;

 Facilitar o processo de discussão e tomada de decisão sobre a política fiscal e alocação


de recursos por áreas prioritárias.
QDMP – PROCESSO DE ELABORAÇÃO
 QDMP é um exercício deslizante, sujeito a atualização anual, no contexto do
Ciclo Orçamental. O primeiro ano do QDMP coincide com a Proposta do OE
que é submetida, pelo Governo, à Assembleia Nacional.
 O processo de elaboração do QDMP deve ser visto em dois sentidos:

1. Descendente, ou seja, do MF
A elaboração do QDMP processa-se a 2 níveis

para os ministérios sectoriais.


Cabe ao MF definir os limites
orçamentais e estabelecer as
diretivas para a elaboração do
QDMP; Aprovação em Conselho
de Ministros.

2. Ascendente, ou seja, dos


setores para o MF, onde
submetem as suas propostas
orçamentais plurianuais, tendo
em conta os produtos a serem
entregues.
Fases de elaboração do QDMP
Calendário da elaboração do QDMP

Fonte: Decreto-Lei nº 42/2019 (QDMP)


Orçamento do Estado
Orçamento de Estado - Conceitos

 As matérias que tratam do Orçamento estão estabelecidas na lei fundamental de cada


país (Constituição).

 O Orçamento constitui o instrumento central de gestão na administração pública em


todo o mundo e é aprovado por Lei.
 O Orçamento de Estado é um instrumento de planeamento de curto prazo (anual) onde
prevê ou estima as receitas a serem arrecadas e fixa as despesas a serem executadas;

 A Constituição da República de C.V define que:

“Orçamento do Estado é unitário e especifica as receitas e as despesas do sector público


administrativo, discriminando-as segundo a respectiva classificação orgânica e funcional.
Inclui ainda o orçamento da segurança social”.
“Orçamento do Estado pode ser estruturado por Programas anuais ou plurianuais, devendo,
neste último caso, inscrever-se no Orçamento de cada ano os encargos que a ele se refiram”
Orçamento de Estado

 Lei de Base do Sistema Nacional de Planeamento - Lei nº72/VIII/2014 –


artigos 3º e 43º) define que :
“Orçamento do Estado: é o instrumento de planeamento de curto prazo,
baseado na metodologia do orçamento-programa que prevê as receitas e
despesas de todas as entidades do Setor Público Administrativo, estruturado sob
a forma de um conjunto de Programas, Projetos e Atividades que permitam a
realização das funções das respetivas entidades”

 Em Cabo Verde existe, contudo, a lei específica, Lei nº 55/IX/2019, de 1 de julho,


que estabelece as Bases do Orçamento do Estado, definindo os princípios e as
regras que regulam a sua formulação, programação, aprovação, execução,
controlo e responsabilização.
Processo, Regras e Princípios do Orçamento de Estado
Processo Orçamental
O Processo orçamental é constituído pelas seguintes fases:

 Formulação: implica a incorporação dos resultados tendo em conta a avaliação


do orçamento do ano anterior e as projeções para os anos seguintes;
 Programação: corresponde à elaboração da componente Programática do OE,
alinhada com o QDMP, previamente atualizado;
 Aprovação: Consolidação e aprovação em Conselho de Ministros e Parlamento. É
obrigatória a sua publicação em Boletim Oficial;
 Execução: Aprovação e publicação, pelo Governo, do Decreto-Lei de Execução do
OE (define as normas e os procedimentos para execução do OE);
 Avaliação: mediante medição dos Resultados, através dos indicadores de
desempenho;
 Controlo e Responsabilização: Controlo Político, Administrativo e Judicial.
Responsabilidade Política, Financeira, Disciplinar, Civil e Criminal. O Tribunal de
Contas faz o Controlo Financeiro da Execução do OE;
Processo, Regras e Princípios do Orçamento de Estado

O Processo orçamental sujeita-se a critérios de estabilidade,


de acordo com as projeções macroeconómica e as metas
estabelecidas no Quadro Orçamental de Médio Prazo
(QOMP)
Regras e princípios do Orçamento

o Anualidade – O orçamento é anual e coincide com o ano civil. Os


orçamentos do Sector Público Administrativo são anuais, mas a sua
elaboração deve ser enquadrada na perspetiva;

o Unidade e universalidade – O OE é unitário e compreende todas as receitas


e despesas da Administração Central, dos respetivos serviços simples e
serviços e fundos autónomos, bem como todas as receitas e despesas do
sistema de segurança social, independentemente da sua origem;

o Princípio da unicidade de caixa – Estabelece que devem integrar a


tesouraria do Estado todas as receitas tributárias e não tributárias e de
origem externa destinadas ao Estado para financiamento do investimento
público. O Banco de Cabo Verde é a Caixa do Tesouro;
Regras e princípios do Orçamento
o Consolidação Orçamental – o orçamento do estado deverá integrar como
elemento informativo o orçamento consolidado das autarquias locais.

o Equilíbrio – O Orçamento do Estado deve prever todas as receitas


necessárias para cobrir todas as despesas;

o Estabilidade Orçamental – Consiste numa situação de equilíbrio ou


excedente orçamental;

o Sustentabilidade das Finanças Públicas – O OE orienta-se pelo princípio de


sustentabilidade, ou seja, a capacidade de financiar todos os
compromissos assumidos ou a assumir. O Saldo Corrente Global Anual
deve ser nulo ou positivo;

o Solidariedade Recíproca – o princípio que obriga todo o setor público a


contribuir para a realização da estabilidade orçamental;
Regras e princípios do Orçamento
o Equidade Intergeracional – distribuição equitativa de benefícios e custos
entre gerações, de modo a não onerar excessivamente as gerações futuras;

o Género – O Processo Orçamental é orientado pela promoção da igualdade


e equidade do género;

o Orçamento Bruto – As despesas e receitas devem ser inscritas no


Orçamento pela sua totalidade, isto é, na forma bruta.

o Não Consignação – Não afetação do produto de quaisquer receitas à


cobertura de determinadas despesas. No entanto, o articulado da lei e
algumas leis específicas estabelecem as exceções;

o Especificação – o orçamento deve especificar suficientemente as receitas


nelas previstas e as despesas fixadas.
Regras e princípios do Orçamento

o Princípio de Audição – No processo de elaboração do OE é assegurada a


audição à sociedade civil;

o Sujeição a Instrumentos de Gestão – Normas de Contabilidade


assegurados por suporte informático (SIGOF);

o Transparência, presunção de verdade e fé pública...

o Orçamento-Programa – Os recursos públicos devem ser afetados ou


disponibilizados sob a forma de Programas, respeitando a metodologia
programática definida na Lei de Bases do Sistema Nacional do
Planeamento.
Finalidade

 De acordo com a Lei de Bases do Orçamento, Lei nº


55/IX/2019, de 1 de julho, OE deve permitir as entidades do
setor público, a realização de objetivos e metas contidos no
DPEN e no QDMP, sendo a expressão quantificada e
equilibrada das receitas previstas e das despesas fixadas
para um ano fiscal
o A preparação do Orçamento do Estado tem várias etapas e calendários: começa no
mês de março, com a elaboração do documento preliminar de análise da
conjuntura económica do País e termina com aprovação do Orçamento do Estado
e seus anexos, pelo Conselho de Ministros - até 25 de Setembro, sendo que o
Governo tem até 01 de outubro para entregar a proposta do orçamento no
Parlamento;

o Nos termos da Lei de Base do Orçamento (Lei 55/IX/2019 de 1 de julho), para


efeitos de consolidação do Orçamento de Estado, as empresas públicas, as
autarquias locais, as entidades reguladoras independente e o Banco central devem
enviar às propostas.
QOMP / QEMP
(Até 30 de março )
Aprovação Directrizes Orçamentais e
Plafond em CM (Até 30 de Abril)

Elaboração Proposta OE (Relatórios,


Proposta de Lei, Anexos e Mapas Orçamentais)
Revisão do QDS-MP (31 de julho ) e
Consolidação QDMP (Até 20 de Setembro)

Aprovação do QDMP pelo CM (Até 25


de Setembro)

Entrega do OE na Assembleia
Nacional
(Até 1 outubro)

Aprovação AN e Publicação do OE (Até Dezembro)


