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A iniciativa de elaboração dessas leis é de competência exclusiva (só ele pode fazer
isso!) do Chefe do Poder Executivo (Presidente da República), devendo apresentar os respectivos
projetos de lei nos prazos previstos no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCTs).
Os projetos de lei apresentados pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo serão analisados
por uma comissão mista de deputados e senadores e apreciados pelas duas Casas do
Congresso Nacional, na forma do seu regimento comum. Os projetos, após aprovados, terão
status de Leis Ordinárias.
O Plano Plurianual (PPA) representa a peça máxima do planejamento do Estado, sendo sua
elaboração, competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. A Lei de Diretrizes
Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual deverão ser compatíveis com suas diretrizes, bem
como os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição.
Fiquem atentos ao fato de que o PPA reflete o planejamento de MÉDIO PRAZO. Assim,
apesar de ser o principal instrumento do planejamento no Brasil, deve ser considerado de médio
prazo e não de longo prazo.
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade.
De acordo com a CF/1988, o PPA estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes,
metas e objetivos da Administração Pública com relação às despesas de capital e outras
delas decorrentes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada.
Para fazer o vínculo entre o planejamento de médio prazo (PPA) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA), A Lei de Diretrizes Orçamentárias:
1. compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
2. estabelecerá as diretrizes de política fiscal e metas (sustentável da dívida pública),
3. orientará a elaboração da lei orçamentária anual (LOA),
4. disporá (falará) sobre as alterações na legislação tributária e
5. estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Quanto à VIGÊNCIA DA LDO, essa será superior a um ano, em torno de um ano e meio,
pois é aprovada no meio do ano, servindo para orientar a elaboração da LOA. Além disso, no ano
seguinte a LDO continua vigendo, dispondo sobre regras sobre a execução e acompanhamento do
orçamento aprovado.
A LRF ainda criou dois importantíssimos anexos que deverão compor a LDO.
1. O Anexo de Metas Fiscais
2. O Anexo de Riscos Fiscais
é VEDADO o início de programas ou projetos NÃO incluídos na lei orçamentária anual (LOA)!
O Projeto de Lei deve ser encaminhado até 4 meses antes do encerramento da sessão
legislativa ordinária do mandato do Chefe do Poder Executivo, ou seja, até 31 de agosto,
devendo ser aprovado pelo Poder Legislativo até o encerramento da sessão legislativa ordinária,
22 de dezembro do mesmo ano. A lei orçamentária possuirá vigência de um ano (Princípio
da anualidade).
A Lei n.. 4.320/1964 determina que o Projeto de Lei Orçamentária Anual compreenderá a
discriminação das receitas e despesas, de forma a evidenciar a política econômica financeira e
o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
ELABORAÇÃO
Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não encaminharem as suas
propostas no prazo acima, o Poder Executivo considerará como proposta a Lei Orçamentária
vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada.
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é o sistema informatizado
que suporta os processos de Planejamento e Orçamento do Governo Federal. É o resultado da
iniciativa de integração dos sistemas e processos a partir da necessidade de:
• Otimizar procedimentos;
• Reduzir custos;
• Integrar e oferecer informações para o gestor público e para os cidadãos.
Com o SIOP, os usuários dos diversos Órgãos Setoriais, Unidades Orçamentárias e Agentes
Técnicos integrantes do sistema, bem como outros sistemas automatizados, registram suas
operações e efetuam consultas on-line. De modo geral, o SIOP atende os servidores da
Administração Pública que exercem atividades nas áreas de planejamento, orçamento, compras,
finanças, convênios e controle, além de cidadãos interessados nos temas de orçamento público e
políticas públicas.
Com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham, no SIOP, a abertura
desses limites segundo a estrutura programática da despesa. Considerando a escassez de
recursos, cada órgão setorial observará, no processo de alocação orçamentária, pela melhor
distribuição, tendo em vista as prioridades e a qualidade do gasto.
De acordo com o MTO 2022, o processo de detalhamento da proposta setorial, via SIOP,
compreende três etapas decisórias: UO (Unidade Orçamentária), órgão setorial e Órgão Central.
Cada momento é tratado exclusivamente pelos atores orçamentários responsáveis pela respectiva
etapa decisória e não pode ser compartilhado, o que confere privacidade e segurança aos dados.
APROVAÇÃO
Qualquer emenda ao PLOA (PPA e LDO) deverá ser apresentada à Comissão de Orçamentos.
Para ser aprovada, a emenda deverá, nos ditames constitucionais, seguir os seguintes preceitos:
Sim, a Constituição determina que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem ao
Congresso Nacional, modificar o projeto, desde que não tenha se iniciada a votação sobre
aquele item na Comissão Mista.
EXECUÇÃO
Caso seja verificada a possibilidade de incompatibilidade desse sistema, cada Poder deverá
preceder contingenciamento de despesas/empenhos, até que o fluxo das receitas se reestabeleça,
de acordo com os critérios definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias. À medida que o fluxo se
reestabelecer, deverá se proceder o descontingenciamento proporcionalmente a essa recuperação.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
Na esfera federal, esse processo é gerido pelo Sistema de Administração Financeira Federal
(Lei n. 10.180/2001), sendo composto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), como órgão
central do sistema, e pelos órgãos setoriais. Esse sistema tem por finalidade buscar o equilíbrio
financeiro do Governo Federal, dentro dos limites da receita e despesa públicas.
Quanto ao controle interno, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) deve
manter uma estrutura de controle interno, que, como o próprio nome já indica, se refere à
fiscalização dos atos de cada Poder, por uma unidade ou sistema dentro da estrutura daquele
Poder.
Na solidária, não há benefício de ordem, poderá ser cobrado primeiro, não há ordem de
cobrança.