Conteúdo da Proposta do OE
A proposta do Orçamento a ser submetida à Assembleia Nacional pelo Governo deve conter:
 Mapas de Receitas: Mapas I e V
 Mapas de Despesas: Mapas II, III, IV, VI e VII
 Orçamento da Segurança Social: Mapa VIII
Os mapas  Mapas por Agências Reguladoras: Mapa IX
orçamentais  Fundo Financiamento Especificado Municípios:
Mapa X
 Operações Financeiras: Mapa XI
 Mapa das Finanças Locais: Mapa 12
O articulado  Empresas Públicas e Participadas do Estado:
da Proposta Mapa 12-A
de Lei  Mapa de Orçamento Consolidado: Mapa XIII
 Mapa de Operações Financeiras do Estado: Mapa
XIV
 Mapa Género (Marcadores de Género): Mapa XVI
Os elementos Fichas dos
informativos Programas • As normas necessárias para orientar a execução
orçamental, indicando as regras da disciplina orçamental
(cativos e regime duodecimal), de gestão de RH
(admissões), Receitas Consignadas, financiamento do
municípios, entre outras.
• Enquadramento • O montante e as condições gerais de recurso ao crédito
Os elementos • Gestor público, interno e externo;
informativos podem • Código e Título • A determinação do limite máximo dos avales e outras
ser apresentados • Objetivos (Geral e garantias a conceder pelo Estado, durante o ano
Específicos) económico;
como anexos
• Indicadores • O montante de empréstimos a conceder e outras
autónomos ou operações ativas a realizar pelo Estado e pela Segurança
• Produtos
integrados no • Orçamento… Social;
relatório. • As demais medidas que se revelem indispensáveis à
correta gestão OE.
 Atraso na votação ou aprovação da proposta do
Orçamento

Para além do previsto no nº 2, do artigo 98º da Constituição, existem ainda


vários factores que possam contribuir para o atraso na votação ou aprovação
da proposta do OE, a saber:

a) Rejeição da proposta de Lei orçamental pelo Parlamento


b) Mudança de Governo motivada pelas Eleições Legislativas
c) Caducidade da proposta de LEOE, devido a demissão do
Governo
d) Não apresentação da proposta ao Parlamento
Atraso na votação ou aprovação da proposta do Orçamento

Quando tais situações ocorrem, manter-se-á em vigor o orçamento do ano


anterior, considerando todas as alterações introduzidas ao longo da sua execução.

A prorrogação da vigência do orçamento do ano anterior abrange a autorização


para a cobrança de todas as receitas nele previstas, assim como o prolongamento
da autorização referente ao regime das receitas que se destinavam a vigorar
apenas até final do referido ano.

Durante o período de prorrogação a respectiva execução do orçamento de


despesas fica sujeita ao regime de utilização por duodécimos das verbas fixadas
nos mapas orçamentais que as especificam, salvo no que se refere às dotações
indicadas no decreto-lei de execução orçamental como não sujeitas ao regime
duodecimal.

O Governo deve, nestes casos, apresentar à Assembleia Nacional uma nova


proposta de orçamento para o ano em curso, no prazo de 60 dias.

O novo orçamento deve integrar a parte do orçamento anterior que tenha sido
executada até a cessação do regime transitório.
Orçamentação - Despesas Obrigatórias

 No Processo da elaboração do Orçamento temos sempre que levar em


conta as despesas obrigatórias;

 As despesas obrigatórias que resultam de compromissos assumidos


contratualmente pelo Estado, impostos por lei ou por consignação de
receitas, devem ser integralmente dotadas e ter primazia face a outras
despesas ;

 Na preparação do OE as despesas obrigatórias devem ser devidamente


identificadas e quantificadas, servindo como o primeiro elemento para a
determinação do equilíbrio orçamental e para a apuramento das
necessidades de financiamento.
Exemplos de Despesas Obrigatórias
 Encargos fixos e permanentes com o pessoal que mantém vínculo
contratual com o Estado (com base em listas nominais dos efetivos), os
reformados e pensionistas;

 Contratos de empreitada e de fornecimento em curso;

 Contratos de rendas de casa;

 Prémios de seguros;

 Contrato de segurança, vigilância e higiene e conforto;

 Outras obrigações resultantes de contratos de prestação de serviços;

 Reembolso de empréstimos contraídos;

 Transferências correntes e de capital impostas por lei ou assumidas pelo


Estado;
Exemplos de Despesas Obrigatórias
Do Orçamento de despesas com o pessoal deve constar ainda:
a) Encargos com a Segurança Social:
 Encargos com a saúde;
 Abono de família;
 Contribuições para previdência social

b) Previsão de acréscimos de despesas com pessoal, a constar de


rubricas de dotações provisional, a saber:

 Recrutamento e Nomeações;
 Promoções;
 Reclassificações;
 Outros Suplementos e Abonos.
Estrutura Programática em Cabo Verde
Lei de Base do Sistema Nacional de Planeamento - Lei nº72/VIII/2014

Programa: o instrumento de organização das


políticas públicas através de um conjunto de
projetos de investimento, unidades finalísticas e
unidades de gestão e apoio, orientados para a
realização de um objetivo estratégico comum
preestabelecido e mensurável por indicadores
definidos em um quadro lógico, e administrado
por um Gestor de Programa.
O Programa é ainda o elemento de ligação e
articulação entre os instrumentos e longo (DPEN),
médio (QDMP) e curto (OE) prazo.

Metodologia do Orçamento Programa/orientado por Resultado


Estrutura Programática em Cabo Verde
Cada Programa deve conter, obrigatoriamente, uma ficha, com os seguintes
elementos e informações:

 Enquadramento, de acordo com a estrutura programática defina na Lei de Bases


do Planeamento;
 Gestor (responsável pela gestão física e financeira do Programa, com
competências associadas aos objetivos do Programa…);
 Código e Título;
 Contextualização;
 Objetivo Geral;
 Objetivos Específicos;
 Indicadores e Fontes de Informações;
 Produtos;
 Público-Alvo;
 Riscos;
 Orçamento, de cada Produto, discriminado por rubrica económica;
 Projeto de Investimento ou Unidade que compõe o Programa.
Estrutura Programática em Cabo Verde

Tipos de natureza de Programas:

 Investimento (composto por Projetos de Investimento e tem como objetivo a


produção de um bem ou serviço específico, que concorre para o aumento
quantitativo e qualitativo dos serviços prestados pelo Estado de forma
permanente);

 Finalística (composto por Unidades Finalísticas e tem como objetivo o


cumprimento de fins próprios do Estado, nomeadamente bens e serviços que
concorrem para o bem-estar dos cidadãos) e;

 Gestão e Apoio Administrativo (composto por Unidades de Gestão e Apoio, que


contribuem para garantir o normal funcionamento da máquina pública).
Longo



Prazo

Prestação de Contas
Seguimento e Avaliação
PLANEAMENTO
Médio
QFMP/QEMP/QDMP
Prazo PROGRAMAÇÃO

Curto ORÇAMENTAÇÃO
Prazo
EXECUÇÃO
EXECUÇÃO

PRODUTOS/RESULTADOS
Execução do Orçamento do Estado
O orçamento, depois de aprovado, regressa ao poder executivo para se proceder à
sua realização com o mandato legal e político que exige o seu estrito cumprimento

O Governo deve tomar as medidas necessárias para que o OE possa a ser executado
no inicio do ano económico a que se destina, devendo, para o efeito aprovar e
publicar o Decreto-Lei de Execução Orçamental, contendo as normas e os
procedimentos necessários a execução do OE, tendo sempre em conta o principio
da mais racional utilização possível das dotações aprovadas e o principio da melhor
gestão da tesouraria.

A execução deve estar contida dentro dos plafonds fixados para as despesas e deve
ser prosseguido junto dos cidadãos contribuintes a cobrança das receitas devidas
Execução do Orçamento do Estado
RECEITAS

Nenhuma receita pode ser liquidada ou cobrada (DUC), mesmo que seja legal, se
não tiver sido objeto de inscrição orçamental.

A cobrança pode, todavia ser efetuada mesmo para além do montante inscrito no
orçamento.

OS saldos decorrentes do exercício orçamental anterior que não forem inscritos no


Orçamento para 2022, não podem ser utilizados para efeito de financiamento de
despesas (nº 4, artigo 2º, Decreto-Lei nº 1/2022).

Os atos administrativos que diretamente envolvam perda de receita fiscal, tributaria


ou não tributaria , devem ser fundamentados e publicados.
Execução do Orçamento do Estado
DESPESAS (DISCIPLINA ORÇAMENTAL)

No que se refere às despesas, as dotações orçamentais constituem o limite máximo


a utilizar na realização das despesas, sem prejuízo das alterações orçamentais , nos
termos da lei.

Nenhuma despesa pode se efetuada sem que, além de ser legal , se encontre
suficientemente discriminada no OE e tenha cabimento no correspondente crédito
orçamental.

Nenhum compromisso que implique aumento de despesas públicas ou redução de


receita fiscal será assumido sem o acordo prévio e expresso do Ministro responsável
pela área das Finanças e devida cobertura orçamental.

Nenhum concurso ou contrato de empreitada relativo a projeto de natureza


investimento, deverá ser lançado ou celebrado sem o enquadramento orçamental e
cobertura financeira e sem cumprimento das normas especificas previstas por lei
quanto à execução das despesas.
Alterações Orçamentais
RESTRIÇÕES

 As dotações orçamentais correspondentes às despesas com o pessoal não


podem ser utilizadas como contrapartida para o reforço de outras rubricas que
não estejam integradas naquelas, salvo para caso de pensões.

 São Proibidas as transferências de verbas de outras rubricas económicas para o


reforço de despesas com o pessoal, salvo as situações de insuficiência de verbas
para processamento de salários.

 São proibidas transferências de Ativos não Financeiros para Despesas Correntes,


bem como alterações sucessivas na mesma rubrica orçamental, não devendo ser
reforçada uma rubrica anulada e vice-versa, salvo autorização expressa do
membro do Governo responsável pela área das Finanças.

 As restrições anteriores não se aplicam às unidades financiadas por Donativos e


Empréstimos e a Projetos de natureza Investimento.
Alterações Orçamentais
ALTERAÇÕES ORÇAMENTAIS FSA’S E INSTITUTOS PÚBLICOS

 As transferências de verbas inter-rubricas são da competência do dirigente


máximo do organismo.

 As alterações que impliquem acréscimo de despesa global do Serviço são da


competência do membro do Governo responsável pelo Setor.

 As transferências de verbas inter-unidades são autorizadas pelo responsável


máximo do Serviço.

 É proibida a transferência de verbas após autorização de despesa ou celebração


de contratos (Confirmação de Disponibilidade Orçamental e Cabimentação
Prévia devem ser emitidas no Módulo SAO - Sistema de Alteração Orçamental –
Artigo 57º, Decreto-Lei nº 1/2022)…

 As alterações orçamentais devem ser processadas no Módulo SAO - Sistema de


Alterações Orçamentais (nº 3, artigo 70, Decreto-Lei nº 1/2022).
Alterações Orçamentais

As inscrições de dotações orçamentais relativos a Donativos e


Empréstimos que venham a ser disponibilizados ou utilizados
durante o período de execução orçamental para o
financiamento de projetos de natureza investimentos e que, à
data da aprovação do OE, não estavam garantidos devem ser
feitos oportunamente, através da DNOCP, mediante
autorização do membro do responsável pela área das Finanças
(artigo 71º, Decreto-Lei nº 1/2022)
Orçamento Retificativo
 As alterações ao OE só poderão ser efetuadas através de Orçamento Retificativo
proposto pelo Governo e aprovado pela Assembleia Nacional.

 Orçamento Retificativo destina-se a modificar o Orçamento inicialmente


aprovado, em caso de necessidade de introdução de alterações que ultrapassam
as competências do Governo.

 Orçamento Retificativo deverá conter, no que respeita as modificações


introduzidas, a mesma estrutura de apresentação dos mapas orçamentais
aprovados pelo Orçamento inicial.
ORÇAMENTO PROGRAMA - DESAFIOS:

Consolidar o Modelo e reforçar e automatizar o processo de


Seguimento e Avaliação (S&A).

Estender a metodologia ao Governo Geral, com destaque


às Câmaras Municipais.

Mudança do paradigma de gestão na Administração Pública


para “gestão por Produtos/Resultados”.

Revisão e otimização continua do processo de Orçamento


Programático
CONTEXTUALIZAÇÃO: Processo de Planeamento de longo, médio e curto prazo

Uma só plataforma tecnológica  SIGOF

Planeamento Programação Orçamentação Execução


DE + PS (QFMP+EMPD)+QDMP (Doc. OGE) (Mod 31 e DUC)

Formulação de
Objetivos Política
+ Custos Preço Receitas
Pública, com
Indicadores Despesas base em
evidência

(Relatórios S&A e Contas Públicas)


LEGISLAÇÃO DE SUPORTE

 Lei nº 55/IX/2019, de 1 de julho - Lei de Bases do Orçamento do Estado

 Lei nº72/VIII/2014 , de 19 de setembro - Lei de Bases do Sistema Nacional do


Planeamento

 Decreto-Lei nº 42/2019, de 24 de setembro – Define as Normas e


Procedimentos de elaboração do QDMP

 Decreto-Lei 37/2011, de 30 de dezembro – Define os classificadores das


receitas e despesas, ativos não financeiros e ativos e passivos financeiros.

 Lei nº 4/X/2021, de 31 de Dezembro – Aprova o Orçamento de Estado para o


ano económico de 2022.

 Decreto Lei nº 1/2022 de 5 de Janeiro – Define as normas e os procedimentos


necessários à execução do OE para 2022.
Exercício
OBRIGADA!
www.minfin.gov.cv (DNOCP)

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