CRÉDITOS ADICIONAIS
O crédito orçamentário inicial ou ordinário é aquele aprovado pela LOA, constante dos
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
O artigo 43 da Lei n. 4.320/1964 determina que a abertura dos créditos adicionais depende
necessariamente da existência de recursos disponíveis, salvo para abertura de créditos
extraordinários.
Ele pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais apenas para
receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água, energia elétrica,
telefone, etc) dos Órgãos que utilizam o sistema. Entidades de caráter privado também podem
utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN. No entanto, essa utilização depende da
celebração de convênio ou assinatura de termo de cooperação técnica entre os interessados e a
STN, que é o órgão gestor do SIAFI.
O SIAFI está centralizado em Brasília e ligado por teleprocessamento aos Órgãos do Governo
Federal existentes em todo o país e também no exterior. A centralização permite a
padronização dos métodos e rotinas de trabalho sem, entretanto, criar qualquer restrição ou
rigidez à gestão dos recursos, que permanece sob o total controle do ordenador de despesa de
cada UG.
Assim também a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional não significa perda de
individualização destas disponibilidades, uma vez que cada UG trabalha com limites financeiros
previamente definidos, somente movimentados os recursos pelos respectivos ordenadores de
despesa, na forma prevista em regulamentação própria.
O SIAFI foi desenvolvido em conjunto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e pelo
Serviço de Processamento Federal – SERPRO, sendo implantado em 1987.
• Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos, sem
implicar rigidez ou restrição a essa atividade;
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS:
Além disso, é importante citar que, geralmente, os princípios orçamentários encontram previsão
no próprio texto constitucional, na Lei 4.320/64, e/ou na doutrina.
Nesse sentido, vale ressaltar que por força do art. 34 da Lei 4.320/64, o exercício
financeiro é coincidente com o ano civil. Portanto, a ideia de anualidade está vinculada
diretamente ao exercício financeiro e ao período de 12 meses.
Assim, uma eventual alteração da Lei 4.320/64 que, porventura, definisse o exercício
financeiro como um período diverso do ano civil não seria capaz de desvirtuar o princípio da
periodicidade.
Além disso, este princípio comporta uma exceção que “chove” em provas: os créditos
adicionais especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do
exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos limites de seus saldos
(nesse caso, irão viger até o término do exercício em que foram reabertos).
Além disso, é necessário atentar que o Plano Plurianual (PPA) não é uma exceção ao
princípio da anualidade (não é um plano operacional).
PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA UNIDADE (TOTALIDADE)
Sobre isso, faremos um rápido paralelo histórico envolvendo este princípio: saiba que
antes de sua efetiva implementação no Brasil, existiam diversas peças orçamentárias não
consolidadas. Assim, a programação das ações governamentais e o controle por parte dos
órgãos responsáveis era muito mais difícil. Por exemplo, o orçamento monetário.
Vale ressaltar que a unidade orçamentária se refere a cada ente da federação. Por
exemplo, o Município de Florianópolis possuirá um único orçamento, ao mesmo tempo que o
Estado de Santa Catarina também possuirá um único orçamento, sendo o orçamento deste
diverso do orçamento daquele.
O princípio da exclusividade está expresso no §8º do art. 165 da CF/88. Segundo ele,
a LOA não deverá conter dispositivos estranhos à previsão das receitas e à fixação
das despesas.
Porém, como você já pode imaginar, aqui também existe exceção: a LOA poderá
autorizar a abertura de créditos adicionais suplementares, bem como a contratação
de operações de crédito (ainda que por antecipação de receita orçamentária – ARO).
Novamente inserindo um contexto histórico ao nosso estudo, vale ressaltar que antes da
efetiva adoção desse princípio orçamentário no Brasil, existiam inúmeras situações em que o
Poder Legislativo, com o intuito de aproveitar a célere tramitação das leis orçamentárias,
incorporava na LOA matérias que nada tinham a ver com o orçamento (os chamados
orçamentos rabilongos). Absurdo, não é mesmo?
Na forma da Lei 4.320/64, as receitas e despesas constarão das leis orçamentárias pelos
seus valores brutos (vedadas quaisquer deduções).
Além disso, é importante ressaltar que nos casos em que uma entidade deva transferir
recursos para outra, essa transferência será considerada no orçamento das duas
envolvidas (como despesa no orçamento da que irá transferir e como receita no orçamento
da que irá receber).
Todavia, vamos novamente às exceções: poderão ser previstas dotações globais para
os programas especiais de trabalho (a exemplo de programa de proteção à
testemunha, que por razões óbvias não pode ser minuciosamente detalhado) e para
a reserva de contingência.
Além disso, atente para o fato de que dotação global (sem discriminação) não é sinônimo
de dotação ilimitada. Como comentaremos adiante, as dotações ilimitadas são
terminantemente vedadas.
Sobre esse princípio, precisamos ficar muito atentos quanto à malícia do examinador: o
princípio em tela veda a vinculação de receita de IMPOSTOS. Atente para a pegadinha
da banca, pois ela tentará “vender a ideia” de que a proibição de vinculação se refere a todos
os tributos, o que não é verdade (ratificamos novamente: a vedação refere-se apenas aos
impostos).
Além disso, existem exceções ao princípio da não afetação que são muito exigidas em
provas de concursos públicos. Nesse sentido, poderão ser vinculadas às receitas de impostos
para atendimento de despesas com:
Amigos, esse é um dos princípios mais importantes para o nosso estudo. Segundo ele,
as despesas autorizadas não poderão superar as receitas previstas na LOA.
A ideia desse princípio é trivial: não se deve gastar mais do que o que se recebe (isso
vale inclusive para a nossa vida pessoal, fica a dica!).
Todavia, relativamente a esse princípio cabem algumas considerações que “chovem” em
prova: